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CASOS 1-7

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CASO 1 
No Direito, é de grande relevância o que se denomina tipologia textual: narração, descrição, 
dissertação e injunção. O que torna essa questão de natureza textual importante para o direito 
é sua utilização na produção de peças processuais como a petição inicial, que apresenta 
diferentes tipos de texto, a um só tempo. Para melhor compreender essa afirmação, observe o 
esquema da petição inicial e perceba como essa peça pertence a um tipo textual híbrido do 
discurso jurídico, o que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo. 
Observe, agora, o quadro abaixo para compreender melhor as diferenças estruturais entre a 
construção de um texto narrativo e de um texto argumentativo: 
 
 
 
Questão 1 
Identifique se os excertos, a seguir, são narrativos ou argumentativos, justificando a sua 
resposta, com alguns fragmentos do próprio texto em análise. Para realizar essa proposta de 
trabalho, consulte o esquema apresentado acima 
Fragmento 1 
 Augusto ajuizou Ação em face de seu vizinho Germano, alegando, em linhas gerais, que o 
Réu lhe esbulhou uma parte de seu terreno onde existe um córrego com água potável e um 
abrigo para vacas leiteiras. Pede liminarmente a reintegração de posse, dizendo que houve 
violência, que a invasão se deu durante a noite - clandestinamente, portanto - e que isso lhe 
trouxe crescentes prejuízos. Em sua Petição Inicial, seu advogado explicou os fatos e, entre 
outros argumentos, justificou, a partir dos prejuízos, a necessidade de obter jurisdição de 
urgência 
Resposta: Narrativo, “Augusto ajuizou Ação em face de seu vizinho Germano, 
alegando, em linhas gerais, que o Réu lhe esbulhou uma parte de seu terreno 
onde existe um córrego com água potável e um abrigo para vacas leiteiras. ”E 
também Argumentativo por ser interpretado a luz do ordenamento: “ o direito 
positivo brasileiro indica que é possível a ocorrência de imoralidade sem 
necessariamente a existência de ilegalidade, uma vez que a própria 
Constituição Federal de 1988” 
 
Fragmento 2 
 O alimentando não presta ao alimentado os alimentos indispensáveis à sua subsistência na 
forma da lei civil, razão por que está passando por privações. O alimentando encontra-se em 
situação estável, trabalhando atualmente como mecânico autônomo e percebe a quantia 
aproximada de R$1500,00 (hum mil e quinhentos reais) mensais. 
Narrativo: Imparcialidade no texto, “O alimentando não presta ao alimentado o s 
alimentos”; “O alimentando encontra-se em situação estável, trabalhando 
atualmente” 
 
Fragmento 3 
 Depreende-se da narrativa autoral que o que se pretende com a presente insurgência é 
discutir problemas familiares, revolvendo questões antigas e atritos/mágoas que sempre 
existiram e que estavam limitadas ao âmbito familiar, trazendo o Autor um desabafo 
emocional, mas, sem o menor contrangimento, expôs a público a privacidade de parte de 
seus familiares, maculando a imagem e a intimidade destes, desconsiderando o Autor a sua 
própria assertiva em Inicial ?roupa suja se lava em casa? (Anexo II, item 17 , fl. 146). 
Resposta: Argumentativo. Percebe -se a tese em “o que se pretende com a 
presente insurgência é discutir problemas familiares, revolvendo questões 
antigas e atritos /mágoas que sempre existiram e que estavam limitadas ao 
âmbito familiar” modal persuasivo: “desconsiderando o Autor a sua própria 
assertiva” 
 
Fragmento 4 
O autor afirmou que o réu bloqueou a conta da empresa, impedindo-lhe de pagar 
fornecedores, empregados e impostos. Além disso, o autor assegurou que o réu teria 
cometido uma grave ilegalidade, pois abriu uma filial da empresa de sua mãe, 
?ChiqueChique?, supostamente concorrente, no mesmo endereço da empresa que é sócio 
com o autor, sem qualquer tipo de autorização prévia e utiliza-se de toda a estrutura de 
maneira completamente ilegal, com a intenção de vender a carteira de clientes da empresa, 
no escopo de encerrar suas atividades, asfixiar o autor financeiramente, e usurpar a 
estrutura e credibilidade do ponto comercial para instalar uma filial de sua empresa em 
Brasília. 
Resposta: Narrativo. “ autor afirmou que o réu ”, “o réu teria cometido uma grave 
ilegalidade”, “utiliza-se d e toda a estrutura de maneira completamente ilegal, 
com a intenção de vender a carteira de clientes da empresa ” 
 
Fragmento 5 
 Não se duvida de que é de clareza solar que o Autor utiliza seus petitórios para expor sua 
interpretação distorcida, aleatória e até leviana do indigitado e-mail, com ilações inverídicas 
e extremamente distanciadas da verdade e do intento da Ré, que buscou apenas relatar 
fatos ocorridos no âmbito familiar e demonstrar o seu amargor e repulsa com a ofensa à sua 
honra, pois foi chamada de ?ladra? pelo Autor, buscando, assim, e precipuamente alertar 
que novas desavenças familiares poderiam ocorrer, em razão de determinadas posturas do 
Autor, como a que se instaurou com a propositura da presente ação. 
Resposta: Argumentativo. “ Não se duvida de que é de clareza solar que o 
Autor utiliza seus petitórios para expor sua interpretação distorcida, aleatória e 
até leviana do indigitado e-m ail, com ilações inverídicas e extremamente 
distanciadas da verdade e do intento da Ré ” questiona com base no 
ordenamento, modais persuasivos, parcialidade. 
 
 
 
Fragmento 6 
 Assim, resta evidente que a requerida, ao aliciar o cantor Zeca Pagodinho ainda na vigência 
do contrato e veicular a campanha publicitária com referência direta à campanha produzida 
anteriormente pela autora, causou-lhe prejuízos, porque, por óbvio, foram inutilizados todos 
os materiais já produzidos pela requerente com tal campanha e perdidos eventuais espaços 
publicitários já adquiridos e não utilizados 
Resposta: Argumentativo. “Assim , resta evidente que a requerida, ao aliciar o 
cantor Zeca Pagodinho”, “causou-lhe prejuízos, porque, por óbvio, foram 
inutilizados todo s os materiais já produzidos pela requerente com tal campanha 
e perdidos eventuais espaços publicitários já adquiridos e não utilizados. ”. 
 
Questão 2: objetivas. 
1. No contexto da temática Tipologia textual e Narrativa Jurídica, identifique a opção 
que apresenta a correspondência adequada/correta entre característica e tipologia 
textual 
(A) Narração: um texto narrativo possui os elementos indispensáveis da narrativa (O 
quê? Quando? Como? Onde? Quem? Por quê?). 
(B) Argumentação: pode aparecer na narrativa jurídica simples. 
(C) Narração: um texto narrativo jamais poderá apresentar uma outra tipologia 
textual. 
 (D) Descrição: um texto descritivo sempre aparece com a tipologia textual 
argumentação. 
 (E) Argumentação: um texto argumentativo não poderá apresentar modalizadores 
 
2. Analise o fragmento extraído de uma Petição Inicial e indique a que tipo textual pertence: 
DOS PEDIDOS: Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: a) A procedência da ação para 
condenar a ré a efetuar o pagamento ao autor na importância de R$ 10.000,00 (dez mil 
reais), acrescidos de juros e correção monetária; b) A condenação da requerida ao 
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios na forma da lei; c) A citação do 
representante legal da pessoa jurídica que figura no polo passivo para, querendo, no prazo 
legal, contestar a ação. 
(A) Narrativo. 
 (B) Injuntivo. 
 (C) Dissertativo-argumentativo. 
 (D) Descritivo. 
(E) Dissertativo-expositivo 
Caso Concreto 2 Descrição Há uma regularidade na organização das peças processuais: são 
indispensáveis a narrativa dos fatos importantes da lide, a fundamentação de um ponto de 
vista e aplicação da norma, em forma de pedido, decisão etc. Não importa se a narrativa dos 
fatos será denominada ?dos fatos? (petição inicial) ou ?relatório?(sentença, parecer, 
acórdão). Também não cabe, neste momento, nomear a parte argumentativa como ?do 
direito? (petição inicial) ou fundamentação (parecer). Pretendemos apenas, como já 
dissemos, que o estudante de Direito perceba que as peças processuais seguem, 
independente de suas peculiaridades, uma estrutura regular: narrar, fundamentar e pedir. 
Essa estrutura não existe sem motivação. Uma proposta teórica, internacionalmente 
conhecida, chamada Teoria Tridimensional do Direito, do jusfilósofo brasileiro Miguel Reale, 
defende que o Direito compõe-se de três dimensões: FATO, VALOR e NORMA. Assim: 
 
Portanto, é preciso estudar com profundidade todas as questões relativas à produção do 
texto narrativo, primeira dimensão do direito, que consiste na exposição de todos os fatos 
importantes para a adequada solução da lide. 
Como vimos, as peças processuais têm um denominador comum: precisam, em primeiro 
lugar, narrar os fatos importantes do caso concreto, tendo em vista que o reconhecimento 
de um direito passa pela análise do fato gerador do conflito e das circunstâncias em que 
ocorreu. Ainda assim, vale dizer que essa narrativa será imparcial ou parcial, podendo ser 
tratada como simples ou valorada, a depender da peça que se pretende redigir. São 
diferentes os objetivos de cada operador do direito; sendo assim, o representante de uma 
parte envolvida não poderá narrar os fatos de um caso concreto com a mesma versão da 
parte contrária. Por conta disso, não se poderia dizer que todas as narrativas presentes no 
discurso jurídico são idênticas no formato e no objetivo, visto que dependem da 
intencionalidade de cada um. NARRATIVA SIMPLES DOS FATOS 
 
Caso concreto 1 
 O caso ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, no ano de 2005. Uma 
mulher de 36 anos, desempregada, estava casada com um mecânico, também 
desempregado. Os dois moravam em um barraco de 10 metros quadrados, junto com seus 
três filhos. O mais velho tinha seis anos de idade; o filho do meio, quatro; o caçula, um ano e 
meio. 
É importante mencionar que essa mulher, Marcela, estava gestando o quarto filho. No mês 
de fevereiro daquele ano, em decorrência das fortes chuvas, um deslizamento de terra 
arrastou, ladeira abaixo, o lar em que vivia essa família. A mãe conseguiu salvar os dois 
filhos mais velhos, entretanto o caçula, ainda aprendendo a andar, não conseguiu sair a 
tempo. Morreu soterrado. Por tudo o que aconteceu, Marcela entrou em trabalho de parto. 
 Chegou ao hospital público mais próximo e foi submetida a uma cesariana. Assim que ouviu 
o choro do bebê, prematuro, pediu para segurá-lo um pouco no colo. A enfermeira o 
permitiu. Marcela beijou a criança e jogou-a para trás. O menino caiu no chão, sofreu 
traumatismo craniano e morreu. 
 Perguntada por que tomara aquela atitude, disse que não gostaria que seu filho passasse 
por tudo o que os demais estavam passando: fome e miséria. Um exame realizado no 
Instituto Médico Legal apontou que Marcela se encontrava em estado puerperal no 
momento em que matou o próprio filho. 
 Caso concreto 2 
 Este segundo caso ocorreu em São Paulo. A secretária Adriana Alves engravidou do 
namorado e, sem saber explicar por qual motivo, não contou o fato para ele; também não 
contou para mais ninguém. Seus pais, com quem morava, não sabiam de sua gravidez. Não 
compartilhou esse segredo com amigas ou colegas de trabalho. Definitivamente, ninguém 
conhecia a gestação de Adriana. 
 Com o passar dos meses, Adriana não recebeu qualquer tipo de acompanhamento ou 
cuidado pré-natal especial; escondia a barriga com cintas e usava roupas largas. No mês de 
dezembro de 2006, quando participava de uma festa de final de ano, no escritório em que 
trabalha, sentiu-se mal e foi para casa. 
Sua intenção era realizar o parto sozinha e jogar a criança em um rio próximo à sua casa. 
Ocorre, porém, que o parto não transcorreu tranquilamente. Adriana teve complicações e 
teve de puxar à força a criança. Depois, matou-a afogada na bacia de água quente que 
separou para realizar o parto. Para se livrar da justiça, jogou a criança, já morta, no rio, 
enrolada em um saco preto. 
 Muito debilitada, foi a um hospital buscar ajuda para si, mas não soube explicar o que 
aconteceu. Após breve investigação da Polícia, Adriana confessou tudo o que fizera. Exames 
comprovaram que ela não estava sob o estado puerperal. 
Questão 1 
a) Indique os elementos da narrativa dos casos lidos. 
Resp.: Elementos da narrativa: Quem? O quê? Onde? Quando? Como? Por quê? 
b) Ao perceber que as circunstâncias como a conduta é praticada influenciam 
substancialmente o crime imputado ao agente, o profissional do direito deve estar 
atento para selecionar todas as informações que não podem deixar de constar de 
sua exposição dos fatos. Identifique nos dois casos concretos quais informações não 
podem deixar de ser narradas e as indique em tópicos. 
Resp: Os elementos presentes nos dois casos concretos não podem faltar para a 
valoração são: a idade, o tempo em que o caso se passa, as condições econômicas, 
sociais, como o fato aconteceu (nos casos em questão, o homicídio do recém nascido), 
e o motivo do fato. 
 
c) Quais crimes praticaram Marcela e Adriana? Defenda seus pontos de vista em um 
parágrafo. 
Resp: Marcela e Adriana causaram a morte de seus filhos recém nascidos, onde uma Adriana a 
morte da criança já estava premeditada, uma vez em que ela não contou nem para o pai da 
criança sobre a gravidez. E por outro lado, Marcela, que não estava em caso puerperal e matou 
seu filho, mas estava psicologicamente afetada. 
Questão 2: 
Objetivas. 1. 
As narrativas jurídicas contêm características distintas das demais narrativas. Além disso, 
podem ser simples ou valoradas. Independentemente de serem simples ou valoradas, toda 
narrativa jurídica apresenta esta característica: 
 (A) Ser escrita em terceira pessoa. 
(B) Apresentar a descrição dos espaços. 
 (C) Ser parcial. 
 (D) Conter modalizadores 
. (E) Ser imparcial. 
2. Leia o trecho, analise os elementos constitutivos da narrativa e marque a alternativa 
correta: Trata-se de negligência ao dever de cuidar de Maria de Lurdes Silva, 27 anos, a que 
expôs sua filha Carla Silva de dois anos. O fato ocorreu em Botafogo, Rio de Janeiro. 
 (A) Não é possível extrair do parágrafo o elemento "onde". 
(B) É possível extrair do parágrafo o elemento "quando". 
 (C) O parágrafo informa o porquê do conflito. 
 (D) É desconhecido o agente da ação. 
 (E) O fato gerador do conflito não se encontra identificado nesse parágrafo, somente sua 
valoração. 
 
CASO 3: 
Questão 1 Considere que as informações juridicamente importantes são aquelas que 
precisam constar da narrativa jurídica porque o julgador necessita desses fatos para 
esclarecer o conflito e solucionar a lide. Assim, redija uma narrativa jurídica sobre o caso 
concreto abaixo, selecionando todas as informações relevantes em ordem cronológica e 
verifique, ainda, se constam dela os seguintes elementos que a constituem: o quê, quem, 
por quê, quando, onde, como (passo a passo da narrativa). Faça uso dos tempos verbais no 
passado e na terceira pessoa do singular em busca de maior veracidade para os fatos 
narrados. 
Caso Concreto 
 No dia 9 fevereiro de 2015, em uma segunda-feira ensolarada, Iolanda de Araújo Nogueira, 
aposentada, 72 anos, portadora de doença degenerativa, com muita pressa, toda maquiada 
e com um belo coque e óculos escuros vermelhos, com roupas e sapatos estranhos à moda 
atual, dirigiu-se à agência do Banco do Estado do Rio Grande Sul (Banrisul) na cidade de 
Pelotas, com o propósito de sacar dinheiro para custear o seu tratamento médico em Porto 
Alegre. Ficou em duas filas aguardando atendimento, no período das 14h55min às 
16h26min. 
Neste intervalo, sentiu-se mal, tendo sido acometida por forte diarreia. Pediu, então, à 
estagiária do banco, moça muito magrae extremamente bem vestida, com olhos de ressaca 
alencariana, acesso ao banheiro, mas foi informada de que os banheiros dos funcionários 
não podiam ser emprestados e o destinado aos clientes passava por reformas para tornar-se 
mais modernoso e atraente aos clientes e aos funcionários. 
Sentindo fortes dores abdominais, a aposentada explicou a situação à gerente, que 
prometeu ceder o banheiro privativo assim que dispusesse de uma funcionária para 
acompanhá-la. 
 Com a demora, a aposentada pediu a um dos vigilantes da agência, que era muito alto, forte 
e malhado, o telefone da prefeitura e o número da Lei das Filas. Como o atraente vigilante 
não lhe deu atenção, ela resolveu ligar para a Brigada Militar (a polícia militar gaúcha). O 
atendente, após ouvir seu relato, desligou o telefone, sem nenhuma explicação. 
Só depois de uma hora, a Srª. Iolanda foi conduzida ao banheiro por uma estagiária chamada 
Helena Miranda. 
Ao sair da agência, acompanhada de Hilda Thomás dos Santos, secretária, 29 anos, morena, 
muito elegante e simpática, cliente do Banco, que também se encontrava no interior da 
agência e que se prontificou a servir de testemunha do constrangimento, martírio e descaso 
por que passou, a aposentada registrou Boletim de Ocorrência, no qual informou que se 
sentiu constrangida, humilhada e desrespeitada em sua dignidade quando precisou expor o 
problema físico que a acometia, sem que nenhuma providência fosse tomada. 
 Matilde Correa, baixinha e nada elegante, gerente da agência bancária, ao ser interrogada, 
alegou que a situação que se criou foi fruto da impaciência da cliente, num dia de 
pagamento de benefícios, em que a agência se encontrava cheia e ainda por cima com o 
aparelho de ar condicionado com defeito. E disse, ainda, que a presença de funcionário para 
acompanhá-la se fazia necessária, pois o trajeto até o banheiro privativo dos funcionários 
passa pelo cofre do Banco. (Texto adaptado) 
Questão 
 Coloque os fatos do caso concreto na ordem cronológica ou linear, estabelecendo relações 
lógicas entre os raciocínios. XIV EXAME DA ORDEM /2012 
(2) O terreno está situado na Rua Cardoso Soares nº 42, no bairro de Lírios, na cidade de 
Condonópolis, no estado de Tocantins. 
 (6 ) Em razão disso, Norberto tem sido constantemente sondado a se retirar do local, 
recebendo ofertas de valor insignificante, já que as construtoras alegam que o terreno sequer 
pertence a ele, pois está registrado em nome de Cândido Gonçalves. 
(1 ) Norberto da Silva, pessoa desprovida de qualquer bem material, adquiriu de terceiro, há 
nove anos e meio, posse de terreno medindo 240m² em área urbana, onde construiu moradia 
simples para sua família. 
 (7 ) Norberto não tem qualquer interesse em aceitar tais ofertas; ao contrário, com setenta e 
dois anos de idade, viúvo e acostumado com a vida na localidade, demonstra desejo de lá 
permanecer com seus filhos. 
 ( 4) A posse é exercida ininterruptamente, de forma mansa e pacífica, sem qualquer oposição. 
 ( 5) No último ano, o bairro passou por um acelerado processo de valorização devido à 
construção de suntuosos projetos imobiliários. 
 ( 3) São seus vizinhos do lado direito Carlos, do esquerdo Ezequiel e, dos fundos, Edgar. 
Questão 3: objetivas 1. Marque a alternativa que melhor preenche a lacuna em: 
"____________ são aqueles que importam diretamente para a aplicação da norma jurídica." 
(A) Fatos cronologicamente organizados 
(B) Fatos juridicamente importantes. 
(C) Fatos que satisfazem a curiosidade do leitor. 
(D) Fatos que contribuem para a compreensão dos que são relevantes. 
 (E) Fatos que dão ênfase a informações relevantes. 
2. A estrutura da narrativa é uma __________________ relacionados entre si de forma 
coerente, em que há uma ordem ______________ e ______________. 
(A) descrição / linear / acronológica. 
(B) sequência de fatos / temporal / causal. 
(C) relação de valores / causal / cronológica. 
(D) apresentação de teses / narrativa / argumentativa. 
(E) sequência de fatos / argumentativa / causal 
CASO 4: 
Questão 1 - Leia o fragmento, compreenda seu sentido global e parafraseie seu conteúdo. 
Consoante orientação de Malhães, "os estudantes que estão se iniciando na vida intelectual 
precisam ser orientados pelos seus professores, a fim de adquirirem familiaridade com os 
livros e habilidades na seleção das obras a serem consultadas". 
RESPOSTA= Os estudantes que estão ingressando na vida academica, precisam ser orientados 
por seus professors, desta forma, irão criar intimidade com os livros e aprender a selecionar 
suas literaturas. 
 
Questão 2 - o texto adiante é rico em polifonia. Identifique essas ocorrências e comente qual 
o papel dessas informações na construção do texto. 
O Ministério Público de Santa Catarina impediu que o bacharel em Direito Carlos Augusto 
Pereira prestasse concurso público para Promotor de Justiça do órgão, por ele ser cego. Ele 
recorreu da decisão, mas teve o seu pedido negado. 
 Na carta em que justifica a medida, o MP de Santa Catarina alegou que a função é 
indelegável, e Pereira, "obrigatoriamente, teria que se socorrer de pessoas estranhas ao 
quadro funcional que não prestaram juramento público" 
 O Presidente da Comissão de Concurso, Pedro Sérgio Steil, afirmou que o "Promotor tem de 
preservar o sigilo e não pode repassá-lo a ninguém. Há impossibilidade de exercício 
profissional de uma pessoa com essa deficiência". 
 Já o Presidente da Associação Nacional do Ministério Público, Marfam Vieira, discorda. "Não 
vejo incompatibilidade. Há áreas em que ele poderia atuar perfeitamente. E é função do 
Ministério Público proteger o deficiente físico, sobretudo porque a Constituição determina 
reserva de vaga nos concursos públicos. É lamentável que o MP de Santa Catarina esteja 
praticando um ato de discriminação". Marfam vai pedir à presidência da Associação do MP 
daquele Estado que reveja a decisão. Carlos Augusto Pereira afirmou que, "se fosse 
aprovado, teria um funcionário investido de fé pública", para ler os documentos para ele. 
"A orientação da manifestação ministerial seria dada por mim. Além disso, há sistemas que 
fazem a leitura pelo computador, como os sintetizadores de voz", ressaltou, ainda, Vieira. 
 O Estado de Santa Catarina tem na Procuradoria da Advocacia Geral da União - órgão 
federal - um cego, Orivaldo Vieira. Há casos semelhantes em outros Estados do país. O 
procurador do Trabalho, Ricardo Marques da Fonseca, chefe da Procuradoria Regional de 
Campinas, e o defensor público Valmery Jardim, também são cegos. 
O bacharel é funcionário concursado da Justiça Eleitoral. Na ocasião do concurso, para 
auxiliá-lo nos exames, foram designados dois advogados: um leu para ele a prova e os livros 
usados para consulta, e o outro escreveu as respostas. 
 O candidato considera ter sido uma vítima do preconceito e vai mover uma ação em face do 
órgão catarinense e exigir indenização por danos morais. 
Ainda segundo o Corregedor-Geral do MP de Santa Catarina, ?um cego precisaria, em 
algumas circunstâncias, do auxílio de outra pessoa. A tecnologia fornece facilidades, mas o 
reconhecimento de provas ou o exame de uma perícia ficam prejudicados. Não é razoável 
que o Estado tenha de criar uma estrutura para viabilizar uma exceção? 
 
Questão 3 - Objetivas. 
1. A mudança de posição dos termos em destaque, proposta na versão à direita, PREJUDICA o 
sentido pretendido no texto original apenas em... 
(A) TEXTO ORIGINAL: Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem 
promovidos em Minas. 'É impossível falar sobre a desorganização administrativa que se 
instalou no Estado em apenas um minuto', justificou,... (ESTADO DE MINAS - 1/8/98) 
ALTERAÇÃO PROPOSTA: Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem 
promovidos em Minas. "É impossível, em apenas um minuto, falar sobre a desorganização 
administrativa que se instalou no Estado",justificou,... 
(B) TEXTO ORIGINAL: A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado 
até os presos escondidos dentro de galinhas assadas. (A GAZETA - 12/8/98) ALTERAÇÃO 
PROPOSTA: A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado, escondidos 
dentro de galinhas assadas, até os presos. 
(C) TEXTO ORIGINAL: Apesar de os atiradores estarem sem capacete, ninguém conseguiu ver 
seus rostos, que estavam em uma moto Honda XL250. (A GAZETA - 12/8/98) ALTERAÇÃO 
PROPOSTA: Apesar de os atiradores, que estavam em uma moto Honda XL250, estarem sem 
capacete, ninguém conseguiu ver seus rostos. 
 (D) TEXTO ORIGINAL: Victor dá posse amanhã a Rômulo Penina, para a casa civil, que 
acumulará os dois cargos. (A GAZETA - 1/4/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Victor dá posse 
amanhã, para a casa civil, a Rômulo Penina, que acumulará os dois cargos. 
(E) TEXTO ORIGINAL: Com essa aquisição, a Saraiva, que ocupava o quarto lugar no ranking 
das editoras de livros didáticos, deu um passo largo para dominar o mercado. (A GAZETA - 
27/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Com essa aquisição, a Saraiva deu um passo largo para 
dominar o mercado, que ocupava o quarto lugar no ranking das editoras de livros didáticos. 
2. Sobre polifonia e intertextualidade, qual a análise incorreta? 
(A) A polifonia é a incorporação ao discurso de asserções emitidas diretamente por terceiros. 
(B) A polifonia é um reforço à linha argumentativa e ao recorrer a vozes alheias pelas citações, 
busca fundamentar proposição. 
(C) Na intertextualidade a citação direta é uma ocorrência predominante na fundamentação 
do argumento. 
 (D) A intertextualidade sem uma intenção exclusivamente argumentativa repete - ideias e 
falas - de outros emissores, as quais serão notadas em função do repertório de leitura do 
interlocutor e não pela citação direta. 
(E) A paráfrase é um recurso linguístico presente tanto na polifonia quanto na 
intertextualidade. 
CASO 5: 
QUESTÃO 1: Leia atentamente o caso concreto e produza um relatório. Observe todas as 
orientações acumuladas ao longo do semestre. 
 Caso concreto Uma briga de casal na madrugada de 27 de outubro de 2013, no Condomínio 
Portal Sul, na Rua Pio Corrêa, no Humaitá, resultou na morte do porteiro Antonio 
Maximiniano Sales, de 38 anos. Ele foi assassinado com três tiros no peito após se negar a 
abrir o portão para um homem identificado apenas como Jaime, namorado da comerciante 
Margareth Garcia, de 46 anos, moradora do condomínio. De acordo com testemunhas, Jaime 
e Margareth discutiram por volta de 1h. O rapaz foi embora e, ao retornar às 2h, foi barrado 
na entrada principal. 
Irritado, Jaime xingou Maximiniano que, segundo amigos, tinha ordem de Margareth para 
não permitir mais a entrada do rapaz. Jaime foi embora e 20 minutos depois voltou ao 
condomínio. 
Um porteiro que trabalha num edifício ao lado do Portal Sul e testemunhou o crime disse 
que o rapaz aproveitou a chegada de um outro morador do prédio para entrar e seguir até a 
cabine da portaria principal. 
Ele estava completamente bêbado, chegou até mesmo a cair e machucar a testa na calçada. 
Em seguida, ele entrou e aí só escutei os estampidos dos tiros ? disse a testemunha. 
 Ainda segundo a testemunha, após os disparos, Jaime foi embora imediatamente. O vidro 
da portaria apresentava marcas de sangue. 
Trata-se de um caso de homicídio ocorrido no d ia 27 de outubro de 2013, uma briga de casal 
no Condomínio Portal Sul, localizado na Rua Pio Côrrea, no Humaitá, resultou na morte do 
Porteiro Antônio Maximiniano Sales, de 38 anos. O assassinato aconteceu após o porteiro 
negar -se a abrir o portão para um homem identificado como Jaime, namorado da comerciante 
Margareth Garcia, de 46 anos, moradora do condomínio. Segundo testemunhas, Jaime e 
Margareth tiveram uma discussão por volta de 1hora, depois da discussão o rapaz foi embora, 
mas às 2h retornou, quando foi barrado pelo porteiro na entrada principal. 
Segundo a testemunha do crime, o porteiro , que trabalha num edifício ao lado do Portal Sul, 
Jaime estava embriagado, chegou até a cair e machucar a testa na calçada, mas aproveitou a 
chegada de outro morador do prédio para entrar e seguir até a cabine da portaria principal. 
Em seguida escutei os estampidos dos tiros – disse a testemunha 
 
 
QUESTÃO 2: Objetivas. 
 1 - Conforme sustentam Néli Fetzner, Nelson Tavares e Alda Valverde (2013, p. 158): 
"Define-se o relatório como um tipo de narrativa em que os fatos importantes de uma 
situação de conflito devam ser cronologicamente organizados, sem interpretá-los (ausência 
de valoração); os fatos da lide ou da demanda processual devam ser apenas informados". 
Identifique o trecho que corresponde à definição transcrita: 
(A) Segundo a autora, iniciaram o relacionamento em 1975. Compraram um terreno, onde 
começaram a construir a casa. Acrescentou que contribuiu com o seu dinheiro e o dos pais 
para que o réu erguesse o imóvel. Esclareceu que ficaram noivos após quatro anos de 
namoro e deram entrada nos papéis para o casamento religioso. 
(B) O relacionamento da autora com o réu iniciou-se em 1975. Acreditando na boa-fé do réu, a 
autora investiu seus parcos recursos na compra de um terreno, onde começaram a construir 
uma casa. Ali ergueram um imóvel. Depois, ficaram noivos e, após quatro anos de namoro, 
finalmente, deram entrada nos papéis de casamento. 
(C) O réu, demonstrando a sua boa-fé, deu entrada nos papéis de casamento. Entretanto, 
preocupado com a segurança financeira do casal, comprou um terreno e ali ergueu a casa que 
seria o lar de ambos. 
(D) O réu agiu de má-fé, uma vez que induziu a autora a acreditar que pretendia se casar com 
ela. A compra do terreno e a posterior construção de uma casa geraram a falsa crença de que 
a amava. 
(E) O réu deve indenizar a autora, porque lhe causou profunda dor e constrangimento. Afinal, 
ela se entregou por quinze anos a uma relação que julgava verdadeira. Além disso, distribuiu 
os convites de casamento a parentes e amigos, na certeza de que iria formalizar uma relação 
que considerava estável. Entretanto, dois dias antes do casamento, este foi rompido, sem 
justificativa. 
 2. Todos os itens abaixo fazem parte da composição do relatório jurídico, EXCETO: 
(A) Sequência linear de fatos. 
 (B) Seleção de fatos relevantes para a compreensão da lide. 
 (C) A voz de uma ou mais testemunhas que possam contribuir para o conhecimento da lide. 
(D) O uso da narrativa na primeira pessoa quando o próprio advogado for o autor da ação. 
 (E) Uso dos pronomes "como" e "por que". 
 
CASO 6: 
Caso Concreto 1 A reclamada contratou o reclamante para exercer a função de marceneiro 
no setor de produção de cozinhas moduladas. O reclamante, ao desempenhar sua atividade 
profissional, foi pregar um gabinete duplo, um dos componentes da cozinha modulada, 
quando o prego se soltou da madeira ao sofrer a batida do martelo. O prego atingiu em 
cheio o olho direito do trabalhador reclamante, perfurando-o. Esse infortúnio ocorreu por 
culpa exclusiva da reclamada, porque esta não ofereceu óculos de proteção ao obreiro. 
Trata-se de um trágico e irremediável acidente de trabalho que pôs fim não somente a 
qualquer perspectiva de ascensão profissional do reclamante, mas também o deixou 
deficiente visual para o resto de sua vida. 
Questão 1: A linguagem forense utilizada pelo advogado na exposição dos fatos no caso em 
questão teve como objetivo produzir uma certa reação emocional no receptor (juiz) por 
meio e uma engenhosa seleção vocabular. Comente, em até 10 linhas, a escolha lexical 
intencional do advogado, considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas 
na construção desse parágrafo. 
O advogado traz em seu texto as características de um texto narrativo persuasivo, já 
que podemos ver os pontos em queele trata do fato ocorrido com a intenção ersuadir 
o leitor, nesse caso o juiz. O advogado traz motivos e características do ocorrido. 
 
Questão 2: Identifique, no parágrafo acima, pelo menos duas informações ou versões que a 
parte contrária não teria narrado. Justifique a sua resposta. 
A reclamada contratou o reclamante para exercer a função de marceneiro no setor de 
produção de cozinhas moduladas. O reclamante, ao desempenhar sua atividade 
profissional, foi pregar um gabinete duplo, um dos componentes da cozinha modulada, 
quando o prego se soltou da madeira ao sofrer a batida do martelo. O prego atingiu o 
olho direito do trabalhador reclamante, perfurando-o. Esse infortúnio ocorreu por culpa 
exclusiva do autor, já que, a empresa não autorizou o início do exercício de suas tividades, 
uma vez que o empregado recém contrato não havia recebido os materiais de segurança 
necessário para o desempenho da função. 
 
Caso Concreto 2 Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2015, supostamente teria se 
dirigido à residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, 
resultando assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de 
delito. Narra ainda a Inicial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave 
ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de 
oferecer resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se 
tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. 
Questão 3: A partir do resumo do caso concreto 3, produza uma breve narrativa jurídica a 
favor da parte Ré. 
Mateus não pode ser acusado pela prática de crime, já que o mesmo não tinha ciência de que 
Maísa era incapaz, e uma vez que, Maísa quem o convidou para sua residência. O que e 
configura a prática de crime, pois Mateus acreditou tratar-se de uma relação normal entre 
duas pessoas. 
Questão 4: Objetivas. 
 1. Leia o poema abaixo para responder à questão proposta. Todo mundo aceita que ao 
homem cabe pontuar a própria vida: que viva em ponto de exclamação. A palavra SÓ, usada 
nos dois primeiros versos da última estrofe, tem, respectivamente, o sentido de: (dizem: tem 
alma dionisíaca); viva em ponto de interrogação (foi filosofia, ora é poesia); viva 
equilibrando- se entre vírgulas e sem pontuação(na política): o homem só não aceita do 
homem que use a só pontuação fatal: que use, na frase que ele vive o inevitável ponto final. 
In: MELO NETO, João Cabral de. Agrestes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. P.146 
 (A) apenas / única 
. (B) aliás / difícil. 
(C) então / original. 
(D) também / ímpar. 
(E) afinal / exclusiva. 
 2.Leia o trecho: "O dano moral caracteriza-se por uma lesão a um interesse juridicamente 
protegido, aos direitos da personalidade, causando dor, tristeza, vexame ou humilhação.". 
De acordo com os procedimentos discursivos que formulam o texto argumentativo podemos 
afirmar que, exceto: 
 (A) As palavras - tristeza, vexame, humilhação - valoram o discurso e criam uma tendência 
opinativa. 
(B) Na perspectiva de criar uma tendência, os modalizadores expressam valores semânticos 
contextualizados. 
(C) A seleção vocabular é muito importante, porque tem grande poder persuasivo na 
interpretação dos casos jurídicos. 
 (D) É correto e comum no discurso jurídico o uso de modalizadores para tornar o texto 
persuasivo. 
 (E) As palavras apenas assumem valores persuasivos quando contextualizadas. Fora do 
contexto não significam absolutamente nada, não indicam qualquer traço semântico. 
 
CASO 7: 
Questão 1: A partir da leitura do caso concreto abaixo, elabore uma narrativa jurídica em 
defesa da parte Autora. Faça uso da modalidade culta da língua e mantenha-se fiel ao 
conteúdo apresentado, sem distorcê-los, sem acrescentar ou criar fato algum. Limite-se 
apenas aos fatos descritos e narrados. 
O quê? Pedido de indenização por danos morais e materiais. 
Quem ativo? Direção do parque de diversões Mundo da fantasia empreendimentos Ltda e 
patrocinadores da festa Sábado sem lei no mundo da fantasia. 
Quem passivo? José da Silva, 29 anos, camelô, solteiro, morador da Rua Vale do Sossego, 
127, Curicica, Jacarepaguá, Rio de Janeiro - RJ. 
 Onde? Parque de Diversões Mundo da Fantasia, Avenida da Alegria, 2789, Barra da Tijuca, 
Rio de Janeiro, RJ. 
 Quando? Mais ou menos às 02h da manhã, em 09/9/2014. 
Como? (selecionar os fatos relevantes e colocá-los na ordem cronológica): 
( ) Quando chegaram ao parque, mais ou menos às 23h, o agito corre solto, e José da Silva e 
Laura Medeiros começaram a dançar. 
( ) A montanha russa atinge a velocidade de 60 Km/h. Anda sempre em posição normal; não 
tem looping 
( ) José da Silva sai de casa com Laura Medeiros e com a sua galera, às 10h da noite; pega um 
ônibus e vai para a festa Sábado sem lei no mundo da fantasia. O grande lance da noite é 
bebida liberada e dançar até o sol raiar. 
( ) José e Laura Medeiros tentam ir para a roda gigante e para o trem fantasma, a uma da 
manhã, mas as filas estão gigantescas. 
( ) José cai da montanha russa, despenca de quatro metros de altura, atravessa o telhado, 
arrebenta a cobertura de alumínio antes de cair sobre a plataforma. 
( ) A perícia vai ao parque no dia 10/9/2014, não encontra nenhum problema e libera o 
brinquedo. 
( ) José e Laura Medeiros entram numa de curtir a montanha russa e enfrentam 50 minutos 
de fila. 
( ) José é levado para o Hospital Luís Jorge, na Barra, 30 minutos depois da queda. Ele fica 
internado no hospital com fraturas múltiplas, afundamento de crânio, perfuração do pulmão 
e fratura da coluna cervical 
Consequências: os pais de José pretendem ajuizar ação em face do parque, querendo 
indenização constituem você como advogado. 
Depoimentos 
A) Laura Medeiros, 23 anos, comerciária, namorada do José: "ele estava ao meu lado e 
apenas levantou as mãos na descida. Depois de ouvirmos um tranco, um cleck 
estranho, o José foi jogado para fora do carrinho. Ainda tentei segurar ele pela 
camisa, mas foi tudo estranhão, muito rápido, não deu. A gente já andou muito 
naquela montanha russa antes, mas naquele dia tinha uma parada estranha". 
B) Violeta Ferreira, 24 anos, operadora de telemarketing, amiga do José: "O bombeiro 
chegou com uma maca meia hora depois. Ainda levei um socão dos seguranças, que 
não deixaram a gente chegar perto do posto médico". 
C) Pedro Nascimento, 45 anos, casado, gerente de manutenção do parque: "Fizemos 
tudo conforme o figurino. Atendemos o rapaz na mesma hora e chamamos os 
bombeiros. Essa garotada vem pras festas e não sabe beber. Pra andar nos 
brinquedos, tem que ter responsabilidade. Pra cair daquele jeito, ele só pode ter 
ficado de pé, não tem jeito". (Banco de Questões - Estácio/2011/ Adaptado) 
 
Resposta: 
No dia 9 de setembro de 2014, por volta das 22 h, o autor saiu de casa 
com seus amigos com o intuito d e uma noite de diversão no Parque Mundo da 
Fantasia. Chegando ao destino, tentaram ir à roda gigante e ao trem fantasma, 
mas desistiram d e ir por conta das filas quilométricas. Em consequência disso, 
optaram pela montanha russa que atinge uma velocidade de 60 km/h, no 
entanto ainda enfrentaram quase uma hora de fila. 
 Para o infortúnio da vítima, o carro em estava, segundo testemunha, fez 
um barulho estranho, e o autor foi lançado de uma altura de quatro metros, 
atravessou o telhado, arrebentou a cobertura de alumínio e só foi parar na 
plataforma. 
 Como se não bastasse isso, o atendimento demorou a ser feito, deixando a vítima 
sofrendo no local. Ainda, de acordo com os acompanhantes, os seguranças não 
deixaram ninguém se aproximar, pior ainda, agrediram a amiga da vítima que queriainformações. 
 Por fim, em decorrência desta tragédia, a vítima foi inteRnada e diagnosticada com 
fraturas múltiplas, afundamento do crânio, perfuração do pulmão e fratura da coluna 
cervical. 
 
 
Questão 2: Objetivas Preencha as lacunas das frases abaixo: 
1 - A _____________ tem como ponto de partida a _______________ dos fatos que 
geram a situação fática, começando sempre pela ____________ de pedir mais 
remota (origem do negócio jurídico/relação com o Direito material) e terminando a 
______________ de pedir próxima (descumprimento da obrigação pelo réu), 
indicando o ________________ do pedido. 
(A) argumentação / argumentação / causa / consequência / motivo. 
(B) argumentação / narração / motivação / evidência / porquê 
(C) narrativa jurídica / narração / causa / causa / porquê. 
(D) narrativa jurídica / evidência / motivação / causa / desfecho. (E) narrativa / 
argumentação / relação / motivação / porquê. 
 
2. Assinale a alternativa correta. Dentre os aspectos linguísticos a serem observados 
necessariamente na redação das narrativas jurídicas das petições iniciais estão: 
(A) uso da 3ª pessoa do discurso e preferencialmente do pretérito perfeito. 
(B) uso de modalizadores e palavras de origem latina. 
(C) identificação dos elementos da narrativa e uso da 1ª pessoa do discurso. 
(D) uso de termos técnicos jurídicos e observação da ordem cronológica dos fatos. 
(E) uso de artigos de lei nos quais se fundamentam os fatos e argumentação jurídica.

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