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CASO CLÍNICO 1 Uma mulher de 85 anos, com diabetes e fratura de quadril, ficou confinada a cama nos últimos três meses. O resultado de um teste de glicemia anterior tinha sido de 250 mg/dl e seu médico solicitou exames adicionais de sangue e de urina tipo 1. O resultado do exame de urina tipo 1 é o seguinte: · COR : Amarelo-pálido · ASPECTO : Turvo · GRAVIDADE ESPECÍFICA : 1,020 · pH : 5,5 · PROTEÍNA : Traços · GLICOSE : ++ · CETONAS : Negativo · SANGUE : ++ · BILIRRUBINA : Negativo · UROBILINOGÊNIO : Normal · NITRITO : Negativo · LEUCÓCITOS : 2+ ANÁLISE MICROSCÓPICA · GBs : 25/campo · Leveduras : Moderado Baseado nos resultados observados, responda: A) Com um nível de glicemia de 250 mg/dl, a glicose deve estar presente na urina? Por quê? A paciente apresenta um quadro de glicemia desregulada, portanto a glicose não está sendo reabsorvida e consequentemente está sendo liberada pela urina. B) Existe uma discrepância entre os resultados da reação de nitrito negativa e da esterase leucocitária positiva? Explique a resposta. Não necessáriamente. Algumas bactérias são responsáveis por transformar nitrato em nitrito, sendo as mais comuns, cocos gram-, porém, nem todas possuem essa capacidade como por exemplo, os cocos gram+. Esterase leucocitária quando positiva, pode indicar ITU: bactérias gram -, nefrite, glomerolonefrite, litíase, cistite ou uretrite. C) Qual a maior discrepância entre os resultados das análises química e microscópica? Se através da análise bioquímica, foi detectada a presença de sangue++, de fato, o exame microscópico deveria abordar a quantidade de hemácias por campo. D) Considerando a história do paciente, qual a causa mais provável para a discrepância? A causa mais provável dessa discrepância, tenha ocorrido pelo fato da paciente estar acamada por 3 meses resultando em atrofia muscular, consequentemente há a liberação de mioglobina.