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ADI - AULA 7

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº. (XXX), com sede na Rua( endereço completo), representada por seu presidente..., vem por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa (procuração anexada), na qual informa o endereço que recebe citações, intimações (art. 39, I, do CPC), vêm perante Vossa Excelência amparado no art. 102, I, “a”, e art. 103, IX, da CF, bem como dos arts. 1º a 12 da Lei n. 9.868/99, propor.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR
pelo rito especial (Lei 9868/99) em face da norma... editada pelo ESTADO KWY e ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ESTADUAL, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:
I – LEGITIMIDADE ATIVA
O autor da presente ação é a Confederação Nacional do Comércio, e desse modo, nos termos do art. 103, IX, CRFB e art. 2.º, IX, da Lei 9.868/1999 é parte legítima para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, sendo considerada legitimada especial, motivo que justifica a propositura da presente ação e preenche o requisito da pertinência temática, uma vez que a norma questionada causa lesão aos seus associados.
II – DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
Em relação a legitimidade passiva da ação direta de inconstitucionalidade, esta é do GOVERNADOR DO ESTADO e da ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ESTADUAL que criaram a norma estadual inconstitucional.
III – FORO COMPETENTE
O art. 102, I, alínea “a” da Constituição Federal de 1988 estabelece que:
“Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (…)”.
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Supremo Tribunal Federal.
IV – DOS FATOS
O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers.
A referida norma estabeleceu também a imposição de multas pelo descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo.
No entanto, resta evidente que tal norma viola expressamente o que é preconizado pela Constituição Federal, a matéria em comento é reservada a competência privativa da União, razão pela qual não resta outra alternativa aos estabelecimentos a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade através da entidade que lhes representa, qual seja Confederação Nacional do Comércio.
IV – DOS FUNDAMENTOS
A. DA COMPETÊNCIA DO ORGÃO JULGADOR 
Inicialmente cabe aqui informar que o art. 102, I, alínea “a”, da CRFB/88 estabelece que compete ao STF, precipuamente a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originalmente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Portanto, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do STF. 
B. DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA 
No artigo 103, IX, da CRFB/88, está descrito o rol dos legitimados para propor uma ação direta de inconstitucionalidade, dentre os quais, verificam-se as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. Em conformidade o art. 2º, IX, da Lei 9.868/99 diz sobre o que fora descrito no mesmo sentido. 
Faz-se necessária comprovação da pertinência temática como requisito para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade. Em razão disso, a CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE COMÉRCIO possui interesse na presente ação, por ser extremamente afetada pela norma que deu finalidade à propositura da presente ação. 
Resta salientar que o art. 5º, inc. XXII, da CF garante o direito de propriedade. E a propriedade, por ser um direito real pleno e exclusivo, admite que o seu titular estabeleça as condições para que a coisa possa ser desfrutada por parte de terceiros. Sendo assim, do mesmo modo que o proprietário do apartamento locado está autorizado a cobrar aluguéis do inquilino, também o empresário tem o direito de exigir dos seus clientes o pagamento de uma certa quantia pelo uso do estacionamento.
C. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL/MATERIAL 
Há inconstitucionalidade formal, pois apenas lei federal poderia tratar do tema cobrança de estacionamento em estabelecimentos privados. É competência privativa da União para legislar sobre direito civil (artigo 22, I, CRFB).
Percebe-se também que existe inconstitucionalidade material, pois há violação dos direitos de usar, gozar e fruir da propriedade privada, bem como da livre iniciativa assegurados na Constituição Federal vigente (art. 1º, IV, art. 5º, XXII e art. 170, “caput”, e inciso II, todos da CRFB).
Assim, há a violação da competência legislativa para o Direito Civil privativa da União Federal, pelo Congresso Nacional (CRFB, art. 22, I), e também ocorre desrespeito ao direito de propriedade assegurado constitucionalmente (CRFB, art. 5º, XXII).
Maria Helena Diniz conceitua a propriedade como um:
“direito que a pessoa física ou jurídica tem, dentro dos limites normativos, de usar, gozar, dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha”.
Por outro lado, reza o art. 22, inc. I, da CF, que compete privativamente à União legislar sobre direito civil. E o contrato de estacionamento, que envolve características de depósito, locação e prestação de serviço, é um instituto típico de direito civil, a impedir, consequentemente, possa ter seus efeitos regulamentados através de lei estadual. Assim exigir que tais vagas permaneçam compulsoriamente vinculadas a um regime de gratuidade é flagrantemente inconstitucional. É o entendimento Jurisprudencial:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ESTADUAL. ESTACIONAMENTO EM LOCAIS PRIVADOS. COBRANÇA. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA AO ART. 22, I DA CONSTITUIÇÃO. Esta Corte, em diversas ocasiões, firmou entendimento no sentido de que invade a competência da União para legislar sobre direito civil (art. 22, I da CF/88) a norma estadual que veda a cobrança de qualquer quantia ao usuário pela utilização de estabelecimento em local privado (ADI 1.918, rel. min. Maurício Corrêa; ADI 2.448, rel. Min. Sydney Sanches; ADI 1.472, rel. Min. Ilmar Galvão). Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.”
D. DA CONCESSÃO DA SEGURANÇA LIMINARMENTE
A segurança deve ser concedida liminarmente, haja vista os fundamentos relevantes presentes e as provas pré-constituídas colacionadas aos autos, presente o requisito do fomus boni iuris.
Existe também o perigo na demora do julgamento, podendo ocorrer a ineficácia da medida, haja vista que o julgamento o writ poderá ocorrer após a realização do concurso, o que impossibilitaria a participação do impetrante no certame.
Portanto, tendo em vista o relevante fundamento, bem como o risco de ineficácia da medida requer a concessão da segurança liminarmente, nos termos do artigo 7º, III da lei 12.016 de 2009
E. DA MEDIDA CAUTELAR 
É cediça, no caso em tela, a possibilidade de Medida Cautelar nos termos do art. 102, I, “p” da Carta Magna, corroborada pelos artigos 10 e 12 da Lei n. 9.868/99, por serem identificáveis os requisitos do fumus boni juris e do periculum in mora. O requisito do fumus boni juris fica patente na violação do texto constitucional, quanto a livre iniciativa, propriedade privada e livre concorrência. Além de ferir a competência da União no que diz respeito ao art. 22, I, da CRFB/88. E, quanto ao periculum in mora, poderemos verificar o cumprimento de tal requisito na possibilidade identificada de dano irreparável ao reclamante, em face darelevância da matéria e segurança jurídica, evitando, desta forma, danos e prejuízos advindos da norma ora vigente, de acordo com o art. 12 da Lei n. 9.868/99. 
V - PEDIDO
Diante do exposto, requer à Vossa Excelência:
A. A concessão da medida cautelar para suspender ato normativo nº. Editado pelo ESTADO KWY, até a sentença definitiva com fulcro nos artigos 10 a 12 da Lei nº 9.868/99.
B. A notificação da autoridade coatora, na pessoa do Governador do ESTADO KWY, para prestar informações no prazo legal, com fulcro no art. 6º da Lei nº 9.868/99.
C. Oitiva do advogado geral da união A intimação do Procurador-Geral da República para que se manifeste no prazo de quinze dias, conforme o art. 8º da Lei nº 9.868/99.
D. A cientificação do feito aos órgãos pelo qual a autoridade coatora faz parte;
E. A intimação do Advogado-Geral da União para prestar informações no prazo de quinze dias, em consonância com o art. 8º da Lei nº 9.868/99.
F. A procedência do pedido com a declaração de inconstitucionalidade da norma n. Xx, com efeito EX TUNC, erga omnes e vinculante.
G. A intimação do Ministério Público para que, querendo, manifeste-se em 10 dias;
H. Ao final seja o mandado de segurança julgado procedente, tornando definitiva a liminar ora concedida;
I. Que as intimações sejam dirigidas ao advogado..., no endereço... art. 39, I
J. A prioridade na tramitação do feito, conforme artigo 20 da Lei 12.016 de 2009.
L. Procedência do pedido, com a ratificação do pedido cautelar para que seja declarada a inconstitucionalidade com efeitos “erga omnes”. 
VI – DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do artigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental. 
VII – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), conforme artigo 291 do CPC/2015.
Termos em que, pede deferimento.
ADVOGADO...
OAB...

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