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SIMULADO 6

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Simulado de Português 
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Texto I 
 
A inveja 
 
Tomás de Aquino define a inveja como “a tristeza por não possuir o bem alheio”. 
Inveja-se a cor dos olhos, o tom da voz, a erudição, os títulos, a função, a riqueza ou as 
viagens de outrem. “Onde há inveja, não há amizade”, alertava Camões. 
O invejoso é um derrotado. Perdeu para a sua autoestima. Lamenta, no íntimo, ser 
quem é e nutre a fantasia de que poderia ter sido outra pessoa. O inimigo do invejoso é ele 
próprio. 
A inveja é a tristeza de ser o que se é. A advogada sonha que poderia ter sido atriz, o 
engenheiro imagina-se no lugar do empresário, o rapaz chora por não pilotar um carro de 
Fórmula l. Mal sabem que o invejado também sofre de invejas, pois o desejo é insaciável. 
Centrado nos bens objetivos, escraviza o ser humano. 
Só quem se gosta não tem inveja. É capaz, portanto, de reconhecer e aplaudir o 
sucesso alheio. Faz sua a alegria do outro. 
 (Frei Betto, adaptado.) 
___________________________________________________________________________ 
 
Julgue, com C (certo) ou E (errado), as afirmações sobre os aspectos textuais e 
gramaticais. 
 
1. Segundo a linha de raciocínio do autor do texto, pode-se afirmar que o invejoso é inimigo 
de si mesmo, ainda que deseje possuir o bem alheio; no entanto, pessoas com autoestima não 
têm inveja, pois o desejo escraviza o ser humano. 
 
2. As afirmações “A inveja é a tristeza por não possuir o bem alheio” e “Onde há inveja, não 
há amizade” estabelecem entre si uma relação de conclusão, em que a primeira afirmação 
precede necessariamente a segunda. 
 
3. Verifica-se a presença de “se” indeterminador do sujeito no segundo período do primeiro 
parágrafo, assim como no primeiro período do terceiro parágrafo. 
 
4. Tanto a oração “de que poderia ter sido outra pessoa” quanto a expressão “do invejoso”, no 
segundo parágrafo, possuem a mesma função sintática. 
 
5. Se as orações “Onde há inveja, não há amizade” tivessem a ordem invertida, e não fosse 
usada vírgula entre elas, não sofreriam alteração semântica. 
 
6. Entre os dois primeiros períodos do terceiro parágrafo, poder-se-iam usar os dois-pontos no 
lugar do ponto – fazendo-se as adaptações necessárias de maiúsculas e minúsculas –, sem 
prejuízo da coerência ou da correção gramatical. 
 
7. A relação coesiva entre os dois últimos períodos do terceiro parágrafo se estabelece por 
elipse do referente “inveja”. 
 
8. O texto é predominantemente dissertativo-argumentativo, pois o seu autor busca explicitar 
o tema com viés assertivamente injuntivo. 
 
9. Mantêm-se a correção e a coerência caso a conjunção “portanto” seja substituída por “pois” 
em “É capaz, portanto, de reconhecer e aplaudir o sucesso alheio”. 
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10. No segmento “o engenheiro imagina-se no lugar do empresário”, a posição enclítica do 
pronome é opcional, de modo que o trecho poderia ser corretamente reescrito assim: o 
engenheiro se imagina no lugar do empresário. 
 
 
Texto II 
 
O Desgaste da Inveja 
 
De todas as características que são vulgares na natureza humana, a inveja é a mais 
desgraçada; o invejoso não só deseja provocar o infortúnio e o provoca sempre que o pode 
fazer impunemente, como também se torna infeliz por causa da sua inveja. Em vez de sentir 
prazer com o que possui, sofre com o que os outros têm. Se puder, priva os outros das suas 
vantagens, o que para ele é tão desejável como assegurar as mesmas vantagens para si 
próprio. Se uma tal paixão toma proporções desmedidas, torna-se fatal a todo o mérito e 
mesmo ao exercício do talento mais excepcional. Afortunadamente, porém, há na natureza 
humana um sentimento compensador, chamado admiração. Todos os que desejam aumentar a 
felicidade humana devem procurar aumentar a admiração e diminuir a inveja. 
(Bertrand Russell, adaptado.) 
___________________________________________________________________________ 
 
Sobre o texto, julgue as afirmações com C (certo) ou E (errado). 
 
11. Da leitura atenta do texto, só não se pode inferir que a inveja pode causar a destruição de 
seu portador, a menos que ele possua algum talento extraordinário. 
 
12. As formas verbais do primeiro período “são”, “é” e “torna” nos transmitem a ideia de algo 
factual e constante. 
 
13. O segmento iniciado após o ponto e vírgula exemplifica a afirmativa anterior a esse sinal; 
por causa disso, ele poderia ser adequadamente substituído por um travessão. 
 
14. O segmento “o que para ele é tão desejável como assegurar as mesmas vantagens para si 
próprio” poderia ser, sem prejuízo do sentido e da correção, corretamente reescrito da 
seguinte maneira: coisa que para ele é tão apetecível quanto assegurar-se das mesmas 
vantagens. 
 
15. No trecho “Em vez de sentir prazer... sofre com o que os outros têm”, o pronome relativo 
jamais poderia ser interpretado como sujeito devido à flexão no plural do verbo “ter”. 
 
 
GABARITO 
 
1- E 9- C 
2- C 10- C 
3- E 11- C 
4- E 12- C 
5- C 13- E 
6- C 14- C 
7- E 15- C 
8- E 
 
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