Buscar

manualcaldeiraccb-180819050543

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 63 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
MANUAL DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E 
MANUTENÇÃO 
 
 
 
 
 
CALDEIRA A VAPOR 
Modelo: CCB 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENECKE IRMÃOS & CIA. LTDA. 
Fone: +55 (047) 3382-2222 Fax: +55 (047) 3382-2290 
http://www.benecke.com.br E-mail: benecke@benecke.com.br 
Rua Fritz Lorenz, 2170 – 89120-000 – Timbó – Santa Catarina – Brasil 
 
 
 
 
2 
 
 
Prezados Senhores 
 
 
Parabéns por adquirir a caldeira a vapor modelo CCB – Caldeira Compacta Benecke. 
A caldeira CCB é um equipamento que possui alto grau de automatização, projetada 
tanto para gerar vapor saturado, como possui sua versão para vapor superaquecido. 
Seu projeto de sistema de queima garante a combustão com alto rendimento de 
uma grande variedade de combustíveis sólidos de baixa granulometria. Suas 
características de projeto e automação garantem uma boa eficiência operacional, 
bom rendimento térmico, bem como excelente qualidade na produção de vapor e 
baixo consumo de combustível. 
 
 
 
A caldeira que os senhores adquiriram possui componentes de alta tecnologia 
empregados. Componentes mecânicos e eletrônicos de classe mundial da mais alta 
confiabilidade. Para obter o máximo aproveitamento de seu equipamento e, 
consequentemente, de seu processo consumidor de vapor, é indispensável a 
operação e manutenção adequada do mesmo. Quando utilizado de acordo com as 
condições de serviço para o qual foi selecionado (vazão, pressão, parâmetros 
operacionais, temperatura) e um tratamento de água adequado, o equipamento irá 
proporcionar uma longa vida útil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenciosamente, 
 
 
Benecke Irmãos e Cia Ltda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
ÍNDICE 
1. OBRA CIVIL.......................................................................................................................................................... 5 
1.1. ENGENHEIRO CIVIL .................................................................................................................................................. 5 
1.2. CORROSÃO E GOTEJAMENTO PELA CONDENSAÇÃO ........................................................................................................ 5 
1.3. REQUISITOS DA OBRA CIVIL ...................................................................................................................................... 5 
2. RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM ....................................................................................................................... 5 
3. MONTAGEM ....................................................................................................................................................... 6 
3.1. MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A MONTAGEM ............................................................................................................. 6 
3.2. PRINCIPAIS ITENS DE MONTAGEM:............................................................................................................................. 6 
3.2.1. Instalação Hidráulica ................................................................................................................................ 7 
3.2.2. Instalação Elétrica ..................................................................................................................................... 7 
4. OPERAÇÃO DE CALDEIRAS .................................................................................................................................. 8 
4.1. GERADOR DE VAPOR ............................................................................................................................................... 8 
4.2. VÁLVULAS DE SEGURANÇA........................................................................................................................................ 8 
4.3. VÁLVULAS DE DESCARGA DE FUNDO ........................................................................................................................... 9 
4.4. GARRAFA E VISOR DE NÍVEL ...................................................................................................................................... 9 
4.5. INJETOR DE EMERGÊNCIA (QUANDO EXISTIR) .............................................................................................................. 10 
4.6. BOMBA DE ÁGUA ................................................................................................................................................. 11 
4.7. VENTILADOR DE TIRAGEM (EXAUSTOR) ..................................................................................................................... 11 
4.8. VENTILADOR DE AR PRIMÁRIO ................................................................................................................................ 11 
4.9. VENTILADOR DE AR SECUNDÁRIO............................................................................................................................. 12 
4.10. PRÉ-AQUECEDOR DE AR (QUANDO EXISTIR) ............................................................................................................... 12 
4.11. GRELHA MÓVEL .................................................................................................................................................... 12 
4.11.1. Unidade Hidráulica ................................................................................................................................. 13 
4.11.1.1. Unidade de potência ........................................................................................................................................... 13 
4.11.1.2. Unidade de atuação ............................................................................................................................................ 14 
4.11.1.3. Sistema de controle ............................................................................................................................................. 14 
4.11.2. Mancais deslizantes ................................................................................................................................ 14 
4.11.3. Manutenção preventiva da grelha .......................................................................................................... 15 
4.12. SISTEMA DE QUEIMA ............................................................................................................................................. 16 
4.12.1. Regulagem do sistema de queima .......................................................................................................... 16 
4.12.1.1. Regulagem da grelha ........................................................................................................................................... 16 
4.12.1.2. Regulagem do ar de combustão .......................................................................................................................... 19 
4.13. ECONOMIZADOR (QUANDO EXISTIR) ......................................................................................................................... 21 
4.14. DESGASEIFICADOR TÉRMICO (QUANDO EXISTIR) .......................................................................................................... 22 
4.14.1. Principais componentes .......................................................................................................................... 22 
4.14.2. Princípio de funcionamento .................................................................................................................... 23 
4.14.3. Controle de Temperatura ........................................................................................................................ 23 
4.14.4. Controle de Nível ..................................................................................................................................... 24 
4.14.5. Defeito, provável causa e solução. ..........................................................................................................24 
4.15. SUPERAQUECEDOR (QUANDO EXISTIR) ...................................................................................................................... 26 
4.16. CONTROLE DE VAPOR SUPERAQUECIDO (QUANDO EXISTIR) ............................................................................................ 26 
4.16.1. Dessuperaquecedor ................................................................................................................................ 27 
4.17. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ............................................................................................................................. 28 
4.17.1. Antes do Primeiro Funcionamento .......................................................................................................... 28 
4.17.2. Procedimento start-up e queima dos refratários .................................................................................... 28 
4.17.3. Procedimento de partida da caldeira fria ............................................................................................... 33 
4.17.1. Procedimentos de parada de emergência por nível baixo ...................................................................... 36 
4.17.2. Procedimentos e parâmetros operacionais de rotina ............................................................................. 36 
4 
4.17.3. Responsabilidades do Operador de Caldeira .......................................................................................... 37 
4.18. TRATAMENTO DE ÁGUA ......................................................................................................................................... 38 
4.18.1. Problemas Oriundos da Falta de Tratamento ......................................................................................... 38 
4.18.2. Orientações Gerais .................................................................................................................................. 39 
5. MANUTENÇÃO PREVENTIVA ............................................................................................................................. 40 
5.1. INSPEÇÃO DIÁRIA ................................................................................................................................................. 40 
5.2. INSPEÇÃO SEMANAL .............................................................................................................................................. 42 
5.3. PARADA SEMANAL ................................................................................................................................................ 42 
5.4. INSPEÇÃO MENSAL ............................................................................................................................................... 43 
5.5. INSPEÇÃO TRIMESTRAL .......................................................................................................................................... 44 
5.6. INSPEÇÃO SEMESTRAL ........................................................................................................................................... 44 
5.7. INSPEÇÃO ANUAL ................................................................................................................................................. 45 
5.8. MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA ACIDENTES NA MANUTENÇÃO DA CALDEIRA .................................................................. 46 
6. EFEITOS E CAUSAS ............................................................................................................................................ 47 
7. ENTREGA TÉCNICA ............................................................................................................................................ 49 
8. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................................... 49 
9. ANEXOS ............................................................................................................................................................ 50 
9.1. INSTRUÇÕES GERAIS PARA INSTALAÇÃO E USO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS ....................................................................... 50 
9.2. INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO DO INJETOR ............................................................................................. 53 
9.3. VÁLVULA DE SEGURANÇA: INSTRUÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 56 
9.4. MANUAL DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE VENTILADORES ...................................................................... 58 
9.5. OPERAÇÃO CORRETA DE VÁLVULAS DE ESFERA ............................................................................................................ 62 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 - DETALHE DA VÁLVULA DE SEGURANÇA. ........................................................................................................................ 9 
FIGURA 2 - DETALHE DA GARRAFA E VISOR DE NÍVEL. ..................................................................................................................... 9 
FIGURA 3 - DETALHE DA GARRAFA E VISOR DE NÍVEL (2). .............................................................................................................. 10 
FIGURA 4 - REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA INSTALAÇÃO DO INJETOR .......................................................................................... 11 
FIGURA 5 - REPRESENTAÇÃO DE BOMBA CENTRÍFUGA MULTIESTÁGIOS ............................................................................................ 11 
FIGURA 6 - PRÉ-AQUECEDOR DE AR. .......................................................................................................................................... 12 
FIGURA 7 - ESTRUTURA BÁSICA DE UM ACIONAMENTO HIDRÁULICO. ................................................................................................ 13 
FIGURA 8 - MANCAL DESLIZANTE. ............................................................................................................................................. 14 
FIGURA 9 – CONTROLE DAS VÁLVULAS DIRECIONAIS DA UNIDADE HIDRÁULICA. ................................................................................... 17 
FIGURA 10 – DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL NA GRELHA – FORMA CORRETA. ............................................................................. 18 
FIGURA 11 - DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL NA GRELHA – FORMA INCORRETA. .......................................................................... 18 
FIGURA 12 - DAMPER DE REGULAGEM DE FLUXO DE AR. ................................................................................................................ 19 
FIGURA 13 - DESENHO GENÉRICO DE UM ECONOMIZADOR. ............................................................................................................ 21 
FIGURA 14 – DESGASEIFICADOR. .............................................................................................................................................. 22 
FIGURA 15 - ESQUEMA PILOTO DA ESTAÇÃO REDUTORA. ............................................................................................................... 23 
FIGURA 16 - CONTROLE DE TEMPERATURA POR ASPERSÃO. ............................................................................................................ 27 
FIGURA 17 – INSTALAÇÃO DO DESSUPERAQUECEDOR PARA CONTROLE DE TEMPERATURA. .................................................................... 27 
FIGURA 18 – CURVA DE AQUECIMENTO DE CALDEIRAS FLAMOTUBULARES. ........................................................................................ 35 
5 
 
1. OBRA CIVIL 
1.1. Engenheiro Civil 
Este item é, normalmente, de responsabilidade do cliente, exceto quanto especificado o 
contrário em contrato. O Cliente deve contratarum profissional de Engenharia devidamente 
habilitado para efetuar o correto dimensionamento e orientar na execução da obra. O engenheiro 
deverá observar atenciosamente as normas e legislações relacionadas à construção da casa de 
caldeira. Alertamos que o dimensionamento incorreto será antieconômico pelo excesso, e 
arriscado pela falta, o que poderá comprometer o funcionamento adequado do equipamento, 
bem como, o cancelamento da garantia. Respeitar o tempo de cura do concreto antes de iniciar a 
montagem. 
 
1.2. Corrosão e Gotejamento pela Condensação 
A presença de umidade excessiva na casa da caldeira pode acelerar o processo de corrosão 
nas partes metálicas das estruturas da casa da caldeira e dos equipamentos. Para evitar esse 
inconveniente, recomenda-se a instalação do tanque de condensado na área externa à casa da 
caldeira, bem como, a canalização do vapor das válvulas de segurança para fora da casa da 
caldeira através de tubulação de diâmetro igual ou superior que a saída das válvulas. Se houver 
necessidade de curvas, estas devem ser suaves para dar livre expansão das descargas. 
 
1.3. Requisitos da Obra Civil 
Alertamos que os requisitos dos desenhos da base deverão ser totalmente cumpridos para 
serem aceitos pelo nosso técnico na ocasião da montagem. A superfície da base deve ser 
rigorosamente plana e nivelada, em ambas as direções (longitudinal e transversal). Quaisquer 
mudanças ou divergências deverão ser comunicadas ao nosso departamento técnico tão logo 
sejam recebidos os desenhos, e só poderão ser feitas após a avaliação e aprovação pela Benecke. 
 
Obs: Para quaisquer esclarecimentos, favor consultar o nosso departamento de Assistência 
Técnica. 
 
2. RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM 
− As partes e peças são acondicionadas em embalagens de madeira para evitar danos 
durante o transporte; tenha cuidado ao descarregá-los. 
− Todo material deve ser armazenado em local coberto, arejado e protegido da chuva. 
− Ao descarregar com empilhadeira, preferencialmente usar cinta apropriada para não 
amassar nem riscar. 
− Consulte os manuais dos equipamentos (em anexo) para maiores informações sobre os 
procedimentos para transporte, recebimento e armazenagem. 
− As embalagens devem ser abertas na ocasião da montagem e na presença de nosso 
técnico, evitando extravios e perda de garantia. 
− Nunca armazenar no pátio, mesmo que sejam cobertos com lona impermeável. Sempre 
haverá risco de encharcar o isolamento térmico, danificar dispositivos elétricos, provocar corrosão 
em tubos, chapas, rolamentos, etc. 
− Quando a caldeira não for operar imediatamente após a sua entrega ou instalação, 
deverão ser tomadas medidas para evitar a corrosão de tubos e chapas, como manter o 
6 
equipamento em local coberto e completamente cheio com água tratada. Para quaisquer 
esclarecimentos, consultar empresas especializadas. 
 
3. MONTAGEM 
Planejar a montagem e solicitar montador ao departamento de assistência técnica com 
antecedência de pelo menos 10 dias. 
Por ocasião da montagem, a base civil deverá estar concluída, com o concreto 
devidamente curado. É conveniente que as redes de energia elétrica e de água também já estejam 
instaladas no local. Quando não implicar em dificuldades para instalação da caldeira sobre a base, 
a casa da caldeira deverá estar previamente pronta. 
 
3.1. Materiais Necessários para a Montagem 
São necessários alguns equipamentos, materiais e mão de obra para a execução dos 
serviços de montagem da caldeira. Em função da dificuldade para deslocamento desse 
ferramental, é de suma importância que sejam providenciados pelos senhores. Portanto, são 
relacionados a seguir os materiais necessários: 
Descarregamento 
• Máquina ou equipamento de elevação de carga, conforme o tamanho da caldeira e 
peso individual das partes que compõe o equipamento; 
Instalação e Montagem 
• Aparelho de Solda, preferencialmente, de no mínimo 200A com retificador (para 
eletrodo de 3,25mm AWS 6013 ou 7018); 
• Máscara de Solda; 
• Maçarico; 
• Furadeira; 
• Morsa; 
• Macaco (10 ton); 
• Esmerilhadeira; 
• Compressor e pistola para pintura; 
• Mangueira de nível; 
• Cabo de aço; 
• Tubulação para ligar a bomba nos reservatórios; 
• Pedreiro, eletricista e ajudantes. 
 
3.2. Principais Itens de Montagem: 
− Conferir se a base está conforme as medidas do desenho (ver item 1). 
− Certificar-se de que o concreto está devidamente curado. 
− Posicionar os pés da estrutura de sustentação. 
− Instalar a grelha e demais equipametos em suas respectivas posições, observando: 
cotas, alinhamento e prumo. 
− Instalar a bomba na base e fazer as interligações (verificar manual de instalação do 
equipamento). 
− Conectar e colocar em funcionamento as tubulações, válvulas e conexões auxiliares. 
− Encher o conjunto da caldeira com água, pressurizar e testar hidrostaticamente. 
− Assentar tijolos refratários da fornalha (obra civil), respeitando rigorosamente as 
orientações descritas na planta de fundação. 
7 
− Montar o exaustor e os dutos de gases, verificando: cotas, funcionamento e vazamentos 
(verificar manual de instalação do equipamento). 
− Montar o pré-aquecedor de ar, quando existir, com o ventilador e os dutos, verificando: 
cotas, funcionamento e vazamentos. 
− Instalar o filtro multiciclone de ferro fundido ou em chapa de aço, conforme orientações 
do desenho. 
− Montar rede de vapor e condensado do equipamento. Verificar se os tubos estão 
desobstruídos e limpos. 
− Verificar, novamente, todas as conexões e interligações para certificar-se da correta 
instalação de equipamentos e tubulações. 
 
3.2.1. Instalação Hidráulica 
Devem ser construídos dois reservatórios de água e duas redes de alimentação, 
respectivamente, independentes entre si, para abastecer a caldeira. Um sistema de alimentação 
servirá de reserva para o caso do principal apresentar problemas, e deve ser acionado 
periodicamente para evitar o emperramento. 
Quando for possível reaproveitar o condensado, um reservatório poderá armazenar água 
quente. Entretanto, este deve ser instalado a uma altura suficiente para que não ocorra o 
fenômeno denominado de cavitação na bomba (consultar o catálogo do fabricante), e a rede de 
alimentação deste reservatório não poderá abastecer o injetor, pois este não funciona com água 
quente. 
O reservatório de água fria é utilizado sempre que a caldeira tiver o injetor como sistema 
de alimentação de emergência ou quando não for possível reaproveitar o condensado. Este 
tanque deverá ter a capacidade de armazenar um volume de água, no mínimo, igual à produção 
horária de vapor. 
Na execução da instalação hidráulica, nunca reduza a bitola das tubulações. Utilize sempre 
tubulação com diâmetro igual ou maior que as conexões de bombas, filtros, válvulas, etc. É 
impreterível para o bom funcionamento do conjunto que o dimensionamento da tubulação seja 
compatível com a vazão utilizada. Recomenda-se instalar o menor número possível de conexões e 
o emprego de curvas ao invés de joelhos. Também devem ser previstas válvulas para o 
fechamento da tubulação quando for executar manutenção nos equipamentos. 
Para maiores informações sobre a instalação da rede de vapor ou de condensado verifique 
o manual de distribuição de vapor que acompanha este manual, ou contate o nosso departamento 
de Assistência Técnica. 
 
3.2.2. Instalação Elétrica 
− Montar painel elétrico. 
− Fazer aterramento da estrutura, dos motores e do painel elétrico. 
− Verificar se a tensão trifásica e de comando estão compatíveis com as especificações 
contidas no formulário de entrega técnica. 
− Interligar os motores elétricos e demais acessórios ao painel e este à rede elétrica, com 
cabos devidamente dimensionados. 
− Verificar se os equipamentos funcionam corretamente e se os motores estão girando no 
sentido correto. 
− Verificar a corrente de cada fase dos motores. Anotar no formulário de entrega técnica. 
− Re-apertar todos os conectores do painel elétrico. 
 
8 
Obs: Nãoesqueça de desligar a chave geral do painel, como também a chave que alimenta o 
painel e, finalmente, certifique se realmente desligou a chave correta. Excesso de autoconfiança 
também provoca acidente! 
 
4. OPERAÇÃO DE CALDEIRAS 
 
4.1. Gerador de Vapor 
Constitui-se num invólucro ou casco, construído em chapas de aço, dentro do qual 
encontram-se diversos tubos, montados entre espelhos, no interior dos quais circulam os gases da 
combustão no seu percurso até a chaminé. Os tubos são montados de forma que a água circule ao 
redor destes e receba o calor proveniente dos gases. 
A água possui materiais sólidos, que se depositam na parte mais inferior do gerador. Para 
que rendimento do gerador de vapor não seja prejudicado deve-se fazer a descarga de fundo 
conforme indicado pelo responsável do tratamento químico. 
Outro fator que influi negativamente no rendimento do gerador de vapor é a limpeza dos 
tubos. É importante fazer a limpeza periódica dos tubos com escova de aço apropriada, pois a 
sujeira, além de prejudicar o rendimento térmico, ainda danifica os tubos. 
 
4.2. Válvulas de Segurança 
A caldeira é projetada para suportar uma determinada pressão de trabalho, chamada de 
Pressão Máxima de Trabalho Admissível (P.M.T.A.). Desta forma, são instaladas válvulas de 
segurança para promover o escape do excesso de vapor para a atmosfera como proteção contra 
eventuais pressões acima da máxima permitida. 
Este dispositivo já vem calibrado de fabrica e lacrado. Mesmo assim, deve-se conferir, 
periodicamente, se estão funcionando corretamente. Estas válvulas estão instaladas na parte 
superior da caldeira. 
Em função de sua forma construtiva e de vedação, as válvulas de segurança danificam-se 
facilmente por choques ou vibrações. Desta forma, recomenda-se: 
− Ao transportar as válvulas deve-se mantê-las na posição vertical; 
− Deve-se evitar tombar ou bater as válvulas, pois podem ocorrer desalinhamento das 
partes internas ou imperfeições na vedação. 
Recomenda-se também a inspeção regular das válvulas durante a operação. Caso seja 
observado algum vazamento, deve-se providenciar a imediata manutenção da mesma, desde que 
executada por pessoal qualificado. 
 
Acionamento 
Manual 
Saída de Vapor 
Flange de Entrada de 
Vapor 
9 
 
Figura 1 - Detalhe da Válvula de Segurança. 
 
4.3. Válvulas de Descarga de Fundo 
Estas válvulas encontram-se na tubulação de descarga de fundo localizada na parte inferior 
do gerador, da fornalha e da grelha. É acionada sempre que for necessário fazer a descarga dos 
sais e lama que se depositam no fundo da caldeira. 
 
Obs: É responsabilidade do cliente contratar empresa ou profissional qualificado para analisar a 
água utilizada e sugerir o tratamento químico adequado, bem como o número de descargas de 
fundo necessárias por dia. 
 
4.4. Garrafa e Visor de Nível 
A garrafa de nível funciona em conjunto com a bomba de alimentação, de modo a manter 
o nível de água no interior do gerador. Este sistema de controle consiste em quatro eletrodos 
devidamente posicionados dentro da garrafa. Os eletrodos possuem as seguintes funções: 
− Eletrodo de nível máximo: desliga a bomba; 
− Eletrodo de nível mínimo: liga a bomba; 
− Eletrodo de Emergência: desliga automaticamente todo o equipamento, exceto os 
alarmes, equipamentos de segurança e a bomba. 
− Eletrodo de Referência: fecha o circuito elétrico, permitindo a passagem de corrente, 
necessária para energizar os relés de controle. 
O volume de água deve ser suficiente para assegurar o permanente resfriamento das 
superfícies de aquecimento. Em nenhuma hipótese deve faltar água a ponto de colocar em risco a 
integridade da caldeira. 
A garrafa e o visor de nível possuem válvulas de dreno, as quais devem ser acionadas ao 
menos uma vez por dia para eliminar o lodo e as impurezas que, eventualmente, se acumulem no 
fundo. O acumulo de lama na garrafa de nível pode isola-la completamente da caldeira, deixando 
o regulador de nível sem ação e provocando a falta de água. 
 
Figura 2 - Detalhe da Garrafa e Visor de Nível. 
Para fazer a descarga da garrafa de nível proceda da seguinte maneira: 
Garrafa de Nível 
Visor de Nível 
Manômetro 
Válvulas de interligação com 
a Caldeira 
Eletrodos 
Dreno da Garrafa 
1 
2 
3 
10 
− Feche a válvula de interligação com a caldeira (2) e abra o dreno da garrafa (3). A bomba 
irá religar; 
− Aguarde cerca de 15 segundos, então feche o dreno (3) e re-abra a válvula de 
interligação (2); 
− Repita o procedimento, fechando a válvula de interligação (1) e abrindo novamente o 
dreno (3). Por fim, re-abra a válvula de interligação (1) e feche o dreno (3). 
 
 
A B 
Figura 3 - Detalhe da Garrafa e Visor de Nível (2). 
 
 
4.5. Injetor de Emergência (quando existir) 
Este dispositivo consiste em um sistema alternativo para alimentação de água na caldeira, 
em caso de falha na bomba ou falta de energia elétrica. Sendo assim, é importante que este 
equipamento esteja sempre em perfeitas condições de uso. Desta forma, é necessário operá-lo ao 
menos uma vez por dia para evitar que trave por falta de uso. 
O injetor aproveita a energia do vapor para promover a sucção da água do tanque de 
alimentação e, em seguida, pressurizá-la até o nível de operação da caldeira. 
Para operar o injetor deve-se, primeiramente, abrir a válvula da tubulação de água fria. 
Ressalta-se que o injetor não funciona com água quente e, portanto, deve estar conectado, 
independentemente, ao reservatório de água fria. Em seguida, abra totalmente o injetor e a 
válvula de interligação com a caldeira. Observe no visor do injetor que a água é despejada pelo 
escape. Abra a válvula de vapor e, usando a maçaneta do injetor, ajuste o dispositivo até que não 
haja mais perca de água pelo escape. 
 
 
 
 
Válvula de Vapor 
Válvula de Água 
Fria 
Caldeira 
Injetor 
Descarga 
Fechada 
Fechada 
Caixa d’água 
fria 
11 
 
Figura 4 - Representação esquemática da Instalação do Injetor 
 
O injetor não funciona com pressão abaixo de 30 libras (2 kgf/cm²), e não fornece o mesmo 
rendimento com pressão acima de 145 libras (10 kgf/cm²). Além disso, para sua segurança, nunca 
utilize o injetor com pressão acima de 175 libras (12 kgf/cm²). 
Em anexo encontram-se maiores instruções para a instalação e operação dos injetores, as 
quais devem ser rigorosamente seguidas, pois o injetor trata-se de um dispositivo de segurança. 
 
4.6. Bomba de Água 
A bomba de água é responsável pela sucção, pressurização e transporte da água, desde o 
reservatório até o interior do gerador. A quantidade de água no gerador de vapor é controlada 
pelos eletrodos situados no interior da garrafa de nível. 
As bombas utilizadas nesta aplicação são, normalmente, centrífugas de múltiplos estágios. 
Estes equipamentos trabalham transformando a energia motriz, recebida do motor, em energia 
cinética (movimento) e energia potencial (pressão), que é entregue ao fluído na passagem por 
cada estágio. 
Na tubulação entre a bomba e a caldeira é instalada uma válvula de retenção para impedir 
o retorno de líquido ou vapor. Esta válvula sofre, naturalmente, desgaste mecânico e deve ser 
substituída periodicamente, conforme identificado a perda de desempenho. 
Em anexo encontram-se as instruções gerais para o uso de bombas centrífugas, onde é 
possível obter as informações necessárias para: instalação, operação e manutenção. 
 
Figura 5 - Representação de Bomba Centrífuga Multiestágios 
 
4.7. Ventilador de Tiragem (Exaustor) 
Estes equipamentos são utilizados para promover a tiragem forçada e/ou induzida dos 
gases através do gerador de vapor. No caso da tiragem forçada o ventilador é instalado na entrada 
de ar, enquanto que na tiragem induzida o ventilador é instalado na saída de gases do gerador de 
vapor, e é denominado, comumente, exaustor. 
Os ventiladores são usualmente conectados diretamente aos motores de acionamento. Em 
anexo encontram-se maiores informações para instalação, operação e manutençãodos 
ventiladores. 
 
4.8. Ventilador de Ar Primário 
Este equipamento é utilizado para insuflar a quantidade de ar necessária para a combustão 
completa do material de combustão depositado sobre a grelha. Normalmente ele pega o ar 
ambiente e o manda para o pré-aquecedor de ar (quando este existir), elevando a temperatura do 
12 
ar e enviando-o sob a grelha. Quando o pré-aquecedor de ar não existir, o ar é mandado para a 
grelha sem elevar-se a sua temperatura. 
Com a introdução de ar forçado sob a grelha, aviva-se o fogo de forma mais rápida que no 
processo sem o ventilador. 
4.9. Ventilador de Ar Secundário 
Este equipamento é utilizado para insuflar ar sobre as chamas com a finalidade de garantir a 
combustão dos voláteis. Este ar poderá ser pego do pré-aquecedor de ar (ar já aquecido) ou 
simplesmente do ambiente (ar na temperatura ambiente). 
4.10. Pré-Aquecedor de Ar (quando existir) 
Este equipamento consiste em um trocador de calor que aproveita parte da energia dos 
gases de combustão para elevar a temperatura (pré aquecer) do ar utilizado na combustão, antes 
deste entrar na fornalha. A instalação de pré-aquecedor de ar proporciona economia de 
combustível e é indicado para combustíveis úmidos com baixo poder calorífico. 
 
 
 
Figura 6 - Pré-aquecedor de ar. 
Os gases quentes passam pela parte interna dos tubos enquanto que o ar a ser aquecido 
passa pela parte externa dos tubos de troca. 
A limpeza dos tubos do pré-aquecedor é importante para garantir a eficiência do 
equipamento e, consequentemente, da caldeira. Sendo assim, deve-se limpar periodicamente ou 
sempre que for detectada queda no rendimento. 
 
4.11. Grelha móvel 
A grelha móvel, também chamada de Grelha de Avanço Contínuo Inclinada, tem a função de 
realizar o processo de combustão necessário para a geração de vapor da caldeira. Neste processo, 
ocorrem diversas reações químicas que liberam energia, na forma de calor e luz, ou seja, ocorre a 
transformação de energia química contida no combustível, em energia térmica. A grelha móvel 
oferece uma grande flexibilidade quanto às características dos combustíveis a serem queimados. 
Pode ser desenvolvida para a queima de material de baixa granulometria, tanto com baixa quanto 
com alta umidade. 
Tubos 
de troca 
13 
O processo de combustão ocorre na câmara de combustão, que é formada pela grelha, 
paredes refratárias e arco refratário. 
A grelha consiste em um conjunto de fileiras móveis e fixas de barras de grelha, que são 
posicionadas alternadamente. Através de movimentos de vaivém das fileiras móveis de barras de 
grelha, o material combustível é remexido e movimentado em direção à extremidade da grelha. O 
acionamento é realizado por cilindros hidráulicos. O ajuste da velocidade de avanço e recuo da 
grelha permite a regulagem da espessura da camada de combustível sobre a grelha, visando 
formar uma cama de combustão adequada. 
As barras de grelha são confeccionadas de fundido especial, com boa resistência à 
temperatura e abrasão. O resfriamento das barras de grelha será feito por meio do próprio ar de 
combustão que é insuflado sob a grelha e flui através dos jatos para a região de combustão. 
Para se obter um controle mais preciso do processo de combustão, a grelha de avanço é 
dividida em zonas (carros) que podem ser movimentadas independentemente e ser supridas 
distintamente com ar primário. 
 
4.11.1. Unidade Hidráulica 
O conjunto da unidade hidráulica de acionamento da grelha consiste nas seguintes unidades: 
- Unidade de potência; 
- Unidade de atuação; 
- Sistema de controle. 
 
 
Figura 7 - Estrutura básica de um acionamento hidráulico. 
 
4.11.1.1. Unidade de potência 
A unidade de potência consiste na geração de energia hidráulica para movimentação do 
sistema de atuação e consequentemente movimentação das grelhas, e constitui-se dos principais 
componentes: 
- Motor elétrico; 
- Bomba hidráulica; 
- Reservatório de óleo; 
- Válvula de alívio; 
- Filtro de óleo; 
 
14 
4.11.1.2. Unidade de atuação 
A unidade de atuação tem a função de converter a energia hidráulica contida no óleo em 
energia mecânica de forma a proporcionar a força necessária para movimentação do cilindro 
hidráulico e dos carros de movimentação da grelha. Os principais componentes que constituem a 
unidade de atuação são: 
- Válvulas direcionais; 
- Cilindros hidráulicos 
 
Para instalação, manutenção e inspeção da unidade hidráulica, favor observar o manual do 
fabricante da unidade hidráulica, fornecido juntamente com este manual. 
 
4.11.1.3. Sistema de controle 
O sistema de controle tem a função de controlar a movimentação das grelhas, para que todo 
o sistema funcione de forma adequada, dentro dos parâmetros necessários para uma boa queima 
e segurança. O CLP (controlador lógico programável) da caldeira interpreta os sinais das variáveis 
de operação da unidade sob sua lógica de funcionamento, e os envia para o sistema de atuação, 
para que este realize sua função de movimentação da grelha. 
A configuração dos parâmetros de controle da grelha móvel é realizada por um técnico 
especializado da Benecke no momento do startup da caldeira, e após a regulagem, a grelha 
funciona automaticamente e não necessita receber parâmetros operacionais no seu 
funcionamento. 
 
4.11.2. Mancais deslizantes 
O carro móvel se apoia e desliza sobre um conjunto de mancais deslizantes. Estes mancais 
são fundidos, de construção robusta, projetados com boa resistência ao desgaste para suportarem 
grandes cargas. Embora possuam construção robusta, sofrem desgaste natural com sua utilização. 
Logo, é necessário uma inspeção periódica e substituição de peças tão logo apresentem desgaste, 
para evitar que prejudiquem o funcionamento ou danifiquem todo o conjunto. 
 
Figura 8 - Mancal deslizante. 
 
3 
1 
5 
4 
6 
2 
15 
1. Suporte do mancal (fixo); 
2. Console do mancal (móvel); 
3. Lateral (móvel); 
4. Rolete esférico; 
5. Trilho inferior; 
6. Trilho de encaixe superior 
 
 
4.11.3. Manutenção preventiva da grelha 
- A manutenção preventiva da grelha deverá ser periódica. Os intervalos de manutenção 
dependem das características do combustível que é queimado, podendo variar em intervalos de 1 
até no máximo 3 meses. Se houver uma eventual parada da caldeira por qualquer motivo, é 
recomendado que se faça uma rápida inspeção nesta ocasião. 
- Deverá ser removido todo e qualquer resíduo que esteja impedindo a passagem de ar pelas 
aberturas das grelhas. As camadas de resina com cinza e barro que estiverem sobre as grelhas e na 
parede refratária, também terão que ser removidas para que não haja perda de eficiência de 
queima e danos ao sistema. 
- As grelhas que apresentarem desgaste acentuado deverão ser substituídas, porque afetará a 
distribuição de ar e aumentará o desgaste das demais grelhas. Uma boa prática é trocar a posição 
das grelhas da região de combustão, as quais sofrem maior desgaste, pelas grelhas das regiões de 
secagem ou término de queima. Desta forma, é possível aumentar o tempo de uso das grelhas, 
antes de substituí-las por novas. 
- Deve ser feito limpeza no acúmulo de cinzas nas câmaras de ar sob a grelha e ao final da grelha 
em algum eventual acumulo de cinza. 
- Sempre verificar o alinhamento da grelha. 
- Realizar inspeção na caixa de extração de cinzas da extração da grelha e avaliar o estado do 
helicoide da rosca. Em caso de apresentar desgaste excessivo na altura ou espessura, de forma a 
afetar sua capacidade de transporte, o mesmo deve ser reparado ou substituído. 
- Os mancais da grelha deverão ser verificados no máximo a cada 4 meses, para avaliar o estado 
dos roletes esféricos (item 4) e dos trilos inferiores (item 5) da Figura 8. Em caso de desgaste das 
peças, as mesmas deverão ser substituídas para que a mesa da grelha se mantenha no nível 
adequado. A operação com estas peças desgastadas acarretará em danos ao conjunto do mancal. 
- Inspecionar as guias de alinhamento das hastes dos cilindros,em caso de desgaste, a mesma 
deverá ser substituída por uma guia nova; 
- Inspecionar e fazer limpeza nos mancais deslizantes periodicamente; 
- Verificar distância dos sensores de fim de curso dos atuadores hidráulicos, distância maior que 5 
mm não garante o seu funcionamento; 
- Inspecionar fixação dos suportes dos sensores de fim de curso; 
- Inspecionar fiações elétricas dos sensores de fim de curso e das válvulas solenoides; 
- Inspecionar nível de óleo da unidade hidráulica conforme orientações que constam no manual do 
equipamento; 
- Inspecionar filtro de ar e óleo da unidade hidráulica conforme orientações que constam no 
manual do equipamento; 
- Verificar constantemente a temperatura do óleo da unidade hidráulica: faixa de temperatura de 
trabalho, estimada entre 30 e 60°C; 
 
 
 
16 
4.12. Sistema de Queima 
A fornalha é o local da caldeira onde ocorre a combustão, também denominada de câmara 
de combustão. A grelha está disposta no fundo da fornalha e é sobre ela que processasse a 
queima do combustível. 
O desempenho da caldeira está estreitamente ligado aos processos desenvolvidos nesta 
região. 
 
4.12.1. Regulagem do sistema de queima 
Uma boa regulagem da caldeira e consequentemente uma boa combustão irá apresentar 
uma fumaça clara e homogênea na chaminé. Na primeira zona da grelha, é comumente observado 
um visível desprendimento de vapor do combustível (vaporização). Na parte central da grelha, 
observa-se uma chama clara, de boa densidade e isenta de fumaça. Nas últimas filas da grelha, 
usualmente, não são observadas labaredas, apenas um fogo brando na forma de braseiro, 
caracterizando término de queima. As cinzas geralmente tem aparência clara e baixa 
granulometria. Entretanto, a aparência das cinzas está relacionada com o tipo de combustível que 
a caldeira irá queimar. 
As regulagens da caldeira podem ser realizadas, manualmente, por pessoas experientes e 
devidamente orientadas sobre o funcionamento dos diversos equipamentos. O emprego de alguns 
equipamentos como analisador de gases, auxilia na obtenção de uma boa regulagem da 
combustão. 
É recomendado que a regulagem seja realizada com a caldeira em sua capacidade nominal 
de produção de vapor. 
 
4.12.1.1. Regulagem da grelha 
Variações na umidade e forma de apresentação do material, como mistura, impurezas, entre 
outros, vão acarretar em necessidades diferentes de ar de combustão, velocidade de avanço da 
grelha e parâmetros de regulagem da grelha. Logo não é possível estabelecer regras rígidas de 
regulagem nas quais se obtenha a melhor performance do equipamento. Com o treinamento 
fornecido por nossos técnicos e através da prática adquirida na operação e regulagem do 
equipamento será possível o operador encontrar a regulagem ideal para a queima de combustível. 
A grelha funciona de maneira automática através do sistema de controle de combustão. 
Sempre que for necessário, deverá ser feita a regulagem da velocidade de avanço e retorno dos 
cilindros hidráulicos que movem os carros da grelha móvel. 
A velocidade de cada carro pode ser regulada independentemente, de forma a otimizar a 
velocidade de avanço do material em cada região de queima. O número de carros que a grelha 
possui irá depender do projeto da caldeira. 
A regulagem é feita através das válvulas reguladoras de vazão de óleo dos atuadores, 
observe na Figura 9, as setas indicam os reguladores de vazão. 
 
17 
 
 I – Vista lateral. II – Vista superior. 
Figura 9 – Controle das válvulas direcionais da unidade hidráulica. 
Cada carro da grelha possui um atuador (cilindro) hidráulico, que possui uma válvula 
direcional, esta válvula direcional controla o sentido do cilindro, mudando sua direção de maneira 
que este avance, retorne ou o mantenha parado. Este movimento de avanço e retorno possui sua 
velocidade controlada através do regulador de vazão, que está indicado nas setas da Figura 9. 
O regulador B controla o avanço do carro, ao girá-lo para o sentido horário (fechar) ocorrerá 
uma restrição do fluxo de óleo e a velocidade de avanço irá diminuir, tornando o movimento de 
avanço do carro mais lento. 
Quando houver necessidade de movimentos de avanço mais rápidos do carro, o regulador B 
do respectivo carro deverá ser girado para o sentido anti-horário (abrir). 
O regulador A controla o retorno do carro, ao girá-lo para o sentido horário (fechar) ocorrerá 
uma restrição do fluxo de óleo e a velocidade de retorno irá diminuir, tornando o movimento de 
retorno do carro mais lento. 
Quando houver necessidade de movimentos de retorno mais rápidos do carro, o regulador A 
do respectivo carro deverá ser girado no sentido anti-horário (abrir). 
Não há regras quanto à relação de número de voltas do regulador e a velocidade do carro, o 
operador irá descobrir a sensibilidade da válvula reguladora através do método de atuação 
observação, onde ele efetua uma regulagem e observa a velocidade do cilindro hidráulico. 
Há um regulador de pressão para cada carro, indicado na seta C da Figura 9, que não 
necessita ser regulado após a regulagem inicial da caldeira. 
Boas práticas de regulagem da grelha refletem diretamente de forma positiva na eficiência 
de combustão, eficiência da caldeira, consumo de combustível, emissões de gases poluentes à 
atmosfera, estabilidade na pressão e produção de vapor da caldeira. 
Em geral, o primeiro carro fica com velocidade de avanço e retorno maior e o último com 
velocidade menor, ficando o segundo carro, onde ocorre a maior parte da queima com uma 
velocidade intermediária, no caso de grelhas com 3 carros. 
Algumas características devem ser levadas em conta para uma boa regulagem da grelha e 
consequentemente uma boa combustão: 
A) O combustível deverá estar em fase de final de queima quando estiver no último estágio, 
de forma que não saia material não queimado, observar a qualidade das cinzas. 
B) A queima deverá se desenvolver na parte central da grelha, onde deverá ser distribuído a 
maior marte do ar de combustão; 
A 
B 
C 
18 
C) Em geral, para combustíveis úmidos a rampa refratária deverá estar preenchida de 
combustível, o sistema de alimentação deve auxiliar para que esta característica seja 
garantida; 
D) A grelha deverá estar toda coberta de combustível, de forma uniforme. O combustível 
deverá formar um tapete sobre a grelha, cobrindo todas as extremidades e sem oscilações, 
conforme Figura 10: 
 
 
Figura 10 – Distribuição de combustível na grelha – FORMA CORRETA. 
E) A correta distribuição do combustível sobre a grelha reflete diretamente na eficiência de 
combustão. A Figura 11 mostra o exemplo de forma inadequada de distribuição do 
combustível sobre a grelha, pois neste caso o ar irá se movimentar nas camadas mais finas, 
e nas camadas mais espessas não haver á passagem de ar, consequentemente neste ponto 
haverá menos refrigeração, prejudicando a secagem e a combustão. Nestes pontos de 
obstrução, a falta de ar também irá causar alta temperatura de combustão, fusão das 
cinzas, formação de escórias “pedras” e danificação das grelhas por alta temperatura e por 
obstrução mecânica das escórias. 
 
 
Figura 11 - Distribuição de combustível na grelha – FORMA INCORRETA. 
 
A grelha móvel possui outro recurso que é o tempo de parada por sobre pressão de vapor, 
ou seja, no período que a pressão de vapor estiver acima da pressão de operação ajustada, a 
grelha irá funcionar de modo intermitente de acordo com o tempo de parada que fora 
configurado. Este tempo é configurado através da IHM – (Interface Homem Máquina) no painel da 
caldeira e permite a grelha parar por alguns segundos e após a parada, volta a trabalhar por um 
tempo determinado. Esta característica de operação é importante já que na situação de sobre 
pressão, as vazões de ar de combustão são reduzidas ao mínimo, a fim de diminuir a combustão. 
Logo não haverá perdas de combustível por combustível não queimado ao final da grelha e 
também não haverá sobre aquecimento das grelhas. 
 
 
CombustívelZona 
obstruída 
Ar 
Ar 
Ar 
Secagem Queima Pós-queima 
19 
 
4.12.1.2. Regulagem do ar de combustão 
A distribuição do ar primário sob a grelha deve ser realizada de tal forma que a maior 
quantidade de ar seja liberada na parte central da grelha, onde ocorre a maior parte da 
combustão. 
Conforme observado na Figura 10, o desenvolvimento de queima ocorre em etapas, e a 
distribuição do ar está relacionada a estas etapas de combustão. 
A grelha móvel possui câmaras isoladas e permitem a distribuição de ar primário adequada 
em cada zona de combustão. A quantidade de câmaras dependerá de cada projeto. Cada câmara 
possui um damper manual, o qual permite dosar a vazão de ar necessária na câmara. A Figura 12 
mostra um damper na posição de aberto. As indicação da letra (A) caracteriza o damper aberto e o 
(F) fechado. 
 
 
Figura 12 - Damper de regulagem de fluxo de ar. 
Para se obter o percentual correto de abertura do damper, deve se observar o 
comportamento dos resultados da combustão. 
O ar secundário também possui um damper regulador de ar, o qual deverá ser ajustado para 
se obter uma boa turbulência dos gases na fornalha e garantir o término de queima dos gases de 
combustão. 
Elaboramos a Tabela 1 para auxilio na regulagem das quantidades de ar necessário para a 
uma boa combustão. Nesta tabela, enumeramos a alguns efeitos e os relacionamos a possíveis 
causas e suas respectivas soluções. 
 
Tabela 1 – Análise de efeitos da regulagem do sistema de queima. 
Efeito Fatores causadores Ações de Regulagem 
Fumaça preta 
 
-Falta de ar de 
combustão; 
- Aumentar vazão de ar 
primário; 
- Aumentar vazão de ar 
secundário; 
-Fornalha fria; - Aguardar o desenvolvimento 
da combustão; 
- Ajustar distribuição de ar nos 
dampers de ar primário; 
-Excesso de combustível; - Diminuir alimentação de 
combustível; 
Fumaça branca 
 
-Falta de combustível; - Aumentar alimentação de 
combustível; 
Direção do ar 
20 
 -Fornalha fria; - Aguardar o desenvolvimento 
da combustão; 
- Ajustar distribuição de ar nos 
dampers de ar primário; 
-Ar de combustão em 
excesso; 
- Reduzir vazão de ar primário; 
- Reduzir vazão de ar-
secundário; 
Excesso de Fagulhas - Ar primário em 
excesso; 
- Reduzir vazão de ar primário; 
- Diminuir abertura do(s) 
damper(s) de ar primário; 
-Excesso de velocidade 
das grelhas; 
- Diminuir velocidade de 
avanço e retorno das grelhas; 
Formação de pedras de 
cinzas 
Excesso de temperatura 
de queima; 
- Abertura do(s) damper(s) de 
ar primário 
- Abertura do damper de ar- 
primário na zona de término 
de queima; 
Combustível pouco 
remexido; 
- Aumentar velocidade de 
avanço e retorno das grelhas; 
- Diminuir tempo de parada 
por sobre pressão da grelha; 
Distribuição do 
combustível na largura 
da grelha não uniforme; 
- Verificar sistema de 
alimentação e distribuição de 
combustível da caldeira; 
Material não queimado 
nas cinzas 
- Falta de ar na última 
câmara; 
- Maior abertura do(s) 
damper(s) de ar primário da 
última câmara; 
- Tempo de parada por 
sobre pressão elevado; 
- Diminuir tempo de parada 
por sobre pressão da grelha; 
- Falta de ar de 
combustão; 
- Aumentar vazão de ar 
primário; 
Temperatura da 
chaminé muito elevada 
Excesso de tiragem; - Diminuir abertura damper do 
exaustor; 
-Falta de ar de 
combustão; 
- Aumentar vazão de ar 
primário; 
- Aumentar vazão de ar 
secundário; 
Arraste de particulado 
não queimado na 
chaminé 
Excesso de tiragem; - Diminuir abertura damper do 
exaustor; 
- Diminuir a intensidade da 
pressão negativa da fornalha 
(aumentar valor); 
Consumo excessivo de 
combustível 
Baixa eficiência de troca 
térmica da caldeira; 
- Promover limpeza dos tubos 
de chama do corpo da caldeira; 
-Ar de combustão em 
excesso; 
- Reduzir vazão de ar primário; 
- Reduzir vazão de ar-
secundário; 
21 
Queima de combustível 
irregular sobre a grelha 
- Alimentador de 
combustível deslocado 
alimentando somente 
um lado da fornalha; 
- Centralizar o alimentador; 
- Combustível pouco 
remexido; 
- Aumentar velocidade de 
avanço e retorno das grelhas; 
- Diminuir tempo de parada 
por sobre pressão da grelha; 
- Pouca pressão de ar 
primário; 
- Aumentar vazão de ar 
primário; 
- Ajustar abertura do(s) 
damper(s) de ar primário; 
Excesso de temperatura 
na fornalha 
- Falta de ar de 
combustão; 
- Aumentar vazão de ar 
primário; 
- Aumentar vazão de ar-
secundário; 
- Excesso de 
combustível; 
- Diminuir alimentação de 
combustível; 
 
Lembrando que a regulagem é fixa, variações na vazão de produção de vapor irão alterar a 
necessidade de ar para a combustão em função da necessidade de combustível, e estas variações 
serão corrigidas automaticamente pelo sistema lógico de controle programado que controla a 
operação automática da caldeira. 
Em caso de alteração da umidade do combustível, possivelmente será necessário reajustar a 
frequência dos inversores para uma nova regulagem, de forma a se obter uma melhor eficiência 
de queima para esta nova umidade. 
 
 
4.13. Economizador (quando existir) 
O economizador é um trocador de calor que têm a função de elevar a temperatura da água 
de alimentação da caldeira, mediante o aproveitamento de uma parcela da energia residual, ainda 
disponível nos gases da combustão. 
 
 
 
Figura 13 - Desenho genérico de um economizador. 
Serpentinas 
Coletores 
Extração 
de cinzas 
Janela de 
Inspeção 
22 
A instalação do economizador é vantajosa, pois além de proporcionar um aumentando do 
rendimento térmico da unidade geradora de vapor, minimiza o choque térmico entre a água de 
alimentação e a água já existente no balão de vapor, proporcionando melhor estabilidade na 
pressão de operação da caldeira. 
Em operação contínua da caldeira, é importante que haja fluxo de água nas serpentinas do 
economizador, por isto deve assegurar-se de que pelo menos uma motobomba de alimentação de 
água da caldeira esteja sempre ligada e recalcando água. Verificar o funcionamento adequado da 
válvula de controle de vazão de água, em casos em que a caldeira possuir controle de nível 
modulante. 
A intermitência na passagem de água nas serpentinas do economizador poderá causar 
evaporação da água, consequentemente golpes de ariete que danificarão tubulações e válvulas. 
Ocasionalmente a caldeira poderá apresentar defeitos devido a altas taxas de temperatura 
localizadas de absorção de calor nas serpentinas. 
 
4.14. Desgaseificador térmico (quando existir) 
A função do desgaseificador térmico é a eliminação dos gases (O2 e CO2) que atuam na 
caldeira e demais equipamentos de forma corrosiva. 
A desgaseificação térmica é realizada sob pressão e a água que alimenta a caldeira é 
aquecida por meio de vapor. 
A solubilidade do oxigênio (O2) e do dióxido de carbono (CO2) na água depende da pressão 
parcial. Na desgaseificação térmica a água a ser desgaseificada é levada à ebulição mediante a 
injeção / mistura de vapor aquecido. Desta forma, abaixa-se a pressão parcial dos gases O2 e CO2 
tendendo a zero. Os gases desprendidos da água são eliminados para a atmosfera através de uma 
abertura na parte superior do equipamento. 
 
4.14.1. Principais componentes 
 
Figura 14 – Desgaseificador. 
3 
10 
11 
2 
4 
9 
8 
6 
12 
13 
1 
7 
A 
B 
C 
23 
 1. Domo 
 2. Reservatório 
 3. Sistema de controle de nível com eletrodos 
 4. Sistema de controle de temperatura com válvula de controle 
 6. Válvula de segurança 
 7. Válvula de exaustão de gases 
 8. Válvula quebra vácuo 
 9. Purgador 
 10. Visor de nível 
 11. Indicador de temperatura 
 12. Indicador de pressão 
 13. Janela de inspeção 
 
4.14.2. Princípio de funcionamento 
A Figura 14 mostra a instalação do desgaseificador térmico. A água a ser desgaseificada é 
conduzida para a parte superior (Domo) através da conexão “A”, percorre o caminho de cima para 
baixo através de bandejas, com vários furos de irrigação até se depositar na parte inferior do 
equipamento (reservatório), onde se completao processo de desgaseificação. O vapor necessário 
para o aquecimento é introduzindo por baixo do reservatório através da conexão “B”, onde é 
distribuído uniformemente ao longo do comprimento do equipamento, de forma a garantir um 
aquecimento homogêneo. A água já desgaseificada é conduzida para a caldeira pelas motobombas 
de alimentação da caldeira através da conexão C. 
 
4.14.3. Controle de Temperatura 
A quantidade de vapor necessária para o aquecimento é controlada por meio de uma válvula 
de controle, que libera a quantidade necessária de vapor para manter a água em constante 
ebulição. Este controle é realizado com precisão através da leitura de pressão do equipamento, 
que controla a quantidade de vapor, a fim de manter a pressão de operação do equipamento no 
valor estabelecido. Para esta aplicação, o controle por pressão é mais vantajoso que os 
reguladores por temperatura em virtude do grau íngreme de inclinação da curva de pressão do 
vapor. Vapor saturado tem a grande vantagem de manter temperatura constante durante a 
condensação a pressão constante. 
 
 
Figura 15 - Esquema piloto da estação redutora. 
Na Figura 15 podemos observar o piloto controlador (em azul) da válvula redutora de 
pressão, este piloto deve ser regulado, de acordo com as instruções encontradas em seu próprio 
manual, de forma a ajustar a pressão de operação do desgaseificador em 0,5 kgf/cm² indicada no 
manômetro. Uma vez o regulador do piloto ajustado, não há mais necessidade de regulagem 
manual, pois a válvula de controle irá atuar a fim de manter sempre a pressão de operação 
conforme ajustado. 
24 
 
4.14.4. Controle de Nível 
O controle de nível é do tipo ON/OFF realizado através de eletrodos de nível: 
1. Eletrodo indicador de nível máximo; 
2. Eletrodo indicador de nível mínimo; 
3. Eletrodo indicador de alarme; 
4. Eletrodo indicador de referência de nível. 
 
As indicações de níveis servem de referência para o acionamento das motobombas que 
realizam o recalque da água de alimentação ao desgaseificador, ao indicar nível máximo, a 
motobomba desliga, no nível mínimo a motobomba aciona para enchimento do desgaseificador. 
Abaixo do nível mínimo, há um eletrodo de alarme, que quando o nível chega a esta posição, é 
acionado um sinal sonoro para alerta ao operador. O eletrodo de referência tem a função de 
fechar contato com os outros eletrodos para viabilizar o sinal elétrico. 
O nível de água do equipamento também pode ser observado através do indicador de nível 
visual (item 10 da Figura 14). 
 
4.14.5. Defeito, provável causa e solução. 
 
Purgador está purgando muita água. 
Causa Solução 
Contra fluxo na água de 
alimentação da caldeira. A 
água da caldeira está 
retornando para 
desgaseificador. 
Verificar válvulas de retenção instaladas após as 
motobombas de alimentação de água da caldeira, 
elas podem estar danificadas, ou estarem 
emperradas por sujeira. Fazer limpeza e reparo das 
mesmas. Em caso de não haver possibilidade de 
reparo, a(s) válvula(s) de retenção deve(m) ser 
substituída(s). 
Motobomba se mantém ligada 
após nível da água exceder 
seu valor máximo, eletrodo 
indicador de nível máximo não 
está mandando sinal para 
desligar a motobomba 
O cabo de sinal entre o eletrodo e o Relé de Nível 
pode estar rompido, verificar a integridade do cabo e 
das conexões, reapertar as conexões elétricas. 
Motobomba se mantém ligada 
após nível da água exceder 
seu valor máximo, contatora 
da motobomba está com 
defeito 
Verificar funcionamento da contatora de 
acionamento da motobomba, em caso de estar 
danificada, fazer substituição da mesma. 
 
Válvula de segurança abre constantemente. 
Causa Solução 
Admissão de vapor está 
desregulada, vapor entra de 
forma descontrolada. 
Ajustar a mola do piloto controlador da válvula 
redutora de pressão de acordo com as instruções 
encontradas em seu próprio manual, de forma a 
obter pressão de operação do desgaseificador de 0,5 
kgf/cm² indicada no manômetro do desgaseificador. 
Admissão de vapor está Verificar a pressão de ar comprimido no piloto 
25 
desregulada, vapor entra de 
forma descontrolada. Falta de 
ar comprimido. 
controlador, esta deverá estar na faixa estabelecida 
de acordo com as instruções encontradas em seu 
próprio manual. 
Admissão de vapor está 
desregulada, vapor entra de 
forma descontrolada. Atuador 
da válvula redutora não atua. 
Verificar integridade do atuador, conexões de ar 
comprimido, suprimento de ar comprimido e realizar 
os devidos reparos. 
 
 
A temperatura da água está muito baixa, não atinge a temperatura desejada. 
Causa Solução 
Válvula de controle de pressão 
representa estar desregulada, 
o desgaseificador não atinge 
sua pressão de operação. 
Verificar a pressão de operação da caldeira, para 
pressões muito abaixo da pressão nominal de 
operação, a válvula redura de pressão terá 
dificuldades de trabalhar. Operar a caldeira na 
pressão de projeto. 
Atuador da válvula redutora 
não atua. 
Verificar integridade do atuador, conexões de ar 
comprimido, suprimento de ar comprimido e realizar 
os devidos reparos. 
 
A temperatura da água está muito elevada, muito acima da temperatura de projeto. 
Causa Solução 
Válvula de controle de pressão 
representa estar desregulada, 
o desgaseificador não atinge 
sua pressão de operação. 
Verificar a pressão de operação da caldeira, para 
pressões muito abaixo da pressão nominal de 
operação, a válvula redura de pressão terá 
dificuldades de trabalhar. Operar a caldeira na 
pressão de projeto. 
Atuador da válvula redutora 
não atua. 
Verificar integridade do atuador, conexões de ar 
comprimido, suprimento de ar comprimido e realizar 
os devidos reparos. 
Obs.: A temperatura de trabalho do desgaseificador pode subir acima da temperatura nominal de 
trabalho estabelecida no projeto por pequenos períodos de tempo de operação (picos). 
 
A temperatura da água está muito elevada, com a caldeira operando em mínima carga. 
Causa Solução 
Válvula de controle pode estar 
com suas vedações 
desgastadas e possibilitando 
passagem de vapor mesmo 
fechada. 
Substituir as juntas de vedação. 
Atuador da válvula redutora 
não atua. 
Verificar integridade do atuador, conexões de ar 
comprimido, suprimento de ar comprimido e realizar 
os devidos reparos. 
 
Alarme de nível baixo soa constantemente. 
Causa Solução 
Motobomba dos reservatórios 
não está recalcando água para 
o desgaseificador. 
Verificar se a motobomba está funcionando 
adequadamente. 
Verificar acionamento da motobomba. 
26 
Verificar se há água nos reservatórios. 
Verificar se o sistema de água de reposição está 
atendendo a necessidade. 
Verificar se há suprimento da linha de retorno de 
condensado aos reservatórios. 
 
Nível do desgaseificador cai abaixo do mínimo e a motobomba não aciona. 
Causa Solução 
Eletrodo indicador de nível 
mínimo não está mandando 
sinal para acionar a 
motobomba 
O cabo de sinal entre o eletrodo e o Relé de Nível 
pode estar rompido, verificar a integridade do cabo e 
das conexões, reapertar as conexões elétricas. 
Contatora da motobomba está 
com defeito 
Verificar funcionamento da contatora de 
acionamento da motobomba, em caso de estar 
danificada, fazer substituição da mesma. 
 
4.15. Superaquecedor (quando existir) 
O superaquecedor tem a função de aumentar a temperatura do vapor, preparando-o às 
condições ideais para geração de energia com turbina a vapor ou outros processos específicos. 
O superaquecedor consiste num conjunto de tubos em forma de serpentina e tubos 
coletores que permite o aquecimento do vapor através da troca térmica com os gases de exaustão 
da caldeira. Os gases de combustão saem do corpo da caldeira ainda com temperatura elevada e 
aquecem os tubos do superaquecedor ao passarem através das serpentinas. Os tubos por sua vez 
transferem o calor ao vapor que flui pelo interior dos mesmos, elevando a temperatura do vapor 
saturado até a temperatura de superaquecimento estabelecida. Sua localizaçãotem por objetivo 
obter melhor aproveitamento do calor disponível nos gases de combustão. 
Os tubos empregados na fabricação do superaquecedor são próprios para altas 
temperaturas especificados de acordo com a pressão e temperatura definidas no projeto. 
Entretanto, se não houver uma vazão constante de vapor pelas serpentinas, ocorrerá 
inevitavelmente um superaquecimento dos tubos. Com isso, o material empregado na fabricação 
do tubo perderá suas propriedades mecânicas e não resistirá às deformações e oxidações, 
danificando-se permanentemente. 
No início e fim de operação da caldeira, é normal que haja um fluxo de gases muito maior 
que o fluxo do fluído interno das serpentinas, e para evitar superaquecimento das serpentinas e 
problemas relacionados ao fenômeno acima mencionado, é fundamentar seguir rigorosamente o 
procedimento de partida e fim de operação da caldeira conforme descrito no item 4.17.3. 
A caldeira é dotada de superaquecedor de 2 estágios com sistema de resfriamento 
(dessuperaquecedor) para regulagem da temperatura do vapor superaquecido. 
 
4.16. Controle de vapor superaquecido (quando existir) 
O sistema de controle de vapor superaquecido tem a função de manter a temperatura do 
vapor na saída do superaquecedor na sua temperatura nominal projetada a partir de 70% da 
vazão nominal de vapor. A medida que a carga de produção de vapor de caldeira varia, a 
temperatura do vapor superaquecido também varia, logo torna-se necessário um sistema de 
controle de vapor preciso para manter a temperatura constante sobre variações de demanda de 
vapor. Como resultado se obtém uma temperatura controlada dentro dos limites estabelecidos 
com variações de temperatura previstas na saída de vapor da caldeira. 
27 
Este controle de vapor superaquecido é realizado por aspersão de vapor entre os módulos 
primário e secundário dos supeaquecedores realizado pelo dessuperaquecedor de vapor. 
 
4.16.1. Dessuperaquecedor 
O dessuperaquecedor tem a função de injetar água em forma de spray na linha de vapor, 
afim de baixar o grau de superaquecimento do vapor. O atuador da válvula dessuperaquecedora 
atua com base na temperatura do vapor superaquecido, que é lida na saída de vapor 
superaquecido do superaquecedor, com a seguinte lógica: 
- Quando a temperatura do vapor está abaixo da temperatura nominal do vapor superaquecido 
determinada, o atuador estrangula a passagem de água de forma reduzir vazão de água de 
resfriamento que é injetada em forma de spray. Desta forma a temperatura do vapor 
superaquecido aumenta gradativamente, até chegar na temperatura nominal do vapor 
superaquecido determinada; 
- Quando a temperatura do vapor está acima da temperatura nominal do vapor superaquecido 
determinada, o atuador abre a passagem de água de forma aumentar vazão de água de 
resfriamento que é injetada em forma de spray. Desta forma a temperatura do vapor 
superaquecido diminui gradativamente, até chegar na temperatura nominal do vapor 
superaquecido determinada. 
 
 
Figura 16 - Controle de temperatura por aspersão. 
A Figura 17 mostra a instalação típica do sistema de dessuperaquecimento com 
dessuperaquecedor tipo spray para controle de vapor superaquecido. 
 
Figura 17 – Instalação do dessuperaquecedor para controle de temperatura. 
E 
B 
A 
D 
C 
1 
3 2 
Água de atomização 
Vapor superaquecido 
com temperatura 
contrlada Vapor 
Superaquecedor 
Primário 
Superaquecedor 
Secundário 
28 
 
1. Dessuperaquecedor tipo spray; 
2. Tubulação retilínea para homogeneização da mistura; 
3. Sistema de purga. 
 
A: Entrada de vapor superaquecido na linha do dessuperaquecedor / Saída de vapor 
superaquecido do superaquecedor primário; 
B: Fluxo de onde a mistura de vapor superaquecido e a água de resfriamento já atomizada 
percorrem um trecho retilíneo para a homogeneização da mistura; 
C: Linha de purga onde é drenado algum eventual excesso de água que possa ser aspergido 
eventualmente; 
D: Saída de vapor desssuperaquecido da linha do dessuperaquecedor / Entrada de vapor 
dessuperaquecido no superaquecedor secundário. 
E: Linha de suprimento de água de atomização que tem a função de resfriamento; 
 
4.17. Procedimentos operacionais 
As caldeiras são trocadores de calor que produzem e acumulam vapor de água sob 
pressões superiores a atmosférica. Os combustíveis sólidos, provenientes de um reservatório 
qualquer, são queimados sobre a grelha (fixa ou móvel). Os gases de combustão (em alta 
temperatura) circulam pelo corpo do gerador até atingirem a chaminé, por onde são eliminados 
para a atmosfera. 
O vapor é gerado a partir absorção da energia térmica liberada na queima e transmitida 
pelos gases durante a passagem através do gerador. 
O calor dos gases de combustão também pode pré-aquecer o ar consumido na combustão 
ou superaquecer o vapor. 
 
4.17.1. Antes do Primeiro Funcionamento 
Todas as caldeiras instaladas no Brasil devem ser submetidas à inspeção de segurança 
inicial, conforme a NR-13 do Ministério do Trabalho, por profissional habilitado. No caso da 
instalação em outros países, devem ser observadas as normas e legislações pertinentes. 
 
4.17.2. Procedimento start-up e queima dos refratários 
O procedimento a seguir, trata das instruções básicas que devem ser seguidas para o 1º 
início de operação da caldeira a vapor. A caldeira é destinada para fornecimento de vapor 
superaquecido ou saturado para a aplicação final do cliente. O perfeito conhecimento deste 
procedimento não exime os operadores das responsabilidades de uso de EPIs (equipamento para 
proteção individual) e os cuidados e procedimentos de segurança de caldeiras a vapor que devem 
ser adotados no start-up da caldeira de forma a atender as normas e legislação local vigente. 
Condições de Start-up: A montagem de toda a caldeira deve estar completamente finalizada 
e este procedimento deverá ter a presença de um técnico da Benecke. 
 
1) Preparação para Startup da caldeira: 
Atenção: Antes do start-up da caldeira deve ser assegurado que: 
 
• Reservatório da caldeira e desgaseificador térmico (quando existir) esteja(m) internamente 
limpo(s) e livre de qualquer sujeira ou objeto estranho ao sistema; 
29 
• Caldeira a vapor esteja internamente limpa e livre de qualquer sujeira ou objeto estranho 
ao sistema. A limpeza incorreta das impurezas pode conduzir à flutuações violentas no 
nível de água, causar arraste na tubulação de vapor e alta manutenção nos filtros, válvulas, 
purgadores e na turbina. 
• As passagens de ar e gases de combustão devem estar completamente abertos e livres de 
qualquer sujeira ou objeto estranho ao sistema, garantindo livre passagem não causando 
obstrução de fluxo. Objetos mal fixados ou soltos podem causar sérios danos aos 
ventiladores, causando perda do equipamento; 
• Todos os acessos, escadas e plataformas devem estar totalmente livres para a passagem do 
operador; 
• Operador deve possuir todas as instruções e formação conforme norma regulamentadora 
vigente da região para operação de caldeiras; 
• A casa da caldeira deve estar livre de qualquer objeto estranho ao sistema; 
• Todos os caminhos abertos e livre de obstrução; 
• Conexões temporárias utilizados para montagem da caldeira e/ou outros processos 
estejam desmontadas, e as conexões definitivas devidamente instaladas; 
• Verificar os manuais as instruções dos outros equipamentos em anexo, observado a 
características dos outros equipamentos em como bombas, ventiladores, grelhas e válvulas 
em geral; 
• Verificar o nível do selo de água dos tubos sifões dos manômetros e sensores de pressão; 
 
2) Para ter certeza que as condições citadas acima estejam realmente em ordem, faz se 
necessário uma inspeção geral interna e externa na caldeira e no restante da instalação: 
 
a) Verificar no painel de controle (IHM - Interface Home Máquina) se o controle de todas as 
funções e os sinais de transmissores estão respondendo; 
b) Verificação e controle do sentido de rotação de todos os equipamentosde propulsão com 
acionamento elétrico, sendo como os principais: Motobombas de alimentação do 
desgaseificador, motobombas de alimentação da caldeira, ventiladores de tiragem forçada 
primário e secundário, ventiladores de tiragem induzida, ventiladores auxiliares de 
espargimento, válvulas quebra ninhos do espargidor,roscas diversas, transportadores, 
válvulas rotativas; 
c) Verificar a lubrificação de todos os componentes; 
d) Após parametrização dos inversores, faça teste de rodagem dos ventiladores; 
e) Teste de resposta ao controle dos ventiladores; 
f) Controle e teste de todos os silos, moegas e sistemas de transporte de alimentação de 
combustível; 
g) Controle de instalação correta de todas as válvulas de controle; 
h) Suprimento de ar comprimido: verifique a pressão no regulador de pressão de todas os 
atuadores pneumáticos (diafragmas e cilindros), certifique-se de que a pressão esteja na 
faixa de operação adequada; 
i) Realizar o escorvamento das bombas de alimentação de água da caldeira e desgaseificador 
térmico (quando existir); 
j) Teste de funcionamento da grelha móvel; 
3) Enchimento da caldeira 
 
a) O enchimento da caldeira não deve ocorrer antes que esteja pronta para ser ateado fogo (à 
exceção dos testes de estanqueidade); 
30 
b) Requisitos de tratamento de água da caldeira devem estar conforme recomendações das 
normas aplicáveis; 
c) Certificar-se do nível de pH da água de alimentação está conforme recomendado; 
 
d) Condição pré-operacional das válvulas da caldeira: 
Registro do reservatório de água de alimentação 
da caldeira 
A01 ABERTO 
Válvulas de bloqueio de sucção da bomba 
desaerador (quando a caldeira possuir 
desgaseificador) 
A02 FECHADA 
Válvulas de bloqueio de recalque da bomba 
desgaseificador (quando a caldeira possuir 
desgaseificador) 
A03 FECHADA 
Válvulas de bloqueio sucção da bomba da caldeira K09 ABERTA 
Válvulas de bloqueio recalque da bomba da 
caldeira 
K11 AEBRTA 
Válvula de regulagem de vazão mínima da bomba 
da caldeira (quando existir válvula de vazão 
mínima) 
K29 ABERTA 
Válvula de bloqueio água refrigerante do 
dessuperaquecedor (quando existir 
dessuperaquecedor) 
K29 FECHADA 
Válvula by-pass à válvula (K14) de controle de 
vazão proporcional da caldeira (quando a caldeira 
possuir controle de nível modulante) 
K12 FECHADA 
Válvulas de segurança K01, K02 FECHADA 
Válvulas de saída de vapor principal PARA 
CALDEIRAS QUE NÃO POSSUEM 
SUPERAQUECEDOR 
K15 FECHADA 
Válvulas de saída de vapor principal PARA 
CALDEIRAS QUE POSSUEM SUPERAQUECEDOR 
K15 ABERTA 
Válvulas de suspiro de ar, superior ao balão de 
vapor 
K04 ABERTA 
Válvulas de bloqueio das válvulas de descargas de 
fundo automáticas (quando existir) 
--- ABERTA 
Válvulas de descarga de fundo 
manuais/automáticas 
K08 FECHADA 
Válvulas de bloqueio a montante e a jusante dos 
purgadores dos drenos do superaquecedor e 
dessuperaquecedor (quando a caldeira possuir 
superaquecedor com drenos) 
K24 ABERTA 
Válvulas by-pass dos purgadores dos drenos do 
superaquecedor e dessuperaquecedor (quando a 
caldeira possuir superaquecedor e 
dessuperaquecedor com drenos) 
K25 FECHADA 
Válvulas de bloqueio a montante a jusante da 
estação redutora de pressão de controle de 
temperatura do desgaseificador (quando a 
caldeira possuir desgaseificador) 
K20, K19 FECHADA 
31 
Válvula by-pass estação à válvula de controle de 
redução de pressão de controle de temperatura 
do desgaseificador (quando a caldeira possuir 
desgaseificador) 
K19 FECHADA 
Válvulas de bloqueio de interligação entre corpo 
da caldeira e garrafa de nível 
K06 ABERTA 
Válvulas de bloqueio de interligação entre garrafa 
de nível e visor de nível 
--- ABERTA 
Válvulas de descarga do visor de nível K05 FECHADA 
 
e) Para fazer o enchimento da caldeira, é necessário que tenha água disponível no 
reservatório do desgaseificador no caso de caldeira com desgaseificador (no caso de 
caldeira sem desgaseificador). No caso de caldeira sem desgaseificador tanto no caso de 
caldeira com desgaseificador é necessário que tenha água disponível do reservatório de 
água de alimentação da caldeira. 
f) Ligue o painel da caldeira e opere no modo manual, como não há água em seu interior irá 
soar o alarme de nível baixo da água da caldeira; 
g) Abra as válvulas de saída de água do reservatório de água de alimentação; 
h) Abra as válvulas de bloqueio da sucção e recalque das bombas que alimentam o 
desgaseificador, opere a bomba de alimentação de água do desgaseificador em modo 
manual, para encher o equipamento até seu nível mínimo, pois quando a água aquecer sua 
dilatação irá compensar a altura que chegará ao seu nível normal (médio). Observar o nível 
no visor do equipamento. Caso a caldeira não possua desgaseificador, desconsidere esta 
etapa; 
i) Após o enchimento do desgaseificador, já é possível acionar o controle de nível máximo e 
mínimo do equipamento em modo automático. Caso a caldeira não possua 
desgaseificador, desconsidere esta etapa também; 
j) Acione a bomba de alimentação da caldeira em modo manual de modo a encher a caldeira, 
verifique no visor de nível da caldeira até chegar em seu nível mínimo, pois quando a água 
aquecer sua dilatação irá compensar a altura que chegará ao seu nível normal (médio), 
acompanhe no visor de nível da caldeira e a indicação no painel de controle da caldeira. 
Caso o nível estiver acima, drene a água da caldeira até obter o nível indicado. 
- Acompanhar o nível de água do reservatório de água de alimentação da caldeira; 
- Acompanhar e o nível do desgaseificador (quando existir), já que as bombas não podem 
trabalhar sem água; 
k) Após o enchimento, desligar a bomba de alimentação de água da caldeira e acione-a no 
modo automático; 
 
4) Procedimento para iniciar o fogo na fornalha: 
 
a) Verificar se há quantidade de combustível para suprir a necessidade da caldeira; 
b) Abasteça a grelha com combustível e inicie em fogo baixo. Opere a grelha em modo 
manual, controlando a velocidade de avanço de forma a acompanhar o desenvolvimento 
da queima. 
Para caldeiras que possuem queimadores auxiliares: Em caso de star-up com queimador a 
gás e óleo, verifique o manual de instruções e operações do queimador. O queimador 
também deve ser iniciado em fogo brando. 
c) Acione o exaustor e os ventiladores da caldeira no modo manual; 
32 
d) Após o fogo iniciado, acione o sistema de alimentação e distribuição de combustível na 
grelha no modo manual, de forma a abastecer a quantidade necessária de combustível. 
e) Configure a caldeira para trabalhar a 2 kgf/cm² (30 psi); 
f) Passado um tempo de operação, a válvula de suspiro de ar irá começar a expelir vapor e 
deverá ser fechada. Em instalações que a caldeira não possui superaquecedor e que não é 
possível manter uma pequena vazão de vapor para a atmosfera através da válvula de saída 
principal, a válvula de suspiro poderá permanecer aberta; 
g) Mantenha o fogo brando até a caldeira atingir 2 kgf/cm² (30 psi); 
h) Mude o controle do exaustor e dos ventiladores para o modo automático; 
i) Teste as válvulas de descarga de fundo e descarga dos visores de nível; 
j) Observe se o exaustor e as bombas de alimentação de água apresentam boas respostas à 
variação do nível da caldeira; 
 
5) Procedimento de cura dos tijolos refratários e massa refratária: 
 
Condição: A fase de secagem deverá ser acompanhada por um técnico qualificado. 
 
a) A caldeira deverá trabalhar em fogo brando (a temperatura da fornalha não deverá 
ultrapassar 300 °C conforme indicação no painel) com pressão de 2 kgf/cm² (30 psi) 
durante 3 dias (72 horas de operação) para realizar a secagem das paredes refratárias. 
Quando a caldeira possuir superaquecedor: Observar a funcionamento dos purgadores dos 
drenos do superaquecedor, em caso de falha de algum purgador, ou pouca condensação 
no superaquecedor, suas válvula by-pass deverão ser abertas para que haja fluxo de 
vapor/condensado no superaquecedor; 
b) Quando a caldeira

Continue navegando