Sistema Digestório - Histologia

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SISTEMA DIGESTÓRIO - HISTOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
▪ A cavidade oral é formada pela boca e suas 
estruturas, que incluem a língua, os dentes e 
suas estruturas de sustentação (periodonto), 
as glândulas salivares maiores e menores e as 
tonsilas; 
 
▪ A cavidade oral é dividida em um vestíbulo da 
boca e na cavidade própria da boca. 
 
O VESTÍBULO DA BOCA 
▪ É o espaço situado entre os lábios, as 
bochechas e os dentes. 
 
A CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA 
▪ Fica atrás dos dentes; 
 
▪ Delimitada Superiormente: pelos palatos duro 
e mole, 
 
▪ Delimitada Inferiormente: pela língua e 
assoalho da boca; 
 
▪ Delimitada Posteriormente: pela entrada da 
orofaringe, posteriormente; 
 
TONSILAS 
▪ Consistem em agregações de nódulos 
linfáticos; 
 
▪ Estão agrupados ao redor da abertura 
posterior das cavidades oral e nasais. 
 
REVESTIMENTO DA CAVIDADE ORAL 
▪ A cavidade oral é revestida pela mucosa oral, 
que consiste em mucosa mastigatória, mucosa 
de revestimento e mucosa especializada. 
 
MUCOSA MASTIGATÓRIA 
▪ Encontrada em áreas sujeitas ao atrito dos 
alimentos: gengiva e palato duro; 
 
▪ Características: 
o Epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado e em algumas áreas, 
paraqueratinizado; 
 
o Interface epitélio/conjuntivo com papilas 
conjuntivas profundas e numerosas; 
 
o Lâmina própria (camada papilar - tecido 
conjuntivo frouxo e camada reticular - 
tecido conjuntivo denso). 
 
HISTOLOGIA 
Figura 1: Epitélio estratificado pavimento 
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MUCOSA DE REVESTIMENTO 
▪ Encontrada nos lábios, nas bochechas, na 
superfície mucosa alveolar, no assoalho da 
boca, na região ventral da língua e no palato 
mole; 
 
▪ Nesses locais, a mucosa de revestimento 
cobre o músculo estriado (lábios, bochechas e 
língua), o osso (mucosa alveolar) e as 
glândulas (palato mole, bochechas, superfície 
inferior da língua); 
 
 
 
 
▪ Características histológicas: 
o Epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado; 
 
o Papilas mais curtas e em menor 
quantidade, que possibilitam que ela se 
ajuste ao movimento dos músculos 
subjacentes. 
 
o Uma submucosa distinta é encontrada 
subjacente à mucosa de revestimento, 
exceto na superfície inferior da língua. 
Essa camada contém grandes faixas de 
fibras colágenas e elásticas, que ligam a 
mucosa ao músculo subjacente; além 
disso, contém numerosas glândulas 
salivares menores dos lábios, da língua e 
das bochechas. 
 
 
 
 
 
Figura 2: MUCOSA MASTIGATÓRIA - 1. epitélio pavimentoso 
estratificado queratinizado; 2. interface epitélio com papilas 
cunjuntivas profundas e numerosas; 3. queratina. 
Figura 3: MUCOSA DE REVESTIMENTO (lábio) - 1. epitélio 
estratificado pavimentoso não queratinizado; 2. papilas 
conjuntivas rasas e esparsas; 3. lâmina própria (TC frouxo); 4. 
glândulas salivares menores na submucosa; 5. submucosa; 
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MUCOSA ESPECIALIZADA 
▪ Está associada à sensação do paladar e limita-
se à superfície dorsal da língua. 
 
▪ Contém papilas e botões gustativos, que são 
responsáveis pela produção da sensação 
química do paladar; 
 
▪ Numerosas irregularidades e elevações da 
mucosa, denominadas papilas linguais, 
cobrem a superfície dorsal da língua na porção 
anterior ao sulco terminal da língua. 
 
▪ As papilas linguais e seus botões gustativos 
associados constituem a mucosa 
especializada da cavidade oral; São descritos 
quatro tipos de papilas: as papilas filiformes, 
fungiformes, circunvaladas e folhadas. 
 
PAPILAS FILIFORMES 
▪ São projeções cônicas e alongadas de tecido 
conjuntivo, que são recobertas por epitélio 
estratificado pavimentoso altamente 
queratinizado. 
 
▪ Esse epitélio é desprovido de botões 
gustativos. 
 
 
PAPILAS FUNGIFORMES 
▪ São projeções em formato de cogumelo, 
localizadas na superfície dorsal da língua. 
 
▪ Projetam-se acima das papilas filiformes, entre 
as quais estão dispersas, e são visíveis a olho 
nu apenas como pequenos pontos 
avermelhados. 
 
▪ Os botões gustativos são encontrados no 
epitélio estratificado pavimentoso da superfície 
dorsal dessas papilas; 
 
PAPILAS FOLHADAS 
▪ Consistem em cristas baixas paralelas, 
intercaladas por fendas mucosas profundas, 
que estão alinhadas em ângulos retos ao eixo 
longo da língua; 
 
▪ Nos indivíduos idosos, as papilas folhadas 
podem não ser identificadas; nos indivíduos 
mais jovens, são facilmente encontradas na 
superfície lateral posterior da língua e contêm 
numerosos botões gustativos. 
 
 
 
 
 
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PAPILAS CIRCUNVALADAS 
▪ São estruturas grandes em formato de cúpula 
que são encontradas na mucosa, 
imediatamente anterior ao sulco terminal da 
língua. 
 
▪ Cada papila é circundada por uma invaginação 
semelhante a uma vala revestida por epitélio 
estratificado pavimentoso, que contém 
numerosos botões gustativos. 
 
▪ Os ductos das glândulas salivares linguais (de 
von Ebner) liberam suas secreções serosas na 
base das valas; 
 
 
 
 
 
 
GLÂNDULAS SALIVARES 
▪ Glândulas salivares maiores: parótida, 
submandibular e sublingual e glândulas 
salivares menores; 
 
▪ As glândulas salivares maiores são glândulas 
em pares com ductos longos que 
desembocam na cavidade oral; 
 
▪ As glândulas salivares maiores são 
circundadas por uma cápsula de tecido 
conjuntivo moderadamente denso, a partir do 
qual septos dividem as porções secretoras da 
glândula em lobos e lóbulos. 
 
▪ Os septos contêm os maiores vasos 
sanguíneos e ductos excretores. 
 
▪ O tecido conjuntivo que circunda os ácinos nas 
glândulas salivares tanto maiores quanto 
menores é povoado por numerosos linfócitos e 
plasmócitos. 
 
 
ÁCINOS SALIVARES SECRETORES 
▪ Os ácinos são de três tipos: serosos, mucosos 
ou mistos; 
 
Figura 5: MUCOSA ESPECIALIZADA (dorso da língua) - 1. 
papilas linguais filiformes; 2. Papila lingual fungiforme; 
setas: tecido conjuntivo da lâmina própria; 
Figura 4: MUCOSA ESPECIALIZADA - 1. papila lingual do 
tipo fungiforme com botões gustativos; 
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ÁCINO SEROSO 
▪ Secretam um material viscoso com funções 
protetora ou de lubrificação; 
 
▪ Formados por grandes células mais ou menos 
cúbicas com núcleo basal; 
 
▪ A maioria das organelas de células estão em 
posição basal e citoplasma; 
 
▪ As células serosas exibem um formato 
piramidal, com uma superfície basal 
relativamente larga voltada para a lâmina 
basal e uma superfície apical mais estreita 
voltada para o lúmen do ácino. 
 
▪ As células serosas contêm grandes 
quantidades de RER, ribossomos livres, um 
complexo de Golgi proeminente e numerosos 
grânulos secretores esféricos; 
 
 
 
ÁCINO MUCOSO 
▪ As células apresentam citoplasma pálido de 
aspecto vacuolado, com leve basofilia basal, 
núcleo achatado sobre a membrana basal da 
célula; 
 
▪ A secreção mucosa é do tipo glicoprotéica e 
seu aspecto é viscoso; 
 
▪ O ácino mucoso apresenta lúmen amplo. 
 
▪ Nas células mucosas durante parte do ciclo, o 
muco é sintetizado e armazenado dentro da 
célula na forma de grânulos de mucinogênio. o 
RER, as mitocôndrias e o núcleo localizam-se 
principalmente na porção basal da célula. 
 
 
ÁCINO MISTO 
▪ A maior parte do ácino é de aspecto tubular 
com células mucosas e as extremidades 
possuem células serosas organizadas como 
uma meia lua. 
 
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▪ Mucosa é liberada ora mais rica em muco, ora 
mais rica em proteínas. 
 
 
 
 
 
 
GLÂNDULA PARÓTIDA 
▪ É uma glândula puramente serosa em humanos; 
 
▪ Na glândula parótida, as células serosas coram-se 
intensamente com HE e ductos intralobulares são 
proeminentes; 
 
▪ Ducto Stenon. 
 
GLÂNDULASUBMANDIBULAR 
▪ Glândula submandibular é do tipo mista; 
 
▪ O arranjo dos ductos dessa glândula é similar 
ao da glândula parótida, mas com mais ductos 
estriados e menos ductos intercalares. 
 
▪ Ducto excretor chamado de Warthon. 
 
GLÂNDULA SUBLINGUAL 
▪ A maioria dos ácinos nesta glândula é secretor 
de muco; 
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▪ Há uma ausência de estriações nas células 
colunares de revestimentos dos ductos 
intralobulares que reabsorvem sódio da saliva. 
 
GLÂNDULA SALIVARES MENORES 
▪ As glândulas salivares menores estão 
localizadas por toda cavidade bucal; 
 
▪ Elas não são encapsuladas e são nomeadas 
de acordo com sua localização. Existem 
glândulas salivares menores, serosas, 
mucosas e mistas; 
 
▪ Produzem apenas 10% do total da secreção 
salivar e aproximadamente 70% da secreção 
mucosa. 
 
 
 
 
FARINGE 
▪ Epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado na região continua ao esôfago e 
epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
com células caliciformes nas regiões próximas 
à cavidade nasal. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESÔFAGO E 
TRATO GASTROINTESTINAL 
▪ Mucosa: epitélio de revestimento, tecido 
conjuntivo subjacente, denominado lâmina 
própria, e uma muscular da mucosa, composta 
de músculo liso; 
 
▪ Submucosa: tecido conjuntivo denso não 
modelado; 
 
▪ Muscular externa: em sua maior parte é 
formado por duas camadas de músculo liso; 
 
▪ Serosa: epitélio simples pavimentoso, o 
mesotélio, e em uma pequena quantidade de 
tecido conjuntivo subjacente. A adventícia, 
constituída apenas de tecido conjuntivo, é 
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encontrada nos locais em que a parede do 
tubo está diretamente aderida a estruturas 
adjacentes (i. e., parede corporal e certos 
órgãos retroperitoneais). 
 
 
ESÔFAGO 
▪ Mucosa: constituída por um epitélio 
estratificado pavimentoso não queratinizado, 
uma lâmina própria fibroelástica e uma 
camada de músculo liso disposta 
longitudinalmente, formando a camada 
muscular da mucosa. 
 
▪ O lúmen encontra-se normalmente colabado, 
abrindo-se somente no momento da 
deglutição; 
 
▪ A lâmina própria apresenta as glândulas 
cárdicas esofágicas, as quais são encontradas 
em duas regiões do esôfago, um grupo 
próximo da faringe e o outro próximo à sua 
junção com o estômago. 
 
▪ A lâmina própria também possui ocasionais 
nódulos linfóides, membros do sistema MALT. 
 
▪ A submucosa consiste em tecido conjuntivo 
denso não modelado, que contém grandes 
vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas 
e células ganglionares. 
o As fibras nervosas e as células 
ganglionares constituem o plexo 
submucoso (plexo de Meissner). Também 
encontra-se as glândulas; 
 
▪ A muscular externa consiste em duas 
camadas musculares, uma camada circular 
interna e uma camada longitudinal externa. 
o Essa camada muscular externa difere 
daquela encontrada no restante do trato 
gastrintestinal, uma vez que o terço 
superior consiste em músculo estriado, 
uma continuação do músculo da faringe. 
 
o Existe um plexo nervoso, o plexo 
mioentérico (plexo de Auerbach) entre as 
camadas muscular externa e interna. 
 
 
 
 
ESTÔMAGO 
▪ Divisão histológica: 
o A região cárdica (cárdia), a parte próxima 
ao óstio cárdico (orifício esofágico), que 
contém as glândulas cárdicas; 
 
o A região pilórica (piloro), a parte proximal 
ao esfíncter pilórico, que contém as 
glândulas pilóricas; 
 
o A região fúndica (fundo), a maior parte do 
estômago, que está localizada entre a 
cárdia e o piloro e que contém as glândulas 
gástricas ou fúndicas. 
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▪ As glândulas fúndicas são compostas de 
células funcionalmente diferentes: 
 
o Células mucosas do cólon; 
o Células principais - secretam pepsinogênio 
e uma lipase fraca; 
o Células parietais, também denominadas 
células oxínticas – sintetizam e secretam 
HCl; 
o Células enteroendócrinas; 
o Células-tronco adultas indiferenciadas. 
 
▪ As glândulas cárdicas são limitadas a uma 
região estreita do estômago (a cárdia) que 
circunda o orifício esofágico. 
 
o A sua secreção contribui para a 
composição do suco gástrico e ajuda a 
proteger o epitélio esofágico contra o 
refluxo gástrico. 
 
o As glândulas são tubulares, ligeiramente 
tortuosas e, em certas ocasiões, 
ramificadas. 
 
 
▪ As células das glândulas pilóricas 
assemelham-se às células mucosas da 
superfície e ajudam a proteger a mucosa 
pilórica. 
o As glândulas pilóricas estão localizadas no 
antro pilórico são glândulas tubulares 
espiraladas e ramificadas. 
 
o O lúmen é relativamente amplo, e as 
células secretoras são morfologicamente 
semelhantes às células mucosas da 
superfície, sugerindo uma secreção 
relativamente viscosa. 
 
▪ Lâmina própria: é relativamente escassa e 
restrita aos espaços que circundam as 
fovéolas gástricas e glândulas gástricas. 
o O estroma é composto, em grande parte, 
de fibras reticulares, fibroblastos e células 
musculares lisas. 
 
o Também encontram-se células do sistema 
imune, isto é, linfócitos, plasmócitos, 
macrófagos e alguns eosinófilos; 
 
▪ A muscular da mucosa é composta de duas 
camadas relativamente finas, geralmente 
dispostas em uma camada circular interna e 
uma camada longitudinal externa; 
 
▪ A submucosa é composta de um tecido 
conjuntivo denso contendo quantidades 
Figura 6: glândulas pilóricas; 
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variáveis de tecido adiposo e vasos 
sanguíneos, bem como fibras nervosas e 
células ganglionares que compõem o plexo 
submucoso (de Meissner); 
 
▪ A muscular externa do estômago é constituída 
de uma camada longitudinal externa, uma 
camada circular média e uma camada oblíqua 
interna. 
o Entre as camadas musculares, são vistos 
grupos de células ganglionares e feixes de 
fibras nervosas não mielinizadas. Em seu 
conjunto, constituem o plexo mioentérico 
(de Auerbach), que fornece inervação para 
as camadas musculares. 
 
INTESTINO DELGADO 
▪ O duodeno (em torno de 25 cm de 
comprimento) é a porção inicial, mais curta e 
mais larga do intestino delgado. O duodeno 
tem início no piloro do estômago e termina na 
junção duodenojejunal; 
 
▪ O jejuno (em torno de 2,5 m de comprimento) 
inicia-se na junção duodenojejunal e constitui 
os dois quintos superiores do intestino 
delgado, sofre modificações nas suas 
características morfológicas até ser 
reconhecido como íleo; 
 
▪ O íleo (em torno de 3,5 m de comprimento) é 
uma continuação do jejuno, e constitui os três 
quintos inferiores do intestino delgado.Termina 
na junção ileocecal, que é a junção do íleo 
distal com o ceco. 
 
MUCOSA 
▪ É revestida por epitélio simples colunar e sua 
superfície absortiva sofre modificações que 
aumentam a área de absorção em 400 – 600 
vezes: 
 
o Pregas circulares (válvulas de Kerckring); 
o Vílos ou vilosidades; 
o Microvilosidades; 
o Criptas de Lieberküh (glândulas intestinais). 
 
▪ Glândulas intestinais tubulares simples 
estendem-se a partir da muscular da mucosa 
e abrem-se no lúmen da base das vilosidades. 
 
▪ As pregas circulares, também conhecidas 
como valvas de Kerckring, são pregas 
transversais permanentes que contêm um eixo 
de submucosa. 
o Cada prega circular tem disposição circular 
e estende-se por cerca da metade a dois 
terços do caminho ao redor da 
circunferência do lúmen. 
 
o As pregas se iniciam em torno de 5 a 6cm 
depois do piloro. 
 
o São mais numerosas na parte distal do 
duodeno e no início do jejuno, e seu 
tamanho e frequência diminuem na altura 
da porção medial do íleo. 
 
 
▪ As microvilosidades dos enterócitos são as 
principais estruturas responsáveis pela 
amplificação da superfície luminal. 
o Cada célula contém milhares de 
microvilosidadesdensamente 
compactadas, são visíveis ao microscópio 
óptico e conferem à região apical da célula 
uma aparência estriada, denominada 
borda estriada; 
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▪ As vilosidades são projeções digitiformes e 
semelhantes a folhas da mucosa, que se 
estendem dentro do lúmen por 0,5 a 1,5 mm, 
a partir da superfície mucosa. 
o Essas vilosidades intestinais cobrem por 
completo a superfície do intestino delgado, 
conferindo-lhe aparência aveludada 
quando visto a olho nu; 
 
▪ As vilosidades: contém um eixo de tecido 
conjuntivo frouxo recoberto por epitélio 
simples colunar, com numerosos fibroblastos, 
células musculares lisas, linfócitos, 
plasmócitos, eosinófilos, macrófagos e uma 
rede de capilares sanguíneos fenestrados. 
o Contém também um capilar linfático central 
em fundo cego, o ducto galactóforo. 
▪ As glândulas intestinais ou criptas de 
Lieberkühn são estruturas tubulares simples, 
que se estendem da muscular da mucosa 
através da espessura da lâmina própria, em 
que se abrem na base das vilosidades 
intestinais. 
 
▪ As glândulas são compostas de um epitélio 
simples colunar, que é contínuo com o epitélio 
das vilosidades. 
 
 
▪ A muscular da mucosa consiste em duas 
camadas finas de células musculares lisas: a 
camada circular interna e a camada 
longitudinal externa e projeções 
citoplasmáticas de células musculares lisas 
estendem-se da muscular da mucosa para o 
interior da lâmina própria das vilosidades. 
 
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▪ Células do epitélio intestinal são encontradas 
tanto nas glândulas intestinais quanto na 
superfície das vilosidades, e são classificadas 
nos seguintes tipos: 
o Enterócitos, cuja principal função é a 
absorção; 
 
o Células caliciformes, que são glândulas 
unicelulares secretoras de mucina; 
 
o Células de Paneth, cuja principal função é 
manter a imunidade inata da mucosa por 
meio da secreção de substâncias 
antimicrobianas; 
 
o Células enteroendócrinas, que produzem 
vários hormônios; 
 
o Células M, que são as células 
especializadas localizadas no epitélio que 
cobre os nódulos linfáticos na lâmina 
própria; 
 
 
 
 
▪ Células absortivas superficiais (enterócitos): 
o Mais numerosas; 
o São colunares altas, núcleo oval e basal;  
o Superfície apical com microvilosidades 
(borda em escova); 
o Microvilos contém glicocálix; 
o Produção de enzimas para digestão de 
dipeptídeos e dissacarídeos. 
 
▪ Função: 
o Digestão e absorção de H2O e nutrientes, 
transporte para o sangue; 
 
CÉLULAS CALICIFORMES 
▪ Produzem mucinogênio componente do 
muco; 
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▪ Proteção do epitélio; 
 
 
CÉLULAS M 
▪ São pavimentosas; 
 
▪ Sistema mononuclear fagocitário; 
 
▪ Recobrem a placa de Peyer no íleo; 
 
▪ Capturam – endocitam – transportam Ag do 
lumen para linfócitos e macrofágos na lâmina 
própria. 
 
 
CÉLULAS TRONCO 
▪ Divisão mitótica elevadas; 
 
▪ Ciclo celular de 24h; 
 
▪ Chega até o topo do vilo em 3 a 6 dias.; 
 
 
 
Figura 7: glândulas do intestino delgado; 
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SUBMUCOSA 
▪ Constituída por tecido conjuntivo denso e 
agregados localizados de células adiposas; 
 
▪ No duodeno, encontra-se as glândulas 
submucosas, também denominadas glândulas 
de Brunner; 
 
▪ Estas glândulas são tubulares e ramificadas 
com células secretoras de zimogênio e de 
muco, secreção com pH de 8,1 a 9,3 e 
composição de glicoproteínas neutras e 
alcalinas e íons bicarbonato; 
 
 
▪ Essa secreção altamente alcalina protege a 
parte proximal do intestino delgado pela sua 
capacidade de neutralizar o quimo contendo 
ácido ali liberado. 
 
▪ Além disso, aproxima o conteúdo intestinal do 
pH ideal para a ação das enzimas 
pancreáticas que também são lançadas no 
duodeno; 
 
 
 
MUSCULAR EXTERNA 
▪ A muscular externa consiste em uma camada 
interna de células musculares lisas de 
disposição circular e em uma camada externa 
de células musculares lisas dispostas 
longitudinalmente; 
 
▪ Os principais componentes do plexo 
mioentérico (plexo de Auerbach) estão 
localizados entre essas duas camadas; 
 
 
SEROSA 
▪ 2ª e 3ª porções do duodeno – adventícia; 
▪ Todo o resto do ID – serosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTESTINO GROSSO 
▪ A principal função das células absortivas 
colunares consiste na reabsorção de água e 
eletrólitos; 
 
▪ A eliminação de resíduos semissólidos a 
sólidos é facilitada pela grande quantidade de 
muco secretada pelas numerosas células 
caliciformes das glândulas intestinais; 
 
▪ As células caliciformes são mais numerosas 
no intestino grosso do que no intestino delgado 
e produzem mucina, que é secretada 
continuamente para lubrificar o intestino, 
facilitando, assim, a passagem do conteúdo 
cada vez mais sólido. 
 
 
MUCOSA 
▪ Superfície “lisa” desprovida de pregas 
circulares e de vilosidades; 
 
▪ Com numerosas glândulas intestinais 
tubulares retas (criptas de Lieberkühn), que se 
estendem através de toda a espessura da 
mucosa; 
 
▪ As glândulas consistem em epitélio simples 
colunar; 
 
▪ O epitélio da mucosa do intestino grosso 
contém os mesmos tipos de células que o 
intestino delgado, com exceção das células de 
Paneth, que geralmente estão ausentes nos 
humanos. 
LÂMINA PRÓPRIA 
▪ Embora a lâmina própria do intestino grosso 
contenha os mesmos componentes básicos do 
restante do trato gastrintestinal, ela exibe 
algumas características estruturais adicionais 
e maior desenvolvimento que as de outros 
locais: 
o o Camada de colágeno: camada espessa 
de colágeno e proteoglicanos situada entre 
a lâmina basal do epitélio e a dos capilares 
venosos absortivos fenestrados; 
 
o participa na regulação do transporte de 
água e eletrólitos do compartimento 
intercelular do epitélio para o 
compartimento vascular; 
 
▪ Bainha de fibroblastos pericriptais: constitui 
uma população de fibroblastos bem 
desenvolvidos. 
 
▪ Essas células sofrem mitose imediatamente 
abaixo da base da glândula intestinal, 
adjacente às células-tronco encontradas no 
epitélio; algumas evidências sugerem que os 
macrófagos do centro da lâmina própria no 
intestino grosso podem se originar a partir da 
diferenciação terminal dos fibroblastos 
pericriptais; 
 
▪ o GALT é contínuo com o do íleo terminal e é 
mais desenvolvido no intestino grosso. 
Grandes nódulos linfáticos se interpõem entre 
as glândulas intestinais e estendem-se até a 
submucosa; 
 
▪ Vasos linfáticos: em geral, não há vasos 
linfáticos no centro da lâmina própria, entre as 
glândulas intestinais, e tampouco há vasos 
linfáticos que se estendam em direção à 
superfície luminal do intestino grosso. 
 
MUSCULAR EXTERNA 
▪ No ceco e no cólon (cólon ascendente, 
transverso, descendente e sigmoide), a 
camada externa da muscular externa está 
parcialmente condensada em faixas 
longitudinais proeminentes de músculo, 
denominadas tênias do cólon; 
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▪ Os feixes de músculo das tênias do cólon 
penetram na camada circular interna de 
músculo a intervalos irregulares ao longo da 
extensão e da circunferência do cólon. 
 
▪ Essas descontinuidades na muscular externa 
possibilitam a contração independente de 
segmentos do cólon, que promovem a 
formação das saculações do cólon na parede 
colônica. 
 
SUBMUCOSA E SEROSA 
▪ A submucosa do intestino grosso é similar à 
descrição geral já feita; 
 
▪ Quando o intestino grosso está diretamente 
em contato com outras estruturas (como 
ocorre em grande parte de sua superfície 
posterior), a sua camada externa é formada 
por uma adventícia; nos demais locais, no 
entanto, a camada externa consisteem uma 
serosa típica. 
 
CECO E APÊNDICE VERMIFORME 
▪ A histologia do ceco é muito semelhante 
àquela do restante do cólon. 
 
▪ A diferença entre o apêndice e o cólon é a 
existência de uma camada uniforme de 
músculo na muscular externa; 
 
▪ A característica mais proeminente do apêndice 
é o grande número de nódulos linfáticos que 
se estendem na submucosa. 
RETO E CANAL ANAL 
▪ Sua porção superior distingue-se do restante 
do intestino grosso pela existência de pregas, 
denominadas pregas transversas do reto; 
 
▪ A mucosa do reto é similar à do restante do 
cólon distal e apresenta glândulas intestinais 
tubulares retas com numerosas células 
caliciformes.