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EFEITOS DA MICORRIZA ARBUSCULAR NO DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE GLIRICÍDIA
IohannaEvellyn Aladino de Andrade Moura Ferreira (1); Simão Lindoso de Souza(2).
(1) Estudante de Graduação em Ciências Biológicas; Universidade Estadual da Paraíba; Campina Grande, PB; (2) Professor do Departamento de Biologia; Universidade Estadual da Paraíba; Campina Grande, PB; simao@ccbs.uepb.edu.br
Insira o número do seu trabalho aqui
3
RESUMO:A associaçãosimbiótica entre fungos micorrízicos arbusculares e raízes de plantas éconhecida como Micorriza arbuscular eocorre na maioria das plantas, com intensa troca de energia e nutrientes entre os simbiontes. A gliricídiaapresenta potencial de associação micorrízica e é uma planta bem adaptada às regiões semiáridas por ser toleranteà seca. O cultivo da gliricídia naParaíba tem como finalidade principal a forragem animal devido seu alto valor proteico. Objetivou-se avaliar efeitos biométricos, bioquímicos e nutricionais da inoculação de fungos micorrízicos arbusculares na produção de mudas de gliricídia. O experimento foi conduzido por cinco meses em viveiro com tela 50% de luz. Sementes de gliricídia foram germinadas e transplantadas para vasos de cultivo com 3L de substrato contendo solo e areia (2:1 v:v). Efetuou-se a inoculação de 15 mudas com 100 esporos de FMAs e outras 15 foram cultivadas sem inoculação. Os resultados obtidos com base nas avaliações biométricas e matéria da massa seca e fresca demonstrou que o grupo não inoculado, apesar de pouca diferença nas médias, se sobressaiu em relação ao grupo inoculado. Para melhor compreensão dos efeitos desta simbiose, outras experimentações devem ser executadas com tempo maior e realização das análises bioquímicas e nutricionais.
Termos de indexação:Fungos Micorrízicos; Forragem animal; Semiárido. 
INTRODUÇÃO
Aassociação entre fungos micorrízicos e raízes de plantas é chamada de micorriza arbuscular. Esta palavra é originada do grego, onde ‘’mico’’ refere-se a fungo e ‘’riza’’ raiz, sendo descrita pela primeira vez pelo botânico alemão Albert Bernhard Frank, em 1885 (SOUZA et. al., 2006). 
Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) são fungos de solo pertencentes ao filo Glomeromycota (SHUBLER et al., 2001) e fazem associação com cerca de 90% das plantas vasculares terrestres (KRISTNER; PARNISKE, 2001). A Micorriza Arbuscular é caracterizada pela formação do micélio externo e interno (ESPOSITO; AZEVEDO, 2010) e estruturas nas células das raízes chamadas de arbúsculos (ESPOSITO, 2010;HARRISON, 1999). 
Essa simbiose é considerada como mutualista nutricional, em que a planta supre o fungo com energia para seu crescimento e manutenção, via produtos fotossintéticos, enquanto o fungo possibilita um estímulo ao crescimento vegetal, expandido a absorção de água e nutrientes, como nitrogênio e fósforo (SIQUEIRA et. al., 2006).
Dentre as inúmeras espécies vegetais que fazemassociação micorrízica, a leguminosa arbórea Gliricidiasepium(Jacq.), pertencente à família Leguminosae, (LORENZI, 2002) e popularmente conhecida por gliricídia, é uma planta bem adaptada à região semiáridapor ter boa tolerância à seca. 
Essa espécie possui enraizamento profundo, rápido crescimento, alta capacidade regenerativa e de produzir biomassa com alto teor proteico mesmo em baixa disponibilidade hídrica (GOMES, 2004),além de possuir alto valor energético e forrageiro.
 Essa espécie pode melhorar as condições físico-químicas e biológicas do solo, consequentementeaumentando a sua fertilidade, sobretudo se cultivada em consórcio. A associação da gliricídia com os FMAs auxiliam este processo de nutrição e fertilização do solo, principalmente se associada simultaneamente a bactérias fixadoras de Nitrogênio.
Com base nos estudos já existentes sobre essas associações, objetivou-se com este trabalho avaliar efeitos biométricos, bioquímicos e nutricionais da inoculação de fungos micorrízicos arbusculares na produção de mudas de gliricídia. 
MATERIAL E MÉTODOS
Extração dos esporos de FMA’s para inoculação das mudas
Foi feita extração de esporos FMAsde solo do banco de micorrizas doDepartamento de Biologia na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O solo foi homogeneizado e peneirado via úmida utilizando jogo de peneiras com malhas de 500, 250 e 53 µm(GERDEMANN; NICOLSON, 1963). 
O material retido na peneira de menor malha foi separado e centrifugado em água numa rotação de 3000 rpm por 3 minutos e, em seguida, em sacarose 50% numa rotação de 2000rpm por 2 minutos (JENKINS, 1964). 
O sobrenadante foi coletado e os esporos foram armazenados em temperatura de 10°C, contados e separados para posterior inoculação.
Produção das mudas e inoculação
Para montagem do experimento, foi designado um total de 30 amostras divididas em dois grupos, com 15 mudas para cada tratamento (mudas inoculadas e não inoculadas). O solo utilizado como substrato para as mudas foi esterilizado na autoclave a 100ºC. 
Sementes de gliricídiaforam submergidas em água durante 24 horas para quebra da dormência. Logo após, foram retiradas e colocadas em papel toalha umedecido para germinação até atingirem a fase de plântulas. 
As plântulas foram transplantadas para os vasos que continham o substrato, e as plântulas foram inoculadas com 100 esporos cada. O experimento foi conduzido porquatro meses em viveiro situado nas Três Marias do Campus I da UEPB.
Parâmetros biométricos das mudas 
Os parâmetros biométricos foram obtidos a partir de seismedições realizadas com intervalos de 20 dias num período de 4 meses, com o auxílio de paquímetroe fita métrica, com a finalidade de medir os parâmetros biométricos como: altura, diâmetro do caule e contagem do número de folhas.
Extração e contagem de esporos de cada amostra
Os esporos das amostras dos dois grupos foram extraídos[footnoteRef:2]a partir de 100mL de solo de cada amostra, separados e etiquetados e contabilizados,afim de verificar a esporulação dos dois tratamentos. [2: 
 O método de extração está descrito no tópico de extração de esporos de fmas para inoculação.] 
Análise estatística
Os dados biométricos como altura, diâmetro do colo do caule, emassa da matéria fresca e seca foram submetidos à análise utilizando o teste t-Student a uma significância de 5%.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos dados biométricos demonstrados (gráfico 1), observou-se que o grupo não inoculado apresentou maior desenvolvimento, com as médias de diâmetro do caule e número de folhas superiores aos valores do grupo inoculados. Já o tratamento inoculado apresentou altura superior aos tratamento não inoculado.
Os resultados obtidos a partir das massas da matéria fresca e seca das raízes (gráfico 2) não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Entretanto, o grupo não inoculado apresentou médias de massa fresca e seca superiores ao grupo inoculado.
Esses resultados podem ser justificados de acordo com os estudos de Colozzi Filho e Nogueira (2007), que o desenvolvimento micorrízico é um processo lento e requer energia provinda da planta hospedeira para formação das estruturas fúngicas, causando um déficit na fase inicial da simbiose. 
O número de esporos extraídos do solo de cada amostra apresentou médias similares nos dois grupos (tabela 1). Isso pode ter ocorrido porque o ambiente experimental não foi totalmente controlado e ocorreu provável contaminação de um grupo para outro.Além disso, os resultados obtidos dos valores médios dos esporos deveriam ser correlacionados com as taxas de colonização intrarradicular nas mudas de gliricídia, como também análises do teor de proteína e teor nutricional, para ter respostas dos parâmetros bioquímicos da simbiose. 
CONCLUSÕES
 De acordo com os resultados, a simbiose entre FMAs e mudas de gliricídia na sua fase inicial causou uma diminuição no desenvolvimento da planta, o que pode ser pelo fato de que para a simbiose ser estabelecida seja necessário um período maior de observação realizada neste trabalho.
Para uma melhor compreensão dos efeitos desta simbiose, outras experimentações devemser executadas por um período maior e também a realização das análises bioquímicas e nutricionais.
REFERÊNCIAS
KISTNER, C.; PARNISKE, M. Evolution of signal transduction in intracellular symbiosis.Trends in Plant Science, 7: 511-518, 2002.
ESPOSITO, E.; AZEVEDO, J. L. de.Fungos: uma introdução à biologia, bioquímica e biotecnologia. 2 ed. Caxias do Sul: Educs, 2010
GOMES, M. V. M. Efeitos da adubação nitrogenada e fontes de fósforos em mudas de sabiá (Mimosa caesalpiniaefoliaBenth), submetido ao estresse hídrico. 2004. 44 f. 22 Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Ciência Florestal, Recife, 2004.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas
MOREIRA, F. M. S.; SIQUEIRA, J. O. Microbiologia e bioquímica do solo. 2. ed. Lavras: Editora UFLA, 2006. 
GOMES, M.V.M. Efeitos da adubação nitrogenada e fontes de fósforos em mudas de sabiá (Mimosa caesalpiniaefoliaBenth), submetido ao estresse hídrico. 2004. 44 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Ciência Florestal, Recife, 2004.
Gráfico 1 – Medidas de (a) diâmetro do colo do caule; (b) altura e (c) número de folhas de mudas de gliricídia inoculadas e não inoculadas com FMAs. Médias de 15 parcelas experimentais.
Gráfico 2 – Massa da Matéria fresca e seca (g) das raízesde mudas de gliricídia inoculadas e não inoculadas com FMAs. Médias de 15 parcelas experimentais.
Tabela 1: Número de esporos extraídos de 100 mL do substrato de cultivo de mudas de gliricídia inoculadas e não inoculadas com FMAs. Média obtida de 15 amostras
	Tratamento
	Média
	Desvio padrão
	Inoculado
	40,47A
	13,96
	Não inoculado
	36,27A
	13,18

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