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Estudo dirigido- Epiderme Vegetal

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ESTUDO DIRIGIDO - EPIDERME
"A epiderme é um tecido que está em situação única no corpo dos vegetais. De um lado estão os tecidos vivos que são cuidadosamente regulados pela planta, do outro está o ambiente externo sob o qual a planta tem nenhum ou pouco controle. Um grande número de forças, biológicas e não-biológicas, pode atuar sobre a epiderme, e o número de contingências que uma simples célula pode enfrentar é muito grande. Não deve ser surpreendente que a epiderme seja um tecido extremamente complexo e que ela tenha uma plasticidade maior do que qualquer outro tecido. As células epidérmicas são tipicamente de vida longa e comumente são capazes de alterar sua morfologia e fisiologia se isso se fizer necessário". (Mauseth, 1988).
Recorra aos livros que dispuser e pesquise os itens abaixo. 
1. Por que a epiderme é considerada um tecido complexo?
As células epidérmicas são vivas, vacuoladas, podendo conter vários tipos de substâncias, como taninos, mucilagem, cristais e pigmentos, a exemplo das antocianinas. A epiderme de qualquer órgão vegetal pode apresentar vários tipos de células exercendo diferentes funções, constituindo um tecido complexo. As células são capazes de alterar sua morfologia e fisiologia se isso se fizer necessário. A maior parte do tecido é composta por células epidérmicas comuns (ordinárias) de formato tabular (em seção transversal), isto é, seu diâmetro periclinal é maior que o anticlinal. 
2. Diferencie cuticularização e cutinização.
A cutina uma substância graxa complexa, consideravelmente impermeável à água, que se encontra impregnada às paredes epidérmicas ou se apresenta como camada separada, a cutícula, na superfície da epiderme. Ao processo de formação da cutícula dá-se o nome de cuticularização, e ao de impregnação com cutina, de cutinização. Em muitas plantas, a cutícula propriamente dita está separada da parede celulósica por uma camada de pectina, que provavelmente corresponde à lamela média da parede periclinal externa das células epidérmicas.
3. Qual a importância da cutícula sob o ponto de vista evolutivo para as plantas terrestres?
É responsável pela proteção contra perda d'água e por se tratar de uma camada brilhante e refletora, atua na proteção contra o excesso de luminosidade ou radiação solar, e por ser uma substância que não é digerida pelos seres vivos, atua também como uma camada protetora contra a ação dos fungos e bactérias. 
4. A que se relaciona a sinuosidade da parede celular de algumas células epidérmicas?
As paredes sinuosas são frequentes em folhas e pétalas, especialmente na epiderme abaxial. O fato de as paredes serem onduladas deve-se, provavelmente, às tensões ocorridas na folha durante a diferenciação das células ou ao endurecimento da cutícula, também durante a diferenciação. A sinuosidade da parede anticlinal está especialmente relacionada com o ambiente em que a folha se desenvolve. 
5. Caracterize (inclusive com desenhos) um complexo estomático. Qual sua função?
Os estômatos estão relacionados com a entrada e saída de ar no interior dos órgãos em que se encontram ou, ainda, com a saída de água, no caso dos estômatos ou poros aquíferos dos hidatódios. Os estômatos são compostos por duas células que delimitam uma fenda (fenda estomática) na região central, por meio da qual se dá a comunicação do interior do órgão com o ambiente externo. O estômato pode desenvolver-se entre as células comuns da epiderme ou entre as células subsidiárias (subsidiárias), cujo número e disposição são variáveis.
6. Como os estômatos se classificam quanto ao arranjo das células subsidiárias e ao formato?
Anomocítico (ranunculáceo) - Estômato envolvido por um número variável de células que não diferemem formato e tamanho das demais células epidérmicas. 
Anisocítico (crucífero) - Estômato circundado por três células subsidiárias de tamanhos diferentes.
Paracítico (rubiáceo) - Estômato acompanhado, de cada lado, por uma ou mais células subsidiárias posicionadas de forma que o seu eixo longitudinal fica paralelo à fenda estomática.
Diacítico (cariofiláceo) - Estômato envolvido por duas células subsidiárias posicionadas de modo que o seu maior eixo forma um ângulo reto com a fenda estomática. 
Actinocítico - Estômato em torno do qual as células subsidiárias se dispõem radialmente.
7. Caracterize o estômato das Poaceae (gramíneas).
As células estomáticas são normalmente reniformes, com exceção das de Poaceae (Gramineae), que apresentam forma de halteres. São as únicas células epidérmicas que sempre contêm cloroplastos. De modo geral, as paredes das células estomáticas apresentam espessamento típico, mais acentuado nas proximidades da fenda. Este espessamento está relacionado ao fenômeno de abertura e fechamento da fenda e varia de acordo com a espécie. 
8. Explique o mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos.
As células-guarda, por meio de um processo de variação de turgescência, têm a capacidade de controlar a abertura e o fechamento da fenda estomática. O transporte de potássio entre as células-guarda e as células contíguas é um dos fatores que levam ao movimento das células-guarda: o estômato é aberto na presença de quantidades maiores do íon potássio. Durante a abertura estomática, o amido desaparece do cloroplasto ao mesmo tempo em que os íons potássio entram nas células-guarda; durante o fechamento estomático, o desaparecimento do amido coincide com a perda de íons potássio. Quando a célula fica túrgida, a parede anticlinal afastada da fenda dilata-se em direção à célula anexa, retraindo a parede anticlinal que delimita a fenda, a qual, conseqüentemente, se abre. Ao perder a turgescência, as paredes anticlinais das células estomáticas voltam à posição normal, fechando a fenda.
9. Os estômatos estão presentes em todas as partes das plantas? Justifique.
Não. Os estômatos são freqüentes nas partes aéreas fotossintetizantes, principalmente na lâmina foliar, e podem também ser encontrados, em menor número, nos pecíolos, caules jovens e partes florais, como pétalas, estames e gineceu. Raízes e partes aéreas de plantas aclorofiladas normalmente não os têm.
10. Caracterize os tricomas tectores e glandulares.
Os tricomas tectores: Podem ser unicelulares, ou simples, e multicelulares. Os tricomas simples são comuns e podem variar em tamanho, forma e espessura da parede. Os tricomas multicelulares são ramificados ou não. Os não-ramificados unisseriados compõem-se de uma única fileira de células e os multisseriados, de mais de uma fileira de células. Os tricomas ramificados classificam-se de acordo com a forma das ramificações: tricomas estrelados - contêm uma haste na base e ápice com ramificações num único plano; em forma de candelabro - possuem ramificações em planos diferentes. Tricomas escamiformes são estruturas geralmente achatadas e multicelulare. Os sésseis (sem haste) são comumente denominados escamas, e os que contêm haste são chamados de tricomas peitados.
Os tricomas glandulares: A extremidade desses tricomas é formada por uma cabeça uni ou multicelular, que pode apresentar grande variedade de formas e tamanhos. A cabeça une-se à epiderme por meio de uma haste ou pedúnculo uni ou multicelular. O pedúnculo varia no comprimento, e muitas vezes é tão curto que parece um disco. Muitos tricomas glandulares possuem as paredes aniclinais das células ao pedúnculo cutinizadas ou suberizadas.

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