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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP 
CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO 
ACADÊMICAS 
FABIANA CRISTINA SILVA BEZERRA, PRICILA ROBERTA MACIEL DOS SANTOS 
DA CRUZ, CLEIA CUNHA DA SILVA, MARIA DE LOUDES PINTO BEEK, JOSUE 
LOPES SANTOS, JULIANE GOMES DOS SANTOS, EVERTON DE SOUSA RIBEIRO, 
ANDREA SILVIA DO AMARAL VASCONCELOS 
 
 
 
 
 
 
 
FEMINICÍDIO 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM-PARÁ 
2020 
RESUMO 
Feminicídio significa a perseguição e morte intencional de pessoas do sexo feminino, 
classificado como um crime hediondo no Brasil. 
O feminicídio se configura quando é comprovada as causas do assassinato, devendo este ser 
exclusivamente por questões de gênero, ou seja, quando uma mulher é morta simplesmente por 
ser mulher. 
Alguns estudiosos do tema alegam que o termo feminicídio se originou a partir da expressão 
"generocídio", que significa o assassinato massivo de um determinado tipo de gênero sexual. 
De modo geral, o feminicídio pode ser considerado uma forma extrema de misoginia, ou seja, 
ódio e repulsa às mulheres ou contra tudo o que seja ligado ao feminino. 
Agressões físicas e psicológicas, como abuso ou assédio sexual, estupro, escravidão sexual, 
tortura, mutilação genital, negação de alimentos e maternidade, espancamentos, entre outras 
formas de violência que gerem a morte da mulher, podem configurar o feminicídio. 
O feminicídio pode ser classificado em três situações: 
Feminicídio íntimo: quando há uma relação de afeto ou de parentesco entre a vítima e o 
agressor; 
Feminicídio não íntimo: quando não há uma relação de afeto ou de parentesco entre a vítima e 
o agressor, mas o crime é caracterizado por haver violência ou abuso sexual; 
Feminicídio por conexão: quando uma mulher, na tentativa de intervir, é morta por um homem 
que desejava assassinar outra mulher; 
Palavra-chave: Feminicídio, Brasil, Assédio, Agressões, Morte, Mulheres, Crime. 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3 
2. A Violência Contra a Mulher no Brasil ....................................................................................... 5 
2.2. Entenda o que é o Feminicídio ................................................................................................. 6 
2.3. Antecedentes no Congresso Nacional: a CPMI de 1992, 2003 e 2013.................................... 6 
2.4. A CPMI de 2012. ..................................................................................................................... 7 
3. Dados em relação ao feminicídio nos anos de 2018 e 2019. ........................................................ 7 
4. Marco Normativo de Proteção às Mulheres .............................................................................. 10 
4.1. Marco Normativo Nacional ................................................................................................... 10 
5. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 14 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Superar a violência contra as mulheres é um dos maiores desafios impostos ao Estado 
brasileiro contemporaneamente. As diversas formas de violência – como a praticada no âmbito 
doméstico por parceiros íntimos ou familiares, a violência sexual, o tráfico de mulheres, a 
violência institucional, a violência contra mulheres com deficiência, a violência decorrente do 
racismo, a lesbofobia e o sexismo – e o feminicídio são violações aos direitos humanos das 
mulheres, incompatíveis com o Estado Democrático de Direito e com o avanço da cidadania, 
em boa parte patrocinado pelas conquistas do movimento feminista e de mulheres nos últimos 
séculos. 
No último pleito, o povo brasileiro elegeu, pela primeira vez, uma mulher para a Presidência 
da República, demonstrando maturidade ao reconhecer e respeitar o espaço social e político 
conquistado e ocupado pelas mulheres neste País, um reconhecimento que não é condizente 
com os altos índices de violência que as vitimam, com a ausência de políticas públicas eficazes 
para o enfrentamento dessa violência nem tampouco com a tolerância das instituições do 
sistema de justiça em relação a tal perversidade. 
A curva ascendente de feminicídios (o assassinato de mulheres pelo fato de serem 
mulheres), a permanência de altos padrões de violência contra mulheres e a tolerância estatal 
detectada tanto por pesquisas, estudos e relatórios nacionais e internacionais quanto pelos 
trabalhos desta CPMI estão a demonstrar a necessidade urgente de mudanças legais e culturais 
em nossa sociedade. Conforme mostra a pesquisa intitulada Mapa da Violência: Homicídios de 
Mulheres, mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil nos últimos trinta anos, 43 mil 
delas só na última década. 
É preciso dar um basta nas diversas manifestações de violência contra as mulheres, 
sobretudo em sua forma extrema: o assassinato. Também urge lembrar que, no Brasil, os 
assassinatos de mulheres são praticados, majoritariamente, por parceiros íntimos. Nesse 
contexto, ganha especial destaque a chamada Lei Maria da Penha, diploma legal destinado ao 
enfrentamento da violência doméstica e familiar que este Colegiada busca aprimorar 
pontualmente, a fim de garantir-lhe a máxima eficácia. 
4 
 
Importa considerar, ainda, no tocante ao feminicídio, a existência de recomendações 
internacionais para a sua tipificação, a exemplo daquelas inscritas no Relatório sobre Violência 
contra Mulheres, suas Causas e Consequências, assinado por Rashida Manjoo, assim como as 
Conclusões Acordadas da Comissão sobre o Status da Mulher, em sua 57ª Sessão, em 15 de 
março de 2013. Esses e outros instrumentos internacionais estão a exigir uma resposta 
legislativa contra tal fenômeno, motivo por que leva este Colegiado a apresentar um projeto de 
lei tipificando o feminicídio. 
Ademais, as políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres devem ser 
efetivamente assumidas pelos poderes públicos constituídos. Isso requer a criação de 
mecanismos políticos de empoderamento das mulheres autônomos e bem estruturados, a 
exemplo de Secretarias Estaduais e Municipais de Mulheres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. A Violência Contra a Mulher no Brasil 
 
2.1. O ciclo da Violência Doméstica 
 
A violência doméstica tem várias faces, a norte-americana Lenore Walker 
identificou que as agressões cometidas em um contexto conjugal ocorrem dentro de 
um contexto que é constantemente repetido. 
• Fase 1: Aumento da tensão 
O agressor se mostra tenso e irritado com coisas insignificantes, chegando a ter acesso 
de raiva. Ele também humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos. 
A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa 
“provocá-lo”. As sensações são muitas: tristeza, angústia, ansiedade, medo e desilusão são 
apenas algumas. 
Em geral, a vítima tende a negar que isso está acontecendo com ela, esconde os fatos das demais 
pessoas e, muitas vezes, acha que fez algo de errado para justificar o comportamento violento 
do agressor ou que “ele teve um dia ruim no trabalho”, por exemplo. Essa tensão pode durar 
dias ou anos, mas como ela aumenta cada vez mais, é muito provável que a situação levará à 
Fase 2. 
• Fase 2: Ato de Violência 
 
Esta fase é a qual ocorre à violência, a explosão do agressor. Aqui toda a fase 1 se 
materializa em violência, agressões físicas, verbais, psicológica e patrimonial. 
Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle e tem um poder 
destrutivo grande em relação à sua vida, o sentimento da mulher é de paralisia e impossibilidade 
de reação. Ela sofre tensão psicológica severa, sente medo, ódio,solidão, pena de si mesma, 
vergonha, confusão e dor. 
Nesse momento há um distanciamento do agressor – ela busca ajuda, resolve denunciar, 
esconder-se na cada de parentes, pedir a separação ou mesmo suicidar-se. 
• Fase 3 – Lua de Mel – Arrependimento e comportamento Carinhoso 
Esta fase caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para 
conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu 
relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Em outras palavras: 
ela renuncia a seus direitos e recursos, enquanto ele diz que “vai mudar”. 
Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e 
as mudanças de atitude, lembrando também os momentos bons que tiveram juntos. Como há a 
demonstração de remorso, ela se sente responsável por ele, o que estreita a relação de 
dependência entre vítima e agressor. 
Um misto de medo, confusão, culpa e ilusão fazem parte dos sentimentos da mulher. Por 
fim, a tensão volta e, com ela, as agressões da Fase 1. 
6 
 
2.2. Entenda o que é o Feminicídio 
Por dia, três mulheres são assassinadas, vítimas de feminicídio no Brasil. A cada dois 
segundos uma mulher é agredida no país. Quase 80% dos casos o autor é o atual ou o ex 
companheiro, que não se conforma com o fim do relacionamento. 
O feminicídio é o homicídio causado contra uma mulher pelo fato de ela ser mulher, ou de 
violência doméstica. 
Quando o assassinato de uma mulher é decorrente, por exemplo, por latrocínio (roubo 
seguido de morte), ou de uma briga com um desconhecido, ou é praticado por outra mulher, 
não é classificado como feminicídio. 
O crime é classificado como feminicídio em duas situações: 
• Violência doméstica ou familiar 
• Menosprezo ou discriminação contra a condição de mulher 
 
2.3. Antecedentes no Congresso Nacional: a CPMI de 1992, 2003 e 2013 
A investigação da violência contra mulheres já mereceu atenção do Congresso Nacional em 
outras oportunidades. Em 14 de março de 1992 foi instalada uma Comissão Parlamentar de 
Inquérito (CPI) para “investigar a questão da violência contra a mulher”, presidida pela 
Deputada Federal Sandra Starling e tendo como relatora a também Deputada Federal Etevalda 
Grassi de Menezes. Dentre suas principais conclusões destacam-se: a) inúmeras dificuldades 
no tocante ao levantamento de dados sobre os índices de violência solicitados às Delegacias da 
Mulher e às Comarcas; b) inexistência de uma nomenclatura unificada referente aos dados sobre 
violência contra a mulher; c) dados incompletos ou que chegaram tardiamente à CPI. A carência 
de informações foi considerada reveladora do descaso por parte das autoridades governamentais 
que não supriram as comarcas e as delegacias de recursos humanos e tecnológicos para fazer o 
levantamento necessário, conforme solicitado à época pela CPI. 
No que se refere aos homicídios, a CPMI de 1992 apontou dados alarmantes em Alagoas 
(24,8%), Espírito Santo (11,1%) e Pernambuco (13,2%). Uma das explicações para o caso de 
Alagoas foi a sua “estrutura oligárquica autoritária, verticalizada, discriminatória em que as 
relações sociais e afetivas operam a partir da desigualdade entre homens e mulheres, ricos e 
pobres, e se traduzem em relações de mando e obediência, favor e clientela, superior e inferior, 
agressor e vítima”. 
Em 2003, a CPMI da exploração sexual contra crianças e adolescentes presidida pela 
Senadora Patrícia Saboya, tendo como Relatora a Deputada federal Maria do Rosário, apontou 
7 
 
a grave violação aos direitos humanos das meninas e das adolescentes submetidas à exploração 
sexual. A violência e o abuso sexual são formas de negar a condição de sujeito a meninas e 
adolescentes femininas. 
Mais recentemente, em 2013, a CPI do Tráfico de Pessoas, do Senado Federal, Presidida 
pela Senadora Vanessa Grazziontin e tendo como Relatora a Senadora Lítice da Mata destacou 
a necessidade de mudanças na legislação atual de modo a proteger às mulheres do tráfico e 
punir os aliciadores e traficantes de mulheres. 
2.4. A CPMI de 2012. 
Passados 20 anos da realização da CPI da Violência Contra a Mulher e tendo em vista a 
crescente violência letal contra mulheres, o Congresso Nacional julgou pertinente a instalação 
de uma CPMI para investigar a atual situação da violência contra mulher. Por conseguinte, a 
CPMI nasce no contexto em que a mais grave forma de violência – o homicídio - aumentou nos 
últimos 30 anos. Conforme o Instituto Sangari, nos últimos 30 anos foram assassinadas no país 
perto de 91 mil mulheres, sendo que 43,5 mil só na última década. 
O número de mortes nesses trinta anos passou de 1.353 para 4.297, o que representa um 
aumento de 217,6%, mais que triplicando. Dentre os 84 países do mundo, o Brasil ocupa a 7ª 
posição com uma taxa de 4,4 homicídios, em 100 mil mulheres, atrás apenas El Salvador, 
Trinidad e Tobago, Guatemala, Rússia e Colômbia. 
3. Dados em relação ao feminicídio nos anos de 2018 e 2019. 
 
O Brasil teve um aumento de 7,3% no número de casos de feminicídio em 2019, em 
comparação com o ano de 2018. Foram 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres – 
média de uma mulher a cada 07 horas, segundo levantamento feito pelo G1 com base em dados 
oficiais dos 26 Estados e do Distrito Federal. 
Os Estados com a maior taxa de feminicídio são Acre e Alagoas, 2,5 a cada 100 mil. 
8 
 
 
 
 
Figura 1: G1 NEWS. 
 
Figura 2: G1 NEWS - Monitor da Violência – feminicídios. 
9 
 
 
 
3.1. Feminicídio por Região 
Abaixo os gráficos de feminicídio por região nos anos 2018 e 2019: 
 
 
 
 
 
 
-13 
10 
 
 
4. Marco Normativo de Proteção às Mulheres 
4.1. Marco Normativo Nacional 
 
A Constituição, em seu artigo 5º, elenca os direitos e garantias fundamentais de mulheres e 
homens, dentre os quais, o direito à vida, à igualdade, a não discriminação, à segurança e à 
propriedade. O inciso I do artigo 5º estabelece que homens e mulheres sejam iguais em direitos 
e obrigações, nos termos da Constituição. 
O artigo 226 estabelece que a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado 
e § 8 do mesmo dispositivo legal que “o Estado assegurará a assistência à família na pessoa de 
cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas 
relações.” 
No plano infraconstitucional, um novo paradigma legal foi criado com a Lei 11.340, de 
07/08/2016 (Lei Maria da Penha) a legislação específica de proteção à violência doméstica e 
familiar contra mulheres. 
A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra 
a mulher, dispõe sobre os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e 
estabelece uma série de medidas de proteção e assistência. 
A Lei assegura a todas as mulheres independentemente de classe, raça, etnia, orientação 
sexual, renda, cultura e nível educacional, idade e religião, o gozo dos direitos. 
Para a proteção dos direitos das mulheres, a Lei prevê medidas protetivas de urgência em 
favor da vítima e que obrigam o agressor, estabelece novas atribuições aos agentes públicos, 
cria medidas integradas de prevenção, de assistência e de repressão à violência. 
A integração institucional da política pública de prevenção prevista na Lei Maria da Penha 
envolve todos os entes federados, conforme disposto em seu artigo 8º: 
11 
 
A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher farse-
á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios e de ações não governamentais. 
 Da mesma forma, a política de assistência prevista no art. 9º da Lei 11.340/2006 
depende da ação articuladas dos poderes públicos nas três esferas administrativas e de poder. 
Ainda dentro da concepção de políticas integradas, a Lei dispõe, no art. 35, sobre a criação de 
centros de atendimentointegral e multidisciplinar, casas-abrigo, delegacias, núcleos de 
defensoria pública, serviços de saúde e médico-legal especializados no atendimento às 
mulheres em situação de violência doméstica e familiar, centros de educação e reabilitação para 
agressores e os juizados especializados de violência doméstica, no art. 29. 
Ademais, importante mencionar a decisão datada de 09.02.2012, o Supremo Tribunal 
Federal que pôs fim a controvérsias iniciais sobre a constitucionalidade da proteção exclusiva 
às mulheres, o afastamento dos institutos despenalizantes previstos na Lei 9.099/95 
(conciliação, transação penal e suspensão condicional do processo) e à incondicionalidade da 
ação nos casos de lesão corporal de natureza leve. 
Além disso, cite-se a Lei 10.778, de 24.11.2003 que estabelece a notificação 
compulsória da violência contra mulher que for atendida pelos serviços de saúde, públicos e 
privados. A Lei obrigada que todo e qualquer serviço de saúde notifique a violência, qualquer 
seja ela, praticada contra a mulher ocorrida no âmbito doméstico, familiar ou praticada por 
parceiro íntimo, convivente ou não, a perpetrada por qualquer pessoa e pelo Estado. 
O cumprimento desta legislação é fundamental para um diagnóstico mais preciso da 
magnitude da violência contra mulheres. 
A Lei nº 7.716/1989 que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor e 
a Lei n. 9.459/ 1997, que trata do crime de injúria, embora não sejam legislações específicas de 
violência contra mulheres, são importantes instrumentos para coibir a discriminação racial, 
muitas vezes na origem dos atos de violência racial. 
No dia 07/08/2019, o Ministério Público de Justiça e Segurança Pública, assinou, 
juntamente com outros 10 órgãos o Pacto pela Implementação de Políticas Públicas de 
Prevenção e Combate à Violência contra as Mulheres. O Pacto visa promover a articulação 
entre diversos atores do poder público, para desenvolver, de forma coordenada, ações concretas 
e efetivas de prevenção e combate a violência contra as mulheres. O lançamento e assinatura 
do Pacto aconteceram no dia em que a Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006) completa 13 
anos. 
Os pactuantes se comprometem a trabalhar para o aperfeiçoamento do marco normativo 
de proteção às mulheres em situação de violência, proposição de políticas de geração de renda 
para essas mulheres, bem como medidas preventivas da paz familiar, programas educativos de 
prevenção à violência contra a mulher e programas de ressocialização do agressor, elaboração 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13827.htm
12 
 
de protocolos de atendimento das vítimas para os agentes de segurança pública, políticas de 
combate ao tráfico internacional de mulheres e protocolos para atendimento das mulheres 
vítimas de violência no exterior. 
Para o ministro Sergio Moro, as políticas de proteção à mulher são necessárias não 
porque elas vulneráveis, mas porque são mais fortes. 
“As mulheres são melhores que os homens. O maior número de crimes violentos é cometido 
pelos homens e não pelas mulheres. O mundo está mudando e por conta dessa intimidação 
recorremos à violência para afirmar uma pretensa superioridade que não mais existe”. Moro 
lembrou ainda que o ato celebrado hoje é a consolidação de um processo iniciado há meses, no 
início do ano, em parceria com a bancada feminina no Congresso. 
Conforme o presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, 
Dias Toffoli, a assinatura do Pacto “proporciona um crescimento exponencial nos resultados 
positivos na conquista da paz e da liberdade das mulheres”. 
Toffoli afirmou que o Brasil representa a quinta maior taxa de feminicídio do mundo. 
“O retrato dessa crueldade pode assumir diferentes faces abrangendo o tráfico de pessoas, a 
violência doméstica, sexual, mutilação genital, o feminicídio e tantas outras manifestações de 
violência física, moral, psicológica, patrimonial e institucional. Não podemos aceitar que o ódio 
e a violência criem raízes em nossa sociedade”, salientou o ministro. 
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, falou sobre o 
sistema de notificações de crimes de violência contra a mulher e afirmou que hoje “não há nada 
para comemorar”. “No primeiro semestre de 2019, foram 42 mil notificações por meio do 
Disque 180. O combate à violência contra a mulher precisa ser visto de forma transversal. 
Iniciativas como essas caminham na direção de que a gente voltará, em breve, para comemorar 
a redução da violência. ” 
A secretária Nacional de Justiça, Maria Hilda Marsiaj Pinto, ressaltou a importância de 
ações integradas para promover o cuidado da saúde física e mental da mulher vítima de 
violência, bem como a criação de condições para que seja possível romper o ciclo de violência. 
“Isso passa pela promoção de oportunidades para a independência financeira da mulher, pela 
capacitação profissional, criação de vagas de emprego, fomento ao empreendedorismo, pelo 
13 
 
acolhimento da família e também por medidas de ressocialização do agressor”, finalizou a 
secretária, que ressaltou a educação, a mudança de cultura e o estímulo a métodos de solução 
de conflitos como fatores de condução à paz social. 
O combate à violência contra a mulher é um tema que perpassa articulação de órgãos de 
justiça, segurança pública, políticas para mulheres, saúde, educação e assistência social. Além 
do MJSP, assinam o Pacto o CNJ, os ministérios da Mulher, Família e Direitos Humanos, da 
Cidadania, das Relações Exteriores, a Procuradoria da Mulher no Senado Federal, a 
Procuradoria dos Direitos da Mulher na Câmara dos Deputados, o Conselho Nacional do 
Ministério Público, a Defensoria Pública, o Colégio Nacionais dos Defensores Públicos Gerais 
e o Conselho Nacional dos Chefes da Polícia Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A ONU Mulheres estima que, entre 2004 e 2009, 66 mil mulheres tenham sido assassinadas 
por ano no planeta em razão de serem mulheres. Segundo a Relatora Especial da ONU para a 
Violência contra as Mulheres, suas Causas e Consequências, Rashida Manjoo, a incidência 
desse tipo de crime está aumentando no mundo inteiro, sendo a impunidade a norma. Esse tipo 
de violência extrema não conhece fronteiras e manifesta-se, de diferentes formas, em todos os 
continentes do mundo. 
No Brasil, entre 2000 e 2010, 43,7 mil mulheres foram assassinadas, cerca de 41% delas 
mortas em suas próprias casas, muitas pelos companheiros ou ex-companheiros, com quem 
mantinham ou haviam mantido relações íntimas de afeto e confiança. Entre 1980 e 2010, dobrou 
o índice de assassinatos de mulheres no País, passando de 2,3 assassinatos por 100 mil mulheres 
para 4,6 assassinatos por 100 mil mulheres. Esse número coloca o Brasil na sétima colocação 
mundial em assassinatos de mulheres, figurando, assim, dentre os países mais violentos do 
mundo nesse aspecto. 
O assassinato de mulheres pela condição de serem mulheres é chamado de “feminicídio” – 
sendo também utilizados os termos “femicídio” ou “assassinato relacionado a gênero” - e se 
refere a um crime de ódio contra as mulheres, justificada socioculturalmente por uma história 
de dominação da mulher pelo homem e estimulada pela impunidade e indiferença da sociedade 
e do Estado. Conforme o Relato Temático sobre Femicídio da Relatora Especial Rashida 
Manjoo, “antes de configurar uma nova forma de violência, assassinatos relacionados a gênero 
são a manifestação extrema de formas existentes de violência contra as mulheres”. Tais 
assassinatos não são incidentes isolados que surgem repentina e inesperadamente, mas sim o 
ato último da violência contra as mulheres, experienciada como um contínuo de violência. 
O feminicídio é a instância última de controle da mulher pelo homem: o controle da vida e 
da morte. Ele se expressa como afirmação irrestritade posse, igualando a mulher a um objeto, 
quando cometido por parceiro ou ex-parceiro; como subjugação da intimidade e da sexualidade 
da mulher, por meio da violência sexual associada ao assassinato; como destruição da 
identidade da mulher, pela mutilação ou desfiguração de seu corpo; como aviltamento da 
dignidade da mulher, submetendo-a a tortura ou a tratamento cruel ou degradante. 
Tivemos em nosso País um grande avanço no combate à impunidade e à violência contra a 
mulher com a edição da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 2006). Com a promulgação 
dessa lei, o Estado brasileiro confirmou seus compromissos internacionais e constitucionais de 
enfrentar todo o tipo de discriminação de gênero e de garantir que todos, homens e mulheres, 
que estejam em seu território, gozem plenamente de seus direitos humanos, que naturalmente 
incluem o direito à integridade física e o direito à vida. A lei deve ser vista, no entanto, como 
um ponto de partida, e não de chegada, na luta pela igualdade de gênero e pela universalização 
dos direitos humanos. Uma das continuações necessárias dessa trajetória é o combate ao 
feminicídio. 
15 
 
Como apontado pelo Secretário Geral da ONU, “a impunidade da violência contra as 
mulheres compõe o efeito dessa mesma violência como um mecanismo de controle. Quando o 
Estado falha em responsabilizar os perpetradores, a impunidade não apenas intensifica a 
subordinação e impotência dos alvos da violência, mas também manda uma poderosa 
mensagem à sociedade de que a violência dos homens contra as mulheres é simultâneamente 
aceitável e inevitável. Como resultado, padrões de comportamento violento são considerados 
normais”. 
A discussão sobre a tipificação penal do feminicídio como forma de combate à impunidade 
surge especificamente na América Latina, com base nos assassinatos de mulheres em Ciudad 
Juarez, no Estado de Chiuahua, no México, cuja continuidade e impunidade atraíram atenção 
internacional, especialmente a partir do início dos anos 2000. Após intensa movimentação 
doméstica e internacional, em 2009, a Corte Interamericana de Direitos Humanos reconheceu 
que o Estado mexicano tinha responsabilidade pelos assassinatos e pela primeira vez um 
tribunal internacional utilizou o termo feminicídio. Em 2007 o Estado do México adotou em 
legislação nacional uma definição de “violência feminicida” e que serviu de base para vários 
estados mexicanos tipificarem o crime de feminicídio. O México foi seguido por outros Estados 
latino-americanos, como Guatemala, Chile, El Salvador, Peru, Nicarágua e Argentina, que 
incluíram em suas legislações o tipo penal específico de feminicídio. Nas Conclusões 
Acordadas da 57a Sessão da Comissão sobre o Status da Mulher da ONU, texto aprovado em 
15 de março de 2013, aparece pela primeira vez em documento internacional acordado 
(aprovado pelos países membros da Comissão) o termo feminicídio, com uma recomendação 
expressa aos países membros para “reforçar a legislação nacional, onde apropriado, para punir 
assassinatos violentos de mulheres e meninas relacionados a gênero (gender-related) e integrar 
mecanismos ou políticas específicos para prevenir, investigar e erradicar essas deploráveis 
formas de violência de gênero”. Durante a mesma Sessão, a Diretora do ONU Mulheres e ex-
Presidente do Chile, Michele Bachelet, exortou os países que ainda não o fizeram a tipificarem 
o crime de feminicídio como ferramenta indispensável de enfrentamento a essa forma de 
violência extrema. Em abril de 2013, foi aprovado pela Comissão de Prevenção ao Crime e 
Justiça Criminal do Escritório da ONU para Drogas e Crime, projeto de resolução para ser 
recomendado para adoção pela Assembleia Geral da ONU e que exorta os países a tomar ação 
contra o femicídio. 
Outra ação internacional recente e importante é a criação de um Protocolo para a 
Investigação de Assassinatos Violentos Relacionados a Gênero de Mulheres/Femicídio para a 
América Latina, com o apoio da ONU Mulheres, da Alta Comissária de Direitos Humanos da 
ONU, da Federação de Associações de Direitos Humanos e do Governo da Espanha. O objetivo 
do protocolo é criar diretrizes para a investigação efetiva de mortes de mulheres, usando o 
conceito de feminicídio, e garantir que os Estados cumpram seus deveres internacionais em 
relação à garantia do direito à vida e à dignidade humana para todas e todos, conforme expresso 
em múltiplos diplomas internacionais, dos quais o Brasil, felizmente, é parte. 
A importância de tipificar o feminicídio é reconhecer, na forma da lei, que mulheres estão 
sendo mortas pela razão de serem mulheres, expondo a fratura da desigualdade de gênero que 
persiste em nossa sociedade, e é social, por combater a impunidade, evitando que feminicidas 
16 
 
sejam beneficiados por interpretações jurídicas anacrônicas e moralmente inaceitáveis, como o 
de terem cometido “crime passional”. Envia, outrossim, mensagem positiva à sociedade de que 
o direito à vida é universal e de que não haverá impunidade. Protege, ainda, a dignidade da 
vítima, ao obstar de antemão as estratégias de se desqualificarem, midiaticamente, a condição 
de mulheres brutalmente assassinadas, atribuindo a elas a responsabilidade pelo crime de que 
foram vítimas. Em vista do exposto, propõe-se a alteração do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940, Código Penal Brasileiro, para inserir uma forma qualificada de homicídio, 
denominada feminicídio, delineando-se suas características principais. Vale ressaltar que tais 
características podem constituir crimes autônomos, e que a aplicação da pena do feminicídio 
não exclui, em hipótese alguma, a aplicação das penas relacionadas aos demais crimes, a 
exemplo do estupro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
17 
 
DOSSSIÊ VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES, Disponível em:< 
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/violencias/feminicidio/>.Acesso em: 25 
de Abril de 2020 às 19h:54min. 
COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUÉRITO SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA A 
MULHER, Disponível em:< https://assets-compromissoeatitude-
ipg.sfo2.digitaloceanspaces.com/2013/07/CPMI_RelatorioFinal_julho2013.pdf>.Acesso em: 
25 de Abril de 2020 às 20h:00min. 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGUNRANÇA PÚBLICA GOVERNO FEDERAL, 
Disponível em:< https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-1565190599.85>. 
Acesso em: 02 de Maio de 2020 às 18h22min. 
FOLHA DE SÃO PAULO, Disponível em:< 
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/02/feminicidio-cresce-no-brasil-e-explode-em-
alguns-estados.shtml>. Acesso em: 02 de Maio de 2020 às 18h24min. 
CATRACA LIVRE, Disponível em:< https://catracalivre.com.br/cidadania/brasil-registra-um-
caso-de-feminicidio-a-cada-7-horas/>. Acesso em: 02 de Maio de 2020 às 18h25min. 
CORREIO BRAZILIENSE, Disponível 
em:<https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2020/01/01/interna-
brasil,817587/em-tres-anos-3-200-mulheres-foram-vitimas-de-feminicidio-no-brasil.shtml>. 
Acesso em: 02 de Maio de 2020 às 18h28min. 
G1 GLOBO, Disponível em:< https://g1.globo.com/monitor-da-
violencia/noticia/2020/03/05/mesmo-com-queda-recorde-de-mortes-de-mulheres-brasil-tem-
alta-no-numero-de-feminicidios-em-2019.ghtml>. Acesso em: 02 de Maio de 2020 às 
18h31min. 
INSTITUTO MARIA DA PENHA, Disponível 
em:<http://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/ciclo-da-violencia.html>. 
Acesso em: 02 de Maio de 2020 às 18h 
 
 
 
https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-1565190599.85
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/02/feminicidio-cresce-no-brasil-e-explode-em-alguns-estados.shtml
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https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2020/01/01/interna-brasil,817587/em-tres-anos-3-200-mulheres-foram-vitimas-de-feminicidio-no-brasil.shtml
https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/03/05/mesmo-com-queda-recorde-de-mortes-de-mulheres-brasil-tem-alta-no-numero-de-feminicidios-em-2019.ghtml
https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/03/05/mesmo-com-queda-recorde-de-mortes-de-mulheres-brasil-tem-alta-no-numero-de-feminicidios-em-2019.ghtml
https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/03/05/mesmo-com-queda-recorde-de-mortes-de-mulheres-brasil-tem-alta-no-numero-de-feminicidios-em-2019.ghtml
http://www.institutomariadapenha.org.br/violencia-domestica/ciclo-da-violencia.html
	1. INTRODUÇÃO
	2. A Violência Contra a Mulher no Brasil
	2.2. Entenda o que é o Feminicídio
	2.3. Antecedentes no Congresso Nacional: a CPMI de 1992, 2003 e 2013
	2.4. A CPMI de 2012.
	3. Dados em relação ao feminicídio nos anos de 2018 e 2019.
	4. Marco Normativo de Proteção às Mulheres
	4.1. Marco Normativo Nacional
	5. CONCLUSÃO
	6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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