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Articulação do Joelho

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1. Estruturas da Articulação do Joelho (ossos, ligamentos e 
músculos) 
 
 
 
 
 
 
 
Tensor da fáscia lata Sartório Reto femoral Vasto medial 
 
Vasto lateral Vasto intermédio Bíceps femoral 
 (cabeça curta e longa) 
 
 
 
 
 
 
 
Semitendinoso Semimembranoso Grácil Gastrocnêmio Poplíteo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Biomecânica Articular do Joelho 
Articulação tibiofemoral ou Articulação do joelho: 
Os movimentos que ocorrem sobre o joelho consistem de flexão e 
extensão, acoplados com outros movimentos, como varo e valgo e rotação 
interna e externa. Todos os movimentos sobre a articulação tibiofemoral 
consistem de rolamento, deslizamento e rotação entre os côndilos do fêmur e 
os platôs tibiais. Esses movimentos ocorrem quase ao mesmo tempo, ainda 
que em direções diferentes, e servem para manter a congruência articular. 
Para a flexão ser iniciada a partir de uma posição de extensão total, a 
articulação do joelho deve primeiro ser “destravada”. O músculo poplíteo atua 
rodando internamente a tíbia em relação ao fêmur, possibilitando a flexão. 
Durante a flexão do joelho, o fêmur rola posterior e desliza anteriormente, com 
o movimento oposto ocorrendo na extensão (rola anterior e desliza 
posteriormente). 
Nos últimos 30 a 5° de extensão do joelho com sustentação de peso, o 
côndilo lateral do fêmur, junto com o menisco lateral, torna-se congruente, 
realizando o eixo de movimento mais lateralmente. O deslizamento tibial torna-
se agora muito maior no lado medial, que produz rotação interna do fêmur, e os 
ligamentos, intrínsecos e extrínsecos, começam a apertar-se próximo a 
extensão terminal. Nesse ponto, os ligamentos cruzados se cruzam e são 
enrijecidos. Nos últimos 5° de extensão, a rotação é o único movimento que 
acompanha a extensão. Essa rotação é referida como o mecanismo de “trava 
interna”, sendo um movimento característico do joelho normal, no qual a tíbia 
roda externa e o fêmur, internamente quando o joelho aproxima-se da 
extensão. Em geral, de 0 a 15° de hiperextensão estão disponíveis no joelho. 
Durante a mesma, o fêmur não continua a rolar anteriormente, mas, ao 
contrário, inclina-se anteriormente. Isso cria compressão anterior entre ele e a 
tíbia. 
Articulação patelofemoral: 
A patela é um componente passivo do mecanismo extensor do joelho, 
no qual as relações estáticas e dinâmicas da tíbia e do fêmur subjacente 
determinam o padrão do trajeto patelar. Quando o joelho flexiona, as forças de 
compressão entre a patela e o fêmur aumentam à medida que a área de 
superfície de contato aumenta, na tentativa de normalizar a carga de unidade 
de estresse de contato. Ainda que a área de superfície aumente com a flexão 
do joelho, ela não consegue suportar essas forças de reação articular 
aumentadas. Para ajudar no controle das forças em torno da articulação 
patelofemoral, existe uma série de restrições estáticas e dinâmicas. 
 
3. Alterações Posturais Estáticas e Dinâmicas do Joelho (valgo, varo, 
flexo, recurvado, valgo dinâmico, varo dinâmico) 
Valgo: trata-se de um desvio dos joelhos em direção à linha média, ou 
seja, os joelhos são pressionados para dentro enquanto os pés permanecem 
para fora. Os joelhos permanecem em um formato de “X” ou em “tesoura” e por 
causa desse desalinhamento, há o comprometimento no funcionamento dessa 
articulação, visto que, uma região do joelho sofre mais descarga do que a 
outra. 
Varo: é a projeção dos joelhos para fora da linha média do corpo. 
Ocorre uma curvatura lateral da tíbia ou do fêmur e da tíbia. Os joelhos ficam 
como se fosse montar em um cavalo, joelhos pressionados para fora e os pés 
permanecem para dentro. 
Flexo: consiste na projeção dos joelhos pra a frente, fazendo com que a 
linha de gravidade passe por cima ou por traz dos joelhos. Provocado pela 
hipertrofia e/ou encurtamento da musculatura flexora dos joelhos e panturrilhas. 
Recurvado: trata-se de uma hiperextensão dos joelhos, ou seja, a 
projeção deles para trás, geralmente desencadeada pela hipertrofia e/ou 
encurtamento da musculatura extensora dos joelhos. A linha da gravidade 
passa a frente dos joelhos. 
Valgo dinâmico: é a posição do joelho no plano frontal que impede o 
alinhamento correto dinâmico da articulação durante a realização de uma 
atividade. A principal causa é a fraqueza dos músculos rotadores externos do 
quadril que causa uma adução e rotação interna do membro inferior, 
medializando o joelho. 
 
4. Alterações Patológicas do Complexo Articular do Joelho: 
Síndrome da dor patelofemoral: 
A Síndrome da dor patelofemoral é definida como dor anterior ou 
retropatelar na ausência de outra patologia e manifesta-se por uma alteração 
na articulação patelofemoral proveniente de uma instabilidade patelar que se 
caracteriza por inclinação ou lateralização da patela. Esta lateralização pode 
ocorrer momentaneamente, sendo observada em radiografias instantâneas 
como uma posição de “fuga” ou subluxação em relação ao seu leito troclear. 
Porém, a patela pode estar nesta posição inclinada, numa forma estruturada, 
fixa, sem episódio de luxação. 
Sua incidência é maior em populações fisicamente ativas como 
adolescentes e adultos jovens, ocorrendo com maior frequência entre as 
mulheres em função das diferenças estruturais na largura da pelve, anteversão 
femoral, ângulo Q, torção tibial, força do quadríceps e lassidão ligamentar do 
joelho. A etiologia ainda é incerta, sendo a causa mais comum o mau 
posicionamento da patela. Entre outros fatores citados na literatura, estão o 
aumento do ângulo Q, a insuficiência do vasto medial oblíquo e a fraca 
ativação das fibras posteriores do glúteo médio. Além disso, há destaque para 
a pronação excessiva da articulação subtalar, levando a compensações 
biomecânicas que sobrecarregam a articulação do joelho. A dor e a dificuldade 
para realização de atividades de vida diária são as maiores queixas 
apresentadas pelos pacientes. 
Condromalácia patelar: 
A Condromalácia patelar é um termo aplicado à perda de cartilagem 
envolvendo uma ou mais porções da patela; sua incidência na população é 
muito alta, aumentando conforme a faixa etária, sendo mais comum em 
pacientes do sexo feminino e com excesso de peso. As causas de 
condromalácia incluem instabilidade, trauma direto, fratura, subluxação patelar, 
aumento do ângulo do quadríceps (ângulo Q), músculo vasto medial ineficiente, 
mau alinhamento pós-traumático, síndrome da pressão lateral excessiva e 
lesão do ligamento cruzado posterior. 
Os sintomas estão relacionados a bloqueio, crepitações, e dor 
retropatelar. Esses sintomas podem piorar em algumas atividades esportivas 
que necessitem de apoio com carga na flexão do joelho, ou ao subir e descer 
escadas, pois a compressão entre a patela e o fêmur aumenta. 
Lesões ligamentares (LCA; LCP; LCM; LCL): 
O ligamento é um estabilizador passivo de uma articulação com principal 
função de impedir um deslocamento anormal entre dois ossos. No joelho, 
existem quatro ligamentos: os cruzados anterior (LCA) e posterior (LCP) e os 
colaterais medial (LCM) e lateral (LCL). Quando existe a ruptura de um destes 
ligamentos, o joelho pode se tornar instável e gerar episódios de falseio, dor e 
edema. 
Lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA): são lesões ligamentares 
mais comuns nos esportes em que o pé está fixo ao solo e a perna é rodada 
com o corpo, como acontece no futebol, basquetebol e esqui, por exemplo. 
Com a rotação no joelho, o paciente acometido pela lesão poderá ouvir um 
som (“pop”) no momento exato em que ela ocorrer e não conseguirá prosseguir 
com a atividade normalmente. Pessoas acima de 30 anos são as mais 
suscetíveisà incidência desta lesão. 
Lesão do Ligamento Cruzado Posterior (LCP): sua lesão é muito menos 
comum que a do cruzado anterior. Lesão isolada usualmente é resultado de 
queda sobre o tubérculo tibial, ou trauma direto do tubérculo tibial contra o 
painel em acidente de automóvel. 
Lesão do Ligamento Colateral Medial (LCM): essa é a lesão ligamentar 
mais comum do joelho. Quando o paciente é acometido de maneira isolada por 
uma lesão nesse ligamento, tende a apresentar dor e edema localizado, 
hemartrose (derrame de sangue dentro da articulação). Em caso de suspeita 
dessa lesão, todos os ligamentos e meniscos do joelho devem ser examinados, 
pois podem existir lesões associadas. Tratamento cirúrgico destas lesões é 
raramente necessário. 
Lesão do Ligamento Colateral Lateral (LCL): lesões deste ligamento são 
menos comuns se comparadas às ocorrências do medial. Entretanto, quando 
ocorrem, geralmente são mais graves e raramente são lesões isoladas. Por 
consequência, o tratamento destas lesões é bem mais difícil. 
O paciente também ouve um estalido no joelho acompanhado de dor. Se 
o ligamento acometido for um dos cruzados, o derrame articular conhecido 
como “água no joelho” pode acontecer, levando a instabilidade ântero/posterior 
e rotacional. Caso a lesão seja nos ligamentos colaterais, o edema pode se 
instalar no joelho associado à instabilidade médio/lateral. 
Osgood schlatter: 
Injúrias causadas por esforço exagerado sobre o tubérculo tibial. É mais 
comumente encontrada em joelhos de adolescentes atleticamente ativos ou de 
rápido crescimento. Embora sua etiologia seja controversa, suspeita-se de 
microtrauma crônico da tuberosidade tibial secundário a esforço exagerado do 
músculo quadríceps. O edema focal da tuberosidade tibial é típico nesta 
doença, que pode danificar osso, cartilagem, tendão e bursa, fragmentação da 
tuberosidade tibial, espessamento difuso do tendão patelar e bursite 
infrapatelar. 
A clínica habitual caracteriza-se por dor de instalação gradual, localizada 
na tuberosidade tibial, exacerbada com o exercício físico e melhorada com o 
repouso. A dor pode ser reproduzida durante o exame físico através da 
palpação da tuberosidade tibial ou extensão do joelho contra resistência. É 
também caraterística a presença de edema local. 
Lesões meniscais: 
Os meniscos são estruturas fibrocartilaginosas semicirculares 
localizadas entre os côndilos femorais e o platô tibial. Sua borda periférica, 
espessa e convexa encontra-se intimamente aderida à cápsula articular, em 
contraste com sua porção central, mais fina e livre, que proporciona ao 
menisco um aspecto triangular no corte frontal. 
As lesões do menisco podem ocorrer quando o joelho em posição 
flexionada ou parcialmente flexionada é submetido a uma força rotacional de 
grande magnitude, fazendo com que o menisco seja comprimido entre o fêmur 
e a tíbia, levando à lesão. As rupturas são mais frequentes em pacientes 
jovens e relacionadas a episódios traumáticos; porém, em pacientes com idade 
mais avançada, as lesões podem ocorrer em pequenos movimentos torcionais 
durante a realização de atividades diárias. As lesões de menisco são 
classificadas de acordo com a localização, relacionando-se à vascularização 
meniscal, e quanto ao padrão da lesão. Assim, de acordo com a 
vascularização, três regiões são descritas: vermelha-vermelha, vermelha-
branca e branca-branca. Quanto ao padrão de lesão, são classificadas como 
verticais, horizontais e complexas. O paciente relata queixa de dor, crepitação 
durante a flexão-extensão do joelho.

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