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Projeto Político Pedagógico 02 1. Projeto 4 Definição 4 O gerenciamento de projetos 5 2. O Fortalecimento da Gestão Escolar 8 Autonomia 8 Democracia 9 Participação 11 3. O Projeto Político Pedagógico 15 Conceito de Projeto Pedagógico 16 Como Construir o Diagnóstico da Realidade 16 Levantando os Dados para o Diagnóstico 18 Os Marcos Referenciais 19 4. O PPP e a Organização Curricular – Desafios de um novo Modelo 24 Glossário Básico para PPPE 25 5. Referências Bibliográficas 30 03 4 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1. Projeto FONTE: Trust Radius1 Definição esmo que a nossa intenção e objetivos estejam focados no ambiente escolar, na gestão da esco- la, achamos de bom tom explicar o que é um projeto e seu gerenciamen- to pela ótica empresarial. Pois bem, um projeto é uma iniciativa que é única de alguma for- ma, seja no produto que gera, seja no cliente do projeto, na localização, 1 Retirado em https://www.trustradius.com/ nas pessoas envolvidas, ou em outro fator. Isto diferencia projetos de operações regulares de uma empre- as, a produção em série de marga- rinas, por exemplo, é uma operação da empresa, mas por outro lado, a criação de um móvel sob encomenda é um projeto. (PIETRO,2002). Em segundo lugar, um projeto tem um fim bem definido, ou seja, tem um objetivo claro, que quando atingido, caracteriza o final do pro- M 5 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO jeto. Isto faz com que o desenvolvi- mento de um novo negócio, por exemplo, possa não ser considerado um projeto. (PIETRO,2002). Essas definições de imediato nos levam a um antagonismo quan- do pensamos em projeto político pe- dagógico. Veremos que esse docu- mento é um trabalho sempre em construção, em modificação, mas ao final da apostila esperamos que en- tendam porquê desse documento, o projeto político pedagógico ser con- siderado um projeto. O gerenciamento de projetos Gerenciar, administrar, coor- denar ou gerir um projeto é a apli- cação de técnicas, conhecimento e habilidades para garantir que um projeto tenha sucesso. E gerenciar um projeto emvol- ve desde iniciá-lo até finalizá-lo, passando as etapas de planejamen- to, execução e atividades de contro- le. O Project Management Insti- tute (uma entidade mundial sem fins lucrativos voltada para desen- volver melhores técnicas de geren- ciamento de projetos) (PMI) compil- ou as melhores práticas de gerencia- mento de projetos utilizadas ao re- dor do mundo, que são aplicadas em projetos de tamanhos e áreas dife- rentes, e montou uma publicação, chamada PMBOK – Project Mana- gement Body of Knowledge. Esta publicação contém inú- meros processos de trabalho, cada um com um conjunto de técnicas e ferramentas, para serem usadas ao longo das cinco fases de um projeto, que são: iniciação, planejamento, execução, controle e finalização. Este conjunto de processos e técnicas é mundialmente aceito co- mo sendo um padrão bastante ra- zoável para se aplicarem projetos de todos os tipos e tamanhos, e é con- siderado um conjunto de técnicas modernas de gerenciamento de projeto. O que se ganha ao aplicar estas técnicas? Aumenta-se significativa- mente a probabilidade de seu pro- jeto atingir os objetivos para o qual ele foi criado, dentro do prazo esti- pulado, e dentro do custo esperado. E isso já é um grande benefício, uma vez que é fato que a maioria dos pro- jetos é concluída em atraso e com custo acima do previsto. Os processos de trabalho fo- ram organizados pelo PMI em nove áreas do conhecimento. Por exem- plo, a gestão do escopo é uma destas áreas, e trata de todos os processos envolvidos para iniciar o projeto, planejar o escopo do projeto, definir como as alterações de escopo serão tratadas ao longo do projeto, con- trolar o escopo e assim por diante. 6 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO De forma análoga, a gestão de custos é outra área de conhecimen- to, que trata da realização de estima- tivas de custos, da criação de orça- mentos, de técnicas para se contro- lar os custos do projeto, etc. Outra área de conhecimento lida como gerenciamento de riscos no projeto, e envolve a identificação, a classificação e priorização de ris- cos, assim como a definição de estra- tégias a serem adotadas para cada situação que envolve risco. As demais áreas de conheci- mento são: gestão integrada do pro- jeto, gestão de prazo, gestão de re- cursos humanos, gestão da qualida- de, gestão da comunicação, e gestão das aquisições. Lembremos sempre que o ge- renciamento de projetos envolve li- dar com pessoas a todo momento – a equipe do projeto, o cliente, quem financia o projeto, outras áreas en- volvidas, fornecedores, entre outros, e isto requer habilidades que vão além do simples uso de softwares. Estas breves explicações de- vem ter introduzido o assunto, escla- recido algumas dúvidas e apresenta- do o grande espaço existente nas or- ganizações paras e aplicaras técnicas modernas de gestão de projetos. É importante ter consciência de que muito há para se apresentar sobre o tema ainda, muitas são as técnicas de gerenciamento de proje- tos existentes e que podem ser utilizadas pelas empresas e mesmo pelas instituições públicas voltadas para a educação. E os benefícios de se utilizar os conceitos modernos de gestão de projetos vão da melhor utilização dos recursos da empresa, redução no tempo de colocação de novos pro- dutos no mercado, melhor controle e consequentes redução dos custos envolvidos nos projetos, e, culmi- nam, obviamente, na maior satisfa- ção do cliente do projeto e de todas as outras pessoas envolvidas como projeto. (PIETRO, 2002). 7 8 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2. O Fortalecimento da Gestão Escolar Fonte: Medium2 alar em fortalecimento da ges- tão escolar nos remete de ime- diato a participação, democracia e autonomia. E quando falamos em autono- mia, logo nos vem a ideia de inde- pendência, de liberdade; logo pensa- mos na possibilidade de fazermos aquilo que queremos e que entende- mos ser o melhor para nós, em um determinado momento. Pois bem, apresentaremos e discutiremos al- guns desses conceitos abordando as- 2 Retirado em https://medium.com/ pectos relativos à autonomia da uni- dade escolar, às formas de autono- mia e às suas dimensões na institui- ção educativa, além das outras duas condições de fortalecimento da ges- tão escolar: democracia e parti- cipação. Autonomia Autonomia é uma maneira de gerir, orientar as diversas depen- dências em que os indivíduos e os F 9 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO grupos se encontram no seu meio biológico ou social, de acordo com as suas próprias leis, (BARROSO, 1998, p.16). A autonomia é a possibilidade e a capacidade de a escola elaborar e implementar um projeto político- pedagógico que seja relevante à co- munidade e à sociedade a que serve (NEVES, 1995, p.113). Ao discutir a autonomia da escola, Veiga (1998) destaca quatro dimensões consideradas básicas pa- ra o bom funcionamento de uma ins- tituição educativa e que, segundo ela, devem ser relacionadas e arti- culadas entre si: Autonomia administrativa: que consiste na possibilidade de ela- borar e gerir seus planos, progra- mas e projetos. Fonte: https://www.seabra.ba.gov.br/ Autonomia jurídica: que diz respeito à possibilidade de a escola elaborar suas normas e orientações escolares em consonância com as le- gislações educacionais, como, por exemplo, matrícula, transferência de alunos, admissão de professores, concessão de grau. Autonomia financeira: que se refere à disponibilidade de recursos financeiroscapazes de dar à institui- ção educativa condições de funcio- namento efetivo. Autonomia pedagógica: que consiste na liberdade de propor mo- dalidades de ensino e pesquisa. Está estreita mente ligada à identidade, à função social, à clientela, à organiza- ção curricular, à avaliação, bem co- mo aos resultados e, portanto, à es- sência do projeto pedagógico da es- cola (VEIGA, 1998, p. 16-19). Democracia A gestão democrática também é parte integrante do projeto político pedagógico da escola, como expres- são de autonomia e de sua identida- de própria, particular. Democracia é entendida como democratização do acesso, do saber e das relações. São características de uma gestão democrática: Abrangente, envolvendo os diversos âmbitos previstos na LDB: pedagógica, administra- tiva e financeira; Participativa, envolvendo os diversos segmentos que com- põem a escola: dos diretores aos vigilantes, incluindo pro- fessores, técnicos, funciona- rios, pais, alunos; 10 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Educativa, implica a consci- ência de que a aprendizagem para o exercício participativo e propositivo da cidadania pas- sa, necessariamente, pela vi- vência democrática. Só se aprende democracia, sendo democrático. Supõe a implantação e imple- mentação de estruturas de reflexão e tomada de decisão coletivamente, como: forma comunitária de escolha dos diretores, assembleias gerais da comunidade escolar, conselhos deli- berativos escolares, associações de pais e mestres, grêmios escolares. Supõe a instituição de meca- nismos de circulação de informações entre os diversos segmentos e de estímulo e incentivo à participação, como reuniões periódicas, murais, boletins informativos, divulgação de atas e relatórios; Administrar o pessoal lota do na escola é tarefa primordial, preci- samdo criar-se um clima de convi- vência democrática; Exige liderança da equipe ges- tora para estimular a participação, refletir e sistematizar o processo, di- rimir conflitos, solucionar criativa- mente os problemas, contribuir para a geração de consensos internos por meio do diálogo sobre os diferentes olhares. Fonte: https://br.pinterest.com/ Exige o redesenho do poder na escola. As decisões passam a ser to- madas coletivamente e já não mais por uma pessoa ou pequeno grupo de pessoas. Exige a consciência de que o que se pretende é a gestação de uma nova cultura fundamentada na par- ticipação e na democracia. Esse é um processo lento, o que exige, portan- to, avaliação permanente do pro- cesso. Exige processos sistemáticos de formação de todos os segmentos para a participação. Formação dos diretores, dos conselhos ou mem- bros das associações para o conheci- mento da legislação nacional e local. Muitas vezes impera o conhecimen- to como fator de poder, o que pode gerar inibição da voz dos pais, funcionários ou alunos. É preciso cuidar para evitar a burocratização e a rotinização da 11 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO gestão, priorizando prazos, procedi- mentos, atas e ofícios, em detrimen- to do pensar e do agir coletivo. É preciso cuidar para que o cri- tério central das decisões coletivas seja o da qualidade da escola pública e não o interesse elitista ou exclu- dente ou dês comprometido com a educação que ainda impera em determinadas escolas (AZEVE-DO, 2010). A escola deve conquistar sua autonomia, mas ela não é uma en- tidade isolada. Ela articula-se ao sis- tema de ensino e por meio do pro- cesso de autorização de funciona- mento pelos órgãos competentes, a escola garante a sua inserção legal no sistema. Dado o caráter público da ins- tituição escolar, de corre a sua obri- gação de interagir com as demais es- colas da rede, com o órgão gestor central (em geral, as secretarias de educação), com os conselhos muni- cipais ou estaduais (de educação, do FUNDEF, da merenda escolar, do programa bolsa-escola). Decorre, ainda, a sua obriga- ção de prestar contas à sociedade do trabalho educativo realizado. Como se percebe, a autonomia da escola se dá de forma corespon- sável dentro de um marco com um legal e de orientações político-peda- gógicas extensivas ao sistema de ensino. Fonte: http://www.vilavelha.es.gov.br/ A escola precisa participar ati- vamente dos órgãos e instâncias normativas e deliberativas da rede, como os Conselhos, o Fórum, bem como aliar-se ao Plano Municipal ou Estadual. Os órgãos gestores, por sua vez, têm a obrigação de agir com democracia, respeitando a auto- nomia das escolas. As chamadas “ordens de servi- ço” devem ser constituídas por do- cumentos democraticamente discu- tidos, o que pode vir a assegurar um trabalho coletivo, garantindo quali- dade à rede ou sistema como um todo e a cada uma das unidades es- colares (AZEVEDO,2010). Participação Aqui nos cabe lembrar da par- ticipação da família e da comunida- de na escola. É preciso construir uma participação ativa da família e 12 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO da comunidade na escola, superan- do as práticas ainda existentes de convidar as famílias apenas para as atividades festivas ou para informar o baixo desempenho ou mau com- portamento do seu filho na escola. Ao relacionar-se com os pais e/ou responsáveis, a escola deve su- perar as idealizações ou os precon- ceitos ainda existentes, reconhecen- do a diversidade de formas de orga- nização familiar e, sobretudo, tra- tando pedagogicamente essa rea- lidade. O objetivo é favorecer uma participação que gere compromisso da família coma aprendizagem e o sucesso escolar do seu filho e com- promisso da escola com a inserção curricular do ambiente cultural da família e da comunidade. Essa par- ceria as segurará, em última instân- cia, o pleno cumprimento da função social da escola. Isso exige incluir a voz dos pais ou responsáveis e da comunidade na construção, implementação e avalia- ção do projeto político-pedagógico da escola. A família e a comunidade precisam encontrar aí um espaço para apresentar suas necessidades e desejos em relação a escola, bem necessidades e desejo sem relação ao acompanhamento e envolvimen- to da família na vida escolar das crianças e dos adolescentes. É preci- so ir definindo, no processo, respon- sabilidades de ambas as partes, afim de se evitar a transferência de papéis. Fonte: http://www.paranaiba.ms.gov.br/ A construção do projeto políti- co-pedagógico (que falaremos em detalhes mais adiante) e do regi- mento escolar é, também, um mo- mento privilegiado para definir os canais institucionais de participa- ção da família na vida escolar. For- mas democráticas de escolha do di- rigente escolar, conselho deliberati- vo escolar, reuniões de pais são for- mas significativas de participação. Outra forma de envolvimento com a escola poderá se dar por meio do incentivo ao uso educativo, cultu- ral das dependências escolares, so- bre tudo no final de semana quando a escola está ociosa. A biblioteca es- colar, a quadra de esportes, o apare- lho de DVD, de vídeo cassete, o labo- ratório de informatica, o auditório são alguns dos espaços que podem 13 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ser plenamente utilizados pela co- munidade. Além de possibilitar o uso educacional do estabelecimento escolar, essa prática poderá fortale- cer os vínculos comunitários, bem como a atitude de cuidado e zelo co- munitário pelas instalações esco- lares. É importante garantir formas de informar a família sobre a fre- quência e o desempenho dos alunos, conforme disposto na LDB. Muitas vezes, a família só tem informação sobre a vida escolar no final do ano letivo, quando já não é mais possível reverter o processo. A família tem direito a informação sobre a vida escola do seufilho. Uma de mandada comunidade poderá ser a própria escolarização dos pais. O índice de analfabetismo e de baixa escolarização dos jovens e adultos ainda é bastante significati- vo no país. A ampliação do nível de escolarização dos adultos. Fonte: https://www.familytoday.com/ Além de ser uma responsabili- dade social e legal da escola pública, com o resgate de uma dívida social histórica, é, também, uma maneira de ampliar os vínculos da família com a escola e de ampliar as possi- bilidades de uma contribuição mais significativa da família no processo de escolarização de seus filhos. Enfim, ao transpor as frontei- ras dos muros da escola, poderá se identificar outros atores educacio- nais que atuam na comunidade, co- mo Organizações Não Governamen- tais (ONGs), Igrejas, artistas locais (poetas, cantadores, pintores.), uni- versidades, 4 associações de bairro, empresas, dentre outros e com eles estabelecer parcerias que visem ao desenvolvimento escolar e cultural da comunidade. Uma ação privile- giada poderá ser a de tecer com eles um programa de atividades comple- mentares, e que poderá ser realizada na escola no turno oposto ao da aula (AZEVEDO,2010). 15 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 3. O Projeto Político Pedagógico Fonte: Educação Infantil3 Projeto Político Pedagógico propicia uma vivência demo- crática necessária à participação e ao envolvimento de todos os segmentos da comunidade escolar no exercício da cidadania. Desta forma o projeto precisa desenvolver-se de tal forma que super e conflitos, buscando eli- minar as relações autoritárias e competitivas quere forçam as dife- renças e hierarquias de poder dentro da escola (CARNEIRO et al,2007). Assim o projeto deve buscar a orga- nização do trabalho pedagógico na escola em sua totalidade. 3 Retirado em https://educacaoinfantil.aix.com.br/ O projeto pedagógico parte sempre do que a escola já tem e pro- põe outros significados à sua reali- dade. Em função disto, ele se torna a o mesmo tempo, um dever e um di- reito da escola: Um dever por se tratar do ele- mento responsável pela vida da escola em seu tempo insti- tucional. Um direito porque, por meio dele, a escola consolida sua au- tonomia e seus vários atores podem pensar, executar e ava- liar o próprio trabalho. O 16 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Partindo desta concepção o Projeto não pode ser elaborado ape- nas por uma pessoa, ou pelos gesto- res escolares e tão pouco deve ser feito de uma só vez. Deve, antes de tudo, ser ela- borado por todos os segmentos da escola de forma processual, reflexi- va, com ações a curto, médio e longo prazos. Conceito de Projeto Peda- gógico Segundo Gadotti (1994) o pro- jeto da escola depende, sobretudo da ousadia dos seus agentes, da ousadia de cada escola em assumir-se como tal, partindo da “cara” que tem, com seu cotidiano e seu tempo-espaço, isto é, o contexto histórico em que ela se insere. Projetar significa “lan- çar-se para frente”, ante ver um fu- turo diferente do presente. Projeto pressupõe uma ação intencionada com um sentido definido, explícito, sobre o que se quer inovar. O termo projeto vem do latim do verbo projicere que significa lan- çar-se para frente, para o futuro. O projeto pedagógico deve ser com- preendido como um instrumento teórico metodológico que a escola elabora com a participação de todos os seus segmentos, com a finalidade de apontar a direção e o caminho que vai percorrer para realizar da melhor forma possível a sua função educativa. Nesta perspectiva, já sabemos que o projeto pedagógico não é algo que vai ser construído e logo depois arquivado ou encaminhado às auto- ridades para simplesmente cumprir uma função burocrática. Ele é um instrumento que possibilita à escola inovar sua prática pedagógica, na medida em que apresenta novos ca- minhos para situações que nesse- ssitam se modificadas. Até o momento já percebemos que o projeto pedagógico é uma ação intencional com sentido explícito e compromisso definido no coletivo, certo? Por isso, todo projeto pedagó- gico é também um projeto político por estar ligado ao compromisso só- cio político. É político no sentido do tipo de cidadão que se deseja formar e na sociedade que se deseja ter. Na dimensão pedagógica reside a possi- bilidade da efetivação da intenciona- lidade da escola com a formação do cidadão crítico, participativo, com- promissado, com sua formação en- quanto sujeito de uma sociedade. Como Construir o Diagnóstico da Realidade Fundamentados na certeza de que cada escola é única, com suas peculiaridades, clima organizacio- 17 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO nal, cultura, perfil sócio – econômi- co, não existe uma “receita pronta” para se construir o projeto político pedagógico. O que existe na realidade são princípios gerais que devem ser dis- cutidos na escola em função de sua própria identidade. Tendo esta ideia em mente, cada escola necessita olhar para si mesma, refletir sobre suas práticas, seus limites e poten- cialidades e de maneira autônoma e coletivamente, construir seu projeto pedagógico. Vamos ver no quadro abaixo três grandes movimentos no diag- nóstico e construção do PPP: 1º Diagnóstico da realidade da escola. Analisar a realidade da escola em suas dimensões: pedagógica, administrativa, financeira e jurídica. Como é nossa escola? 2º Levantamento das concepções do coletivo da escola. Discutir as concepções no coletivo da escola em relação ao trabalho pedagógico. Que identidade a nossa escola quer construir? 3º Definição de estratégias de pessoas ou de grupos, assegurando ações definidas no coletivo da escola Definir as ações da escola, os responsáveis por sua execução e os recursos necessários para o projeto. Como executar as ações definidas no coletivo? É o diagnóstico que irá situar a comunidade em relação à distância que a escola está em relação ao que se busca na formação dos educan- dos. Sua importância é, portanto, muito grande. Com ele a comunida- de enxerga suas fraquezas e forças, suas potencialidades, oportunidades e necessidades, frente ao que foi de- finido no Marco Referencial (É a ex- pressão do rumo que a escola esco- lhe para seguir, do horizonte que tem em relação à formação de seus educandos, fundamentada em as- pectos filosóficos, biopsicológicos, pedagógicos. Nessa parte a comuni- 18 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO dade escolar toma posição em rela- ção à sua identidade, visão de mun- do que tem, valores, objetivos, com- promissos.) Os ideais desejados. Há autores que preferem em termos metodológicos que o Diagnóstico anteceda ao Marco Referencial. Ca- be à comunidade escolar definir co- mo é mais adequada essa dinâmica, considerando sua cultura. Levantando os Dados para o Diagnóstico O que e como fazer? É importante que sejam le- vantados dados que permitam uma visão sucinta da escola, podendo ser de natureza legal, histórica, ou ad- ministrativa. Aqui a escola irá des- crever a sua própria realidade, atra- vés da visão que seus vários segmen- tos têm da escola como: Para identificar estes dados a escola poderá adotar algumas ações tais: Pesquisar nos arquivos da se- cretaria escolar dados de na- tureza legal e administrativa; Verificar a que está relaciona- do o surgimento da escola, entrevistando moradores mais antigos; Buscar informações com os primeiros professores, funcio- narios e alunos que já estuda- ram na escola; Ler atas e registros da escola buscando dados fidedignos para o projeto. Que indicadores buscar? Nome da escola Localização Aspectos legaisde sua criação Níveis e modalidades de en- sino que oferece Número de alunos, divididos por série, e ou ciclo e turno Dados de abandono, evasão, repetência e aprovação escolar Origem da clientela atendida e sua situação socioeconômica Contexto em que a escola está inserida Histórico da escola, fatos im- portantes de sua história. Município/Estado Nosso atual currículo e organi- zação didática Nossa atual organização do ensino Nossas atuais metodologias de ensino Nossas atuais linhas de ação Nossas atuais normas Nossas atuais relações com a comunidade de pais e amigos da escola Nossos atuais parceiros O atual clima organizacional da escola Nosso estilo gerencial. Para levantaras necessidades da escola, é necessário que todos es- tejam envolvidos. Pode-se montar 19 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO um questionário para diagnosticar as necessidades da comunidade, suas aspirações em relação à escola desejada para seus filhos, reuniões, discussões, debate se filmagens da escola no sentido de aproximar as pessoas para buscar as reais necessi- dades. No levantamento da realidade da escola devem participar gestores, professores, pais, alunos, pessoal técnico administrativo e de apoio - segmentos organizados da comuni- dade escolar. É o momento do levan- tamento global, onde a escola deve indagar-se acerca das atividades que desenvolve, de como está sua reali- dade nas dimensões pedagógicas, administrativa, comunitária. Fonte: https://financasfemininas.com.br/ O que fazer? Coletar os dados e analisá-los cuidadosamente, tanto nos aspectos qualitativos quanto quantitativos. As informações devem voltar-se pa- ra os aspectos internos e externos à realidade educativa, detectando suas fragilidades e fortalezas. Como fazer? Para realizar o diagnóstico a escola precisa levantar questiona- mentos de nível amplo, que relacio- ne sua realidade aos aspectos soci- ais, políticos e econômicos da comu- nidade e outro de nível mais especí- fico, voltado para a organização de seu próprio trabalho pedagógico. Os Marcos Referenciais É a expressão do rumo que a escola escolhe para seguir, do hori- zonte que tem em relação à forma- ção de seus educandos, fundamen- tada em aspectos filosóficos, biopsi- cológicos, pedagógicos. Nessa parte a comunidade escolar toma posição em relação à sua identidade, visão de mundo que tem, valores, objeti- vos, compromissos. Ao definir o marco que vai re- ferenciar a ação educativa de todos, a comunidade está definindo a es- sência da existência daquela escola. Para tanto busca responder a ques- tionamentos básicos: O que fundamenta o nosso querer enquanto escola? Em que medida podemos cola- borar na construção do ho- mem novo ético, solidário, in- vestigador, proativo, ecológi- co, paz e a dor, crítico, dialó- 20 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO gico que a sociedade atual ne- cessita? É no Marco Referencial que a comunidade procura expressar o sentido do trabalho educativo da es- cola e as perspectivas para o percur- so educacional. Ele impulsiona a comunidade para superação da rea- lidade e fornece os parâmetros para a realização do Diagnóstico. O Mar- co Referencial compõe-se de três partes: Marco Situacional (onde esta- mos, comovemos a realidade) Marco Filosófico (para onde queremos ir) Marco Operativo (que hori- zonte queremos para nossa ação). No marco situacional: o grupo analisa a realidade mais ampla na qual se insere a escola, situando-a no contexto. Perguntas que podem facilitara análise e as respostas da comunidade que planeja: Como compreendemos/vemos/sentimos o mundo atual? Quais os sinais de- vida? E de morte? Quais são as causas? O marco filosófico: corres- ponde ao ideal geral da escola. É a proposta de sociedade, pessoa e edu- cação que o grupo assume. A comu- nidade escolar faz aqui um acerto em torno de um núcleo mínimo de ideais e valores que deverão nortear sua ação educativa. Pelo debate das questões, busca-se um consenso mí- nimo sobre a sociedade que sequer construir, a pessoa que se quer formar e a educação que sequer ofe- recer. Isto porque toda educação se baseia numa visão de homem e de sociedade, concorda? Perguntas chave para a ela- boração do Marco Filosófico: Que tipo de sociedade queremos cons- truir? Que tipo de pessoa humana queremos colaborar na for- mação? Que finalidade queremos para a Escola? Que papel desejamos para a escola em nossa realidade? O marco operativo: é a pro- posta dos critérios de ação para os diversos aspectos relevantes da es- cola pedagógico, comunitário, admi- nistrativo considerando aquilo que queremos ser. Em sua elaboração o grupo precisa estar atento ao que foi definido no Marco Situacional e no Marco Filosófico para que os três se articulem entre si. O Marco Operativo trata de três dimensões fundamentais no trabalho escolar: Dimensão Pedagó- gica, Dimensão Comunitária e Di- mensão Administrativa. Veja que perguntas chave po- dem facilitar o trabalho do grupo na definição marco: 21 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO POSSÍVEIS PERGUNTAS PARA ELABORAR O MARCO OPERATIVO Dimensão Pedagógica Dimensão Comunitária Dimensão Administrativa Como desejamos. Como desejamos. Como desejamos. O processo de Planejamento? O Currículo? Os objetivos? Os conteúdo? A metodologia de ensino? A avaliação da aprendizagem? A disciplina? A relação professor- aluno? Nossa relação com o vestibular? Nossas reuniões pedagógicas semanais, quinzenais, mensais? O ensino em nossa rede? etc. Os relacionamentos na escola? O professor? O relacionamento com a família? O relacionamento com a comunidade? A participação e organização dos alunos? As atividades esportivas e culturais? A orientação vocacional? Os relacionamentos com os meios de comunicação social? etc. A estrutura e a organização da escola? Os dirigentes (Direção e equipe técnica)? Os serviços (Secretaria, Limpeza, Mecanografia, Audiovisuais, etc)? As formas de participação dos trabalhadores? As condições objetivas de trabalho? A obtenção e gerenciamento dos recursos financeiros? etc. 22 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Os questionamentos vão pos- sibilitando as respostas e as discus- sões para o grupo chegar aos com- sensos mínimos. Fonte: https://www.colaboracao.space/ A metodologia sugerida para a construção do Marco Referencial (nas suas três partes), assim como para todo o Projeto Político-Pedagó- gico, envolve basicamente três dinâ- micas: Momento individual, momen- to grupal e plenário. Momento individual: cada participante responde aos questionamentos por escrito, de modo claro, direto, simples e sintético. Momento grupal: é a sistema- tização das ideias expressas in- dividualmente por uma ou mais comissão de redação. O grupo faz uma primeira reda- ção, agrupando inteligente- mente as ideias individuais. É uma tarefa técnica de constru- ção de um texto, não de um julgamento. Verifica-se as ten- dências dominantes, as com- tradições surgidas. O grupo procura dar um corpo à reda- ção de modo dissertativo. Plenário: é o momento da co- municação do trabalho redigi- do em versão preliminar pela (s) comissão(ões) de redação, para o debate coletivo, as deci- sões e os encaminhamentos. Uma comissão geral de reda- ção encarrega-se da sistemati- zação final, a partir dos deba- tes e consensos. 23 24 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 4. O PPP e a Organização Curricular - Desafios de um novo Modelo Fonte: Escola Web4 m dos maiores desafios é trans- formar a escola em umaEscola Eficaz, e mesmo nos ambientes mais pobres e difíceis, ela pode existir, sendo necessário que se tenha: Bons profissionais: A escola boa é aquela que atrai, mantém e de- senvolve bons profissionais. Senso de missão: A escola efi- caz define com clareza sua proposta de ensino, e os participantes do pro- cesso sabem quais valores são ensi- nados e praticados nessa escola. 4 Retirado em https://escolaweb.com.br/ Autonomia Pedagógica: Na escola eficaz os professores e diri- gentes sentem-se responsáveis e se responsabilizam pelas decisões pe- dagógicas, sempre enfatizando o desempenho acadêmico do aluno. Liderança: Ao entrar em uma escola onde o Gestor é bom, per- cebe - se, no primeiro instante, que há uma diferença no ar. Clima Escolar: A escola eficaz tem e mantém um ambiente agradá- vel. U 25 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Utilização do tempo: O tempo é valorizado e isto se reflete no ca- lendário, no ritmo das atividades, no rigoroso cumprimento do ano leti- vo e das horas de aula. Participação da comunidade: Os pais compartilham a visão e as expectativas da escola a respeito do sucesso dos filhos. Administração dos recursos: A escola eficaz sabe fazer com que os recursos recebidos rendam mais e é capaz de buscar recursos adicionais. Agenda 21: É um plano de desenvolvimento e manejo ambien- tal que identifica os problemas e os meios para enfrentá-los, propondo ações para reduzir os impactos negativos decorrentes da nossa inte- ração com o meio (ARAÚJO; PE- DROSA NETO; SOUZA, 2009). Glossário Básico para PPPE Autonomia: A autonomia da escola está prevista na legislação e no referencial teórico que afirmam que as escolas terão que construir sua identidade para gerir o ensino. Torna-se necessário passar do dis- curso à ação. Em Educação, um grande problema tem sido o fato de a escola não ter nem os instrumen- tos, nem a autoridade necessários para resolver seus problemas. Dar à comunidade escolar a autoridade e os meios para realizar sua gestão e crescer é o começo da transfor- mação. Bases filosóficas: Todo conhe- cimento que serve como fundamen to, ou apoio, para a compreensão de uma realidade. Comunidade escolar: A co- munidade escolar é constituída por pais, mães, diretores, alunos, profe- ssores e demais funcionários da es- cola. Pode incluir ainda conselheiros tutelares, de educação, dos direitos da criança, ONGs, universidades e outras organizações interessada se diretamente envolvidas com os pro- blemas da escola e com sua me- lhoria. Fonte: http://asmoabetes.blogspot.com/ Diagnóstico: Na etapa do diag- nóstico, confronta-se área lida de existente com o ideal traçado da es- cola desejada (marco referencial). O resultado dessa comparação deve ser o mais claro possível, de modo que aponte as necessidades funda- mentais da escola. O diagnóstico co- meça por traçar o retrato da realida- 26 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO de a partir do levantamento das for- ça se fraquezas da escola, dos poten- ciais e dificuldades existentes. Em seguida, confronta esta realidade com a que se deseja. Para tal, devem ser problematizados diferentes as- pectos do trabalho escolar, ou seja, identificadas as dificuldades e en- tendidas as suas causas e mecanis- mos. Parte-se, então para delinear os desafios que terão de ser supe- rados para se atingir a escola dese- jada pela comunidade escolar. Quanto maior a consistência entre a problematização e as ações planejadas, melhor e mais útil ser á o diagnóstico. Se essa etapa for con- duzida pelo grupo de maneira com- petente, estará preparado campo se- guro para se traçar uma boa progra- mação. Estrutura: Todo estudo basea- do no pressuposto metodológico de que qualquer ciência deve optar pela observação rigorosa do maior núme- ro possível de fatos com vista a bem fundamentar suas proposições e ge- neralizações, viabilizando assim a descoberta da estrutura. Sistema que compreende elementos ordena- dos e relacionados entre si de forma dinâmica. Função educativa: Constitui, hoje, a essência do trabalho docente: a aprendizagem é sempre mudança; no ensino há que se considerar o co- nhecimento experiencial do aluno e, por último, o trabalho docente su- põe sólida identidade profissional do professor. Identidade: Significa explici- tar com clareza sua missão social, seus princípios, valores e compromi- sso com resultados educacionais dos alunos. Significa, também, organi- zar-se administrativa, pedagógica e financeiramente, de forma a alcan- çar os material e metas com eficiên- cia e eficácia (racionalidade interna) e definir linhas de trabalho que se- jam aceitas e legitima das pela co- munidade (racionalidade externa). Marco referencial: É a visão de futuro que a comunidade escolar de- fine para a escola. Tem vital impor- tância porque é esta visão que con- tagia as pessoas, fornece a direção e alimenta a participação de todos nas demais etapas do Projeto Pedagógi- co. Ao longo deste processo, são construídos princípios, valores e aspirações que definem os objetivos e a identidade da escola. Mediação: Ato ou efeito de mediar; intervenção com que se busca produzir um acordo. Objetivos: É um processo de entendimento de uma organização, de maneira que a administração e funcionários desempenhem as suas funções em função desses objetivos e que os compreendam. Planejamento participativo: É o processo de organização do traba- 27 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO lho coletivo da unidade escolar. Po- demos identificar três fases desse processo: a preparação do Plano Es- colar, entendido como o registro sis- tematizado e justificado das deci- sões tomadas pelos agentes educa- cionais que vivenciam o dia-a-dia da escola; o acompanhamento da exe- cução das operações pensadas no Plano Escolar, de forma a fazer, caso seja necessário, as alterações nas operações de forma que essas alcan- cem os objetivos propostos; e a revi- são de todo o caminhar, avaliando as operações que favoreceram o alcan- ce dos objetivos e aquelas operações que pouca influência tiveram sobre o mesmo, iniciando-se assim um novo planejamento. Plano: Diz respeito à execução de corrente, de um desejo coletivo, ou seja, obra de todos os que militam nessa escola, mormente, os educa- dores. É algo que se vai construindo aos poucos. Para a consecução desse desejo coletivo, será preciso que a comunidade docente assuma real- mente o seu papel interagindo para alcançar as metas que estabeleceu e pretende alcançar. Programação: É a proposta de ação, segundo Gandin (1995), para satisfazer as necessidades identifica- das no diagnóstico, ou melhor, para diminuir a distância entre a realida- de da escola desejada e a realidade existente. Usualmente, esta etapa é também chamada de implementa- ção ou de execução. Projeto: O Projeto político-Pe- dagógico é um instrumento de tra- balho que ilumina princípios filosó- ficos, define políticas, harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola, racionaliza e organiza ações, dá voz aos atores educacionais, otimiza recursos ma- teriais e financeiros, facilita a conti- nuidade administrativa, mobiliza di- ferentes setores na busca de objeti- vos comum se, por ser de domínio público, permite constante acompa- nhamento e avaliação. Qualidade da educação: É um fenômeno complexo, abrangente e que envolve múltiplas dimensões, não podendo ser apreendido apenas por um reconhecimento da varieda- de e das quantidades mínimas de insumos considerados indispensá- veis ao desenvolvimento do proces- so de ensino-aprendizagem, e muito menos, pode ser apreendidos em tais insumos, ressaltando que a qua- lidade deve ser mediada porfatores e dimensões extra e intra-escolares. Recursos metodológicos: São encaminhamentos que podem favo- recer a construção de linhas de ações e planejamento didático, oferecendo orientações, sem, entretanto, esta- belecer regras fixas a serem segui- das. 28 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Sistematização: É construir a memória de uma experiência de de- senvolvimento local, divulgar sabe- res relacionados a práticas (lições e ensinamentos), estimular o inter- câmbio e a confrontação de ideias, bem como contribuir a reconstituir visões integradas dos processos de intervenção social. Utopia: Algo irrealizável, ina- tingível, que representa uma situa- ção ou lugar ideais onde as institui- ções são extremamente aperfeiçoa- das. Valores: Diremos que o valor é uma maneira de ser ou de agir que uma pessoa ou uma coletividade re- conhecem como ideal e faz com que os seres ou as condutas aos quais é atribuído sejam desejáveis ou esti- máveis. Fonte: https://www.rawpixel.com/ Visão de mundo: Visão de mundo é a forma como entendemos a sociedade em que vivemos. São as crenças que orientam nossa ação. É constituída pela leitura que fazemos do mundo onde vivemos, pelas for- mas como organizamos nossa ação no mundo em que vivemos e pelos ideais que temos em relação a como o mundo deveria ser. Tem, portanto, elementos de juízo e de vontade, ambas nas mais diferentes gradua- ções e profundidades. 30 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 5. Referências Bibliográficas ARAÚJO. Karina Baricelli Martinez; PE- DROSA NETO, Carlos; SOUZA, Tânia Soa- res de. Gestão Escolar em Foco – 2009. Boa Vista: Secretaria de Estado de Educa- ção, Cultura e Desportos, 2009. AZEVEDO, Neroaldo Pontes de. Desafios da organização e gestão escolar. Dispo- nível em: www.mp.go.gov.br/.../documentos/.../D ESAFIOS Acesso em: 14 ago. 2010. BARROSO, J. O reforço da autonomia das escolas e a flexibilização da gestão escolar em Portugal, In: FERREIRA, N. S. C. (Org.), Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 1998. CARNEIRO, Rúbia Marluza etal. Curso de Formação Continuada de Equipes Gesto- ras de Unidades Escolares – Módulo 3: A Construção do Projeto Político Pedagógico da Escola. Salvador: PROGED, Ufba, 2007. GADOTTI, M. Pressupostos do projeto pedagógico. In: Conferência Nacional de Educação para Todos, 1.Anais…Brasília: MEC, 1994. GANDIN, Danilo. A prática do plane- jamento participativo. Petrópolis: Vozes, 1995. MÓDULOIII, Caderno de Estudo, PRO- GESTÃO, CONSED, Brasília, 2001. NEVES, C. M. de C. Autonomia da escola pública: um enfoque operacional, In: VEI- GA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagó- gico da escola: uma construção possível. 7 ed.Campinas: Papirus,1995. PIETRO, Alcides. O que é gestão de pro- jetos? Disponível em: www.gp3.com.br/Proage/exe/empresa/p ublicacoes/artigo_oquegp.pdf Acesso em: 02 ago. 2010. VASCONCELLOS, Celso dos S. Planeja- mento: Plano de Ensino Aprendizagem e Projeto Pedagógico. São Paulo: Libertad, 1995. VASCONCELOS, Celso dos S.- Planeja- mento – Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. 15 ed. Ed Libertad: São Paulo, 2006. VEIGA, Ilma Passos A. Perspectiva para reflexão em torno do projeto político- pedagógico, In: Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus, 1998. VEIGA, Ilma Passos A. Projeto político- pedagógico da escola: uma construção possível. In:(Org.). Projeto Político-peda- gógico da Escola: uma construção pos- sível. 2. ed. Campinas: Papirus, 1996, p.11- 35. 03 1
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