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Carlos Augusto de Oliveira Florisvaldo Cardozo Bomfim Junior Marília Nunes Chaves Informática aplicada à engenharia: sistemas CAD © 2011 by Universidade de Uberaba Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Universidade de Uberaba. Universidade de Uberaba Reitor: Marcelo Palmério Pró-Reitora de Ensino Superior: Inara Barbosa Pena Elias Pró-Reitor de Logística para Educação a Distância: Fernando César Marra e Silva Assessoria Técnica: Ymiracy N. Sousa Polak Produção de Material Didático: • Comissão Central de Produção • Subcomissão de Produção Editoração: Supervisão de Editoração Equipe de Diagramação e Arte Capa: Toninho Cartoon Edição: Universidade de Uberaba Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE Oliveira, Carlos Augusto de. O4i Informática aplicada à engenharia : sistemas CAD / Carlos Augusto de Oliveira, Florisvaldo Cardozo Bomfim Junior, Marília Nunes Chaves. – Uberaba : Universidade de Uberaba, 2011. 184 p. : il. [Produção e supervisão] Programa de Educação a Distância – Universidade de Uberaba ISBN 978-85-7777-374-9 1. AutoCAD (Programa de computador). 2. Computador e desenho. I. Bomfim Junior, Florisvaldo Cardozo. II. Chaves, Marília Nunes. III. Título. CDD: 005.369 Carlos Augusto de Oliveira Arquiteto, especialista em design gráfico e professor universitário. Trabalha com ferramentas CAD, tanto no desenvolvimento de projetos de arquitetura e design, como no ensino da utilização deste e de outros softwares direcionados à computação gráfica. Florisvaldo Cardozo Bomfim Junior Bacharel em Engenharia da Computação e Engenharia Elétrica, com ênfase em Automação Industrial, pela Universidade de Uberaba, Pós- -graduado em Geração de energia. Formação em diferentes cursos na área tecnológica e industrial. Professor nos cursos da área de tecnologia, na Universidade de Uberaba. Marília Nunes Chaves Bacharel em Engenharia Civil pela Universidade de Uberaba (Uniube). Docente na área de desenhos assistidos por computador CAD. Seus temas de interesse são desenhos auxiliados por computador, coordenação de projetos, estruturas de concreto armado, dentre outros. Sobre os autores Sumário Apresentação.......................................................................................VII Capítulo 1 Desenho auxiliado por computador: uma abordagem utilizando o software IntelliCAD ........................................... 1 1.1 A interface do IntelliCAD Cadian.............................................................................. 7 1.2 Utilização do mouse ............................................................................................... 12 1.3 Sistema de coordenadas ....................................................................................... 14 1.4 Visualização do desenho ....................................................................................... 18 1.5 Ferramentas de precisão........................................................................................19 1.6 Criação de objetos ................................................................................................. 19 1.7 Configuração para impressão ............................................................................... 68 Capítulo 2 Perspectivas eletrônicas – CAD 3D ................................... 85 2.1 Comandos 3D do IntelliCAD - Configurações Iniciais ........................................... 88 2.2 Tipos de modelagem 3D ........................................................................................ 91 2.3 Princípio básico da modelagem 3D ....................................................................... 94 2.4 Visualização em 3D ............................................................................................... 95 2.5 Trabalhando com sólidos ....................................................................................... 97 2.6 Edição de sólidos e o comando Boundary ..........................................................100 2.7 Comando boundary – criação de polylines ......................................................... 101 2.8 Trabalhando com superfícies............................................................................... 103 2.9 Render ................................................................................................................. 105 2.10 Materiais ............................................................................................................. 106 Capítulo 3 Desenho auxiliado por computador: uma abordagem utilizando o software AutoCAD ..........................................111 3.1 A interface do AutoCAD ........................................................................................115 3.2 Utilização do mouse ............................................................................................. 120 3.3 Sistema de coordenadas ..................................................................................... 121 3.4 Visualização do desenho ..................................................................................... 124 3.5 Ferramentas de precisão ..................................................................................... 125 3.6 Criação de objetos ............................................................................................... 126 3.7 Configuração para impressão ............................................................................. 168 Prezado(a) aluno(a). Organizamos este livro, intitulado Informática aplicada à engenharia: sistemas CAD, com o intuito de apresentar-lhe ferramentas computacionais fundamentais para a atuação do engenheiro na atualidade. Ele contém três capítulos, assim distribuídos: • Desenho auxiliado por computador: uma abordagem utilizando o software IntelliCAD; • Perspectivas eletrônicas – CAD 3D; • Desenho auxiliado por computador: uma abordagem utilizando o software AutoCAD. Estes capítulos deverão ser trabalhados por você em uma de duas alternativas: o primeiro e o segundo capítulos, para utilização nos polos que possuem o software IntelliCAD; o segundo e o terceiro capítulos, quando o polo possuir o software AutoCAD. No primeiro capítulo, utilizaremos o software IntelliCAD, para criação, desenvolvimento, manipulação e configuração da impressão de desenhos técnicos, possibilitando, dessa forma, a comunicação e o intercâmbio entre profissionais de diferentes áreas. No segundo capítulo, abordaremos o conteúdo das ferramentas CAD 3D voltadas à manipulação de sólidos e de estruturas de projetos; com isso, será possível desenvolver seus trabalhos estruturais construindo Apresentação VIII UNIUBE protótipos de seus projetos para serem analisados de forma rápida. No terceiro capítulo, utilizaremos o software AutoCAD, como o mesmo intuito do primeiro capítulo, para suprir as necessidades dos polos que têm instalado o software AutoCAD. Os conteúdos abordados neste livro são fundamentais para sua atuação acadêmica e profissional, habilitando-o(a) a lidar com fer-ramentas que serão aplicadas no seu exercício profissional. Aconselhamos, em caso de dúvidas, semprerever os capítulos em estudo e os anteriores, que construíram a base para chegar até esta etapa de seu curso. Bons estudos! Carlos Augusto de Oliveira Florisvaldo Cardozo Bomfim Junior Introdução Desenho auxiliado por computador: uma abordagem utilizando o software IntelliCAD Capítulo 1 O desenho técnico é uma das ferramentas mais importantes em um projeto, pois permite a comunicação entre quem projeta e quem constrói. É uma forma de expressão gráfica que tem como finalidade a representação da forma, dimensões e posição de um objeto no espaço. A representação gráfica tem sido o meio de comunicação que estabelece uma relação dialógica entre o projetista, a proposta projetual e os diversos profissionais envolvidos no processo até a concretização da ideia, ou seja, a obra finalizada. Durante a história da construção civil, arquitetos e engenheiros utilizaram vários meios para representação gráfica de seus projetos. Originalmente, lápis, papel e nanquim, além de perspectivas, maquetes e fotografias, que eram os únicos recursos gráficos para se fazer entender pelo cliente e comunicar suas ideias projetuais, como mostra a Figura 1. 2 UNIUBE Figura 1: Perspectiva à mão livre. Com o advento da tecnologia, novos recursos puderam se associar às técnicas tradicionais. Entre eles ,destacamos o surgimento das ferramentas CAD (Computer – Aided Design), projeto assistido por com-putador ou Desenho Auxiliado por Computador. Agora, com a aplicação da computação gráfica, a comunicação profissional/cliente utiliza-se também de recursos multimídia para representação gráfica dos projetos, além da criação de modelos tridimensionais virtuais (perspectivas eletrônicas), chegando até à realidade virtual, permitindo que o usuário interaja com o ambiente projetado. Em 1962, surgiu a mais importante publicação da computação gráfica, a tese de Ivan Sutherland (Sketchpad – A Man-Machine Graphical Communication System). Publicação que chamou a atenção das indústrias automobilísticas e aeroespaciais americanas sobre o conceito da estruturação de dados, que CAD Computer-Aided Design ou desenho auxiliado por computador - é o nome genérico de sistemas computacionais (softwares) utilizados para facilitar o projeto e desenho técnicos. UNIUBE 3 mais tarde levou a General Motors a desenvolver, em 1965, o precursor dos programas CAD, fazendo com que, no final dos anos 60, toda indústria automobilística e aeroespacial utilizasse softwares CAD. A sigla CAD traduzida – Desenho Auxiliado por Computador – explica claramente a utilidade destas ferramentas e sua aplicação como instrumento de representação gráfica dos projetos em geral. (Figura 2). Figura 2: Tela do software Intellicad – Maquete eletrônica. Hoje em dia, existe um grande número de softwares CAD que possuem caracte- rísticas semelhantes. Entre eles, temos o AutoCAD, software da empresa Autodesk, que é amplamente utilizado pelos profissionais de diversas áreas e o IntelliCAD Cadian, um software CAD totalmente compatível com AutoCAD com custo plenamente acessível. O IntelliCAD será o software utilizado como referência em nossos estudos. Todas as figuras utilizadas a partir deste ponto foram retiradas do referido software. AutoCAD É um software do tipo CAD, criado e comercializado pela Autodesk. Autodesk Empresa americana, fundada em 1982, que produz software de design e de conteúdo digital como o AutoCAD entre outros. IntelliCAD Cadian Software do tipo CAD, criado originalmente na Coreia. 4 UNIUBE O aprendizado de qualquer ferramenta CAD existente no mercado permitirá a rápida migração para novos softwares, uma vez que o conhecimento básico para todos eles é muito parecido. Uma questão importante que também precisa ser tratada no início de nossos estudos é o fato de a maioria desses softwares serem apresentados na língua inglesa, o que é comum, hoje em dia, dentro da informática. A resposta é sim. Porém, não são muito utilizados e nem sempre encontrados nas empresas que utilizam os sistemas CAD. Durante o processo de aprendizagem desses softwares, buscamos material didático, como, livros, apostilas ou tutoriais na Internet, por exemplo. Estes, por sua vez, sempre vão apresentar termos em inglês. Como por exemplo, os nomes dos comandos que são utilizados para realizar uma determinada operação. Ex.: comando line (desenha linhas). Por isso, para facilitar o aprendizado, é necessário o conhecimento básico da língua inglesa, como também do conhecimento de desenho técnico, geometria e informática básica (sistema operacional Windows). Prancheta ou computador? Os softwares do tipo CAD são usados para a criação, desenvolvimento e manipulação de projetos nos setores onde o desenho técnico e o arquitetônico são empregados. A grande utilização dos softwares CAD deve-se à sua aplicabilidade aos vários tipos de projetos, permitindo a comunicação e o intercâmbio entre profissionais de diferentes áreas. UNIUBE 5 A prancheta não se torna indispensável, se pensarmos que o IntelliCAD é uma ferramenta de auxílio no desenvolvimento dos projetos. Assim, para muitos profissionais, o trabalho de criação continua sendo iniciado com o auxílio dos croquis em prancheta. Porém, logo que definido o projeto, o seu desenvolvimento enquanto desenho técnico é facilitado pela utilização do software. Projetos que antes levariam meses para serem desenvolvidos na prancheta, hoje, ao utilizarmos as ferramentas CAD, saem bem mais rápidos. Isso se deve à metodologia de desenvolvimento do projeto em computador, em que o aumento da produtividade é maior pela facilidade e rapidez na criação e correção dos desenhos. Trabalhamos no computador de forma diferente à da prancheta, o que permite, por exemplo, desenhar os objetos em tamanho real. Assim, não desenhamos em escala no IntelliCAD. No momento da impressão, decidimos em que proporção desejamos apresentar o projeto. Ao final dos estudos deste roteiro, esperamos que você seja capaz de: • compreender a importância da informática e sua aplicação como ferramenta para a representação gráfica de projetos; • conhecer softwares e soluções informatizadas como suporte ao desenho arquitetônico; • entender o funcionamento dos softwares CAD; • identificar os principais comandos do software Intellicad; Objetivos 6 UNIUBE • desenvolver desenhos bidimensionais (2D), assistidos por computador; • reproduzir desenhos arquitetônicos como plantas, cortes e fachadas; • utilizar comandos de desenho e modificação do software Intellicad; • compreender a função dos layers e sua utilização; • utilizar estilos de texto e de dimensionamento; • configurar um desenho para impressão. 1.1 A interface do IntelliCAD Cadian 1.2 Utilização do mouse 1.3 Sistema de coordenadas 1.4 Visualização do desenho 1.5 Ferramentas de precisão 1.6 Criação de objetos 1.7 Configuração para impressão A interface do IntelliCAD Cadian1.1 Acesso aos comandos Acesso à metodologia de desenvolvimento do projeto em computador em outros softwares do Sistema Operacional Windows. Para acessar os comandos, podemos utilizar os menus, ícones e as linhas de comando. Veremos, a seguir nas figuras 3 a 6, as diversas formas de acesso aos comandos. Esquema UNIUBE 7 Figura 3: Interface do IntelliCAD. Barra de Menu Normalmente, utilizamos o mouse para acessar os menus. As reticências (...) após um item significam que ele dá acesso a uma caixa de diálogo. Uma pequena seta indica a existência de um submenu. 8 UNIUBE Veja, no exemplo, o menu em que temos a ferramenta: Options. Figura 4: Janela do menu Options e menu de atalhos. Menu de Atalho Figura 5: O Menu Atalho. Quando utilizamos algum comando, podemos acessar um Menu de Atalho com opções relacionadas a esse comando por intermédio do botão direito do mouse. UNIUBE 9 Para desativar e controlar o menu rápido (shortcut), acionamos o comando Tools › Options › Display› Menus › Shortcut, menus in drawing area. IMPORTANTE! Barra de Ferramentas (ícones) Por padrão, nem todas as barras de ferramentas do IntelliCAD ficam visíveis. Para exibi-las ou desativá-las, temos as seguintes opções. Quando clicamos com o botão direito do mouse sobre um dos ícones, é exibida uma lista com todas as barras de ferramentas. Para ativar a visualização de alguma das barras, basta selecioná-la na lista. Observe a Figura 6. Figura 6: Janela de seleção de ferramentas. 10 UNIUBE Devemos ativar apenas as barras de ferramentas que utilizaremos para a elaboração do desenho. As mais utilizadas durante a criação do projeto estão marcadas no menu à direita. Esta é a janela de seleção das barras de ferramentas quando acessamos o Menu › View › Toolbars. Linha de comandos Exibe prompt dos comandos acessados com o teclado ou o mouse. Ex.: Linha de comando do comando Line para criação de linhas (Figura 7). Quando acessamos os comandos via teclado, é importante o acompanhamento constante do prompt da linha de comandos. Nela serão exibidas mensagens e solicitações do programa para executar um determinado comando. Para aumentar a produtividade do desenho, podemos utilizar teclas de atalho e abreviaturas dos comandos. Vejamos a seguir no Quadro 1: Figura 7: Linha de Comandos. UNIUBE 11 Quadro 1: Abreviaturas dos comandos mais usados na edição dos desenhos em 2D Atalhos Comandos Atalhos Comandos A ARC MS MSPACE AA AREA MT MTEXT AR ARRAY MT MVIEW B BLOCK O OFFSET BR BREAK OP OPTIONS CHA CHAMFER P PAN C CICLE PA COLAR ESP. CO COPY PE PEDIT D DIMSTYLE PL PLINE DCO IMCONTINUE PO POINT DI DIST POL POLYGON DIV DIVIDE PR OPTIONS DLI DIMLINEAR PROPS PROPERTIES DO DONUT PS PSPACE E ERASE PU PURGE EL ELLIPSE RE REGEN EX EXTEND REC RECTANGLE EXIT QUIT REG REGION EXP EXPORT REN RENAME F FILLET RO ROTATE H HATCH S STRETCH I INSERT SC SCALE L LINE SE DSETTINGS LA LAYER SN SNAP LI LIST SPL SPLINE LO LAYOUT SPE SPLINEDIT LS LIST ST STYLE LT LINETYPE TO TOOLBAR LTS LTSCALE TR TRIM LW LWEIGHT U UNDO M MOVE UN UNDO MA MATCHPROP V VIEW ME MEASURE W WBLOCK MI MIRROR X EXPLODE ML MLINE XL XLINE MO PROPERTIES Z ZOOM Teclas de atalho F1 Help F2 Alterna entre tela gráfica e tela de texto F3 Ativa e desativa ESNAP (Ferramentas de precisão) 12 UNIUBE F5 Alterna a posição do cursor no modo isométrico F6 Controla a exibição das coordenadas F7 Ativa e desativa GRID (Grade) F8 Ativa e desativa ORTHO (Modo ortogonal) F9 Ativa e desativa SNAP (Precisão do cursor pela grade) F10 Exibe e esconde a barra de status F11 Ativa e desativa AUTOSNAP (Projeções dos esnaps) Utilização do mouse1.2 O acesso aos comandos e toda seleção na área de desenho é feita por meio do botão esquerdo do mouse, Figura 8. O botão direito tem função de ENTER. Figura 8: Mouse seleção. A barra de espaços do teclado também tem a função de ENTER. Iniciando, abrindo e salvando um novo trabalho UNIUBE 13 O IntelliCAD nos permite trabalhar com vários arquivos ao mesmo tempo, acessando o comando NEW. Permite abrir arquivos já gravados, exibindo a caixa de diálogo padrão Windows. Para abrir vários desenhos, ao mesmo tempo, utilizamos a tecla CTRL ao selecionarmos os arquivos. Os desenhos abertos simultaneamente podem ser organizados de forma similar aos demais programas Windows através do menu Window. Na primeira vez que salvamos o arquivo, Figura 9, o programa exibe a caixa de diálogo. Nela, nomeamos e escolhemos o local para armazená- lo. Além disso, ela nos permite escolher a versão e o tipo de arquivo que queremos salvar. 14 UNIUBE Figura 9: Janela Slave Drawing As. Sistema de coordenadas1.3 Uma das formas de localizarmos pontos com precisão no IntelliCAD é utilizando seu sistema de coordenadas. O WCS (World Coordinate System) é o sistema de coordenadas global. Ele indica a posição dos pontos em relação aos eixos x, y e z e podemos também visualizar as coordenadas na linha de comandos que se localiza na parte inferior da tela. Coordenadas absolutas (x,y) Nesse tipo de coordenadas, Figura 10, o ponto será localizado tendo como referência a origem (0,0) do sistema. UNIUBE 15 Figura 10: Coordenadas (X, Y). A vírgula separa os pontos coordenados (X , Y) em qualquer situação dentro do IntelliCAD e o ponto separa casas decimais (mantissa), seguindo o padrão americano. Por exemplo: 54.87 – 12.14 – 34.69. • A orientação X sempre será na horizontal para a direita, valores positivos (+) para a esquerda, valores negativos ( ). • A orientação Y sempre será na vertical para cima, valores positivos (+) para baixo, valores negativos ( ). Nos exemplos, a seguir na Figura 11, foram criados dois segmentos de retas com o comando Line entrando com o ponto inicial e o final tomados em relação à origem. Nos pares ordenados, X é o primeiro termo e Y, o segundo. (X, Y). IMPORTANTE! 16 UNIUBE Figura 11: Comandos de coordenadas. Devemos saber que os projetos criados em IntelliCAD estão em unidades de desenho e a escala final do projeto será definida apenas no momento da impressão, podendo, então, um projeto ser impresso em qualquer escala. Assim, um objeto com 100x100 unidades pode representar: 100m, 100 cm. Em arquitetura e nos exemplos aqui apresentados, utilizamos a unidade de centímetros (cm). Portanto, um retângulo com 200x200 representará 200x200 cm. Logo, 2x2 m. Coordenadas Relativas (@ X,Y) O ponto será dado tomando-se como referência o último ponto desenhado. Para usarmos as coordenadas relativas, digitamos o símbolo @ na frente do par x,y. O símbolo @ foi definido por convenção para significar RELAÇÃO AO ÚLTIMO PONTO. No exemplo, a seguir, Figura 12, os segmentos foram desenhados entrando com o ponto inicial em coordenadas absolutas e o final como ponto relativo. Figura 12: Coordenadas Relativas. UNIUBE 17 Coordenadas polares (@ D<Â) Quando necessitamos localizar os pontos através de sua distância e um determinado ângulo, por convenção, trabalhamos com os ângulos dentro do círculo trigonométrico no sentido anti-horário, (Figura 13). Figura 13: Coordenadas polares. Um segmento com início no ponto 200, 200 distante 200 unidades e com inclinação de 45º em relação ao ponto anterior de inclinação, utilizamos as coordenadas polares, (Figura 14). D = distância, precedido de @ se for relativo ao último ponto e o ângulo pelo sinal de <. IMPORTANTE! Figura 14: Execução de coordenadas polares. 18 UNIUBE Os comandos de visualização mais utilizados na edição do desenho estão dispostos na barra de ferramentas no trecho mostrado na Figura 15, a seguir. Acompanhe, com atenção. Figura 15: Roda do Mouse. Fonte: Florisvaldo C. Bonfim Júnior. A roda de rolagem do mouse, Figura 16, substitui os comandos: Pan, Zoom Realtime e Zoom Extents. Figura 16: Comandos de zoom. Visualização do desenho1.4 O perfeito entendimento dos comandos de visualização permite obter agilidade na manipulação dos desenhos e, consequentemente, aumento na produtividade. UNIUBE 19 Ferramentas de precisão1.5 OBJECT SNAP, Figura 17, é o recurso auxiliar que permite selecionar pontos geométricos importantes. Esse recurso nos permite maior precisão na seleção destes pontos, consequentemente, maior exatidão na execução dos desenhos. Para habilitar as ferramentas, utilizamos o atalho: SHIFT + botão direito do mouse. Podemos selecioná-las na lista que se abre e utilizar uma única vez ou habilitá-las numa janela (Drawing Settings) para utilização durante todo o desenho. Para isso, clique em Entity Osnap Settings. As ferramentas podem ser ativadas pela tecla F3. Figura 17: OBJECT SNAP. Criação de objetos1.6 Os comandos que veremos, a seguir na Figura 18, são acessados por meio da barra de ferramentas DRAW ou pela barra de menu. Estão realçados os principais comandos de desenho (criação). Ex.: linha, círculos, retângulos etc. Intersection 20 UNIUBE Barra Draw Figura 18: Barra Draw. É imprescindível fazer a leitura da linha de comando para observar assolicitações e parâmetros que nos são informados e solicitados para serem preenchidos durante a execução dos comandos. Cada comando possui uma linha de comando específica e estes parâmetros permitirão executar outras tarefas dentro do próprio comando. IMPORTANTE! UNIUBE 21 É importante observar alguns detalhes na linha de comando que permitem maior rapidez na execução dos trabalhos. Vejamos: Alguns comandos possuem variáveis dentro de sua linha de comando. Por exemplo, o comando Circle (Figura 19). LINE Cria segmentos de retas ou um conjunto de segmentos de retas. • Na linha de comando, especifique o primeiro ponto (clique na tela ou determine uma coordenada). • Especifique os próximos pontos por meio de coordenadas ou utilizando o modo ortogonal (Figura 20). predeterminado Figura 19: Exemplo de comando. 22 UNIUBE Figura 20: Comando Line. Quando trabalhamos com segmentos ortogonais, não há necessidade de digitarmos a forma completa do sistema de coordenadas. Basta ativar o modo ORTHO, digitar os valores dos comprimentos e acionar a tecla ENTER com o cursor apontado na direção desejada, (Figura 21). Figura 21: Comando Line ORTHO. Atividade 1 Utilizando o comando Line, reproduza a Figura 22, a seguir: AGORA É A SUA VEZ Figura 22: Desenho a ser reproduzido. UNIUBE 23 OBS.: para que o aprendizado se torne mais didático, será apresentado aqui o comando ERASE, que faz parte dos comandos de modificação que serão mostrados, logo em seguida. Exclui objetos. A forma mais rápida é por intermédio da tecla delete. Selecione o(s) objeto(s) e tecle ENTER para concluir. Observe (Figura 23) as formas de seleção como mostradas anteriormente. Figura 23: Tipos de Seleções. POLYLINE Polyline é um objeto formado por linhas ou arcos conectados. A sua construção é semelhante a do comando Line. Porém, possui alguns parâmetros que podem ser configurados como mostra as Figuras 24 e 25. • Arc - constrói um arco a partir do segmento; • Halfwidth - define metade da espessura; • Distance - define o tamanho e o ângulo do próximo segmento; • Width - define a espessura. Figura 24: Polyline. 24 UNIUBE POLYGON Cria polígonos regulares: • inscritos em uma circunferência (Vertex); • circunscritos a uma circunferência (Side); • definidos pelo tamanho da aresta (Edge). Figura 25: Criação de polígono. RECTANGLE Cria retângulos e quadrados. Especifica o primeiro canto e depois o canto oposto. Utilizamos as Coordenadas Relativas para especificar as dimensões do retângulo, (Figura 26). Figura 26: Retângulo. ARC UNIUBE 25 Cria arcos de circunferências, (Figura 27). Parâmetros: • [ 3 Points] - por três pontos; • [ Start,Center, End] - ponto inicial, centro e ponto final; • [ Start,Center, Angle] - ponto inicial, centro e ângulo interno; • [ Start,Center, Length] - ponto inicial, centro e comprimento de corda; • [ Start, End, Angle] - ponto inicial, ponto final e ângulo; • [ Start, End, Direction] - ponto inicial, ponto final e direção (tangente final); • [ Start, End, Radius] - ponto inicial, ponto final e raio; • [Center, Start, End] - centro, ponto inicial e ponto final; • [Center, Start, Angle] - centro, ponto inicial e ângulo interno; • [Center, Start, Length] - centro, ponto inicial e comprimento da corda. Figura 27: Arco. CIRCLE Parâmetros: • [Center of circle] centro da circunferência; • [Radius] especifique o raio; • [Diameter] diâmetro; 26 UNIUBE • [3P] circunferência por 3 pontos especifique os pontos; • [2P] circunferência por 2 pontos especifique os pontos; • [RTT] circunferência por duas tangentes e raio, (Figura 28). Figura 28: Circuilo. POINT A marcação dos pontos pode ser feita por intermédio do sistema de coordenadas ou de referências do desenho. A exibição dos pontos pode ser configurada pela barra de menu – Format > Point Style. Por meio da caixa de diálogo, definimos o tipo de ponto que será utilizado. Os pontos são utilizados nos comandos: DIVIDE e MEASURE.- Esses comandos criam marcas ao longo de linhas, arcos, polylines, splines, círculos, elipses e arcos de elipses. Essas marcas podem ser indicadas por pontos ou inserção de blocos. DIVIDE – [DIV] – Divide o segmento em partes iguais. MEASURE – [ME] – Divide com tamanho determinado entre cada marca (Figura 29). Figura 29: Janela Drawing Settings. UNIUBE 27 HATCH Hachuras. O comando exibe uma caixa de diálogo onde é possível criar objetos de preenchimento de áreas. Hachura - preenchimento por traçado de linha. Gradiente - preenchimento por graduação de cor. O lado direito da caixa de diálogo exibe parâmetros que definem a área de preenchimento (Figura 30). Parâmetros: • [Boundaries] – limite da área de preenchimento; • [Add pick points] – define o limite da área pela indicação de pontos internos; • [Select objetcts] – define o limite da área pela seleção de objetos; • [Remove boundaries] – remove objetos da seleção que definem áreas de preenchimento; • [Recreate boundaries] – recria os limites da área de preenchimento; • [View selections] – exibe os limites da área selecionada; • [Options] – Opções; • [Associative] – habilita o preenchimento associado preenchimento se ajusta às alterações do limite do objeto; • [Create separate hatches] – preenchimento não associado; • [Draw order] – ordem de exibição da hachura; • [Inherit Properties] – copia a propriedade de outra hachura. 28 UNIUBE PreenchimentoGradiente Preenchimentode hachura Tipode hachura Tipo de hachura predef inido Pré-visualização dahachura Tipo de hachuracustomizada pelousuário Ângulo das linhasdahachura Escala do espaçamento das linhas da hachura Origem do sistema Especifica a origem Pré-visualizaçãoda aplicação Origem dahachura Figura 30: Janela do comando Hatch (hachuras). Para aplicação das hachuras, é necessário que o objeto a ser hachurado esteja fechado. Acompanhe, a seguir, a sequência para aplicação do comando HATCH. Observe a indicação com as setas. Utilize o desenho da Atividade 1 como exemplo (Figura 31). Figura 31: Aplicação do comando HATCH. UNIUBE 29 Figura 32: Janela do comando Hatch e Gradiente e tipos. Na janela do comando, selecionamos o padrão de hachura a ser utilizado. Para isso, devemos clicar em Pattern para abrir a caixa de diálogo e selecionar a hachura ANSI31. Em seguida, clique OK. Observe as figuras 32 e 33, a seguir. 90 0 Figura 33: Tela “Hatch and Gradient”. 30 UNIUBE Selecione os objetos que serão hachurados utilizando o ícone Add Pick Points. Clique dentro das áreas que serão preenchidas P1, P2 e P3, mostrado na Figura 34. Configure na caixa de diálogo o novo ângulo para a hachura (90) e a nova escala (10). Observe que após a seleção dos pontos, a área que foi selecionada fica tracejada permitindo identificar o limite da seleção. Clique no botão PREVIEW para verificar se a hachura está correta, e pressione OK para confirmar o preenchimento. Para retornar à caixa de diálogo, pressione ESC, ou clique com botão direito do mouse. Figura 34: Aplicação de hachura. A janela Gradient possui os mesmos parâmetros da janela Hatch, alterando apenas o tipo de preenchimento. O seu funcionamento é idêntico ao comando Hatch. UNIUBE 31 Atividade 2 Desenhe um retângulo de tamanho 200x100. No centro dele, desenhe um círculo com raio 30. Crie a hachura definindo sua escala em 100 unidades, conforme a Figura 35 a seguir. AGORA É A SUA VEZ Figura 35: Atividade 2. Lembre-se de que, para localizar o centro do retângulo, podemos utilizar outros elementos como referência, por exemplo, uma linha na sua diagonal. Lembre-se, também, de que as ferramentas de precisão nos auxiliam na localização de pontos no desenho. Ex.: MIDPOINT. Criação de textos – text style Existem duas formas de textos no IntelliCAD - Text e Multiline Text. Antes da criação dos textos, é preciso definir o ESTILO DE TEXTO por intermédio do comando Explore Text Style. Explore Text StyleExplorer32 UNIUBE Configura o estilo de texto definindo seus parâmetros de fonte, estilo de fonte, altura etc. Observe a Figura 36, a seguir. CRIAR NOVO ESTILO NOME ESTILO TIPO DE FONTE ALTURA DA FONTE Figura 36: Janela Explorer. A altura do texto pode ficar definida em 0 (zero), pois os comandos para digitação do texto permitem alterar este valor. Assim, a qualquer momento, podemos utilizar textos com tamanhos variados sem alterar o estilo. Definidos os estilos de textos que serão usados no projeto, podemos selecioná-los por meio da barra de estilos (Figura 37). ESTILO DE TEXTO BARRA DE ESTILOS TEXT Cria textos com uma única linha. É utilizado, por exemplo, para colocar nome nos ambientes de um projeto arquitetônico. • [Start point] – especifica o ponto de inserção do texto; • [Height] – altura do texto; • [Rotation angle of text] – ângulo de inclinação do texto; Figura 37: Barra de Estilos. UNIUBE 33 • [Style] – define estilo de texto; • [Justify] – define o alinhamento do texto; • [Align] – ajusta o texto entre dois pontos; • [Fit] – ajusta o texto entre dois pontos, mantendo a altura da fonte; • [Center] – alinhado no meio da linha de base do texto; • [Middle] – alinhado no meio do texto; • [Right] – alinhado à direita da linha de base do texto; • [TL/TC/TR/ML/MC/MR/BL/BC/BR] – justificações do texto. MTEXT Multiline text ou Mtext cria textos com várias linhas.Texto de parágrafo. Para execução do comando, o programa pede a criação de uma janela de texto por intermédio da indicação de dois pontos que definirão a diagonal dessa janela. Parâmetros: • [Specify first corner] – especifica o primeiro canto da janela; • [Specify opposite corner] – especifica o canto oposto da janela; • [Height] – altura do caractere do texto; • [Justify] – alinhamento do texto. Justificação; • [Rotation] – ângulo de inclinação do texto; • [Width] – largura da área retangular onde o texto será posicionado; • [Style] – especifique o estilo de texto. Após a definição da janela de texto, o IntelliCAD exibe a caixa Multiline Text, (Figura 38). Essa caixa funciona como um editor de texto semelhante ao Microsoft Word. O texto aceita formatação de parágrafo, recuo, marcador, numeração, recuo de parágrafo etc. 34 UNIUBE PROPRIEDADES DO TEXTO ALTURA DA FONTE NOME DA FONTE Figura 38: Janela do comando Multiline Text. Os textos no AutoCAD devem ser criados com critério, para a correta definição do seu tamanho em função da sua escala de impressão. Para isso, temos uma ótima ferramenta, que é a criação de estilos de textos. Ela permitirá formatar o texto em relação à fonte, tamanho, inclinação e outras características. Dos parâmetros citados anteriormente, o que deve ser analisado com mais cuidado é o fator adotado para altura do texto. Ao criarmos estilos de textos para um desenho, devemos raciocinar sempre em relação à escala de impressão. O texto, se reduzido ou ampliado, deve ter um tamanho final que seja proporcional ao restante do desenho, além de ter visualização adequada. Para modificação, correção ou edição de um texto já inserido, podemos utilizar dois métodos dentro do IntelliCAD. São eles: • por meio do comando ED (edição de textos), selecionamos o texto que será editado. • clicando duas vezes no texto que deverá ser modificado. A última opção é a mais rápida e fácil de utilizar. UNIUBE 35 Modificação de objetos Os comandos que veremos, a seguir, são acessados pela barra de ferramentas MODIFY ou pela barra de menu. Estão relacionados aqui todos os comandos de edição dos objetos. Ex.: copiar, mover etc. Durante nossos estudos, serão utilizados apenas os comandos que estão realçados. ERASE MOVE COPY OFFSET SCALE ROTATE 3D ROTATE MIRROR 3D MIRROR ARRAY 3D ARRAY FLATTEN ALIGN EXTEND EDIT LENGTH STRETCH BREAK JOIN TRIM MEASURE DIVIDE CHAMFER FILLET EDIT POLYLINE EDIT MULTILINE EDIT TEXT EXPLODE REGION CHANGE PROPERTIES Neste momento, antes de prosseguirmos com os comandos de modificação de objetos, é necessário compreender os métodos de seleção mais utilizados no IntelliCAD. Esses métodos podem ser aplicados a todos os comandos de edição que, na sua execução, solicitam a seleção de objetos. Por Default, assim que são acessados comandos de edição, o cursor troca para forma de um quadradinho (Pick Box), e a expressão ‘Select Objects’ é exibida na Barra de Comando. Existem três maneiras de selecionar os objetos: 1 – seleção com clique (uma a uma). Posicionamos o mouse sobre o objeto que desejamos selecionar e clicamos com o botão esquerdo para finalizar a seleção; 2 – seleção Window. Este método permite selecio- nar vários objetos ao mesmo tempo. Basta criar uma janela de seleção com o mouse, movendo-o da esquerda para a direita. Neste método, somente os objetos que ficarem dentro da janela serão selecionados; 36 UNIUBE 3 – seleção Crossing. Semelhante ao método window, porém a janela é criada da direita para a esquerda. Neste método, todos os objetos que forem tocados pela janela de seleção e os que ficarem dentro da janela serão selecionados. Observe a Figura 39 a seguir, exemplificando os métodos de seleção. Os círculos tracejados são os objetos que foram selecionados por cada método e as setas indicam o sentido da construção da janela de seleção. É possível diferenciar os métodos de seleção pelo tipo de linha de cada janela. Linha contínua para seleção window e tracejada para crossing. Figura 39: Seleção. COPY Copia objetos de forma múltipla. O programa solicita a seleção dos objetos que serão copiados. Para isso, pressione ENTER para finalizar a seleção. Selecione um ponto base de deslocamento do objeto e os pontos de referência para o posicionamento das cópias. Pressione ENTER para finalizar o comando, (Figura 40). UNIUBE 37 P1 P2 Figura 40: Comando Copy. MOVE O comando MOVE, (Figura 41) funciona de forma similar ao comando COPY. O programa solicita a seleção dos objetos que serão movidos. Para isso, pressione ENTER para finalizar a seleção. Selecione um ponto base de deslocamento do objeto e o ponto de referência para o seu posicionamento. P1 Figura 41: Comando Move. MIRROR Faz o rebatimento dos objetos selecionados em relação a um eixo ou linha de espelho (Mirror Line). Selecione os objetos que serão espelhados e pressione ENTER. Determine o primeiro e o segundo ponto da linha de espelho. O programa oferece a opção de manter o objeto original ou excluí-lo, (Figura 42). 38 UNIUBE Figura 42: Comando Mirror. ARRAY Cria arranjos retangulares ou circulares de objetos de forma ordenada. Esse comando exibe uma caixa de diálogo que mostra dois conjuntos de parâmetros: • Rectangular Array: Parâmetros da cópia retangular (linhas e colunas) Figuras 43 e 44. Figura 43: Comando Array. UNIUBE 39 NÚMERO DE LINHAS NÚMERO DE COLUNAS DISTÂNCIA ENTRE LINHAS DISTÂNCIAENTRE COLUNAS ÂNGULO DAS CÓPIAS Figura 44: Janela do comando Array – Modo retangular. Distância entre linhas com valores positivos indicam cópias para cima e valores negativos indicam cópias para baixo. Distância entre colunas com valores positivos indicam cópias para direita e valores negativos, para a esquerda. Valores angulares positivos indicam sentido anti-horário e valores negativos indicam o sentido horário. • Polar Array: Parâmetros da cópia polar (rotação) Figura 45 e 46. Figura 45: Comando Polar Array. 40 UNIUBE CENTRO DADISTRIBUIÇÃO MÉTODOS DE DISTRIBUIÇÃO NÚMERO DE OBJETOS ÂNGULO DE DISTRIBUIÇÃO ÂNGULO ENTRE OBJETOS SELEÇÃO DOS OBJETOS Figura 46: Janela do comando Array – Modo Polar. OFFSET Cria cópias paralelas de objetos por intermédio da especificação da distância para o deslocamento e a escolha do lado para onde o objeto será copiado (Figura 47). Parâmetros: • [Distance] – distância da cópia paralela; • [Select entity] – selecione o objeto que será duplicado; • [Specify point on side to offset] – indique o ponto do lado que se desejaa cópia. UNIUBE 41 Figura 47: Offset. ROTATE Rotaciona os objetos em relação a um ponto de referência. O programa, por padrão, trabalha com os ângulos no sentido anti-horário. Podemos entrar com os valores dos ângulos como sinal negativo para uma rotação horária, (Figura 48). Parâmetros: • [Select entities] - selecione os objetos a serem rotacionados; • [Rotation point] - indique ponto base (origem); • [Rotation angle] - indique o ângulo de rotação; • [Base angle] - ângulo original; • [New angle] - ângulo final. Figura 48: Rotate. 42 UNIUBE SCALE Altera a proporção dos objetos. Após a seleção do objeto, é solicitado um ponto de referência e depois um fator de ampliação ou redução das dimensões do objeto, (Figura 49). Parâmetros: • [Select entities] - selecione os objetos a serem modificados; • [Specify base point] - indique ponto base (origem); • [Scale factor] - valor numérico do fator de escala; • [Base scale] - fator de escala de referência. • [Base scale] - tamanho original. • [New scale] - tamanho final. Figura 49: Scale. STRETCH UNIUBE 43 Estica ou encolhe um objeto. Funciona de forma similar ao comando Move. Selecionamos os objetos sempre com uma janela da direita para a esquerda (crossing). O programa solicita um ponto de origem do deslocamento e depois um ponto para o qual se deseja deslocar, (Figura 50). Parâmetros: • [Select entities] - selecione os objetos; • [Base point] - indique ponto base (origem); • [Second point] - especifique o segundo ponto (destino). Figura 50: Stretch. TRIM 44 UNIUBE Corta objetos até os limites definidos por outros objetos. Assim, logo que acionamos o comando, ele nos solicita a seleção dos objetos que serão os limites para o corte e depois selecionamos as partes que serão cortadas. Quando não é necessária a determinação do limite de corte ou extensão, utiliza-se a opção <Select all>. Ela permite que todos os objetos do desenho sejam considerados como limite (Figuras 51 e 52). Parâmetros: • [Select cutting edges... Select objects] - selecione os objetos cortantes (objetos do limite do corte); • [Select entities to trim] - selecione o trecho que será cortado. Figura 51: Trim. EXTEND Estende objetos. Seu funcionamento é idêntico ao do comando Trim. Figura 52: Extend. CHAMFER UNIUBE 45 Cria chanfros entre os elementos. Para sua execução, determine primeiro as duas distâncias do chanfro e depois selecione as linhas que, na sua união, formarão o chanfro (Figura 53). Parâmetros: • [Select first line] - selecione a 1ª linha; • [Select second line] - selecione a 2ª linha.; • [Polyline] - selecione - chanfra todos os cantos; • [Distance] - define as distâncias do chanfro; • [Chamfer distance on first] - distância da 1ª linha; • [Chamfer distance on second] - distância da 2ª linha; • [Settings] - permite alterar as configurações do chanfro. Figura 53: Chamfer. FILLET 46 UNIUBE Faz concordâncias entre entidades geométricas: linhas, arcos, círculos e polilinhas por meio de um raio determinado - arredondamento dos cantos. Funciona de maneira semelhante ao comando (Figura 54). Parâmetros: • [Select first line] - selecione a 1ª linha; • [Select second line] - selecione a 2ª linha; • [Polyline] - selecione - arredonda todos os cantos; • [Radius] - define o raio do arredondamento; • [Specify fillet radius] - valor do raio; • [Angle] - define o chanfro por ângulo; • [Trim] - habilita ou desabilita o corte das linhas arredondadas. Figura 54: Fillet. EXPLODE Decompõe um objeto composto em suas primitivas geométricas. Os retângulos, polígonos e polilinhas se transformarão em segmentos distintos. Sua execução é simples. Basta selecionar o objeto e pressionar ENTER. UNIUBE 47 PROPERTIES Exibe e permite modificar as propriedades dos objetos. Para que as propriedades de um determinado objeto sejam exibidas, é necessário que ele esteja selecionado. Caso contrário, serão exibidas as propriedades genéricas do desenho (Figura 55). Exemplos: Figura 55: Janela da barra Properties. 48 UNIUBE LAYERS Os layers são camadas do desenho que têm como principais funções: a organização dos elementos do projeto, a definição das espessuras das linhas no momento da impressão por meio da diferenciação por cores, além de facilitar a visualização do projeto na tela. Podem ser manipuladas uma a uma ou sobrepostas para que se visualize o conjunto do projeto. Os tipos de linhas também podem ser especificados para facilitar a leitura do desenho e seguir a padronização do desenho técnico. Seria impossível trabalhar nos sistemas CAD sem a utilização de layers. A criação dos layers deve ser criteriosa para possibilitar a manipulação do desenho durante o seu desenvolvimento. Por exemplo, um projeto arquitetônico deve ser organizado em camadas de forma que, se necessário, alguns elementos possam ser suprimidos na hora da impressão. É o caso do mobiliário (layout), que pode ser congelado em uma plotagem que será enviada para a obra; isso facilitaria a leitura do projeto. PARADA OBRIGATÓRIA Um layer é definido por um nome de identificação e pelas suas propriedades de espessuras, tipos e cores das linhas. No exemplo a seguir, podemos ver essas configurações. Para configuração das camadas, utilizamos o comando Layer. Essas camadas podem ser manipuladas pelas barras Layers e Properties (Figura 56). UNIUBE 49 BARRA DE LAYERS BARRADE PROPRIEDADESCOMANDO LAYERS Figura 56: Janela do programa IntelliCAD - Cadian. Por meio do comando Layer, podemos acessar a janela para criação e edição dos layers. Observe a Fgura (Figura 57). BLOQUEIA O LAYER. P ERMANECE VISÍ VEL, PORÉM NÃO EDITÁVEL TORNA O LAYER INVISÍVEL E NÃO IDENTIFICÁVEL PARA QUALQUER OPERAÇÃO TORNA O LAYER INVISÍVEL E IDENTIFICÁVEL PARA OPERAÇÕES COMO ZOOM E XIBE O NOME DO L AYER COR DO LAYER TIPO DE LINHA CRIA NOVO L AYE R Figura 57: Janela Explorer. 50 UNIUBE BARRA PROPERTIES A barra de propriedades permite manipular os desenhos alterando suas principais características: • Color - cor de exibição - altera a cor do objeto, porém sem alterar seu layer de origem; • Linetype - tipo de linha - contínua, tracejada, pontilhada; • Lineweigth - espessura da linha - define a espessura da linha para impressão. Permite visualizar a espessura na tela por meio do comando LWT na barra de status. Não utilizaremos a opção na barra. Faremos a definição da espessura das linhas somente no momento da impressão. Colors Pode ser escolhida na lista de cores ou na opção que exibe uma caixa de diálogo composta por três pastas; Index, True Color e Color Books. A opção mantém a cor do objeto associada ao layer (Figura 58). Figura 58: Janela de configuração de cores. UNIUBE 51 Linetype A opção Explore Linetype, aciona a caixa de diálogo de definição do tipo de linha. Com o botão choose from file, é possível carregar novos tipos de linhas (Figura 59). Figura 59: Janela de configuração de tipos de linhas. Blocos Blocos de desenhos são conjuntos de entidades geométricas que formam um objeto único identificado por um nome. Eles devem ser criados quando necessitamos repetidamente de um mesmo grupo de elementos. Os blocos (Figura 60), podem ser armazenados em arquivos e utilizados em outros desenhos, facilitando e agilizando o desenvolvimento e manutenção de desenhos. Na Internet, é possível encontrar muitos blocos gratuitos para download. Consulte o site <http://www.cadblocos.arq.br> e faça o download de alguns blocos gratuitos para utilização nos seus projetos. DICAS 52 UNIUBE Figura 60: Exemplos de blocos. INSERT BLOCK Inserção dos blocos. Os blocos são inseridos por meio da caixa de diálogo INSERT. Selecione o nome do bloco a ser inserido ou procure o arquivo no computador pelo botão Browse. Depois do bloco selecionado e os parâmetros definidos, pressione OK. O bloco estará preso ao cursor aguardando a definição do ponto de inserção. Os parâmetros anotados para serem especificadosna tela <specify on screen> estarão disponíveis para serem definidos na linha de comando do programa (Figuras 61 e 62) . PO NTODE INS ERÇÃO ESCALA DO BLOCO ÂNGULO DE ROTAÇÃO DO BLOCO INDICAÇÃO DOS PARÂMETROS NA TELA P ERMIT E LOCALIZAR O ARQUIVO QUE S ERÁ INSERIDO COMO BLOCO INSERE O BLOCO EXPLODIDO Figura 61: Janela de inserção de blocos. UNIUBE 53 Figura 62: Janela de inserção de blocos. DIMENSIONAMENTO – DIMENSION STYLE Configuração das cotas do projeto. Da mesma forma que criamos os estilos de texto, devemos criar os estilos de dimensionamento. ExploreDimendionStyleExplorer Quando acessamos o comando SETDIM no teclado, é aberta a janela de estilos de dimensão (Figura 63). CONFIGURA O ESTILO SELECIONADO À ESQUERDA COMO CORRENTE CRIA NOVO ESTILO MODIFICA O ESTILO SELECIONADO CRIA UMA CONFIGURAÇÃO SOBREPOSTA A UMA EXISTENTE COMPARA ESTILOS LISTA OS ESTILOS CONFIGURADOS Figura 63: Janela de criação de estilo de dimensão. 54 UNIUBE Para compreender as configurações que serão feitas ao lado, observe cada elemento que compõe a “cota”. Figura 64: Cotas. Na janela, a seguir (Figura 65), deverão ser feitas todas as configurações necessárias para ajustar o estilo de dimensionamento ao projeto em desenvolvimento. Figura 65: Janela de configuração do estilo de dimensão. Os comandos para dimensionamento do projeto são uns dos mais importantes e podem ser considerados como comandos de finalização do desenho. UNIUBE 55 No momento da inserção das cotas no projeto, podemos começar a perceber algumas medidas incorretas, devido a erros no momento de desenvolvimento do desenho. Por isso, é necessário cuidado e precisão na criação do projeto para que a etapa de dimensionamento seja rápida, evitando assim correções e ajustes nas cotas. Existem duas maneiras de selecionar os objetos para serem dimensionados: • a primeira, é selecionando os pontos inicial e final, que compreendem o segmento que se deseja medir, e depois determinando a posição da cota em relação ao desenho; • a segunda é digitando ENTER, logo que o comando é acessado. O cursor muda seu símbolo de cruz para quadrado de seleção. Assim, com um clique, selecionamos o segmento que será dimensionado e, após a seleção, determinamos o posicionamento da cota. Basicamente, todos os comandos da barra funcionam da mesma maneira. Vejamos a barra de comandos dimension e dois dos principais comandos desta barra, conforme Figura 66. LINEAR ALIGNED ARC LENGTH ANGULAR LEADER TOLERANCE ROTATED CENTER LINES BASELINE CONTINUE ORDINATE MAKE OBLIQUE EDIT DIM. TEXT ROTATE DIM. TEXT REPOSITION DIM. TEXT RESTORE TEXT POSITION APPLY STYLE SAVE STYLE RESTORE STYLE DIMENSION SETTINGS Figura 66: Barra de comandos dimension. LINEAR 56 UNIUBE Dimension Linear (Figura 67) - Posiciona a cota somente na horizontal e vertical. Figura 67: Comando Liner. ALIGNED Dimension Aligned (Figura 68) - Posiciona a cota alinhada como objeto. ENTER P1 P2 Figura 68: Comando Aligned. Após tantos conceitos e comandos, vamos ver como tudo isso funciona na prática? Faça as atividades, a seguir, com muita atenção. Atividade 3 Esta atividade está dividida em 03 etapas: 1ª – criação dos layers e construção das paredes; 2ª – construção das divisórias e portas; 3ª – construção da bancada e louças sanitárias. AGORA É A SUA VEZ UNIUBE 57 Vamos desenvolver juntos, um pequeno projeto de um sanitário público, seguindo, passo a passo, os procedimentos utilizados na prática do desenho arquitetônico através dos sistemas CAD. É importante ressaltar que os comandos e procedimentos utilizados nesta atividade são os mesmos aplicados no desenvolvimento dos grandes projetos. Utilizaremos neste exercício os comandos de criação: line, rectangle, arc e circle. Utilizaremos, também, os comandos de modificação: Offset, move, copy, explode. Além, é claro, da criação de layers. Etapa mais importante de um desenho em CAD. A Figura 69 mostra o projeto pronto que iremos desenvolver. 2510 80 166 4 110 15 2 5 9 0 4 9 0 4 90 4 90 15 41 2 410 60 2 50 50 75 7 5 50 5 30 5 10 5 3 0 5 40 4 0 50 10 1 0 7 0 Figura 69: Projeto de um sanitário público. 58 UNIUBE 1ª Etapa – Criação dos layers e construção das alvenarias Toda vez que iniciamos um novo projeto, a primeira coisa a fazer é criar os layers de acordo com os elementos que compõem o projeto. Na Figura 70, a seguir, temos os elementos do projeto. Por exemplo: paredes, divisórias etc. Crie os layers para cada elemento do projeto escolhendo, para cada um deles, uma cor diferente. Figura 70: Janela do Explorer. Agora, na barra de layers, escolha o layer alvenaria para iniciarmos o desenho (Figura 71). Figura 71: Recorte da janela de layers. UNIUBE 59 Utilizando o comando retângulo, desenhe o contorno das paredes com as medidas informadas no projeto 410x412. Lembre-se de que para colocar as medidas para o retângulo, precisamos utilizar coordenadas relativas (@ X,Y). Proceda da seguinte maneira: especifique o primeiro ponto em qualquer parte da tela e informe a coordenada @410,412. Durante o desenho será preciso utilizar as ferramentas de visualização para ajustar a posição do projeto na tela. Acesse os ícones, ou, com o mouse, dê dois cliques na roda para colocar toda extensão do desenho na tela (scroll). Para desenhar as linhas internas da parede, utilizamos o comando offset. Mas, atenção! Observe que, no projeto, temos duas paredes com espessura de 25 cm e duas com 15 cm. Neste caso, devemos antes explodir (comando Explode) o retângulo para depois realizar o comando offset. Caso contrário, todas as paredes ficarão com a mesma espessura. Ok! Agora que o retângulo foi explodido, podemos realizar a duplicação das linhas com o comando offset. Observe, atentamente, a figura. Em seguida, acesse o comando offset, e defina a distância. Neste caso, 25 ou 15. Selecione a linha correspondente e indique o lado da cópia clicando dentro do retângulo. Repita a operação para as outras linhas, observando a espessura de cada parede (Figura 72). As medidas 410x412 definidas como unidades de medida equivalem a centímetros no nosso projeto. Portanto, 4,10 metros x 4,12 metros. IMPORTANTE! 60 UNIUBE Seleção da linha Indicação da posição da cópia 25 15 Figura 72: Seleção de linhas. Agora, que temos as linhas das paredes definidas, vamos acertar as arestas com o comando Trim. Acesse o comando e pressione Enter para definir que todo o desenho está selecionado. Agora, clique nas arestas que estão sobrando no desenho. Veja o resultado na Figura 73 da direita. Figura 73: Aplicação do comando trim. O restante de todo o trabalho pode ser executado da mesma maneira, pelos comandos Offset e Trim. Veja o exemplo, a seguir. UNIUBE 61 Abertura do vão da porta Desenhe uma linha vertical a partir do canto da parede esquerda. Esta linha será copiada para a direita com o comando Offset. O acabamento será feito com o comando Trim. Veja o resultado na Figura 74 da direita. OFFSET 10 cm OFFSET 80 cm CORTE ASLINHAS QUE SOBRAREMCOMTRIM Figura 74: Abertura do vão. Repita esta operação quantas vezes forem necessárias até que todas as divisórias estejam prontas. Lembre-se de que o comando Offset faz uma cópia da linha selecionada, o que mantém as propriedades da linha copiada na nova linha (cor, tipo de linha). Sendo assim, quando selecionamos uma linha da parede para ser duplicada até a posição de uma divisória, precisaremos alterar seu layer para o layer correspondente ao do elemento que está sendo desenhado. Veja o exemplo: Depois do objeto duplicado, selecione a linha e, na janela de layers, altere a sua posição para a camada correta. No caso, clique no layer DIVISÓRIA. 62 UNIUBE 2 5 9 0 4 Figura 75: Aplicação de divisória. 2ª Etapa – Construção das divisórias e portas Agora, que temos todas as paredes e divisórias desenhadas, vamos desenhar as portas. Não se esqueça de alterar o layerantes de começar o desenho. Assim, o objeto já é desenhado na sua camada correspondente. Para as portas, utilizaremos o comando rectangle. Clique no canto da parede (correspondente à dobradiça da porta) para especificar o primeiro ponto do retângulo e depois digite a coordenada. Atenção para a posição do retângulo em relação ao plano cartesiano. É essa posição que define o sinal negativo para este desenho. Com o comando Arc, especifique o ponto inicial, final e o centro do arco, conforme a figura da direita. Observe a linha de comando do programa para selecionar a opção correspondente ao que deseja especificar < Start, Center, End>. PARADA OBRIGATÓRIA UNIUBE 63 @4,-80 PONTO FINAL PONTO INIC IAL CENTRO Figura 76: Montagem de porta. As portas das divisórias são construídas da mesma maneira. Lembre-se de que estas portas têm dimensão de 70 cm. @-70,4 P1P2 Figura 77: Montagem de porta. 3ª Etapa – Construção da bancada e louças sanitárias Para finalizar, desenharemos a bancada da pia, as cubas circulares e a bacia sanitária. Para a bancada, utilizaremos o comando Rectangle, especificando as dimensões da bancada. 64 UNIUBE Desenhe um círculo com raio 15 cm no ponto médio da linha superior do retângulo. Este círculo será a cuba da pia. Lembre-se de que, para localizar o ponto médio da linha, você deve utilizar a ferramenta de precisão MIDPOINT representado pelo ícone do triângulo amarelo. Agora, que já temos uma cuba desenhada, vamos movê-la para a posição correta. Com o comando Move, selecione o círculo. Especifique o primeiro ponto e mova o objeto para baixo, 50 unidades. Para criar as outras duas cubas, copie o primeiro círculo deslocando para baixo a distância determinada em projeto. Confira as medidas conforme está ilustrado (Figura 78), a seguir. P2 P1 P2 P1 @250,60 MOVE <50> COPY <7 5> Figura 78: Bancada e louças sanitárias. Muito bem! O projeto está quase finalizado. Vamos ver, agora, como desenhar a bacia sanitária. Observe as medidas na Figura 79. É mais produtivo utilizar o comando rectangle sempre que tiver que desenhar objetos que possuem forma quadrada ou retangular. Isso se dá pelo fato de que a modificação desses objetos é facilitada por se tratar de polilynes, ou seja, uma única entidade. IMPORTANTE! UNIUBE 65 5 30 5 10 5 3 0 5 40 4 0 50 Figura 79: Montagem de peça parte I. Para desenhar a bacia sanitária, siga os passos, da Figura 80 a seguir. Com o comando rectangle, configure um chanfro de 5x5 e desenhe um quadrado (@40x40). Figura 80: Montagem de peça parte II. Selecionando o comando Offset, definimos a distância de 5 unidades para fazermos a parte interna da bacia (Figuras 81 e 82). P1 P2 Figura 81: O comando Offset. 66 UNIUBE P2 P1 Figura 82: Montagem de peça parte III. Agora, com o comando Line, é possível fazer o restante do desenho. Utilize o comando Trim para aparar a aresta que ficou sobrando e finalizar o desenho (Figura 83). Figura 83: Finalizando peça. Agora, é só posicionar a bacia sanitária dentro do box do banheiro. Para isso, utilize os comandos Copy e Move. Observe que, na sequência, utilizamos apenas alguns dos vários comandos que vimos durante nossos estudos. Existem várias maneiras de executar a mesma tarefa no IntelliCAD. Podemos, por exemplo, a partir de uma porta pronta, copiá-la (copy) para uma nova posição em vez de desenhar uma nova porta. Podemos, ainda, espelhar as portas prontas para uma nova posição (mirror). UNIUBE 67 Observe o próximo exemplo. Veja como é simples e rápido utilizar estes comandos de modificação. A partir de duas das portas prontas, com o comando Copy, selecionamos os objetos que queremos copiar. Para concluir a seleção, pressione enter e especifique o ponto base de deslocamento P1 e leve os objetos para o ponto de destino P2. P2 P1 SELECIONE OS OBJETOS Figura 84: Comando copy. O grande diferencial do desenho por meio das ferramentas CAD e o do desenho técnico por meio dos instrumentos convencionais (lápis e prancheta) está na facilidade de modificação pelos comandos de edição, como mostrado na Figura 84. Enquanto em um perderíamos muito tempo utilizando a borracha no processo de redesenho, em outro, em apenas alguns minutos, podemos fazer grandes alterações no projeto. São esses elementos que trazem a rapidez para o desenvolvimento dos projetos. Mas, essa agilidade só será conseguida com muita prática e estudo. 68 UNIUBE Para aprimorar os estudos, aproveite o exercício que acabamos de fazer e experimente outras ferramentas do IntelliCAD. Como, por exemplo, a inserção de blocos de louças sanitárias, a colocação de cotas por intermédio dos comandos de dimensionamento e a colocação de hachuras para representação de um piso cerâmico. SAIBA MAIS Configuração para impressão1.7 Mesmo que o projeto já esteja pronto, o trabalho ainda não acabou. O resultado final do trabalho de desenho de um projeto não é o arquivo digital e, sim, a mídia impressa. É o projeto no papel que será encaminhado aos órgãos públicos e de fiscalização. É com ele que os engenheiros vão seguir, na obra, as especificações para construção da edificação. Portanto, o trabalho de configuração para impressão tem tanto valor quanto o próprio ato de desenhar. Neste momento, veremos se todo o trabalho desenvolvido foi executado de maneira correta e de acordo com as normas de desenho, principalmente quanto à representação técnica das linhas e símbolos. Se você, até então, visualizava (apenas linhas coloridas) na tela do computador, agora deverá transformar as cores em espessuras. Ver Figuras 85 e 86. UNIUBE 69 Figura 85: Projeto da tela do IntelliCAD. Figura 86: Projeto após a impressão. 70 UNIUBE O IntelliCAD possui dois espaços de trabalho: • MODEL SPACE; • PAPER SPACE (Layout). Na pasta Model, criamos todos os elementos do projeto e editamos os desenhos sem a preocupação com a escala e unidade de trabalho. Já na pasta Layout, apenas preparamos a montagem do layout de impressão numa área definida. A impressão no Model possui características diferentes da impressão em Layout. No Model, se necessitamos de várias vistas do mesmo projeto em escalas diferentes, temos que duplicar e ajustar o tamanho dos elementos, como as cotas, por exemplo. Na impressão em Layout, não é necessário duplicar e ajustar o desenho para impressão das mesmas vistas em escalas diferentes. Os dois modos são bastante utilizados pelos projetistas e é importante compreender as diferenças de sua utilização. Aqui, só abordaremos a impressão por meio da janela Model. Acompanhe, a seguir. Após a finalização do desenho, é necessário organizar a prancha que será impressa, posicionando os desenhos dentro do formato escolhido (A1, A2, A3, A4 etc) (Figura 87). UNIUBE 71 Figura 87: Organização da prancha que será impressa. Na impressão no Model, não é o desenho que se ajusta ao papel, mas o papel que se ajusta ao desenho. Dessa forma, quando inserimos um formato é ele que vai estar na escala da impressão. Para sabermos a escala do formato, basta medir a sua margem com o comando Distance. Se a margem mede 100 unidades = escala 1/100. 50 unidades = 1/50. E assim por diante. Observe, com atenção, o exemplo ao lado. Poderíamos pensar que, ao invés do papel ter diminuído de tamanho, teria sido o desenho que teve seu tamanho aumentado, mesmo sabendo que o objeto continua com a mesma dimensão. Com a prancha montada, selecionamos o comando PRINT para configurar a impressão. 72 UNIUBE Figura 88: Projeto arquitetônico. Para a configuração da impressão é necessário anotar todas as cores dos layers que foram utilizadas no desenho, para que possamos definir as espessuras das linhas na impressão. IMPORTANTE! Por exemplo: • Alvenaria - cor 10; • Janelas - cor 150; • Cotas – red. Para visualizar o número da cor, abra a caixa de diálogo do comando Layer, como mostram as Figuras 89 e 90. EXEMPLIFICANDO!UNIUBE 73 Na caixa do comando Print, temos duas pastas: • Scale/View; • Advanced. Na janela Advanced, definimos o estilo de plotagem, ou seja, a espessura de cada linha no projeto impresso. Essa configuração é feita pela associação de espessuras de linhas a cada cor definida por Layer. Por isso, é importante, na definição dos layers, separar cada elemento em uma camada com cor específica. (Figura 89) ESTILO DE PLOTAGEM CONFIGURAÇÃO DAS ESPESSURAS POSIÇÃO DO DESENHO NOPAPEL Figura 89: Janela de impressão – Guia avançado. 74 UNIUBE Na pasta Scale/View, selecionamos o que vai ser impresso e a escala de impressão.(Figura 90). CONFIGURAÇÃO DAPÁGINA PARAIMPRESSÃOEMLAYOUT ORIENTAÇÃODOPAPEL RETRATOOU PAISAGEM SELEÇÃO DAÁREA DE IMPRESSÃO ESCALADE IMPRESSÃO PRÉ-VISUALIZAÇÃODAIMPRESSÃO CONFIGURAÇÃO DA IMPRESSORA IMPRIME Figura 90: Janela de impressão – Guia Escala e visualização. Seleção dos objetos Após a definição da impressora e formato de papel que será utilizado, é preciso selecionar o que será impresso pela opção WINDOW. (Figura 91). UNIUBE 75 Figura 91: Definição da impressão. Selecione a opção window da pasta Scale/View e clique no botão “Select Print Area”. A janela de impressão desaparece e é exibida a tela de desenho para selecionar os objetos que serão impressos. Basta então fazer uma janela de um canto a outro da folha para que todo o projeto seja selecionado para impressão. Após a seleção, o programa volta à janela de impressão em que podemos visualizar o que foi selecionado, clicando no botão preview. Escala de impressão O IntelliCAD trabalha com unidades em milímetros ou polegadas. Portanto, para configurar a escala, é necessário fazer a relação entre unidades do desenho na tela e os milímetros impressos no papel. Nos textos a seguir, ESCALA DE PLOTAGEM (Plot Scale) refere-se à escala de configuração do Intellicad e ESCALA IMPRESSA refere-se à escala do desenho impresso. 76 UNIUBE Veja o exemplo: Um quadrado desenhado no IntelliCAD com 100 unidades por 100 unidades. (@100,100). Desejamos que ele seja impresso na escala 1/100. Vale lembrar que estas são unidades de desenho e que estamos trabalhando em centímetros. 100x100 unidades = 100x100 centímetros = 1x1metro Após a impressão, utilizando o escalímetro para conferir a medida, teríamos um quadrado de 1cm por 1cm, na escala 1/100. Observe: 1 centímetro na escala 1/100 = 10mm. Portanto, se temos 100 unidades desenhadas, precisamos de 10mm impressos. Dividimos 100 unidades / 10 mm = 10 unidades por mm. Portanto, para conseguir este resultado na impressão, devemos configurar ESCALA DE PLOTAGEM 1:10. O mesmo desenho impresso na escala 1/50, teríamos um quadrado de 1cm por 1cm na escala 1/50. Observe: 1 centímetro na escala 1/50 = 20mm. Portanto: 100 unidades / 20mm = 5 unidades por milímetro ESCALA DE PLOTAGEM 1:5. Figura 92: Verificando medidas. UNIUBE 77 Seguindo este raciocínio, temos os Quadros 2 e 3 a seguir: Quadro 2: impressão em centímetros Quadro 3: impressão em metros Fonte: Acervo dos autores. Grande parte dos projetos de arquitetura e engenharia é desenvolvida utilizando-se como unidade o “centímetro”. A unidade “metro” é mais utilizada em levantamentos topográficos e no desenho de mapas. Configuraçăo das penas - tabela de estilos de plotagem A configuração das penas é a parte do processo de impressão em que iremos determinar as espessuras das linhas do desenho por meio da associação de um valor de espessura a cada cor de layer. O IntelliCAD possui alguns estilos de plotagem já configurados, como por exemplo: Monochrome.ctb - impressão em uma cor (preto) 78 UNIUBE Figura 93: Definição da impressão (cor). Todas essas configurações podem ser editadas pelo botão Edit ao lado do nome da configuração. O ideal é criarmos o nosso estilo de plotagem. Para isso, basta clicar no botão New. Na primeira janela da configuração, temos 3 opções. Os dois últimos campos permitem importar uma configuração já existente criada na versão 14 do AutoCAD. Deverá ser utilizado o primeiro campo Create from Scratch, para iniciar uma nova configuração. Clique, depois, em avançar, como mostram as Figuras 94 a 96. Figura 94: Janela de criação de estilo de impressão – Início. UNIUBE 79 Dê um nome para o estilo de plotagem e clique em avançar. Este nome pode fazer referência à escala de impressão (Ex.: Unibe1-200), pois temos espessuras de linhas diferentes para cada escala de desenho. Por exemplo, uma linha de alvenaria na escala 1/200 deve ser configurada mais fina do que na escala 1/50. Figura 95: Janela de criação de estilo de impressão – Nome do estilo. Na janela seguinte, podemos determinar que esta nova configuração será usada para o desenho corrente ou para os antigos e novos desenhos do IntelliCAD. Clique no botão Plot Style Table Editor para definir as espessuras das linhas na impressão. Figura 96: Janela de criação de estilo de impressão – Finalização. 80 UNIUBE A janela do editor de estilo (Figura 97) de plotagem possui vários campos que podem ser configurados. Porém, para finalizar a configuração, precisamos apenas associar a cada cor de linha uma espessura e definir a sua cor na impressão. DEFINE ACORDO OBJETO IMPRESSO DEFINE AESPESSURA DA LINHA Figura 97: Janela de criação de estilo de impressão – Espessuras e cores. Na janela da esquerda, selecionamos a cor utilizada no desenho. No campo Color, definimos a cor do objeto na impressão. Se nosso trabalho for impresso todo em preto e branco, para facilitar, determinamos a cor preta para todas as cores da janela da esquerda. Agora, defina a espessura para a cor selecionada no campo Lineweight. Observe na janela a cor 1 (red) selecionada. Sua espessura definida em 0.1 é a cor preta associada. Repita esta operação para todas as cores utilizadas no desenho. No final, clique OK. UNIUBE 81 Agora, a configuração aparecerá listada no menu dos estilos de plotagem. Após finalizar todas as configurações, clique no botão Preview, para visualizar previamente a impressão. Se tudo estiver correto, clique no ícone da impressora ou feche a janela de pré-visualização e clique OK na janela de impressão. Figura 98: Janela de pré-visualização de impressão. A impressão ou plotagem de um desenho pode ser feita utilizando plotter ou impressora no caso de formatos menores. Os equipamentos de plotagem garantem uma melhor apresentação do desenho. Utilize as ferramentas de visualização para observar os detalhes da impressão e conferir as espessuras das linhas. 82 UNIUBE O que é uma plotter ? Uma plotter (Figura 99) é uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como por exemplo plantas arquitetônicas e mapas cartográficos. É destinada primeiramente à impressão de desenhos vetoriais. Atualmente, encontram-se em adiantado estado de evolução, permitindo impressão de imagens em grande formato com qualidade fotográfica, chegando a 1440 dpis de resolução. Figura 99: Plotter. Conhecidas como plotters de impressão, dão saída como as impressoras desktop convencionais, utilizando programas específicos que aceitam arquivos convencionais de imagem como TIF, JPG, EPS e outros. Essas impressoras podem usar diversos substratos, como papel, adesivo, lonas e tecidos especiais. Resumo Neste capítulo, estudamos alguns comandos básicos do Intellicad. Enfocamos a interface deste software com suas janelas, barras, acessos. DPI Dots per Inches (Pontos por polegada). UNIUBE 83 Outro aspecto fundamental abordado é o sistema de coordenadas que nos possibilitam a criação de desenhos com eficiência e exatidão. Referências AUTODESK. User’s Guide. AutoCAD Release 2000. Autodesk, USA, 1998. BALDAM, R. Utilizando totalmente AutoCAD 2007. São Paulo: Érica Ltda, 2007. BALDAM, R. Utilizando totalmente AutoCAD 2000. São Paulo: Érica Ltda, 2002. BUCHARD, B.; PIZER, D. Desvendando o AutoCAD 2000.Tradução Edson Furmankle Wwicz, Joana Figueiredo, Docware Traduções Técnicas. Rio de Janeiro: Campos, 2000. COSTA, L. AutoCAD 2006: utilizando totalmente. São Paulo: Érica, 2006. LEITE, M. A. AuToCAD 2000. Belo Horizonte: SENAC/DR/MG/SEMD, 2003. MATSUMOTO, É. Y. AutoCAD 2006: guia prático 2D e 3D. 2. ed. São Paulo: Érica, 2006. MONTENEGRO, G. A. Desenho arquitetônico. 4. ed. São Paulo: Edgar Blücher, 2005. OMURA, G.; Tradução de Bernardo Severo da Silva Filho. Dominando o Autocad 2000. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999. Carlos Augusto de Oliveira Florisvaldo Cardozo Bomfim Junior Introdução Perspectivas eletrônicas – CAD 3D Capítulo 2 A representação gráfica tem sido o meio de comunicação que estabelece uma relação dialógica entre o projetista, a proposta projetual e os diversos profissionais envolvidos no processo, desde o início até a concretização da ideia, ou seja, até a obra ser finalizada. Agora, com a aplicação da computação gráfica, a comunicação profissional/cliente utiliza-se também de recursos multimídia para representação gráfica dos projetos, além da criação de modelos tridimensionais virtuais (perspectivas eletrônicas), chegando até à realidade virtual, permitindo que o usuário interaja com o ambiente projetado. Veja, a seguir, a Figura 1. Figura 1: Perspectiva eletrônica elaborada com AutoCAD 2006 e 3D Studio. 86 UNIUBE As ferramentas CAD associadas a outros softwares, como por exemplo, o 3D Studio, entre outros, permite a criação de modelos tridimensionais com aparência realística, o que chamamos na computação gráfica, de fotorrealismo. Entretanto, para conseguir resultados positivos na criação de perspectivas eletrônicas, não basta conhecer as ferramentas de desenho. É preciso, também, o conhecimento técnico do profissional de engenharia ou arquitetura para determinar como serão geradas estas imagens, observando as características construtivas dos elementos arquitetônicos de um projeto. É interessante, também, o conhecimento básico de fotografia e a percepção dos fenômenos da natureza: luz e sombra, que são os principais elementos responsáveis por transmitir a realidade a uma imagem de uma maquete eletrônica. O termo computação gráfica, traduzido da expressão Computer Graphics, foi criado em 1959, por Vene Hudson. Em 1962, surgiu a mais importante publicação da computação gráfica: a tese de Ivan Sutherland (sketchpad – A Man-Machine Graphical Communication System). Essa publicação chamou a atenção das indústrias automobilísticas e aeroespaciais americanas sobre o conceito da estruturação de dados, levando a General Motors a desenvolver, em 1965, o precursor dos programas CAD (Computer Aided Design), fazendo com que, no final dos anos 60, toda indústria automobilística e aeroespacial utilizasse softwares CAD. Novas tecnologias foram sendo desenvolvidas, a partir da década de 70, até que houve a criação do primeiro computador com interface visual, em 1975: o predecessor do Macintosh. A partir da década de 1990, a computação gráfica impressionou o mundo com as imagens realísticas, como no filme Jurassic Park, UNIUBE 87 em 1993, até as animações atuais, com modelagem de personagens 3D. A utilização das maquetes eletrônicas na construção civil vem crescendo cada vez mais. As construtoras utilizam estes recursos para mostrar seus produtos ao consumidor, antes mesmo de as obras iniciarem. Este novo meio de divulgação favorece o processo de negociação de um imóvel por facilitar a compreensão do projeto pelo possível comprador. As perspectivas eletrônicas permitem não só favorecer a apresentação do projeto para o cliente, mas também, auxiliar no processo criativo projetual, utilizado pelo profissional, durante a criação da proposta. A simulação tridimensional permite verificar, por exemplo, interferências no projeto antes que ele seja executado, ou seja, antes de iniciar a obra (Figura 2). Ao final dos estudos deste capítulo, esperamos que você seja capaz de: • compreender a importância da informática e sua aplicação como ferramenta para a representação gráfica tridimensional dos projetos; Figura 2: Tela do software AutoCAD – Maquete eletrônica. Objetivos 88 UNIUBE • conhecer softwares e soluções informatizadas como suporte ao desenho arquitetônico; • compreender o funcionamento dos softwares CAD quanto à sua aplicação em perspectivas eletrônicas; • identificar os principais comandos do software Intellicad para o desenho tridimensional; • desenvolver desenhos tridimensionais (3D), assistidos por computador. 2.1 Comandos 3D do IntelliCAD - Configurações Iniciais 2.2 Tipos de modelagem 3D 2.3 Princípio básico da modelagem 3D 2.4 Visualização em 3D 2.5 Trabalhando com sólidos 2.6 Edição de sólidos e o comando Boundary 2.7 Comando Boundary – criação de polylines 2.8 Trabalhando com superfícies 2.9 Render 2.10 Materiais Comandos 3D do IntelliCAD - Configurações Iniciais2.1 Para facilitar o aprendizado, devemos conhecer as ferramentas CAD 2D (duas dimensões), pois durante a construção de um desenho, será necessário manipulá-lo, utilizando estas ferramentas. Antes de iniciarmos, é preciso configurar o IntelliCAD, habilitando novas barras de ferramentas que utilizaremos para trabalhar com objetos em 3ª dimensão. Vejamos: Esquema UNIUBE 89 • para habilitar as barras de comando, basta clicar com o botão direito do Mouse em qualquer um dos ícones na janela do IntelliCAD e selecionar as barras; • assim, será possível visualizar os comandos utilizados para alterar a visualização dos objetos; • irão aparecer, ainda, os comandos utilizados na criação e manipulação dos objetos; • você poderá posicionar as barras na tela de acordo com sua preferência. Figura 3: Abas e de configuração. 90 UNIUBE Antes de passarmos direto para a modelagem dos objetos 3D, é preciso atenção para algumas configurações que dizem respeito à aparência desses elementos após sua modelagem. Estas configurações se fazem necessárias para atingir uma melhor qualidade nas imagens geradas após sua renderização. IMPORTANTE! Estas configurações serão feitas diretamente na linha de comando e apresentaremos seus atalhos que devem ser digitados no IntelliCAD. As configurações são: • Isolines; • Facetres; • Surftab1 e surftab2. Observe, a seguir, as propriedades de cada configuração. Isolines Ajusta a quantidade de linhas para exibição do objeto modelado. Na Figura 4, a seguir, vemos uma figura com 3 e outra com 30 linhas. Figura 4: Cilindros modelados. UNIUBE 91 Facetres Suavização dos objetos renderizados. Na Figura 5, a seguir, temos 0.5 mínimo e 10 máximo. Figura 5: Cilindros renderizados. Surftab1 e Surftab2 Ajusta a quantidade de linhas para exibição de superfícies. Na Figura 6, a seguir, temos 5 e 50 linhas, respectivamente. Figura 6: Superfícies. Tipos de modelagem 3D2.2 No IntelliCAD, podemos usar três tipos básicos de modelagem tridimensional: • Wireframe; 92 UNIUBE Modelagem – Wireframe Este modelo é conhecido, também, como modelo de arame. É a forma mais simples de modelagem em 3D. São estruturas com uma única dimensão, formadas por linhas, polilinhas, arcos e outras ferramentas de desenho. São construídas considerando a posição dos eixos x, y e z. Essa modelagem não permite preenchimento, a não ser que seja aplicada a ela uma superfície. (Figura 7). • Surface; • Solid. Cada tipo de modelagem apresenta vantagens e desvantagens, dependendo do resultado que se quer obter na perspectiva eletrônica. Figura 7: Wireframe. Modelagem – Surfaces UNIUBE 93 As superfícies são entidades com faces bidimensionais planas, que não possuem espessura, são cascas. Utiliza-se este tipo de modelagem quando é necessária a criação de superfície, em que será aplicado preenchimento ou renderização, o que não ocorre no modelo anterior. (Figura 8). Figura 8: Surfaces. Modelagem - Solids A utilização da modelagem de sólidos facilita o trabalho,
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