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MONITORIAMENTO E AVALIAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL TEMA 01

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Autoria: Paulo Sergio Matoso 
Tema 01
Avaliação de Políticas Públicas: Um Conceito em Debate
Avaliação de Políticas Públicas: Um Conceito em Debate
Autoria: Paulo Sergio Matoso
Como citar esse documento:
MATOSO, Paulo Sergio. Monitoramento e Avaliação em Serviço Social: Avaliação de Políticas Públicas: Um Conceito em Debate. Caderno de 
Atividades. Anhanguera Publicações: Valinhos, 2014.
Índice
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Pág. 12 Pág. 13
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Pág. 8Pág. 7
ACOMPANHENAWEB
Pág. 3
CONVITEÀLEITURA
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PORDENTRODOTEMA
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Avaliação de Políticas Sociais: uma questão em debate, 
da autora Elizabeth Melo Rico (org.), Editora Cortez, 2009.
Conteúdo 
Nesta aula, você estudará:
A construção histórica da agenda das políticas públicas.
As tendências de avaliação de políticas públicas.
Habilidades 
Como se deu a construção histórica da agenda das políticas públicas?
Qual são as tendências no estudo sobre avaliação?
CONVITEÀLEITURA
PORDENTRODOTEMA
Avaliação de Políticas Públicas: Um Conceito em Debate
Realizar um processo
dinheiro público, (CARVALHO; apud RICO, 2009, p. 7). Segundo a autora, a avaliação de políticas e programas é tida 
como “procedimento estratégico e imprescindível” para aqueles sujeitos. Nesse sentido, a avaliação de políticas 
públicas está na agenda de todos os interessados em diferenciar “o joio do trigo” e, segundo Melo (2009, p. 11), ela “está 
está a contento para garantir resultados positivos (RICO, 2009). 
Para aprofundar o conceito sobre avaliação de políticas públicas no Brasil moderno, é importante rever a construção 
histórica dessa agenda. Um primeiro momento desta política é o que se chama de nation-building, ou seja, quando a 
política é pensada enquanto incorporadora e integradora social e não com o propósito de ser redistributiva e de organizar 
o mercado de trabalho (MELO, 2009). Já na segunda era Vargas, de acordo com Melo (2009, p. 14), “o preço político 
a ser pago pelos arranjos clientelísticos e corporativistas que viabilizariam a industrialização” garantiu que a agenda 
coalisão, que o Estado acumulasse dois requisitos: o de sujeito da acumulação e o de agente da distribuição. Em nome 
de uma modernização conservadora, durante o regime militar, o foco era crescimento e desenvolvimento econômico, o 
que gerou uma profunda crítica ao regime imposto, levando o grupo que apoiava uma distribuição de renda no país a 
iniciar um processo de debates em torno da política social. 
Com a inauguração da Nova República, esse debate em torno de uma política de crescimento versus transferência de 
mistargeting, ou seja, os benefícios auferidos são desiguais e regressivos entre os setores da política pública (MELO, 
2009). Uma saída para o mistargeting, que se aponta no período de 1966 a 1973, é a participação dos excluídos do 
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instrumentos de representação abrindo espaço para a participação e tendo a igreja como um dos indutores do processo. 
Esse debate sobre participação seria fortalecido com a Constituição de 1988.
Para tornar a política pública mais operante, instala-se naquele período uma valorização da democracia. Os progressistas 
O período pós-constituinte foi marcado por uma crise de governabilidade com cinco argumentos distintos. Com a coalizão 
que resultou na Nova República e posteriormente na fragmentação deste sistema, percebe-se o primeiro argumento 
para a crise, ou seja, a saturação da agenda governamental, provocada, em sua maioria, pelas demandas do regime 
autoritário, pelas demandas novo regime democrático e pela reforma global e setorial praticadas pela elite dirigente. Há 
do Estado e de sua legitimidade. A ampliação dos direitos sociais com a Constituição Federal de 1988 torna insustentável 
O segundo argumento tem por base uma participação desvalorizada das minorias com consequente maioria estável. 
Destaque para as propostas de redução de partidos e entrada do regime parlamentar. Outro argumento para a crise 
facilidade para criação de novos municípios, a municipalização do SUS, como posicionamentos que desorganizam o 
país. 
Um argumento de extrema importância para a crise é o fato de o Poder Judiciário passar a ter status político, com 
forte visibilidade no processo constitucional, com poderes para, entre outras coisas, reeditar medidas provisórias. A 
fragmentação do judiciário é outro argumento para a crise governamental, uma vez que o Supremo Tribunal Federal 
aplicar jurisprudência e determinar que mandados de segurança coletivos sejam julgados por tribunais em vez de serem 
julgados por juízes (MELO, 2009).
Segundo Melo (2009, p. 25), “excessos de governo, de participação, de direitos sociais, de descentralização e 
de acordo com o autor, apenas os dois últimos são sustentáveis, já que o “excesso do governo” pode ser explicado pela 
capacidade do governo em “fazer valer” o que é decidido na República e pela “cultura cívica brasileira”. Em relação 
participação é própria da cultura brasileira.
governance”. Essa agenda traz para o 
da “intervenção do Estado na oferta de bens e serviços de natureza social”. Ou seja, no caso, caberia ao Estado não só 
governance
É após essa análise histórica da agenda da política pública que somos convidados a analisar as tendências, percebendo 
avaliar envolve um julgamento, uma atribuição de valor, uma aprovação ou desaprovação. É certo que nesse processo 
não existe neutralidade, muito pelo contrário. É necessária, portanto, a utilização adequada de instrumentais para que 
justamente se garanta isonomia do processo (ARRETCHE, 2009).
As tendências de avaliação da política, segundo Arretche (2009, p. 31) são distinguidas “em termos de sua efetividade, 
efetividade como a relação entre a implementação de um 
programa e os seus resultados. Já a pode ser entendida como a relação dos objetivos e instrumentos de um 
programa e seus resultados. E por entende-se o esforço empregado na política e seus resultados, (ARRETCHE, 
2009). 
A avaliação como processo democrático é uma etapa da política que pode ser aplicada durante sua implementação, 
logo após esta e também posteriormente. Numa eleição, por exemplo, é sabido que uma avaliação criteriosa da política 
garantir um processo independente na avaliação uma vez que os órgãos públicos têm uma tendência de minimizar os 
de avaliação independentes constrói instrumentos capazes de assegurar o processo sem comprometimento do resultado 
(ARRETCHE, 2009).
PORDENTRODOTEMA
Avaliação de Políticas Públicas e Programas Governamentais: tendências 
recentes e experiências no Brasil
Leia o artigo Avaliação de Políticas Públicas e Programas Governamentais: tendências 
conhecimentos sobre esta prática da avaliação.
Disponível em: <http://www.scp.rs.gov.br/upload/Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Programas_Governamen-
tais.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2014.
Leia o artigo , de Rodrigo Batista de 
Castro. Esse artigo ampliará seus conhecimentos sobre como tais conceitos estão inseridos no 
contexto da administração pública.
Disponível em: <http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-apsa-1840.pdf>. Acesso em: 17 
jun. 2014.
Assista à entrevista com Marta Tereza Arretche do Departamento de Ciência 
Política da USP e diretora do Centro de Estudos da Metrópole
A entrevista foi concedida a Ederson Granetto, da TV UNIVESP, e trata das formas de avaliar 
as políticas públicas de educação.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=LsT21yPiTQA> . Acesso em: 17 jun. 2014.
Tempo: 15:03
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ACOMPANHENAWEB
Instruções:
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1
No processo de ampliação do conhecimento, utilize seu repertório de aprendizado, faça pesquisas e responda qual é a importân-
cia da avaliação de políticas públicas.
Questão 2
Revendo a construção histórica da avaliação de políticas públicas no Brasil, qual das alternativas seguintes liga-se ao correto 
conceito de nation-building?a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
AGORAÉASUAVEZ
Questão 3
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
Questão 4
Na segunda era Vargas, segundo Melo (2009), o preço político a ser pago pelos arranjos clientelísticos e corporativistas que 
viabilizariam a industrialização garantiu que a agenda pública tivesse um valor de troca. Nesse período o Estado brasileiro acu-
mulou dois requisitos. Quais são esses dois requisitos mencionados? Escolha a alternativa com a resposta correta.
a) 
b) 
c) 
d) O de transparente e o de satisfatório.
e) 
Questão 5
“Uma saída para o mistargeting é o que se aponta no período de 1966 a 1973, que é a ___________________________ dos 
Escolha a seguir a alternativa que apresente a palavra que completa corretamente a lacuna do parágrafo anterior.
a) 
b) 
c) 
d) Participação.
e) Crise.
Questão 6
O período pós-constituinte foi marcado por uma crise de governabilidade com cinco argumentos distintos. Quais são eles?
Questão 7
No diagnóstico da ingovernabilidade, na década de oitenta, de acordo com Melo (2009), observa-se uma nova agenda para o 
Estado. Faça comentários sobre essa agenda.
Questão 8
No texto, quando é introduzido o debate sobre ingovernabilidade, são apresentados conceitos sobre governance. Para Melo 
(2009) qual é o conceito de governabilidade?
AGORAÉASUAVEZ
Questão 9
Questão 10
A avaliação como processo democrático é uma etapa da política que pode ser aplicada durante sua implementação, logo após 
esta e também posteriormente. Nesse processo democrático, o que é preciso que se garanta?
AGORAÉASUAVEZ
Neste tema, você aprendeu sobre o processo de construção histórica da agenda das políticas públicas, além de perceber 
Viu ainda como entender a avaliação de efetividade como a relação entre a implementação de um programa e os seus 
processo de avaliação das políticas públicas garante resultados com alto índice de sucesso.
FINALIZANDO
ARRETCHE, Marta T.S. Tendências no estudo sobre avaliação. In: RICO, Elizabeth M. (org.). Avaliação de Políticas Sociais: uma 
questão em debate. 6ª ed. Instituto de Estudos Especiais, São Paulo: Cortez, 2009, p. 29-39.
MELO, Marcus André. As sete vidas da agenda pública brasileira. In: RICO, Elizabeth M. (org.). Avaliação de Políticas Sociais: 
uma questão em debate. 6ª ed. Instituto de Estudos Especiais, São Paulo: Cortez, 2009, p. 11-28.
RICO, Elizabeth M. (org.). Avaliação de Políticas Sociais: uma questão em debate. 6ª ed. Instituto de Estudos Especiais, São 
Paulo: Cortez, 2009.
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
A contento: 
Estratégico: o que se relaciona a algo bem planejado, bem pensado.
Imprescindível: que não pode ser dispensado.
Processo:
Tendências:
GABARITO
Questão 1
Resposta:
política pública, estimulando o aperfeiçoamento dos objetivos e das metas e garantindo melhor desempenho do Estado, 
Questão 2
Resposta: Alternativa D.
A resposta correta, portanto, é “a política é pensada enquanto incorporadora e integradora social e não com o propósito 
de ser redistributiva e de organização do mercado de trabalho”.
Questão 3
Resposta: Sequência correta: a) ( V ); b) ( V ); c) ( F ); d) ( V ); e) ( F ).
Questão 4
Resposta: Alternativa A.
aos setores trabalhistas, num processo de coalisão, que o Estado acumulasse dois requisitos: o de sujeito da acumulação 
e o de agente da distribuição.
Questão 5
Resposta: Alternativa D. 
Parágrafo completo: 
“Uma saída para o mistargeting é o que se aponta no período de 1966 a 1973, que é a participação dos excluídos do 
Questão 6
Resposta: Excessos de governo, de participação, de direitos sociais, de descentralização e autonomização e de 
fragmentação do judiciário.
Questão 7
Resposta: 
social.
Questão 8
Resposta: 
autoridade pública.
Questão 9
Resposta: Pode-se entender a avaliação de efetividade como a relação entre a implementação de um programa e os 
Questão 10
Resposta: É preciso garantir um processo independente na avaliação uma vez que os órgãos públicos têm uma 
tendência de minimizar os problemas e apresentar determinada política ou programa com alto índice de sucesso. A 
comprometimento do resultado.

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