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11 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I (ASP I) / FEN 04-00272 1 – APRESENTAÇÃO PROF. CARLOS APARECIDO FERREIRA 2 APRESENTAÇÃO • Professor • Alunos • Cadeira * Requisito: Corrente Alternada II – GELE 7075 * Bibliografia: Elementos de Análise de Sistemas Elétricos de Potência, Stevenson, W.D. Analylis of Falted Power System , Paul Anderson 3 * Tópicos 1- Apresentação 2- Conceitos básicos 3- Modelos dos componentes do SEP em redes de sequência 4- Estudos de curtos-circuito * Essa matéria poderia se chamar “Circuitos X”, assim como ASP II “Circuitos Y” ou “Aplicação de Circuitos Elétricos”. 5- Método Computacional para o cálculo de curto-circuitos 1 P 2 2 P media • Avaliação - Se media >= 7: aprovado - Se 4 <= media < 7: final - Se media < 4: reprovado * Se media final >= 5: aprovado 2 media PF media final * Se media final < 5: reprovado * P3 somente com atestado e matéria toda • Informações Gerais 55 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I (ASP I) / FEN 04-00272 2 – CONCEITOS BÁSICOS PROF. CARLOS APARECIDO FERREIRA 66 TÓPICOS 1 – Motivação 3 – Componentes Simétricas 2 – Sistemas em Por Unidade (p.u.) 7 1 – MOTIVAÇÃO 8 9 • Participação de renováveis na matriz de energia elétrica (BEN/EPE/MME/2017): - Renováveis: 81,7% * Hidráulica (68,1%); Biomassa (8,2%); Eólica (5,4%); Solar (0,01%) - Não- Renováveis: 18,3% * Gás Natural (9,1%); Derivados do petróleo (3,7%); Carvão Mineral e Derivados (2,9%); Nuclear (2,6%). 10 • Consumo de Energia Elétrica no Mundo em TWh em 2012 (EPE/2016): 11 Renováveis: 84,5% Brasil: Geração de 509,2 TWh em 2010 12 13 Por que diferente do gráfico sobre geração? • Estimativa de Perdas (transmissão, subtransmissão e distribuição): 90 TWh (17,7%) !!! • Na verdade 17,7% é apenas uma estimativa inicial (análise não é tão simples) 14 • Sistema Elétrico de Potência (SEP): 15 - O objetivo de um SEP é gerar, transmitir e distribuir a energia elétrica, atendendo, dentre outros, aos padrões de: * Qualidade * Segurança * Eficiência * Modicidade tarifária * Disponibilidade 16 • Principais estudos nos SEP’s: - Fluxo de Potência (ASP II) - Estabilidade - Curto-Circuito - Estudos relacionados - Transitórios 17 • O que é um curto-circuito? - Curtos-circuitos são um tipo de contigência no SEP e também costumam ser chamados de faltas. Caminho de baixa (ou de menor) impedância para a corrente devido, em regra, a alguma condição anormal não desejada, provocando elevação de seu valor. Obs.: curtos-circuitos podem ser intencionais no caso fornos elétricos. Israel Nota Prova • Causas - Falha mecânica * Rompimento ou corte de condutor (es) * Contato acidental entre condutores * Contato em condutores através de agentes externos - Falha de isolamento * Devido a temperatura, umidade ou corrosão * Devido a sobretensões internas ou de origem atmosférica → Ruptura do dielétrico dos isoladores • Curtos-circuitos: 20 • Consequências: - Corrente elevada ! * Atuação da proteção → Ideal é isolar somente o local do defeito → Risco de blackout (sobrecarga do sistema não desligado; efeito “dominó”, perda do equilíbrio oferta demanda causando variação da frequência etc) * Prejuízos materiais (elevação da temperatura, esforços mecânicos etc) e risco para a vida das pessoas - Nenhuma outra consequência??? 21 • Preocupações principais? • Corrente elevada e... decaimento da componente CC e duração da falta - Desequilíbrio (se curto assimétrico) ! - Possibilidade de perda da estabilidade (o curto é uma perturbação) • Ex.: curto-circuito no terminal de um gerador síncrono: - Regimes ou períodos de curto-circuito: I=Subtransitório; II Transitório e III=Permanente * Corrente de curto decrescente: reatância do gerador varia durante o curto (reatância subtransitória, transitória e síncrona) - Corrente de curto-circuito: superposição de componente CA com componente CC Israel Nota Prova - Onde X e R são as reatância e resistências e quivalente vistas do ponto da falta - QUANTO MAIOR A RELAÇÃO X/R MAIS LENTO É O DECAIMENTO DA COMPONENTE DA CORRENTE DE CORRENTE CONTÍNUA cc 0- Quando t = i 0,37. cci Israel Nota Prova 25 • Qual(is) o(s) objetivo(s) dos estudos de curto-circuito? - Obter a corrente de falta (If) ...só isso? - Correntes nos demais ramos - Tensões nas diversas barras - Decaimento da componente de corrente contínua e duração da falta Israel Nota Prova 26 • Aplicações - Dimensionamento da proteção e de condutores - Análise de contingências no SEP - Estudos de estabilidade - Cálculo da malha de terra - Estudos no planejamento e na operação 27 • Quais seriam os tipos de curto-circuito num sistema 3φ? FZ FZ FZ FZ FZ FZ FZ FZ gZ gZ a b c 5% 70 %15 % 10 % Faltas Simétricas Faltas Assimétricas Fonte: Paul Anderson e = 0 ou com valores baixosF GZ Z Israel Nota Prova 28 • Estudos de curto-circuito são feitos em todo o SEP (circuito elétrico) • Porém, curtos na baixa tensão também são analisados • Normas para análises de curtos-circuitos * ANSI/IEEE * IEC • Existem programas para cálculo de faltas em SEP’s • Normalmente se associa ASP I à alta tensão - Indústrias: grande número de motores. Se potências elevadas são considerados até para faltas no SEP. - Ex.: ANAFAS (Análise de Faltas Simultâneas) / Eletrobras Cepel 30 • Cálculo de curtos-circuitos: solução de circuitos elétricos (mais reais): - Circuitos 3φ’s com geradores, LT’s, trafos (com diferentes ligações), motores e cargas modeladas por impedâncias. * Algumas vezes reatâncias dos equipamentos (impedâncias) fornecidos em percentual ou não fornecidos * Sistemas em Por Unidade (pu) - Felizmente são utilizadas ferramentas na engenharia que simplificam os cálculos: * Componentes Simétricas * Prá complicar mais a situação, o curto-circuito pode trazer desequilíbrio (se falta assimétrica) 31 2 – Sistemas em Por Unidade (p.u.) • O valor de uma grandeza (G) em p.u. é a razão entre o seu valor real e o valor base (b) desta grandeza. pu b G G G • Como obter o valor base? - Unidade: p.u. ou % (se x 100) 32 • Em sistemas elétricos de potência, arbitra-se os valores base para potência aparente e tensão (normalmente valores nominais). - Nos sistemas com trafos, arbitra-se a tensão base em um único trecho. As demais devem ser obtidas utilizando-se as relações de transformação. • As demais grandezas são as correntes e impedâncias e podem ser obtidas utilizando-se relações fundamentais de circuitos elétricos. • Quais seriam as outras grandezas? Como podem ser obtidas? 33 • Sistema 1φ bV bI bS bZ - Arbitra-se Vb e Sb b b b S I V 2 b b b V Z S - Demais grandezas: 34 • Sistema 3φ bV bI bS bZ - Arbitra-se Vb (fase-fase) e Sb (3φ) 3 b b b S I V 2 b b b V Z S - Demais grandezas: bV bV bI bI 35 - Obs.1: é considerada ligação Y bV bI bS bZ 13bS S bV bV bI bI bZ bZ 3 bV 2 3 3 b b b V S Z 2 b b b V S Z 2 b b b V Z S • Se Δ: passar para Y 36 3b b bS V I 3 b b b S I V - Obs.2: caso opte-se por arbitrar Vb (fase-neutro), como na solução do Stevenson sobre exemplo de curto-circuito fase-terra, deve-se usar: 13bS S 2 3 bb b V S Z 2 3 bb b V Z S 37 • Utilizar base única e efetuar mudanças de base - Em pu, numa base antiga (A), tem-se puA bA Z Z Z em Z puA bAZ Z Z 2 bA puA bA V Z Z S - Para uma nova base (N), tem-se puN bN Z Z Z puN bNZ Z Z 2 bN puN bN V Z Z S • As impedâncias dos equipamentos são fornecidas em p.u., mas com valores base diferentes. Solução ??? 38 - Igualando-se as duas expressões para Z, chega-se a: 2 bA bN bN puN puA bA VS Z Z S V • Abordagem fasorial Z Z R jX - Impedância pu b b b Z R X Z j Z Z Z 39 S S P jQ - Potência pu b b b S P Q S j S S S r mV V V jV - Tensão mr pu b b b VV V V j V V V r mI I I jI - Corrente mr pu b b b II I I j I I I 40 • Vantagens da representação em p.u. i) As impedâncias em p.u. de equipamentos do mesmo tipo variam pouco * Máquina síncrona 30 MVA / 13,8 KV tem Xs=0,08 p.u. * Máquina síncrona 5 KVA / 220 KV tem Xs=0,06 p.u. * Obs.: os fabricantes de equipamentos especificam as impedâncias em pu. Os valores bases são V e S nominais. * Assim, quando não se conhece a impedância, é possível utilizar valores médios tabulados 41 ii) Valores 1φ = valores 3φ 1 1 1 pu b V V V 3 ff pu bff V V V 3 1pu puV V 1 1 1 pu b S S S 1 3 1 3 3 pu b S S S 3 1pu puS S 1 3 1 3 3 pu b V V V 3 3 3 pu b S S S 42 - Assim, em p.u., os sistemas são representados por seus monofásicos equivalentes. * Ligações dos transformadores trifásicos irrelevantes nas representações (exceto para sequência zero). 43 iii) Em transformadores (sem taps ou com taps nos valores nominais), os valores totais das impedâncias em p.u., referidas ao primário ou secundário, são iguais, desde que na escolha dos valores base de tensão, seja obedecida a relação de transformação do trafo. 2TZ1I 1V 2V 2 1 1 2 2 T T V Z Z V 1TZ1I 1V 2V 1 2T TZ Z 44 2TZ1I 1V 2V1bV 2bV bS 1TZ1I 1V 2V1bV 2bV bS 2 2 2 pu T T b Z Z Z 2 2 2 2 pu T T b b Z Z V S 1 1 1 pu T T b Z Z Z 1 1 2 1 pu T T b b Z Z V S 45 2 22 1 1 1 2 pu pu T b T T bT Z Z V Z V Z 1 1 2 2 Se b b V V V V 2 1 1 1 pu pu T T T T Z Z Z Z 2 1pu puT T Z Z • Assim, o transformador ideal não precisa ser usado em sistemas representados em pu. 2 2 2 2 1 1 2 1 pu pu b T T b bT T b S Z Z V SZ Z V 46 • E se o transformador tem tap variável (o que é bastante comum em SEP’S) ??? 47 • A cada modificação do tap, deveríamos mudar os valores base • Esse procedimento seria inviável • Solução (modelo mundialmente usado, proposto, ao mesmo tempo, por 2 artigos da GE de 1929) • a=Vm/Vk e é dado em p.u. • Exemplo: trafo com relação nominal 13,8:138kV -Se trafo opera em condições nominais 13,8:138kV: 138 10 13,8 a 138 10 13,8 ba 1pu b a a a -Se 13,8:124,2 kV: 124,2 9 13,8 a 0,9pu b a a a • Principal sistema do Doutorado • Curva do Nariz V P ou Q ou S A B C NORMAL ANORMAL Ponto de Colapso Nova curva após ação de controle de tensão - inserção de capacitor em paralelo com a carga; - aumento do valor de V0; - inserção de outra linha de transmissão paralela à já existente; - inclusão de compensação série capacitiva; - inclusão de transformador com troca de taps, como abordado nesta tese. • Exemplo de ações de controle de tensão: 52 1 2a a 53 • Simulação Laboratorial: • Inversão do Fluxo com mesmo comportamento qualitativo: • Conclui-se que o modelo mundialmente usado é inconsistente 56 • Modelo proposto (tese de doutorado) de transformador com tap variável - Fisicamente: - Impedâncias não podem ser obtidas separadamente 57 ' ( )( ) ( ) 2 k m Z Z Z 2 ( ) ( ) 2 k k m NZ Z N - Porém, de [Westinghouse 1964; Staff of MIT, 1965 etc]: - Por outro lado: 2 m m base base base V Z S 2 2 m k base k base base m V N Z S N 58 2 ( ) ( . .) ( . .) 2 m base k m base SZ Z p u Z p u V ( . .) ( . .) 2 k m Z Z p u Z p u ▪ Assim: 59 ▪ Refletindo a impedância: ▪ Modelo proposto de transformador com tap variável (Ferreira e Prada, 2011): 60 • Efetuando as mesmas simulações 61 iv) Em p.u., as tensões em todo o sistema são próximas a 1 p.u. - Método de Newton Raphson para solução do problema de fluxo de potência (ASP II): sensibilidade em relação às condições iniciais. 63 • Problema: determinar a tensão e a potência na carga: V0= 13 kV - Dados: T1 LT T2G C * G: 50 MVA; 13,8kV; 10% * T1: 20 MVA; 13,8:138 kV; 0,08 p.u. * LT = (10+j20) Ω * T2: 25 MVA; 140:30 kV; 6% * C = (60+j10) Ω • Solução Vb1=13,8 kV Vb2=138 kV 13,8:138 kV 140:30 kV 3 138 140 30bV Vb3=? 3 29,57bV V i) Arbitrar valores base de potência e tensões: Sb=50MVA ii) Mudar de bases (se necessário): - Gerador: 50 MVA; 13,8kV; 10% - T1: 20 MVA; 13,8:138 kV; 0,08 p.u. 2 bA bN bN puN puA bA VS Z Z S V 50 0,08 20 puNZ 0,2 . .puNZ p u 0 13 13,8 V 0 0,942 . .V p u - LT = (10+j20) Ω - T2: 25 MVA; 140:30 kV; 6% 2 bA bN bN puN puA bA VS Z Z S V 2 50 140 0,06 25 138 puNZ 0,125 . .puNZ p u 2 2 2 2 138 380,88 50 b b b V Z S 010 20 0,058 63,4 380,88 LTpu j Z 67 - C = (60+j10) Ω 2 2 3 3 29,57 17,49 50 b b b V Z S 060 10 3,477 9,46 17,49 Cpu j Z iii) Montar e resolver o circuito em p.u. (próxima tela) 68 00,942 0 . .p u 0,1gX j 1 0,2 . .TZ j pu 00,058 63,4LTZ 2 0,125 . .TZ j pu 03,477 9,46CZ CV I 0 0 0 0,942 0 0,1 0,2 0,058 63,4 0,125 3,477 9,46 I j j j 00,26 16,83 . .I pu 00,904 7,37 . .C CV Z I pu 0,904 29,57CpuV 26,76CV kV 69 * 00,235 9,46 . .cS V I pu 0,23 0,038 . .S j pu 0,23 50 11,6RP MW 0,38 50 1,93RQ MVAr 70 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I (ASP I) / FEN 04-00272 2 – CONCEITOS BÁSICOS (CONTINUAÇÃO) PROF. CARLOS APARECIDO FERREIRA 71 • Cálculo de curtos-circuitos: solução de circuitos elétricos (mais reais): - Circuitos 3φ’s com geradores, LT’s, trafos (com diferentes ligações), motores e cargas modeladas por impedâncias. * Algumas vezes reatâncias dos equipamentos (impedâncias) fornecidos em percentual ou não fornecidos * Sistemas em Por Unidade (pu) - Felizmente são utilizadas ferramentas na engenharia que simplificam os cálculos: * Componentes Simétricas * Prá complicar mais a situação, o curto-circuito traz desequilíbrio (se falta assimétrica) 72 3 – Componentes Simétricas • Seja o seguinte sistema 3Φ equilibrado: aE bE cE aI bI cI 0NI sZ sZ sZ mZ mZ mZ lZ l Z lZ aE sZa I sZ Quanto vale In ? Ea, Eb, Ec = ? 73 • Da teoria de circuitos (LTK), matricialmente: a s m m a la b m s m b lb c m m s c lc E Z Z Z I V E Z Z Z I V E Z Z Z I V • Problema: matriz cheia, acoplamento entre as fases...não consigo resolver a, b e c separadamente... • Deseja-se: matriz diagonal, desacoplamento... 74 • Porém, manipulando o sistema anterior, considerando que o sistema é equilibrado, é possível chegar a: 0 0 0 0 0 0 a s m a la b s m b lb c s m c lc E Z Z I V E Z Z I V E Z Z I V • Matriz diagonal, não há acoplamento entre as fase: é possível trabalhar com cada fase separadamente !!! 75 • Circuitos 1Φ’s equivalente: aE aIaI s mZ Z lZlaV- Fase a bE aI bI s mZ Z lZlbV- Fase b cE aI cI s mZ Z lZlcV- Fase c 76 • Obs.: Se Zl=0 ou Zl=Zf: CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO, FALTA SIMÉTRICA!!! • Porém, basta resolver para uma única fase e defasar os resultados (1200) para as demais fases. O problema são os outros tipos de falta... 77 • Quais seriam os tipos de curto-circuito num sistema 3φ? FZ FZ FZ FZ FZ FZ FZ FZ gZ gZ a b c 5% 70 %15 % 10 % Faltas Simétricas Faltas Assimétricas Fonte: Paul Anderson e = 0 ou com valores baixosF GZ Z 78 • E se o sistema for desequilibrado ??? • Desequilíbrio (em termos práticos) ??? • Carga • Curto-circuito assimétrico • Solução: MÉTODO DOS COMPONENTES SIMÉTRICOS • Charles L. Fortescue, "Method of Symmetrical Co- Ordinates Appliedto the Solution of Polyphase Networks". Presented at the 34th annual convention of the AIEE (American Institute of Electrical Engineers) in Atlantic City, N.J. on 28 July 1918. Published in: AIEE Transactions, vol. 37, part II, pages 1027-1140 (1918). 79 • É possível decompor 1 circuito “n-fásico” desequilibrado em n circuitos “n-fásicos” equilibrados. - 1 dos circuitos terá fasores iguais; - (n-1) circuitos igualmente espaçados; - Somando (ou superpondo) os n conjuntos temos o original desequilibrado ! • Essa ousadia não foi aceita inicialmente, o que é comum (outros exemplos: Park, Modelo de Transformador com Tap Variável, etc). - Condição: n é nº primo 80 • SOLUÇÃO DE 1 CIRCUITO 3φ DESEQUILIBRADO =??? - 1 dos circuitos terá fasores iguais: chamado de circuito de sequência 0; - 2 circuitos igualmente espaçados (sequências + e -); - Somando (ou superpondo) os 3 conjuntos temos o original desequilibrado ! - Condição satisfeita: 3 é nº primo •SOMA DA SOLUÇÃO DE 3 CIRCUITOS 3φ EQULIBRADOS. 81 • Fasorialmente: 0 1 2 0 1 2 0 1 2 a a a a b b b b c c c c V V V V V V V V V V V V POSSO TRABALHAR COM 1φ’s EQUIVALENTES EM CADA SEQUÊNCIA , , ???a b cV V V 82 • Definindo-se , e tomando como referência a fase a, tem-se: 01120 0,5 0,866a j =Va0 =Va0 =aVa1 = a2Va1 =aVa2 =a2Va2 0 1 2 0 1 2 0 1 2 a a a a b b b b c c c c V V V V V V V V V V V V 0 1 2 2 0 1 2 2 0 1 2 a a a a b a a a c a a a V V V V V V a V aV V V aV a V • Matricialmente: 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 a a b a c a V V V a a V V a a V • Define-se: 2 2 1 1 1 1 1 T a a a a •T é chamada de Matriz de Transformação (de rede de fases para redes de sequências) • Simplificadamente, é comum escrever: 012 abc aV TV • T é inversível (condição importante), de forma que é possível escrever: • Onde: 012 1 abc aV T V 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 T a a a a • Analogamente, pode se escrever: 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 a a b a c a I I I a a I I a a I •Ou, simplificadamente: 012 abc aI TI 012 1 abc aI T I • Como apresentado anteriormente: 012 1 abc aV T V 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a b a c V V V a a V V a a V 0 1 ( ) 3 a a b cV V V V • Logo, se o sistema é equilibrado, não há tensão de sequência zero. • Para tensões de linha (referência: Vab): 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 ab ab ab bc ab ca V V V a a V V a a V 0 1 ( ) 3 ab ab bc caV V V V • Independente de o sistema ser equilibrado ou não, ou da ligação (Y ou Δ), a tensão de linha de sequência zero é nula (Lei das Tensões de Kirchhoff) • Analogamente: 012 1 abc aI T I 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a b a c I I I a a I I a a I 0 1 ( ) 3 a a b cI I I I • Logo, se o sistema é equilibrado, não há corrente de sequência zero. • E, ainda, se a ligação é Y ou delta (ligações sem caminho de retorno para a corrente), não há corrente de linha sequência zero, independente de o sistema ser equilibrado ou não (Lei das Correntes de Kirchhoff). - Obs.: em trafos com algum enrolamento ligado em Δ, não há corrente de linha de sequência zero neste enrolamento, mas pode haver corrente de fase (fica “presa” no Δ) Israel Nota Prova • Se o sistema é Y desequilibrado com neutro (caminho para a corrente): 0 1 ( ) 3 a a b cI I I I • Logo, a corrente de neutro vale o triplo da corrente de sequência zero! 0N a b cI I I I • Como: 0 3 N a I I • Desequilíbrio é uma condição necessária, mas não suficiente para haver sequência zero. • Temos: • Ex.: dados os fasores abaixo das sequências positiva, negativa e zero de tensões desequilibradas, obter fasorialmente as tensões das fases a, b e c: 92 • Potência: * * * 3 0 0 1 1 2 23 3 3a a a a a aS V I V I V I * 2 2 23 a aS V I * 0 0 03 a aS V I * 1 1 13 a aS V I 3 13S S Israel Nota Prova 93 0 3 0 1 2 1 2 3 * a a a a a a I S V V V I I * 012 012 3 3 t a aS V I - Matricialmente: - Simplificadamente: 090 240 095,5125,2 • Problema Proposto 94 • Obs.1: condições da transformação ABC-012 proposta por Fortescue: - 012 3 3 abcS S - Matriz T inversível - Desacoplamento entre as sequências (matrizes diagonais como será mostrado adiante). • Obs.2: seja o circuito 3φ equilibrado (a-b-c): 0 2 2 1 2 2 1 1 1 1 1 1 3 1 a a a a I I a a a I I a a a 00aI I 2 b aI a I 0120cI I 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a b a c I I I a a I I a a I c aI a I 0240bI I 2 0 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a a I a a I I I a a • Logo, para esse sistema equilibrado, só sequência positiva. 0 1 2 0 1 3 3 0 a a a a I I I I 0 1 2 0 0 a a a a I I I I 0 2 2 1 2 2 1 1 1 1 1 1 3 1 a a a a I I a a a I I a a a • Ex.: Um condutor de uma linha trifásica está aberto. A corrente que flui para uma carga ligada em Δ pela linha a é de 10 A. Tomando a corrente da linha a como referência e supondo que seja c a linha aberta, determine os componentes simétricos das correntes de linha. 010 0 AaI 010180 AbI 0 AcI 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a b a c I I I a a I I a a I 0 0 2 0 1 2 2 1 1 1 10 0 1 1 10180 3 1 0 a a a I I a a I a a 0 0 0 1 0 2 0 5,78 30 5,78 30 a a a I I I 0 0 0 1 0 2 0 5,78 30 5,78 30 a a a I I I =Ia0 =Ia0 =aIa1 = a2Ia1 =aIa2 =a2Ia2 0 0 0 1 0 2 0 5,78 150 5,78150 b b b I I I 0 0 0 1 0 2 0 5,78 90 5,78 90 c c c I I I • Não há corrente de linha de sequência 0, como esperado (ligação Δ) • Ic=0, mas tem componentes de sequência + e - • A soma das correntes da linha a é 10A. Idem para linha b, que tem sentido oposto. 101101 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I (ASP I) / FEN 04-00272 3 – MODELOS DOS COMPONENTES DO SEP EM REDES DE SEQUÊNCIA PROF. CARLOS APARECIDO FERREIRA • Cálculo de curtos-circuitos: solução de circuitos elétricos (mais reais): - Circuitos 3φ’s com geradores, LT’s, trafos (com diferentes ligações), motores e cargas modeladas por impedâncias. * Algumas vezes reatâncias dos equipamentos (impedâncias) fornecidos em percentual ou não fornecidos * Sistemas em Por Unidade (pu) - Felizmente são utilizadas ferramentas na engenharia que simplificam os cálculos: * Componentes Simétricas * Prá complicar mais a situação, o curto-circuito traz desequilíbrio (se falta assimétrica) → Modelos em redes de sequência 103103 TÓPICOS 1 – Linhas de Transmissão 2 – Geradores (e Motores) Síncronos 3 – Motor de Indução 4 – Cargas (Impedâncias) 5 – Transformadores 104 ▪ Da matéria Linhas de Transmissão, tem-se o modelo 1φ geral de LT (circuito ¶ equivalente) 'Z' 2 Y ' 2 Y sV rV Carga sI rIsI sI ' ( )cZ Z sh l ' 1 ( ) 1 2 ( )c Y ch l Z sh l - Zc e γ são a impedância característica e a constante de propagação da LT1 – Linhas de Transmissão ▪ LT curta (l < 80Km): Z sV Carga sI rI rV ▪ LT média (80km < l < 240km): Z 2 Y 2 Y sV rV Carga sI rI - Esse é o modelo (circuito ¶ nominal) usualmente usado em SEP (ASP II) Z R jX 2 Y 2 Y sV rV Carga sI rI • Em estudo de curto-circuito, despreza-se as resistências e susceptâncias shunts das LT. 107 • Seja o seguinte sistema 3Φ, considerando-se também as impedâncias mútuas da LT: aE bE cE aI bI cI NI sZ sZ sZ mZ mZ mZ l Z lZ lZ aE sZa I sZ sZ sZ mZmZ • Consideração: LT transposta (mútuas iguais) 108 • Da teoria de circuitos, matricialmente: a a la b b lb s m m m s m m m sc c lc ZE I V E I V E I V Z Z Z Z Z Z Z Z • Problema (aula anterior): matriz cheia, acoplamento entre as fase...não consigo resolver a, b e c separadamente... • Deseja-se: matriz diagonal, com desacoplamento... 109 a a la b b lb s m m m s m m m sc c lc ZE I V E I V E I V Z Z Z Z Z Z Z Z • Simplificadamente: aab bcabc cc ab lE IZ V • Mas 012 abc l laV TV 012 abc aI TI 110 aab bcabc cc ab lE IZ V 012 abc l laV TV 012 abc aI TI • Substituindo: 012 012 abc a a a c l bE TI TZ V • Multiplicando por T-1: 1 1 012 012 abc a l bc a aT E T TZ I V 012 aE 012 aZ 111 • Tem-se então: 01 12 abc a T TZ Z 012 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 s m m a m s m m m s a a a a a a Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z a a • Matricialmente: 012 2 0 0 0 0 0 0 s m a s m s m Z Z Z Z Z Z Z • Chega-se a: 112 • Comentários: 012 2 0 0 0 0 0 0 s m a s m s m Z Z Z Z Z Z Z • Não há acoplamento entre as sequências +, - e 0 (matriz diagonal) • Se sistema equilibrado, só sequência positiva: Zs-Zm, conforme aula anterior. • Impedância de sequência positiva igual à de sequência negativa. • Desconsiderando-se as mútuas: Z0=Z1=Z2 • Circuitos: Sequência + 1 S mZ Z Z Sequência - 2 S mZ Z Z Sequência 0 0 2S mZ Z Z 2 – Geradores (ou Motores) Síncronos • Da matéria Conversão de Energia, tem-se o 1Φ equivalente de gerador (ou motor) síncrono em regime permanente: aE S s sZ R jX aV aI Motor aI Gerador - Rs normalmente é desprezado • Seja a seguinte representação 3Φ de um gerador, ligado em Y (com Zn): aE bE cE aI bI cI aE aI NI SZ SZ SZ aV bV cV NZ Quanto vale In genericamente? N a b cI I I I , , ???a b cV V V • Aplicando a LTK, matricialmente: 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 a a s a a b b s b n b c c s c c V E Z I I V E Z I Z I V E Z I I a a s n n n a b b n s n n b c c n n s n c V E Z Z Z Z I V E Z Z Z Z I V E Z Z Z Z I abc abc abc abcV E Z I • Simplificadamente: • Usando: 0 0 1 1 2 2 0 3 0 a s n a a a s a a s a V Z Z I V E Z I V Z I 012 abc aV TV 012 abc aI TI • Chega-se a: • Circuitos: 1aE 1 SZ Z 1aV 1aI Sequência + 2 SZ Z 2aV2a ISequência - 0 3S nZ Z Z 0aV0a I Sequência 0 119 • Comentários: • Para motores síncronos, basta inverter o sentido da corrente (e mudar o sinal do sistema de equações) • A impedância referente ao neutro (Zn) está na sequência zero e é multiplicada por 3 (o que é recorrente para outros equipamentos, como será visto adiante) • Tensão gerada só aparece na sequência +: projeto dos geradores • Se Y: Zn= • Se Y aterrado: Zn= 0 • Com relação ao Zs, despreza-se a resistência, utilizando-se somente a reatância síncrona (Xs) Israel Nota Prova 120 • Parâmetros dos geradores e motores síncronos: '' ' 1 ou ou d d dX X X X Dependendo do estudo realizado '' '' 2 2 d qX X X 0 X testes • Regimes ou períodos de curto-circuito: I=Subtransitório; II Transitório e III=Permanente 122 • Mais comentários: - Xo apresenta baixo valor (representa os fluxos magnéticos de dispersão, não produzindo FMM rotacional); - X1 apresenta alto valor em regime permanente (os fluxos magnéticos de seqüência positiva estão em sincronismo com o giro do rotor e assim penetram completamente o circuito magnético da máquina); - X2 apresenta baixo valor valor (os fluxos magnéticos de sequência negativa giram em sentido contrário ao giro do rotor ); Israel Nota Prova 3 –Motor de Indução • Da matéria Conversão de Energia, tem-se o modelo 1 φ equivalente de um motor de indução (regime permanente): • A partir do modelo apresentado, pode-se chegar ao seguinte 1 φ equivalente simplificado (adequado para estudos de curto-circuito): mE ( )s rj X X aV aI - Xs e Xr: reatâncias do estator e rotor - Em = Força eletromotriz induzida devido ao movimento do rotor abc abcabc abc mV Z I E • Matematicamente em sequência de fases: • Usando: 0 0 1 1 1 2 2 0 ( ) 0 ( ) a a a a s a a s a V I V E j Xr X I V j Xr X I 012 abc aV TV 012 abc aI TI • Chega-se a: • Circuitos: Sequência + 2aV 2a ISequência - 0aV 0aISequência 0 mE ( )s rj X X 1aV 1aI ( )s rj X X Israel Nota Prova 127 • Comentários: - Nos ciclos iniciais do curto, o motor de indução alimenta o curto, o que pode ser visto tanto no modelo abc, quanto no 012 (sequência positiva) * Tendo movimento (inércia) e magnetismo (remanescente), funciona (temporariamente) como um gerador; * Assim os maiores motores (e até os menores quando em grande quantidade) devem ser representados nos estudos e em análises de curtos-circuitos nas indústrias; - Não há sequência zero: do Eletromagnetismo, o motor de indução precisa de correntes defasadas para gerar o campo girante, além do que, analisando o circuito elétrico, o estator (única alimentação do motor de indução) é ligado em estrela ou triângulo (sem caminho de retorno para a corrente); 128 • Parâmetros para o motor de indução: Potência (HP) (Xs+Xr) (p.u) Até 5 0,10 a 0,14 5 a 25 0,12 a 0,16 > 25 0,15 a 0,17 4- Carga (Impedância) Z Z Z aV bV cV N a b cI I I I abc abc abc NV Z I E • Matematicamente em sequência de fases: cI bI aI nZ • Usando: 0 0 1 1 2 2 3a N a a a a a V Z Z I V Z I V Z I 012 abc aV TV 012 abc aI TI • Chega-se a: • Circuitos: Sequência + Z1aI1aV Sequência - Z2aI2aV Sequência 0 Z0aI0aV 3 NZ • Comentários: Sequência 0: Z0aI0aV 3 NZ -Se Y: Zn= -Se Y aterrado: Zn=0 -Se delta: Passar para Y * Não terá sequência 0 • Problema proposto: por analogia aos modelos apresentados e à LCK, montar os circuitos de sequência positiva, negativa e zero para transformadores, com diferentes possibilidades de ligações dos enrolamentos dos trafos. -A impedância relacionada ao neutro é multiplicada novamente por 3 (como nos geradores síncronos) Israel Nota Prova 133133 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I (ASP I) / FEN 04-00272 3 – MODELOS DOS COMPONENTES DO SEP EM REDES DE SEQUÊNCIA (CONTINUAÇÃO) PROF. CARLOS APARECIDO FERREIRA 134134 TÓPICOS 1 – Linhas de Transmissão 2 – Geradores (e Motores) Síncronos 3 – Motor de Indução 4 – Cargas (Impedâncias) 5 – Transformadores 5- Transformadores • Da matéria conversão de energia, tem-se o modelo 1φ equivalente para o trafo: • Simplificadamente: • Em p.u. (tap nominal): jX ' ’ ’ • Analogamente às deduções anteriores (LT), é possível chegaraos seguintes circuitos (1φ equivalente) de sequência: Sequência + 1jX Sequência - 2jX • E para a sequência zero ??? • O circuito acima deve ser complementado de acordo com a ligação em cada lado do trafo: Y ou Δ NZ I Primário Y ou Δ MZ Secundário 0jX ??? Analogia: multiplicação por 3 na sequência zero (geradores síncronos, motores síncronos e cargas) LCK Y NZ Y 0jX3 NZI Y Y MZ 0jX 3 MZI Y NZ Y MZ 0jX3 NZ 3 MZI Y NZ Y 0jX3 NZ • Y: não tem caminho para corrente de sequência zero, como visto em aula anterior. 3 circuito abertoNZ • Y Y MZ 0jX 3 MZ Y Y 0jX Y Y 0jX Y Δ 0'aI 0aI 0aI 0aI 03 aI - Como representar ? • Δ: não tem caminho para corrente de linha de sequência zero, como visto em aula anterior. Y Δ 0jXI ΔΔ 0jX Y NZ Δ 0jX3 NZI Δ Y 0jX Δ Y MZ 0jX 3 MZ Δ Y 0jX ΔY 0jX • Problema: montar um único circuito para a sequência zero, que modele um trafo de 2 enrolamentos, utilizando chaves, que são conectadas, de acordo com as diferentes possibilidades de ligações de cada enrolamento (Δ ou Y aterrado por impedância). 0jX 3 NZ 3 MZ Y MZ Y NZ Δ Δ I 0 NZ 0 MZ Israel Nota Prova • Comentários: - Considera-se X1=X2=X0 - As defasagens podem ou não ser consideradas, dependendo do estudo - Nas deduções, considera-se que os transformadores são de núcleos envolvente • Problema proposto: montar esquema com chaves para transformador de 3 enrolamentos (com as diferentes possibilidades de ligações em cada enrolamento). - Modelo do trafo de 3 enrolamentos em redes de fase: PjX SjX TjX - Modelo do trafo de 3 enrolamentos em redes de sequência: Sequência + 1P jX 1SjX 1TjX Sequência - 2P jX 2SjX 2TjX Sequência 0: problema proposto 0P jX 0SjX 0TjX 3 NZ Y NZ I 3 MZ Y MZ 3 lZ Y lZ Δ Δ Δ 0 , ,N M lZ Z Z Israel Nota Prova 159 • Problema: Determine o circuito de sequência 0 T1 LT T2G M1 M2 Δ Y Y ΔY Y M1 é síncrono M2 é de indução 160 13 nGZ 1SGZ 0T1Z LTZ M2 Δ T1 Y T2 Y Δ G Y M1 Y LT 0T2Z 13 nMZ 1SMZ • Problema: para o mesmo sistema, determine os circuitos de sequência + e -. 161 • Problema: montar os circuitos de sequência positiva, negativa e zero para o SEP a seguir 1 2 3 4 5 Y Δ Y Y Y Y 162162 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I (ASP I) / FEN 04-00272 4 – ESTUDOS DE CURTOS-CIRCUITO PROF. CARLOS APARECIDO FERREIRA 163163 TÓPICOS 2 – Curtos-Circuito Simétricos 3 – Curtos-Circuito Assimétricos 1 – Introdução 4 – Curtos-Circuito em Sistemas Multi-Nó 164 1 – INTRODUÇÃO • Sistema Elétrico de Potência (SEP): 165 - O objetivo de um SEP é gerar, transmitir e distribuir a energia elétrica, atendendo, dentre outros, aos padrões de: * Qualidade * Segurança * Eficiência * Modicidade tarifária * Disponibilidade 166 • Principais estudos nos SEP’s: - Fluxo de Potência (ASP II) - Estabilidade - Curto-Circuito - Estudos relacionados - Transitórios 167 • O que é um curto-circuito? - Curtos-circuitos são um tipo de contigência no SEP e também costumam ser chamados de faltas. Caminho de baixa (ou de menor) impedância para a corrente devido, em regra, a alguma condição anormal não desejada, provocando elevação de seu valor. Obs.: curtos-circuitos podem ser intencionais no caso fornos elétricos. • Causas - Falha mecânica * Rompimento ou corte de condutor (es) * Contato acidental entre condutores * Contato em condutores através de agentes externos - Falha de isolamento * Devido a temperatura, umidade ou corrosão * Devido a sobretensões internas ou de origem atmosférica → Ruptura do dielétrico dos isoladores • Curtos-circuitos: 170 • Consequências: - Corrente elevada ! * Atuação da proteção → Ideal é isolar somente o local do defeito → Risco de blackout (sobrecarga do sistema não desligado; efeito “dominó”, perda do equilíbrio oferta demanda causando variação da frequência etc) * Prejuízos materiais (elevação da temperatura, esforços mecânicos etc) e risco para a vida das pessoas - Nenhuma outra consequência??? 171 • Preocupações principais? • Corrente elevada e... decaimento da componente CC e duração da falta - Desequilíbrio (se curto assimétrico) ! - Possibilidade de perda da estabilidade (o curto é uma perturbação) • Ex.: curto-circuito no terminal de um gerador síncrono: - Regimes ou períodos de curto-circuito: I=Subtransitório; II Transitório e III=Permanente * Corrente de curto decrescente: reatância do gerador varia durante o curto (reatância subtransitória, transitória e síncrona) - Corrente de curto-circuito: superposição de componente CA com componente CC - Onde X e R são as reatância e resistências e quivalente vistas do ponto da falta - QUANTO MAIOR A RELAÇÃO X/R MAIS LENTO É O DECAIMENTO DA COMPONENTE DA CORRENTE DE CORRENTE CONTÍNUA cc 0- Quando t = i 0,37. cci 175 • Qual(is) o(s) objetivo(s) dos estudos de curto-circuito? - Obter a corrente de falta (If) ...só isso? - Correntes nos demais ramos - Tensões nas diversas barras - Decaimento da componente de corrente contínua e duração da falta 17 6 • Aplicações - Dimensionamento da proteção e de condutores - Análise de contingências no SEP - Estudos de estabilidade - Cálculo da malha de terra - Estudos no planejamento e na operação 177 • Estudos de curto-circuito são feitos em todo o SEP • Porém, curtos na baixa tensão também são analisados • Normas para análises de curtos-circuitos * ANSI/IEEE * IEC • Existem programas para cálculo de faltas em SEP’s • Normalmente se associa ASP I à alta tensão - Indústrias: grande número de motores. Se potências elevadas são considerados até para faltas no SEP. - Ex.: ANAFAS (Análise de Faltas Simultâneas) / Eletrobras Cepel 179 • Cálculo de curtos-circuitos: solução de circuitos elétricos (mais reais): - Circuitos 3φ’s com geradores, LT’s, trafos (com diferentes ligações), motores e cargas modeladas por impedâncias. * Algumas vezes reatâncias dos equipamentos (impedâncias) fornecidos em percentual ou não fornecidos * Sistemas em Por Unidade (pu) - Felizmente são utilizadas ferramentas na engenharia que simplificam os cálculos: * Componentes Simétricas * Prá complicar mais a situação, o curto-circuito pode trazer desequilíbrio (se falta assimétrica) 180 • Tipos de curto-circuito num sistema 3φ: FZ FZ FZ FZ FZ FZ FZ FZ gZ gZ a b c 5% 70 %15 % 10 % Faltas Simétricas Faltas Assimétricas 181 2 – FALTAS SIMÉTRICAS FZ FZ FZ G a b c Y Condições iniciais: 0a b c nI I I I 2 1a b a c V V a E V a Condições da falta: 2 1a b a c I I a I I a 0nI 2 1a b a c V V a V V a 182 • Como o a falta é simétrica, pode ser resolvida pelo equivalente monofásico: aE a faI IsZ fZ a faa s f I E I Z Z • As correntes nas outras fase são defasadas de 1200 183 FZ FZ FZ G a b c Y gZ • Os valores de Zg e ou Zn (ligação ou não à terra) são irrelevantes (não modificam o monofásico equivalente apresentado na tela anterior), considerando que, para falta simétrica, sob as condições iniciais apresentadas: '0 0a b c n nnI I I I V nZ n 'n 184 3 – FALTAS ASSIMÉTRICAS G a b c Y Condições iniciais: 0a b c nI I I I 2 1a b a c V V a E V a • Falta φ-T: f aI I Condições da falta: 0b cI I 0aV 0fZ • Sabe-se que: 012 1 abc aI T I 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a b a c I I I a a I I a a I • Como: 0b cI I 0 1 2 1 3 a a a aI I I I • Correntes iguais...redes de sequência em série... • Lembrando que a fI I • Por outro lado, analisando as redes de sequência do gerador: 1aE 1Z 1aV 1aI Sequência + 2Z 2aV2a ISequência- 0 0 3g nZ Z Z 0aV0a I Sequência 0 1 1 1a aE Z I 2 20 aZ I 0 00 aZ I 1 1 1 2 2 0 0a a a a aV E Z I Z I Z I 1 2 0a a a aV V V V • Como Va=0 e as correntes são iguais: 1 1 2 0 10 ( )a a aV E Z Z Z I 1 1 1 2 0( ) a a E I Z Z Z •Circuito resultante (interligação das redes de sequência): 1aE 1Z1aI 2Z 2aI 0 0 3g nZ Z Z 0aI 1 1 2 0( ) a a E I Z Z Z 0 1 2 1 3 a a a aI I I I a fI I 1 2 0 3 ( ) a f E I Z Z Z 1aV 2aV 0aV • Problema Proposto (Stevenson): - Lembrete nas 3 próximas telas 190 • Parâmetros dos geradores e motores síncronos: '' ' 1 ou ou d d dX X X X Dependendo do estudo realizado: subtransitório '' '' 2 2 d qX X X 0 X testes AULAS PASSADAS Dados do problema 191 • P.U. em sistemas 3φ’s bV bI bS bZ - Arbitra-se Vb (fase-fase) e Sb (3φ) 3 b b b S I V 2 b b b V Z S - Demais grandezas: bV bV bI bI 192 - Caso opte-se por arbitrar Vb (fase-neutro), como na solução do Stevenson, deve-se usar: 3b b bS V I 3 b b b S I V * Na solução do Stevenson: 20.000 13,8 3 3 bI 20.000 3 13,8 bI 0b cI I 198198 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I (ASP I) / FEN 04-00272 4 – ESTUDOS DE CURTOS-CIRCUITO (Continuação) PROF. CARLOS APARECIDO FERREIRA 199 G a b c Y Condições iniciais: 0a b c nI I I I 2 1a b a c V V a E V a • Zf ǂ 0 Condições da falta: 0b cI I a f aV Z I f aI I fZ • Agora Va ǂ 0, mas a condição referente à corrente não mudou: 1 2 0 1( )a f a a aV Z I E Z Z Z I 1 1 2 0( 3 ) a a f E I Z Z Z Z 0 1 2 1 3 a a a aI I I I 1 1 2 0 1 3 ( )a f a a aV Z I E Z Z Z I • Tem-se, então: • Circuito resultante: 1aE 1Z1aI 2Z 2aI 0 0 3g nZ Z Z 0aI 1 1 2 0( 3 ) a a f E I Z Z Z Z 0 1 2 1 3 a a a aI I I I a fI I 1 2 0 3 ( 3 ) a f f E I Z Z Z Z 3 fZ Obs.: este circuito resultante também poderia ter sido obtido por inspeção 202 G a b c Y Condições iniciais: 0a b c nI I I I 2 1a b a c V V a E V a • Falta φ- φ: fI Condições da falta: b c fI I I b cV V 0fZ 0aI • Sabe-se que: 012 1 abc aI T I 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a b a c I I I a a I I a a I • Aplicando-se a condição da falta referente às correntes: 0 2 1 2 2 1 1 1 0 1 1 3 1 a a b a b I I a a I I a a I • Chega-se a: 0 0aI 1 2a aI I • Aplicando-se a condição da falta referente às tensões: b cV V 0 1 2 0 1 2b b b c c cV V V V V V • Tem-se 1 2a aV V 2 2 1 2 1 20 0a a a aa V aV a V a V • Tensões iguais...redes de sequência em paralelo... → Não há envolvimento com a terra • Circuito resultante: 1aE 1Z1aI 2Z 2aI 0 0 3g nZ Z Z 0aI 1aV 2aV 0aV 1 2a aI I 1 2a aV V 0 0aI • Circuito resultante: 1aE 1Z 1aI 2Z 2aI 1aV 2aV 0 1 2f b b b b I I I I I 2 1 2 0f a aI a I aI 2 1 1 0f a aI a I aI 2 1 ( )f aI a a I 1 2a aI I 1 2a aV V 0 0aI • Problema Proposto (Stevenson): 2 1 ( )f aI a a I • Mas: 1 1 1 2 a a E I Z Z • Então: 2 1 1 2 ( ) a f a a E I Z Z 211 G a b c Y Condições iniciais: 0a b c nI I I I 2 1a b a c V V a E V a b c f bV V Z I Condições da falta: b c fI I I 0aI • Zf ǂ 0 fI fZ • Como a condição referente às correntes não foi modificada, mantém-se: 0 0aI 1 2a aI I • Com a nova condição referente às tensões: b c f bV V Z I 0 1 2 0 1 2( )b b b c c c f bV V V V V V Z I 2 2 1 2 1 20 (0 )a a a a f ba V aV a V a V Z I 1 2 2 f b a a Z I V V a a 2 1 ( )f b aI I a a I • Como 1 2 2 f b a a Z I V V a a 2 1 ( )b aI a a I 2 1 1 2 2 ( )f a a a Z a a I V V a a 1 2 1a a f a V V Z I • Tem-se: • Circuito resultante: 1aE 1Z 1aI 2Z 2aI 1aV 2aV 1 2a aI I 2 1 ( )f aI a a I 1 2 1a a f a V V Z I fZ 0 0aI 2 1 1 2 ( ) a f f a a E I Z Z Z 215 Condições iniciais: 0a b c nI I I I 2 1a b a c V V a E V a • Falta φ- φ - T: Condições da falta: b c f nI I I I 0b cV V 0fZ 0aI fI G a b c Y nI nZ • Sabe-se que: 012 1 abc aV T V 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a b a c V V V a a V V a a V • Aplicando-se a condição da falta referente às tensões: 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 0 3 1 0 a a a a V V V a a V a a • Chega-se a 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 0 3 1 0 a a a a V V V a a V a a 0 1 2 3 a a a a V V V V • Tensões iguais...redes de sequência em paralelo... • E ainda 0 1 2 0a a a aI I I I • Circuito resultante: 1aE 1Z 1aI 2aI 1aV 0aV2aV 0 0 3g nZ Z Z 0aI 0 1 2 3 a a a a V V V V 0 1 2 0a a aI I I 2Z - Note que agora tem sequência 0...envolvimento com a terra f b cI I I 0 1 2 0 1 2f b b b c c cI I I I I I I 2 2 0 1 2 0 1 2f a a a a a aI I a I aI I aI a I 0 1 22 ( )( 1)f a a aI I aI aI a • Por outro lado: 0 2 1 2 2 1 1 1 1 1 3 1 a a a b a c I I I a a I I a a I • Aplicando divisor de corrente: 0 1 ( ) 3 a a b cI I I I • Na falta fase b – fase c – terra: 0 e a b c fI I I I 0 1 (0 ) 3 a fI I 03f a nI I I 2 0 1 2 0 3 a a g n Z I I Z Z Z • Mas: 1 1 1 2 0//( 3 ) a a g n E I Z Z Z Z 2 0 1 2 0 3 a a g n Z I I Z Z Z 1 1 1 2 0//( 3 ) a a g n E I Z Z Z Z 03f a nI I I • Então: 12 2 0 1 2 0 3 3 //( 3 ) a f n g n g n EZ I I Z Z Z Z Z Z Z • Problema Proposto (Stevenson): 225 Condições iniciais: 0a b c nI I I I 2 1a b a c V V a E V a • Zf ǂ 0: b c f fV V Z I Condições da falta: b c f nI I I I 0aI fIfZ G a b c Y nZ & nI • Circuito resultante com Zf: 1aE 1Z 1aI 2aI 1aV 0'aV2aV 0 0 3g nZ Z Z 0aI 0 1 2'a a aV V V 0 1 2 0a a aI I I 0 1 22 ( )( 1)f a a aI I aI aI a 3 fZ 2Z 03f n aI I I 2 0 1 2 0 33 a a g n f Z I I Z Z Z Z 1 1 1 2 0// 3 3( ) a a g n f E I Z Z Z Z Z 03f a nI I I • Então: 12 2 0 1 2 0 3 3 //( 33 3 )f a f n g n g n f EZ I I Z Z Z Z Z ZZ ZZ G a b c Y G r s t Y 229 4– CURTOS-CIRCUITOS EM SISTEMAS MULTI-NÓ • As situações apresentadas anteriormente são referentes a curtos em geradores operando a vazio • É possível aplicá-las aos sistemas multi-nós, referentes aos sistemas elétricos de potência ??? • SIM, utilizando-se circuitos equivalentes de Thévenin!!! 230 • Circuito equivalente de Thévenin: - Qualquer circuito elétrico (linear) pode ser substituído por um circuito elétrico de Thévenin, que consiste numa fonte de tensão (Vth) em série com uma impedância (Zth)...como no modelo do 1 φ equivalente de um gerador. * Zth é a impedância equivalente dos pontos A e B analisados, com as fontes de corrente e de tensão inoperantes, ou seja, V’s=0 (curto- circuito) e I’s=0 (circuito aberto); * Vth é a tensão de circuito aberto, entre os pontos A e B analisados 231 • Exemplo: A B E AZ BZ fZ - Zth: A B AZ BZ //A Bth ZZ Z 232 • Vth: A B E AZ BZ B B th A Z E Z Z V • Circuito equivalente de Thevenin: A B thV thZ fZ Como o modelo do gerador: fonte em série com impedância.Para faltas assimétricas, necessário obter os circuitos de Thevenin para seq. – e 0 também ! 233 • Metodologia: i) Abrir o sistema na barra em que aconteceu o curto e calcular as impedâncias equivalentes de Thévenin, para as sequências +, - e 0 (se curto simétrico: só +); * Computacionalmente para cada sequência (se curto na barra i): , onde Z = matriz Zbarrath iiZ Z * Analiticamente: obtenção da impedância equivalente para cada sequência no ponto onde ocorreu a falta (fontes de tensão inoperantes) 234 iii) Obter o circuito resultante e a corrente de falta, de acordo com o tipo do curto-circuito (aulas anteriores), além das tensões em todas as barras e correntes em todos os ramos. ii) Obter Vth (para sequência +)=Vpré-falta=V(0); * Computacionalmente: obtido através de fluxo de potência (antes da falta): 0 th i iV V * Analiticamente: tensão de circuito aberto (antes da falta) 235 • Exemplo 1 2 3 4 5 Y Δ Y Y Curto-circuito 1φ Y Y 236 • Diagrama de sequência +: 1 2 3 4 5 11g X 112TR X 134TR X 123LT X 124LT X 134LT X 14g X thE 237 • Zth / sequência +: 1 2 3 4 5 11g X 112TR X 134TR X 123LT X 124LT X 134LT X 14g X thZ AX BX CX 1 1 1 1 11 12 4 34 ( ( ) //( ))th c g TR A g TR BZ j X X X X X X X 238 • Diagrama de sequência -: 1 2 3 4 5 21g X 212TR X 234TR X 223LT X 224LT X 234LT X 24g X 0thE 239 • Zth / sequência -: 1 2 3 4 5 21g X 212TR X 234TR X 223LT X 224LT X 234LT X 24g X thZ AX BX CX 2 2 2 2 21 12 4 34 ( ( ) //( ))th c g TR A g TR BZ j X X X X X X X 240 • Diagrama de sequência 0: 1 2 3 4 5 01g X 012TR X 034TR X 023LT X 024LT X 034LT X 04g X 0thE 0 034 ( )th M L TRZ j X X X KX LX MX • Finalmente: 1th E 1th Z 1aI 2th Z 2aI 0th Z 0aI 0 1 2 1 3 a a a aI I I I a fI I 1 1 2 0 3 ( ) th f th th th E I Z Z Z 1 1 2 0 1 ( ) th a th th th E I Z Z Z 242242 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA I (ASP I) / FEN 04-00272 5 – MÉTODO COMPUTACIONAL PARA CÁLCULO DE CURTO-CIRCUITO PROF. CARLOS APARECIDO FERREIRA 243243 TÓPICOS 1 – Matrizes Y e Z Barra 2 – Interpretação do Elementos 3 – Método Computacional 244 1 – Matrizes Y e Z Barra • Sejam os circuitos a seguir: • Circuitos equivalentes se: • Seja, agora, o seguinte circuito multi-nó (motor síncrono na barra 3): • Utilizando-se os modelos de cada elementos, tem-se o seguinte circuito (sequência positiva) em p.u.: • Transformando-se cada fonte de tensão em série com impedância em fonte de corrente em paralelo com admitância e as impedâncias das linhas em admitâncias: Equação linearmente dependente das demais • Agrupando os termos das equações tem-se: • Colocando matricialmente: 251 • Simplificadamente: Vetor de injeção de corrente Vetor de tensões nas barras (nodais) em relação à referência Matriz de admitância de barra ou matriz de admitância nodal 252 • Pode-se também escrever por: • Onde: Matriz de impedância de barra ou matriz de impedância nodal • Características da matriz Y-Barra: Permite montagem direta da matriz Y-Barra, por inspeção • Características da matriz Z-Barra: Exceto quando há trafo defasador no circuito jBGY G: matriz de condutâncias; B: matriz de susceptâncias Maior a rede, maior a esparsidade Exceto quando há trafo defasador no circuito • Problema 1 - Diagrama de impedâncias - Diagrama de admitâncias - Da teoria de circuitos elétricos: - De acordo com a regra de montagem da Y Barra por inspeção: Não há admitância entre as barras 1 e 2 - Sistema de equações: - Observações: * No exemplo anterior, os cálculos são simplificados considerando que as resistências foram desprezadas * Diagonal principal negativa e elementos fora da diagonal positivos 260 2 – Interpretação dos Elementos • Seja o circuito a seguir: • Matematicamente, em termos da Y Barra: Os elementos da Y Barra podem ser obtidos por ensaios de curto-circuito ! • Ensaio de curto-circuito da barra 1: curto-circuito em todas as barras (tensões=0), exceto na 1: Admitância própria Admitância de transferência • Genericamente, para um curto em todas as barras, exceto na k: • Representando matematicamente por meio da Z Barra: Os elementos da Z Barra podem ser obtidos por ensaios de circuito aberto ! • Ensaio de circuito aberto da barra 1: fontes de corrente inoperantes em todas as barras (correntes = 0), exceto na 1: Impedância própria Impedância mútua Impedância própria • Da teoria de circuitos elétrico que impedância é essa? Impedância vista da barra 1 com I2 e I3 inoperantes? • É A IMPEDÂNCIA DE THÈVENIN !!! Vista entre a barra 1 e a referência. • Genericamente, estando todas as fontes de corrente inoperantes exceto a da barra k: Impedância equivalente da rede vista entre a barra k e a referência, com as demais fontes de corrente inoperantes, ou seja é a impedância do equivalente de Thèvenin entre a barra k e a referência. Utilizada em estudos de curto-circuito • Problema 2: calcule a matriz Z Barra do Problema 1 e calcule as tensões nas barras. • Problema 3: Um capacitor com reatância de 5 p.u. é conectado entre a barra 4 e a referência desse mesmo circuito do Problema 1. Calcular a corrente que passa pelo capacitor e a nova tensão na barra 4. - Para os objetivos deste curso, este capacitor, didaticamente, pode ser considerado uma impedância de curto-circuito. • Solução do problema 2: Z Barra (nenhum elemento =0 diferentemente da Y barra) • Solução do problema 3: - Alternativamente poderia ter sido modificada e invertida a Y Barra do problema 1 (modificação só em Y(4,4)), obtendo-se a as novas Z barra e tensões. - Em ASP II veremos que a inserção de capacitor pode ter como consequência redução da tensão - Analogia do problema 2 com cálculo de curto- circuito: em vez da conexão de um capacitor na barra 5 (ou em qualquer outra barra), um curto-circuito na barra 5 (ou em qualquer outra barra) com uma impedância de curto-circuito Zf. 272 3 – Método Computacional • Objetivo: tornar os cálculos dos curtos-circuitos sistemáticos, visando à utilização computacional • Seja uma falta 3φ na barra 3, através da impedância Zf: • Circuito equivalente: Zth • Aplicação do teorema da superposição para obter as tensões durante a falta: • Tensões antes da falta: Aplicação do teorema da superposição: Vth e I3(f) Pelo circuito de Thévenin é como se Vbar(0) fosse criado por Vth e ΔVbar pela corrente de falta • Como • Tem-se • Simplificadamente • Mas, como apresentado, do teorema da superposição: • Tem-se então: • Tem-se, então, as tensões em cada barra, devido à falta na barra 3: • Do circuito original: 3(0)V 33Z fZ 3( )I f thV thZ ou ou I3(F)=corrente de falta Obs.: lembrando que deseja-se obter as correntes em todos os ramos (não só a corrente de falta) e as tensões em todas as barras. • As correntes em cada linha são as seguintes: - Obs.: os z’s (minúsculos) são as respectivas impedâncias das linhas de transmissão, enquanto o Z’s (maiúsculos) são os respectivos elementos da matriz Z Barra. Ex.: z23 é a impedância da linha de transmissão entre as barras 2 e 3, enquanto Z23 é o elemento (2,3) da matriz Z Barra. • Generalizando, para um SEP com n barras onde ocorre a falta 3φ na barra k: - Tensão numa barra i, qualquer: - Corrente numa linha i-j, qualquer: - Corrente de falta • Para faltas desbalanceadas: - A corrente da falta na barra k é obtida por meio do circuito com as redes de Thevenin de sequência +, - e 0 (obter Zth+ = Zkk+; Zth- = Zkk- e Zth0 = Zkk0), convenientemente conectadas, de acordo com o tipo da falta (aulas passadas); - Tensão na barra i: - Corrente numa linha i-j, qualquer: • Problema 4: voltando ao Problema 1, considere inicialmente as tensõese Z barra calculados no Problema 2. Ocorreu um curto-circuito trifásico na barra 4 com reatância de 0,1 p.u.. Calcule: i) a corrente de falta; ii) as tensões em todas as barras posteriormente à falta; iii) as correntes em todos os ramos posteriormente à falta. • Problema 5: Repetir a solução anterior, considerando um curto-circuito fase-fase-terra, com reatância de falta de mesmo valor. Considere os valores das impedâncias de sequência negativa e zero, tendo os mesmo valores da sequência positiva (valores dos problemas anteriores). Além disso, considere todos os enrolamentos dos transformadores ligados em estrela aterrado.
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