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PM-SP-SOLDADO

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
PM - SP
SOLDADO PM DE 2ª CLASSE PARA O QPPM
LÍNGUA PORTUGUESA:
Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). .................................................01 
Sinônimos e antônimos. .............................................................................................................................................02
Sentido próprio e figurado das palavras. ................................................................................................................02
Pontuação. ................................................................................................................................................................03
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: 
emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. ...................................................................05
Concordância verbal e nominal. ............................................................................................................................07 
Regência verbal e nominal.......................................................................................................................................13
Colocação pronominal. ............................................................................................................................................18
Crase. ...........................................................................................................................................................................21
MATEMÁTICA
1. Números inteiros: operações e propriedades. ...................................................................................................01
2. Números racionais, representação fracionária e decimal: operações e propriedades. .............................01
3. Mínimo múltiplo comum. .......................................................................................................................................02
4. Razão e proporção. ...............................................................................................................................................02
5. Porcentagem. .........................................................................................................................................................03
6. Regra de três simples. ............................................................................................................................................05
7. Média aritmética simples. .....................................................................................................................................05
8. Equação do 1º grau. .............................................................................................................................................06
9. Sistema de equações do 1º grau. ........................................................................................................................07
10.Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade. .........................................08
11.Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. ..................................................................................................11
12.Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de Pitágoras. ........................................13
13.Raciocínio lógico. ..................................................................................................................................................18
14.Resolução de situações-problema. ....................................................................................................................20
HISTÓRIA
História Geral ...............................................................................................................................................................01
1. Primeira Guerra Mundial. .......................................................................................................................................01
2. O nazi-fascismo e a Segunda Guerra Mundial ..................................................................................................02
3. A Guerra Fria. ..........................................................................................................................................................05
4. Globalização e as políticas neoliberais. ..............................................................................................................06
História do Brasil ..........................................................................................................................................................08
1. A Revolução de 1930 e a Era Vargas. .................................................................................................................08
2. As Constituições Republicanas. ............................................................................................................................10
3. A estrutura política e os movimentos sociais no período militar. .....................................................................12
4. A abertura política e a redemocratização do Brasil. ........................................................................................14
GEOGRAFIA
Geografia Geral
1. A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização. ..................................................................01
2. Os principais problemas ambientais. ...................................................................................................................06
Geografia do Brasil .....................................................................................................................................................10
1. A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação) .......................................................................10
2. A população: crescimento, distribuição, estrutura e movimentos. .................................................................12
3. As atividades econômicas: industrialização e urbanização, fontes de energia e agropecuária. .............15
4. Os impactos ambientais. .......................................................................................................................................17
ATUALIDADES
Fatos relevantes divulgados a partir do segundo semestre de 2014, publicados em periódicos, internet, 
imprensa e mídia em geral ..............................................................................................................................................01
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MS-Windows 10: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, 
manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de 
aplicativos MS-Office 2010. .............................................................................................................................................01
MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, 
fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de 
páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto. ...................................10
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, 
elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos 
predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de 
dados. ...............................................................................................................................................................................17
MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações,conceitos de slides, anotações, régua, guias, 
cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração 
de páginas, botões de ação, animação e transição entre slides. ...........................................................................26
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. ....31
Internet: navegação na Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas. ..................31
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL ........................................................................................................................................01
1.1. Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais: 1.1.1. Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e 
oletivos; ..............................................................................................................................................................................01
1.1.2. Capítulo IV – Dos Direitos Políticos. .................................................................................................................01
1.2. Título III – Da Organização do Estado: ..............................................................................................................06
1.2.1. Capítulo VII – Da Administração Pública: .....................................................................................................06
1.2.1.1. Seção I – Disposições Gerais; .......................................................................................................................06
1.2.1.2. Seção III – Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios...............................................06
1.3. Título V – Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: ................................................................11
1.3.1. Capítulo III – Da Segurança Pública. .............................................................................................................11
2. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO .......................................................................................................12
2.1. Título II – Da Organização e Poderes: ...............................................................................................................12
2.1.1. Capítulo III – Do Poder Executivo; ..................................................................................................................12
2.1.2. Capítulo IV – Do Poder Judiciário:..................................................................................................................14
2.1.2.1. Seção V – Do Tribunal de Justiça Militar e dos Conselhos de Justiça Militar. ........................................14
2.3. Título III – Da Organização do Estado: ..............................................................................................................19
2.3.1. Capítulo I – Da Administração Pública: .........................................................................................................19
2.3.1.1. Seção I – Disposições Gerais; .......................................................................................................................19
2.3.2. Capítulo II – Dos Servidores Públicos do Estado: ..........................................................................................20
2.3.2.1. Seção I – Dos Servidores Públicos Civis; ......................................................................................................20
2.3.2.2. Seção II – Dos Servidores Públicos Militares; ...............................................................................................22
2.3.3. Capítulo III – Da Segurança Pública: .............................................................................................................23
2.3.3.1. Seção I – Disposições Gerais; .......................................................................................................................23
2.3.3.2. Seção III – Da Polícia Militar. .........................................................................................................................23
3. LEI FEDERAL Nº 12.527/11 – Lei de Acesso à Informação; ................................................................................23
3.1. DECRETO nº 58.052/12 – Regulamenta a Lei nº 12.527/11, que regula o acesso a informações, e dá 
providências correlatas. ..................................................................................................................................................30
1
LÍNGUA PORTUGUESA
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE 
DIVERSOS TIPOS DE TEXTOS 
(LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS). 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela-
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz 
de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade 
de CODIFICAR E DECODIFICAR).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma certa informação que a 
faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, crian-
do condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de Con-
texto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é 
tão grande, que, se uma frase for retirada de seu con-
texto original e analisada separadamente, poderá ter 
um significado diferente daquele inicial.
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de 
citações. Esse tipo de recurso denomina-se Intertexto.
Interpretação De Texto - o primeiro objetivo de uma 
interpretação de um texto é a identificação de sua 
ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secun-
dárias, ou fundamentações, as argumentações, ou ex-
plicações, que levem ao esclarecimento das questões 
apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convida-
do a:
1.  Identificar – é reconhecer os elementos funda-
mentais de uma argumentação, de um processo, de 
uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os 
advérbios, os quais definem o tempo).
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhan-
ça ou de diferenças entre as situações do texto.
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade, opinando a respeito. 
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou se-
cundárias em um só parágrafo.
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras pa-
lavras, mantendo seu sentido original.
Para interpretar de forma adequada, dependendo 
do texto, fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gê-
neros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades 
do texto) e semântico;
c) Capacidade de observação e de síntese; 
d) Capacidade de raciocínio.
Interpretar X Compreender 
Interpretar  Significa: Explicar, comentar, julgar, tirar 
conclusões, deduzir. 
- Tipos De Enunciados 
• Através do texto, INFERE-SE que...
• É possível DEDUZIR que...
• O autor permite CONCLUIR que...
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que...
Compreender Significa
Intelecção, entendimento, atenção ao que real-
mente está escrito.
- Tipos De Enunciados:
• O texto DIZ 
que...
• É SUGERIDO pelo autor 
que...
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a 
afirmação...
• O narrador AFIRMA...
Erros De Interpretação
a) Extrapolação (“viagem”): Ocorre quando se sai 
do contexto, acrescentado idéias que não estão no 
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela 
imaginação.
b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se 
atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um 
texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficien-
te para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
c) Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias 
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões 
equivocadas e, consequentemente, errando a ques-
tão.
Dicas para interpretação de texto: 
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geraldo assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não inter-
rompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 
(Procure, através do contexto, entender o sentido 
da palavra) 
03. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entre-
linhas;
04. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
05. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre 
as do autor;
2
LÍNGUA PORTUGUESA
06. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) 
para melhor compreensão;
07. Centralizar cada questão ao pedaço (parágra-
fo, parte) do texto correspondente;
08. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado 
de cada questão;
09. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente 
de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, ver-
dadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas 
perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que 
se perguntou e o que se pediu;
10. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, 
procurar a mais exata ou a mais completa;
11. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar 
um fundamento de lógica objetiva;
12. Cuidado com as questões voltadas para dados 
superficiais;
13. Não se deve procurar a verdade exata dentro 
daquela resposta, mas a opção que melhor se enqua-
dre no sentido do texto;
14. Às vezes a etimologia ou a semelhança das pa-
lavras denuncia a resposta;
15. Procure estabelecer quais foram as opiniões ex-
postas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;
Texto XX 
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias 
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lu-
gar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso 
vulgar seja começar pelo nascimento, duas considera-
ções me levaram a adotar diferente método: a primeira 
é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas 
um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; 
a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e 
mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, 
não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical 
entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in 
Memórias Póstumas de Brás Cubas)
1) Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-
-personagem, que se trata: 
a) de um texto jornalístico 
b) de um texto religioso 
c) de um texto científico 
d) de um texto autobiográfico 
e) de um texto teatral 
2) Para o autor-personagem, é menos comum: 
a) começar um livro por seu nascimento. 
b) não começar um livro por seu nascimento, nem 
por sua morte. 
c) começar um livro por sua morte. 
d) não começar um livro por sua morte. 
e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nasci-
mento e pela morte. 
Gabarito: 1-D, 2-C
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS.
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. 
Exemplo:
- Alfabeto, abecedário.
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo 
pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os sinô-
nimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por mati-
zes de significação e certas propriedades que o escritor não 
pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo, 
aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios 
da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, perten-
cem à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética 
(orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, 
em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exem-
plos:
- Adversário e antagonista.
- Translúcido e diáfano.
- Semicírculo e hemiciclo.
- Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinoní-
mia, palavra que também designa o emprego de sinônimos.
Antônimos: são palavras de significação oposta. Exem-
plos:
- Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
- Louvar e censurar.
- Mal e bem.
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido 
oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/
antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/
implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/antico-
munista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.
SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO 
DAS PALAVRAS
Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras podem 
ser empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. 
Exemplos:
- Construí um muro de pedra. (sentido próprio).
- Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado).
- As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).
- As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado).
3
LÍNGUA PORTUGUESA
PONTUAÇÃO. 
Os sinais de pontuação representam os recursos atri-
buídos à escrita. Dentre suas muitas finalidades, está a 
de reproduzir pausas e entonações da fala. 
Os sinais de pontuação são os seguintes:
Vírgula (,) 
É usada para:
a) separar termos que possuem mesma função sin-
tática na oração: O menino berrou, chorou, esperneou 
e, enfim, dormiu.
Nessa oração, a vírgula separa os verbos.
b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais 
o que se dizer!
c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comis-
são, veio assistir à reunião.
d) os termos independentes entre si. Ex: O cinema, o 
teatro,a praia, e a música são suas diversões.
e) isolar termos antecipados, como complemento 
ou adjunto:
1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti 
quando olhei para aquele copo suado! (antecipação 
de complemento verbal)
2. Nada se fez, naquele momento, para que pudés-
semos sair! (antecipação de adjunto adverbial)
f) separar expressões explicativas, conjunções e co-
nectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, 
porém, mas, no entanto, assim, etc.
g) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 
de janeiro de 2009.
h) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que 
você indicou para mim, é muito mais do que esperava.
2. Pontos
2.1 - Ponto-final (.) 
É usado ao final de frases para indicar uma pausa 
total. Ex:
a) Não quero dizer nada.
b) Eu amo minha família.
E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., 
obs.
2.2 - Ponto de Interrogação (?)
O ponto de interrogação é usado para:
a) Formular perguntas diretas. Ex:
Você quer ir conosco ao cinema?
Desejam participar da festa de confraternização?
b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou 
atitude de expectativa diante de uma determinada si-
tuação. Ex:
O quê? não acredito que você tenha feito isso! (ati-
tude de indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será 
que mereço tudo isso? (surpresa)
Qual será a minha colocação no resultado do con-
curso? Será a mesma que imagino? (expectativa)
2. 3 – Ponto de Exclamação (!)  
Esse sinal de pontuação é utilizado nas seguintes cir-
cunstâncias:
a) Depois de frases que expressem sentimentos dis-
tintos, tais como: entusiasmo, surpresa, súplica, ordem, 
horror, espanto. Ex:
Iremos viajar! (entusiasmo)
Foi ele o vencedor! (surpresa)
Por favor, não me deixe aqui! (súplica)
Que horror! Não esperava tal atitude. (espanto) 
Seja rápido! (ordem)
b) Depois de vocativos e algumas interjeições. Ex:
Ui! que susto você me deu. (interjeição)
Foi você mesmo, garoto! (vocativo)
c) Nas frases que exprimem desejo. Ex:
Oh, Deus, ajude-me! 
Observações 
- Quando a intenção comunicativa expressar, ao 
mesmo tempo, questionamento e admiração, o uso 
dos pontos de interrogação e exclamação é permiti-
do. Observe:
Que eu posso fazer agora?!
- Quando se deseja intensificar ainda mais a admi-
ração ou qualquer outro sentimento, não há problema 
algum em repetir o ponto de exclamação ou interroga-
ção. Note:
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em 
perigo. 
3. Ponto e vírgula (;)
É usado para:
a) separar itens enumerados. Ex:
A Matemática se divide em:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.
b) separar um período que já se encontra dividido 
por vírgulas. Ex:
 Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou 
por cima da grama;queria ficar sozinho com seu cão.
4. Dois-pontos (:)
É usado quando:
a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala. 
Ex:
Ele respondeu: não, muito obrigado!
b) se quer indicar uma enumeração. Ex:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com 
pessoas estranhas, não brigue com seus colegas e não 
responda à professora.
5. Aspas (“”)
São usadas para indicar:
a) citação de alguém. Ex:
 “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo 
mostra um início firme. Ainda na edição, os 25 anos do 
MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity 
no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)
4
LÍNGUA PORTUGUESA
b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias.Nada 
pode com a propaganda de “outdoor”.
6. Reticências (...)
São usadas para indicar supressão de um trecho, 
interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se es-
tava falando. Ex:
a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa? (...)
b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, feli-
cidade...
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...
7. Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo 
que foi dito ou para fazer simples indicações. Ex:
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o 
e aparece repetido e, por isso, há o predomínio de vír-
gulas).
8. Travessão (–)
O travessão é indicado para:
a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálo-
go. Ex:
- Quais ideias você tem para revelar?
- Não sei se serão bem-vindas.
- Não importa, o fato é que assim você estará contri-
buindo para a elaboração deste projeto.
b) Separar orações intercaladas, desempenhando 
as funções da vírgula e dos parênteses. Ex: 
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confian-
te – que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois 
pode ser arriscado.
c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou 
palavra. Ex:
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – 
uma pessoa bastante esforçada. 
Gostaria de parabenizar a pessoa que está discur-
sando – meu melhor amigo.
Exercícios 
1- Assinale a opção em que a supressão das vírgulas 
alteraria o sentido do anunciado:
a) os países menos desenvolvidos vêm buscando, 
ultimamente, soluções para seus problemas no acervo 
cultural dos mais avançados;
b) alguns pesquisadores,que se encontram compro-
metidos com as culturas dos países avançados, aca-
bam se tornando menos criativos;
c) torna-se, portanto, imperativa uma revisão mode-
lo presente do processo de desenvolvimento tecnoló-
gico;
d) a atividade científica, nos países desenvolvidos, 
é tão natural quanto qualquer outra atividade econô-
mica;
e) por duas razões diferentes podem surgir, da inte-
ração de uma comunidade com outra, mecanismos de 
dependência.
2- Assinale a opção em que está corretamente in-
dicada a ordem dos sinais de pontuação que devem 
preencher as lacunas da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas 
coisas devem ser consideradas ____ uma é a contribui-
ção teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor 
prático que possa ter.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
3- Assinale o exemplo em que há emprego incorreto 
da vírgula:
a) como está chovendo, transferi o passeio;
b) não sabia, por que todos lhe viravam o rosto;
c) ele, caso queira, poderá vir hoje;
d) não sabia, por que não estudou;
e) o livro, comprei-o por conselho do professor.
4- Assinale o trecho sem erro de pontuação:
a) vimos pela presente solicitar de V.Sas., que nos 
informe a situação econômica da firma em questão;
b) cientificamo-lo de que na marcha do processo 
de restituição de suas contribuições, verificou-se a au-
sência da declaração de beneficiários;
c) o Instituto de Previdência do Estado, vem solicitar 
de V.Sa. o preenchimento da declaração;
d) encaminhamos a V.Sa., para o devido preenchi-
mento, o formulário em anexo;
e) estamos remetendo em anexo, o formulário.
5- Assinale as frases em que as vírgulas estão incor-
retas:
a) ora ríamos, ora chorávamos;
b) amigos sinceros, já não os tinha;
c) a parede da casa, era branquinha branquinha;
d) Paulo, diga-me o que sabe a respeito do caso;
e) João, o advogado, comprou, ontem, uma casa.
Gabarito
(1-B) (2-C) (3-D) (4-D) (5-C)
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LÍNGUA PORTUGUESA
CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME,
 VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO: EMPREGO E 
SENTIDO QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE ESTABELECEM. 
Em português, existem dez classes gramaticais, ou classes morfológicas, ou ainda classes de palavras. Destas, 
seis são variáveis (isto é, se flexionam, indo ao plural, ou feminino, ou superlativo), e quatro são invariáveis.
As classes variáveis são: artigo, adjetivo, pronome, numeral, substantivo e verbo. 
Nas Classes invariáveis há: advérbio, conjunção, interjeição e preposição.
OBSERVE OS QUADROS ABAIXO:
CLASSES VARIÁVEIS:
CLASSES GRAMATICAIS FUNÇÃO OU SENTIDO
Substantivo Palavra que serve para designar os seres, atos ou conceitos; nome.
Substantivos de dois números Substantivo que tem a mesma forma para o singular e o plural: lápis, vírus, ônibus, mil-folhas.
Substantivos de dois gêneros
São substantivos que têm a mesma forma para seres de ambos os 
sexos, sendo o gênero marcado pelo artigo que os precede. Exemplos: 
o/a colega, o/a agente, o/a lojista.
Substantivos sobrecomuns
Têm a mesma forma para o masculino e o feminino, não variando 
sequer o artigo ou o adjetivo que os acompanha. Exemplos: a pessoa, 
a vítima, a criança, o cônjuge, o monstro.
Verbo
Palavra que expressa ação, estado ou fenômeno. É a classe gramatical 
mais rica em variação de formas, podendo mudar para exprimir modo, 
tempo, pessoa, número e voz. No dicionário, são encontrados no modo 
infinitivo, que é, por assim dizer, o nome do verbo. Exemplos: Fugir, estar, 
chover, comprar, ser, anoitecer.
Adjetivo
Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe atribuir uma 
qualidade. Exemplos: mulher linda, livro divertido, árvore alta, olhos 
azuis.
Adjetivo de dois gêneros
É um adjetivo que mantém a mesma forma tanto quando se refere 
a substantivos masculinos quanto a femininos. Exemplos: Sugestão 
aceitável, convite aceitável, obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, 
moça adorável.
Adjetivo de dois gêneros e substantivo 
de dois gêneros
Trata-se de palavra que pode ser classificada como adjetivo ou como 
substantivo e mantêm a mesma forma para os dois gêneros. Exemplos: 
Um jovem rebelde (neste caso, jovem é o substantivo e rebelde, 
sua qualidade, o adjetivo). Um rebelde jovem (neste caso, ocorre 
exatamente o contrário)
Artigo
Artigodefinido
Artigo indefinido
Palavra que se coloca antes do substantivo, determinando-o e 
indicando seu gênero e número (artigo definido: a, as, o, os) ou (artigo 
indefinido: um, uma, uns, umas).
Pronome Palavra que substitui o nome ou que o acompanha torna claro o seu significado. Os pronomes se dividem nas seis grandes classes a seguir: 
Pronomes pessoais
Designam as três pessoas do discurso (no singular ou no plural). Eu, tu, 
ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. 
Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco.
Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, o senhor, a 
senhora, vossa senhoria, vossa Excelência, etc. 
Pronomes possessivos
Indicam a posse em relação às pessoas do discurso: Meu, minha, meus, 
minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, 
vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.
Pronomes demonstrativos
Indicam o lugar ou a posição dos seres em relação às pessoas do 
discurso.
1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.
2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.
3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pronomes relativos
Representam numa oraçãoos nomes mencionados na oração anterior. 
Exemplo: O livro que comprei é muito bom. São pronomes relativos: 
Que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os 
quais, as quais.
Pronomes indefinidos
Referem-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou exprimido 
quantidade indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre alcança. 
São pronomes indefinidos: algum, nenhum, qualquer, ninguém, onde, 
etc.
Pronomes interrogativos Os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto, quando são usados para formular uma pergunta. 
Numeral
Palavra que designa os números ou sua ordem de sucessão. Exemplos:
Cardinais: quatro, vinte, trinta.
Ordinais: quarto, vigésimo, trigésimo.
Fracionários: meio, um terço, um quinto.
Multiplicativos: duplo, triplo, quádruplo. 
CLASSES INVARIÁVEIS
Classes gramaticais Função ou sentido
Advérbio
Palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, 
expressando uma circunstância. Exemplos:
Ali: lá,naquele lugar.
Não: expressa negação.
Logo: prontamente, imediatamente.
Conjunção
Termo que liga duas palavras, dois membros de uma 
oração ou duas orações. Exemplos:
E: exprime ideia de adição (aditiva).
Mas: relaciona pensamentos em contraste ou oposição.
Quando: conjunção temporal.
Se: conjunção que exprime condição.
Ou...ou. ora...ora
Preposição
Termo que subordina uma palavra a outra. Exemplos:Livro 
de João, peso sobre o papel, espaço entre as árvores, 
morava em Belo Horizonte.
interjeição
Vocábulo que traduz uma impressão súbita, como dor, 
susto, alívio, admiração. Exemplos: Oba!: alegria, satisfação. 
Ah!: alívio, alegria. Psiu!: Ordena silêncio.
EXERCÍCIOS
1- A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são:
A ( ) adjetivo - advérbio - verbo. 
B ( )verbo - interjeição - conjunção. 
C ( )conjunção - numeral - adjetivo. 
D ( ) adjetivo - verbo - interjeição. 
E ( )interjeição - advérbio - verbo.
2- Na oração “Ninguém está perdido se der amor...”, a palavra grifada pode ser classificada como:
A ( )advérbio de modo. 
B ( ) conjunção adversativa. 
C ( ) advérbio de condição. 
D ( )conjunção condicional. 
E ( ) preposição essencial.
3- Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são:
A ( ) interjeição - advérbio - pronome possessivo. 
B ( ) numeral - substantivo - conjunção. 
C ( ) artigo - pronome demonstrativo - substantivo. 
D ( ) adjetivo - preposição - advérbio. 
E ( ) conjunção - interjeição - preposição.
7
LÍNGUA PORTUGUESA
4- O único substantivo que não é sobrecomum é:
A ( )verdugo. 
B ( )manequim. 
C ( ) pianista. 
D ( ) criança. 
E ( )indivíduo.
5- Em “Tem bocas que murmuram preces...”, a se-
quência morfológica é:
A ( ) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-
substantivo. 
B ( ) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-
substantivo. 
C ( ) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-
verbo-adjetivo. 
D ( )verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-subs-
tantivo. 
E ( )verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-subs-
tantivo.
Gabarito
1- A 2- D 3- E 4 – C 5- A
CONCORDÂNCIA VERBAL E
 NOMINAL. 
Concordância Nominal
A concordância nominal se baseia na relação entre 
um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) 
e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-
lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais 
adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se da 
relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona 
como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, 
como adjunto adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com 
as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número 
quando se refere a um único substantivo.
Por Exemplo:
As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, 
a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa 
flexão nos seguintes casos: 
a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda em gênero e número com o 
substantivo mais próximo. 
Por Exemplo:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa. 
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de 
parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no 
plural.
Por Exemplo: 
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. 
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 
- O adjetivo concorda com o substantivo mais 
próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino 
plural se houver substantivo feminino e masculino).
Exemplos: 
A indústria oferece localização e atendimento 
perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização 
perfeita.
A indústria oferece localização e atendimento 
perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização 
perfeitos.
Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior 
clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se 
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo 
foi flexionado no plural masculino, que é o gênero 
predominante quando há substantivos de gêneros 
diferentes.
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o 
adjetivo fica no singular ou plural.
Exemplos:
A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o 
substantivo não for acompanhado de nenhum 
modificador.
Por Exemplo:
Água é bom para saúde. 
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se 
este for modificado por um artigo ou qualquer outro 
determinativo.
Por Exemplo:
Esta água é boa para saúde.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com 
os pronomes pessoais a que se refere.
Por Exemplo:
Juliana as viu ontem muito felizes.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido 
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE 
+ adjetivo, este último geralmente é usado no masculino 
singular.
Por Exemplo: 
Os jovens tinham algo de misterioso.
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LÍNGUA PORTUGUESA
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem 
função adjetiva e concorda normalmente com o nome 
a que se refere.
Por Exemplo: 
Cristina saiu só.
Cristina e Débora saíram sós.
Obs.: quando a palavra “só” equivale a “somente” 
ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto, 
invariável.
Por Exemplo:
Eles só desejam ganhar presentes.
7) Quando um único substantivo é modificado por 
dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as 
construções:
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se 
o artigo antes do último adjetivo.
Por Exemplo:
Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo 
antes do adjetivo. 
Por Exemplo:
Admiro as culturas espanhola e portuguesa.
Obs.: veja esta construção:
Estudo a cultura espanhola e portuguesa.
Note que  ela  provoca incerteza: trata-se de duas 
culturas distintas ou de uma única, espano-portuguesa? 
Procure evitar construções desse tipo.
Casos Particulares
É  proibido  -    É  necessário  -  É  bom  -  É  preciso  -  É 
permitido
a) Essas expressões, formadas por um verbo mais 
um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se 
referem possuir sentido genérico (não vier precedido de 
artigo).
Exemplos: 
É proibido entrada de crianças.
Em certos momentos, é necessário atenção.
No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) Quando o sujeito dessas expressões estiver 
determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto 
o verbo como o adjetivo concordam com ele.
Exemplos:
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima.
A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação.
Anexo -  Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
Essas palavras adjetivas concordam em gênero 
e número com o substantivo ou pronome a que se 
referem. Observe: 
Seguem anexas as documentações requeridas.
A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Muito obrigadas, disseram as senhoras, nós mesmas 
faremos isso.
Seguem inclusos os papéissolicitados.
Já lhe paguei o que estava devendo: estamos 
quites.
Bastante - Caro - Barato - Longe
Essas palavras são invariáveis quando funcionam 
como advérbios. Concordam com o nome a que se 
referem quando funcionam como adjetivos, pronomes 
adjetivos, ou numerais.
Exemplos: 
As jogadoras estavam bastante cansadas. 
(advérbio)
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. 
(pronome adjetivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco.(advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
“Vais ficando longe de mim como o sono, nas 
alvoradas.” (Cecília Meireles) (advérbio)
“Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!” 
(Cecília Meireles). (adjetivo)
Meio - Meia
a) A palavra “meio”, quando empregada como 
adjetivo, concorda normalmente com o nome a que 
se refere.
Por Exemplo:
Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.
b) Quando empregada como advérbio 
(modificando um adjetivo) permanece invariável.
Por Exemplo: 
A noiva está meio nervosa. 
Alerta - Menos
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem 
sempre invariáveis.
Por Exemplo: 
Os escoteiros estão sempre alerta.
Carolina tem menos bonecas que sua amiga. 
Exercícios
1- Complete os espaços com um dos nomes 
colocados nos parênteses.
a) Será que é __________________ essa confusão 
toda? (necessário/ necessária)
b) Quero que todos fiquem ________________. (alerta/ 
alertas)
9
LÍNGUA PORTUGUESA
c) Houve ____________ razões para eu não voltar lá. 
(bastante/ bastantes)
d) Encontrei ____________ a sala e os quartos. (vazia/
vazios)
e) A dona do imóvel ficou __________ desiludida com 
o inquilino. (meio/ meia)
2- Colocar: “C” quando correto, “E” quando errado
a) ( ) Amanhã se fará os últimos exames.
b) ( ) Restam-me alguns dias de férias.
c) ( ) Os Estados Unidos intervieram nos conflitos sul-
africanos há alguns meses.
d) ( ) É necessária liberdade de expressão.
e) ( ) São crianças a cuja situação muita gente é 
insensível.
f) ( ) Envie algum dinheiro daquela casa de 
caridade.
g) ( ) Assisti e gostei muito daquele filme.
h) ( ) Não me pouparam esforços para que o rio 
fosse despoluído.
3- (PUCCAMP) A frase em que a concordância 
nominal está correta é:
A ( ) A vasta plantação e a casa grande caiados 
há pouco tempo era o melhor sinal de prosperidade da 
família.
B ( )Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão 
onde se encontravam as vítimas do acidente.
C ( )Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas 
que ele cultivava na sua pacata e linda chácara do 
interior.
D ( ) Quando foi encontrado, ele apresentava 
feridos a perna e o braço direitos, mas estava totalmente 
lúcido.
E ( ) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão 
ser importante para a pesquisa que estou fazendo.
4- (UNEB – BA) Assinale a alternativa em que, 
pluralizando-se a frase, as palavras destacadas 
permanecem invariáveis:
A ( ) Este é o meio mais exato para você resolver o 
problema: estude só.
B ( )Meia palavra, meio tom - índice de sua sensatez.
C ( ) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois em 
sua meia promessa.
D ( )Passei muito inverno só.
E ( )Só estudei o elementar, o que me deixa meio 
apreensivo.
5- (MACKENZIE)
I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
II. Muito obrigadas! - disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste 
curso.
Há uma concordância inaceitável de acordo com 
a gramática
A ( ) em I e II
B ( ) em II, III e IV
C ( )apenas em II
D ( ) apenas em III
E ( )apenas em IV
GABARITO
1- a- necessária /b – alerta / c – bastantes / d- vazia 
/ e – meio
2- a – E / b – C / c – C / d – E/ e – C / f – E / g – E / h – C
3- E / 4- E / 5 – D
Concordância Verbal
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar 
com o seu sujeito.
Exemplos:
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser.
Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.
Casos de concordância verbal:
1) Sujeito simples
Regra geral: 
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em 
número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural 
para concordar com o sujeito (nós).
Casos especiais:
a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular.
Ex.: A multidão gritou pelo rádio.
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar 
no singular ou ir para o plural.
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs 
gritaram.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, 
maioria, etc.)  – o verbo fica no singular ou vai para o 
plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria 
dos alunos foram à excursão.
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo 
fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas 
pediram silêncio.
d) O  sujeito é o pronome  relativo  “que”  – o verbo 
concorda com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que 
derramamos o café.
e) O sujeito é o pronome relativo “quem” - o verbo 
pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o 
antecedente do pronome.
10
LÍNGUA PORTUGUESA
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem 
derramei o café.
f) O sujeito é  formado pelas expressões: alguns de 
nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc.  - o 
verbo poderá concordar com o pronome interrogativo 
ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me 
punireis?
Dicas:
Com  os  pronomes  interrogativos  ou  indefinidos 
no  singular, o verbo concorda com eles em pessoa e 
número.
Ex.: Qual de vós me punirá.
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem 
no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o 
verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de 
artigo, o verbo concordará com o artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os 
Estados Unidos são a maior potência mundial.
h)  O  sujeito  é  formado  pelas  expressões: mais  de 
um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda 
com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ 
Mais de cinco alunos não compareceram à aula.
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, 
a maior parte, grande parte, etc. - o verbo poderá ser 
usado no singular (concordância lógica) ou no plural 
(concordância atrativa). 
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos 
candidatos desistiram.
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido 
coletivo)  - o verbo poderá ser usado no singular ou 
plural, se este vier afastado do substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, 
permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a 
violência da rua, permanecem em casa.
2) Sujeito composto
Regra geral
O verbo vai para o plural. 
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.
Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas 
gramaticais  diferentes  -  o verbo ficará no plural 
seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos 
(1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem 
prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª 
pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem 
prioridade sob a 3ª.
Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância 
do verbo com a terceira pessoa.
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a 
concordância por atração com o núcleo mais próximo 
do verbo.
Ex.: Irei eu e minhas amigas.
b)  Os  núcleos  do  sujeito  estão  coordenados 
assindeticamente  ou  ligados  por  “e”  -  o verbo 
concordará com os dois núcleos.
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.
Atenção:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a 
concordância por atração com o núcleo mais próximo 
do verbo.
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.c) Os núcleos do  sujeito  são  sinônimos  (ou quase) 
e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural 
(concordância lógica) ou no singular (concordância 
atrativa).
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se 
concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a 
se concentrar.
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo 
pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou 
apenas com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ 
Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, 
tudo, ninguém... - o verbo concordará com o aposto 
resumidor.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o 
comoveu.
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões: 
um e outro, nem um nem outro... - o verbo poderá ficar 
no singular ou no plural.
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem  ligados 
por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for de 
exclusão, e para o plural quando for de inclusão.
Exemplos: 
Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)
11
LÍNGUA PORTUGUESA
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas 
ao homem. (adição, inclusão)
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries 
correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas 
também,  etc.)  - o que comumente ocorre é o verbo 
ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os 
núcleos estiverem no singular.
Exemplos:
Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições 
municipais em São Paulo.
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições 
municipais em São Paulo.
Outros casos:
1) Partícula “SE”:
a - Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) 
concordará com o sujeito passivo.
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.
b-  Índice  de  indeterminação  do  sujeito:  o verbo 
(transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular.
Exemplos:
Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.
2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, 
ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Exemplos:
Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.
Dicas:
Os  verbos  auxiliares  (deve,  vai)  acompanham  os 
verbos principais.
O verbo existir não é impessoal. Veja:
Existem sérios problemas na cidade.
Devem existir sérios problemas na cidade.
3) Verbos dar, bater e soar
Quando usados na indicação de horas, possuem 
sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele 
devem concordar. 
Exemplos:
O relógio deu duas horas.
Deram duas horas no relógio da estação.
Deu uma hora no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.
Bateram cinco badaladas no sino da igreja.
Soaram dez badaladas no relógio da escola.
4) Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o 
verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura.
5) Concordância com o infinitivo
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração: 
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for 
representado por pronome pessoal oblíquo átono.
Ex.: Esperei-as chegar.
- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não 
for representado por pronome átono e se o verbo 
da oração determinada pelo infinitivo for causativo 
(mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e 
sinônimos).
Exemplos:
Mandei sair os alunos.
Mandei saírem os alunos
- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito 
for diferente de pronome átono e determinante de 
verbo não causativo nem sensitivo.
Ex.: Esperei saírem todos.
Infinitivo pessoal e sujeito oculto
- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição 
com valor de gerúndio.
Ex.: Passamos horas a comentar o filme. 
(comentando)
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu 
sujeito for idêntico ao da oração principal.
- Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes 
de (tu) responderes, (tu) lerás o texto.
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu 
sujeito diferente do sujeito da oração principal e está 
indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o 
direito de contestarmos.
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu 
sujeito diferente do sujeito da oração principal e não 
está indicado por nenhum termo 
- no contexto.
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.
12
LÍNGUA PORTUGUESA
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução 
verbal
- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo 
principal da locução verbal, quando em virtude da 
ordem dos termos da oração, sua ligação com o verbo 
auxiliar for nítida.
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.
- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o 
verbo principal da locução verbal, quando o verbo 
auxiliar estiver afastado ou oculto.
Exemplos:
Não devemos, depois de tantas provas de 
honestidade, duvidar e reclamar dela.
Não devemos, depois de tantas provas de 
honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela.
6) Concordância com o verbo ser:
a  - Quando, em predicados nominais, o  sujeito  for 
representado  por  um  dos  pronomes:  tudo,  nada,  isto, 
isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão 
com o predicativo.
Exemplos:
Tudo são flores.
Aquilo parecem ilusões.
Dicas:
Poderá  ser  feita  a  concordância  com  o  sujeito 
quando se quer enfatizá-lo.
Ex.: Aquilo é sonhos vãos.
b  -  O  verbo  ser  concordará  com  o  predicativo 
quando o sujeito for os pronomes interrogativos: que ou 
quem.
Exemplos:
Que são gametas?
Quem foram os escolhidos?
c - Em indicações de horas, datas, tempo, distância 
- a 
concordância será feita com a expressão numérica
Exemplos:
São nove horas.
É uma hora.
Dicas:
Em  indicações  de  datas,  são  aceitas  as  duas 
concordâncias, pois subentende-se a palavra dia.
Exemplos: 
Hoje são 24 de outubro.
Hoje é (dia) 24 de outubro.
d  -  Quando  o  sujeito  ou  predicativo  da  oração 
for  pronome  pessoal,  a  concordância  se  dará  com o 
pronome.
Ex.: Aqui o presidente sou eu.
Dicas:
Se  os  dois  termos  (sujeito  e  predicativo)  forem 
pronomes, a 
concordância  será  com  o  que  aparece  primeiro, 
considerando o 
sujeito da oração.
Ex.: Eu não sou tu
e - Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se 
fará com o predicativo.
Ex.: O menino era as esperanças da família.
f  -  Nas  locuções:  é  pouco,  é muito,  é mais  de,  é 
menos  de,  junto  a  especificações  de  preço,  peso, 
quantidade,  distância  e  etc.,  o  verbo  fica  sempre  no 
singular.
Exemplos:
Cento e cinquenta é pouco.
Cem metros é muito.
g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, 
ser  bom,  o  verbo  e  o  adjetivo  pode  ficar  invariável 
(verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino 
singular) ou concordar com o sujeito posposto.
Exemplos:
É necessário aqueles materiais.
São necessários aqueles materiais.
h  -  Na  expressão:  é  que,  usada  como  expletivo, 
se  o  sujeito  da  oração  não  aparecer  entre  o  verbo 
“ser” e o “que”, ficará invariável. Se aparecer, o verbo 
concordará com o sujeito.
Exemplos:
Eles é que sempre chegam atrasados.
São eles que sempre chegam atrasados.
Exercícios
1- Concordância verbal incorreta:
A ( ) V. Ex.ª é generoso.
B ( ) Mais de um jornal comentou o jogo.
C ( ) Elaborou-se ótimos planos.
D ( ) Eu e minha família fomos ao mercado.
E ( ) Os Estados Unidos situam-se na América do 
Norte.
2- (Fuvest - SP) Indique a alternativa correta:
A ( ) Tratavam-se de questões fundamentais.
B ( ) Comprou-se terrenos no subúrbio.
C ( ) Precisam-se de datilógrafas.
D ( ) Reformam-se ternos.
E ( ) Obedeceram-se aos severos regulamentos.
3- Assinale a opção em que há erro de conjugação 
verbal em relação à norma culta da língua:
a) Se ele vir o nosso trabalho,ficará muito doente.
b) Não desanimes; continua batalhando.
c) Meu pai interveio na discussão.d) Se ele reouvesse o que havia perdido.
e) Quando eu requiser a segunda via do 
documento...
13
LÍNGUA PORTUGUESA
4- A única frase em que as formas verbais estão 
corretamente empregadas é: 
a) Especialistas temem que órgãos de outras 
espécies podem transmitir vírus perigosos.
b) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de 
ajuste fiscal imediato, o Brasil ainda estará muito longe 
de tornar-se um participante ativo do jogo mundial.
c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do 
mesmo partido, embora nenhum fará a sociedade em 
que eu acredito.
d) A inteligência é como um tigre solto pela casa 
e só não causará problema se o suprir de carne e o 
manter na jaula.
e) O nome secreto de Deus era o princípio ativo 
da criação, mas dizê-lo por completo equivalia a 
um sacrilégio, ao pecado de saber mais do que nos 
convinha.
5- Complete os espaços com um dos verbos 
colocados nos parênteses:
a) ________________os filhos e o pai... (chegou/
chegaram)
b) Fomos nós que _______________ na questão. 
(tocou/tocamos)
c) Não serei eu quem _________________ o dinheiro. 
(recolherei/ recolherá)
d) Mais de um torcedor _______________________ 
estupidamente. (agrediu-se/agrediram-se)
e) O fazendeiro com os peões __________________ a 
cerca. (levantou/ levantaram)
Gabarito
1-C  2 – D  3- E   4 – E  5- A) chegaram / B) tocamos  
/ C) recolherá 
D) agrediram-se / E ) levantaram
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Regência Verbal
Definição: Dá-se o nome de regência à relação de 
subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) 
e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer rela-
ções entre as palavras, criando frases não ambíguas, 
que expressem efetivamente o sentido desejado, que 
sejam corretas e claras.
Termo Regente: VERBO
A regência verbal estuda a relação que se estabe-
lece entre os verbos e os termos que os complemen-
tam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam 
(adjuntos adverbiais). 
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar 
nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunida-
de de conhecermos as diversas significações que um 
verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada 
de uma preposição. Observe: 
A mãe agrada o filho. agradar significa acari-
ciar, contentar.
A mãe agrada ao filho. agradar significa “causar 
agrado ou prazer”, satisfazer.
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente 
de “agradar a alguém”. 
Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposi-
ções é um dos aspectos fundamentais do estudo da re-
gência verbal (e também nominal). As preposições são 
capazes de modificar completamente o sentido do que 
se está sendo dito. Veja os exemplos: 
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se-
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A 
oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim 
de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto 
da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existi-
rem divergências entre a regência coloquial, cotidiana 
de alguns verbos, e a regência culta.
Para estudar a regência verbal, agruparemos os ver-
bos de acordo com sua transitividade. A transitividade, 
porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode 
atuar de diferentes formas em frases distintas.
- alguns verbos e seu comportamento:
Aconselhar (TD e I)
Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.
Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.
Agradar
- no sentido de acariciar ou contentar (pede objeto 
direto - não tem preposição).
Agrado minhas filhas o dia inteiro.
Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.
- no sentido de ser agradável, satisfazer (pede obje-
to indireto - tem preposição “a”).
As medidas econômicas do Presidente nunca agra-
dam ao povo.
Agradecer
- TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre 
será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradecer-lhe-ei os presentes.
Agradeceu o presente ao seu namorado.
Aguardar (TD ou TI)
Eles aguardavam o espetáculo.
Eles aguardavam pelo espetáculo.
Aspirar
- No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - 
não tem preposição).
Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
- No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indi-
reto - tem preposição “a”).
Ele aspira à carreira de jogador de futebol.
Assistir
- No sentido de ver ou ter direito (TI - preposição A).
Assistimos a um bom filme.
Assiste ao trabalhador o descanso semanal remune-
rado.
14
LÍNGUA PORTUGUESA
- No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com 
a preposição A)
Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
- No sentido de morar é intransitivo, mas exige prepo-
sição EM.
Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Bra-
sília.
Atender
- Atender pode ser TD ou TI, com a preposição a.
Atenderam o meu pedido prontamente.
Atenderam ao meu pedido prontamente.
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) 
pede objeto direto
No sentido de tomar em consideração, prestar aten-
ção pede objeto indireto com a preposição a.
Se o complemento for um pronomes pessoal referen-
te a pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O 
diretor atendeu os interessados ou aos interessados / O 
diretor atendeu-os)
Certificar (TD e I)
- Admite duas construções: Quem certifica, certifica 
algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de 
algo.
Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quan-
do o OI for um substantivo feminino (que exija o artigo)
Certifico-o de sua posse.
Certifico-lhe que seria empossado.
Certificamo-nos de seu êxito no concurso.
Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos.
Chamar
- TD, quando significar convocar.
Chamei todos os sócios, para participarem da reu-
nião.
- TI, com a preposição POR, quando significar invocar.
Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
- TD e I, com a preposição A, quando significar re-
preender.
Chamei o menino à atenção, pois estava conversan-
do durante a aula.
Chamei-o à atenção.
A expressão “chamar a atenção de alguém” não 
significa repreender, e sim fazer se notado (O cartaz cha-
mava a atenção de todos que por ali passavam)
- Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando signi-
ficar dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto) 
pode vir precedida da preposição DE, ou não.
Chamaram-no irresponsável.
Chamaram-no de irresponsável.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável.
Chegar, IR (Intransitivo)
- Aparentemente eles têm complemento, pois quem 
vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém 
a indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial 
de lugar), e não complementação.
Esses verbos exigem a preposição A, na indicação 
de destino, e DE, na indicação de procedência.
Quando houver a necessidade da preposição A, se-
guida de um substantivo feminino (que exija o artigo a), 
ocorrerá crase (Vou à Bahia)
- no emprego mais frequente, usam a preposição A 
e não EM.
Cheguei tarde à escola.
Foi ao escritório de mau humor.
- se houver ideia de permanência, o verbo ir segue-
se da preposição PARA.
Se for eleito, ele irá para Brasília.
- quando indicam meio de transporte no qual se 
chega ou se vai, então exigem EM.
Cheguei no ônibus da empresa.
A delegação irá no vôo 300.
Cogitar
- Pode ser TD ou TI, com a preposição EM, ou com a 
preposição DE.
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.
Hei de cogitar no caso.
O diretor cogitou de demitir-se.
Comparecer (Intransitivo)
Compareceram na sessão de cinema.
Compareceram à sessão de cinema.
Comunicar (TD e I)
- Admite duas construções alternando algo e al-
guém entre OD e OI.
Comunico-lhe meu sucesso.
Comunico meu sucesso a todos.
Custar
- No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A. 
Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca 
a pessoa, que será objeto indireto.
Custou-me acreditar em Hipocárpio.
Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
- no sentido de causar transtorno, dar trabalho será 
intransitivo, com a preposição A.
Sua irresponsabilidade custou sofrimentoa toda a 
família.
- no sentido de ter preço será transitivo direto.
Estes sapatos custaram R$ 50,00.
Desfrutar E usufruir (TD)
Desfrutei os bens de meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o 
desfrutam.
Ensinar ( TD e I)
Ensinei-o a falar português.
Ensinei-lhe o idioma inglês.
Esquecer, Lembrar
- quando acompanhados de pronomes, são TI e 
constroem-se com DE.
Ela se lembrou do namorado distante. 
Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó.
- constroem-se sem preposição (TD), se desacompa-
nhados de pronome.
15
LÍNGUA PORTUGUESA
Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela 
lembrou o namorado distante.
Faltar, Restar E Bastar
- Podem ser intransitivos ou TI, com a preposição A.
Muitos alunos faltaram hoje.
Três homens faltaram ao trabalho hoje.
Resta aos vestibulandos estudar bastante.
Implicar
- TD e I com a preposição EM, quando significar en-
volver alguém.
Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
- TD, quando significar fazer supor, dar a entender; 
produzir como consequência, acarretar.
Os precedentes daquele juiz implicam grande ho-
nestidade.
Suas palavras implicam denúncia contra o deputa-
do.
- TI com a preposição COM, quando significar anti-
patizar.
Não sei por que o professor implica comigo.
Emprega-se preferentemente sem a preposição EM 
(Magistério implica sacrifícios)
Informar (TD e I)
- Admite duas construções: Quem informa, informa 
algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de 
algo.
Informei-o de que suas férias terminou.
Informei-lhe que suas férias terminou.
Morar, Residir, Situar-se (Intransitivo)
- Seguidos da preposição EM e não com a preposi-
ção A, como muitas vezes acontece.
Moro em Londrina.
Resido no Jardim Petrópolis.
Minha casa situa-se na rua Cassiano.
Namorar (TD)
Ela namorava o filho do delegado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a 
mesa.
Obedecer, Desobedecer (TI)
Devemos obedecer às normas. 
Por que não obedeces aos teus pais?
- Verbos TI que admitem formação de voz passiva:
Pagar, Perdoar
- São TD e I, com a preposição A. O objeto direto 
sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Paguei a conta ao Banco.
Perdoo os erros ao amigo.
As construções de voz passiva com esses verbos são 
comuns na fala, mas agramaticais
Pedir (TD e I)
- Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é erra-
do dizer Pedir para que alguém faça algo.
Pediram-lhe perdão.
Pediu perdão a Deus.
Precisar
- No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).
O mecânico precisou o motor do carro.
- No sentido de ter necessidade (pede a preposição 
de).
Preciso de bom digitador.
Preferir (TD e I)
- Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, 
nem que ou do que.
Preferia um bom vinho a uma cerveja.
Proceder
- TI, com a preposição A, quando significar dar início 
ou realizar.
Os fiscais procederam à prova com atraso.
Procedemos à feitura das provas.
- TI, com a preposição DE, quando significar derivar-
se, originar-se ou provir.
O mau-humor de Pedro procede da educação que 
recebeu.
Esta madeira procede do Paraná.
- Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fun-
damento.
Suas palavras não procedem!
Aquele funcionário procedeu honestamente.
Querer
- No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade 
de, tencionar (TD).
Quero meu livro de volta.
Sempre quis seu bem.
- No sentido de querer bem, estimar (TI - preposição 
A).
Maria quer demais a seu namorado.
Queria-lhe mais do que à própria vida.
Renunciar
- Pode ser TD ou TI, com a preposição A.
Ele renunciou o encargo.
Ele renunciou ao encargo.
Responder
- TI, com a preposição A, quando possuir apenas um 
complemento.
Respondi ao bilhete imediatamente.
Respondeu ao professor com desdém.
- Nesse caso, não aceita construção de voz passiva.
- TD com OD para expressar a resposta (respondeu 
o quê?)
Ele apenas respondeu isso e saiu.
Revidar (TI)
Ele revidou ao ataque instintivamente.
16
LÍNGUA PORTUGUESA
Simpatizar e Antipatizar (TI)
- Com a preposição COM. Não são pronominais, 
portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.
Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo 
com o irmão dela.
Sobressair (TI)
- Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto 
não existe sobressair-se.
Quando estava no colegial, sobressaía em todas as 
matérias.
Visar
- no sentido de ter em vista, objetivar (TI - preposição 
A)
Não visamos a qualquer lucro.
A educação visa ao progresso do povo.
- No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)
Ele visava a cabeça da cobra com cuidado.
Ele visava os contratos um a um.
- Se TI não admite a utilização do complemento lhe. 
No lugar, coloca-se a ele (a/s)
Obs: São estes os principais verbos que, quando TI, 
não aceitam LHE/LHES como complemento, estando 
em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), alu-
dir, referir-se, anuir.
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, in-
formar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I, 
admitindo duas construções: Quem informa, informa 
algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de 
algo.
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singu-
lar, acompanhados do pronome se, não admitem plu-
ral. É que, neste caso, o se indica sujeito indeterminado, 
obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singu-
lar. (Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se 
às leis de ecologia)
Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem al-
teração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), alme-
jar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), aten-
tar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar 
(com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), pre-
ceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satis-
fazer (a), versar (sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.
Exercícios
1. Assinale a única alternativa que está de acordo 
com as normas de regência da língua culta.
a) avisei-o de que não desejava substituí-lo na presi-
dência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, 
jamais aspirei a tal cargo;
b) avisei-lhe de que não desejava substituí-lo na pre-
sidência, pois apesar de ter sempre servido a instituição, 
jamais aspirei a tal cargo;
c) avisei-o de que não desejava substituir- lhe na 
presidência, pois apesar de ter sempre servido à institui-
ção, jamais aspirei tal cargo;
d) avisei-lhe de que não desejava substituir-lhe na 
presidência, pois apesar de ter sempre servido à institui-
ção, jamais aspirei a tal cargo;
e) avisei-o de que não desejava substituí-lo na presi-
dência, pois apesar de ter sempre servido a instituição, 
jamais aspirei tal cargo.
2. Assinale a opção em que o verbo chamar é 
empregado com o mesmo sentido que apresenta em 
________ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, 
Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”:
a) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da 
pátria;
b) bateram à porta, chamando Rodrigo;
c) naquele momento difícil, chamou por Deus e 
pelo Diabo;
d) o chefe chamou-os para um diálogo franco;
e) mandou chamar o médico com urgência.
3. Assinale a opção em que o verbo lembrar está 
empregado de maneira inaceitável em relação à nor-
ma culta da língua:
a) pediu-me que o lembrasse a meus familiares;
b) é preciso lembrá-lo o compromisso que assumiu 
conosco;
c) lembrou-se mais tarde que havia deixado as cha-
ves em casa;
d) não me lembrava de ter marcado médico para 
hoje;
e) na hora das promoções, lembre-se de mim.
4. O verbo chamar está com a regência INCORRETA 
em:
a) chamo-o de burguês, pois você legitima a sub-
missão das mulheres;
b) como ninguém assumia, chamei-lhes de discrimi-
nadores;
c) de repente, houve um nervosismo geral e chama-
ram-nas de feministas;
d) apesar de a hora ter chegado, o chefe não cha-
mou às feministas a sua seção;
e) as mulheres foram para o local do movimento, 
que elas chamaram de maternidade.
5. Assinale o exemplo, em que está bem emprega-
da a construção com o verbo preferir:
a) preferia ir ao cinema do que ficar vendo televi-
são;
b) preferia sair a ficar em casa;
c) preferia antes sair a ficar em casa;d) preferia mais sair do que ficar em casa;
e) antes preferia sair do que ficar em casa.
Gabarito
(1-A) (2-A) (3-B) (4-D) (5-B)
Regência Nominal
Regência Nominal é o nome da relação existente 
entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os 
termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre in-
termediada por uma preposição. No estudo da regên-
cia nominal, é preciso levar em conta que vários nomes 
apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos 
de que derivam. Conhecer o regime de um verbo signi-
fica, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cog-
natos. Observe o exemplo:
17
LÍNGUA PORTUGUESA
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição “a”. 
Veja: 
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os 
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você 
conhece.
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de,para Impaciência com Respeito a, com,para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Passível de
Alheio a, de Fácil de Essencial a, para
Ansioso de, para, por Fanático por Preferível a
Apto a, para Favorável a Prejudicial a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com,de,em,por
Contrário a Indeciso em Sensível a
Advérbios
Longe de
Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
EXERCÍCIOS
1- (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... o diretor se referia.
a) de que – que
b) a cujos – cujos
c) por que – que
d) cujos – cujo
e) a que - a que
2-(FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate 
de noite, no silêncio.
A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
a) as quais / de cujo o
b) a que / no qual
c) de que / o qual
d) às quais / cujo
e) que / em cujo
18
LÍNGUA PORTUGUESA
3- (EPCAR) O que devidamente empregado só não 
seria regido de preposição na opção:
a) O cargo ....... aspiro depende de concurso.
b) Eis a razão ....... não compareci.
c) Rui é o orador ....... mais admiro.
d) O jovem ....... te referiste foi reprovado.
e) Ali está o abrigo ....... necessitamos.
4- (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos 
devem ser seguidos pela mesma preposição:
a) ávido / bom / inconsequente
b) indigno / odioso / perito
c) leal / limpo / oneroso
d) orgulhoso / rico / sedento
e) oposto / pálido / sábio
5- Indique onde há erro de regência nominal:
a) Ele é muito apegado em bens materiais.
b) Estamos fartos de tantas promessas.
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamen-
to.
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalá-
vel.
Gabarito
1-E 2-D 3- D 4- D 5 - A
COLOCAÇÃO PRONOMINAL. 
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, 
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As 
três pessoas do discurso são: 
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala 
ou emissor; 
2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com 
quem se fala ou receptor; 
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aque-
la de quem se fala ou referente.
Dependendo da função de substituir ou acompa-
nhar o nome, o pronome é, respectivamente: pronome 
substantivo ou pronome adjetivo.
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tra-
tamento, possessivos, demonstrativos, indefinidos, inter-
rogativos e relativos.
Pronomes Pessoais: Os pronomes pessoais dividem-
se em: 
- retos exercem a função de sujeito da oração: eu, 
tu, ele, nós, vós, eles:
- oblíquos exercem a função de complemento do 
verbo (objeto direto / objeto indireto) ou as, lhes. - Ela 
não vai conosco. (ela pronome reto / vai verbo / co-
nosco complemento nominal. São: tônicos com pre-
posição: mim, comigo, ti, contigo,si, consigo, conosco, 
convosco; átonos sem preposição: me, te, se, o, a, lhe, 
nos, vos, os,pronome oblíquo) - Eu dou atenção a ela. 
(eu pronome reto / dou verbo / atenção nome / ela 
pronome oblíquo)
Saiba mais sobre os Pronomes Pessoais
- Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos 
da 3ª pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: 
Eu os vi saindo do teatro.
- As palavras “só” e “todos” sempre acompanham 
os pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem.
- Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos 
da 3ª pessoa apresentam as formas:
o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo 
oral: Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente.
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: 
R/S/Z, assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo, con-
sequentemente, as terminações R,  S,  Z. Preciso pagar 
ao verdureiro. = pagá-lo; Fiz os exercícios a lápis. = Fi-los 
a lápis. 
lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos Eis a 
prova do suborno. = Ei-la; O tempo nos dirá. = no-lo dirá. 
(eis, nos, vos perdem o S)
no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo na-
sal: m, ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos so-
bre a mesa.
lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa 
do plural, terminado em S não modificado: Nós entrega-
moS-lhe a cópia do contrato. (o S permanece)
nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plu-
ral, perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápi-
do.
me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos 
transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equiva-
lendo a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos rou-
baram-lhe a esperança. (sua, dele, dela possessivo) 
as formas conosco e convosco são substituídas por: 
com + nós, com + vós. seguidos de: ambos, todos, pró-
prios, mesmos, outros, numeral: Mariane garantiu que 
viajaria com nós três.
o pronome oblíquo funciona como sujeito com os 
verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir e ver+verbo 
no infinitivo. Deixe-me sentir seu perfume. (Deixe que eu 
sinta seu perfume me sujeito do verbo deixar Mandei-o 
calar. (= Mandei que ele calasse), o= sujeito do verbo 
mandar.
os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se rece-
bem o nome de pronomes recíprocos quando expres-
sam uma ação mútua ou recíproca: Nós nos encontra-
mos emocionados. (pronome recíproco, nós mesmos). 
Nunca diga: Eu se apavorei. / Eu já se arrumei; Eu me 
apavorei. / Eu me arrumei. (certos)
- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituí-
dos por mim e ti após preposição: O segredo ficará so-
mente entre mim e ti.
- É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu 
e tu, quando funcionarem como Sujeito: Todos pediram 
para eu relatar os fatos cuidadosamente. (pronome 
reto + verbo no infinitivo). Lembre-se de que mim não 
fala, não escreve, não compra, não anda. Somente o 
Tarzã e o Capitão Caverna dizem: mim gosta / mim tem 
/ mim faz. / mim quer.
- As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empre-
gadas como complemento de verbos transitivos diretos 
ao passo que as formas lhe, lhes são empregadas como 
complementos de verbos transitivos indiretos; Dona Ce-
cília, querida amiga, chamou-a. (verbo transitivo direto, 
VTD); Minha saudosa comadre, Nircleia, obedeceu-lhe. 
(verbo transitivo indireto,VTI) 
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LÍNGUA PORTUGUESA
- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasilei-
ríssimo a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A 
gente deve fazer caridade com os mais necessitados.
- Os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas, nós 
e vós serão pronomes pessoais oblíquos quando empre-
gados como complementos de um verbo e vierem pre-
cedidos de preposição. O

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