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Projeto-Político-Pedagógico-FABRAS (1)

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Projeto Político 
Pedagógico 
 
 02 
 
 
 
1. Projeto 4 
Definição 4 
O gerenciamento de projetos 5 
 
2. O Fortalecimento da Gestão Escolar 8 
Autonomia 8 
Democracia 9 
Participação 11 
 
3. O Projeto Político Pedagógico 15 
Conceito de Projeto Pedagógico 16 
Como Construir o Diagnóstico da Realidade 16 
Levantando os Dados para o Diagnóstico 18 
Os Marcos Referenciais 19 
 
4. O PPP e a Organização Curricular – Desafios 
de um novo Modelo 24 
Glossário Básico para PPPE 25 
 
5. Referências Bibliográficas 30 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
1. Projeto 
 
 
FONTE: Trust Radius1 
 
Definição 
 
esmo que a nossa intenção e 
objetivos estejam focados no 
ambiente escolar, na gestão da esco-
la, achamos de bom tom explicar o 
que é um projeto e seu gerenciamen-
to pela ótica empresarial. 
Pois bem, um projeto é uma 
iniciativa que é única de alguma for-
ma, seja no produto que gera, seja 
no cliente do projeto, na localização, 
 
1 Retirado em https://www.trustradius.com/ 
nas pessoas envolvidas, ou em outro 
fator. Isto diferencia projetos de 
operações regulares de uma empre-
as, a produção em série de marga-
rinas, por exemplo, é uma operação 
da empresa, mas por outro lado, a 
criação de um móvel sob encomenda 
é um projeto. (PIETRO,2002). 
Em segundo lugar, um projeto 
tem um fim bem definido, ou seja, 
tem um objetivo claro, que quando 
atingido, caracteriza o final do pro-
M 
 
 
5 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
jeto. Isto faz com que o desenvolvi-
mento de um novo negócio, por 
exemplo, possa não ser considerado 
um projeto. (PIETRO,2002). 
Essas definições de imediato 
nos levam a um antagonismo quan-
do pensamos em projeto político pe-
dagógico. Veremos que esse docu-
mento é um trabalho sempre em 
construção, em modificação, mas ao 
final da apostila esperamos que en-
tendam porquê desse documento, o 
projeto político pedagógico ser con-
siderado um projeto. 
 
O gerenciamento de projetos 
 
Gerenciar, administrar, coor-
denar ou gerir um projeto é a apli-
cação de técnicas, conhecimento e 
habilidades para garantir que um 
projeto tenha sucesso. 
E gerenciar um projeto emvol-
ve desde iniciá-lo até finalizá-lo, 
passando as etapas de planejamen-
to, execução e atividades de contro-
le. 
O Project Management Insti-
tute (uma entidade mundial sem 
fins lucrativos voltada para desen-
volver melhores técnicas de geren-
ciamento de projetos) (PMI) compil-
ou as melhores práticas de gerencia-
mento de projetos utilizadas ao re-
dor do mundo, que são aplicadas em 
projetos de tamanhos e áreas dife-
rentes, e montou uma publicação, 
chamada PMBOK – Project Mana-
gement Body of Knowledge. 
Esta publicação contém inú-
meros processos de trabalho, cada 
um com um conjunto de técnicas e 
ferramentas, para serem usadas ao 
longo das cinco fases de um projeto, 
que são: iniciação, planejamento, 
execução, controle e finalização. 
Este conjunto de processos e 
técnicas é mundialmente aceito co-
mo sendo um padrão bastante ra-
zoável para se aplicarem projetos de 
todos os tipos e tamanhos, e é con-
siderado um conjunto de técnicas 
modernas de gerenciamento de 
projeto. 
O que se ganha ao aplicar estas 
técnicas? Aumenta-se significativa-
mente a probabilidade de seu pro-
jeto atingir os objetivos para o qual 
ele foi criado, dentro do prazo esti-
pulado, e dentro do custo esperado. 
E isso já é um grande benefício, uma 
vez que é fato que a maioria dos pro-
jetos é concluída em atraso e com 
custo acima do previsto. 
Os processos de trabalho fo-
ram organizados pelo PMI em nove 
áreas do conhecimento. Por exem-
plo, a gestão do escopo é uma destas 
áreas, e trata de todos os processos 
envolvidos para iniciar o projeto, 
planejar o escopo do projeto, definir 
como as alterações de escopo serão 
tratadas ao longo do projeto, con-
trolar o escopo e assim por diante. 
 
 
6 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
De forma análoga, a gestão de 
custos é outra área de conhecimen-
to, que trata da realização de estima-
tivas de custos, da criação de orça-
mentos, de técnicas para se contro-
lar os custos do projeto, etc. 
Outra área de conhecimento 
lida como gerenciamento de riscos 
no projeto, e envolve a identificação, 
a classificação e priorização de ris-
cos, assim como a definição de estra-
tégias a serem adotadas para cada 
situação que envolve risco. 
As demais áreas de conheci-
mento são: gestão integrada do pro-
jeto, gestão de prazo, gestão de re-
cursos humanos, gestão da qualida-
de, gestão da comunicação, e gestão 
das aquisições. 
Lembremos sempre que o ge-
renciamento de projetos envolve li-
dar com pessoas a todo momento – 
a equipe do projeto, o cliente, quem 
financia o projeto, outras áreas en-
volvidas, fornecedores, entre outros, 
e isto requer habilidades que vão 
além do simples uso de softwares. 
Estas breves explicações de-
vem ter introduzido o assunto, escla-
recido algumas dúvidas e apresenta-
do o grande espaço existente nas or-
ganizações paras e aplicaras técnicas 
modernas de gestão de projetos. 
É importante ter consciência 
de que muito há para se apresentar 
sobre o tema ainda, muitas são as 
técnicas de gerenciamento de proje-
tos existentes e que podem ser 
utilizadas pelas empresas e mesmo 
pelas instituições públicas voltadas 
para a educação. 
E os benefícios de se utilizar os 
conceitos modernos de gestão de 
projetos vão da melhor utilização 
dos recursos da empresa, redução 
no tempo de colocação de novos pro-
dutos no mercado, melhor controle 
e consequentes redução dos custos 
envolvidos nos projetos, e, culmi-
nam, obviamente, na maior satisfa-
ção do cliente do projeto e de todas 
as outras pessoas envolvidas como 
projeto. (PIETRO, 2002). 
 
 7
 
 
 
 
 
 8 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
2. O Fortalecimento da Gestão Escolar 
 
 
Fonte: Medium2 
 
alar em fortalecimento da ges-
tão escolar nos remete de ime-
diato a participação, democracia e 
autonomia. 
E quando falamos em autono-
mia, logo nos vem a ideia de inde-
pendência, de liberdade; logo pensa-
mos na possibilidade de fazermos 
aquilo que queremos e que entende-
mos ser o melhor para nós, em um 
determinado momento. Pois bem, 
apresentaremos e discutiremos al-
guns desses conceitos abordando as- 
 
2 Retirado em https://medium.com/ 
pectos relativos à autonomia da uni-
dade escolar, às formas de autono-
mia e às suas dimensões na institui-
ção educativa, além das outras duas 
condições de fortalecimento da ges-
tão escolar: democracia e parti-
cipação. 
 
 Autonomia 
 
Autonomia é uma maneira de 
gerir, orientar as diversas depen-
dências em que os indivíduos e os 
F 
 
 9 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
grupos se encontram no seu meio 
biológico ou social, de acordo com as 
suas próprias leis, (BARROSO, 
1998, p.16). 
A autonomia é a possibilidade 
e a capacidade de a escola elaborar e 
implementar um projeto político-
pedagógico que seja relevante à co-
munidade e à sociedade a que serve 
(NEVES, 1995, p.113). 
Ao discutir a autonomia da 
escola, Veiga (1998) destaca quatro 
dimensões consideradas básicas pa-
ra o bom funcionamento de uma ins-
tituição educativa e que, segundo 
ela, devem ser relacionadas e arti-
culadas entre si: 
Autonomia administrativa: 
que consiste na possibilidade de ela-
borar e gerir seus planos, progra-
mas e projetos. 
 
 
Fonte: https://www.seabra.ba.gov.br/ 
 
Autonomia jurídica: que diz 
respeito à possibilidade de a escola 
elaborar suas normas e orientações 
escolares em consonância com as le-
gislações educacionais, como, por 
exemplo, matrícula, transferência 
de alunos, admissão de professores, 
concessão de grau. 
Autonomia financeira: que se 
refere à disponibilidade de recursos 
financeiroscapazes de dar à institui-
ção educativa condições de funcio-
namento efetivo. 
Autonomia pedagógica: que 
consiste na liberdade de propor mo-
dalidades de ensino e pesquisa. Está 
estreita mente ligada à identidade, à 
função social, à clientela, à organiza-
ção curricular, à avaliação, bem co-
mo aos resultados e, portanto, à es-
sência do projeto pedagógico da es-
cola (VEIGA, 1998, p. 16-19). 
 
Democracia 
 
A gestão democrática também 
é parte integrante do projeto político 
pedagógico da escola, como expres-
são de autonomia e de sua identida-
de própria, particular. 
Democracia é entendida como 
democratização do acesso, do saber 
e das relações. 
São características de uma 
gestão democrática: 
 Abrangente, envolvendo os 
diversos âmbitos previstos na 
LDB: pedagógica, administra-
tiva e financeira; 
 Participativa, envolvendo os 
diversos segmentos que com-
põem a escola: dos diretores 
aos vigilantes, incluindo pro-
fessores, técnicos, funciona-
rios, pais, alunos; 
 
 
 
 10 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
 Educativa, implica a consci-
ência de que a aprendizagem 
para o exercício participativo e 
propositivo da cidadania pas-
sa, necessariamente, pela vi-
vência democrática. Só se 
aprende democracia, sendo 
democrático. 
 
Supõe a implantação e imple-
mentação de estruturas de reflexão e 
tomada de decisão coletivamente, 
como: forma comunitária de escolha 
dos diretores, assembleias gerais da 
comunidade escolar, conselhos deli-
berativos escolares, associações de 
pais e mestres, grêmios escolares. 
Supõe a instituição de meca-
nismos de circulação de informações 
entre os diversos segmentos e de 
estímulo e incentivo à participação, 
como reuniões periódicas, murais, 
boletins informativos, divulgação de 
atas e relatórios; 
Administrar o pessoal lota do 
na escola é tarefa primordial, preci-
samdo criar-se um clima de convi-
vência democrática; 
Exige liderança da equipe ges-
tora para estimular a participação, 
refletir e sistematizar o processo, di-
rimir conflitos, solucionar criativa-
mente os problemas, contribuir para 
a geração de consensos internos por 
meio do diálogo sobre os diferentes 
olhares. 
 
 
Fonte: 
https://br.pinterest.com/ 
 
Exige o redesenho do poder na 
escola. As decisões passam a ser to-
madas coletivamente e já não mais 
por uma pessoa ou pequeno grupo 
de pessoas. 
Exige a consciência de que o 
que se pretende é a gestação de uma 
nova cultura fundamentada na par-
ticipação e na democracia. Esse é um 
processo lento, o que exige, portan-
to, avaliação permanente do pro-
cesso. 
Exige processos sistemáticos 
de formação de todos os segmentos 
para a participação. Formação dos 
diretores, dos conselhos ou mem-
bros das associações para o conheci-
mento da legislação nacional e local. 
Muitas vezes impera o conhecimen-
to como fator de poder, o que pode 
gerar inibição da voz dos pais, 
funcionários ou alunos. 
É preciso cuidar para evitar a 
burocratização e a rotinização da 
 
 
 11 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
gestão, priorizando prazos, procedi-
mentos, atas e ofícios, em detrimen-
to do pensar e do agir coletivo. 
É preciso cuidar para que o cri-
tério central das decisões coletivas 
seja o da qualidade da escola pública 
e não o interesse elitista ou exclu-
dente ou dês comprometido com a 
educação que ainda impera em 
determinadas escolas (AZEVE-DO, 
2010). 
A escola deve conquistar sua 
autonomia, mas ela não é uma en-
tidade isolada. Ela articula-se ao sis-
tema de ensino e por meio do pro-
cesso de autorização de funciona-
mento pelos órgãos competentes, a 
escola garante a sua inserção legal 
no sistema. 
Dado o caráter público da ins-
tituição escolar, de corre a sua obri-
gação de interagir com as demais es-
colas da rede, com o órgão gestor 
central (em geral, as secretarias de 
educação), com os conselhos muni-
cipais ou estaduais (de educação, do 
FUNDEF, da merenda escolar, do 
programa bolsa-escola). 
Decorre, ainda, a sua obriga-
ção de prestar contas à sociedade do 
trabalho educativo realizado. 
Como se percebe, a autonomia 
da escola se dá de forma corespon-
sável dentro de um marco com um 
legal e de orientações político-peda-
gógicas extensivas ao sistema de 
ensino. 
 
Fonte: 
http://www.vilavelha.es.gov.br/ 
 
A escola precisa participar ati-
vamente dos órgãos e instâncias 
normativas e deliberativas da rede, 
como os Conselhos, o Fórum, bem 
como aliar-se ao Plano Municipal ou 
Estadual. Os órgãos gestores, por 
sua vez, têm a obrigação de agir com 
democracia, respeitando a auto-
nomia das escolas. 
As chamadas “ordens de servi-
ço” devem ser constituídas por do-
cumentos democraticamente discu-
tidos, o que pode vir a assegurar um 
trabalho coletivo, garantindo quali-
dade à rede ou sistema como um 
todo e a cada uma das unidades es-
colares (AZEVEDO,2010). 
 
Participação 
 
Aqui nos cabe lembrar da par-
ticipação da família e da comunida-
de na escola. É preciso construir 
uma participação ativa da família e 
 
 
 12 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
da comunidade na escola, superan-
do as práticas ainda existentes de 
convidar as famílias apenas para as 
atividades festivas ou para informar 
o baixo desempenho ou mau com-
portamento do seu filho na escola. 
Ao relacionar-se com os pais 
e/ou responsáveis, a escola deve su-
perar as idealizações ou os precon-
ceitos ainda existentes, reconhecen-
do a diversidade de formas de orga-
nização familiar e, sobretudo, tra-
tando pedagogicamente essa rea-
lidade. 
O objetivo é favorecer uma 
participação que gere compromisso 
da família coma aprendizagem e o 
sucesso escolar do seu filho e com-
promisso da escola com a inserção 
curricular do ambiente cultural da 
família e da comunidade. Essa par-
ceria as segurará, em última instân-
cia, o pleno cumprimento da função 
social da escola. 
Isso exige incluir a voz dos pais 
ou responsáveis e da comunidade na 
construção, implementação e avalia-
ção do projeto político-pedagógico 
da escola. A família e a comunidade 
precisam encontrar aí um espaço 
para apresentar suas necessidades e 
desejos em relação a escola, bem 
necessidades e desejo sem relação 
ao acompanhamento e envolvimen-
to da família na vida escolar das 
crianças e dos adolescentes. É preci- 
 
so ir definindo, no processo, respon-
sabilidades de ambas as partes, afim 
de se evitar a transferência de 
papéis. 
 
 
Fonte: 
http://www.paranaiba.ms.gov.br/ 
 
A construção do projeto políti-
co-pedagógico (que falaremos em 
detalhes mais adiante) e do regi-
mento escolar é, também, um mo-
mento privilegiado para definir os 
canais institucionais de participa-
ção da família na vida escolar. For-
mas democráticas de escolha do di-
rigente escolar, conselho deliberati-
vo escolar, reuniões de pais são for-
mas significativas de participação. 
Outra forma de envolvimento 
com a escola poderá se dar por meio 
do incentivo ao uso educativo, cultu-
ral das dependências escolares, so-
bre tudo no final de semana quando 
a escola está ociosa. A biblioteca es-
colar, a quadra de esportes, o apare-
lho de DVD, de vídeo cassete, o labo-
ratório de informatica, o auditório 
são alguns dos espaços que podem 
 
 
 13 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
ser plenamente utilizados pela co-
munidade. Além de possibilitar o 
uso educacional do estabelecimento 
escolar, essa prática poderá fortale-
cer os vínculos comunitários, bem 
como a atitude de cuidado e zelo co-
munitário pelas instalações esco-
lares. 
É importante garantir formas 
de informar a família sobre a fre-
quência e o desempenho dos alunos, 
conforme disposto na LDB. Muitas 
vezes, a família só tem informação 
sobre a vida escolar no final do ano 
letivo, quando já não é mais possível 
reverter o processo. A família tem 
direito a informação sobre a vida 
escola do seufilho. 
Uma de mandada comunidade 
poderá ser a própria escolarização 
dos pais. O índice de analfabetismo 
e de baixa escolarização dos jovens e 
adultos ainda é bastante significati-
vo no país. A ampliação do nível de 
escolarização dos adultos. 
 
 
Fonte: 
https://www.familytoday.com/ 
Além de ser uma responsabili-
dade social e legal da escola pública, 
com o resgate de uma dívida social 
histórica, é, também, uma maneira 
de ampliar os vínculos da família 
com a escola e de ampliar as possi-
bilidades de uma contribuição mais 
significativa da família no processo 
de escolarização de seus filhos. 
Enfim, ao transpor as frontei-
ras dos muros da escola, poderá se 
identificar outros atores educacio-
nais que atuam na comunidade, co-
mo Organizações Não Governamen-
tais (ONGs), Igrejas, artistas locais 
(poetas, cantadores, pintores.), uni-
versidades, 4 associações de bairro, 
empresas, dentre outros e com eles 
estabelecer parcerias que visem ao 
desenvolvimento escolar e cultural 
da comunidade. Uma ação privile-
giada poderá ser a de tecer com eles 
um programa de atividades comple-
mentares, e que poderá ser realizada 
na escola no turno oposto ao da aula 
(AZEVEDO,2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
3. O Projeto Político Pedagógico 
 
 
Fonte: Educação Infantil3 
 
Projeto Político Pedagógico 
propicia uma vivência demo-
crática necessária à participação e ao 
envolvimento de todos os segmentos 
da comunidade escolar no exercício 
da cidadania. Desta forma o projeto 
precisa desenvolver-se de tal forma 
que super e conflitos, buscando eli-
minar as relações autoritárias e 
competitivas quere forçam as dife-
renças e hierarquias de poder dentro 
da escola (CARNEIRO et al,2007). 
Assim o projeto deve buscar a orga-
nização do trabalho pedagógico na 
escola em sua totalidade. 
 
3 Retirado em https://educacaoinfantil.aix.com.br/ 
O projeto pedagógico parte 
sempre do que a escola já tem e pro-
põe outros significados à sua reali-
dade. Em função disto, ele se torna a 
o mesmo tempo, um dever e um di-
reito da escola: 
 Um dever por se tratar do ele-
mento responsável pela vida 
da escola em seu tempo insti-
tucional. 
 Um direito porque, por meio 
dele, a escola consolida sua au-
tonomia e seus vários atores 
podem pensar, executar e ava-
liar o próprio trabalho. 
 
O 
 
 16 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
Partindo desta concepção o 
Projeto não pode ser elaborado ape-
nas por uma pessoa, ou pelos gesto-
res escolares e tão pouco deve ser 
feito de uma só vez. 
Deve, antes de tudo, ser ela-
borado por todos os segmentos da 
escola de forma processual, reflexi-
va, com ações a curto, médio e longo 
prazos. 
 
Conceito de Projeto Peda-
gógico 
 
Segundo Gadotti (1994) o pro-
jeto da escola depende, sobretudo da 
ousadia dos seus agentes, da ousadia 
de cada escola em assumir-se como 
tal, partindo da “cara” que tem, com 
seu cotidiano e seu tempo-espaço, 
isto é, o contexto histórico em que 
ela se insere. Projetar significa “lan-
çar-se para frente”, ante ver um fu-
turo diferente do presente. Projeto 
pressupõe uma ação intencionada 
com um sentido definido, explícito, 
sobre o que se quer inovar. 
O termo projeto vem do latim 
do verbo projicere que significa lan-
çar-se para frente, para o futuro. O 
projeto pedagógico deve ser com-
preendido como um instrumento 
teórico metodológico que a escola 
elabora com a participação de todos 
os seus segmentos, com a finalidade 
de apontar a direção e o caminho 
que vai percorrer para realizar da 
melhor forma possível a sua função 
educativa. 
Nesta perspectiva, já sabemos 
que o projeto pedagógico não é algo 
que vai ser construído e logo depois 
arquivado ou encaminhado às auto-
ridades para simplesmente cumprir 
uma função burocrática. Ele é um 
instrumento que possibilita à escola 
inovar sua prática pedagógica, na 
medida em que apresenta novos ca-
minhos para situações que nesse-
ssitam se modificadas. 
Até o momento já percebemos 
que o projeto pedagógico é uma ação 
intencional com sentido explícito e 
compromisso definido no coletivo, 
certo? 
Por isso, todo projeto pedagó-
gico é também um projeto político 
por estar ligado ao compromisso só-
cio político. É político no sentido do 
tipo de cidadão que se deseja formar 
e na sociedade que se deseja ter. Na 
dimensão pedagógica reside a possi-
bilidade da efetivação da intenciona-
lidade da escola com a formação do 
cidadão crítico, participativo, com-
promissado, com sua formação en-
quanto sujeito de uma sociedade. 
 
Como Construir o Diagnóstico 
da Realidade 
 
Fundamentados na certeza de 
que cada escola é única, com suas 
peculiaridades, clima organizacio-
 
 17 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
nal, cultura, perfil sócio – econômi-
co, não existe uma “receita pronta” 
para se construir o projeto político 
pedagógico. 
O que existe na realidade são 
princípios gerais que devem ser dis-
cutidos na escola em função de sua 
própria identidade. Tendo esta ideia 
em mente, cada escola necessita 
olhar para si mesma, refletir sobre 
suas práticas, seus limites e poten-
cialidades e de maneira autônoma e 
coletivamente, construir seu projeto 
pedagógico. 
Vamos ver no quadro abaixo 
três grandes movimentos no diag-
nóstico e construção do PPP: 
 
1º Diagnóstico da 
realidade da escola. 
Analisar a realidade da 
escola em suas 
dimensões: pedagógica, 
administrativa, financeira 
e jurídica. 
Como é nossa escola? 
2º Levantamento das 
concepções do coletivo 
da escola. 
Discutir as concepções no 
coletivo da escola em 
relação ao trabalho 
pedagógico. 
Que identidade a nossa 
escola quer construir? 
3º Definição de estratégias 
de pessoas ou de grupos, 
assegurando ações 
definidas no coletivo da 
escola 
Definir as ações da escola, 
os responsáveis por sua 
execução e os recursos 
necessários para o projeto. 
Como executar as 
ações definidas no 
coletivo? 
 
É o diagnóstico que irá situar a 
comunidade em relação à distância 
que a escola está em relação ao que 
se busca na formação dos educan-
dos. Sua importância é, portanto, 
muito grande. Com ele a comunida-
de enxerga suas fraquezas e forças, 
suas potencialidades, oportunidades 
e necessidades, frente ao que foi de-
finido no Marco Referencial (É a ex-
pressão do rumo que a escola esco-
lhe para seguir, do horizonte que 
tem em relação à formação de seus 
educandos, fundamentada em as-
pectos filosóficos, biopsicológicos, 
pedagógicos. Nessa parte a comuni- 
 
 18 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
dade escolar toma posição em rela-
ção à sua identidade, visão de mun-
do que tem, valores, objetivos, com-
promissos.) Os ideais desejados. Há 
autores que preferem em termos 
metodológicos que o Diagnóstico 
anteceda ao Marco Referencial. Ca-
be à comunidade escolar definir co-
mo é mais adequada essa dinâmica, 
considerando sua cultura. 
 
Levantando os Dados para o 
Diagnóstico 
 
O que e como fazer? 
É importante que sejam le-
vantados dados que permitam uma 
visão sucinta da escola, podendo ser 
de natureza legal, histórica, ou ad-
ministrativa. Aqui a escola irá des-
crever a sua própria realidade, atra-
vés da visão que seus vários segmen-
tos têm da escola como: 
Para identificar estes dados a 
escola poderá adotar algumas ações 
tais: 
 Pesquisar nos arquivos da se-
cretaria escolar dados de na-
tureza legal e administrativa; 
 Verificar a que está relaciona-
do o surgimento da escola, 
entrevistando moradores mais 
antigos; 
 Buscar informações com os 
primeiros professores, funcio-
narios e alunos que já estuda-
ram na escola; 
 Ler atas e registros da escola 
 
buscando dados fidedignos 
para o projeto. 
 
Que indicadores buscar? 
 Nome da escola 
 Localização 
 Aspectos legaisde sua criação 
 Níveis e modalidades de en-
sino que oferece 
 Número de alunos, divididos 
por série, e ou ciclo e turno 
 Dados de abandono, evasão, 
repetência e aprovação escolar 
 Origem da clientela atendida e 
sua situação socioeconômica 
 Contexto em que a escola está 
inserida 
 Histórico da escola, fatos im-
portantes de sua história. 
 Município/Estado 
 Nosso atual currículo e organi-
zação didática 
 Nossa atual organização do 
ensino 
 Nossas atuais metodologias de 
ensino 
 Nossas atuais linhas de ação 
 Nossas atuais normas 
 Nossas atuais relações com a 
comunidade de pais e amigos 
da escola 
 Nossos atuais parceiros 
 O atual clima organizacional 
da escola 
 Nosso estilo gerencial. 
 
Para levantaras necessidades 
da escola, é necessário que todos es-
tejam envolvidos. Pode-se montar 
 
 19 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
um questionário para diagnosticar 
as necessidades da comunidade, 
suas aspirações em relação à escola 
desejada para seus filhos, reuniões, 
discussões, debate se filmagens da 
escola no sentido de aproximar as 
pessoas para buscar as reais necessi-
dades. 
No levantamento da realidade 
da escola devem participar gestores, 
professores, pais, alunos, pessoal 
técnico administrativo e de apoio - 
segmentos organizados da comuni-
dade escolar. É o momento do levan-
tamento global, onde a escola deve 
indagar-se acerca das atividades que 
desenvolve, de como está sua reali-
dade nas dimensões pedagógicas, 
administrativa, comunitária. 
 
 
Fonte: 
https://financasfemininas.com.br/ 
 
O que fazer? 
Coletar os dados e analisá-los 
cuidadosamente, tanto nos aspectos 
qualitativos quanto quantitativos. 
As informações devem voltar-se pa-
ra os aspectos internos e externos à 
realidade educativa, detectando 
suas fragilidades e fortalezas. 
 
Como fazer? 
Para realizar o diagnóstico a 
escola precisa levantar questiona-
mentos de nível amplo, que relacio-
ne sua realidade aos aspectos soci-
ais, políticos e econômicos da comu-
nidade e outro de nível mais especí-
fico, voltado para a organização de 
seu próprio trabalho pedagógico. 
 
Os Marcos Referenciais 
 
É a expressão do rumo que a 
escola escolhe para seguir, do hori-
zonte que tem em relação à forma-
ção de seus educandos, fundamen-
tada em aspectos filosóficos, biopsi-
cológicos, pedagógicos. Nessa parte 
a comunidade escolar toma posição 
em relação à sua identidade, visão 
de mundo que tem, valores, objeti-
vos, compromissos. 
Ao definir o marco que vai re-
ferenciar a ação educativa de todos, 
a comunidade está definindo a es-
sência da existência daquela escola. 
Para tanto busca responder a ques-
tionamentos básicos: 
 O que fundamenta o nosso 
querer enquanto escola? 
 Em que medida podemos cola-
borar na construção do ho-
mem novo ético, solidário, in-
vestigador, proativo, ecológi-
co, paz e a dor, crítico, dialó-
 
 20 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
gico que a sociedade atual ne-
cessita? 
 
É no Marco Referencial que a 
comunidade procura expressar o 
sentido do trabalho educativo da es-
cola e as perspectivas para o percur-
so educacional. Ele impulsiona a 
comunidade para superação da rea-
lidade e fornece os parâmetros para 
a realização do Diagnóstico. O Mar-
co Referencial compõe-se de três 
partes: 
 Marco Situacional (onde esta-
mos, comovemos a realidade) 
 Marco Filosófico (para onde 
queremos ir) 
 Marco Operativo (que hori-
zonte queremos para nossa 
ação). 
 
No marco situacional: o grupo 
analisa a realidade mais ampla na 
qual se insere a escola, situando-a 
no contexto. Perguntas que podem 
facilitara análise e as respostas da 
comunidade que planeja: Como 
compreendemos/vemos/sentimos o 
mundo atual? Quais os sinais de-
vida? E de morte? Quais são as 
causas? 
 O marco filosófico: corres-
ponde ao ideal geral da escola. É a 
proposta de sociedade, pessoa e edu-
cação que o grupo assume. A comu-
nidade escolar faz aqui um acerto 
em torno de um núcleo mínimo de 
ideais e valores que deverão nortear 
sua ação educativa. Pelo debate das 
questões, busca-se um consenso mí-
nimo sobre a sociedade que sequer 
construir, a pessoa que se quer 
formar e a educação que sequer ofe-
recer. Isto porque toda educação se 
baseia numa visão de homem e de 
sociedade, concorda? 
Perguntas chave para a ela-
boração do Marco Filosófico: Que 
tipo de sociedade queremos cons-
truir? 
 Que tipo de pessoa humana 
queremos colaborar na for-
mação? 
 Que finalidade queremos para 
a Escola? 
 Que papel desejamos para a 
escola em nossa realidade? 
 
O marco operativo: é a pro-
posta dos critérios de ação para os 
diversos aspectos relevantes da es-
cola pedagógico, comunitário, admi-
nistrativo considerando aquilo que 
queremos ser. Em sua elaboração o 
grupo precisa estar atento ao que foi 
definido no Marco Situacional e no 
Marco Filosófico para que os três se 
articulem entre si. 
O Marco Operativo trata de 
três dimensões fundamentais no 
trabalho escolar: Dimensão Pedagó-
gica, Dimensão Comunitária e Di-
mensão Administrativa. 
Veja que perguntas chave po-
dem facilitar o trabalho do grupo na 
definição marco: 
 
 21 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
POSSÍVEIS PERGUNTAS PARA ELABORAR O MARCO OPERATIVO 
 
Dimensão 
Pedagógica 
Dimensão 
Comunitária 
Dimensão 
Administrativa 
Como desejamos. Como desejamos. Como desejamos. 
O processo de 
Planejamento? 
 
 
O Currículo? 
 
 
Os objetivos? 
 
 
Os conteúdo? 
 
 
A metodologia de 
ensino? 
 
A avaliação da 
aprendizagem? 
 
A disciplina? 
 
 
A relação professor-
aluno? 
 
Nossa relação com o 
vestibular? 
 
Nossas reuniões 
pedagógicas semanais, 
quinzenais, mensais? 
 
O ensino em nossa 
rede? 
etc. 
Os relacionamentos na escola? 
 
O professor? 
 
O relacionamento com a 
família? 
 
 
O relacionamento com a 
comunidade? 
 
A participação e organização dos 
alunos? 
 
As atividades esportivas e 
culturais? 
 
A orientação vocacional? 
 
 
Os relacionamentos com os 
meios de comunicação social? 
etc. 
A estrutura e a 
organização da escola? 
 
Os dirigentes (Direção e 
equipe técnica)? 
 
Os serviços (Secretaria, 
Limpeza, Mecanografia, 
Audiovisuais, etc)? 
 
As formas de 
participação dos 
trabalhadores? 
 
As condições objetivas 
de trabalho? 
 
A obtenção e 
gerenciamento dos 
recursos financeiros? 
etc. 
 
 22 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
Os questionamentos vão pos-
sibilitando as respostas e as discus-
sões para o grupo chegar aos com-
sensos mínimos. 
 
 
Fonte: 
https://www.colaboracao.space/ 
 
A metodologia sugerida para a 
construção do Marco Referencial 
(nas suas três partes), assim como 
para todo o Projeto Político-Pedagó-
gico, envolve basicamente três dinâ-
micas: 
Momento individual, momen-
to grupal e plenário. 
 Momento individual: cada 
participante responde aos 
questionamentos por escrito, 
de modo claro, direto, simples 
e sintético. 
 Momento grupal: é a sistema-
tização das ideias expressas in-
dividualmente por uma ou 
mais comissão de redação. O 
grupo faz uma primeira reda-
ção, agrupando inteligente-
mente as ideias individuais. É 
uma tarefa técnica de constru-
ção de um texto, não de um 
julgamento. Verifica-se as ten-
dências dominantes, as com-
tradições surgidas. O grupo 
procura dar um corpo à reda-
ção de modo dissertativo. 
 Plenário: é o momento da co-
municação do trabalho redigi-
do em versão preliminar pela 
(s) comissão(ões) de redação, 
para o debate coletivo, as deci-
sões e os encaminhamentos. 
Uma comissão geral de reda-
ção encarrega-se da sistemati-
zação final, a partir dos deba-
tes e consensos. 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
4. O PPP e a Organização Curricular - Desafios de 
um novo Modelo 
 
Fonte: Escola Web4 
 
m dos maiores desafios é trans-
formar a escola em umaEscola 
Eficaz, e mesmo nos ambientes mais 
pobres e difíceis, ela pode existir, 
sendo necessário que se tenha: 
Bons profissionais: A escola 
boa é aquela que atrai, mantém e de-
senvolve bons profissionais. 
Senso de missão: A escola efi-
caz define com clareza sua proposta 
de ensino, e os participantes do pro-
cesso sabem quais valores são ensi-
nados e praticados nessa escola. 
 
4 Retirado em https://escolaweb.com.br/ 
Autonomia Pedagógica: Na 
escola eficaz os professores e diri-
gentes sentem-se responsáveis e se 
responsabilizam pelas decisões pe-
dagógicas, sempre enfatizando o 
desempenho acadêmico do aluno. 
Liderança: Ao entrar em uma 
escola onde o Gestor é bom, per-
cebe - se, no primeiro instante, que 
há uma diferença no ar. 
Clima Escolar: A escola eficaz 
tem e mantém um ambiente agradá-
vel. 
U 
 
 25 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
Utilização do tempo: O tempo 
é valorizado e isto se reflete no ca-
lendário, no ritmo das atividades, no 
rigoroso cumprimento do ano leti-
vo e das horas de aula. 
Participação da comunidade: 
Os pais compartilham a visão e as 
expectativas da escola a respeito do 
sucesso dos filhos. 
Administração dos recursos: A 
escola eficaz sabe fazer com que os 
recursos recebidos rendam mais e é 
capaz de buscar recursos adicionais. 
Agenda 21: É um plano de 
desenvolvimento e manejo ambien-
tal que identifica os problemas e os 
meios para enfrentá-los, propondo 
ações para reduzir os impactos 
negativos decorrentes da nossa inte-
ração com o meio (ARAÚJO; PE-
DROSA NETO; SOUZA, 2009). 
 
Glossário Básico para PPPE 
 
Autonomia: A autonomia da 
escola está prevista na legislação e 
no referencial teórico que afirmam 
que as escolas terão que construir 
sua identidade para gerir o ensino. 
Torna-se necessário passar do dis-
curso à ação. Em Educação, um 
grande problema tem sido o fato de 
a escola não ter nem os instrumen-
tos, nem a autoridade necessários 
para resolver seus problemas. Dar à 
comunidade escolar a autoridade e 
os meios para realizar sua gestão e 
crescer é o começo da transfor-
mação. 
Bases filosóficas: Todo conhe-
cimento que serve como fundamen 
to, ou apoio, para a compreensão de 
uma realidade. 
Comunidade escolar: A co-
munidade escolar é constituída por 
pais, mães, diretores, alunos, profe-
ssores e demais funcionários da es-
cola. Pode incluir ainda conselheiros 
tutelares, de educação, dos direitos 
da criança, ONGs, universidades e 
outras organizações interessada se 
diretamente envolvidas com os pro-
blemas da escola e com sua me-
lhoria. 
 
 
Fonte: 
http://asmoabetes.blogspot.com/ 
 
Diagnóstico: Na etapa do diag-
nóstico, confronta-se área lida de 
existente com o ideal traçado da es-
cola desejada (marco referencial). O 
resultado dessa comparação deve 
ser o mais claro possível, de modo 
que aponte as necessidades funda-
mentais da escola. O diagnóstico co-
meça por traçar o retrato da realida-
 
 26 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
de a partir do levantamento das for-
ça se fraquezas da escola, dos poten-
ciais e dificuldades existentes. Em 
seguida, confronta esta realidade 
com a que se deseja. Para tal, devem 
ser problematizados diferentes as-
pectos do trabalho escolar, ou seja, 
identificadas as dificuldades e en-
tendidas as suas causas e mecanis-
mos. Parte-se, então para delinear 
os desafios que terão de ser supe-
rados para se atingir a escola dese-
jada pela comunidade escolar. 
Quanto maior a consistência 
entre a problematização e as ações 
planejadas, melhor e mais útil ser á 
o diagnóstico. Se essa etapa for con-
duzida pelo grupo de maneira com-
petente, estará preparado campo se-
guro para se traçar uma boa progra-
mação. 
Estrutura: Todo estudo basea-
do no pressuposto metodológico de 
que qualquer ciência deve optar pela 
observação rigorosa do maior núme-
ro possível de fatos com vista a bem 
fundamentar suas proposições e ge-
neralizações, viabilizando assim a 
descoberta da estrutura. Sistema 
que compreende elementos ordena-
dos e relacionados entre si de forma 
dinâmica. 
Função educativa: Constitui, 
hoje, a essência do trabalho docente: 
a aprendizagem é sempre mudança; 
no ensino há que se considerar o co-
nhecimento experiencial do aluno e, 
por último, o trabalho docente su-
põe sólida identidade profissional 
do professor. 
Identidade: Significa explici-
tar com clareza sua missão social, 
seus princípios, valores e compromi-
sso com resultados educacionais dos 
alunos. Significa, também, organi-
zar-se administrativa, pedagógica e 
financeiramente, de forma a alcan-
çar os material e metas com eficiên-
cia e eficácia (racionalidade interna) 
e definir linhas de trabalho que se-
jam aceitas e legitima das pela co-
munidade (racionalidade externa). 
Marco referencial: É a visão de 
futuro que a comunidade escolar de-
fine para a escola. Tem vital impor-
tância porque é esta visão que con-
tagia as pessoas, fornece a direção e 
alimenta a participação de todos nas 
demais etapas do Projeto Pedagógi-
co. Ao longo deste processo, são 
construídos princípios, valores e 
aspirações que definem os objetivos 
e a identidade da escola. 
Mediação: Ato ou efeito de 
mediar; intervenção com que se 
busca produzir um acordo. 
Objetivos: É um processo de 
entendimento de uma organização, 
de maneira que a administração e 
funcionários desempenhem as suas 
funções em função desses objetivos 
e que os compreendam. 
Planejamento participativo: É 
o processo de organização do traba-
 
 27 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
lho coletivo da unidade escolar. Po-
demos identificar três fases desse 
processo: a preparação do Plano Es-
colar, entendido como o registro sis-
tematizado e justificado das deci-
sões tomadas pelos agentes educa-
cionais que vivenciam o dia-a-dia da 
escola; o acompanhamento da exe-
cução das operações pensadas no 
Plano Escolar, de forma a fazer, caso 
seja necessário, as alterações nas 
operações de forma que essas alcan-
cem os objetivos propostos; e a revi-
são de todo o caminhar, avaliando as 
operações que favoreceram o alcan-
ce dos objetivos e aquelas operações 
que pouca influência tiveram sobre o 
mesmo, iniciando-se assim um novo 
planejamento. 
Plano: Diz respeito à execução 
de corrente, de um desejo coletivo, 
ou seja, obra de todos os que militam 
nessa escola, mormente, os educa-
dores. É algo que se vai construindo 
aos poucos. Para a consecução desse 
desejo coletivo, será preciso que a 
comunidade docente assuma real-
mente o seu papel interagindo para 
alcançar as metas que estabeleceu e 
pretende alcançar. 
Programação: É a proposta de 
ação, segundo Gandin (1995), para 
satisfazer as necessidades identifica-
das no diagnóstico, ou melhor, para 
diminuir a distância entre a realida-
de da escola desejada e a realidade 
existente. Usualmente, esta etapa é 
também chamada de implementa-
ção ou de execução. 
Projeto: O Projeto político-Pe-
dagógico é um instrumento de tra-
balho que ilumina princípios filosó-
ficos, define políticas, harmoniza as 
diretrizes da educação nacional com 
a realidade da escola, racionaliza e 
organiza ações, dá voz aos atores 
educacionais, otimiza recursos ma-
teriais e financeiros, facilita a conti-
nuidade administrativa, mobiliza di-
ferentes setores na busca de objeti-
vos comum se, por ser de domínio 
público, permite constante acompa-
nhamento e avaliação. 
Qualidade da educação: É um 
fenômeno complexo, abrangente e 
que envolve múltiplas dimensões, 
não podendo ser apreendido apenas 
por um reconhecimento da varieda-
de e das quantidades mínimas de 
insumos considerados indispensá-
veis ao desenvolvimento do proces-
so de ensino-aprendizagem, e muito 
menos, pode ser apreendidos em 
tais insumos, ressaltando que a qua-
lidade deve ser mediada porfatores 
e dimensões extra e intra-escolares. 
Recursos metodológicos: São 
encaminhamentos que podem favo-
recer a construção de linhas de ações 
e planejamento didático, oferecendo 
orientações, sem, entretanto, esta-
belecer regras fixas a serem segui-
das. 
 
 28 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
Sistematização: É construir a 
memória de uma experiência de de-
senvolvimento local, divulgar sabe-
res relacionados a práticas (lições e 
ensinamentos), estimular o inter-
câmbio e a confrontação de ideias, 
bem como contribuir a reconstituir 
visões integradas dos processos de 
intervenção social. 
Utopia: Algo irrealizável, ina-
tingível, que representa uma situa-
ção ou lugar ideais onde as institui-
ções são extremamente aperfeiçoa-
das. 
Valores: Diremos que o valor é 
uma maneira de ser ou de agir que 
uma pessoa ou uma coletividade re-
conhecem como ideal e faz com que 
os seres ou as condutas aos quais é 
atribuído sejam desejáveis ou esti-
máveis. 
 
 
Fonte: 
https://www.rawpixel.com/ 
 
Visão de mundo: Visão de 
mundo é a forma como entendemos 
a sociedade em que vivemos. São as 
crenças que orientam nossa ação. É 
constituída pela leitura que fazemos 
do mundo onde vivemos, pelas for-
mas como organizamos nossa ação 
no mundo em que vivemos e pelos 
ideais que temos em relação a como 
o mundo deveria ser. Tem, portanto, 
elementos de juízo e de vontade, 
ambas nas mais diferentes gradua-
ções e profundidades. 
 
 
 
 
 30 
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 
5. Referências Bibliográficas 
 
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VASCONCELOS, Celso dos S.- Planeja-
mento – Projeto de Ensino-Aprendizagem 
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35. 
 
 
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