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Sistema Muscular - Moore

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ANATOMIA
SISTEMA MUSCULAR Pág.72
O sistema muscular é formado por todos os músculos do corpo. Os músculos esqueléticos voluntários constituem a grande maioria dos músculos. Todos os músculos esqueléticos são formados por um tipo específico de tecido muscular. No entanto, outros tipos de tecido muscular formam alguns músculos (p. ex., os músculos ciliar e detrusor, além dos músculos eretores dos pelos) e importantes componentes dos órgãos de outros sistemas, aí estão incluídos os sistemas circulatórios, digestório, genital, urinário, tegumentar e visual.
Músculo detrusor é o músculo liso da parede da bexiga urinaria. Durante a micção ele se contrai pra expulsar a urina da bexiga 
Movimentos involuntários por ex: batimentos cardíacos, movimentos peristálticos (intestinais). 
Movimentos voluntários são aqueles que precisam de estímulos pra acontecer ex: mover o braço .
MÚSCULO ESQUELETICO Pág.82 
Todos os músculos esqueléticos, em geral chamados apenas de “músculos”, têm porções carnosas, avermelhadas e contráteis (uma ou mais cabeças ou ventres) formadas por músculo esquelético estriado. Alguns músculos são carnosos em toda a sua extensão, mas a maioria também tem porções brancas não contráteis (tendões), compostas principalmente de feixes colágenos organizados, que garantem um meio de inserção.
Os músculos são classificados em estriados esqueléticos, estriados cardíacos ou lisos.
1-O músculo estriado esquelético é o músculo somático voluntário que forma os músculos esqueléticos que compõem o sistema muscular, movendo ou estabilizando ossos e outras estruturas (p. ex., os bulbos dos olhos) onde controla a espessura da lente e o tamanho da pupila.
♦ Os músculos esqueléticos são ainda classificados, de acordo com seu formato, em planos, peniformes, fusiformes, quadrados, circulares ou esfincterianos, e com múltiplas cabeças ou múltiplos ventres.
♦ O músculo esquelético atua contraindo, permitindo movimentos automáticos (reflexos), mantendo o tônus muscular (contração tônica) e proporcionando a contração fásica (ativa) com ou sem modificação do comprimento muscular (isotônica e isométrica, respectivamente). ♦ Os movimentos isotônicos são concêntricos (ocasionam movimento por encurtamento) ou excêntricos (permitem movimento por relaxamento controlado). 
♦Os músculos agonistas são os principais responsáveis por movimentos específicos. 
♦ Os fixadores “estabilizam” uma parte de um membro enquanto outra parte se movimenta. 
♦ Os sinergistas potencializam a ação dos agonistas. 
♦ Os antagonistas se opõem às ações de outro músculo.
 Três tipos musculares 
*Músculo estriado esquelético, que movimenta ossos e outras estruturas (p. ex., os bulbos dos olhos);
*Músculo estriado cardíaco, que forma a maior parte das paredes do coração e partes adjacentes dos grandes vasos;
*Músculo liso, que forma parte das paredes da maioria dos vasos e órgãos ocos ( como estomago, ouvido, nariz, pulmão, boca...) movimenta substâncias dentro das vísceras, como o intestino, e controla o movimento através dos vasos sanguíneos.
CLASSIFICAÇÃO :
Músculo estriado cardíaco
O músculo estriado cardíaco é um músculo visceral involuntário que forma a maior parte das paredes do coração e partes adjacentes dos grandes vasos, como a aorta, e bombeia o sangue.
O músculo estriado cardíaco forma a parede muscular do coração, o miocárdio. Também há músculo cardíaco presente nas paredes da aorta, veias pulmonares e veia cava superior. 
As contrações do músculo estriado cardíaco não são controladas voluntariamente. A frequência cardíaca é controlada intrinsecamente por um marca-passo, um sistema condutor de impulso formado por fibras musculares cardíacas especializadas que, por sua vez, são influenciadas pela divisão autônoma do sistema nervoso (DASN) (analisada adiante, neste capítulo). 
O músculo estriado cardíaco tem aparência estriada nítida ao exame microscópico. Os dois tipos de músculo estriado — esquelético e cardíaco — são ainda caracterizados pelo caráter imediato, rapidez e força de suas contrações. 
Nota: Embora a característica se aplique tanto ao músculo estriado esquelético quanto ao cardíaco, no uso comum o termo estriado é usado para designar o músculo estriado esquelético voluntário.
O músculo estriado cardíaco é diferente do músculo estriado esquelético em sua localização,
aparência, tipo de atividade e meios de estimulação. Para manter o nível contínuo de elevada atividade, a irrigação sanguínea do músculo estriado cardíaco é duas vezes maior que a do músculo estriado esquelético.
Músculo liso
O músculo liso (músculo não estriado) é o músculo visceral involuntário que forma parte das paredes da maioria dos vasos sanguíneos e órgãos ocos (vísceras), deslocando substâncias através deles por meio de contrações sequenciais coordenadas (pulsações ou contrações peristálticas). 
O músculo liso, assim denominado pela ausência de estriações das fibras musculares ao exame microscópico, forma uma grande parte da camada intermediária (túnica média) das paredes dos vasos sanguíneos (acima do nível de capilares). Consequentemente, ocorre em todo o tecido vascularizado. Também constitui a parte muscular das paredes do sistema digestório e dos ductos. O músculo liso é encontrado na pele, formando o músculo eretor do pelo associado aos folículos pilosos, e no bulbo do olho, onde controla a espessura da lente e o tamanho da pupila.
Como o músculo estriado cardíaco, o músculo liso é um músculo involuntário; entretanto, é diretamente inervado pela divisão autônoma do sistema nervoso (DASN). Sua contração também pode ser iniciada por estimulação hormonal ou por estímulos locais, como o estiramento. O músculo liso responde mais devagar do que o músculo estriado e com uma contração tardia e mais suave. Pode sofrer contração parcial durante longos períodos e tem capacidade muito maior do que o músculo estriado de alongar sem sofrer lesão paralisante. Esses dois fatores são importantes no controle do tamanho dos esfíncteres e do calibre do lúmen (espaço interior) das estruturas tubulares (p. ex., vasos sanguíneos ou intestinos). Nas paredes do sistema digestório, das tubas uterinas e dos ureteres, as células musculares lisas são responsáveis pela peristalse, conjunto de contrações rítmicas que impulsionam o conteúdo ao longo dessas estruturas tubulares.
A fáscia é uma membrana do tecido conjuntivo que envolve os músculos, ossos, nervos e vasos sanguíneos
 
	Tipo de músculo
	Localização
	Aparência das
células
	Tipo de atividade
	Estimulação
	
MUSCULO ESTRIADO 
ESQUELETICO
	Forma músculos
grandes (p. ex.,
bíceps braquial)
fixados ao esqueleto e
à fáscia dos
membros, parede do
corpo e cabeça/pescoço
	Fibras cilíndricas
grandes, muito
longas, não
ramificadas com
estriações transversais
dispostas em feixes
paralelos; múltiplos núcleos periféricos
	Contração intermitente (fásica) acima de um tônus basal; sua principal ação é produzir movimento (contração isotônica)
por meio do encurtamento (contração concêntrica) ou do relaxamento controlado(contração excêntrica), ou manter a posição
contra a gravidade ou outra força de resistência sem movimento (contração isométrica)
	Voluntária (ou
reflexa) pela divisão
somática do sistema
nervoso
	
MUSCULO ESTRIADO CARDIACO 
	Músculo do coração
(miocárdio) e partes
adjacentes dos
grandes vasos (aorta,
veia cava)
	Fibras mais curtas
que se ramificam e
anastomosam, com
estriações transversas
paralelas e conexão
terminoterminal por
junções complexas
(discos intercalados);
núcleo único e central
	Contração rítmica
contínua, rápida,
forte; bombeia o
sangue do coração
	Involuntária;
estimulação e
propagação
intrínsecas
(miogênicas); a
velocidade e a força
de contração são
modificadas pela
divisão autônoma do
sistema nervoso
	
MUSCULO LISO 
	Paredes das vísceras ocas e vasos sanguíneos, íris e
corpo ciliar do olho; fixado aos folículos pilosos da pele (músculo eretor do pelo)
	Fibras fusiformes
pequenas, isoladas ou aglomeradas, sem estriações; núcleo único, central
	Contração fraca,
lenta, rítmicaou
tônica mantida; sua
principal ação é impulsionar substâncias
(peristalse) e
restringir o fluxo
(vasoconstrição e
Atividade esfincteriana)
	
Involuntária pela divisão autônoma do sistema nervoso
Plano- apresenta fibras musculas paralelas, ex: músculo oblíquo externo do abdômen (auxiliam no processo de defecação), músculo sartório. (Músculo responsável pelo cruzamento dos membros inferiores.
Triangular- formato de triangulo, ex: músculo peitoral.
Fusiforme- formato de fuso, ex: bíceps braquial, bíceps femural.
Peniforme- tem o formato de penas, exemplo de semipeniforme: extensor longo dos dedos, exemplo de Peniforme: reto femural, exemplo de multipeniforme: deltoide.
Circular ou esfincteriano- estão ao redor de uma cavidade, ex; músculo orbicular dos olhos, músculo orbicular da boca. 
CONTRAÇÃO MÚSCULAR 
Contração reflexa. 
Embora os músculos esqueléticos também sejam denominados músculos voluntários, alguns
aspectos da sua atividade são automáticos (reflexos) e, portanto, não são controlados pela vontade. Os exemplos são os movimentos respiratórios do diafragma, controlados na maioria das vezes por reflexos estimulados pelos níveis sanguíneos de oxigênio e dióxido de carbono (embora possa haver controle voluntário dentro de limites), e o reflexo miotático, que resulta em movimento após alongamento muscular produzido pela percussão de um tendão com um martelo de reflexo.
Contração tônica. 
Mesmo quando estão “relaxados” os músculos de um indivíduo consciente estão quase sempre levemente contraídos. Essa leve contração, denominada tônus muscular, não produz movimento nem resistência ativa (como o faz a contração fásica), mas confere ao músculo certa firmeza, ajudando na estabilidade das articulações e na manutenção da postura, enquanto mantém o músculo pronto para responder a estímulos apropriados. Geralmente o tônus muscular só está ausente quando a pessoa está inconsciente (como durante o sono profundo ou sob anestesia geral) ou após uma lesão nervosa que acarrete paralisia.
Contração fásica. 
Existem dois tipos principais de contrações musculares fásicas (ativas): 
(1) contrações isotônicas, nas quais o músculo muda de comprimento em relação à produção de movimento.
(2) contrações isométricas, nas quais o comprimento do músculo permanece igual — não há movimento, mas a força (tensão muscular) aumenta acima dos níveis tônicos para resistir à gravidade ou a outra força antagônica. O segundo tipo de contração é importante para manter a postura vertical e quando os músculos atuam como fixadores ou sustentadores, conforme descrição adiante.
Existem dois tipos de contrações isotônicas.
O tipo no qual pensamos com maior frequência é a contração concêntrica, na qual o movimento decorre do encurtamento muscular—por exemplo, ao levantar uma xícara, empurrar uma porta ou dar um soco. Normalmente, é a capacidade de aplicar força excepcional por meio da contração concêntrica que distingue um atleta de um amador. 
O outro tipo de contração isotônica é a contração excêntrica, na qual um músculo se alonga ao contrair — isto é, sofre relaxamento controlado e gradual enquanto exerce força (reduzida) contínua, como ao desenrolar uma corda.
Embora não sejam tão conhecidas, as contrações excêntricas são tão importantes quanto as contrações concêntricas para os movimentos coordenados e funcionais como caminhar, correr e depositar objetos no chão ou sentar-se.
Contrações isométricas e isotônicas. 
A contração isométrica mantém a posição de uma articulação sem produzir movimento. 
As contrações concêntricas e excêntricas são contrações isotônicas nas quais o comprimento do músculo se modifica: contrações concêntricas por encurtamento e contrações excêntricas por alongamento controlado ativamente (relaxamento).
Muitas vezes, quando o principal músculo associado a determinado movimento (o agonista) está sofrendo uma contração concêntrica, seu antagonista está sofrendo uma contração excêntrica coordenada. Ao caminhar, há contração concêntrica para levar o centro de gravidade para a frente e depois, quando este passa na frente do membro, há contração excêntrica para evitar que a pessoa cambaleie durante a transferência de peso para a outra perna. As contrações excêntricas exigem menos energia metabólica com a mesma carga mas, com uma contração máxima, são capazes de gerar níveis de tensão muito maiores do que as contrações concêntricas — até 50% maiores (Marieb, 2004).
Enquanto a unidade estrutural de um músculo é a fibra de músculo estriado esquelético, a unidade funcional de um músculo é a unidade motora, formada por um neurônio motor e pela fibra muscular que ele controla. Quando um neurônio motor na medula espinal é estimulado, inicia um impulso que causa a contração simultânea de todas as fibras musculares supridas por aquela unidade motora. O número de fibras musculares em uma unidade motora varia de uma a várias centenas. 
O número de fibras varia de acordo com o tamanho e a função do músculo. 
As grandes unidades motoras, nas quais um neurônio supre várias centenas de fibras musculares, estão nos grandes músculos do tronco e da coxa. 
Nos pequenos músculos dos olhos e das mãos, onde são necessários movimentos de precisão, as unidades motoras incluem apenas algumas fibras musculares. O movimento (contração fásica) resulta da ativação de um número crescente de unidades motoras, acima do nível necessário para manter o tônus.
ASSOALHO PÉLVICO
O assoalho pélvico é formado pelo diafragma da pelve, em forma de tigela ou funil, que consiste nos músculos isquiococcígeo e levantador do ânus e nas fáscias que recobrem as faces superior e inferior desses músculos. O diafragma da pelve situa-se na pelve menor, separando a cavidade pélvica do períneo, ao qual serve como teto.
A fixação do diafragma à fáscia obturatória divide o músculo obturador interno em uma porção pélvica superior e uma porção perineal. Situados medialmente às partes pélvicas dos músculos obturadores internos estão os nervos e vasos obturatórios e outros ramos dos vasos ilíacos internos.
· Os músculos isquiococcígeos originam-se nas faces laterais da parte inferior do sacro e cóccix, suas fibras carnosas situam-se sobre a face profunda do ligamento sacroespinal e se fixam a ela. 
· O músculo levantador do ânus (uma lâmina muscular larga) é a parte maior e mais importante do assoalho pélvico. Está fixado aos corpos dos púbis anteriormente, às espinhas isquiáticas posteriormente, e a um espessamento na fáscia obturatória (o arco tendíneo do músculo levantador do ânus) entre os dois pontos ósseos de cada lado. Assim, o diafragma da pelve estende-se entre as paredes anterior, lateral e posterior da pelve menor, conferindo-lhe a
aparência de uma rede suspensa por essas fixações, fechando grande parte do anel do cíngulo do membro inferior. Uma abertura anterior entre as margens mediais dos músculos levantadores do ânus de cada lado — o hiato urogenital — dá passagem à uretra e, nas mulheres, à vagina.
O músculo levantador do ânus tem três partes, em geral mal demarcadas, mas denominadas de acordo com as fixações e o trajeto das fibras:
· Puborretal: a parte medial, mais estreita e mais espessa do músculo levantador do ânus, que consiste em fibras musculares contínuas entre as faces posteriores dos corpos dos púbis direito e esquerdo. Forma uma alça muscular em formato de U (alça puborretal) que passa posteriormente à junção anorretal e delimita o hiato urogenital. Essa parte tem um papel importante na manutenção da continência fecal.
· Pubococcígeo: a parte intermediária mais larga, porém menos espessa, do músculo levantador do ânus, com origem lateral ao músculo puborretal, a partir da face posterior do corpo do púbis e arco tendíneo anterior. Segue posteriormente em um plano quase horizontal; suas fibras laterais fixam-se ao cóccix e suas fibras mediais fundem-se às do músculo contralateral para formar uma rafe fibrosa ou lâmina tendínea, parte do corpo anococcígeo entre o ânus e o cóccix (muitas vezes denominada clinicamente como “placado músculo levantador do ânus”). Alças musculares mais curtas do músculo pubococcígeo que se estendem medialmente e se fundem à fáscia ao redor de estruturas na linha mediana são denominadas de acordo com a estrutura próxima de seu término: pubovaginal (mulheres), puboprostático (homens), puboperineal e puboanal.
Quais os principais músculos de interesse da Enfermagem para aplicação de vacinas e medicamentos em membros superiores e inferiores
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