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Centro Universitário Unifacvest Arquitetura e Urbanismo Ana Clara Anacleto Scheila Leite de Souza Coxilha Rica: Um estudo de seu Relevo Lages, 2020. 1.Introdução A região a ser estudada, a Coxilha Rica, fica situada em Lages, município da região serrana de Santa Catarina. Lages é sede da Mesorregião Serrana e da Região Metropolitana de Lages (AMURES),com uma população estimada em 157.743 habitantes (conforme IBGE de 2018), detém a maior extensão territorial dentre os municípios catarinenses. No início do século XVIII, a coroa portuguesa deu ao bandeirante português Correia Pinto a missão de criar uma vila às margens do Rio Carahá, que funcionaria como estalagem para os tropeiros que faziam a rota entre Rio Grande do Sul e São Paulo. Campos de Lajes, foi sua primeira nomenclatura, dado por conta da grande quantidade da pedra laje (arenito) na região, apenas em 1960, recebeu o atual nome de Lages. Foi assim então que estabeleceram-se as principais ligações entre os Estados do Sul com o Sudeste, que eram de extrema importância para o transportes de mercadorias e comunicações com os centros consumidores. Desta conexão, desenvolveu-se uma paisagem cultural singular que reflete a relação do homem com o meio ambiente. Durante muito tempo, turistas assemelhando-se a época dos tropeiros e viajantes faziam passagem e tinham parada obrigatória na região da Coxilha Rica de Lages, e tinham grande interesse em pernoitar nas fazendas históricas e centenárias ali construídas. Criou-se então a necessidade de explorar essa região, num setor que na nossa região era defasado, o Turismo. Lages passou a ser conhecida como a Capital Nacional do Turismo Rural. A partir de então, as propriedades que passaram a praticar a atividade do chamado turismo rural multiplicaram-se no País, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. O resultado foi extremamente promissor e começaram assim a atrair muitos turistas para o turismo rural. As fazendas centenárias, ladeadas por taipas, ainda desenvolvem atividades primárias, agregando o turismo como nova fonte de renda. Nelas, os turistas e visitantes têm a oportunidade de acompanhar a rotina diária do campo, e de apreciar a beleza da região, convivendo com a hospitalidade do povo serrano, seus costumes e tradições. Cada vez mais, as pessoas têm buscado essa modalidade de turismo, que proporciona excelentes momentos em meio a natureza, em um ambiente tranquilo, onde se pode descansar e também fazer atividades ao ar livre. Neste Artigo, buscaremos entender seu relevo ondulado, que atrai tantos olhares para esta belíssima região. 1.1 Problema A Coxilha Rica,por ser uma zona rural e de difícil acesso e tráfego, torna-se pouco explorada e estudada, a falta de investimento e reconhecimento do potencial turístico e econômico da cidade e região, faz com que seja esquecida e negligenciada, assim, a área parece estagnada no tempo, sem estímulo para crescimento. 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral O presente artigo, tem como principal objetivo estudar o relevo da região, para que este estudo sirva de apoio ao reconhecimento das suas potencialidades. 1.2.2 Objetivos Específicos ● Entender a formação geológica da ondulação do relevo da Coxilha Rica; ● Analisar as potencialidades do solo em questão; ● Defender e evidenciar a preservação da memória rural da região; ● Desenvolver o Ecoturismo e lutar pela preservação da Ecologia como fonte de vida; 1.3 Metodologia O Artigo será desenvolvido com base em uma pesquisa fotográfica,iniciada a um ano e meio, e através de descoberta de conhecimento a partir de bases textuais. A metodologia de desenvolvimento deste trabalho é dividida em três etapas: Etapa 1: análise da região,localização,vegetação; Etapa 2: Estudo do Relevo,geomorfologia; Etapa 3: conclusão. 1.4 Importância do Tema A Coxilha Rica , é uma região histórica , considerada a primeira via terrestre de ligação entre o sul do Brasil e o sudeste do Brasil, o Caminho das Tropas, traçada no século XVIII, abrangia a Coxilha Rica. O estudo de seu solo, está atrelado ao início de Lages, assim entendemos a origem e a formação do povoamento,trazendo discernimento para pensar em valorização do solo para o futuro. 2. Desenvolvimento 2.1 Breve Histórico Como já mencionado, a Coxilha Rica é uma região localizada no município de Lages, percorre cerca de 100 quilômetros quadrado, da área da cidade, uma zona rural em um planalto situado a mais de 1.000 m acima do nível do mar. Foi a primeira via terrestre de conexão entre sul e o sudeste do Brasil, ficou conhecido como Caminho das Tropas, traçado no século XVIII, era usada por tropeiros que levavam gado do Rio Grande do Sul a São Paulo e sul de Minas Gerais. Do sudeste brasileiro vinham os tropeiros até Viamão, no Rio Grande do Sul, inicialmente no segundo quarto do século XVIII, para negociar mulas, cavalos e bois e, em seguida, levá-los até a Feira de Sorocaba, em São Paulo, onde eram distribuídos para o restante do Brasil . Dado o longo percurso, eram realizadas as chamadas invernadas, que era o estabelecimento dos tropeiros em determinado lugar para recuperação dos animais e para descanso das tropas. Havia duas longas paradas que eram feitas com este intuito: em Lages e em Campo Largo ou Itapetininga. O seu nome "coxilha", significa colina, dado ao fato da região ser formada por um vasto terreno ondulado, motivo do estudo apresentado. No local , a vegetação que predomina é a rasteira, de gramíneas, e também um dos símbolos da região, as florestas de araucária. Os principais afluentes que por lá correm são o Pelotas, Pelotinhas, Penteado, Lageado Bonito e o Lava-Tudo. Seu solo é pouco profundo, pedregoso, não muito fértil e coberto de gramíneas que no inverno ressecam com a geada e com o vento minuano. A Coxilha Rica é formada principalmente por fazendas, principalmente centenárias, que se mantém com a criação de gado que utilizam-se da pastagem natural,sendo assim, a principal atividade econômica exercida é a pecuária. Há séculos cria-se gado na região, que concentra a maior variedade de raças bovinas de corte do Brasil. Devido a estas fazendas centenárias e à paisagem natural, a Coxilha Rica é uma região propícia ao turismo rural. A ocupação humana na área de estudo remonta a colonização européia do século XVIII. Até meados deste século, viviam na região de Coxilha Rica os índios Xokleng e Kaingang, ambos pertencentes ao tronco Jê. Os estudos arqueológicos e os relatos nos documentos dos europeus desbravadores comprovam a presença desses grupos na região . Os índios Xokleng se caracterizavam por serem nômades, basearem sua economia na caça e na coleta e ocuparem a região entre o litoral e o planalto, em meio às florestas. Já os índios Kaingang, tinham como característica a vida no planalto, intercalando alguns meses parados e outros em movimento. Sua alimentação consistia basicamente da semente da Araucária, denominada Pinhão, além de animais provindos da caça e de poucos frutos decorrentes de uma agriculturarudimentar . Figura 1. O corredor de Taipas ( Foto: De Lajens a Lages) 2.2 Localização A área de estudo consiste em uma parte do curso médio do vale das Pelotinhas, Afluente do rio Pelotas na bacia do rio Uruguai, mais especificamente Coxilha Rica em Lagos. Encontra-se entre coordenadas geográficas Sul do centro, 50 ° 26’9 "oeste, 28 ° 10 ’33" sul, 50 ° 12 ’41 "oeste e 28 ° 2 ’31" oeste Prefeitura de Lacas, Santa Catarina. Pode ver o mapa de localização abaixo: Região Sul/ Santa Catarina Lages 2.3 Características da Região A área de estudo, medindo 170,30 Km², faz parte do Município de Lages e se encontra no planalto catarinense. Esta área foi escolhida em função de um projeto de pesquisa arquitetônica e fotográfica desenvolvido por nós, Ana Clara Anacleto e Scheila Leite de souza,em parceria com nosso colega Andrigo Borges, que nos proporcionou um contato com esse lugar e a disponibilidade de diferentes recursos para estudá-lo. 2.4 Fotos Figura 2. As colinas da Coxilha,(Foto: De Lajens a Lages). Figura 3. Paisagem, (Foto: De Lajens a Lages). Figura 4. Campos da Coxilha, (Foto: De Lajens a Lages). Figura 5. Vastidão dos campos(Foto: De Lajens a Lages) 2.5 Geologia do Solo Do final do Mesozóico ao início do Terciário, o sul do Brasil foi o local da maior atividade vulcânica conhecida. Durante este período, a lava transbordou ao longo de complexos de cristal e sedimentos, cobrindo uma área de aproximadamente 800.000 km². São várias erupções vulcânicas, formando um dos maiores fluxos de lava do mundo. Por meio da endogamia do magma, verifica-se que essas manifestações vulcânicas pertencem à mesma escala de tempo, e o magma tem uma característica comum de sódio-álcali. A área de estudo deste Artigo - Coxilha Rica (Lages-SC) - localiza-se no Planalto de Santa Catarina, que também recebeu pacotes de derramamento vulcânico, denominados Formação Serra Geral. A formação rochosa é caracterizada principalmente por derramamentos do planalto basáltico. É caracterizada por ingredientes básicos, mas também possui rochas eruptivas ácidas subordinadas e existe em 51,5% do estado de Santa Catarina. Depois de estudar as formações de Serr Geral, ele determinou que os basaltos da unidade eram formados pela "atividade vulcânica de fissão silenciosa que seria exibida durante o período Jurássico". Movimento relacionado à deriva continental. A Formação Serra Geral está relacionada à separação continental entre América do Sul e África, que ocorre por meio de um processo geodinâmico que fornece tanto rochas vulcânicas fraturadas quanto hipabissais, com grande número de diques, leito rochoso e irregular de diabásio . Desta forma, "o cinturão de magma profundo, pode se comunicar com o mundo exterior" A Formação Serra Geral está situada sobre rochas sedimentares, os arenitos continentais. O transbordamento moveu-se para oeste ao longo da encosta do terreno, preenchendo os vastos vales da estrutura sedimentar arranjada em um arranjo monoclínico. De acordo com o último relatório de pesquisa de Paiva Filho (2000, p. 76), os membros inferiores da Serra Geral “incluem uma pilha de vulcões que transbordaram durante a fase de expansão da crosta continental antes da fenda”; divididos em Gramado (parte inferior) e Esmeralda (parte superior). ) Unidade, o valor medido atinge a espessura máxima de 750 metros e 900 metros respectivamente. O influxo maciço de basaltos da Formação Serra Geral ocorreu, porém, isto ocorreu em várias etapas - razão pela qual determina a diferenciação da lava (assimilação crustal, fracionamento, drenagem de gases). Figura 6. - Perfil de um derrame basáltico. Fonte: Prosul/RTK (2002) Como resultado, existem diferentes tipos de rochas na área de transbordamento de lava. No entanto, devido ao processo de resfriamento da lava, as áreas com diferentes características de estrutura e textura serão diferentes a cada vez. Conforme mencionado anteriormente, a área de estudo também é coberta por sedimentos quaternários. Essas feições são produtos da erosão ocorrida ao longo do Quaternário e, portanto, apresentam diferentes tamanhos de grãos, como: seixo, cascalho, areia, silte e argila. À medida que sua massa aumenta, seixos e cascalho permanecem próximos à origem de seus sedimentos, ou seja, próximos ao nível mais alto do terreno. Por outro lado, areia, silte e argila são mais comumente dispersos sob a ação do vento, chuva, escoamento, etc. 2.6 Clima da Região Geralmente, os fatores mais relevantes que interferem no clima de uma determinada área são a distância do equador (ou seja, latitude), a topografia do terreno, a atividade das massas de ar e o oceano e a natureza continental. Em Santa Catarina, um fator bastante representativo é a altitude, considerando que cerca de 70% dela está localizada a mais de 300 metros de altitude. Outro fator que afeta a dinâmica do clima é a qualidade do ar. Por ser uma região de latitudes médias, Santa Catarina é afetada pela qualidade do ar de latitudes baixas e altas. Essa condição geográfica é propícia à colisão de massas de ar, resultando em frentes frias ou quentes. A origem da massa de ar é chamada de centro de ação, que se caracteriza pela circulação anticiclônica. Os centros de ação que mais impactam o clima no sul do Brasil são: o anticiclone do Atlântico Sul e o anticiclone polar. Estes centros de ação são responsáveis pela geração da qualidade do ar no Atlântico Atlântico (mTa) e Polar Atlântico (mPa). Ou seja, o centro de alta pressão movimenta o ar para baixo, ou ainda possui mecanismo oposto ao anticiclone por meio da circulação do ciclone. O movimento do ar é do anticiclone (centro positivo) para o ciclone (centro negativo) .No hemisfério sul, o primeiro gira no sentido anti-horário e o segundo no sentido horário. Por estar localizado em latitudes médias, o clima no sul do Brasil é diferente de outras partes do país. É considerada subtropical e possui quatro estações bem definidas, além de um equilíbrio considerável nas condições pluviométricas. Na manifestação exclusiva de um destes centros de divergência atmosférica, nomeadamente os anticiclones, normalmente é possível garantir um tempo bom e estável. No inverno, quando a massa de ar polar avança para o equador, ela supera outras massas de ar quente, resultando na frente polar atlântica (a intensidade e a pressão neste momento são muito maiores do que em outras regiões polares). Isso ocorre na maioria dos casos devido a colisões. Muito instável, até tempestuoso. Esse encontro com a massa de ar que produz a frente é chamado de fenômeno pré-existente, ocorre no sul do Brasil e ocorre mais frequentemente sob a ação da mTa na primavera devido ao forte gradiente térmico em direção ao extremo. Possui também características de clima temperado, mas a temperatura média não é tão baixa quanto a de uma regiãotípica do clima, portanto, devido à sua localização, está inserida em um ambiente de transição entre alta temperatura e clima úmido, ou seja, clima tropical. E o clima frio e geralmente seco - clima temperado. 2.7 Geomorfologia Regional Do ponto de vista da estrutura geológica e tipos de rocha, está relacionado ao papel do processo de modelagem do clima úmido, havendo uma grande sala ondulante composta por blocos de planalto na área de estudo. O efluente alcalino, neutro e ácido da formação Serra Geral segue a estrutura horizontal da bacia sedimentar do Paraná. Portanto, o supergene após o período Cretáceo formou um planalto com camadas horizontais, que foi posteriormente dissecado por rios no clima úmido da região. Devido à existência de fissuras ou à composição básica da rocha, o rio encontra locais onde a resistência da rocha ao intemperismo é pobre e a profundidade e densidade de drenagem são maiores. A abertura do rio para o vale e seu aprofundamento, formando uma elevação em forma de colinas ou morros. A área de resgate do Planalto dos Campos Gerais foi desenvolvida no vale médio do rio Pelotinhas. Esta é uma superfície ligeiramente dissecada e mais alta do que o compartimento adjacente. A distribuição fina dos relevos pode ser devida ao tipo de rocha ejetada, cuja composição está em meio ao ácido presente na área. Ao analisar os relevos com mais detalhes, há esculturas em várias formas de relevo na superfície do planalto, como fundos de vales, planícies, morros e colinas. 2.8 Aspectos Geológicos De acordo com a pesquisa, basalto e dados são desenhados na área de pesquisa GIS Brasil desenha mapa na escala 1: 1-Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Da imagem de satélite A área do sedimento quaternário pode ser descrita em detalhes. É possível a Possibilidade de a área de estudo estar localizada na parte inferior das extremidades inferiores Formação Serra Geral, por apresentar rochas basálticas e tipos intermediários de rochas dacito. Rocha magmática-rocha magmática cobre 88% da área de estudo, A cor apresentada é "mais clara que a rocha básica, variando de cinza claro a Cinza marrom médio com linhas pontilhadas quando desgastado Castanho claro, eles também podem aparecer em rosa forte a vermelho claro, De acordo com o grau de impregnação de óxido de ferro " (HORBACH et. al., 1986, p. 230). Existem como minerais constituintes: quartzo, feldspato de plagioclásio e Uma pequena quantidade de biotita e piroxênio. Como recursos de textura, eles são Cristal mútuo e cristal total, com fissuras densas horizontais e verticais. Ao fraturar, a rocha parece rachar e ser parcialmente intemperizado.A textura afanítica apesar da composição química, o fraturamento é bom para intemperismo o ácido da rocha. O basalto é uma rocha magmática, distribuída na área mais anatômica, porque está sob a camada de dacito. O papel do rio traz à tona essas pedras. O basalto é composto de piroxênio, feldspato de plagioclásio e olivina, além de minerais auxiliares, como anfibólio, magnetita. Segundo Horbach et al. (1986), esta rocha possui uma variedade de cores que, quando fresca, apresenta-se do cinza-escuro ao negro, com tonalidades esverdeadas e quando intemperizada, em sua maioria, tornam-se com colorações em tons de verde, castanho avermelhado e castanho-claro. Possui textura afanítica, porém algumas vezes pode apresentar textura fanerítica, mas quase nunca porfiróide (HORBACH et al. 1986). Como mencionado anteriormente, a área de estudo também é coberta por sedimentos Quaternário. Estes têm diferentes tamanhos de grãos, De acordo com o grau de alteração da rocha na área e Tipos de processos de erosão, transporte e deposição. Eles são muito comuns na área Movimento de massa, escoamento e alto fluxo de energia nas encostas No Rio. Os fundos do vale são principalmente preenchidos por estes Sedimento. Quanto mais próximo da área de origem, maior será o sedimento. Os depósitos de seixo e cascalho são amplamente utilizados na área pavimentação 2.9 A ondulação do Relevo O relevo apresenta-se em forma de topo plano e esguio de montanha, com quebra de declive na encosta. O achatamento e o alongamento do topo são função da estrutura geológica da área, que se origina dos transbordamentos que acompanham a estrutura da rocha sedimentar desde o nível até a camada sedimentar subnível, que escoa devido à sua fluidez. Nas áreas onde existe basalto, a resistência dos relevos é reduzida devido ao baixo teor de sílica, garantindo assim que a paisagem tenha vales mais anatômicos, abertos e profundos, apresentando assim as características de morros. Muitos morros são dispostos de acordo com linhas estruturais. Nas áreas onde as linhas estruturais convergem em diferentes direções e o rio flui mais, essas áreas de topo têm uma anatomia maior e maior declive.O solo é geralmente raso, em forma de neossolo litólico e cambissolo, e também há muitos afloramentos rochosos. A vegetação cobre a pastagem que pode ser amplamente envolvida na atividade pecuária. Em alguns locais, uma fonte de drenagem com uma mola no topo cria uma estrutura anatômica de um lado, formando uma crista. Em outros casos, a erosão de retorno do vale atinge seu pico. Nesses locais, o solo é mais desenvolvido hidromórficos, podendo criar gleissolos em alguns locais. Por causa do solo profundo, a água da nascente formou árvores e florestas mistas. Esses ambientes de nascente próximos ao topo da montanha devem ser protegidos porque são muito importantes para a manutenção dos recursos hídricos e da biodiversidade da região, permitindo o fluxo genético das florestas de araucária. O declive é caracterizado por uma superfície horizontal com uma quebra de declive como modelo de afloramentos rochosos, que pode corresponder à área vertical em forma de losango do derramamento. Essas áreas podem ser utilizadas para a extração de rochas para construção civil e pavimentação. Tendo em vista a grande inclinação dos relevos próximo às quebras de encosta e a pouca profundidade da alteração, mesmo que a fluência tenha ocorrido devido à deformação do argiloso argiloso, é muito importante manter a cobertura vegetal para a pecuária. A unidade é utilizada em residências, comércio, indústria e estradas, ou seja, quando utilizada em cidades, deve-se levar em consideração a profundidade do solo, o que dificulta a implantação de esgotamento sanitário e industrial. Se o terreno for usado para impermeabilização urbana, o escoamento da água da chuva também pode se tornar um problema. Não deve haver nenhum tipo de urbanização ou aproveitamento agrícola e pecuário próximo às nascentes e nascentes do vale, pois é necessário manter a vegetação nativa. Geralmente, o uso do solo em unidades de paisagem montanhosa é altamente restrito por variáveis ambientais, como a presença de solo raso e climafrio. Apresenta pastagens e campos naturais, havendo poucas florestas em estágio intermediário, avançado e / ou primário e poucas florestas e campos agrícolas. 2.9 Formações Vegetais e uso do Solo A formação da vegetação em uma determinada área depende principalmente do tipo de solo e do clima. Características profundamente enraizadas como espessura, textura e fertilidade afetam as espécies que podem crescer no solo. Precipitação, temperatura diária e sazonal, duração da insolação, umidade relativa e quantidade e distribuição do vento são variáveis climáticas importantes que podem ser utilizadas para definir as espécies que se instalam em uma determinada área e interferem em seu estado fenológico (como o grau de crescimento), floração e frutificação E no momento da frutificação, as folhas caem, etc. Por exemplo, o vento acelera a perda de água por meio da evapotranspiração e interfere diretamente no crescimento e na forma das plantas. Os locais abertos como o litoral são positivamente afetados por massas de ar, que regulam principalmente a formação de gramíneas e arbustos. Observou-se que aspectos relacionados à ondulação, como orientação da encosta, forma da encosta e inclinação, também interferem na formação da vegetação. Segundo pesquisas no Estado de Santa Catarina, a formação de florestas híbridas mistas se desenvolve em climas com altitude superior a 500m e sem estações secas, e se formam campos (savanas) de clima frio e solo chorume a mais de 800m de altitude. Acima. Floresta mista, nomeada floresta ombrófila. Representantes desse tipo de floresta são as espécies de espécies heliófitas, a araucária, de clima mais frio e espécies da mata atlântica como canelas, imbuia, angico vermelho. Em alguns locais com elevações mais baixas, como no Vale do Rio Pelotinhas, os cortes de relevo são maiores, e podem ser encontradas espécies de florestas subtropicais, com com bracatinga e A ação humana sobre as formações vegetais primárias causam mudanças nas fito associações e no grau de sucessão ecológica. Na área de estudo, a pecuária extensiva desde o século XIX e a exploração madeireira no século XX alteraram a vegetação original. A atividade pecuária nesta área continua e a área de pinus é destinada principalmente à indústria de celulose, que tem aumentado. 3. Conclusão Até o início do século XX, a qualidade dos campos da Coxilha Rica utilizados para o desenvolvimento da pecuária era uma das características que tornavam a área um importante polo da atividade. Com o declínio dessa atividade, a partir de 1940, a economia regional entra no período do Ciclo da Madeira, configurando-se assim uma nova organização espacial, especialmente com a chegada de gaúchos, compondo a estrutura urbana de alta renda de Lages e adjacências, e de operários para trabalhar nas serrarias . A atividade extrativista e monocultora do pinheiro se intensificou na década de 1970, com a instalação de indústrias de papel e celulose, ocasionando a perda de grande parte da floresta nativa de araucária (Araucaria angustifolia). O Pinus é um gênero de plantas da família Pinaceae, a qual possui 11 gêneros passou a ocupar áreas, antes destinadas à 28 pecuária na Coxilha Rica”. Atualmente, de acordo com os resultados do censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE de 2010, o Município de Lages, onde se encontra a área de estudo, possui 156.737 habitantes e, dentre eles, 75.952 são homens e 80.785 são mulheres. Segundo a referida fonte, a maior parte da população é predominantemente urbana, pois 153.944 habitantes fazem parte deste meio e, apenas 2.793 habitantes são moradores do meio rural. Como a atividade mais comum no Município é a pecuária extensiva, não é necessária muita mão-de-obra no campo, por isso, a menor quantidade de habitantes na zona rural, apesar de Lages ter a maior parte de seu território como rural. O médio vale do rio Pelotinhas se encontra no meio rural, com pouca densidade demográfica. A área é ocupada principalmente por propriedades de pecuária extensiva. 4. Referências -Coxilha Rica. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Coxilha_Rica; -Coxilha Rica e sua inserção no Contexto Global. Disponível em https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Territorio-da-Coxilha-Rica-d-e-sua-insercao-no -contexto-global-a-regional_fig1_318845797; -Hidrografia da Coxilha Rica. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/318845797_Analise_da_hidrografia_da_Coxilha_R ica_sul_do_municipio_de_Lages_-_SC; -Lages. Disponível em www.ima.sc.gov.br › licenciamento-ambiental › eia-rima; -Área de Proteção Ambiental Coxilha Rica. Disponível em https://www.camaralages.sc.gov.br/camara/proposicao/Projetos-de-Lei-Complementar/2007/ 1/0/18708; -Potencialidades e Fragilidades do meio físico da região de Coxilha Rica (LAGES – SC) Frente a ocupação humana. Disponível em http://www.geolab.faed.udesc.br/publicacoes/Samuel/Samuel_TCC.pdf.
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