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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE DIREITO Priscila de Sousa Ferreira ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO AO DISCURSO DE ÓDIO NA INTERNET: O CASO ALEMÃO. Matrícula: 20192100466 Período: 4° Curso: Direito LINK DO ARTIGO DOI: http://dx.doi.org/10.20912/rdc.v13i30.2656 REVISTA DIREITOS CULTURAIS QUALIS DA REVISTA B1 - 2177-1499 Rio de Janeiro 01 de Novembro de 2020. Priscila de Sousa Ferreira ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO AO DISCURSO DE ÓDIO NA INTERNET: O CASO ALEMÃO. Matrícula: 20192100466 Período: 4° Curso: Direito LINK DO ARTIGO DOI: http://dx.doi.org/10.20912/rdc.v13i30.2656 REVISTA DIREITOS CULTURAIS QUALIS DA REVISTA B1 - 2177-1499 Trabalho de Fórum avaliativo individual, apresentado como requisito parcial para ob- tenção de nota, Graduação do Curso de Direito, Disciplina de Metodologia Científica, Universidade Veiga de Almeida. Professor(a): Luciana Soares Disciplina: Metodologia Científica Turma: Turma IL60084_22 Rio de Janeiro 01 de Novembro de 2020. Sumário 1 Estratégias De Enfrentamento Ao Discurso De Ódio Na Internet: O Caso Alemão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 Leis mais fortes possibilitarão a garantia de liberdade individual 5 3 1 Estratégias De Enfrentamento Ao Discurso De Ódio Na Internet: O Caso Ale- mão. Texto apresentado ao Projeto de Pesquisa de avaliação AV2 da disciplina Metodologia científica, 4º período do curso de Direito da Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro, Brasil. Sob a orientação da tutora Luciana Soares. Ela- borado a partir do artigo da Revista DIREITOS Culturais. 2018; 13 (30), DOI, 10,20912 / rdc.v13i30.2656 qualis b1, ISSN : 1980-7805 (impressão); 2177-1499 (Online). DIAS,Thiago Oliva; MARCELO Dennys Antonialli. Disponível em: http: //srvapp2s.urisan.tche.br/seer/index.php/direitosculturais/article/view/2656 Rio de Janeiro, 2020. A pesquisa aqui apresentada, tem como objetivo concentrar as ideias acerca das estratégias adotadas nos conflitos ao discurso de ódio que são empregados nas redes e mídias de internet: o caso alemão. A principal hipótese é que muito embora o discurso de ódio seja um problema amplamente reconhecido pode permanecer controverso em diversos aspectos que vão desde a sua definição, os parâmetros para sua identificação no caso concreto e até a resposta que se deverá dar a ele, sobretudo do ponto de vista jurídico. O ambiente virtual veio acrescentar mais uma camada de complexidade ao problema, colocando novos obstáculos à construção de uma sociedade inclusiva e multicultural. Os elementos até aqui considerados, permitem entender que, na União Euro- peia, onde a discussão já está mais avançada – ao menos em termos de consolidação de diretivas e orientações de órgãos supranacionais sobre a matéria – a preocupação com o discurso de ódio avança para o ambiente digital. Em maio do próximo ano, a Comissão Europeia, em conjunto com o Facebook, Microsoft, o Twitter e o Youtube, subscreverá um código de conduta para comba- ter o discurso de ódio. Pretendendo elucidar esse aspecto, buscou-se investigar as diversas dispo- sições do documento, as plataformas assumiram o compromisso de remover conteúdo tido por “discurso de ódio ilegal” em até 24 horas contadas de notificação solicitando essa remoção. Além disso, deveriam tornar mais claro aos seus usuários quais tipos de conteúdo não são permitidos e promover iniciativas de contradiscurso. Para o Governo Federal da Alemanha, no entanto, a iniciativa não parecerá ser o suficiente haja vista que terá uma aprovação, no dia 30 de junho de 2020, de lei mais agressiva no combate ao discurso de ódio na Internet. Por isso, optou-se por analisar abordagens alternativas centradas na noção de contradiscurso. Capítulo 1. Estratégias De Enfrentamento Ao Discurso De Ódio Na Internet: O Caso Alemão. 4 Considerando que o combate à disseminação de ódio é uma questão premente também no Brasil, o presente trabalho proporá a investigar com maior detalhamento as estratégias de enfrentamento ao problema na Alemanha, com o objetivo de propor reflexões em território nacional sobre qual o caminho será ideal para combater o problema por aqui. Em tal estudo definiram-se os seguintes objetivos, combater por totalidade os discursos de ódio na internet. Tal esforço se justifica pela importância do tema, visto que esse assunto aborda amplamente o estudo por Sarmento que define o “discurso de ódio” ou hate spe- ech como “manifestações de ódio, desprezo ou intolerância contra determinados grupos, motivadas por preconceitos ligados à etnia, religião, gênero, deficiência física ou mental e orientação sexual, dentre outros fatores”. Por fim, cabe enfatizar que tal temática vem sendo amplamente estudada na área. Para Jeremy Waldron, essa forma de discurso tem por objetivo principal, a transmissão de duas mensagens: uma, de conteúdo intimidatório, dirigida a membros de um grupo socialmente vulnerável e outra, visando à instigação ao ódio, destinada ao restante da sociedade em que o grupo em questão está inserido. Swiebel e van der Veur mencionam, a título de exemplo, as manifestações de ódio dirigidas ao público LGBT em debates políticos sobre direitos das minorias sexuais ou durante contraprotestos em eventos como passeatas do orgulho gay12. Na teoria de Will Kymlicka, por exemplo, encontram-se fundamentos que justi- ficariam a adoção de um modelo jurídico diferenciado para minorias através de uma “Teoria do Multiculturalismo”. Essa teoria seria dirigida às culturas minoritárias entendi- das, no seu recorte conceitual, como “nações”. Isso porque a chamada “cultura societal” oferece aos membros da sociedade “estilos significativos de vida e abrange todo o conjunto de atividades humanas”. 5 2 Leis mais fortes possibilitarão a garantia de liberdade individual A pesquisa aqui apresentada, tem como objetivo concentrar as ideias acerca das estratégias adotadas nos conflitos ao discurso de ódio que são empregados nas redes e mídias de internet: o caso alemão. As observações preliminares levantam a hipótese de que apesar o discurso de ódio se apresente de maneira ampla e problemática de maneira reconhecida, este pode perdurar questionável e vários contextos que permeiam desde a sua fixação, sua referência para observação no acontecimento e até a resposta e análise que será entregue a ele, especialmente através do âmbito jurídico. O meio virtual veio de modo a trazer uma nova estrutura a mais de dificuldade as adversidades apontadas, trazendo novas estruturas e impedimentos no desenvolvi- mento de uma sociedade pluricultural inclusiva. A principal hipótese é que, por análise da União Europeia, onde já existe um diálogo mais amplo acerca de normas e orientação de órgãos cosmopolitas sobre a matéria, preocupa-se com manifestação e disseminação do discurso de ódio no meio online. A comissão Europeia, juntamente com grupos representativos da internet, como Facebook, o YouTube e a Microsoft para lançar um código de conduta afim de combater as manifestações do discurso de ódio. Para verificar essa hipótese optou-se por analisar as várias diligências docu- mentais, sendo então acordado que todas as plataformas online retirem os conteúdos que sejam identificados como “discurso de ódio ilegal” dentro do prazo de 24h, na qual deva ocorrer a sua remoção. Ainda assim, assumindo o compromisso de tornar mais transparente aos usuários das plataformas, quais os tipos de conteúdo não serão permitidos e provocar atividades positivas de contradiscurso. Por isso, optou-se por analisar estruturas que pudessem intervir através de abordagens positivas no contradiscurso. Sabendo que o presente assunto acerca do ódio online é também um fato presente e expressivo no Brasil, o trabalho em curso irá nortear em maiores detalhes sobre as estratégias adotadas na luta ao problema existente na Alemanha, tendo como objetivo é intensificar o combate aos discursos de ódio na internet aqui no Brasil. Tal esforço se justifica pela importância do tema, visto que esse tema trás reflexões expressivasatravés do estudo por Sarmento, a qual traz a definição do discurso do ódio como movimentos de intolerância, ódio, desprezo de alguns grupos, através de motivações preconceituosas por ligações de gênero, deficiência física, mental, orientação sexual, etnia, religião, e demais fatos. Por fim, cabe enfatizar que tal temática vem sendo amplamente estudada na área. Para Jeremy Waldron, esse modo na qual se apresentam o discurso, traz como objetivo transmitir em sua totalidade duas ideias: uma de relevância intimidatória, Capítulo 2. Leis mais fortes possibilitarão a garantia de liberdade individual 6 para grupos vulneráveis socialmente, e outra que com objetivo de estimular ódio aos demais grupos da sociedade a qual estão inseridos. Swiebel e van der Veur apontam afim de exemplificar, os movimentos de ódio que são destinadas a comunidade LGBT em discursos políticos acerca dos direitos previstos as menoridades sexuais ou através de desacordos em protestos e passeatas de orgulho gay. Na teoria de Will Kymlicka, ele aponta uma fundamentação afim de mostrar as justificativas ao serem adotadas um modelo novo que se mostre diferenciado para a classe minoritária a partir de uma Teoria Multicultural, conceituada como nações, visto que essa ideia de cultura coletiva, traz aos componentes da sociedade, formas significativas de coletividade de vida e norteia todo o agrupamento de atividades humanas. Referências: ALEMANHA. Gesetzentwurf der Fraktionen der CDU/CSU und SPD - Drucksa- che 18/12356.Berlin:Bundestag,2017.Disponível em: <http://dip21.bundestag.de/dip 21/btd/18/123/1812356.pdf>. Acesso em: 23 jul 2018. Telemediengesetz (TMG). Berlin: Bundestag, 2007. Disponível em: <https://ww w.gesetze-im-internet.de/tmg/TMG.pdf>. Acesso em: 23 jul 2018. Bundestag beschließt Gesetz gegen strafbare Inhalte im Internet. Berlin: Bun- destag, 2017. Disponível em <https://www.bundestag.de/dokumente/textarchiv/20 17/kw26-de-netzwerkdurchsetzungsgesetz/513398>. Acesso em: 23 jul 2018. Folha de rosto Sumário Estratégias De Enfrentamento Ao Discurso De Ódio Na Internet: O Caso Alemão. Leis mais fortes possibilitarão a garantia de liberdade individual
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