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Atividade Replicação Viral

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Faculdade de Imperatriz – FACIMP/ Wyden 
Curso de Medicina Veterinária
Disciplina: Virologia e Imunologia Veterinária
Professor (a): Arannadia Barbosa Silva
Turno:	Noturno				 Semestre/Ano: 2º/ 2020
Aluno: Caio Vinnicius Belém Barbosa Silva	RA: 2011613125
Replicação viral
1. Animais infectados com os vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o vírus da leucemia felina (FeLV) podem ter suas barreiras imunológicas comprometidas e desencadearem a imunodeficiência felina ao longo da infecção, abrindo portas para doenças oportunistas. Neste sentido, explique o mecanismo de replicação do FIV e FeLV em felinos.
A replicação dos retrovírus inicia-se com a ligação das espículas da glicoproteína viral ao receptor protéico de superfície. O vírus penetra na célula através da fusão do invólucro com a membrana plasmática, mas outros retrovírus podem penetrar por endocitose mediada por receptores. Já com a transcriptase reversa, o modelo de RNA e o tRNA do virão no citoplasma, inicia-se a síntese de um fragmento de DNA complementar de sentido negativo. Durante este processo ocorre a duplicação da sequência de cada extremidade do genoma, que irá fixar as LTR em ambas as extremidades. Este processo cria sequências necessárias para a integração, e ainda sequências intensificadoras e promotoras dentro da LTR para a regulação da transcrição.
A associação de duas cópias de genoma e moléculas de tRNA da célula promove a gemulação do virião. Já com o invólucro e depois de abandonar a célula, a protease viral cliva as poliproteínas gag e gag-pol. Esta clivagem permite que seja produzida a transcriptase reversa e se forme o cerne do vírus, este passo é necessário para que o virão seja infeccioso, o que torna a protease um alvo importante dos agentes anti-virais. A aquisição do invólucro e a libertação do retrovírus ocorrem na superfície celular, mas é possível que o vírus se dissemine célula a célula através da formação de sincícios celulares. Devido à sua fragilidade, os sincícios aumentam a atividade citolítica do vírus.
2. Raiva é uma doença encefálica progressiva que, quase sempre, resulta na morte da vítima, embora haja relato de raros casos de vida prolongada e sobrevivência de uma pessoa, sem administração de vacina. A raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus da raiva, contido na saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordeduras. Trata-se de uma encefalite aguda, que leva as vitimas ao óbito em praticamente 100% dos casos, sendo uma das mais antigas doenças conhecidas. Ainda nos dias atuais, a raiva representa um serio problema de saúde publica e produz grandes prejuízos econômicos a pecuária. Considerando a importância da raiva, explique o mecanismo de replicação do vírus da raiva.
O vírus entra na célula hospedeira por fusão do seu envelope com a membrana celular. Toda a replicação ocorre no citoplasma. A replicação envolve, primeiro, a transcrição do genoma viral para mRNA pela polimerase viral. Mais tarde, usando os produtos desta transcrição, há a produção de muitas cadeias simples de RNA positivas, que vão ser usadas para a síntese do RNA genómico. Usando a cadeia de RNA como molde, a polimerase transcreve 5 fragmentos subgenómicos de mRNA. No genoma viral há um único promotor, localizado a 3` onde a polimerase se liga ao molde de RNA e move-se ao longo da cadeia, encontrando sinais de stop/inicio ao longo do genoma, o que leva à formação dos 5 fragmentos subgenómicos. Como só uma pequena porção da polimerase consegue passar as junções e continuar o processo de transcrição, são traduzidos mais genes que estão localizados a 3´, deste modo o gradiente de produção vai diminuindo: N>P>M>G>L. Isto permite a produção de um largo número de proteínas estruturais N e consequentemente menos quantidade de proteína L.
A ligação das novas moléculas de núcleoproteínas formadas ao RNA genómico leva à formação da núcleocápside helicoidal. A proteína G vai para o complexo de Golgi onde sofre glicosilação. A Depois da adição da proteína M, as nucleocápsides são ligadas às membranas das células, e os viriões são libertados por budding. O budding do vírus da raiva ocorre nas membranas dos neurónios infectados, mas também nas membranas das células do epitélio das glândulas salivares.
3. A Doença de Aujeszky ou pseudoraiva é causada pelo herpes vírus e afeta suínos. É uma doença importante em suinocultura e causa graves prejuízos econômicos. Desta forma, explique o mecanismos de replicação do herpes vírus em suínos.
Primeiro, a helicase de DNA desmantela a estrutura de dupla hélice da cadeia de DNA rompendo as ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas das cadeias opostas. Este desmantelamento começa a partir do fim da cadeia de DNA e não do meio. Portanto, DNA helicase pode ser considerado uma exonuclease de restrição. Depois de expor as bases nitrogenadas do DNA de cadeia simples, os nucleotídeos correspondentes são dispostos de acordo com a sequência de base e as respectivas ligações de hidrogênio são formadas por enzima DNA polimerase. Este processo particular ocorre em ambas as cadeias de DNA. Finalmente, as ligações fosfodiéster são formadas entre nucleótidos sucessivos, para completar a cadeia de DNA usando enzima DNA ligase. No final de todas essas etapas, duas cadeias de DNA idênticas são formadas a partir de uma única cadeia de DNA mãe.

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