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FACULDADE IBMEC Controle de Constitucionalidade Concentrado Integrantes do grupo 5: Luísa Guardin, Lísian Morada, Raphael Sampaio, Pedro Studart e Edgar Silva. Segundo Período. Professora: Adriana Ramos Costa O Controle de Constitucionalidade é a verificação da compatibilidade formal e material de leis e atos normativos perante uma Constituição. Isso só é possível caso a Constituição seja formal e rígida e com um órgão dotado de legitimidade para realizar o controle. No Brasil, a regra geral adotada é a do Controle de Constitucionalidade Jurisdicional, ou seja, aquele realizado pelo Poder Judiciário. A doutrina costuma dividir esse Controle jurisdicional em Controle Difuso ou Concentrado. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO O Controle Concentrado de Constitucionalidade é chamado de Concentrado pois é realizado por um único órgão, órgão este incumbido da defesa e guarda da Constituição, o STF. O Sistema do Controle de Constitucionalidade Concentrado decorre do Sistema Austríaco ou europeu continental, que em 1920 a ideia de Kelsen de controlar a constitucionalidade com base em um ato formalmente estabelecido como superior. É por essa razão que o Controle de Constitucionalidade Concentrado também tem vários sinônimos e é realizado por um único órgão. ORIGEM DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO É a análise de forma abstrata da lei em face da Constituição, verificando a sua compatibilidade ou incompatibilidade. O Controle Concentrado é realizado pelo guardião da Constituição, o STF. Tem o controle fechado, porque somente o STF pode realizá-lo. Tem o controle objetivo, porque não existem partes neste processo como formalmente existe nos demais processos tradionalmente. CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO: O Controle Concentrado só pode ser exercido por pessoas e entes legitimados para promover ações especiais, que em regra é julgado por um único tribunal, o STF, mas também há exceções, onde pode ser julgado pelo TJ. O Controle Concentrado de Constitucionalidade é exercido no Brasil de modo direto, ou seja, modo não incidental e em um caso abstrato. Os legitimados no Controle de Constitucionalidade são restritos. (artigo 103 da CF) CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO: O Controle Concentrado de Constitucionalidade pode ocorrer por meio das chamadas ações do controle concentrado de constitucionalidade. São elas: Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI ou ADIN) ➝ art 102, inciso I, alínea a da CF; Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC ou ADCON) ➝ art 102, inciso I, alínea a da CF; Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ➝ art 102, § 1° da CF. Nesses casos, é feita uma verificação de compatibilidade da norma em abstrato. Ou seja, não é necessário que o Poder Judiciário analise um caso concreto para verificar a inconstitucionalidade ou constitucionalidade de determinada norma. A decisão produz efeito Erga Omnes, ou seja, para todos. 1. 2. 3. COMO OCORRE O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO? Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica (ADIN Genérica) ➞ Competência do STF (artigo 102, I, a da CF); Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva (ADIN Interventiva) ➞ Competência do STF (artigo 36, inciso III da CF); Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO ou ADIN por Omissão). ➞ Competência do STF (artigo 103, § 2 da CF). SUBESPÉCIES DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: Os legitimados são aqueles taxativamente elencados no artigo 103 da CF. Via de regra, os legitimados para entrar com as ações ADIN, ADCON E ADPF são os previstos no artigo 103 da Constituição Federal. Essa regra só não se aplica a ADIN Interventiva, somente ela não irá seguir a regra dos legitimados para ingressar com essa ação. Os legitimados são divididos em três blocos: três mesas, três autoridades e três instituições. Três mesas: Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados e Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Três autoridades: Presidente da República, Governador do Estado ou do Distrito Federal e Procurador-Geral da República. Três instituições: Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Partido Político com representação no Congresso Nacional e Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 1. 2. 3. OS LEGITIMADOS NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE OS LEGITIMADOS UNIVERSAIS E ESPECIAIS Dentro de cada um desses três blocos, existe um deles que irá ser diferente (legitimado especial). Pois dentre os legitimados, há os legitimados universais e os legitimados especiais ou interessados. Qual a diferença entre um legitimado universal e um legitimado especial? A diferença entre eles consiste na chamada pertinência temática, que nada mais é que a relação que aquele que está entrando com a ação deve mostrar no que tange o interesse que o mesmo está defendendo e a norma que está questionando. Legitimado universal: São aqueles que não precisam demonstrar qual é a relação entre o interesse que eles defendem e a norma questionada. Exemplos: Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, Presidente da República, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Partido Político com representação no Congresso Nacional. Legitimado especial: São aqueles que devem apresentar uma relação de causalidade entre o interesse defendido e a norma questionada, demonstrando a pertinência temática. Exemplos: Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, governador do Estado ou do Distrito Federal e Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. O Controle Concentrado de Constitucionalidade tem efeito vinculante para: Os demais órgãos do Poder Judiciário; Administração pública direta e indireta nas esferas federal, estadual e municipal. É possível também que leis ou atos normativos estaduais e municipais sejam objeto de controle de constitucionalidade, tomando como parâmetro a Constituição Estadual. Nesse caso, é necessário o ajuizamento de uma representação de inconstitucionalidade perante os tribunais do Estado ou do Distrito Federal. 1. 2. EFEITO VINCULANTE DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE Conclui-se que no Controle Concentrado, não há como observar qualquer interesse subjetivo, haja vista não haver partes envolvidas no processo, nem tampouco um caso concreto onde o controle se faria de modo ocidental. Nesse sentido, ao contrário do controle difuso, o controle concentrado possui natureza objetiva. Ademais, o propósito desse processo é única e exclusivamente à análise do ato em abstrato e a verificação da sua compatibilidade em face da Constituição, por isso que ele também é chamado de Controle Abstrato de Constitucionalidade. Ele também ocorre pela via de ação, porque o propósito não é utilizar a inconstitucionalidade como argumento para se conseguir algo. O mérito do processo é a própria inconstitucionalidade ou constitucionalidade. CONCLUSÃO https://www.youtube.com/watch?v=xW5BzpWnOE0 https://www.youtube.com/watch?v=dY7Kb_z91so&t=106s https://www.youtube.com/watch?v=oLWtWUaRvus&t=3s https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito- constitucional/aspectos-gerais-sobre-controle-de constitucionalidade/ https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_direta_de_inco nstitucionalidade BIBLIOGRAFIA
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