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Alexandre Wolwacz :: Stormer Porto Alegre 2012 Algumas pessoas têm uma Luz própria. Quando pessoas como essas entram em nossas vidas, imediatamente as re- conhecemos. Elas nos servem de guia e de apoio. Dedico esse livro a uma pessoa que tem isso. Entrou na minha vida de forma perene. Para você, Lucia! D ed ic at ór ia A tarefa de escrever um livro é hercúlea. Mais difícil ainda é escrever um agradeci- mento que seja justo e equânime com to- das as pessoas que direta ou indiretamen- te colaboraram na construção do livro, na elaboração do conteúdo, das figuras, da sistemática abordada, da diagramação e da distribuição deste. Logo, não tentarei nem citar todas essas pessoas, mas sim referendar meu profundo agradecimento a todas que ajudaram. Algumas mais imédiatas podem e de- vem ser nomeadas. Como meus pais; A gr ad ec im en to s meus sócios Leandro e Bisi; meu executivo Edgar; minha filha Carolina, para a qual escrevi todo o texto; todos os integran- tes da Leandro & Stormer. Em verdade, digo integrantes da Leandro & Stormer, pois ela não é uma empresa, mas sim uma grande família, em que todos juntos procuram viver, apren- der, melhorar e crescer. Também dedico um agradecimento para minha família. Meu irmão, meus sobrinhos, minha Lucia, Helena, Marina, vis- to que um homem sem uma família não tem sustentação para produzir de forma constante e consistente. A gratidão é um sentimento que nos conecta diretamente com as esferas mais superiores. Sempre que a exprimimos, po- demos sentir retorno desse sentimento nobre e automatica- mente nos sentimos bem. Assim sendo, devemos e precisamos sempre que possível deixar os outros saberem o quanto foram importantes nas nossas vidas e na obra que construímos. Não existe homem que consiga realizar feitos sozinho. Todos nós precisamos das pessoas que estão ligadas a nossa empreitada. Muito obrigado também ao leitor. Sinto-me muito feliz por saber que uma pessoa decidiu investir seu dinheiro para po- der ler aquilo que escrevi, ler minhas ideias. A felicidade obtida disso só será ultrapassada por aquela advinda se essas ideias, esses modelos vierem a ajudar, a colaborar e orientar outras pessoas no seu Tao, no seu caminho dentro do mercado. Su m ár io Introdução .......................................................................................09 Táticas Operacionais de Swing Trade ................................13 Swing trade Estilo Livre ............................................................25 Definindo tendência .................................................................26 Suportes e resistências ............................................................36 Atuando na reversão da tendência .....................................40 Mais suportes e resistências ..................................................47 Sequencia de Fibonacci ...........................................................48 Então qual é a solução que eu opero? ...............................62 Stop and Reverse .......................................................................65 HiLo .................................................................................................66 Estopes por metria fixa ............................................................72 Estope pelo ATR ..........................................................................76 Sobre a construção do mercado e dos movimentos do mercado .........................................................78 Barras estreitas ............................................................................82 Truques , pulos do gato e o Wu-wei ....................................88 Pontos de Cataclisma .................................................................94 A divisão do mercado ................................................................110 Força Relativa.................................................................................113 Manejo de risco .............................................................................120 Anos bons, anos ruins ................................................................128 Média de 20 modificada ...........................................................152 Média de 9 exponencial modificada ...................................156 Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa ....... 160 Dunningan ...................................................................................161 Ligando os pontos ....................................................................165 Ponto contínuo ..............................................................................170 Com dois espaços temporais diferentes ..........................172 Acoplando os modelos ...........................................................177 Variação Metade do movimento .........................................187 Sobre Ser Trader e os antigos samurais ............................193 Quatro aspectos que nos originam motivação ..............196 Metodo “Cemana” .....................................................................198 Como lidar com perdas e com o mercado ......................201 Sobre Leis Universais ................................................................206 Sistema IFR2 Pleno ......................................................................209 Por que não um Martingale? .................................................213 IFR2 para comprar um ativo a custo zero .........................218 IFR2 para venda ..........................................................................227 Tática da média de 10 deslocada .........................................230 IFR2 - Mais do mesmo, mas um pouco mais gostoso ..234 Um é bom , dois é ótimo! ..........................................................238 Escritório de Trading ..................................................................246 Estrutura financeira ....................................................................251 Conclusão ........................................................................................254 Bibliografia ......................................................................................257 9 Quero iniciar esse livro com a citação de uma pessoa que admiro muito. “I’ve missed more than 9000 shots in my career. I’ve lost almost 300 games. 26 times, I’ve been trusted to take the game winning shot and missed. I’ve failed over and over and over again in my life. And that is why I succeed. “ Michael Jordan A tradução dessa frase fica como: “Eu perdi mais de 9000 lances na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. 26 vezes me confiaram o lance decisivo do jogo e perdi. Eu falhei várias e várias e várias ve- zes durante minha vida. E é por isso mesmo que eu venci.” Michael Jordan.In tr od uç ão Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 10 Ao mesmo tempo, vou pedir ao leitor uma concessão. Es- creverei este livro exatamente como se estivesse escrevendo- -o para minha filha. É minha intenção que, quando ela for adulta, possa lê-lo, possa entender o que seu pai fazia, como fazia e por que fazia. E que possa, a seu tempo, melhorá-lo. Por isso, algumas vezes serei bastante intimista, e em outras vezes serei muito direto. Também quero me desculpar com o amigo. Esse livro de- veria já ter sido escrito há dois anos, sendo uma sequência do primeiro “Táticas operacionais de posição em ações”. Mas tive, a partir de 2008, uma sequência de anos complexos com di- ficuldades pessoais muito grandes, que realmente me impe- diram de terminar esse relato. Esses anos difíceis foram muito dolorosos para mim e praticamente me impossibilitaram de pensar de forma adequada e centrada. Serviram, no entanto, como profundo aprendizado. Honestamente, nunca conheci um único trader quenão tives- se errado um trade. Nunca vi um único trader que acertasse todas as operações. Assim como nunca vi um único jogo de basquete que o time vencedor não tenha levado pelo menos uma cesta. Filha, preste bem atenção no futuro, irá ouvir pessoas di- zendo que operar no mercado é simples. Fácil ou mesmo sim- plório. Nada está mais longe da verdade do que isso. Operar o mercado em si é fácil. Ser rentável e consistente nas opera- ções não o é. Custei muito a aprender isso, minha filha e, para que não tenha que perder todo o tempo que tive que gastar nesse aprendizado, é que escrevo esse texto para você e para todos que desejarem lê-lo. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 11 Ser bem-sucedido no mercado como trader não está rela- cionado a quantas vezes acertamos nossos trades. Nem tam- pouco em quantas vezes operamos ou mesmo em qual prazo decidimos atuar. Ser bem-sucedido no mercado está relacio- nado a garantir que, nas vezes em que perdemos, tivemos uma perda suportável e, nas vezes que ganhamos, tivemos um lucro muito maior. Assim como em um jogo de basquete, a chave para vencer um jogo está em levar MENOS cestas do que em acertar as cestas no oponente. Olhando ainda nessa óptica, digamos que dois times tivessem feito a mesma quan- tidade de cestas, por exemplo, 35 cestas cada time. Acredi- taríamos que o jogo terminou em um empate. Mas, e se um desses times fez todas essas cestas de 3 pontos enquanto o outro fez cestas de 2 pontos? Resumindo dramaticamente, uma forma correta de se operar é: “Quando perder, perder pouco. Quando acertar, ganhar muito.” Esse lema é um lema de seguidores de tendência. Mais adiante iremos esclarecer bem essa forma de pensar o mercado. Outro lema que também pode levar a bons resultados é: “Quando perder, perder igual ao que ganho quan- do acerto. Mas acerto mais vezes do que erro!” Esse segundo lema é totalmente diferente do primeiro. Sua filosofia é oposta. Aqui é o lema dos modelos de volatilidade. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 12 Se analisarmos rotineiramente todos os sistemas seguidores de tendência, comparando-os com os sistemas de volatilida- de, iremos observar a clara superioridade em rentabilidade que esses modelos apresentam. A grande dificuldade é que as pessoas se sentem muito des- confortáveis operando modelos em que erram mais vezes do que acertam. Mesmo que as perdas nesse erro sejam mínimas e os ganhos astronômicos. As pessoas não conseguem identificar que seus resultados NÃO estão ligados ao número de acerto de suas operações, mas sim à composição final de quanto ganharam nas vezes em que acertaram, contra quanto perderam nas vezes em que perderam. Na verdade, operar o mercado financeiro é algo completa- mente contra o senso comum que existe. Se tentarmos formas comuns de se pensar, teremos resul- tados muito ruins. Se usarmos o sentimento normal das pessoas, perderemos. Agora, dito isso, peço ao amigo leitor que sente, recoste-se e aproveite. Vamos falar de um dos temas mais interessantes, excitantes e atraentes do mundo. Mas prepare-se, vou abordá-lo da forma que tem que ser abordada. Simples, direto, focado e objetivo. Vamos falar sobre mercado financeiro. 13 “Cuide de suas perdas, termine com elas rapidamente... e seja lento em termi- nar suas operações lucrativas”. Trader Anônimo. No seu caminho como trader, você irá se deparar com uma encruzilhada. Dois caminhos nitidamente distintos se apre- sentarão. De um lado, temos uma forma de operar dentro do mercado baseada em um tipo de análise de cada trade de forma bem individual; vamos denomi- nar esse modelo de Subjetivo. Do outro lado temos um modelo de operar no Tá ti ca s O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 14 mercado de forma sistemática. Nenhum dos dois caminhos é fácil. Aliás, não lhe prometi facilidade nessa profissão. Ambos os caminhos têm seus aspectos positivos e negativos. Agora, observe. Operei por muito tempo usando os dois modelos. E após alguns anos, passei a adotar o modelo obje- tivo total, isso porque, para mim, dado a instabilidades emo- cionais, possibilitou-me resultados mais consistentes. O Trader Subjetivo: “Mais frequentemente nos fere o ganho do que a perda.” Tao Tse Vamos detalhar cada um desses modelos. Para isso, vamos primeiro definir o que o modelo Subjetivo não faz. O trader subjetivo não usa um sistema operacional binário. O trader subjetivo não usa sempre os mesmos indicadores, e, mesmo que use, não deriva sempre as mesmas conclusões destes. O trader subjetivo não consegue definir seu modelo de operar dentro do mercado de forma puramente matemática. Agora vamos definir o que o trader subjetivo faz. Eminentemente, ele usa uma gama muito grande de ferra- mentas de análise técnica, pesando e ponderando cada situ- ação em cada gráfico e em cada trade individualmente para poder tomar sua decisão de compra ou venda. Ele procura operar no mercado não baseado em um indicador ou ferra- menta, mas em cima de um veredicto que sua capacidade de analisar o mercado acabará oferecendo para cada gráfico Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 15 analisado. Claro, mesmo dentro do modelo Subjetivo, o tra- der irá criar uma sequência de análise que será desencadeada em cada trade estudado. Um exemplo de sequência de análise de um trader subjetivo: 1- Primeiramente, ele olha a tendência do ativo que ele está estudando. O trader subjetivo sabe que o mercado se desloca em ape- nas três tipos de tendências. A tendência de alta, onde os preços têm uma linha ascen- dente, com valorização, sendo o rumo mais provável. Tendência de baixa, onde os preços têm uma linha descen- dente, onde os preços têm uma maior probabilidade de des- valorização. E tendência de lado, onde o mercado opera sem direção definida. Ele pode localizar a tendência pelo critério de topos e fundos apenas ou por um conjunto de regras que tenha pre- viamente imaginado. 2- Segundo, ele estuda os suportes e resistências hori- zontais do ativo. Suporte, um preço marcado no gráfico, onde o ativo tenha feito um fundo prévio. Resistência, um preço marcado no gráfico, onde o ativo te- nha feito um topo prévio. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 16 3 - Aplica médias móveis em seu gráfico. Médias móveis simples – Soma o preço de fechamento da quantidade de barras que foi definida pelo trader, divide e re- sulta na média móvel desejada. Ao entrar uma nova barra, a primeira barra da lista que estava anteriormente é retirada e substituída por essa nova. Serve como um preço de memória do mercado, agindo como suporte e como resistência. Se a média está subindo, representa uma tendência de valorização dos preços no período espelhado. Se a média está caindo, espelha uma tendência de baixa no período observado. 4- Observa a posição do ativo em relação aos suportes. Um ativo longe de um suporte tende a perder sustentação e retornar à sua proximidade. Um ativo perto de uma resistência tende a perder compra- dores e recuar. 5- Nota a presença de Fibonaccis. Fibonacci é uma sequência matemática que busca loca- lizar o crescimento harmônico ou a retração harmônica do mercado. Foi identificado por um matemático como sendo a proporção mais imediatamente seguida na natureza nos pro- cessos de crescimento, expansão e retração. Uma estrutura, quando retrai, costuma retrair 0,61% do tamanho da última expansão. E quando se expande, tende a expandir 1,61% da última movimentação de alta. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 17 6- Procura um eventual candle de reversão no gráfico. Candles são formas de comportamento do mercado, que podem denunciar esgotamento da força predominante, com potencialreversão do movimento prévio. Partem da premissa que seja possível “compreender” as forças dominantes do mercado a partir da observação dos pontos de abertura, fechamento, máxima e mínima. 7- Decide se a tendência está ou não saudável na sua vi- são e se existe potencial de reiniciar o ciclo de alta. Nesse momento, a análise do volume ajuda bastante, pois a identi- ficação de volumes fortes nas altas e volumes fracos nos dias de queda valida a tendência de alta. 8- Após analisar todos esses detalhes, ele observa onde seria o ponto de uma eventual entrada. Onde poderia ser colocado seu estope de forma segura. 9- Plota o possível alvo de preços e a zona onde haveria resistência e pressão de venda. 10- Faz um cálculo de relação entre o lucro possível até o alvo mais próximo e o risco assumido na operação, con- siderando o risco como sendo a distância entre o ponto de compra e o seu estope. 11- Realiza um estudo no tempo, procurando identificar em quantos dias o determinado alvo estaria sendo atingido. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 18 12- Após todos esses detalhes terem sido visitados e revisi- tados, o trader toma a decisão de executar ou não a operação. Vantagens: Existem algumas vantagens em atuar como trader subjetivo.A primeira delas é que, acima de todos os indica- dores, o trader coloca sua própria capacidade intelectual de localizar situações mais ou menos interessantes. A segunda vantagem é a maior liberdade na escolha de quais trades irão ser acionados e quais não serão. A terceira vantagem é um de- senvolvimento maior da capacidade de leitura do mercado, que com o tempo produzirá retornos cada vez maiores. Desvantagens: A primeira desvantagem é que a “mente “ que irá decidir quais trades serão ou não operados pode estar com um viés terrorista. Ou seja, se o trader em alguma esfera de sua men- te perceber a atividade de trade como errada, pecaminosa, ou ainda infame, acabará tendo problemas. Se a mentalida- de dele não aceitar totalmente a possibilidade de enriquecer, ou, pior, se dentro da mentalidade da pessoa houver um forte ódio aos ricos, teremos problemas em conseguir resultados consistentes e livres de trades “autossabotados”. Segunda desvantagem é mais relativa a problemas de ins- tabilidade emocional aos quais nossa vida cotidiana nos leva. Ou seja, situações instáveis em nossa vida particular podem acabar destruindo nossa capacidade de analisar, decidir e operacionalizar nossos trades de forma adequada. Um único Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 19 problema na vida pessoal pode destruir meses de trabalho bem feito e focado, até que o trader perceba que ele não está em condições emocionais adequadas para operar. Terceira desvantagem vem diretamente relacionada à hesi- tação. Dúvida, medo e angústia que podem paralisar a ação do trader menos preparado. Quarta desvantagem vem da ausência de método. Uma vez que um trader se permite trabalhar a seu critério, ele acaba implementando diferentes ferramentas, diferentes métodos todos os dias, sem muitas vezes conseguir um trabalho con- centrado e consistente. Inconsistência de método em cima de inconsistência de emoções. Quinta desvantagem advém do tempo necessário para do- minar a arte de trade. Podemos dizer que um trader subjetivo vai demorar muito mais tempo para conseguir extrair dinhei- ro do mercado que um trader sistemático, pois sua curva de aprendizado é muito maior. Sexta desvantagem do trader subjetivo é que ele não con- segue validar estatisticamente sua forma de operar com base nos dados do passado. O trader sistemático: “A hora de estabelecer ordem é antes de entrar a desordem.” Lao Tse. O trader sistemático irá estudar um modelo matemático de operar que irá gerar o sinal de compra. Estudará as diver- Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 20 sas formas possíveis de trabalhar a saída do trade executado. Construirá um modelo de operar que cumpre regras binárias de entrada e saída. Poderá então, com esse modelo em mãos, testar todas as entradas e saídas que o sistema teria gerado. Pode construir uma estatística de acerto. Pode desenhar o melhor tipo de manejo de risco para seu modelo. Uma vez definido seu modelo operacional, é vital que o tra- der sistemático assuma todos os sinais que o modelo gerar. Não há mais margem para decisão do trader. Ele precisa se render totalmente ao modelo e tentar não “pensar” em cima de cada trade. Aqui a frase “acionou sinal” deve ser imediatamente segui- da pela frase “executei operação”. Não há mais margem para “eu acho...”; “talvez se...”. Trade acionado é trade executado. O trader sistemático não pode querer refletir do porquê de movimentação de determinado ativo. Não há procura por qual motivo dos movimentos. As únicas perguntas que o trader sistemático precisa res- ponder são: 1- Meu sistema está me dando entrada agora? Sim ou não. Se sim: 2- Quanto de capital devo alocar nesse trade? Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 21 A partir do momento em que for entrada a posição, a per- gunta muda para: 3- Meu sistema está gerando saída do trade em que preço? Vantagens do modelo sistemático: Menor tempo necessário para aprender e seguir o modelo. Dessa forma, resultados consistentes são mais rapidamente auferidos por um trader que siga essa forma. Menor desgaste emocional. Não há mais dúvida, medo, nem angústia. O trader segue piamente o sinal gerado pelo gráfico. Maior velocidade na tomada de decisão. Maior capacidade de escolher um manejo de risco que per- mita extrair o melhor resultado possível do seu modelo. Desvantagens do modelo: Primeira desvantagem é a enorme quantidade de sistemas interessantes, palpitantes e esfuziantes que existe no mer- cado atualmente, sendo muito difícil escolher qual modelo você irá usar. Filha, mais ou menos como entrar em uma festa que tenha um buffet com 50 pratos quentes diferentes. Você fica querendo provar todos, não come um bom pedaço de nenhum e, quando decide qual gostou mais, não tem mais dinheiro para operar. Enorme necessidade de disciplina para realizar todos os si- nais que forem acionados. A maior parte dos modelos rentáveis apresenta baixo ní- vel de acerto. Eles são rentáveis porque conseguem capturar bons lucros nas raras vezes que acertam e cortar rapidamente Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 22 os prejuízos nos trades errados. Muitas pessoas não conse- guem operar errando muitos sinais, mesmo que os prejuízos sejam pequenos frente aos lucros gerados. No segundo ou terceiro trade errado consecutivo, alguns traders tendem a abandonar o modelo e acabam perdendo os resultados dos trades seguintes que iriam recuperar todos os prejuízos e muito mais. Ao assumir um modelo sistemático em um papel, o trader precisa operar aquele papel. Se ele migrar de papel em papel, não conseguirá auferir a estatística do setup para um único pa- pel. Com isso, a chance de ganhar dinheiro quase some. Uma política inteligente que um trader sistemático poderia programar é: Define um capital para operar um determinado papel, por um sistema. Opera todos os sinais que o sistema gerar naquele setup, naquele prazo operacional, naquele ativo, com o capital se- lecionado. Operar outro ativo com outro capital por outro setup seria então viável. Outra desvantagem é perder completamente o direito a ter uma opinião. Algumas pessoas precisam ter esse direito (mes- mo que muitas vezes suas opiniões estejam erradas). Como o leitor pode ter reparado, ambos os modelos po- dem ser interessantes. E é nessa bifurcação de estrada que a maior parte dos traders se perde. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 23 Qual caminho trilhar? Qual é o melhor? Quais os riscos de cada um?A qual eu irei me adaptar melhor? “As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras.” Lao Tsé Infelizmente, não existe como eu responder essas pergun- tas para você, pois para cada pessoa a resposta acaba sendo diferente. Eu já trabalhei muitos anos das duas formas possíveis. Hoje, opero exclusivamente de forma sistemática. Ao longo desse livro eu detalharei exatamente como é meu procedimento para cada um dos modelos de trading existen- tes. Iniciarei com a descrição do método Subjetivo ou Estilo Li- vre. E logo após, detalharei os modelos sistemáticos que mais utilizo. Hoje sou um trader eminentemente sistemático. Durante a confecção desse livro, deparei-me com uma dú- vida muito grande: colocar no livro toda a enorme quantidade de modelos operacionais que estudei, pensei, aprendi, modi- fiquei? Ou colocar a menor quantidade de modelos possíveis para que você não fique tentado a querer operar todos eles? Optei por na área subjetiva apresentar um range maior de formas de avaliar o mercado. Na área objetiva, focar em dois modelos principais: um se- guidor de tendência; e um de volatilidade. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 24 O leitor que estiver mais disposto a atuar como sistemático po- derá ir imediatamente para os capítulos referentes a esse modelo. O leitor que optar pelo caminho Estilo Livre pode se sen- tar, puxar seu caderno de anotações e preparar-se para nossa conversa. E aquele que curtir entender mais o mercado e refletir so- bre ele, poderá seguir lendo ambos. 25 “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo”. Winston Churchill Antes que entremos diretamente no método que utilizei como Estilo Livre, preciso definir contigo alguns concei- tos de análise técnica. Eu acredito que todos os leitores desse livro já tenham bons conhecimentos em análise técni- ca. Mesmo assim, alguns pontos preci- sam ficar em acordo.Sw in g tr ad e E st ilo L iv re Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 26 Definindo a tendência “Se você não sabe para onde vai, todos os caminhos o levam para lugar nenhum.” Henri Kissinger. Um trader que planeje operar a favor ou mesmo contra a tendência vigente de um ativo precisa antes de tudo identificar de forma correta qual a tendência que o ativo apresenta. Perceba que existem modelos de se operar contra a tendên- cia e modelos para se operar a favor desta. Quando decidimos operar a favor da tendência de alta de um papel, nós podemos: 1- Comprar o rompimento dos topos anteriores; 2- Comprar os recuos do ativo dentro dessa tendência de alta (comprar perto do suporte). Quando decidimos operar contra a tendência de alta, ire- mos basicamente: 1- Vender o ativo em cima de resistências ou em zonas de im- portante afastamento do suporte (vender longe do suporte). Mas, primeiramente, antes de entrar nessa parte, precisamos definir qual a tendência que o ativo se desloca. A maior parte das definições de tendência de alta que li e estudei usam como critérios os “topos e fundos ascendentes”. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 27 O primeiro problema já surge na definição de topo. O que é um topo? Alguns topos são fáceis de serem visualizados e caracteriza- dos. Outros são mais capciosos. Na figura 1, temos apontado algumas barras que poderiam ou não ser consideradas como topos intermediários. E note que, se o forem, alguns pivôs de baixa poderiam ser estabelecidos. Mas são topos? Uma barra forma um topo? Ou o critério de topo está mais ligado à questão de am- plitude de recuo ou de alta? Bom, tomo emprestada a definição de topo e fundo de Edwards and McGee (Technical analysis of stock trends). Ali os autores definem um topo como sendo toda a barra que tem Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 28 seu fechamento precedido por TRÊS fechamentos abaixo des- te E seguido por três fechamentos abaixo de si. Da mesma for- ma, fundos são marcados em barras que teriam seu fechamen- to antecedido por três barras com fechamentos acima E que seja seguido por três barras com fechamento acima também. Minha única modificação para o conceito do McGee é que, ao invés de usar três fechamentos antes e depois, eu uso dois fechamentos antes e dois depois. Assim sendo anoto na figura 2 todos os topos e fundos pelo conceito apresentado. Algumas definições usam amplitude de movimentação para caracterizar topos e fundos. Eu considero essa mais simples, objetiva, direta e facilmente replicável. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 29 É vital ao trader a correta identificação da barra que formou o fundo ou o topo, para que possa operar o pivô dessa movi- mentação. Especialmente se ele for trabalhar em cima de com- pra de pivô de alta e venda de pivô de baixa. Porém, eu não defino a tendência de um papel usando ape- nas o critério de topos e fundos. Eu defino uma tendência em um ativo a partir de 5 critérios: 1- Topos e fundos – que podem estar em alta, ou em bai- xa, ou indefinido. 2- Preços acima da média de 9 períodos (aritmética). 3- Preços acima da média de 21 períodos (aritmética). 4- Média de 9 aritmética acima da média de 21 aritmética. 5- Tendência pelo Three Line Bar (método desenvolvido pelo trader Joseph Stowell). Com os cinco critérios em baixa, eu estou em FORTE tendên- cia de baixa. Com quatro critérios em baixa e um em alta, estou em ten- dência de baixa. Com três critérios em baixa e dois em alta, estou em um mo- mento crítico de possível mudança de tendência ou de recon- firmação desta. Com três critérios em alta e dois em baixa, estou em tendên- cia de alta, porém atento à possível reversão. Com quatro critérios em alta e um em baixa, estou em tendên- cia de alta. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 30 Com cinco critérios em alta, estou em FORTE tendência de alta. A melhor operação dentro do modelo Estilo Livre ocorre quando tenho cinco critérios concordando com uma tendên- cia. A outra situação que pode me oferecer trades interessantes é quando tenho três dos cinco apontando uma direção. Mais adiante, o leitor entenderá por quê. Definindo, então, a tendência deste ativo no diário. Pelo critério 1 em topos e fundos ascendentes. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 31 Pelo critério 2, preços acima da média simples de 9. Pelo critério 3, preços acima da média simples de 21. Pelo critério 4, média de 9 acima da média simples de 21. Por esses três critérios, temos tendência de alta no ativo. O último critério é a Three Line Bar. Bom, vou me deter a explicar um pouco mais detalhada- mente esse modelo. Quando você observa um gráfico, marca a maior máxima visualizada no período. A barra que possuir essa máxima será chamada de barra 1. Observe a mínima desta barra 1. Procure qual é a barra à esquerda da barra 1 que tem a míni- ma imediatamente abaixo desta. Essa será a barra 2. Marque a mínima da barra 2. Procure a barra que à esquerda da barra 2 tenha a mínima imediatamente abaixo desta. Essa será a barra número 3. A mínima dela estabelece a Three Line Bar. Quando Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 32 o mercado fechar abaixo dessa linha, entramos em tendência de baixa. A partir do momento que estivermos em tendência de baixa, pensamos da forma inversa. Procuramos a barra que tem a mínima mais baixa. Essa é a barra1. Marcamos sua máxima. Procuramos a barra à esquerda que tenha a máxima imediatamente acima desta, será a barra 2. Marcamos a máxima da barra 2. A barra que detiver a má- xima imediatamente acima desta será a barra 3 e ali estará a Three Line Bar para virar a tendência para alta. Marcamos a barra 1, procuramos a barra 2 e definimos a bar- ra 3. Note que o dia anterior a barra 2 foi um doji,que não mar- cou mínima abaixo dela. A cada nova máxima repetimos o processo e eventualmente elevamos nossa Three Line Bar. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 33 Quando fecharmos abaixo desta linha, muda para tendência de baixa. O fechamento provocou mudança de tendência. Podemos agora verificar que só retornaremos a alta se fecharmos acima Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 34 da atual Three Line Bar. Se tivermos novas mínimas, essa linha de mudança da tendência irá mudar. Seguimos em tendência de baixa pelo modelo. Apenas pelo fechamento acima da linha que desceu tere- mos uma virada para alta. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 35 O fechamento acima da linha Three Line Bar mudou a ten- dência para alta. Podemos agora ver o ativo com uma barra 1, 2 e 3. Temos definida a Three Line Bar em ALTA. Assim sendo, como já verificamos que os outros 4 critérios estavam em alta e o último que precisava ser avaliado era a Three Line Bar, podemos dizer que esse gráfico está em FORTE tendência de alta, com os cinco critérios em alta. Bom, após definir a tendência do ativo, o trader irá decidir se quer operar a favor da tendência ou contra esta. Basicamente, se ele decidir operar a favor da tendência, ele deve procurar comprar o ativo perto de um suporte OU com- prar este ativo quando ele romper a resistência (na maior parte das vezes, o topo anterior). Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 36 Mesmo que ele decida operar contra a tendência de alta, no caso, ele irá precisar localizar o suporte, pois irá pensar em vender todas as vezes que o preço se afastar dramaticamente do suporte. Suportes e resistências Eu uso como ferramentas de suporte e de resistência as se- guintes estruturas: 1- Fundos anteriores (pelos fechamentos). 2- Topos anteriores rompidos (pelos fechamentos). 3- Linhas de suporte inclinadas (aqui me permito, pois, já que estou em um estudo subjetivo, posso usar ferramentas subjetivas). 4- Médias móveis aritméticas. 5- Números redondos. 6- Fibonaccis. 7- Proporção da raiz quadrada. Logo, após ter definido a tendência do ativo, eu marco as li- nhas de suporte horizontais e inclinadas mais próximas. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 37 Um ativo que esteja dentro de uma tendência de alta saudável, usualmente, NÃO violará os topos prévios rompidos. Consegui- rão respeitar esses topos como seus suportes. Logo, ao identificar uma tendência de alta, nos topos anteriores rompidos tenho um preço que pode me interessar a executar alguma compra. Na ponta inversa, uma tendência de baixa saudável terá seus repiques respeitando diretamente os fundos prévios perdidos. E ali teremos bons preços para se pensar em venda. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 38 Então, se tivermos um ativo que venha formando uma corre- ção em topos e fundo descendente, poderá pensar em efetuar vendas na proximidade de um fundo perdido. Agora, note que a violação do fundo prévio perdido para cima sinaliza enfraquecimento dessa tendência. Logo, apresento dois modelos de se operar, ambos usando o mesmo padrão: A sequência de topos e fundos O sistema: Atuando A FAVOR da tendência. Ao observar topos e fundos em queda, marco o último fun- do em cima do fechamento. Espero o ativo repicar até essa zona de fundo perdido. Marco a mínima da barra que atingiu a região. A perda dessa mínima Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 39 em um centavo aciona minha venda. Meu estope fica logo aci- ma da máxima da barra que atingiu essa região. O alvo fica sendo a última perna de baixa projetada para bai- xo a partir do meu ponto de estope loss. Temos um exemplo de operação aqui presente. O ativo vem em topos e fundos em queda, repica até a zona do fundo pré- vio. Marco a mínima como meu ponto de venda. Se acionada a venda, meu alvo é a última perna de baixa para baixo. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 40 Atuando na reversão da tendência “Uma perda pode converter-se num benefício, e um benefício, numa perda.” Tao-te-King Agora, podemos usar esse mesmo padrão para operações de compra em uma situação de contratendência. Note que, no momento em que o ativo repica até o fundo pré- vio perdido, isso é uma ameaça para a permanência e continu- ação da tendência de baixa. Se o ativo conseguir violar o fundo perdido, estará colocando em risco toda a tendência de baixa. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 41 Nesse modelo, então, o sistema de trade fica assim: Observando o ativo em topos e fundos em queda, espero o ativo repicar até o fundo anterior perdido. Se o preço conseguir fechar ACIMA da linha desenhada um único dia, vou esperar um dia que feche negativo. Quando tiver ocorrido isso, marco a máxima dessa barra que fechou vermelha. Executo entrada na superação dessa máxima. Estope na mínima. Alvo a amplitude do meu risco para cima. Note então no detalhe o ativo, perceba que o recuo após a perda do suporte foi mínimo. Observe o fechamento acima do fechamento que formou o fundo. Veja a barra seguinte fechan- do vermelha. A superação dessa máxima me fornece entrada. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 42 Podemos perceber então que o zigue-zague de baixa pode promover duas operações. A primeira a favor da tendência, e a segunda trabalhando na modificação desta. Por isso, sempre olhe esse padrão como algo que pode ser operado. A aproximação do fundo perdido pode gerar um belo trade. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 43 Se estiver falando de uma correção ABC apenas, então o mercado repica até o fundo perdido, ou melhor, o fundo de B. Batendo ali uma barra de queda apenas para dizer que foi sen- tido o fundo prévio. A superação da máxima desse dia de recuo NÃO deveria ocorrer se a tendência de baixa estivesse sólida. Por isso, se ocorrer, gera minha entrada. Esse é o desenho de um Término de ABC. Se for uma tendência saudável, o mercado irá repicar até esse fundo perdido. Batendo ali e perdendo a mínima da barra que atingiu essa região, ele não mais subirá e retornará a recuar com força. Isso se estiver falando de uma tendência de baixa sólida. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 44 Veja que essa não é uma tendência de baixa saudável. Note como os fundos prévios perdidos são violados pelos repiques. Esse tipo de movimentação é mais característica de uma corre- ção. Note a última barra como sendo de baixa. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 45 Temos na superação dessa máxima o ponto perfeito de en- trada como swing trade, estope na mínima e alvo na amplitude do risco para cima. Por quê ? O leitor deve estar se perguntando. Não está esticado para cima? E a tendência? Vou colocar as duas médias para que o leitor possa definir qual tendência o ativo se encontra. Temos topos e fundos em queda. Temos preços acima da média de 9 e de 21. Temos média de 9 abaixo da média de 21. Temos Three Line Bar em baixa. Logo, são três critérios para tendência de baixa e dois para ten- dência de alta. Lembra que eu havia comentado mais cedo que quando tivermos três dos cinco critérios podemos estar com uma Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 46 situação de ameaça de tendência e de mudança de tendência? Justamente nessa situação. Se o ativo superar a máxima desse último candle, estaremos mudando de tendência, pois isso irá virár o Three Line Bar para cima, trará a média de 9 para acima da média de 21 e ao mes- mo tempo irá montar o desenho de término de ABC. No dia seguinte, ocorre a superação em gap de alta. Execu- tada a entrada, estope na mínima do candle, alvo na amplitudedo risco para cima. Isso é um trade curto. O nosso próximo trade aqui será um trade mais longo. Esse teve que ser curto porque a movimentação atual está mudando tendência e está já há vários dias em alta. Portanto, alvo curto, no próximo recuo, porém irei começar um trade longo no ativo, já que este estará dentro de uma tendência de alta após ter conseguido corrigir alguns dias. Precisamos então agora entrar no segundo passo de nosso sistema de análise: Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 47 Mais suportes e resistências Como mencionado, podemos e devemos procurar suportes em cima de topos rompidos e fundos respeitados. Mas também existem outras ferramentas que nos oferecem a mesma estrutura. As médias, os números redondos e os Fibonaccis. As médias como suporte é algo relativamente comum de se imaginar. Considere que você tenha um preço médio pelo pão fran- cês que você come todos os dias. Esse preço médio está em sua mente. Digamos que sejam R$0,50. Em um dia você chega à cafeteria e o preço está em R$1,00. Obviamente decide não comprar o pão. Nos próximos dias, você vê o preço do pão se manter perto do R$1,00. E decide ainda não comprar, pois o preço “ justo” que você tem em sua mente ainda está em R$0,50. Um dia, ao entrar na ca- feteria, você vê o preço a R$0,50. Hoje você compra seu pão. O mesmo modelo ocorre nas médias móveis. Elas rapida- mente nos dão uma referência de preço médio que aceitamos pagar por um ativo nos últimos dias. Quando os preços estão muito acima do valor médio, não executamos a entrada. Quan- do os preços caem e chegam ao valor que está na nossa mente, podemos executar nossa entrada. Bom, portanto fixe esse con- ceito, procure entrada sempre próxima da média de 21 dias, tanto na ponta de compra quanto na ponta de venda. Logo, esse suporte já está bem explicado. Os números redondos funcionam também como marcado- res da mente psicológica dos seres humanos. Quando uma pessoa compra um papel a um preço de R$16,00, pensa ime- Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 48 diatamente em vender a R$20,00. Quando uma pessoa compra a R$7,00, arredonda sua saída para R$10,00. Logo, quando um trader vê um papel recuando até um núme- ro redondo importante, ele sabe que ali existe uma enorme chan- ce de aparecer compradores. Os números mais potentes que pre- senciei são: R$5,00; R$ 10,00; R$ 20,00; R$ 50,00; e R$ 100,00. Esse aspecto é importante também para conceitos mais de dia a dia. Digamos que você tenha um ativo e que seu alvo seja ven- der em R$20,00. Não se deve colocar um stop gain nesse valor. A sua venda deve ficar poucos centavos abaixo do número re- dondo. Da mesma forma, digamos que seu estope estivesse proje- tado para R$10,05. O ponto mais interessante de alocar o estope fica obviamen- te abaixo de R$9,99, para diminuir a chance de uma falsa perda de suporte. Detalhe: “Sempre observe os números redondos, como su- portes e fortes resistências”. Sequência de Fibonacci Mais uma ferramenta que pode localizar zonas de suporte ou de resistência. Não pretendo dissecar Fibonacci, pois acredi- to que inúmeros livros já o tenham feito. Mas, preciso dar uma noção do que é o sistema. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 49 Fibonacci é uma sequência matemática amplamente locali- zada na natureza e em inúmeros artefatos observados como harmônicos pelos seres humanos. A proporção usa um razão de 1,618. Esta sendo a razão áurea. Basicamente, os números que compõem essa sequência são : 1,1, 2, 3, 5, 8, 13, 21... Essa sequência guarda algumas belezas matemáticas interessantes: 1- Para saber o próximo número da sequência, basta so- marmos os dois anteriores. 2- Se dividirmos um número pelo próximo número da se- quência, temos a razão de 0,618 ou um número muito pró- ximo deste. 3- Se multiplicarmos um número por 1,618, teremos o próximo número da sequência. Logo, isso virou uma febre, a “proporção divina” foi encon- trada em centenas de movimentos naturais, desde a distância entre os planetas no nosso sistema solar, até o desenvolvimen- to da concha de um caramujo do mar. Se o amigo está curioso, faça o seguinte teste: Meça sua altura, multiplique ela por 0,618. Registre o núme- ro. Meça a distância do seu umbigo até o chão. Verifique o nú- mero. Na maior parte da população, o umbigo dista do chão a proporção de 0,618 da nossa altura. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 50 Wow! Agora já estou elocubrando. O que interessa isso no mercado? Se a afirmação de que todos os processos de crescimento, expansão, retração e involução são regidos por essa “propor- ção”, então o mercado que passa por todas essas fases deve também ser influenciado por ela. Eu poderia gastar as próximas duzentas páginas do livro com exemplos de movimentos em que a proporção de Fibonacci foi respeitada como suporte ou como resistência. Mas, sendo ab- solutamente franco, não vejo motivo. Infelizmente não é pos- sível averiguar matematicamente quantas vezes Fibonacci fun- cionou ou falhou nos últimos 5 anos em um determinado ativo, porque algumas vezes a retração respeitada é a de 0,618%, ou- tras vezes, a de 0,38% (uma derivada da razão áurea) e outras vezes a retração respeitada é a de 0,50%. Justamente por isso, considero essa ferramenta como sendo subjetiva. Cabe lembrar um antigo adágio que o fundador da Análise Técnica, Charles Down, dizia no início do século passado: “Um ativo, quando corrige, costuma corrigir um terço do movimen- to prévio de alta, ou metade desse movimento ou 2/3 deste”. Coincidentemente, os níveis de Fibonacci. Logo, a forma mais clássica de uso dessa ferramenta para lo- calizar suporte é: Medir a distância do início de uma perna de alta até seu topo, marcando os níveis de 0,618% dessa alta, 0,50% e 0,38%. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 51 Os níveis assinalados deverão funcionar como zonas de su- porte para o ativo. Voilá. Muito bem, podemos deixar mais interessante. Os níveis de 80% e 20% também costumam funcionar de so- bremaneira como suportes. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 52 Uma técnica muito interessante utilizada e apresentada pelo John Crane se firma em cima do Fibonacci, sendo seu livro muito recomendado para quem desejar se aperfeiçoar no uso do Fibonacci. Eu gosto de usar uma tática similar à dele. Funciona assim: Operando a favor da tendência: Uma vez identificada a tendência de alta em um ativo, pelos critérios anteriormente mencionados: 1- Assinalo o início da perna de alta pela mínima do cand- le que sinalizou fundo. 2- Uma vez que tenha sido estabelecido um novo topo nessa perna de alta (critério de dois fechamentos abaixo do anterior antes e depois). 3- Marco a retração de 0,61 desse movimento. 4- Assim que os preços encostarem-se a essa região de preço, coloco minha compra um centavo acima da abertura do dia que atingiu a retração de 0,61 para o dia seguinte. Agora a questão do Estope. Se colocá-lo muito justo, corro o sério risco de diminuir muito o nível de acerto do modelo. Se colocá-lo muito longo, pioro a relação de risco benefício. Assim sendo, utilizo a seguinte tática: pego o candle que se encostou à retração de 0,61 da perna de alta e projeto 33% de sua amplitude para baixo. Ali ficará meu estope. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 53 Acompanhe: Papel dentro da tendência de alta. Recuou até a retração de 0,618. Marco a abertura desse dia como meu ponto de entrada para dia seguinte. Para o estope: Máxima do dia – (( Máxima – Mínima) X 1,33) Isso pode também ser plotado como uma projeção de Fibo- nacci no software. Nesse trade, temos uma máxima em R$16,47 e uma mínima em R$16,03. Usando a fórmula, ficamos com um estope em R$15,88. Tá ticas O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 54 Dia seguinte vejamos o que ocorre na figura 27: Muito bem, alguns leitores já podem estar gritando: “Foi estopado!”. Nosso ponto de compra está um centavo acima da ABERTU- RA do candle preto. A abertura desse dia foi ABAIXO da abertura do candle preto. O que aconteceu nesse dia foi o que acontece Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 55 na maior parte dos dias que marcam fundo: abriu, recuou na pri- meira meia hora e começou a subir, deixando a abertura perto da mínima do dia. Logo, nós fizemos a compra assim que superou em um cen- tavo a abertura prévia. De qualquer forma, se por ventura ti- vesse ocorrido a abertura, subiu, compramos, caindo até nosso estope, seríamos estopados e, assim que retornasse a subir, um centavo acima da abertura, entraríamos de novo, com estope NO mesmo ponto. Uma forma de evitar esses possíveis chico- tes seria esperar a superação da máxima? Sim, mas isso nos faz pagar mais caro. Outra forma, mais inteligente, será apresentada mais adian- te, onde entraremos em um período operacional abaixo do que estamos analisando. Nesse caso, entraríamos no gráfico de 60 minutos, procurando o ponto de entrada. Agora vamos para a parte agradável. O Alvo da Operação? O alvo dessa operação é a projeção de toda a perna de alta pré- via, para cima, a partir da mínima do candle que acionou a entrada. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 56 Nessa operação, vemos que tenho um alvo em R$18,54. Meu estope estando em R$15,88. Meu ponto de entrada estando em R$16,27. Um estope de R$0,39, com um alvo de R$2,27. Uma relação de risco para be- nefício de 5,82. Bom trade. Mesmo que o nível de acerto desse modelo seja baixo, ainda assim tenho forte chance de ter um modelo vencedor. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 57 Então, recapitulando: Modelo bem simples. Procuro um ativo em tendência de alta. Espero que ele recue até a retração de 0,61 da última perna de alta. Compro a superação da abertura do candle que chegou nesse nível. Caso não supere no candle seguinte, vou abaixando meu ponto de entrada por cada nova abertura até que acione, ou se perca o fundo prévio, quando, então, ficam invalidadas entradas. Estope 133% da amplitude do candle que atingiu o nível. Alvo, a perna prévia inteira de alta projetada para cima, a partir da mínima do dia que executei a compra. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 58 Operando reversões por esse modelo O modelo é muito interessante, podendo ser utilizado como ponto de entrada mesmo em tendências de baixa, desde que se saiba que nessa situação o nível de acerto irá diminuir. Também podemos trabalhar na ponta da venda com esse modelo, sendo o estope curto e altamente interessante. Na figura 30, vemos uma entrada, contratendência. Mas, esse tipo de operação contratendência só realizo se tivermos uma divergência altista aparecendo no MACD Histo- grama. Note que o recuo seguinte atingiu também a retração de 0,618 da última perna de alta, mas o dia seguinte ocorreu um gap de alta, que impediu a execução do trade. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 59 Note, na figura 31, a clara divergência altista visualizada no MACD Histograma. Veja que, após estabelecida a divergência, espero o próximo recuo, que deve idealmente atingir a retra- ção de 0,618. Ali produzirei a entrada. Bom, talvez o amigo leitor não esteja claramente familiariza- do com o conceito de divergência altista ou baixista. A movimentação do indicador usualmente deve seguir a movimentação dos preços. Se isso não ocorrer, teremos uma divergência. Basicamente, então, quando um ativo faz fundos mais bai- xos nos preços, o indicador deve também produzir fundos mais baixos. Se localizarmos fundos mais baixos no preço, com fundos mais altos no indicador, então temos uma DIVERGÊNCIA AL- TISTA. Muitas pessoas esperam o rompimento da linha de ten- Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 60 dência de baixa, contra a qual a divergência se desencadeia. Eu não faço isso. Eu olho a divergência, espero o próximo recuo, se este levar os preços até a retração de 0,618 do último repique, ali começo a procurar meu ponto de entrada, pela superação da abertura do candle que fez essa movimentação mencionada. Coloco o estope após a entrada e o estope gain. E espero que a divergência e a reversão façam seu trabalho. Muito bem, a questão principal sobre esse modelo é a seguinte: Claramente existe uma boa filosofia por trás dele, porem o número de sinais será extremamente baixo. Isso porque uma divergência em si já é rara, ainda mais uma seguida de um re- cuo dos preços até a retração de 0,618. Muitas vezes o recuo vai somente até a retração de 0,50 ou mesmo a de 0,38%. Então, ficamos com um modelo que tem baixo número de si- nais, estope curto, alvo longo. A única forma de aumentarmos a rentabilidade desse modelo é alongando a operação, colocan- do um alvo que não seja fixo para parte da posição e outro alvo que seja fixo para a outra metade. Dessa forma, iremos ter uma saída mais rápida que irá produzir a saída do risco do trade, e a outra parte será a saída longa, que irá ficar por muito tempo no trade, permitindo uma relação de risco benefício muito melhor. Sabemos que divergências, uma vez visualizadas, produzem movimentações que duram de dois a três meses. Sabemos também que, preste bem atenção nessa frase, ami- Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 61 go leitor, o dinheiro de verdade nos trades é feito nas opera- ções MAIS longas, aquelas que duram muito tempo a nosso favor e que dessa forma nos oferecem um gigantesco cresci- mento patrimonial. 62 E nt ão , q ua l é a s ol uç ão q ue e u op er o? Basicamente, teremos dois tipos de sistemas: 1- Sistemas de volatilidade. 2- Sistemas de tendência. Vamos dissecar melhor esses dois mode- los quando formos falar dos sistemas obje- tivos de se operar. Resumindo, sistemas de volatilidade têm estope curto, alvo curto e elevado nível de acerto. Sistemas de ten- dência apresentam estope curto, alvo longo e baixo nível de acerto. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 63 Sistemas de volatilidade residem sua lucratividade no nível de acerto elevado de suas operações. São trades curtos. Sistemas de tendência obtêm sua lucratividade na ótima re- lação de risco benefício que apresentam. São trades longos. Usualmente, os sistemas seguidores de tendência apresen- tam desempenhos muito superiores em termos de rentabilida- de do que os sistemas de volatilidade. Podemos, no entanto, criar um modelo híbrido em que parte da posição é alijada como volatilidade, com alvo curto, e a ou- tra parte sendo seguidora de tendência e se beneficiando dos movimentos mais amplos. Então, nesse trade da Vale, ao assumir o trade na compra, cal- culamos a distância do nosso ponto de entrada para o estope. Nosso ponto de entrada foi na superação de R$37,93. Nos- so estope, abaixo de R$37,38. Temos uma diferença de R$0,55. Muito bem, então, ao executar minha compra, projeto R$0,55 acima da entrada, para que ali eu possa vender metade da po- sição adquirida, no caso em R$38,48. Note, se eu compro 1000 ações a R$37,93, com meu estope em R$37,38, tenho em risco nesse trade R$3.7930,00 menos R$ 3.7380,00, o que resulta em um potencial prejuízo de R$550,00. Mas, se vender 500 ações em R$38,48, mantendo o estope das outras 500 em R$37,38, posso dizer que o risco da operação, que era de R$550,00, agora está zerado. Uma vez zerado o risco da operação, posso seguir com o res- to da posição, usando um modelo de estope móvel e, dessa forma, capturar eventualmente um movimento bem maior de uma tendência de alta.Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 64 Existem muitos tipos diferentes de estopes móveis. Antes de escolhermos qual será a ferramenta que iremos usar, precisa- mos definir as características ideais de um estope móvel, para que saibamos exatamente o que procuramos: Precisamos de uma ferramenta que: 1- Conduza uma elevação do nosso preço de saída. 2- Não retire nossa posição muito rapidamente para que não saiamos do trade desnecessariamente. 3- Tire-nos do trade quando a tendência do ativo mudar. 4- Não necessite de acompanhamento muito próximo. 5- Tenha alto nível de confiança. Ou seja, um sistema que tenha baixa sensibilidade, mas alta especificidade. Um sistema de baixa sensibilidade é um sistema que não dê sinais por qualquer coisa. Baixo número de sinais. Um sistema de alta especificidade é um sistema que só dá o sinal especificamente em uma condição, tendo alto nível de acerto quando oferece o sinal. Assim sendo, um sistema de baixa sensibilidade e alta es- pecificidade é um modelo que tem baixo número de sinais de saída, mas que, quando eles ocorrem, é porque realmente pre- cisamos sair. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 65 Dito isso, temos: 1- Stop and Reverse, também chamado de Parabólico, criado pelo brilhante Welles Wilder. 2- HiLo , criado por W.D. Gann. 3- Estopes móveis por metria fixa. 4- Estope ATR, também criado por Welles Wilder. 5- Estope móvel por médias móveis. Stop and Reverse: O Stop and Reverse é também conhecido como SAR Parabó- lico. Basicamente, o conceito aqui é que o ativo deve subir. Se não subir, temos um custo de oportunidade. Por isso, gradati- vamente, ocorre uma subida parabólica do estope. Um parabólico abaixo dos preços é lido como sentimento altista. Um parabólico acima dos preços é lido como um senti- mento baixista. Não devemos posicionar nosso estope em cima da parábola. Iremos fechar a posição comprada somente quando virmos no fechamento a parábola subindo para acima dos preços cor- rentes. Neste momento, iremos fechar a posição na abertura do candle seguinte. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 66 A maioria dos modelos que usa o SAR como estope móvel tem um baixíssimo drawdown, pois o sistema nos tiraria do tra- de rapidamente. HiLo: O HiLo basicamente foi criado pelo W.D. Gann e difundido pelo Robert Krauz no ano de 1998. Uma média móvel simples das máximas e das mínimas de 3 períodos é a configuração mais clássica, sendo o indicador desenhado como uma escada. Quando o sentimento for altista, o HiLo assinalado está abai- xo dos preços. Quando o sentimento for baixista, o HiLo está acima dos preços, podendo ser usado como estope móvel ou como sistema de operar. Perceba que existe uma tendência natural dos preços de se afastarem do HiLo. Quando ele se aproxima dos preços duas situações, podem ocorrer: Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 67 1- Preços disparam e se afastam. 2- Preços afundam e mudam a direção da movimentação dos preços. Observe na figura 33 como temos a aproximação dos preços até o HiLo e, logo a seguir, uma movimentação altista. Muito bem, entendendo esse sistema, podemos construir dois sistemas bem interessantes: Modelo 1: 1- Com o HiLo vindo acima dos preços, esperamos que ele desça para abaixo dos preços. 2- Compramos a abertura do candle seguinte a essa vira- da. Estope na mínima do candle prévio. 3- Alvo, vendemos metade da posição no risco projetado para cima. 4- A outra metade, seguimos pelo HiLo. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 68 Um sistema BEM interessante, com ferramentas simples e objetivas. Exemplo do modelo 1: Iremos colocar nossa entrada na abertura do candle seguin- te. Peguemos nosso risco (que é basicamente nosso ponto de estope menos nosso ponto de venda) e projetamos para baixo. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 69 Agora preste BEM atenção: Na venda eu sou um covarde. Sim, filha, absurdamente me- droso. Isso porque, de tudo que testei para se ganhar dinheiro na venda, precisamos de alvos fixos, pois as tendências de que- da NÃO duram muito tempo e são muito agudas para se poder permitir um estope móvel. Então, na venda eu TERMINO toda operação no alvo, não conduzindo metade pelo HiLo. A condução pelo HiLo só fun- ciona na ponta da compra. Observe a operação na ponta da compra, levando metade da posição pelo HiLo. Note que esse modelo operacional pode ser utilizado no 60 minutos, permitindo operações mais curtas; ou no gráfico diá- rio, formando operações de prazo mais longo ainda. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 70 Importante: após o início da operação, o primeiro candle que feche contra a direção da operação implica ajuste do estope. Se estivermos comprados e após a entrada ocorrer um can- dle vermelho, subimos o estope para a mínima desse candle vermelho. Se estivermos vendidos e surgir um candle de alta, desce- mos nosso estope para a máxima desse. Essa parte é importante, pois é justamente ela quem melho- ra o payoff desse modelo operacional. No gráfico de 60 minutos, o payoff desse modelo é de 1,65 em média nos principais ativos do mercado brasileiro. Payoff é a razão de quanto ganhamos por trade que deu cer- to por quanto perdemos por trade que deu errado. Um payoff de 1 significa que, nas vezes que ganhamos, re- cebemos R$1,00 por ação, e, nas vezes que erramos, perdemos R$1,00 por ação. Um payoff de 1,65 traduz que, nos trades certos, recebemos R$1,65, e, nos trades errados, perdemos R$1,00. Um sistema que tenha um payoff de 1 precisa, para ser ren- tável, ter um nível de acerto maior que 60%. O nível de acerto desse modelo para Itub4, Petr4, Vale5 e Bbdc4 é próximo aos 60%. Com um payoff de 1,65 em média, oferece-nos um sistema bem simples e objetivo de operar. Modelo 2: 1- Com o HiLo vindo abaixo dos preços, esperamos os preços recuarem e encostarem no HiLo, SEM que produza sua ida para acima dos preços. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 71 2- Colocamos entrada na superação em um centavo da máxima desse candle que encostou. 3- Estope abaixo desse candle, que teve sua máxima su- perada. 4- Realizamos metade da posição no risco projetado para cima. 5- Conduzimos a outra metade pelo próprio HiLo. Aqui também é importante que, após uma operação que tiver iniciado, o primeiro candle contrário servirá de ajuste operacional de estope. Muito bem, vemos no gráfico vários sinais de entrada ocor- rendo, assinalando os candles onde os preços encostaram-se ao HiLo inferior e a máxima desses candles que foi superada no dia seguinte. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 72 Veja que no final do gráfico temos um sinal de venda que foi acionado pelo mesmo modelo. O estope é conduzido pela mesma ferramenta. Estopes móveis por metria fixa. Esse pode não ser o sistema mais inteligente do mundo. Mas, eu sou realmente apaixonado por esse método de condução da operação, por ser simples, fácil e objetivo. O modelo pode ser executado em qualquer prazo operacio- nal. O trader usa o sinal de entrada de sua preferência, mede a distância do seu ponto de compra para o estope loss. Projeta esse risco para cima, vende metade da posição na projeção do risco para cima. A partir do momento em que vendeu meta- de da posição no primeiro alvo, traz o estope da outra metade para o preço da compra original. Após esse momento, todo candle que conseguir formar uma nova máxima será um candle que poderá obrigar um ajuste no estope, na mesma distância do estope loss original para o pre- ço de fechamento deste. Muito bem, a título de exemplificação: O trader decide no 60 minutos executar a compra da supe- ração da máxima do candle que fez o HiLo ir para abaixodos preços. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 73 Vamos esperar o ativo bater no alvo para realizar parcial. Assim que o ativo bateu no alvo, vendemos metade da posi- ção, e a outra metade sobe para o ponto de entrada. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 74 Esse foi o primeiro candle que fez uma nova máxima em rela- ção ao candle que realizamos metade da posição. Subo o estope para R$0,60 abaixo do preço de fechamento desse candle. Quem descreveu esse sistema de forma perfeita foi o Dave Landry. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 75 O candle seguinte cria nova máxima. E, com isso, trago meu estope para R$0,60 abaixo do fechamento desse candle. Vamos subindo nosso estope R$0,60 para cada candle com nova máxima, NUNCA abaixando este estope. Finalmente, terminamos o trade. Agora, filha, eu sei o que você está pensando: “Mas, o HiLo terminou melhor que o modelo fixo?” Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 76 Nesse exemplo, sim. Mas, não necessariamente teremos isso ocorrendo sempre. Algumas vezes teremos situações em que o HiLo ordena o fechamento do trade e o sistema fixo não o faz, com o ativo retomando a alta e mantendo nossa bela posição. Eu curto muito essa forma de conduzir o trade. Simples, fácil e efetiva. Muito obrigado, Dave Landry. Estope pelo ATR: Welles Wilder criou o conceito de True Range. O True Range é uma tentativa de observar a volatilidade do ativo. Ele é definido pelo maior dos três critérios: 1- Medida da máxima do candle atual menos a mínima deste. 2- Máxima do candle atual menos o fechamento do can- dle prévio. 3- Mínima do candle atual menos o fechamento do cand- le prévio. Já existem inúmeros estudos mostrando que o uso de um estope móvel melhora muito o resultado de uma carteira. Agora, imagine ter um estope que se adapta para cada ativo que você estiver operando. Se você já entende que cada ativo tem sua própria volatili- dade, sua própria forma de se estender e retrair, então, já deve ter notado como um sistema de estope único que trate tudo de forma igual pode ser ruim e não apropriado. Bem, aí reside a beleza do Estope ATR. O Estope ATR calcula o True Range médio do ativo em um Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 77 período de tempo que é escolhido pelo trader. Usando des- vios padrões desse True Range, obtém os níveis de estope mais adequados para o ativo. Seu desenho fica similar ao HiLo, sendo seu uso exatamente similar ao do HiLo. Eu, quando usava, trabalhava com 1,5 des- vios padrões e média de 20 dias. No final, após muito avaliar todos os diferentes tipos de es- topes móveis, fixei meu modelo de estope móvel como sen- do metria fixa. Gostei da forma, gostei dos resultados, permite operar como bom seguidor de tendência. 78 So br e a co ns tr uç ão d o m er ca do e do s m ov im en to s do m er ca do “A destruição é construção: a construção é destruição. Não há destruição e construção: ambas são só um e o mesmo.” Tao Muito bem, uma ideia que preciso passar é que um gráfico de barra oferece informa- ções cruciais sobre o mercado, tão impor- tantes que poderíamos operar exclusiva- mente com elas. A distância entre o preço de abertura e o preço de fechamento nos diz qual a força do- minante e quão convicta foi aquela barra. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 79 Note que, em um candle branco, teremos a abertura abaixo do fechamento. Se ocorrer uma sombra inferior abaixo da aber- tura, indica que ocorreram vendas abaixo do preço inicial de abertura do pregão. Se, por outro lado, não ocorrem sombras, traduz-se que, após a abertura, toda a pressão foi de compra, empurrando os preços para cima. E o fechamento, quanto mais próximo da máxima do dia, mais importante na demonstração de decisão e de direção da movimentação dos preços. A última barra da figura 44 é uma barra convicta de movimenta- ção. Se vier após barras de queda, teremos um sinal de entrada de força compradora. Por outro lado, se essa mesma barra vier após dias de alta, abre maior chance de esgotamento da força compra- dora; quanto mais ampla for essa barra, maior será seu significado. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 80 Após uma barra ampla de alta, a barra seguinte MAIS pro- vável é de QUEDA! Pelo menos, uma barra de realização. Sem- pre me surpreende como as pessoas ficam espantadas quando digo isso. Após uma enorme barra de queda, forte, horrível e assusta- dora, o candle imediatamente seguinte costuma ser um candle BRANCO, de alta. Agora me deixe ser bem claro aqui contigo. Barras amplas, grandes e enormes só podem estar fazendo duas coisas: ini- ciando um movimento OU terminando um movimento. Portanto, se observarmos uma barra muito ampla, após lon- go período de queda com IFR muito baixo, em um papel de maior liquidez, essa barra pode estar sinalizando o final do re- cuo, se for de baixa ainda. Ou, até mesmo, um início de alta se for uma barra ampla de alta. Veja na figura 45 um exemplo de uma barra de alta rever- tendo movimentação prévia e iniciando uma movimentação Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 81 de alta. Note que a barra imediatamente seguinte a ela foi de realização. Mas isso não impediu de, nos próximos dias, o mer- cado subir. Outro detalhe interessante: após uma barra muito ampla, esteja você preparado para, na metade do dia seguinte, uma reversão da direção do mercado. Ou seja, após uma barra forte de queda, fique olhando o dia seguinte, que usualmente abre ainda com alguma pressão de venda. Na metade do dia, essa pressão cansa, e a compra pode assumir. Vemos na figura 46 um exemplo do modelo descrito, após muitos dias de queda forte, com uma barra que fecha perto da mínima. Se entrarmos no intradia do dia seguinte, poderemos localizar a mínima perto da metade do dia. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 82 Portanto, resumindo os conceitos sobre barras muito am- plas: Se barras amplas de alta ocorrem após muitos dias de alta, penso em venda. Se barras amplas de baixa ocorrem após muitos dias de bai- xa, penso em procurar compra. Se barras amplas de alta ocorrem após muitos dias de queda, penso em compra na metade do dia seguinte (após ter ocorri- do alguma correção). Essa correção normalmente recua até a metade da barra enorme; logo, posso procurar minha compra na metade dessa barra ampla, na metade do dia seguinte. Se barra ampla de baixa ocorre após longos dias de alta, penso em venda na metade do dia seguinte, após algum repique. E de preferência na metade da amplitude dessa barra enorme.Mas, existe outro tipo de barra muito importante para o mercado. As barras estreitas: Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 83 Por outro lado, se visualizarmos um candle que tenha seu corpo o mais estreito possível, esse candle pode ser de indeci- são ou de diminuição de volatilidade. Se as sombras superiores e inferiores forem enormes, então te- remos uma barra de INDECISÃO. Se as sombras superiores e infe- riores forem pequenas, então teremos um dia MUITO importante. Se a distância entre a máxima e a mínima daquela barra for a menor distância das últimas 10 barras, estaremos de frente com o que o Larry Williams chama de “Blast-Off”. Uma barra que tenha essa característica necessariamente implica uma diminuição de volatilidade do mercado. Um embate entre as forças de compra e de venda do mercado que impediu movi- mentação ampla dos preços. Isso sinaliza que, NO dia seguinte, uma dessas forças irá se esgotar. E, se esgotar, irá deixar o mer- cado correr livre e forte no dia seguinte. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 84 Observe a figura 48.Temos uma barra que tem a menor ampli- tude das últimas dez barras. Um trader tem duas alternativas aqui: 1- Caso os indicadores como IFR2 ou estocástico estiverem muito baixos, executar uma compra no fechamento dessa bar- ra, com estope na mínima dessa barra (vantagem estope cur- to). Alvo de 300% na amplitude do candle comprado.Operação agressiva! 2- Caso o trader seja mais conservador, marca os limites des- se candle estreito. Superou a máxima, executa entrada, estope na mínima, alvo de 300%. Perdeu a mínima, executa venda, es- tope na máxima, alvo de 300% para baixo. Do ponto de vista lógico, as pessoas tendem a querer “es- perar“ que o mercado defina a direção e, com isso, aguardar a violação de um dos extremos. Do ponto de vista de rentabilidade e de resultados, é MELHOR a entrada agressiva. Tem, sem dúvida, um nível de acerto mais baixo, porém tem uma relação de lucro/prejuízo muito melhor. Relação lucro/prejuízo é um conceito muito importante. Ba- sicamente, é a avaliação da média de ganhos por trade que deu certo, dividido pela média de perdas por trade que deu errado. Supondo que tenha feito 10 trades em uma semana, 5 no lu- cro e 5 no prejuízo. O leitor deve pensar imediatamente: Eu tra- der ruim! Péssimo... Mas, e, se eu continuar analisando esse mo- delo e nos cinco que acertei, ganhei uma média de R$500,00. Nos 5 que errei, tive uma média de perda de R$100,00. Isso nos oferece um ganho totalizado de R$2.000,00. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 85 Essa é a questão MAIS difícil de ser entendida pelas pessoas normais. O que realmente importa para ser um trader rentável é ter um “Payoff” alto; uma relação lucro/prejuízo alta. Não se engane. Se você quer sobreviver no mercado, você precisa SEMPRE cortar rápido seus prejuízos. Nunca durma com uma operação que tenha ultrapassado seu risco máximo. Nunca assuma trades que tenham relação lucro/prejuízo ruim. Concentre-se sempre em sair rápido dos trades que estive- rem no prejuízo e deixar os lucros correrem pelo máximo de tempo possível. Observe que belo trade, baseado apenas no candle mais es- treito. Uma vez feita a entrada, podemos decidir qual forma de trabalhar o trade: 1- Fechar toda a posição no risco assumido, projetado para cima. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 86 Vantagem: elevado nível de acerto, trades rápidos e curtos. Desvantagem: esse não é um sinal frequente, logo, quando aparece, se sairmos rapidamente, deixará de capturar o movi- mento mais amplo que ele usualmente implica. 2- Fechar toda a posição no alvo de 3 vezes o tamanho do risco assumido. Vantagem: diminuímos pouco nosso acerto e aumentamos nosso lucro por trade certo. Desvantagens: não iremos capturar todo o movimento ainda. 3- Fechar metade da posição no alvo de 3 vezes o risco as- sumido e depois conduzir a outra metade com estope mó- vel de metria fixa. Vantagem: a realização parcial tira nosso trade rapidamen- te do possível prejuízo. Ainda podemos capturar boa parte do movimento maior do mercado. Desvantagem: leve diminuição no nível de acerto; maior gasto com corretagens. IMPORTANTE: Uso a entrada mais agressiva APENAS QUANDO o papel está dentro de uma congestão. Se o papel estiver dentro de um movimento direcional e apre- sentar um candle estreito, prefiro aguardar a violação dos limites para operar. E aqui também vale a ideia de observar a posição do gráfico para identificar a ponta mais provável de operar. Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 87 Logo, dentro de uma tendência de baixa, se visualizar um candle estreito APÓS alguns dias de alta, irei pensar na venda, não operando superações desses limites para cima na ponta da compra. Então, a entrada agressiva é usada durante mercados de lado, usando o IFR2 como norte se está sobrecomprado ou so- brevendido. A entrada conservadora, que espera a violação dos limites do candle estreito, é usada nos candles estreitos que ocorre- rem dentro de pernas de alta ou de baixa, nunca assumindo os sinais contra a direção do movimento anterior. 88 Tr uq ue s, p ul os d o ga to e o W u- W ei Na filosofia Taoista, Wu-wei significa nada fazer. É o que eles chamam de não ação cria- tiva. De fato, é o cerne da filosofia prática do Taoísmo, não forçar nenhuma ação. Não proceder de forma a forçar o mercado, ou as operações a serem como nós queremos. Se- guindo essa ideia, devemos identificar qual o caminho que tem a menor resistência. E, a partir disso, adotar esse rumo para nosso estilo de trade, deixando os trades fluírem pelo seu curso natural. “Sempre busque o caminho com a menor resistência.” Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 89 Essa filosofia de entender o mundo e ao mesmo tempo o mercado é absolutamente perfeita para um bom trader. Ele percebe que não há necessidade de análises sofisticadas, de enormes consumos de pensamento. Ele percebe que o importante mesmo é entender qual o flu- xo natural daquele mercado. Qual a força que domina. Basicamente, seria tentar entender para qual rumo aquele rio está se direcionando e, uma vez feito isso, deixar que o fluxo opere a seu favor. Um trader que entende o Wu-wei irá esperar pelo retorno. Agir no retorno. Wu-wei também significa esperar pelo re- torno. Dessa forma, resumidamente, se visualizarmos uma ten- dência de alta, iremos pensar em uma compra em todos os re- cuos que esse ativo vier a executar. Se visualizarmos uma tendência de baixa, iremos pensar em realizar uma VENDA em todo o repique que o mercado fizer. Muito bem, agora deixa eu te falar alguns rápidos truques. 1- Quando você estiver olhando um gráfico, acostume-se a escrever no canto esquerdo do gráfico: A tendência e a direção da perna. Sempre escreva na tela a direção da tendência. Isso irá imediatamente te lembrar de qual é a ponta que você deve estar operando. 2- Procure operar usualmente a favor da tendência (Wu- -Wei!!!) e somente em afastamentos muito importantes da mé- Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 90 dia de 20, com sinais de reversão aparecendo, SOMENTE nessa situação. Pense de leve em uma operação contratendência. Se iniciar uma operação contratendência, lembre-se de que ela deve ser rápida, não deve durar mais do que três dias e, usual- mente, assim que tiver um lucro interessante, FECHE a opera- ção rapidamente. Toda operação a favor da tendência deve ser conduzida com calma, serenidade e SEM pressa de sair. Toda operação contra a tendência deve ser conduzida com vigor, com proatividade e COM muita pressa de sair. 3- Logo, quando você iniciar uma operação, ESCREVA no gráfico: operação A favor da tendência OU operação contra- tendência Isso irá sempre te lembrar da forma de conduzir a operação nos próximos dias. 4- Lembre-se do fato de que termos tido um candle branco de alta NÃO implica que o candle seguinte será de alta. Todos os estudos mostram que um dia de alta não carrega nenhum viés altista para o dia seguinte. NENHUM. As pessoas pensam que um dia de alta implica que no dia seguinte também tere- mos alta. Isso não é verdade. NÃO importa qual candle esteja se formando. Ele não irá aumentar a chance do candle seguinte ser altista. Nossa! Demorei anos para aprender isso. ANOS para entender isso. 5- Quando você observar o mercado cumprindo uma perna reta direcional, fique muito atento a metade do tempo que você Tá tic as O pe ra ci on ai s de S w in g Tr ad e 91 observa o movimento. Ali usualmente ocorre forte reversão. Exemplo: você está olhando o gráfico diário. Um movimento reto é aquele movimento que NÃO tem zi- gue-zague. O mês de março na figura 51 é um exemplo perfei- to. Desde que iniciou o mês, o mercado caiu reto, sem nenhum tipo de zigue-zague ou joelho. Veja que
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