Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
E.E. PROFESSOR CELSO PIVA KAYLANE RODRIGUES BARRETO, Nº17 2° ANO B – ENSINO MÉDIO HEMOFILIA Guarulhos/SP Outubro/2020 E.E. PROFESSOR CELSO PIVA KAYLANE RODRIGUES BARRETO Trabalho apresentado a Escola Estadual Celso Piva, como requisito parcial para a obtenção de mensuração do 4º bimestre, sob supervisão da professora Silvana Paes. Guarulhos/SP Outubro/2020 E.E. PROFESSOR CELSO PIVA KAYLANE RODRIGUES BARRETO HEMOFILIA Trabalho apresentado a Escola Estadual Celso Piva, como requisito parcial para a obtenção de mensuração do 4º bimestre, sob supervisão da professora Silvana Paes. Aprovado em ___/___/2020, com menção ____ (________________). Examinador _________________________________ Guarulhos/SP Outubro/2020 RESUMO A hemofilia é um distúrbio na coagulação do sangue. Por exemplo: Quando cortamos alguma parte do nosso corpo e começa a sangrar, as proteínas (elementos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo) entram em ação para estancar o sangramento. Esse processo é chamado de coagulação. As pessoas portadoras de hemofilia, não possuem essas proteínas e por isso sangram mais do que o normal. Existem vários fatores dá coagulação no sangue, que agem em uma sequência determinada. No final dessa sequência é formado o coágulo e o sangramento é interrompido. Em uma pessoa com hemofilia, um desses fatores não funciona. Sendo assim, o coagulo não se forma e o sangramento continua. Palavras-chave: Hemofilia, Coagulação, Distúrbio, Fatores. ABSTRACT Hemophilia is a disorder in blood clotting. For example: When we cut some part of our body and it starts to bleed, proteins (elements responsible for the growth and development of all tissues in the body) come into action to stop the bleeding. This process is called coagulation. As people with hemophilia, they do not have these proteins and therefore bleed more than normal. There are several blood clotting factors, which act in a specific sequence. At the end of this sequence, the clot is formed and bleeding is stopped. In a person with hemophilia, one factor does not work. Therefore, the clot does not form and the bleeding continues. Keywords: Hemophilia, Coagulation, Disorder, Factors. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................p. 06 2.HEMOFILIA.........................................................................................................p. 07 3. TIPOS DE HEMOFILIA......................................................................................p. 08 4. TRANSMISSÃO.................................................................................................p. 08 5. SANGRAMENTOS.................... ........................................................................p. 09 6. TRATAMENTOS……………………………………………………………………...p. 09 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................p. 10 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................p. 11 6 1. INTRODUÇÃO No século XII, o médico árabe Abulcasis descreveu um caso de uma família cujos homens haviam morrido de sangramento após pequenos ferimentos. Em 1803, o médico norte-americano John Conrad constatou que havia "tendências a sangramentos em algumas famílias." Ele chegou há conclusão que a doença era hereditária e acometia mais homens do que mulheres. O termo hemofilia apareceu pela primeira vez em 1828 por Hopff da Universidade de Zurique. Em 1937, Patek e Taylor, dois médicos de Harvard descobriram a globulina anti-hemofílica. Pavlosky, um médico de Buenos Aires, separou a Hemofilia A e Hemofilia B laboratorialmente. Este teste era feito transferindo o sangue de um hemofílico para outro hemofílico. O fato corrigia o sangramento, comprovando que havia mais de um tipo de hemofilia. A hemofilia é, muitas vezes, associada à história da Monarquia na Europa. A rainha Vitória passou a doença ao seu filho Leopoldo,[18] e através de várias das suas filhas, a várias famílias reais Europeias, incluindo as famílias reais da Espanha, Alemanha, e a Rússia. Alexei Romanov, filho do Czar Nicolau II da Rússia, foi um dos descendentes da Rainha Vitória que herdou a doença. Durante as décadas de 1970 e 1980 a falta de outras modalidades de tratamento e a insuficiência de tecnologia para diagnosticar alguns vírus como o da AIDS acarretou em contaminação em grande escala da população hemofílica que dependiam de constantes transfusões de sangue. Mas este é um cenário que não está totalmente no passado, a maioria absoluta, em torno de 75%, da população mundial de hemofílicos não dispõe dos medicamentos básicos para o tratamento desta patologia, ficando ainda, estes, sujeitos às transfusões de sangue que pode lhes salvar a vida como também pode tirá-la. 7 2. HEMOFILIA Hemofilia é uma doença genética essencialmente hereditária que compromete a capacidade do corpo em formar coágulos sanguíneos, um processo necessário para parar as hemorragias. A condição leva a que as pessoas sangrem facilmente ou com frequência mesmo após pequenas lesões, a que se formem facilmente contusões e a que aumente o risco de hemorragias nas articulações ou no cérebro. As pessoas com formas mais ligeiras da doença podem manifestar sintomas apenas na sequência de um acidente ou durante cirurgias. As hemorragias nas articulações podem resultar em lesões permanentes e hemorragias cerebrais podem resultar em cefaleias crónicas, ataques apopléticos ou diminuição do nível de consciência. Existem dois tipos principais de hemofilia: hemofilia A, causada por deficiência de fator de coagulação VIII, e hemofilia B, causada por deficiência de fator de coagulação IX. Estes dois tipos são geralmente herdados de um dos progenitores por via de um cromossoma X com um gene não funcional. Em casos raros, pode também ser adquirida, sendo causada por uma mutação genética durante as fases iniciais do desenvolvimento ou adquirida em idade adulta devido à formação de anticorpos que atacam os fatores de coagulação. Entre outros tipos menos comuns estão a hemofilia C, causada por deficiência de fator XI, e a deficiência em fator V. A hemofilia adquirida está associada a cancros, doenças autoimunes e à gravidez. O diagnóstico da condição é feito mediante análises ao sangue, em que é avaliada a capacidade de coagulação e a quantidade de fatores de coagulação. No contexto de fertilização in vitro, a prevenção pode ser realizada removendo um óvulo, fecundando-o e examinando o embrião antes de ser transferido para o útero. O tratamento consiste na reposição dos fatores de coagulação em falta. A reposição pode ser realizada a intervalos regulares ou durante episódios de hemorragias, e tanto pode ser feita em casa como no hospital. Os fatores de coagulação podem ser produzidos a partir de sangue humano ou produzidos ou através da produção de proteínas recombinantes. Até 20% das pessoas com hemofilia desenvolvem anticorpos que atacam os fatores de coagulação, o que dificulta o tratamento. Em pessoas com hemofilia A ligeira pode ser administrada desmopressina. Estão atualmente a decorrer os primeiros ensaios clínicos em seres humanos para terapia genética. 8 A hemofilia A afeta cerca de 1 em cada 5000-10 000 homens e a hemofilia B cerca de 1 em cada 40 000 homens à nascença. Uma vez que as hemofilias A e B são doenças recessivas ligadas ao X, raramente afetam de forma significativa as mulheres. No entanto, algumasmulheres com um gene não funcional num dos cromossomas X podem apresentam sintomas ligeiros. A hemofilia C ocorre de forma igual entre ambos os sexos e a maioria dos casos ocorre entre os Asquenazes. No século XIX, a hemofilia era uma condição comum entre as famílias reais europeias. A distinção entre hemofilia A e B foi estabelecida em 1952. O termo tem origem no grego αἷμα (haima, sangue) e φιλία (filia, afeição). 3. TIPOS DE HEMOFILIA A hemofilia é classificada nos tipos A e B. Pessoas com Hemofilia tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes de fator IX. Os sangramentos são iguais nos dois tipos, porém a gravidade dos sangramentos depende da quantidade de fator presente no plasma (líquido que representa 55% do volume total do sangue). 4. TRANSMISSÃO A hemofilia é uma doença genética, ou seja, é transmitida dos pais para os filhos no momento em que a criança é gerada. O corpo humano se desenvolve a partir de uma única célula. Esta célula é formada pela união do espermatozóide do pai com o óvulo da mãe. Cada um destes possui um núcleo com 23 pares de cromossomos, que se juntam e dão origem aos 23 pares de cromossomos que contém todas as informações necessárias para a formação de uma pessoa, como tipo de cabelo, cor dos olhos, etc. Cada cromossomo é formado por um conjunto de genes. Se apenas um desses genes apresentar alguma alteração, também representará uma alteração na criança que está sendo gerada. A quantidade de fator VIII (oito) ou fato IX (nove) no sangue, geralmente se mantém a mesma durante toda a vida. Na fase adulta as hemorragias são menos frequentes, já que as atividades físicas tendem a diminuir de acordo com a idade e, portanto os pequenos traumas (pancadas) cotidianos, também diminuem. 9 5. SANGRAMENTOS Geralmente, os sangramentos são internos, ou seja, dentro do seu corpo, em locais que você não pode ver, como nos músculos. Podem também ser externo, na pele provocado por algum machucado aparecendo manchas roxas ou sangramento. As mucosas (como nariz, gengiva, etc.) também podem sangrar. Os sangramentos podem tanto surgir após um trauma ou sem nenhuma razão aparente. Os cortes na pele levam um tempo maior para que o sangramento pare. 6. TRATAMENTO O tratamento é feito com a reposição intra venal (pela veia) do fator deficiente. Mas para que o tratamento seja completo, o paciente deve fazer exames regularmente e jamais utilizar medicamentos que não sejam recomendados pelos médicos. 10 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo como vimos na pesquisa, vemos que a Hemofilia é uma doença genética hereditária, que se caracteriza por um distúrbio de coagulação sanguínea causada pela falta de proteínas específicas, responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo, tornando ineficaz o processo de coagulação. Quando ocorre uma lesão nos vasos sanguíneos o corpo humano utiliza-se da coagulação sanguínea para buscar a hemostasia na tentativa de eliminar o mais breve possível a perda sanguínea. Em condições normais as plaquetas e os fatores de coagulação agem formando um coágulo de fibrina que irá impedir o sangramento local, esses fatores de coagulação estão num estado inativo não causando coagulação. Só depois de uma ferida, os fatores são ativados para produzirem os coágulos. No individuo hemofílico ocorre deficiência dos fatores de coagulação VIII e XI, portanto, a cascata de coagulação não acontece da forma como deveria. Os genes dessa doença são recessivos e unidos ao cromossomo X, ou seja, sua maior incidência é quase que exclusivamente masculina, sendo a mulher apenas portadora. Portanto, a transmissão desta coagulopatia é geralmente de mãe para filho do sexo masculino, sendo rara em mulheres. Além disso, está associada aos fatores de coagulação VIII e IX, que são deficientes para exercer as funções de coagulação. Existem três formas clínicas da doença: a deficiência do fator VIII origina a hemofilia A; a do fator IX, hemofilia B e a do fator XI, descrita por alguns autores, denominada como hemofilia C. No Brasil, a hemofilia A é a mais frequente, estima-se que 85% dos casos a representam, já a hemofilia B corresponde a 15% dos casos. No mundo a relação é de 1/10000 da A e de 1/30000 pelo fator IX dos nascimentos do sexo masculino. As manifestações clínicas da doença, obviamente são os sangramentos (internos ou externos), que podem surgir após um trauma, como nos músculos, originando manchas roxas; e na pele, onde os sangramentos levam um tempo maior para estancar. Em casos mais graves, os sangramentos podem ainda surgir sem nenhuma razão aparente, como nas mucosas (nariz e gengiva) e articulações (joelhos, cotovelos, tornozelos). Essas manifestações podem ser percebidas principalmente na infância, quando as crianças começam a caminhar e sofrer os primeiros golpes, ou quando surgem os primeiros dentes. O quadro clínico da hemofilia A, é sinalizada pela recorrência de 11 hemorragias, onde nos casos mais intensos e graves ocorrem hemorragias internas e do sistema nervoso central. A descrição molecular da hemofilia A não é necessária para o diagnóstico da doença, nem para o seu tratamento, seu diagnóstico da hemofilia é desconfiado clinicamente e validado através da realização do teste de FVIII. A hemofilia B também conhecida doença de Christmas tem quadro indistinguível da A, sendo diferente apenas pelo fator alterado eu é o IX. O tratamento de pacientes hemofílicos evoluiu bastante ao logo do tempo e, basicamente, consiste na reposição do fator anti-hemofílico. Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII, e com hemofilia B, a molécula do fator IX. Sabe-se que quanto mais precoce é o início dos tratamentos, menores são as sequelas que os sangramentos deixarão. Contudo, se faz necessário profissionais de saúde orientados e bem informados acerca do tema, com a finalidade de identificar e assistir de forma mais eficaz os pacientes com essa patologia. A assistência de enfermagem é essencial, avalia, orienta e cuida do paciente de forma integral, na prevenção e na permanência da doença, já que os pacientes com hemofilia vivem sob incessante ameaça de um sangramento inesperado e, de modo consequente, de situações de estresse constante que repercutem em problemas, inclusive para as pessoas que vivem ao seu redor. 12 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/hemofilia.htm https://www.biologianet.com/doencas/hemofilia.htm https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hemofilia/
Compartilhar