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INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 1 INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 2 AUTORIDADES Governador do Estado do Rio de Janeiro Exmº Sr Wilson Witzel Secretário de Estado de Polícia Militar Exmº Sr Coronel Rogério Figueredo de Lacerda Subsecretário de Estado de Polícia Militar Ilmº Sr Coronel Márcio Pereira Basílio Diretor-Geral de Ensino e Instrução Ilmº Sr Coronel Rogério Quemento Lobasso Comandante do CFAP 31 de Voluntários Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Marcelo Andre Teixeira da Silva Comandante do Centro de Educação a Distância da Polícia Militar - CEADPM Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Alexandra Ferraz de Oliveira INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 3 APRESENTAÇÃO Estamos vivendo a era da tecnologia, na qual a informação está cada dia mais latente e veloz em nossa rotina diária. Este curso tem por objetivo , aperfeiçoar os 2º Sargentos da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Para tal, o Curso ocorrerá na modalidade semipresencial, através de módulos, sendo destes um disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem, por intermédio da Escola Virtual, no Centro de Educação a Distância da Polícia Militar (CEADPM) e um módulo de disciplinas práticas ministrado do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP 31 Vol.). É fundamental o seu empenho no curso, pois você terá na parte EaD autonomia de estudos e de horários, mas também é necessário disciplina e dedição para o êxito dessa jornada, pois depende do esforço coletivo e também individual para que tenhamos policiais cada vez mais qualificados,bem treinados e aperfeiçoados para cumprirmos nossa missão, buscando cada vez mais a excelência de nossas ações. O bom treinamento envolve aspectos físicos e cognitivos, na era da informação e da tecnologia, precisamos nos aprimorar cada vez mais a fim de garantir uma tropa consciente, respeitosa, pautada em valores morais e institucionais, garantindo assim o cumprimento de suas funções com dignidade e excelência. Esperamos que você aproveite ao máximo os conhecimentos adquiridos através deste curso e busque uma reflexão acerca de suas funções perante a sociedade, seus companheiros de profissão. Que seja um momento de repensar as práticas e fortelecer seu vínculo profissional, ampliando cada vez mais seus conhecimentos para lidar com as particularidades de ser um Policial Militar no Estado do Rio de Janeiro. Desejamos a todos bons estudos! Rogério Quemento Lobasso - Coronel PM Diretor-Geral de Ensino e Instrução Marcelo André Teixeira da Silva – Ten. Coronel PM Comandante do CFAP INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 4 Desenvolvedores CEADPM Supervisão Geral EAD CAP PM Ped Vania Pereira Matos da Silva Equipe Técnica SUBTEN PM Wilian Jardim de Souza 3º SGT PM Edson dos Santos Vasconcelos Diagramação 2º SGT PM Wallace Reis Fernandes CB PM Michele Pereira da Siva de Oliveira CB PM Thiago Silva Amaral Design Instrucional CAP PM Ped Vania Pereira Matos da Silva CB PM Michele Pereira da Siva de Oliveira Vídeo e animação CB PM Joyce Gaspar de Almeida Designer Gráfico 2º SGT PM Wallace Reis Fernandes SD PM Leonardo da Silva Ramos Suporte ao Aluno 2º SGT PM Anderson Inacio de Oliveira CFAP Supervisão Geral do Curso MAJ PM Maria Isabel Conceição Silva Sardinha Coordenação Pedagógica CAP PM Ped Patrícia Kalife Paiva Equipe Técnica Pedagógica TEN PM Ped Paulo Paulo Baptista 2ºSGT PM Elaine Xavier Oliveira Alves de Lima CB PM Juliana Pereira de Carvalho Conteudista 1º TEN PM Robson da Silva Ramos Revisor de Conteúdo 1º TEN PM Robson da Silva Ramos INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6 ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA EM SEGURANÇA PÚBLICA AISP ................................ 7 INTELIGÊNCIA POLICIAL ...................................................................................................... 17 2– INTELIGÊNCIA POLICIAL .....................................................Erro! Indicador não definido. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 35 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 36 INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 6 INTRODUÇÃO Caro Sargento, nesta disciplina você aprenderá como que ao longo do século XX o Brasil desenvolveu a sua atividade de inteligência. Sabia que este crescimento foi impulsionado em vários momentos pela necessidade das autoridades terem maior conhecimento das atividades relacionadas à segurança do Estado? Não iremos nos aprofundar no contexto de cada modificação da área de inteligência, tendo em vista o objetivo da disciplina, contudo é interessante observar que certas modificações foram influenciadas pelo momento político do país e do mundo. Este material está dividido em três módulos com o objetivo de fornecer a você, aluno, a capacidade de compreender a diferença entre inteligência em segurança pública, da inteligência policial e a inteligência na PMERJ. No primeiro módulo você irá compreender o significado da palavra inteligência na área de Segurança Pública, quais as características e princípios; ramos; ciclo de produção de conhecimento; ações e operações de inteligência, além de entender o processo de avaliação do conhecimento. No segundo módulo abordaremos o significado do termo inteligência policial, apontando alguns conceitos a fim de proporcionar um melhor entendimento. A todo o momento ouvimos nas mídias jornalísticas a necessidade da intensificação da inteligência nas ações policiais, neste modulo você irá aprender qual a real função. Já no último módulo falaremos sobrea atividade de inteligência na Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, do SIPMERJ e da estrutura interna da 2ª Seção, do pessoal à documentação. Portanto, serão apontados conceitos que contribuíram para a sua formação, desenvolvimento e consequentemente atividade profissional. INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 7 ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA EM SEGURANÇA PÚBLICA AISP Aspectos históricos da Área de Inteligência Apontaremos alguns eventos históricos ocorridos no mundo e no Brasília fim de possibilitar uma maior localização e entendimento do aluno. Cabe ressaltar que o Brasil no século passado passou por diversas fases completamente diferentes que vieram a influenciar o desenvolvimento da Área de Inteligência no mundo e consequentemente, no Brasil, por exemplo: Segunda Guerra Mundial (1939- 1945). O Brasil sofre influência dos Estados Unidos Guerra Fria (1945 – 1991). Disputa ideológica e militar entre o Capitalismo x Socialismo. Regime Militar (1964 – 1985). Os militares assumem o governo no Brasil Vamos demonstrar os períodos e as nomenclaturas respectivamente dos Conselhos; Secretarias e Subsecretarias de Inteligência ao longo do século XX no Brasil. Inteligência no Brasil (Federação) 1927-1934 - Inteligência surge de forma complementar como Conselho de Defesa Nacional (CDN). 1934–1937 - Modifica para Conselho Superior de Segurança Nacional (CSSN). 1937–1946 - Agora como Conselho de Segurança Nacional (CSN). 1946-1964 - Depois Serviço Federal de Informações e Contrainformações (SFICI). 1964 -1990 - No regime militar cria-se o Serviço Nacional de Informação (SNI) 1990 - 1993 -Departamento de inteligência (DI). 1993-1994 - Subsecretaria de Inteligência(SSI). 1994 – 1995 - Vira Secretaria de Inteligência (SI). •Compreender as principais modificações e consequentemente evoluções da Atividade de Inteligência no Brasil, em particular no Estado do Rio de Janeiro; • Identificar as principais características e princípios da AISP. Ao final desta aula você deverá: INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 8 1995 -1999 - Volta a ser Subsecretaria de inteligência (SSI). 1999 – (Lei 9883/99) - Cria o Sistema Brasileiro de Inteligência - SISBIN, tendo como agência Central a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, atualmente vinculada ao Gabinete de Segurança Nacional- GSI. O 1º Serviço de Inteligência organizado, surgiu na Inglaterra, no século XVI, durante reinado de Elizabeth I, instituído por Francis Walsingham, Ministro do Exterior e Chefe do Serviço de Espionagem. Inteligência no Estado do Rio de Janeiro Já no Estado do Rio de Janeiro a necessidade do aperfeiçoamento da área de inteligência surge com a Operação Rio, no final de 1994, a crescente demanda por informações relativas à criminalidade e ao crime organizado. Segue abaixo os principais eventos na área. 1995 – Decreto nº 21.258 foi criado o Centro de Inteligência em Segurança Pública (CISP). 2000 –Decreto nº 26.438, transforma o CISP, na atual Subsecretaria de Inteligência (SSINTE). 2002 – Decreto nº 31.519, cria o Sistema de Inteligência de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (SISPERJ), como agência Central (no Estado), a SSINTE. 2002 - Foi criada a primeira doutrina do SISPERJ. 2005 - Decreto nº 37.272 de 01 de abril de 20005, cria a Doutrina de Inteligência (DISPERJ). 2006 – Decreto nº 40.254, cria formalmente a Escola de Inteligência de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro – ESISPERJ. 2015 – Decreto nº 45.126, de 13 de janeiro de 2015, cria a atual Doutrina de Inteligência (DISPERJ). Querendo saber mais sobre as maiores agências do mundo, segue abaixo o link. https://super.abril.com.br/historia/agencias-secretas/ Obs: Cabem ressaltar que as Forças armadas possuem Centros de Inteligências: Marinha (CIM); Exército (CIE) e Aeronáutica (CIAER). http://www.abin.gov.br/institucional/historico/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9883.htm http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/decest.nsf/532ff819a4c39de50325681f0061559e/10aebc53491cff2b03256b970068592b?OpenDocument http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/decest.nsf/532ff819a4c39de50325681f0061559e/dc69bf6a414840f203256a3a0069445d?OpenDocument http://www.dgf.rj.gov.br/legislacoes/Decretos_Estaduais/Dec_Est_N_31519.pdf https://super.abril.com.br/historia/agencias-secretas/ https://super.abril.com.br/historia/agencias-secretas/ http://www.abin.gov.br/institucional/historico/ INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 9 Vamos entender primeiro o significado da palavra Inteligência? SEGUNDO O DICIONÁRIO: Inteligência é o conjunto das funções mentais que têm por objeto o conhecimento conceitual e racional; entendimento. 2. Aptidão, capacidade de escolher entre várias alternativas, de se adaptar a diferentes situações, de julgar, etc.; discernimento. (…) (p.639, Larouse) Agora sim, o que seria Atividade de Inteligência em Segurança Pública (AISP)? “A Atividade de ISP é o exercício permanente e sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança Pública, basicamente voltadas/orientadas para obtenção, produção e salvaguarda de dados e ou conhecimentos necessários para subsidiar os tomadores de decisão (fim de assessorar a decisão), para o planejamento e a execução de uma política de Segurança Pública e das ações para prever, prevenir, neutralizar e reprimir atos criminosos de qualquer natureza” (GOULART, CFO, 2016). Você sabe por que associam as pessoas da Área de Inteligência à coruja? Porque enxergam bem? Ou porque são discretas? Ou eficientes? Até pode ser, mas historicamente a nossa cultura foi influenciada pela civilização grega e na sua mitologia, a Atena era a deusa da guerra e da sabedoria e que tinha uma coruja como mascote. E ainda, como a coruja possui hábitos noturnos e os gregos consideravam a noite como momento de revelação intelectual, a coruja acabou associada à busca pelo saber. Mais informações acessem: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-a- coruja-e-simbolo-de-sabedoria/ Segundo a Doutrina, a Atividade da Inteligência em Segurança Pública possui 10 (dez) características e 11 (onze) princípios. E quais seriam? Vamos demonstrar de forma fácil para a sua compreensão. Características da Atividade da ISP As características das AISP estão relacionadas às suas conceituação e importância, a identificação e qualificação. https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-a-coruja-e-simbolo-de-sabedoria/ https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-a-coruja-e-simbolo-de-sabedoria/ INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 10 Quadro 1: Características da Atividade de ISP Características da AISP Ações Especializadas É a face com linguagens próprias e padronizadas que exigem dos seus integrantes uma formação acadêmica, conjuntamente a especialização, treinamento e experiência, conseguidos pela permanência na função. Amplitude É a característica que permite atuar em qualquer campo do conhecimento, ou seja, suas características de assessoramento e de possuir metodologia própria tornando instrumento versátil e indispensável para a tomada de decisões. Assessoria É a característica que a qualifica não como órgão tipicamente policial, mas como um órgão de "staff", produzindo conhecimentos para um processo decisório e para auxiliar as polícias na atividade-fim Busca de Dados Desenvolve-se e atua em ambientes antagônicos / hostis, onde os dados encontram-se protegidos ou negados. Economia de Meios É a característica demonstrada pela produção de conhecimentos objetivos, precisos e oportunos Dinâmica Deve ser flexível há novas ideias e adverso a ideias ultrapassadas, permitindo-lhe melhor atender as constantes transformações do mundo Iniciativa É a característica da ISP que deve adotar atitudes proativa e não somente reativas. Estão diretamente ligadas ao Princípio da Oportunidade e as ações denominadas “ante crimes”, isto é, refere-se à produção de conhecimentos antecipados. Produção de Conhecimento É a característica da ISP que utiliza de uma metodologia específica, os dados e/ou conhecimentos e o transformam em conhecimento avaliado, útil, oportuno, seguro e significativo, a fim de assessorar o tomador de decisão. Segurança É a característica da ISP que visa a garantir o seu funcionamento, bem como assegurar a proteção do conhecimento, de forma que o seu acesso seja limitado às pessoas credenciadas e com necessidade de conhecê-lo. Deverão ser adotadas medidas a fim de se evitar vazamento de informação. O sigilo e a discrição são determinantes. Verdade com Significado É a característica da ISP que a torna produtora de conhecimentos precisos, objetivos, úteis e imparciais. Que expressa às possíveis ou prováveis causas e consequências dos fatos ou situações, bem como as intenções, óbvias ou subentendidas, das pessoas (alvos). Fonte: Adaptado de GOULART (2016) INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 11 Princípios da Atividade de ISP Os princípios da ISP são as proposições diretoras: bases, fundamentos, alicerces e pilares que orientam e definem os caminhos da atividade. Quadro 2. Princípios da AISP Princípios da AISP11 (onze) O princípio da Precisão determina que o conhecimento produzido deva ser verdadeiro (com a veracidade bem avaliada), significativo, completo e útil, evitando ao máximo os equívocos. O princípio da Imparcialidade impõe produzir conhecimentos isentos de idéias preconcebidas, subjetivas,distorcidas ou tendenciosas. O princípio da Objetividade estabelece que os escalões superiores devam previamente e claramente definir os objetivos (planejamento, Plano de ISP, diretrizes), perfeitamente sintonizados com as suas finalidades, a fim de nortear as ações e a produção de conhecimento nas AISPs. O princípio da Simplicidade conduz o órgão de ISP a produzir conhecimentos claros e concisos, proporcionando imediata, fácil e completa compreensão, minimizando custos e riscos desnecessários. Deve-se evitar linguagem rebuscada, prolixa ou erudita. O princípio da Oportunidade conduz o órgão de ISP a produzir o conhecimento em um prazo útil e adequado para que possa ser aproveitado, isto é, para que atinja o resultado esperado (ação com eficácia). O princípio da Interação induz a atividade de ISP a estabelecer ligações permanentes entre as AISPs, dentro de Sistemas e Subsistemas de Inteligência, para isso, utilizando o canal técnico. princípio da Permanência determina que o órgão de ISP deva evitar altas rotatividades nesta função, haja vista o fluxo constante e contínuo de dados e de conhecimentos, o que só será conseguido após um bom tempo de aprendizado e experiência. O princípio do Controle impõe, na atividade de ISP, que devem ser implantadas rígidas normas de supervisão a fim de evitar, detectar, minimizar ou corrigir variáveis, erros e desvios (comprometimentos e vazamentos). O princípio da Compartimentação determina que a atividade de ISP, restrinja o acesso ao conhecimento somente para quem tiver real necessidade de conhecer, devendo ser de acordo com a função desempenhada e a credencial de segurança adequada, independentemente da hierarquia. O princípio do Sigilo proporciona, à atividade de ISP, a condição básica para evitar a divulgação de conhecimentos, informações e dados sigilosos (que possam colocar em risco à Segurança da Sociedade e do Estado ou que afetem a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem de pessoas e instituições). O princípio da Amplitude: o conhecimento produzido deve ser o mais completo possível. Deve levar em consideração tudo que se relaciona com o fato ou situação, levando em consideração os princípios da objetividade e da oportunidade. Fonte: Adaptado de GOULART (2016). INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 12 Ramos da ISP Sargento, o que são ramos da AISP? Vamos estudar? Bem, ramos seria como se divide, ou seja, a Atividade de Inteligência em Segurança Pública é dividida em dois ramos: o da inteligência e o da contra inteligência. A que se refere o ramo da Inteligência? Refere-se a produzir conhecimentos para a atividade-fim, sobre a criminalidade em geral. È tida como "inteligência positiva", porque produz conhecimento, “soma” com informações. Segundo a Lei 9883 de 07 DEZ 1999, no art. 1º, § 2º, inteligência é a “atividade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado” O ramo da Contra Inteligência destina-se a produzir conhecimentos para proteger a atividade de Inteligência e a Instituição a que pertence. É tida como "inteligência negativa", porque busca neutralizar ameaças das forças adversas, ou seja, “retirar” ações adversas. Já no art.1º, § 3o, da Lei acima descrita, “Entende-se como contra inteligência a atividade que objetiva neutralizar a inteligência adversa. ” ORGANOGRAMA 1: RAMOS DA ISP Fonte: Do autor Ambos os ramos devem ser compreendidos como indissoluvelmente ligados; são partes de um todo, não possuindo limites precisos, uma vez que se interpenetram se inter-relacionam e interdependem. Pessoal empregado nas Operações de Inteligência Em algum momento da sua carreira você já deve ter ouvido falar desses elementos: Agente, Colaborador e Informante? Vamos aprender? Não iremos estudar todos os tipos de elementos de inteligência existentes, somente os mais cotidianos, conforme abaixo: Agente é o elemento que possui capacitação especializada e que só deve em ela ingressar Inteligência negativa Inteligência positiva Contra- inteligência Inteligência Ramos da ISP http://www.planalto.gov.br/CCiVil_03/Leis/L9883.htm INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 13 após passar por um Processo de Recrutamento Administrativo (PRA). Dependendo do agente pode controlar redes de colaboradores e informantes. Colaborador é o elemento recrutado operacionalmente ou não, que por suas ligações e conhecimentos cria facilidades para a AI, até mesmo fora de sua área normal de atuação. Eventualmente, pode transmitir dados obtidos em sua área de atuação. Informante é o elemento recrutado operacionalmente que fornece dados e informações da sua área normal de atuação. Eventualmente, pode criar facilidades em sua área normal de atuação. Tipos de Operações e Ações de Inteligência As operações de inteligência através de buscas e coletas de informações fornecem subsídios ao analista; chefe ou comandante na formação do conhecimento. As operações de Inteligências são de dois tipos: Operações Exploratórias e operações Sistemáticas. Operações Exploratórias - São utilizadas para cobrir eventos e levantar dados específicos, em curto faixa de tempo. Operações Sistemáticas - São utilizadas para acompanhar, metodicamente, atividades de pessoas, organizações, entidades e localidades por médio ou longo prazo. As Ações de Inteligência são divididas em Ações de Coleta e Ações de Buscas. Você já deve ter ouvido falar em Ações de Inteligência? Vamos entender como essas ações são realizadas? As ações de inteligência são todos os procedimentos e medidas realizadas por uma AI, a fim de que possa dispor dos dados necessários e suficientes para a produção do conhecimento. Quadro 3: Ações de Inteligência AÇÕES DE INTELIGÊNCIA AÇÕES DE COLETA AÇÕES DE BUSCA São todos os procedimentos realizados por uma AI, ostensiva ou sigilosamente, a fim de reunir dados cadastrados em órgãos públicos ou privados. São todos os procedimentos realizados por uma AI, normalmente sigilosos, de dados ou conhecimentos não disponíveis. Fonte: Adaptado de GOULART (2016). Ciclo de Produção de Conhecimento – CPC INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 14 Produção de Conhecimento - A atividade de ISP centra-se na produção e na salvaguarda de conhecimentos utilizados em uma tomada de decisão ou em apoio às polícias. Para o correto exercício da ISP, é impositivo o uso de metodologia própria, de procedimentos específicos e de técnicas acessórias voltadas para a produção do conhecimento, excluídas a prática de ações meramente intuitivas e a adoção de procedimentos sem orientação racional. A Produção de Conhecimento compreende o tratamento, pelo profissional de ISP, de dados e conhecimentos. Dado é toda representação de um fato ou situação, comunicação, documento, relato, denúncia, etc, de interesse para a Atividade de Inteligência, não elaborado por um profissional da AI. Conhecimento é o resultado final expresso por escrito ou oralmente de um fato ou situação, real ou hipotético, de interesse para a Atividade de Inteligência, elaborado por um Órgão de Inteligência. Quadro 4: Tipos de conhecimento Fonte: Adaptado de GOULART (2016). Avaliação TIPOS DE CONHECIMENTO Informe É o conhecimento resultante de juízos formulados que podem expressar dúvida, opinião ou certeza sobre a verdade de fato ou situação do passado ou presente. Destina-se, normalmente, a subsidiar a elaboração dos demais tipos de conhecimento. Informação É o conhecimento resultante de raciocínios formulados que podem expressar sua certeza sobre a verdade de fato ou situação do passado ou presente. Apreciação Éo conhecimento resultante de raciocínios formulados que expressam sua opinião sobre a verdade de fato ou situação do passado ou presente. Estimativa É o conhecimento resultante de raciocínios formulados que expressam sua opinião sobre a evolução de um fato ou situação. Produzir conhecimento para a atividade de inteligência é transformar dados e/ou conhecimentos em conhecimentos avaliados, significativos, úteis, oportunos e seguros, de acordo com metodologia própria e específica. Os tipos de conhecimento produzidos são: Informe, Informação, Apreciação e Estimativa. INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 15 Avaliação é a etapa da fase do processamento do ciclo de produção de conhecimento na qual o analista estabelece o grau de veracidade dos dados ou conhecimentos reunidos, a fim de classificar e ordenar aqueles que, prioritariamente, serão utilizados decisivamente no conhecimento a ser produzido. Para realizar a Avaliação, o analista verificará a pertinência e a credibilidade dos dados ou conhecimentos reunidos. ORGANOGRAMA 2 - AVALIAÇÃO Fonte: Próprio autor Pertinência: o analista verifica se o assunto constante do dado ou conhecimento reunido á coerente e interessa a AI. Os dados ou conhecimentos avaliados como não pertinentes serão descartados. Credibilidade: o analista verifica e estabelece julgamentos sobre: as frações significativas; a fonte; e o conteúdo. Quadro 5: Julgamento da fonte Semelhança Compatibilidade Conteúdo Coerência Competência Credibilidade AVALIAÇÃO Confiança Fonte Pertinência Autenticidade Frações significativaas Na fase de julgamento da fonte é analisado com a finalidade de estabelecer seu grau de idoneidade, devendo ser verificado três aspectos: autenticidade, confiança e competência. (ACC) Na fase de julgamento das frações significativas o analista compara as frações entre si levando em consideração o seu planejamento e conhecimento do assunto. INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 16 JULGAMENTO DA FONTE Autenticidade Verifica-se se o dado ou conhecimento provém realmente da fonte presumida. Confiança Verifica-se sobre a fonte: antecedentes, padrão de vida compatível com o seu poder aquisitivo, contribuição já prestada à Agência, bem como a sua motivação. Competência Verifica se a fonte é habilitada e teve condições de obter aquele dado específico. Fonte: Adaptado de GOULART ( 2016) Você sabia que na fase de julgamento do conteúdo é analisado e verificado três aspectos: coerência, compatibilidade e semelhança (CCS)? Quadro 6: Julgamento do conteúdo Fonte: Adaptado de GOULART (2016) Após julgadas as frações significativas, a fonte e o conteúdo dos dados e/ou conhecimentos reunidos e pertinentes, terá, o analista, as melhores condições de produzir o conhecimento desejado, devidamente avaliado em sua credibilidade, que será traduzida, quando de sua formalização, por meio de recursos de linguagem que expressem o estado de certeza, de opinião ou de dúvida. JULGAMENTO DO CONTEÚDO Coerência Verifica se o dado apresenta contradições em seu encadeamento lógico. Compatibilidade Verifica o grau de relação com que o dado se relaciona com outros dados conhecidos. Semelhança Verifica se há outro dado, oriundo de fonte diferente, cujo conteúdo esteja em conformidade com o dado em julgamento. INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 17 INTELIGÊNCIA POLICIAL Introdução à inteligência policial No módulo anterior você aprendeu o significado de Inteligência em Segurança Pública. Neste módulo irá aprender o que é inteligência policial. Perceba que a inteligência não é atividade fim, mas sim atividade meio. Como assim? A inteligência serve para subsidiar a tomada de decisão da autoridade e não a execução (salvo exceção). Será mostrado que para a melhor eficiência da atividade se faz necessário um pessoal qualificado que sabendo utilizar dos meios tecnológicos buscaram nos locais exatos as informações necessárias. Está restrita a investigação. Na inteligência tem investigação. Sargento, vamos entender o que é Inteligência policial? Mais informações acesse: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70426/MonografiaVandir.pdf?sequence=4 Segundo MINGARDI, doutor pela USP e especialista em segurança pública, a Inteligência Policial pode ser considerada uma espécie de prima pobre da Inteligência de Estado e prima distante da Inteligência militar, que é a atividade mais antiga do ramo. (2007, p. 52). Como foi dito acima, a Inteligência policial não está restrita a investigação criminal. Ela se encontra na nossa rotina, por exemplo, no planejamento da distribuição do policiamento; em uma incursão em determinada área ou em um atendimento de acidente de trânsito, na busca ou coleta de informações. Para se efetuar um bom trabalho de inteligência é necessário pelo menos da interação de 03 (três) fatores essenciais: pessoal qualificado; banco de dados e meios tecnológicos. A inteligência policial, portanto, atua na prevenção, obstrução, identificação e neutralização das ações criminosas, com vistas à investigação policial e ao fornecimento de subsídios ao Poder Judiciário e ao Ministério Público nos processos judiciais. Buscam-se Segundo LIMA, Vandir a inteligência policial: (...) é produção de conhecimento para auxiliar a decisão. É quase como uma assessoria administrativa. Ela não é uma instância executora. Levantam dados, informes, produz um conhecimento e pára. Alguém, em nível mais elevado de hierarquia, tomará, ou não, determinada decisão ou ação.( LIMA, 2004, p.24) •Conhecer os diversos bancos de dados e ferramentas tecnológicas que possibilitam a consulta de informações para a elucidação de um possível crime. Ao final desta aula você deverá: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70426/MonografiaVandir.pdf?sequence=4 INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 18 informações necessárias que identifiquem o exato momento e lugar da realização de atos preparatórios e de execução de delitos praticados por organizações criminosas, obedecendo-se aos preceitos legais e constitucionais para a atividade policial e as garantias individuais. (GONÇALVES, 2003, p.11) Fonte: Próprio autor Pessoal Qualificado Você sabia que é necessário pessoal qualificado que possa fazer as perguntas certas, no tempo certo e no local certo? Mas como assim? Bem, de que adianta fazer uma pergunta a pessoa errada? Ou na hora ou dia errado? Ou do e no local errado? Na verdade, se deve buscar o questionamento no tempo; local e pessoas certas, ou seja, que forneça materialidade ou subsídios para o conhecimento, consequentemente tomada de decisão. Se qualquer dessas informações não estiverem corretas pode comprometer a ação. Mas como obter uma equipe com qualidade? O primeiro passo é o Processo de Recrutamento Administrativo – PRA. A palavra diz tudo. È um processo que visa à seleção de pessoal com características e qualidades compatíveis às necessidades e a atividade da Inteligência. Que através de convite da autoridade militar, de um superior hierárquico, de um membro da agência, até mesmo por iniciativa do próprio indivíduo pode vim a compor a equipe. O recrutamento começa com a indicação do policial, levando em consideração característica compatíveis, necessárias e inerentes a atividade de inteligência, depois é realizado um levantamento bibliográfico, fornecido pelo candidato, entrevista geral e específica, aprovação preliminar e por fim a aprovação da Agência Central, no nosso caso da SEPM, Subsecretaria de inteligência SSI. O candidato à agência de inteligência pode ser aprovado; contraindicado (caráter temporário) ou vetado (caráter permanente). INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 19 Um profissional de Inteligência deve ter ciênciae consciência das suas responsabilidades, do sigilo e do profissionalismo exigido para a função, tais como lealdade, integridade, discrição, ética e moral preconizada na Doutrina de Inteligência (DISPERJ). Mas como qualquer profissional, o agente de inteligência deve esta sempre buscando o aprimoramento dos seus conhecimentos. Preocupado com isso a Escola de Inteligência em Segurança Pública (ESISPERJ), disponibiliza alguns cursos para os habilitados: Curso de Inteligência de Segurança Pública - (CISP) Curso de Análise de Inteligência de Segurança Pública - (CAISP) Curso Básico De Edição de Áudio, Foto E Vídeo Operacional. Curso de Operações de Inteligência de Segurança Pública - (COISP) Curso de Busca Eletrônica - (CBE) Curso de Análise de Vínculos Em Inteligência De Segurança Pública (CAVISP) Obs: Mesmo com a extinção da Secretaria de Segurança Pública no ano de 2019, a ESISPERJ continua funcionando no Prédio da Central do Brasil, 3º andar oferecendo os referidos cursos. Meios Tecnológicos Você sabia que os vários meios tecnológicos auxiliam na busca de informações? Atualmente um simples celular possibilita a retirada de fotos, vídeos e gravação de som, alguns até a localização do aparelho, que dependendo do caso pode contribuir para a elucidação de um crime. Existem equipamentos ainda mais discretos como relógios; pen drive e canetas que servem da mesma forma como dispositivos de filmagem e gravação de som. Nos últimos anos temos acompanhado investigações policiais que tem como base a filmagem de câmeras de segurança instaladas pelo próprio cidadão. (De forma mais ampla podem oscitar a utilização de câmeras de trânsito (DER;DETRAN; prefeituras; concessionarias; empresas de ônibus) bem como de instituições bancárias; empresas públicas e privadas; ONGs, dentre outras). Existe a busca telefônica a qual respeitando a Lei de interceptação Telefônica 9296/96, contribui muito para a obtenção de informações. http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/L9296.htm http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/L9296.htm INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 20 Quadro 7: Conceitos na área de telefonia CONCEITOS NA ÁREA DE TELEFONIA Interceptação telefônica Ocorre quando um terceiro capta o diálogo telefônico travado entre duas pessoas, sem que nenhum dos interlocutores saiba. Escuta telefônica Ocorre quando um terceiro capta o diálogo telefônico travado entre duas pessoas, sendo que um dos interlocutores sabe que está sendo realizada a escuta. Gravação telefônica Ocorre quando o diálogo telefônico travado entre duas pessoas é gravado por um dos próprios interlocutores, sem o consentimento ou a ciência do outro. Dados telefônicos São os registros de uma comunicação telefônica, que atestam sua existência, duração, destino etc.. No curso da interceptação telefônica os dados são obtidos através do levantamento do AUDIT do telefone alvo da medida. Os dados pretéritos de determinado número são obtidos através da solicitação de conta reversa ou de conta detalhada. Audit Jargão utilizado pelas operadoras de telefonia ao definirem a parcela dos dados telefônicos contendo o número que estabeleceu o contato com o alvo, o status do alvo se recebeu ou efetuou a ligação e a antena do telefone alvo. Conta reversa: São os dados telefônicos sob a forma de planilha contendo todas as chamadas efetuadas e recebidas durante um período determinado Conta detalhada São os dados telefônicos sob a forma de planilha contendo todas as chamadas efetuadas durante um período determinado. Rede de telefonia móvel Consiste em um sistema de interconexão de centrais e antenas que funcionam como estações rádio-base (ERB), onde a comunicação entre os interlocutores de uma chamada telefônica se realiza através da propagação de ondas eletromagnéticas entre os aparelhos celulares e as ERB que por sua vez difundem a informação entre centrais e as ERB. Sistema guardião Software de alta tecnologia que “grampeia” centenas de linhas simultaneamente. Fonte: Próprio autor INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 21 Conforme a Lei 9296, de 24 de julho de 1996, que versa sobre as interceptações telefônicas Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça. Art2º (...) Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa. Já o Google Earth, de tecnologia via satélite é uma ferramenta popular, barata para os usuários, possibilita a identificação da geografia de uma área. Ela é capaz de auxiliar o planejamento da equipe policial, inteligência ou não, com maior eficiência. Imagem via satélite (Mutondo, São Gonçalo). Fonte: Google Earth Mais informações acessem o site: https://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/ Banco de Dados Sargento, iremos falar sobre a importância do banco de dados e daremos alguns exemplos. Vamos aprender o que é? Um banco de dados é o conjunto de arquivos relacionados entre si, contendo diversas informações que podem variar de acordo com a especialidade, por exemplo: banco de dados com características pessoais, antecedentes criminais, endereços e etc. Diante das informações de um amplo banco de dados o agente de inteligência pode construir um conhecimento mais eficaz. Cada vez mais aumenta a atuação e a interação com outros órgãos de inteligência: MP; civil e força armadas. Quais os bancos de dados podem ser usados na inteligência policial (PMERJ) para consulta/ pesquisa? Ou seja, escuta telefônica sem autorização judicial é ilegal!!! https://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/ INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 22 A resposta para tal questionamento, são vários bancos de dados. Tem banco de dados externos como: Rede INFOSEG, Banco Nacional de Mandado de Busca (BNMB); Portal de Segurança, Tribunal de Justiça; ISPGeo (ISP), SINARM (polícia federal), SIGMA (Exército); Inclusive, um bem popular, o SINESP cidadão e internos: BOPM; SISPES; SISMATBEL; SIGAF. Cabe ressalta que embora haja bancos de dados externos a PMERJ, alguns agentes ou policias tem acesso. Fonte: https://www.stive.com.br/5251-como-ter-acesso-a-rede-infoseg.html Banco Nacional de Mandado de Busca BNMB Fonte:http://www.cnj.jus.br/bnmp/ Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Fonte: http://www4.tjrj.jus.br/ConsultaUnificada/consulta.do#tabs-nome-indice1 https://www.stive.com.br/5251-como-ter-acesso-a-rede-infoseg.html http://www.cnj.jus.br/bnmp/ http://www4.tjrj.jus.br/ConsultaUnificada/consulta.do#tabs-nome-indice1 INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 23 O ISPGeo é uma solução de tratamento, análise, integração e visualização de dados georreferenciados e tabulares, com capacidade de integração entre diversas bases de dados, tais como os registros de ocorrência da Polícia Civil, os registros do serviço 190 da Polícia Militar e os registros do Disque-Denúncia, além de feições urbanísticas como vias expressas e aparelhos urbanos. ISP Geo Fonte: https://www.ispgeo.rj.gov.br/portal/home/ SINESP CIDADÃO Fonte:https://itunes.apple.com/br/app/sinesp-cidad%C3%A3o/id768157962?mt=8 Por fim, de que adianta a tecnologia avançada, sem um banco de dados considerável. Ou um grande banco de dados sem ferramentas tecnológicas capaz de proporcionar agilidade, precisão e eficiência quando consultados. Uma questão é certa, o agente de inteligência qualificado, bem preparado, motivado e com meios paraexecução do serviço é o fator mais importante para o sucesso da missão. Responsabilidades e acessos Mesmo sabendo que a segurança é responsabilidade de todos, cabe à Contra Inteligência (CI) tomar as medidas necessárias para evitar os comprometimentos no acesso, prevenir vazamentos e detectar e neutralizar as ameaças de possíveis forças adversas. Por isso, a atividade de CI não se restringe às ações desenvolvidas por um grupo de servidores especialistas, analistas e seus auxiliares, mas por todos os integrantes da AI. https://www.ispgeo.rj.gov.br/portal/home/ https://itunes.apple.com/br/app/sinesp-cidad%C3%A3o/id768157962?mt=8 INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 24 O acesso denota: Não só o ato de uma pessoa obter conhecimento e/ou dados sigilosos, mas também a condição que tem uma pessoa para fazê-lo; e Que podem tais circunstâncias derivar de autorização oficial emanada de autoridade competente ou da superação das medidas de salvaguarda aplicadas a conhecimentos e/ou dados sigilosos. Ressalte-se que o acesso depende da função e não do grau hierárquico. Você sabia que a credencial de segurança é o certificado concedido por autoridade competente, que habilita determinada pessoa a ter acesso a dados ou informações em diferentes graus de sigilo? A necessidade de conhecer é a condição pessoal, inerente ao efetivo exercício do cargo, função, emprego ou atividade, indispensável para que uma pessoa possuidora de credencial de segurança, tenha acesso a dados ou informações sigilosas. A compartimentação é a limitação oficial de acesso a conhecimento ou dados sigilosos às pessoas que tenham necessidade de conhecê-las. Mais informações acessem a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, no endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm E a Lei nº 7845 de 14 de novembro de 2012, no endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm#art60 Entre Investigação de ISP e Investigação Policial Embora pareçam iguais à investigação na ISP é diferente da investigação policial. São semelhantes na produção de conhecimentos, entretanto a primeira para assessorar o tomador de decisão, excepcionalmente produz provas. Já a investigação policial a prioridade é auxiliar na produção de provas criminais. Comprometimentos Com base no inciso IV do Art. 2º do Decreto nº 7845, de 14 Nov. 2012, comprometimento significa perda de segurança resultante do acesso não autorizado. É a perda de segurança resultante de acesso, por pessoa não autorizada, a conhecimentos e/ou dados que devem ser protegidos pela AI. O comprometimento abrange também a inutilização indesejada de conhecimento e/ou dados sigilosos, através de sua adulteração, destruição ou perda de oportunidade. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm#art60 INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 25 Entenda-se que a citada inutilização pode-se efetivar por ação voluntária ou não, ou ainda em consequência de fenômenos naturais. O comprometimento decorre da insuficiência ou da inadequação das medidas de salvaguarda aplicadas a conhecimentos e/ou dados sigilosos. Vazamentos Vazamento é a divulgação não autorizada de conhecimento ou dado sensível. O vazamento, quanto á motivação, pode ser: ORGANOGRAMA 3. VAZAMENTO DE INFORMAÇÃO Fonte: Adaptado do CAS 2012 O vazamento é Irresponsável quando pessoas que sabem, falam demais; É ocasional por um erro, uma falha humana; Vingativa para prejudicar uma pessoa ou órgão, e; Financeira quando o conhecimento ou dado é vendido à imprensa, empresa ou órgão. Deixamos claro que o vazamento de informação pode ser enquadrado em transgressão de disciplina (para o policial militar) ou em crime, conforme o CÓDIGO PENAL BRASILEIRO. Divulgação de segredo Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis. Violação do segredo profissional Art. 154 – Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa. Irresponsável Financeiro Vazamento Ocasional Vingativo INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 26 INTELIGÊNCIA POLICIAL NA PMERJ Introdução à inteligência na Secretaria Neste último módulo constam (03) três aulas as quais irão possibilitar a você o conhecimento básico do Sistema de Inteligência na PMERJ. Ressalta-se que será disponibilizado através deste módulo quais são os documentos mais utilizados, bem como age a administração e ao final serão dados alguns exemplos. É bom lembrar que a PMERJ possui um Sistema, o SIPMERJ, que está inserido no Sistema Estadual o Rio de Janeiro, o SISPERJ, o qual está inserido no Sistema Nacional de Segurança Pública, o SISP, que por fim está inserido no Sistema Brasileiro de Inteligência, o SISBIN. O SISPERJ é composto por subsistemas: SIPMERJ; SIPCERJ; SISEAP; SICBM e outros subsistemas a fins. O organograma abaixo apresenta alguns Sistemas com suas respectivas Agências Centrais. Ex: do SISBIN, a ABIN é a agência Central, do SIPMERJ, a Coordenadoria de Inteligência. Você sabia que Agência Central de Inteligência é a agência de mais alto nível dentro do seu próprio Sistema, além de ser representante perante o Sistema acima? O Sistema de Inteligência e seus subsistemas estabelecem ligações entre as Agências de inteligência através do Canal Técnico, não se confundindo com o Canal de Comando. O Canal de Comando estabelece as ligações, fundamentalmente de natureza hierárquica, entre as chefias dos organismos que compõem a instituição. Naturalmente, a AI subordina-se ao chefe da instituição a que pertence organicamente. O Canal Técnico criado para facilitar a troca de conhecimentos e para atender ao princípio da oportunidade estabelece as ligações diretas entre as agências, sem criar vinculações orgânicas ou de chefias. São apenas ligações formalizadas pela difusão de documentos de Inteligência padronizados, enviando e recebendo conhecimentos. Cabe ressaltar que qualquer solicitação de informação de inteligência a órgãos externos da SEPM, como por exemplo a Inteligência das Forças armadas, deve seguir o canal de ligação via Agência Central (SSI) que dará continuidade. Uma AI não se subordina, hierarquicamente, a nenhuma outra AI. Aqui iremos estudar e procurar entender um pouco do Sistema da Policia Militar, o SIPMERJ. •Identificar a atividade de inteligência na PMERJ, principalmente de uma 2ª Seção, sendo apontado de forma separada ás agencias existentes na PMERJ, bem como aprofundado sobre as características básicas de uma agência. Ao final desta aula você deverá: INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 27 Agência Central: Subsecretaria de Inteligência (SSI) possui a seguinte estrutura. C1- Chefe C2- Subchefe D1- Divisão Administrativa “10”(SS 10) D2 – Divisão da Inteligência “20” (SS20) D3- Divisão da contra – inteligência “30” ( SS30) D4 – Divisão de operações de inteligência “40” (SS40) D5 – Divisão de informática “50” ( SS50) D6 – Divisão eletrônica “60” (SS60) D7- Divisão de ensino “70” (SS70) Agência Classe “A” (AIA): São as 2ª Seções dos Comandos Intermediários. Comandos de Policiamento de Área (CPAs), Comando de Policiamentos Especiais (CPE), Coordenadoria de Operações Especiais. (COE). Exemplo: P/2 do 4º CPA; P/2 do CPE; P2 do COE Agência Classe “B” (AIB): São as agênciasde nível abaixo das Agências Classe “A” e Agência Central, que a elas se ligam nos assuntos de suas respectivas competências e com responsabilidade em relação as suas correspondentes áreas de atuação. São as 2ª Seções das Unidades Operacionais e das Unidades Operacionais Especiais da PMERJ. Exemplo: P/2 do 12º BPM; P/2 do BOPE Agência Classe “C” (AIC) : São as 2 Seções das Unidades Administrativas da PMERJ, que em regra, não possuem responsabilidades sobre uma Área de Policiamento específica. São agências que se ligam diretamente à Agência Central (CI) para tratar de assuntos de interesse de ambos. São os Setores de Assuntos Sigilosos e de Expediente dos Órgãos de Coordenação, Direção e Apoio da PMERJ. Exemplo: P/2 da APM Dom João VI, P/2 do HCPM. Tentamos montar uma relação com as Agências da Inteligência da PMERJ, conforme tabela abaixo. SIPMERJ é composto pela Agência Central; Agências classe A; Agências classe B e Agências classe C. INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 28 Quadro 8: Agências de Inteligência Na PMERJ AGÊNCIA CENTRAL ( AC ) COORDENADORIA DE INTELIGÊNCIA - CI Agência Classe A Agência Classe B Agência Classe C 1º CPA 2º BPM 15º BPM 27º BPM 39º BPM 1ª DPJM CMN HCPM 2º CPA 3º BPM 16º BPM 28º BPM 40º BPM 2ª DPJM COM/ERJ HPM/NIT 3º CPA 4º BPM 17º BPM 29º BPM 41º BPM 3ª DPJM CRSP PPM/CAS 4º CPA 5º BPM 18º BPM 30º BPM BAC 4ª DPJM CSM PPM/OLA 5º CPA 6º BPM 19º BPM 31º BPM GAM 5ª DPJM DAF PPM/SJM 6º CPA 7º BPM 20º BPM 32º BPM BOPE 6ª DPJM DGEI PPM/CAM 7º CPA 8º BPM 21º BPM 33º BPM BPChq 7ª DPJM DGF SEC/EMG CPE 9º BPM 22º BPM 34º BPM BPTU R 8ª DPJM DGP UP/PMERJ COE 10º BPM 23º BPM 35º BPM BPRv CPROEI S DGS AJG CPP 11º BPM 24º BPM 36º BPM BPVE CFR DGO CETIC CPAM 12º BPM 25º BPM 37º BPM RCECS CIA/MUS ESPM APM D.J.VI 14º BPM 26º BPM 38º BPM GEPE CINTPM GCG CFAP CEADP M NI/BPGE Fonte: Adaptado de GOULART (2016) INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 29 Estrutura básica da Agência de Inteligência na PMERJ (mais comum) ORGANOGRAMA 5 - ESTRUTURA BÁSICA DA AI NA PMERJ Fonte: Própria do autor Como já mencionado as agências de inteligência possuem o setor da Inteligência (produção de conhecimento) e o da contra- inteligência (salvaguarda e proteção) que na prática executam os seguintes serviços: assuntos relacionados à arma de fogo (aquisição, doações, extravios); autorização e cadastro de celulares; entrada e saída de veículos da unidade; confecções de documentos interesses do SIPMERJ; apoio e assessoramento com informações a autoridade policial militar, bem como a outras Agências de Inteligência, principalmente a Agência Central. O agente de permanência é o elo de ligação entre as ocorrências que acontecem na sua área de atuação e o chefe da agência, comandante e Coordenadoria de inteligência. INTELIGENCIA ADMINISTRAÇÃ CONTRA- INTELIGENCIA AGENCIA DE PMERJ EQUIPE DE BUSCA - PERMANÊNCIA ARQUIVO VIATURA O serviço de Permanência é aquele que funciona diuturnamente, nas diversas Agências de Inteligência com o escopo de captar conhecimento acerca das ocorrências de vulto acontecidas dentro das áreas de Policiamento que eventualmente estejam sendo cobertas pela Unidade Operacional da qual sua Agência de inteligência esteja ligada e que possam ter uma maior repercussão na mídia e/ou que possam ser de interesse da Corporação. (CAS 2012, p. 20) INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 30 Já a equipe de Operações visa à busca e coleta de informações a fim de subsidiar a AI, autoridade militar (CMT) ou Agência Central. Para a Polícia Federal, ás ações realizadas pelos agentes de operações de inteligência significa: Recrutamento Sargento, você sabe como o pessoal da agência é recrutado? Vamos aprender? É recrutado através do Processo de Recrutamento Administrativo - PRA podendo ser aprovado; contraindicado (caráter temporário) ou vetado (caráter permanente). Uma vez aprovado no Sistema, o agente pode ser classificado ou não na Agência. Se classificado pode ser um agente Ativo ou Reserva Técnica. Agente Ativo é aquele que está atuando na agência de inteligência. Já o Reserva Técnica é aquele policial que fica de “stand bay”. Ele está credenciado, mas não está atuando, caso aja a necessidade será chamado para a atividade na Agência. FLUXOGRAMA 2. CREDENCIAMENTO Fonte: próprio autor Existe ainda o desclassificado e o descredenciado. Desclassificado: fazia parte da agência (ativo ou reserva técnica) não faz mais. Descredenciado: deixou de fazer parte do Sistema de inteligência. Nos últimos anos a PMERJ tem incentivado seus agentes a realizar inscrição nos cursos de inteligência na corporação como na SESEG. Na PMERJ periodicamente abrem os dois cursos: CInt OF (oficiais) e CBInt PM (praças). Contraindicado Aprovado PRA Não classificado Reserva técnica Classificado Ativo Vetado "o conjunto de ações de inteligência policial que empregam técnicas especiais de investigação, visando a confirmar evidências, indícios e obter conhecimentos sobre a atuação criminosa dissimulada e complexa, bem como a identificação de redes e organizações que atuem no crime, de forma a proporcionar um perfeito entendimento sobre seu modus operandi, ramificações, tendências e alcance de suas condutas criminosas". (GONÇALVES, Manual p.11) INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 31 Arquivo e documentação Arquivo é a área da inteligência que armazena as informações e conhecimentos recebidos e produzidos, podendo haver arquivos humanos (mente); arquivos eletrônicos (pen drive; email; computadores e mídias) e arquivos em papel. Dos documentos mais utilizados em uma Agência na PMERJ podemos citar: SUMINFO; RELINT, Pedido de Busca, Ordem de Busca, Relatório do Agente; Boletim Reservado Interno; RMAI e IR 22. INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 32 RESUMO DOS DOCUMENTOS USUAIS Nome Abrev. Utilidade básica Relatório de Inteligência Relint: Resposta de PB / informação Pedido de Busca PB Pede informações pessoais/situações Ordem de Busca OB Ordena a seus agentes visando reunião de dados. Mensagem MSG Doc. Externo que comunica assunto de interesse das AISP. Caracterizado pela velocidade na informação Instrução Reguladora nº 22 IR 22 Instrui sobre armas de calibre permitido Relatório do agente RELAG Confeccionado pelo agente em Reposta a ordem de busca/ expressa alguma informação. Sumário de Informação SUMINFO Doc. Externo de ocorrência cotidianas/rotineiras na sua AISP. Diretriz de Contra inteligência Dtz CI Doc. Interno que dá o rumo, direção a AISP Boletim Interno reservado BolInt Res Informações reservadas. Relatório Mensal de Assuntos Internos RMAI Assuntos de Interesse do SIPMERJ Relatório Especial de Informação REI Doc. Confeccionado em momentos extraordinário. Ex: carnaval Fonte: Próprio autor INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 33 Modelos de documentos MODELO DERELINT GRAU DE SIGILO Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado da Polícia Militar Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro RELINT. PMERJ/XXXXXX Nº000/0000 Rio de Janeiro, 00de MÊS de AAAA 1 – DATA: 00/MM/AAAA 2 – ASSUNTO: (expressão sintética do texto) 3 – ORIGEM: (AI da primeira autoria) 4 - AVALIAÇÃO: (só preencher no conhecimento do tipo do informe) 5 – DIFUSÃO: (AI Destinatária) 6 – DIFUSÃO ANTERIOR: (AI que já recebeu este conhecimento) 7 – REFERÊNCIA: (informação dos documentos que os destinatários já possuem) 8 – ANEXO: (indicação dos documentos que acompanham este documento) Exemplo : Dados chegados a esta agência xxxxxxx Exemplo: Em resposta a xxxxxxxxx Carimbo e assinatura Sigilo deste documento é protegido e controlado pela Lei nº12.527/2011. A divulgação, a revelação, o fornecimento, a utilizaçãoou a reprodução desautorizada de seu conteúdo, a qualquer tempo, meio e modo, inclusive mediante acesso ou facilitação de acesso indevido, constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidades penais civis e administrativas. ” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 34 Carimbo e assinatura 2 – ASSUNTO: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 3 – ORIGEM: ( AI da primeira autoria) 4 – DIFUSÃO: (AI Destinatária) 5 – DIFUSÃO ANTERIOR: (AI que já recebeu este conhecimento) 6 – REFERÊNCIA: (informação dos documentos que os destinatários já possuem) 7 – ANEXO: (indicação dos documentos que acompanham este documento) --------------------------------------------------------------------------- 1 – Dados Conhecidos xxxxxxxxxxxxxxxx 2– Dados Solicitados Xxxxxxxxxxxxxxxxx 3- Instruções Especiais Xxxxxxxxxxxxxxxxx Sigilo deste documento é protegido e controlado pela Lei nº 12.527/2011. A divulgação, a revelação, o fornecimento, a utilização ou a reprodução desautorizada de seu conteúdo, a qualquer tempo, meio e modo, inclusive mediante acesso ou facilitação de acesso indevidos, constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidades penais civis e administrativas. ” Rio de Janeiro, 00de MÊS de AAA PB. PMERJ/XXXXXX Nº000/0000 1 – DATA: 00/MM/AAAA Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado da Polícia Militar Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro Modelo de pedido de busca GRAU DE SIGILO INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 35 CONCLUSÃO Finalizamos a disciplina, acreditando que foi possível a compreensão de como funciona o SIPMERJ. Ou seja, foi demonstrado como funciona uma agência de inteligência na PMERJ de forma simples e sem complicação, da Agência Central (mais complexa) até às agências classe C. Foi possível aprender como funciona a maioria das agências, do recrutamento à parte operacional e documentação, bem como a forma que um agente de inteligência bem qualificado efetua um trabalho mais eficiente, uma vez que busca às informações de forma mais rápida nos locais mais relevantes. Foi ressaltada a existência de várias ferramentas que contribuem para a busca de informação de fácil acesso, sem a pretensão de esgotar o assunto, contudo uma tentativa de fornecer o melhor conhecimento possível para atuação em suas atividades policiais. O serviço de inteligência está para subsidiar a tomada de decisão da autoridade, à serviço da polícia, protegendo o cidadão, a sociedade, e seus próprios pares, baseados na legalidade e na ética. Por fim, finalizamos o curso deixando a seguinte mensagem: busquem o aperfeiçoamento, sejam técnicos, profissionais conhecedores do seu serviço porque a sociedade; a polícia; seus parentes e amigos podem depender da sua ação. INTELIGÊNCIA POLICIAL – CAS 2020 36 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABIN. Histórico.Cronologia De Criação Dos Órgãos De Inteligência De Estado No Brasil [2018] Disponível em<http://www.abin.gov.br/institucional/historico/>Acesso em 03 ago. 2018 BRASIL. Código Penal Brasileiro (1940). VadeMecum. São Paulo, Rideel, 2017. BRASIL. Lei nº9296, de 24 de julho de 1996. Lei Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5° da Constituição Federal. Interceptação telefônica. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9296.htm> Acesso em 30 jul.2018. BRASIL. Lei 9883, de 07 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência, cria a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm> Acesso em 25 jul.2018. BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, Regula o acesso a informações previsto na Constituição Federal do Brasil. 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Trabalho final (Especialização em Inteligência Estratégica) - Faculdade Albert Einstein – FALBE, Brasília, 2004.Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70426/Mono grafiaVandir.pdf?sequence=4>. Acesso em 04 ago. 2018. MAFRA, Eunice Feitosa de A. Dicionário da Língua portuguesa. Larousse Cultural. São Paulo: Ed. Nova Cultural, 1992, p.639 MINGARDI, Guaracy.O trabalho da Inteligência no controle do crime organizado. Estudos avançados. São Paulo,2007. Disponível em :<http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n61/a04v2161.pdf.> Acesso em 25 jul. 2018. RIO DE JANEIRO (Estado). Decreto nº 45.126, de 13 de janeiro de 2015. Decreto do Governador do Estado do Rio de Janeiro, que aprovou a nova doutrina de inteligência de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro – DISPERJ, Rio de Janeiro, p.45, 2015. http://www.abin.gov.br/institucional/historico/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9296.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9883.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7845.htm http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/103 https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70426/MonografiaVandir.pdf?sequence=4 https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70426/MonografiaVandir.pdf?sequence=4 http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n61/a04v2161.pdf