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Sumário 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ............................................................................................................................... 2 
Lei de Tortura................................................................................................................................................. 2 
Lei de Abuso de autoridade ........................................................................................................................... 3 
Lei de discriminação Racial ........................................................................................................................... 4 
Crimes Hediondos .......................................................................................................................................... 5 
Apresentação e Uso de Documento de Identificação Pessoal ........................................................................ 6 
Lei Maria da Penha (11.340/06) .................................................................................................................... 7 
Estatuto do desarmamento (10.826/2003) ................................................................................................... 11 
Lei de drogas ................................................................................................................................................ 14 
Lei Crimes ambientais ................................................................................................................................. 17 
Estatuto do Idoso .......................................................................................................................................... 20 
Lei de propriedade intelectual ...................................................................................................................... 20 
Juizados Especiais Criminais (JEC) ............................................................................................................. 21 
Lei de interceptações telefônicas ................................................................................................................. 26 
Organizações criminosas .............................................................................................................................. 27 
Estatuto do torcedor (crimes) ....................................................................................................................... 28 
Estatuto da Criança e Adolescente ............................................................................................................... 29 
Crimes contra relação de consumo (LEI 8.078/90) ..................................................................................... 33 
Juizado Especial Federal .............................................................................................................................. 34 
Crimes contra ordem tributária .................................................................................................................... 34 
Lei de proteção à vítima e testemunha ......................................................................................................... 35 
Lei de Execuções Penais .............................................................................................................................. 36 
Crimes do Código de Transito Brasileiro (lei 9.503/97) .............................................................................. 39 
Contravenções penais ................................................................................................................................... 40 
DIREITO PENAL ............................................................................................................................................ 41 
Parte Geral.................................................................................................................................................... 41 
Parte Especial ............................................................................................................................................... 58 
PROCESSO PENAL........................................................................................................................................ 86 
Informações iniciais ..................................................................................................................................... 86 
Inquérito Policial .......................................................................................................................................... 86 
Ação Penal (direito de ação) ........................................................................................................................ 88 
Tabela Ação Penal ....................................................................................................................................... 89 
Competência e Jurisdição............................................................................................................................. 89 
Provas ........................................................................................................................................................... 91 
Prisões .......................................................................................................................................................... 95 
Medidas Cautelares diversas da prisão e prisão domiciliar ......................................................................... 98 
Medidas Contracautelares .......................................................................................................................... 100 
Princípios do Processo Penal ..................................................................................................................... 102 
Sujeitos processuais ................................................................................................................................... 103 
PORTUGUÊS ................................................................................................................................................ 105 
Sintaxe ........................................................................................................................................................ 105 
Morfologia .................................................................................................................................................. 111 
CONSTITUCIONAL ..................................................................................................................................... 114 
Direitos Fundamentais ............................................................................................................................... 114 
Organização do estado ............................................................................................................................... 118 
Princípios Fundamentais ............................................................................................................................ 123 
Poder Executivo ......................................................................................................................................... 123 
Poder Legislativo ....................................................................................................................................... 125 
Poder Judiciário .......................................................................................................................................... 130 
Funções essenciais à Justiça ....................................................................................................................... 133 
ADMINISTRATIVO ..................................................................................................................................... 136 
Organização da Administração ..................................................................................................................136 
Poderes ....................................................................................................................................................... 138 
Agentes Públicos ........................................................................................................................................ 138 
Atos Administrativos ................................................................................................................................. 139 
Responsabilidade civil do Estado ............................................................................................................... 140 
Controles administrativos ........................................................................................................................... 141 
Serviços Públicos ....................................................................................................................................... 142 
Lei de Licitações (8.666) ............................................................................................................................ 143 
Estatuto Servidor Público União (8112/90) ............................................................................................... 145 
Improbidade Administrativa (8429/92) ...................................................................................................... 146 
Processo Administrativo Federal (9784/99) ............................................................................................... 147 
Código de ética Federal (Decreto 1171/94) ............................................................................................... 149 
Gestão da Ética do Poder Executivo Federal (Decreto 6029/07) ............................................................... 150 
RACIOCÍNIO LÓGICO ................................................................................................................................ 152 
Proposições ................................................................................................................................................ 152 
Tabela de equivalência e negação .............................................................................................................. 153 
Dicas de RLM ............................................................................................................................................ 154 
DIREITOS HUMANOS ................................................................................................................................ 155 
Informações gerais ..................................................................................................................................... 155 
Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos ........................................................................ 156 
Constituição Federal e Tratados Internacionais de Direitos Humanos ...................................................... 157 
Processo Internacional de Direitos Humanos ............................................................................................ 157 
Direitos Humanos no cenário nacional ...................................................................................................... 163 
Incidente de deslocamento de competência (IDC) Art. 109, da Constituição Federal .............................. 164 
Direitos Humanos – Refugiados ................................................................................................................ 164 
AFO ................................................................................................................................................................ 166 
Introdução e conceitos ................................................................................................................................ 166 
Funções Econômicas do Estado ................................................................................................................. 167 
Atividade Financeira do Estado ................................................................................................................. 167 
Princípios Orçamentários ........................................................................................................................... 167 
Leis Orçamentárias .................................................................................................................................... 169 
Ciclo Orçamentário .................................................................................................................................... 174 
Receitas ...................................................................................................................................................... 175 
Despesas ..................................................................................................................................................... 177 
Créditos Adicionais .................................................................................................................................... 180 
Disposições Diversas Sobre Receitas e Despesas Públicas ....................................................................... 180 
Restos a Pagar e Despesas com Anos Anteriores ...................................................................................... 182 
SIAFI .......................................................................................................................................................... 182 
ARQUIVOLOGIA ......................................................................................................................................... 184 
Introdução, Conceitos e Princípios ............................................................................................................ 184 
Classificação dos Documentos ................................................................................................................... 185 
Classificação de Arquivos .......................................................................................................................... 186 
Teoria das 3 idades ..................................................................................................................................... 186 
Gestão dos Documentos ............................................................................................................................. 187 
Gestão de Documentos Correntes .............................................................................................................. 187 
Protocolo ............................................................................................................................................................... 188 
Processos Administrativos dentro do Protocolo (etapas) ..................................................................................... 188 
Atenção aos documentos sigilosos e ostensivos ................................................................................................... 189 
Arquivamento dos arquivos correntes (etapas) .................................................................................................... 189 
Métodos de arquivamento .................................................................................................................................... 189 
Diagnóstico, Avaliação e Seleção de Documentos ................................................................................................ 191 
Prazo de guarda ..................................................................................................................................................... 192 
Tabela de Temporalidade ...................................................................................................................................... 193 
Seleção de Documentos e Destinação ..................................................................................................................194 
Gestão de Documentos Intermediários ...................................................................................................... 194 
Armazenamento - Localização, Construção e Equipamentos ............................................................................... 195 
Conservação, preservação e restauração .............................................................................................................. 195 
Agentes danosos .................................................................................................................................................... 196 
Legislação Arquivística.............................................................................................................................. 196 
Lei nº 8159/1991 ................................................................................................................................................... 196 
Decreto n° 4.553/2002 .......................................................................................................................................... 196 
Automação arquivística ......................................................................................................................................... 197 
CÓDIGO DE TRÂNSITO ............................................................................................................................. 198 
Introdução e conceitos ............................................................................................................................... 198 
Órgãos e competências ............................................................................................................................... 198 
Normas gerais de circulação e conduta ...................................................................................................... 199 
Sinalização ................................................................................................................................................. 203 
Veículos ..................................................................................................................................................... 205 
Habilitação ................................................................................................................................................. 208 
Infrações ..................................................................................................................................................... 210 
Penalidades ................................................................................................................................................. 211 
Medidas Administrativas ........................................................................................................................... 212 
Processo Administrativo ............................................................................................................................ 213 
Crimes do CTB .......................................................................................................................................... 215 
REDAÇÃO OFICIAL .................................................................................................................................... 219 
Introdução, conceitos e informações gerais ............................................................................................... 219 
Uso dos pronomes, vocativos, endereçamento do envelope e fecho. ........................................................ 219 
Normas gerais de elaboração para documentos oficiais............................................................................. 221 
Documentos Oficiais .................................................................................................................................. 222 
Aviso ...................................................................................................................................................................... 222 
Ofício ..................................................................................................................................................................... 223 
Memorando .......................................................................................................................................................... 224 
Requerimento ....................................................................................................................................................... 224 
Ata ......................................................................................................................................................................... 225 
Parecer .................................................................................................................................................................. 225 
Atestado ................................................................................................................................................................ 226 
Certidão ................................................................................................................................................................. 226 
Apostila ................................................................................................................................................................. 227 
Declaração ............................................................................................................................................................ 227 
Relatórios .............................................................................................................................................................. 228 
Portaria ................................................................................................................................................................. 228 
Circular .................................................................................................................................................................. 228 
Telegrama ............................................................................................................................................................. 229 
Fax ......................................................................................................................................................................... 229 
Correio eletrônico ................................................................................................................................................. 229 
Exposição de motivos ........................................................................................................................................... 229 
Mensagem ............................................................................................................................................................ 229 
Resumo dos conceitos dos documentos oficiais ........................................................................................ 230 
DIVERSOS .................................................................................................................................................... 231 
Macetes ...................................................................................................................................................... 231 
ANOTAÇÕES DE QUESTÕES .................................................................................................................... 233 
Processo Penal ............................................................................................................................................ 233 
Legislação Especial .................................................................................................................................... 237 
Penal Geral .................................................................................................................................................242 
Penal Especial ............................................................................................................................................ 249 
Constitucional ............................................................................................................................................ 250 
Administrativo ............................................................................................................................................ 253 
Informática ................................................................................................................................................. 255 
Direitos Humanos ....................................................................................................................................... 256 
PERGUNTAS PARA REVISÃO .................................................................................................................. 257 
Direito Constitucional ................................................................................................................................ 257 
Direito Administrativo ............................................................................................................................... 258 
Direito Penal Geral..................................................................................................................................... 260 
Direito Penal Especial ................................................................................................................................ 263 
Direitos Humanos ...................................................................................................................................... 266 
LISTA PARA DECORAR............................................................................................................................. 267 
 
 
 2 
 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
Lei de Tortura 
INFORMAÇÕES INICIAIS 
 Tortura prescreve? STF e CF/88 regra sim, exceção são tratados internacionais de direitos humanos. 
 Para o ECA, se criança foi torturada, permanece na lei de tortura. 
 Consumação: com o constrangimento, independentemente da ocorrência do resultado, sendo 
considerado crime formal. Pode ser tortura física ou mental. 
Tortura com emprego de violência ou grave ameaça, causando sofrimento físico ou mental: 
Finalidade Exemplo 
Tortura confissão Polícial tortura cidadão para confessar o crime. 
 
Tortura crime Torturar a vítima, que, sob coação moral irresistível, mata alguém. 
Ex. pelo homicídio mediante autoria mediata. 
Tortura racismo Tortura contra judeus, muçulmanos. 
Obs. Não abrange discriminação econômica, social ou sexual, vingança. 
Obs. Se o crime for extorsão, a extorsão absorve a tortura (se existir). 
TORTURA CASTIGO →intenso sofrimento. Não confundir com crime maus tratos do direito penal. 
Sujeito ativo é quem tem guarda sobre a pessoa (crime próprio). Finalidade é castigar. 
TORTURA SEM FINALIDADE. Exemplos: colocar uma adolescente infratora para cumprir MSE junto com 
homens; colocar preso em cela insalubre e escura; população linchando um furtador. 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa → Agente público ou ser particular. 
 Sujeito passivo: pessoa presa ou sujeita à medida de segurança (sujeito passivo qualificado). 
 Obs. Mulher não está sob guarda do marido, este responderia por lesão corporal art. 129 § 9°. 
 Como não tem finalidade: A lei de tortura admite realização por violência imprópria: hipnose, 
sonífero ou substância psicoativa. 
 Obs. Tratamento previsto em lei não é tortura. Exemplo: o regime RDD (solitária) para presos. 
TORTURA OMISSÃO (Omissão imprópria do agente garantidor art. 13, §2º CP (crime próprio)). 
Exemplo: um polícial militar tortura suspeito para que confesse o crime, enquanto isso o delegado na sala 
ao lado sabe que está acontecendo, mas nada faz. 
Polícial responde → Art. 1º I pena reclusão de 2 a 8 anos. (Crime hediondo) 
Delegado responde → tortura omissão. (não é crime hediondo, nem equiparado hediondo) 
Regime de pena é semiaberto tortura omissiva. Regime de pena fechado demais formas de tortura. 
Progressão = primário: cumprir 2/5 da pena; reincidente: 3/5 da pena. 
 TORTURA PRETERDOLOSA: é quando acontece lesão corporal (grave ou gravíssima) ou morte. 
Lesão corporal natureza grave ou gravíssima → reclusão 4 a 10 anos. Morte → reclusão é de 8 a 16 anos. 
AUMENTO DE PENA DE 1/6 a 1/3: 
- cometido por agente público, 
- cometido contra criança, gestante, deficientes e pessoa maior de 60 anos. 
- sequestro, extorsão mediante sequestro e cárcere privado. 
Efeito da condenação → perda automática do cargo/função/emprego + interdição pelo dobro da pena. 
Vedações → imprescritível + insuscetível de graça/anistia/indulto. 
PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE (lei aplica ainda que não praticado no Brasil) 
Exemplo: Dois brasileiros estavam fazendo pesca esportiva no Uruguai quando foram abordados, presos e 
torturados por policiais uruguaios. Após serem libertados, voltaram ao Brasil e noticiaram o caso às 
autoridades brasileiras. Trata-se de hipótese de extraterritorialidade incondicionada. 
 Competência justiça estadual em regra. Obs. Lembrar que é a capital do estado que antes residiu, 
se nunca residiu no Brasil, logo a justiça estadual é da capital Brasília. 
 Exceção incidente de deslocamento de competência (quando existe grave violação dos direitos 
humanos) e competência para justiça federal. 
 Aqui, há duas condições, de modo que deve ocorrer uma das duas, para que a lei se aplique: 
˃ Que vítima seja brasileira. 
˃ Que o agente torturador esteja em local que a lei brasileira seja aplicável. 
 3 
 
Lei de Abuso de autoridade 
 REGRA: sempre ação penal pública incondicionada. 
 EXCEÇÃO: ação privada subsidiária da pública. Obs o MP pode, no caso de negligência do querelante, 
retomar a ação como parte principal. 
 Condição objetiva de procedibilidade: não precisa, porque ação penal é publica incondicionada. 
 TRÍPLICE RESPONSABILIDADE: As 3 esferas (administrativa, civil e penal) são autônomas, 
sendo que não precisa aguardar decisão de uma delas para outra esfera ter efeito. 
 Elemento Subjetivo → será sempre doloso, nunca culposo. 
 Quem é autoridade? R= quem exerce cargo/emprego/função civil ou militar, ainda que transitório e 
sem remuneração. 
- Obs. Não abrange entidade paraestatal ou prestadoras de serviços. 
- Obs. Particular pode cometer abuso de autoridade caso saiba que comparsa é servidor público. 
- Obs. Mesmo servidor de férias/licença/folga pode cometer crime se invocar a função pública. 
 Concurso: pode existir abuso de autoridade + outro crime. Não existe tentativa! 
 Sujeito passivo: pessoa física/jurídica que sofreu abuso e o estado que tem imagem afetada. 
- Obs. Criança pode ser passivo desde que não seja crime do ECA. 
 Penas: 10 dias a 6 meses; multa; perda do cargo e inabilitação por até 3 anos. 
 Competência: regra Jecrim Estadual, exceção se for interesse da união. 
 Separação dos processos: quando existir abuso autoridade + crime militar. 
DAS MODALIDADES DE CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE (ART. 3º e 4º) 
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: 
a) à liberdade de locomoção; 
b) à inviolabilidade do domicílio; 
c) ao sigilo da correspondência; 
d) à liberdade de consciência e de crença; 
e) ao livre exercício do culto religioso; 
f) à liberdade de associação; 
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do 
voto; 
h) ao direito de reunião; 
i) à incolumidade física do indivíduo; 
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício 
profissional. 
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: 
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade 
individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; 
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a 
constrangimento não autorizado em lei; 
c) deixar de comunicar,imediatamente, ao juiz competente a 
prisão ou detenção de qualquer pessoa; 
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou 
detenção ilegal que lhe seja comunicada; 
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a 
prestar fiança, permitida em lei; 
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade polícial 
carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, 
desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à 
espécie quer quanto ao seu valor; 
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade polícial recibo 
de importância recebida a título de carceragem, custas, 
emolumentos ou de qualquer outra despesa; 
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou 
jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou 
sem competência legal; 
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de 
medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno 
ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. 
 Obs. Detenção momentânea é legal, já prisão para averiguação é ilegal. 
Efeito da condenação Tortura → perda automática cargo/função/emprego + interdição pelo dobro da pena. 
Efeito da condenação Abuso geral → perda cargo/função/emprego + inabilitação por até 3 anos. 
Efeito da condenação Abuso polícial/militar → perda cargo/função/emprego + inabilitação 1 a 5 anos. 
Sanções administrativas (anotadas na ficha funcional) → advertência, repreensão, suspensão 
cargo/função/posto de 5 a 180 dias (perda vencimentos/vantagens), destituição de função, demissão. 
ATENÇÃO AS DEMAIS NORMAS PROCESSUAIS! Obs. Situações omissas resolvem com CPP! 
A vítima de abuso pode “representar” à autoridade administrativa independente se MP representou ou não. 1º recebe a 
representação para aplicação de sanção administrativa. Depois a autoridade abre inquérito administrativo para apurar 
os fatos, seguindo a lei de processo administrativo do próprio ente. Ação Penal é iniciada mesmo sem inquérito 
polícial. MP tem 48 horas para denunciar depois da vítima representar. Se existir vestígios (2 testemunhas devem 
comprovar + juiz designa perito até 72hrs). Arquivamento: segue mesmas regras de arquivamento do IP no CPP. Juiz 
recebe os autos dentro do prazo (48 horas do MP), ele dá despacho (recebendo ou rejeitando denúncia). Se receber, 
então ele escolhe data e hora no prazo improrrogável de 5 dias para instrução. Testemunhas tanto de defesa quanto de 
acusação podem apresentar sem intimação e não é possível precatória para intimar alguém (salvo diligencias, exames 
ou pericias, e achar indispensável). Procedimento: abre sessão, juiz qualifica/interroga réu, só depois ouve 
testemunhas, perito MP, advogado de queixa e advogado de defesa. Cada um tem prazo de 15 (+10) minutos pra falar. 
 
 
 4 
 
Lei de discriminação Racial 
 O crime de “racismo” está como mandado expresso de penalização porque a própria Constituição 
Federal já previa a conduta de racismo como crime, logo não poderia o legislador ordinário tratar a 
matéria de outra maneira. Constituição Federal: 
- Art. 1° III - A República Federativa do Brasil (...) tem como fundamentos: III. a dignidade da pessoa humana; 
- Art. 3° IV - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV. promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (grifo nosso). 
- Art. 4° II e VIII - A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes 
princípios: II. prevalência dos direitos humanos; VII. repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
Racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
 Inafiançável - Não se admite a fiança para concessão da liberdade provisória. 
 Imprescritível - Poderá ser punido a qualquer tempo, não cabe causa extintiva da punibilidade prescrição. 
 Pena de Reclusão – Constituição já previa essa pena, então legislador deve respeitar. 
 
Discriminação Preconceito 
Ato de separar/segregar/diferenciar pessoas. Opinião formada precipitadamente negativa/pejorativa. 
 
O que é racismo 
Art. 1° da lei de discriminação racial - serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes 
de: Raça, Cor, Etnia, Religião ou Procedência Nacional. 
Os crimes dependem do dolo do agente voltado para esses tipos de discriminação ou preconceito. 
O que não é racismo. 
 Discriminação resultante de sexo ou estado civil são tratados pela lei 7437/85, como nessa lei as 
penas cominadas não são de reclusão, entende parte da doutrina que ela é inconstitucional. 
 Discriminação resultante de deficiência física ou mental são tratadas pela lei 7853/89. 
 Na lei não está incluso sobre condição financeira. 
 
Racismo Pena 
 Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço (remunerado ou não) em 
qualquer ramo das Forças Armadas (PM e Bombeiro). 
Reclusão 2 a 4 anos 
 Relacionado ao trabalho empresa privada (Multa e prestação de serviço): 
nega/obsta emprego, não concede equipamentos essenciais para empregado 
em iguais condições, impede Ascenção/benefício profissional, aplica 
tratamento diferenciado (especialmente salario). 
 Trabalho no serviço público (adm. Direta e indireta e concessionárias) se 
obsta ou impede acesso ao cargo. 
 Simbologia a cruz suástica; 
 Usar meios de comunicação social para propagar racismo. 
Reclusão 2 a 5 anos 
 Negar acesso à escola (Aumenta pena 1/3 se contra menor de 18). 
 Negar hospedagem em hotel, pensão ou similares. 
Reclusão 3 a 5 anos 
Demais formas de descriminação: negar receber pessoa estabelecimento 
comercial, lugares abertos ao público (sorveteria, pizzaria), estabelecimentos 
esportivos, casa diversões, clubes, salões de beleza, impedir entrada em 
edifício públicos e residenciais, impedir uso meio transporte; 
Reclusão 1 a 3 anos 
Atenção às únicas situações que qualifica e aumenta a pena. 
Qualificadora (Reclusão 2 a 5 anos) Usar meios de comunicação social para propagar racismo. 
Aumento de pena (1/3) Negar acesso à escola para menor de 18. 
Efeitos da Condenação 
RACISMO TORTURA 
Perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a 
suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por 
prazo não superior a 3 meses. 
Perda do cargo, função ou emprego público e a 
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo 
da pena aplicada. 
Os efeitos não são automáticos, devendo ser motivadamente 
declarados na sentença. 
Efeito da condenação é automática. 
 5 
 
Crimes Hediondos 
RESUMO DO QUE É REALMENTE IMPORTANTE NA LEI 
→ O rol dos crimes hediondos é taxativo. 
1. Homicídio praticado por grupo de extermínio (ainda que só 1 agente) e homicídio qualificado; 
2. Lesão corporal gravíssima ou lesão com morte contra servidores públicos e seus parentes até 3º grau. 
- Art. 142: autoridades ou agentes Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica). 
- Art. 144: autoridades ou agentes PF, PRF, PFF, PJC, PM e CBM. 
- Integrantes do sistema prisional. 
- Integrantes da Força Nacional de Segurança Pública. 
3. Latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); 
4. Extorsão qualificada pela morte; 
5. Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada; 
6. Estupro; 
7. Estupro de vulnerável; 
8. Epidemia com resultado morte; 
9. Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou 
medicinais; 
10. Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou 
de vulnerável; 
11. Genocídio. 
 
Equiparados a hediondos: 
1. Tortura 
2. Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. 
3. Terrorismo 
 
Mesmo os crimes tentados referentes a esse rol são considerados hediondos. 
Vedações: Os crimes hediondos, o terrorismo, a tortura e o tráfico de drogas são insuscetíveis de anistia, 
graça ou indulto e fiança. Mesmo sem expressa vedação do indulto na tortura o STF decidiu pela proibição. 
 
→ Restrições: O regime inicial fechado: é inconstitucional, então o juiz decide. 
 Regime integralmente fechado: proibido. 
 Direito de apelar em liberdade é fundamentado pelo juiz. Porém STF declarou inconstitucional. 
 A progressão → 2/5 caso se primário, ou 3/5 se reincidente, ambos não reincidência em qualquer crime. 
 Livramento condicional → cumprir 2/3 da pena e desde que o réu não seja reincidente específico em 
crime dessa classe; 
 Prisão temporária é 30 dias prorrogável mais 30. 
 Em caso de condenação, o juiz deverá decidir fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. 
 Associação criminosa – penas: 
- Art. 288: pena 1 a 3 anos. 
- Associação criminosa para praticar crimes hediondos: pena 3 a 6 anos. 
 Traição benéfica participante e o associado denúncia à autoridade o bando ou quadrilha, terá a pena 
reduzida de um a dois terços. 
 Delação Eficaz: no crime cometido por quadrilha ou bando que facilita libertação do sequestrado, terá 
redução de pena de 1 a 2/3. 
 Atenção: Crime de racismo não é crime hediondo, nem por equiparação. Insuscetível apenas de fiança, 
nos termos da constituição. 
 
 
 6 
 
Apresentação e Uso de Documento de Identificação Pessoal 
 
 Regra: A lei veda retenção de documentos. Exceção: situações especificas que pode ser retido. 
 A retenção constitui infração penal sua retenção dolosa, com exceções. 
 Retenção não pode ocorrer por pessoa física, pessoa jurídica público ou privado, nacional, estrangeiro. 
 Documentos: Próprio documento original, Fotocópia autenticada, Pública-forma (copia autêntica de um 
documento feito por um tabelião). 
Documentos equiparados pela própria lei (rol exemplificativo): 
 Comprovante de quitação com o serviço 
militar (certificado de reservista). 
 Título de eleitor. 
 Carteira profissional. 
 Certidão de registro do nascimento. 
 Certidão de casamento. 
 Comprovante de naturalização. 
 Carteira de identidade de estrangeiro. 
 Carteira Nacional de Habilitação. 
 Carteira da OAB 
 Carteira CREA’s. 
 
 
REGRA EXCEÇÃO 
A lei veda retenção de documentos. Situação especifica que pode ser retido. 
 Próprio documento original; 
 Fotocópia autenticada; 
 Pública-forma (copia autêntica de um 
documento feito por um tabelião). 
 Identificação for indispensável para a entrada 
de pessoa em órgão público ou particular 
 Documento necessário para realizar 
determinado ato, desde que previsto em lei. 
 
Infração cometida por 
particular. 
Lei contravenções 
Infração cometida por 
servidor. 
Lei uso documentos 
Informações são solicitadas de 
forma justificada, mas pessoa não 
atende. Pena - prisão simples, de 
três meses a um ano. 
Retenção acontece por meio do 
servidor público que retém de 
forma injustificada. 
 
 Retenção ilegal é uma contravenção penal: prisão simples de 1 a 3 meses. 
 Retenção legal não pode ultrapassar 5 dias, salvo autorização judicial. 
 Pena (sem rigor penitenciário) de 01 a 03 meses ou multa. 
 Infração por preposto: 
- superior hierárquico dá ordem para subordinado reter → responde superior hierárquico. 
- subordinado desobedece superior que não mandou reter→ responde subordinado. 
 
Situações em que a retenção será crime do código penal: 
 CRIME 1: Se a retenção tem a finalidade de reter a pessoa no local de trabalho, a infração praticada 
será a de redução à condição análoga a de escravo (art. 149 $ 1°, II, CP). 
 CRIME 2: Se a retenção tem a finalidade→ impedir que alguém se desligue de serviços de qualquer 
natureza, a infração praticada será a de frustação de direito assegurado por lei trabalhista (art. 203, $ 
1°, I CP). 
 
 
 7 
 
Lei Maria da Penha (11.340/06) 
INFORMAÇÕES INICIAIS 
 A lei traz regras de natureza penal e processual penal. 
 Lei aplica aos transexuais tenham realizado a operação de transmutação por cirurgia irreversível. 
 Homem pode ser vítima? R= sim, mas não aplica a lei, pois a lei só aplica as mulheres. 
 Porque pode ser vítima? R= sim, porque a lei alterou o art. 129 § 9°, que é qualificadora de lesões 
corporais, e nele têm as figuras de quem pode sofrer lesões incluindo cônjuge. 
 A lei considera agressor homem ou mulher, mas a vítima para lei é sempre é do sexo feminino. 
 Sobre a lei: o Juiz no caso concreto que dirá ser enquadra na lei, então os concursos restringem mais 
nos conceitos da lei, regras processuais e situações que aplica de oficio pela autoridade. 
 Relações pessoais independem de orientação sexual. (Aplica em relações homoafetivas femininas). 
 Lei não aplica moldes de lei 9.099. 
FINALIDADE DA LEI (lembrar-se dos verbos) 
 Coibir e prevenir e violência doméstica e familiar contra mulher. 
 Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher. 
 Criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; 
 Estabelecer Medidas → assistência/proteção às mulheres em situação de violência doméstica/familiar. 
DIREITOS ASSEGURADOS À MULHER 
 São direitos: Vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, 
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar 
e comunitária. 
 Quem participa dessa proteção? R= família, sociedade e poder público. 
 Papel do poder público: proteger mulheres da negligência/discriminação/exploração/violência/crueldade/opressão. 
CONCEITO/CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER 
É violência contra mulher qualquer ação/omissão que resulte → morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial. 
Momentos/situações 
 Âmbito da unidade doméstica: onde tem convívio permanente com pessoas, com/sem vinculo 
familiar e esporadicamente agregadas (Não é necessário ter vinculo familiar). 
 Âmbito da família: onde tem indivíduos aparentados, seja laços naturais, afinidade ou vontade 
expressa. Exemplo é casamento, marido e mulher, filho e mãe. 
 Qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, 
independentemente de coabitação. Não é necessário ter coabitação: ex maridos, namorados, noivos... 
FORMAS DE VIOLÊNCIA (Rol exemplificativo). 
Obs. Lembrar que são 5 violências: físicas, psicológica, sexual, patrimonial e moral. 
 Violência física → ofenda sua integridade ou saúde corporal; 
 Violência psicológica → cause: 
- dano emocional e diminuição da autoestima; 
- prejudique/perturbe o pleno desenvolvimento. 
- Degradar/controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, 
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, 
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à 
saúde psicológica e à autodeterminação; 
 Violência sexual → são as condutas que: 
- Constranja a presenciar/manter/participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; 
- Induza a comercializar/utilizar sua sexualidade. 
- Impeça de usar qualquer método contraceptivo 
- Force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou 
manipulação; 
- Limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
 Violência patrimonial → são as condutas que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de 
seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos 
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
 Violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
 8 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO (DIRETRIZES) 
São medidas que realmente cumpriria o papel da lei. Pode ser ações governamentais e não 
governamentais: 
 Integração operacional: Judiciário x MP x Defensoria Pública x áreas de segurança pública, 
assistênciasocial, saúde, educação, trabalho e habitação; 
 Promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, sobre causas, 
consequências e frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 Respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de 
forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e 
familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1o, no inciso IV do art. 3o e no inciso IV 
do art. 221 da Constituição Federal; 
 Atendimento policial especializado para as mulheres (delegacia para atendimento à mulher). 
 Promoção/realização de campanhas educativas para prevenir violência, voltadas ao público escolar 
e sociedade, e a difusão desta Lei e os instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres; 
 Celebração de convênios/protocolos/justes/termos/outros instrumentos de promoção de parceria 
entre órgãos governamentais e não-governamentais. 
 Capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros 
e outros profissionais. 
 Promover programas educacionais que disseminem: valores éticos, respeito à dignidade da pessoa 
humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; 
 Destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, os conteúdos relativos aos direitos 
humanos, à equidade de gênero/raça/etnia e ao problema da violência contra a mulher. 
FORMAS DE ASSISTÊNCIA 
 Será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica 
da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública. 
 O que o Juiz pode fazer? R: 
- determinará inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de 
programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. 
- Assegurar prioridade de remoção de servidora pública na administração direta/indireta. 
- Assegurar manutenção vínculo trabalhista, se necessário afastamento do trabalho por até 6 meses. 
 A assistência dará: 
- acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico. 
- Serviços de contracepção de emergência; 
- Profilaxia das DST e AIDS. 
- Outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual. 
 O juizado Especial da violência doméstica e familiar contra mulher é da Justiça Estadual Comum. 
ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL 
 Lembrar que aplica entendimento quando enquadra nas disposições do artigo 5º. 
 Se autoridade perceber que enquadra na lei, deve tomar de oficio as providencias legais. 
Providencias que deve tomar para a mulher ofendida: 
 Garantir proteção polícial, se necessário, mas deve comunicar MP e Juiz. 
 Encaminhar ao hospital/posto de saúde/IML; 
 Fornecer transporte para a ofendida e dependentes para abrigo ou local seguro, se tiver risco de vida; 
 Se necessário, acompanhar a ofendida para ela retirar suas coisas do local da ocorrência/domicilio. 
 Informa-la de seus direitos e serviços disponíveis. 
Procedimentos, sem prejuízo ao CPP 
 Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada; 
 Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; 
 Remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da 
ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; 
Obs. Lembrar que vai o pedido de medida protetiva não o inquérito polícial. 
Obs. Lembrar quem pede é a ofendida e não o delegado, o delegado apenas remete em 48 horas. 
 Proceder o exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; 
 9 
 
 Ouvir o agressor e as testemunhas; 
 Ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, 
indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele; 
 Remeter, no prazo legal, os autos do inquérito polícial ao juiz e ao Ministério Público. 
OBS. É permitido como prova: laudos/prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde. 
Conteúdo do pedido da ofendida 
1) qualificação da ofendida e do agressor; 2) nome e idade dos dependentes; 
3) descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida. 
OUTROS PROCEDIMENTOS 
 Aplica CPP, CPC e legislação especifica para processo/julgamento/execução das causas. 
 Atos podem ser realizados a noite. 
 Vedado penas de cesta básica e prestação pecuniária ou pena que implique só pagamento de multa. 
 Em ação penal condicionada, renúncia só perante o juiz, antes do recebimento da denúncia e 
ouvido o Ministério Público. 
 Retratação no Código processo penal é até o oferecimento da denúncia. 
 Retratação na lei Maria da Penha é antes do recebimento da denúncia. 
REGRAS DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 
 Juizado Não Criados: Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a 
Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as causas 
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 Juizado já criado: Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça 
Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos 
Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de 
violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 Lembrar que: 
- As varas criminais darão preferência às causas de violência doméstica e familiar contra mulher. 
- Disposições acima referem preferência medidas protetivas de urgência, as demais causas (divórcio, 
alimentos, guarda) para o juiz da vara de família. 
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGENCIA – DISPOSIÇÕES GERAIS 
 O juiz no prazo de 48 horas irá: 
- Conhecer os fatos e decidir sobre as medidas protetivas de urgência. 
- Encaminhar ofendida à defensoria pública, caso não tenha advogado. 
- Comunicar MP, para que tome as providencias cabíveis. 
 Concessão das medidas é por meio: Requerimento do MP ou pedido da ofendida. 
 MP e ofendida pode requerer/pedir novas medidas ou reaver aquelas já concedidas. 
 Juiz pode conceder medida protetiva à ofendida, sem precisar de ouvir o agressor e MP. 
 Medidas pode ser aplicada isolada/cumuladas e até substituídas por outra mais eficaz. 
 Prisão preventiva: pode ser decretada, revogada ou de novo decretada em qualquer fase do IP ou 
Ação penal pelo Juiz. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor. 
 Ofendida deve ser comunicada dos atos processuais do agressor. Ex. ingresso e saída da prisão. 
MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE obrigam o agressor 
Se juiz constatar violência contra mulher, ele pode aplicar imediato (conjunto ou separado) as medidas: 
 Suspensão da posse ou restrição do porte de armas: juiz comunica órgão competente e obriga que superior do 
agressor cumpra ordem judicial sob pena de prevaricação ou desobediência. 
 Afastamento do lar/domicílio. 
 Proíbe o agressor: 
- aproximar da ofendida, respeitando o limite de distancia. 
- contato com ofendida, familiares dela e testemunhas. 
- frequentar determinados locais. 
 Restrição/suspensão de visitas aos dependentes menores. 
 Prestação de alimentos provisoriamente. 
Atenção 
 As medidas não impedem aplicação de outras, caso juiz julgue necessário (mas comunica MP). 
 Juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força polícial. 
 Se agressor descumprir, juiz pode decretar prisão preventiva. 
 10 
 
MEDIDAS PROTETIVAS À OFENDIDA Juiz pode: 
 Encaminhar ofendida e dependentes a programa oficial/comunitário de proteção/atendimento; 
 Determinar a recondução da ofendida e dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor; 
 Determinaro afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos de bens/guarda dos filhos e alimentos; 
 Determinar a separação de corpos. 
PROTEÇÃO PATRIMONIAL DA MULHER - Juiz pode determinadas medidas (4): 
 Restituição de bens subtraídos 
 Proibição temporária celebração de atos e contratos de compra/venda ... salvo autorização judicial. 
 Suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
 Prestação de caução provisória, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e 
familiar contra a ofendida. 
PRISÃO PREVENTIVA Prisão preventiva: O artigo 42 da lei Maria da Penha alterou o artigo 313 do 
Código de Processo Penal autorizando a prisão preventiva para garantir as medidas protetivas: 
Art. 313 - Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
III. se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou 
pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
ATUAÇÃO DO MP 
 Ele irá intervir, quando não é parte, causas civis/criminais de violência contra mulher. 
 Pode requisitar força polícial e serviços públicos: saúde, educação, assistência social e segurança. 
 Fiscalizar estabelecimentos públicos/particulares de atendimento à mulher. 
 Cadastrar casos de violência doméstica contra mulher. 
ASSITENCIA JUDICIÁRIA 
 Deve ter advogado em todos atos processuais/civis/criminais, salvo quando estiver medida protetiva. 
 Se ela não ter advogado, será encaminhada à defensoria pública. 
ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR 
 O que é? R= equipe integrada por profissionais da área psicossocial, jurídica e de saúde. 
 A equipe fornecerá subsídios por escritos ao Juiz, MP e Defensoria, mediante laudos ou verbalmente. 
 Desenvolverá trabalhos orientação/prevenção para ofendida, agressor, familiares e em especial às crianças. 
 Poder judiciário pode prever recursos no seu orçamento para equipe multidisciplinar. 
TÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada 
pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de assistência judiciária. 
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das 
respectivas competências: 
I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes em situação de 
violência doméstica e familiar; 
II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência doméstica e familiar; 
III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-legal especializados no 
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar; 
IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar; 
V - centros de educação e de reabilitação para os agressores. 
Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de seus 
programas às diretrizes e aos princípios desta Lei. 
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá ser exercida, 
concorrentemente, pelo Ministério Público e por associação de atuação na área, regularmente constituída há pelo 
menos um ano, nos termos da legislação civil. 
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando entender que não há outra 
entidade com representatividade adequada para o ajuizamento da demanda coletiva. 
Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher serão incluídas nas bases de dados 
dos órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de subsidiar o sistema nacional de dados e informações 
relativo às mulheres. 
Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal poderão remeter suas 
informações criminais para a base de dados do Ministério da Justiça. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no limite de suas competências e nos termos das 
respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada 
exercício financeiro, para a implementação das medidas estabelecidas nesta Lei. 
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos princípios por ela adotados. 
 11 
 
Estatuto do desarmamento (10.826/2003) 
INFORMAÇÕES INICIAIS 
 Lei regulamenta registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição. 
 Divide em parte administrativa e parte penal. 
 Sinarm → autoriza o porte de arma. A autorização é temporária, intransferível e territorial limitada. 
 Perda automática posse e registro: pessoa é pega embriagada, substancias químicas e alucinógenas. 
 Comercialização entre pessoas físicas deve ser antecedida de autorização do Sinarm. 
 Polícia federal → expede/concede porte de arma (vem depois da autorização do sinarm). 
 Ministério da Justiça → criou o Sinarm. 
 Ministério da Justiça pode dar: 
- autorização de porte de armas para os responsáveis por segurança de cidadão estrangeiro. 
- registro e concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores 
e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no Brasil. 
 Em relação às ARMAS BRANCAS, aplica- se o art. 19 da Lei de Contravenções Penais. 
COMPETÊNCIAS DO SINARM 
 Identificar características e modificações que alterem propriedade/funcionamento da arma. 
 Cadastrar parte burocrática: armas de fogo, porte de arma, autorizações, transferências de propriedade, 
extravio, furto, roubo, apreensões. 
 Cadastrar pessoas: armeiros, produtores, atacadistas, varejistas, exportadores, importadores. 
 Integrar no cadastro: os acervos policiais já existentes; 
 Informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de 
porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta. 
Obs. As competências acima não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares. 
COMPETENCIA DO EXÉRCITO 
Destruir armas de fogo e Indicar unidades que deve receber doação de armas. 
REGISTRO DA ARMA DE FOGO 
 Polícia Federal →Arma de uso permitido. Exército → arma de uso restrito. 
 Autorização é intransferível e prazo para concessão ou recusa é de até 30 dias. 
 Deve ter requisitos: 
- Comprovação de idoneidade (negativa de antecedentes criminais), 
- documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa. 
- Comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo. 
 Atenção: os requisitos deverão ser comprovados periodicamente, em período não inferior a 3 (três) anos. 
LOCAL QUE DEVE FICAR A ARMA 
 Depois de ter: autorização (sinarm) + registro na PF +arma, a arma deve ficar na residência, nas 
dependências e no trabalho. 
 Para transportar para outro lugar, deve ir à polícia federal pedir guia de translado da arma. 
 Se pegar sem guia → crime de porte de arma de fogo. 
 Vencer registro → crime de posse de arma de fogo. 
QUEM TEM PORTE DE ARMA DE FOGO 
 Integrantes das Forças Armadas (exército, marinha e aeronáutica). 
 PF, PRF, PFF, PC, PM e CBM. 
 Guardas municipais das capitais de estados e municípios com mais de 500 mil habitantes. 
 Guardas municipais dos municípios entre 50mil e 500 mil quando em serviço. 
 Agentes da ABIM e agentes de Segurança Institucional do Presidente da República. 
 Polícial legislativo (câmara e senado). 
 Agentes e guardas prisionais. 
 Empresa de segurança privada e transporte de valores. 
 Integrantes de entidades cujo esporte utiliza armas de fogo. 
 Auditor da Receita Federal do Brasil, Auditor-Fiscal do Trabalho, Auditor-fiscal e Analista Tributário. 
 Servidores do PoderJudiciário que exercem função de segurança. 
Atenção: agentes e guardas prisionais pode portar arma mesmo fora do serviço, desde que: 
 Submetidos a regime de dedicação exclusiva; 
 Sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e 
 Subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno. 
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PORTE DE ARMA EM ÁREA RURAL 
 Só pode usar para caça de subsistência e deve provar essa finalidade. 
 Somente dado a maiores de 25 anos. 
 Der outro uso a arma, responderá por porte ilegal e disparo de arma de fogo de uso permitido. 
EMPRESAS DE SEGURANÇA ARMADA E TRANSPORTE DE VALORES 
 Só pode usar arma quando em serviço. 
 Registro e autorização de porte é dado pela Polícia Federal. 
 Se ocorrer perda/furto/roubo da arma, deve comunicar em até 24 hrs de conhecimento do fato, caso 
contrário responderá por omissão e outros tipos de sanções. 
COMPETENCIA JULGAR CRIMES DO ESTATUTO 
 Regra: justiça estadual quando →interesse genérico/indireto da união, ou crime de interesse militar. 
 Exceção: justiça federal quando → Interesse direto da União. 
CRIMES 
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO 
 A posse se dá na residência do infrator ou dependência desta e no local de trabalho, desde que seja o 
proprietário ou responsável pelo local, mantendo sob guarda armas de fogo de uso permitido. 
 Já o porte ilegal se dá em todos os lugares. 
 Também é crime, além de arma de fogo, os acessórios e munições. 
 O crime é uma norma penal em branco, uma vez que pede complementação do que seria arma de uso 
permitido, assim como o art. 14 da lei. 
 Esse crime não admite a forma tentada. 
 Posse legal de arma de fogo: É fato atípico. 
 Documento vencido: responde pela posse irregular de arma de fogo. 
 Saiu com a arma na rua: crime do art. 14, de porte ilegal de arma de fogo. 
ATENÇÃO 
Acessório → Tem crime: Modifica o visual ou eficiência da arma. Exemplo: Mira Laser, silenciador. 
Munições → Tem crime: posse de munição de arma de fogo de uso permitido. 
Arma completa → Tem crime: Arma desmontada com todas as peças presentes, mesmo desmuniciada. 
Arma incompleta → Não é crime: Parte de arma (por exemplo) cano de arma ou coldre. 
Arma completa totalmente inapta → não é crime, mas precisa pericia que confirme. 
Munição/acessório totalmente inaptos → não é crime, mas precisa pericia que confirme. 
Exemplo: Gerente de padaria possui arma de uso permitida guardada em armário no interior da padaria. 
No mesmo contexto, o padeiro dessa padaria também possui uma outra arma de uso permitido no seu armário no 
interior do mesmo estabelecimento. Qual ou quais crimes respondem os autores? 
O gerente da padaria é considerado responsável pelo estabelecimento, assim, de acordo com o art. 12 ele responde 
pela posse irregular de arma de fogo de uso restrito. Já o padeiro, como esta portando arma de fogo fora de sua 
residência ou local de trabalho (desde que não seja o proprietário ou responsável pelo local) responderá pelo art. 14 
da lei, ou seja, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. 
PORTE ILEGAL DE ARMA DE USO PERMITIDO 
 Verbos: Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, emprestar, remeter, 
empregar, manter sob guarda ou ocultar. 
 Quais? R= arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar. 
 Só pode se cometido se o agente não estiver nos locais descritos no art. 12 (posse irregular). 
 Agente está em sua casa: responde pelo crime de posse irregular, se arma não estiver registrada. 
 Agente sair de sua casa com a arma: responde porte ilegal, arma é registrada e sem autorização transporte. 
 STF: agente enterra a arma intenção “ocultar”, responde porte ilegal. 
 STJ: o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é de perigo abstrato. 
OMISSÃO DE CAUTELA 
 Pune o descuidado que não impede menores de 18 anos ou doentes mentais – não englobando os físicos – 
que se apoderarem de arma de fogo. 
 Engloba armas uso permitido ou restrito, menos munição e acessórios. 
 Consumação → apoderamento do menor ou do doente mental. 
 Chamado de crime omissivo condicionado, omissivo próprio, omissivo culposo. 
 Não admite tentativa. 
 
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Atenção! Também aplica mesma pena: 
 O sujeito ativo → proprietário/diretor de empresa de segurança de transporte de valores. 
 Aqui inclui armas, acessórios e munição. 
 Conduta → não comunicar perda, roubo, furto à PF e não registrar ocorrência polícial até 24 horas. 
SITUAÇÕES PRÁTICAS 
 2 armas de mesmo calibre → 1 crime. 
 Arma uso restrito + arma uso permitido → 2 crimes. 
 Arma e homicídio → se o fim foi para homicídio, crime será homicídio. Se o porte já for anterior a conduta, 
logo será 2 crimes. 
 Legítima defesa: Se durante a legítima defesa já portava ilegalmente, responde pelo artigo 14, 
 Legitima defesa → somente na hora da legitima, acha e pega a arma para atirar e se defender não é crime. 
DISPARO 
 Condutas → disparar arma ou acionar munição. 
 É delito subsidiário expresso, pois se ocorrer o crime mais grave responderá o agente pelo mais grave. 
 Deve ser em lugar habitado ou adjacências ou em via pública ou direção a ela. Fora disso esse crime torna-
se atípico. Exemplo: Local totalmente inabitado. 
 Se pessoa tem todo documento da arma, mas saio na rua e dê tiro para cima, é crime. 
 Esse crime admite a tentativa, mas que dificilmente possa ocorrer na prática. 
Questões interessantes: 
Disparo + lesão leve: Nesse caso responde pelo disparo, pois o crime é mais grave. 
Disparo + perigo para a vida ou saúde de outrem (art. 132): Responde pelo disparo, pois ele é o mais grave. 
Disparo + lesão grave ou gravíssima (art. 129 § 1º e 2º): Responde pela lesão, pois o crime é mais grave. 
Disparo + homicídio (art. 121) : Responde somente pelo homicídio pois o crime de homicídio é mais grave. 
→ Cuidado: 
O DISPARO DE ARMA (art. 15) absorve o porte ilegal (art.14), pois além da objetividade jurídica ser a mesma, só 
pode disparar a arma quem a traz consigo. 
PORTE OU POSSE DE ARMA RESTRITA 
 Posse e o porte de arma de uso permitido→ 2 crimes distintos, 
 Posse e o porte de arma de uso restrito → crime único previsto no art. 16. 
Verbos: possuir, deter, portar, adquirir... todos esses usados mais de uma vez no mesmo contexto irão configurar 
crime único. 
Equiparação 
 Suprimir/alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; 
 Modificar características da arma de fogo de modo que torne arma de uso restrito. 
 Modificar características que possa induzir autoridade policial, perito ou juiz a erro. 
 Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário. 
 Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com marca raspada/adulterada. 
 Vender/entregar/fornecer, ainda que gratuito, arma, acessório, munição/explosivo a criança/adolescente; 
- Obs. Ser for arma branca para criança/adolescente, será crime do ECA. 
COMÉRCIO ILEGAL 
 Verbos: vender, alugar, fornecer...arma, acessório e munição sem autorização ou em desacordo. 
 Vendedor é ilegal → crime do art. 17. Comércio deve ser de forma habitual. 
 Vendedor é legal, mas vende calibre não permitido → crime art. 17 + aumento de pena. 
TRÁFICO DE ARMA DE FOGO 
 Verbos: importar/exportar arma, acessório e munição sem autorização ou desacordo. 
 Aumento de pena se é arma de uso restrito. 
 Princípio consunção: “A” vai ao Paraguai e trás de lá arma ilegal não responderá pelo contrabando ou 
descaminho, bem como o agente público que facilita a entrada de arma ilegal não responderá pela facilitação do 
contrabando e sim por tráfico internacional de arma de fogo nos dois casos mencionados. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 STF: vedação da liberdade provisória e inafiançabilidade são inconstitucionais. 
 No STF a maioria dos ministros considerou que o dispositivo(art. 21) viola os princípios da presunção de 
inocência e do devido processo legal (ampla defesa e contraditório). 
 Princípio consunção: exemplo crime de homicídio absorve crime porte e posse de arma de fogo. Obs. Mas 
se a pessoa já tinha a arma antes de cometer o crime, então comete crime do estatuto. 
 
 
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Lei de drogas 
PORTE E CULTIVO PARA O CONSUMO PRÓPRIO 
Verbos: adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, 
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às 
seguintes penas: (criminalizado, mas despenalizado). 
 Além do dolo exige a finalidade do exclusivo uso próprio. 
 Estrutura de congruente assimétrico ou incongruente. 
 Crime gera perigo abstrato: pois mexe com psicológico e pode causa perigo para coletividade. 
 Prazo inicial máximo 5 meses. Se for reincidente, máximo 10 meses. Penas: 
I – advertência sobre os efeitos das drogas; 
II – prestação de serviços à comunidade; 
III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 Se não cumprir as medidas acima, juiz ainda pode: I - admoestação verbal; II - multa 
Equiparação 
 É a situação de quem tem poucas plantas para uso pessoal. 
 Se a pessoa portar essa planta para uso pessoal responderá esse crime Art. 28§ 1º. 
 Se a pessoa vender ou entregar a consumo de terceiro responderá pelo crime do art. 33, § 1º, II, 
que é a figura típica equiparada ao tráfico 
DETALHES IMPORTANTES 
 O porte de drogas é crime, mesmo que sua pena não seja de reclusão ou detenção. 
 Crime suigenere. → advertência, prestação de serviços, medida educativa. 
 Classificado de ação múltipla crime único: agente compra e depois trás consigo o entorpecente. 
 Uso pretérito não é crime: Exemplo é pessoa fuma antes de ser pego. 
 Só pode ser preso se houver perícia na droga e ela enquadrar na portaria do ministério da saúde. 
 1 grama NÃO CONSTITUI PRINCÍPIO DA INSIGNIFICANCIA, logo será crime. 
REQUISITOS PARA DETERMINAR SE É USO PRÓPRIO OU TRÁFICO 
 Natureza e quantidade 
 Local e condição de onde se desenvolveu ação. 
 Circunstancias sociais e pessoais. 
 Condutas e antecedente do agente. 
TRÁFICO DE DROGAS (5 a 15 anos) Verbos: importar, exportar, remeter... 
 O crime é classificado de ação múltipla, pois cometendo várias formas, responderá crime único. 
 Não precisa de finalidade determinada. 
 Congruente ou congruente assimétrico. 
 Obs. Importar não será a figura de contrabando, devido Princípio da especialidade. 
Figuras equiparadas ao tráfico 
 Quem pratica os verbos do caput, mas com matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas. 
 Semeia/cultiva/colher sem autorização/desacordo plantas que são matéria-prima. 
 Quem usa objeto, local que tem posse ou propriedade para tráfico de drogas. 
Diminuição de pena 
Reduz pena 1/6 a 2/3 quando cumprir 4 requisitos obrigatoriamente: 
 Agente primário. 
 Bons antecedentes. 
 Não dedique às atividades criminosas. 
 Não integre organização criminosa. 
Atenção 
 Hoje é pode substituir pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito. 
 O crime em tela é considerado equiparado a hediondo → assim, a progressão para o regime mais 
brando: - se for primário: cumpre 2/5 da pena; -Se for reincidente: cumpre 3/5 da pena. 
 Liberdade provisória (art. 44, I) → vedado. Antes era vedado, mas foi declarado inconstitucional. 
 Livramento condicional 44 § único → cumpre 2/3 da pena, vedado reincidente especifico. 
 15 
 
INDUZIMENTO/INSTIGAÇÃO/USO DA DROGA (pena 1 a 3 anos) 
 Exemplo: a pessoa ajuda outra acender cachimbo de crack. 
 Verbos: induzir (criar a ideia), instigar (reforçar a ideia) ou auxiliar materialmente. 
 Consumação: a pessoa que foi ajudada deve ter usado a droga. 
Privilégio (pena 6 meses a 1 ano, mais pagamento de dias multa) 
Pune quem oferece eventualmente, sem a finalidade de lucro para pessoa de seu relacionamento consumir 
em conjunto. 
MAQUINISMOS E OBJETOS DESTINADOS AO TRÁFICO (PENA 3 a 10 anos) 
 Verbos: Fabricar, adquirir, utilizar, transportar...objeto para fabricação de drogas. 
 Conduta remete aos maquinismos para produzir a droga. É um crime acessório. 
 Objetos para uso da droga não é crime → lâminas de barbear, maricas e cachimbos... 
 Crime só existe se o agente não estiver com droga no local! Se tiver, logo só responde por tráfico. 
 Exemplo: destilaria de cocaína. 
 Livramento condicional 44 § único → cumpre 2/3 da pena, vedado reincidente especifico. 
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO (PENA 3 a 10 anos) 
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO (art. 35) ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (art. 288) 
 Mínimo 2 pessoas. 
 Associa para cometer crimes da lei (drogas). 
 Mínimo 3 pessoas. 
 Qualquer outro crime. 
 Como se tratar de drogas, prevalece o Princípio da especialidade. 
 Os agentes podem cometer crimes de forma reiterada ou não, mas necessita de prévio conluio. 
 Não valendo assim a associação meramente ocasional. Aqui chamamos de pacto associativo. 
 O delito não admite tentativa 
 Pode ocorrer concurso material de crimes: crime de tráfico e o crime de associação para o tráfico. 
FINANCIAMENTO PARA O TRÁFICO (pena 8 a 20 anos) 
 Caput: Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes uso próprio ou tráfico. 
 Antigamente o financiador por tráfico, mas hoje é o crime é autônomo e a pena bem mais grave. 
 Qualquer ajuda financeira já serve para configurar o crime. 
 Financiamento não ocasional → Pena do Art. 36 financiamento para o tráfico. 
 Financiamento ocasional → Pena do art. 40 VI tráfico com aumento de pena. 
 Associação para o financiamento do tráfico → concurso de crimes entre os art. 35 e 36 da lei. 
INFORMANTE COLABORADOR (2 a 6 anos) 
 Sujeito ativo não participa diretamente no tráfico, mas serve como informante. 
 Ex. O fogueteiro também é informante. 
 Ex. O polícial que informa ao chefe do grupo uma operação polícial para que esse meliante possam 
fugir antes da chegada dos policiais. 
- Obs. se o polícial recebe dinheiro para informar → responde corrupção passiva no art. 317 do CP. 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (ART. 40) 1/6 a 2/3 
 Transnacionalidade do delito, independente se conseguiu entrar/sair, o que importa é finalidade. 
 Agente que pratica crime tem função pública, educador, poder familiar, guarda ou vigilância. 
 Infração for cometida lugares (rol taxativo): estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, 
de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de 
locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer 
natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades 
militares ou policiais ou em transportes. 
 Crime tenha emprego violência/grave ameaça/arma de fogo ou forma de intimação. 
 Tráfico entre estados do Brasil. 
 Se o crime visa atingir criança/adolescente. 
 Agente financiar ou custear a prática do crime. 
DIMINUIÇÃO DE PENA 1/3 A 2/3 
O acusado colaborar voluntariamente para: identificar os demais co-autores e recuperar produtos do crime. 
CRIME CULPOSO (pena 6 meses a 2 anos) 
Prescrever/ministrar culposamente drogas que paciente não necessita ou em desacordo com a lei. 
CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGA 
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Conduzir embarcação/aeronave após consumir drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de 
outrem. 
Obs. Se for veículo automotor seja veículo automotor o agente responde pelo art. 306 do CTB. 
Crimes inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada 
conversão de penas em restritivas de direito. 
 Art. 33 tráfico de drogas; Art. 34 Maquinismos e objetos destinados ao tráfico. 
 Art. 35 Associação para o tráfico; Art. 36 Financiamento para o tráfico; Art; 37 Informante colaborador 
Atenção: STF

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