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1/2020 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS ATIVIDADES

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UA 1 - COMUNICAÇÃO, LINGUAGENS E LEITURA
Nota: 10,00/10,00
1. O ato comunicativo está centrado no uso da linguagem pelo ser humano. Ao se falar em linguagem, toma-se como base qualquer sinal, gesto, palavra escrita, palavra falada, som, cor, enfim, tudo o que possa contribuir para o estabelecimento da interação entre seres humanos. Para se conceituar linguagem, poder-se-ia dizer que esta se constitui de um sistema organizado de sinais, que serve para o estabelecimento de atos de comunicação entre os indivíduos de uma determinada comunidade. Com referência à linguagem, assinale a alternativa CORRETA:
a. A linguagem se compõe de todas as formas convencionadas de sinais que permitem estabelecer comunicação.
b. Compõem a linguagem as palavras faladas; fora destas, não existe linguagem.
c. Entende-se por linguagem qualquer tipo de comunicação escrita
d. As cores, sons e gestos compõem a linguagem; fora destes signos não há linguagem.
2. Pode-se dizer que só há comunicação quando, de alguma forma, o conteúdo é interpretado e internalizado pelo receptor, ou seja, quando:
a. For direcionada uma pergunta ao referente.
b. É notada uma resposta em decorrência da mensagem.
c. A mensagem é claramente entendida pelo emissor.
d. O emissor ofertar um feedback ao receptor.
3. Comunicar é a habilidade de externar informações, emoções, opiniões, e qualquer tipo de conhecimento de um indivíduo para outro. A boa comunicação está na base de qualquer relacionamento humano e, na esfera profissional, não poderia ser diferente. Quanto maior for o entendimento entre as pessoas, maior será o bem-estar existente entre os interlocutores e mais produtiva e eficiente será sua convivência. Sobre um processo de comunicação eficiente, assinale a alternativa correta:
a. Quando uma mensagem não produz resultados, dizemos que há desperdício de energia. Mensagens que não agreguem resultados positivos ou que não agreguem resultado algum não devem ser rejeitadas, e sim aproveitadas.
b. Dentro de um processo comunicativo, para que se obtenha a confiança das pessoas envolvidas, é necessário que suas falas estejam sintonizadas e coerentes com as diversas atitudes e situações desenvolvidas no seu dia a dia.
c. A demonstração de profissionalismo, o conhecimento sobre o assunto, a experiência e a credibilidade auxiliam a criação de uma imagem ora positiva, ora negativa, atribuindo autoridade e respeito.
d. Em um processo de comunicação eficiente, a palavra, o tom de voz, os gestos e o contexto não necessitam estar integrados à mensagem que é transmitida, pois o que vale é o que está escrito.
4. Sobre as linguagens verbal e não verbal, é INCORRETO afirmar que:
a. Linguagem verbal e não verbal, quando simultâneas, colaboram para o entendimento do texto.
b. A linguagem não verbal é aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra, enquanto a linguagem verbal utiliza a língua, seja oral ou escrita, para estabelecer comunicação.
c. São utilizadas para criar atos de comunicação que nos permitem dizer algo.
d. A linguagem verbal utiliza qualquer código para se expressar, enquanto a linguagem não verbal faz uso apenas da língua escrita.
5. Sobre as linguagens verbal e não verbal, estão corretas, exceto:
a. linguagem verbal e não verbal são importantes, e o sucesso na comunicação depende delas, ou seja, quando um interlocutor recebe e compreende uma mensagem adequadamente.
b. a linguagem verbal, por dispor de elementos linguísticos concretos, pode ser considerada superior à linguagem não verbal.
c. a linguagem verbal diz respeito aos signos que são formados por palavras. Eles podem ser sinais visuais e sonoros.
d. a linguagem não verbal é composta por signos sonoros ou visuais, como placas, imagens, vídeos etc.
6. São exemplos de linguagem não verbal:
a. sinais de trânsito e uma conversa informal entre alunos e professores.
b. cores das bandeiras e dos semáforos.
c. cantigas infantis.
d. apitos e discursos políticos.
7. Língua e Linguagem: (ENEM – 2009)
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra e veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido:
a. à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
b. ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
c. à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
d. à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade.
e. ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
8. O uso da língua, via fala, apresenta diferentes tipos de variações, seja por uma questão geográfica, por questões culturais, por questões sociais, por questões de uso da língua de modo diferenciado, a exemplo da literatura, ou ainda por uma questão contextual, e neste uso está se considerando a situação em que se encontram os falantes. Tomando-se por base a situação dos interlocutores, poder-se-ia dizer que, em dado momento, estes podem necessitar valer-se de um registro mais formal, a exemplo de uma entrevista de emprego.
Considerando as situações de formalidade, quais dessas sentenças são verdadeiras?
I. O nível formal é próprio de uma situação de formalidade
II. Na formalidade, utiliza-se uma linguagem mais simplificada
III. Na formalidade, utiliza-se uma linguagem dita mais culta
IV. O nível culto vale-se de um vocabulário mais apurado
V. O nível culto da língua utiliza um registro menos apurado.
a. 1, 3 e 5
b. 1, 2 e 3
c. 1, 3 e 4
d. 2, 4 e 5
9. Língua e Linguagem: (ENEM – 2010)
Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão presas à mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes.
Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010.
O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas de mostram que seu texto foi elaborado em linguagem:
a. culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.
b. coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum.
c. jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol.
d. regional, adequada à troca de informações na situação apresentada.
e. informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor.
10. A importância do ato de ler, por Paulo Freire
1º Rara tem sido a vez, ao longo de tantos anos de prática pedagógica, por isso política, em que me tenho permitido a tarefa de abrir, de inaugurar ou de encerrar encontros ou congressos.
2º Aceitei fazê-lo agora, da maneira, porém, menos formal possível. Aceitei vir aqui para falar um pouco da importância do ato de ler.
3º Me parece indispensável, ao procurar falarde tal importância, dizer algo do momento mesmo em que me preparava para aqui estar hoje; dizer algo do processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio, processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na descodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. Ao ensaiar escrever sobre a importância do ato de ler, em que senti levado – e até gostosamente – a “reler” momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituindo. Ao ir escrevendo este texto, ia “tomando distância” dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da “palavra mundo”.
4º A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em que me ouvia – e até onde não sou traído pela memória –, me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Me vejo então na casa mediana em que nasci, no Recife, rodeada de árvores, algumas delas como se fossem gente, tal a intimidade entre nós – à sua sombra brincava e em seus galhos mais dóceis à minha altura eu me experimentava em riscos menores que me preparavam para riscos e aventuras maiores. A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – o sítio das avencas de minha mãe –, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi meu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei, me pus de pé, Andrei, falei. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como o mundo de minha atividade perceptiva, por isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto – em cuja percepção me experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber – se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão eu ia apreendendo no meu trato com eles, nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 12. ed. São Paulo: Cortez, 1986. p. 11-3.
Analise as afirmativas referentes ao texto:
I - A leitura não se esgota na decodificação pura da palavra escrita, ler é algo que se integra à inteligência do mundo, ou seja, à compreensão crítica do mundo.
II - Ler o mundo consiste em apreender o significado daquilo que nos rodeia: o valor social e afetivo de nossa realidade.
III - A palavra que se aprende está vinculada à experiência da realidade de que ela fala.
Quais afirmativas estão corretas?
a. Apenas II.
b. Apenas I e II.
c. Apenas III.
d. Apenas I e III.
e. I, II e III.
UA 2 - TIPOLOGIAS E GÊNEROS: NARRAÇÃO E DESCRIÇÃO
Nota: 10,00/10,00
1. Leia o texto a seguir: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/vera-iaconelli/2018/04/no-balaio-da-depressao-pos-parto.shtml
Escolha uma:
a. Nenhuma das alternativas.
b. O texto é um artigo de opinião já que a autora se posiciona diante de um acontecimento ou ação que envolve aspectos sociais.
c. O texto é uma lenda uma vez que apresenta vários acontecimentos reais e fictícios mostrando a tradição de uma sociedade.
d. O texto é uma notícia já que está publicada no jornal folha e mostra acontecimentos reais sem se posicionar acerca do assunto.
2. Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que indica a correspondência correta.
(1) Narrar
(2) Argumentar
(3) Expor
(4) Descrever
(5) Prescrever
( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de verbos no modo imperativo.
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de texto.
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.
( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e conclusão.
a. 4, 2, 3, 1, 5
b. 3, 5, 1, 2, 4
c. 5, 3, 4, 1, 2
d. 2, 3, 1, 4, 5
e. 5, 3, 1, 4, 2
3. Sobre os tipos textuais, é correto afirmar, exceto:
a. Possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas de acordo com o estilo do autor, conteúdo, composição e função.
b. Geralmente variam entre cinco e nove tipos.
c. Os tipos de textos apresentam características intrínsecas e invariáveis, ou seja, não sofrem a influência do contexto de nossas atividades comunicativas. De maneira predeterminada, apresentam vocabulário, relações lógicas, tempos verbais e construções frasais que acolhem os diversos gêneros.
d. Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais, etc.
e. Os tipos textuais são: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição.
4. Qual das expressões abaixo tem o estilo mais adequado para a redação científica?
a. Os dados coletados comprovam o que pensei inicialmente, ou seja, que...
b. Os dados coletados me provaram que...
c. Considerando-se os dados coletados, é possível afirmar que...
d. A partir dos dados coletados, ficou praticamente certo que...
e. Considerando-se os dados coletados, sabemos que, sem dúvida, ...
5. Assinale a opção mais adequada ao texto acadêmico, considerando estilo, clareza e a noção de sentido único e exato para a frase.
a. A síntese do estudo destacou seu objetivo.
b. O estudo de caso foi realizado em duas escolas da rede pública estadual.
c. O objetivo não estava bem claro para os entrevistados.
d. Nem todos os participantes puderam participar.
e. Os entrevistados refletiram sobre o assunto, o qual foi colocado em pauta para promover seu melhor entendimento e reflexão.
6. O trecho a seguir não é apropriado para a redação científica: “Os professores foram observados em sala de aula por dois anos, tendo suas aulas gravadas em vídeo. O tempo voou, e ao final do estudo os professores foram convidados a assistir aos vídeos e prestar depoimentos. Nos depoimentos, insatisfação com a própria performance foi percebida.” Identifique a inadequação dentre os problemas listados abaixo.
a. Uso de ambiguidade e duplo sentido.
b. Uso de palavras arcaicas.
c. Uso de figura(s) de linguagem.
d. Uso de vocabulário excessivamente erudito.
e. Uso incorreto de conjunções para apresentar adição de ideias.
7. (FUNCAB) Internet e a importância da imprensa
Este artigo não é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as redes sociais empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados da internet: o empowerment (“empoderamento”, fortalecimento) do cidadão proporcionado pela grande rede.
É a primeira vez na História em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de expressão, escrevendo o que quiserem na internet. De forma instantânea, o que cada um publica está virtualmente acessível aos cinco continentes. Tal fato, inimagináveldécadas atrás, vem modificando as relações sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da mobilização virtual, notícias antes censuradas são agora publicadas na rede, etc. Há um novo cenário democrático mais aberto, mais participativo, mais livre.
E o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexão com outras pessoas tem provocado um novo fenômeno social. Com a internet, não é mais necessário conviver (e conversar) com pessoas que pensam de forma diferente. Com enorme facilidade, posso encontrar indivíduos “iguais” a mim, por mais minoritária que seja a minha posição.
O risco está em que é muito fácil aderir ao seu clube” e, por comodidade, quase sem perceber, ir se encerrando nele. Não é infrequente que dentro dos guetos, físicos ou virtuais, ocorra um processo que desemboca no fanatismo e no extremismo.
Em razão da ausência de diálogo entre posições diversas, o ativismo na internet nem sempre tem enriquecido o debate público. O empowerment digital é frequentemente utilizado apenas como um instrumento de pressão, o que é legítimo democraticamente, mas, não raras vezes, cruza a linha, para se configurar como intimidação, o que já não é tão legítimo assim...
A internet, como espaço de liberdade, não garante por si só a criação de consensos nem o estabelecimento de uma base comum para o debate.
Evidencia-se, aqui, um ponto importante. A internet não substitui a imprensa. Pelo contrário, esse fenômeno dos novos guetos põe em destaque o papel da imprensa no jogo democrático. Ao selecionar o que se publica, ela acaba sendo um importante moderador do debate público. Aquilo que muitos poderiam ver como uma limitação é o que torna possível o diálogo, ao criar um espaço de discussão num contexto de civilidade democrática, no qual o outro lado também é ouvido.
A racionalidade não dialogada é estreita, já que todos nós temos muitos condicionantes, que configuram o nosso modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos, temos sempre um determinado viés. Numa época de incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um dos grandes diferenciais de um jornal em relação ao que simplesmente é publicado na rede.
Imprensa e internet não são mundos paralelos: comunicam-se mutuamente, o que é benéfico a todos. No entanto, seria um empobrecimento democrático para um país se a primeira página de um jornal fosse simplesmente o reflexo da audiência virtual da noite anterior. Nunca foi tão necessária uma ponderação serena e coletiva do que será manchete no dia seguinte.
O perigo da internet não está propriamente nela. O risco é considerarmos que, pelo seu sucesso, todos os outros âmbitos devam seguir a sua mesma lógica, predominantemente quantitativa. O mundo contemporâneo, cada vez mais intensamente marcado pelo virtual, necessita também de outros olhares, de outras cores. A internet, mesmo sendo plural, não tem por que se tornar um monopólio. (CAVALCANTI, N. da Rocha. Jornal “O Estado de S. Paulo”, 12/05/14, com adaptações.)
Pelas características da organização do discurso, a respeito do texto, pode-se afirmar que se trata de uma:
a. dissertação de caráter argumentativo, pois faz a defesa de uma tese com base em argumentos, numa progressão lógica de ideias, com o objetivo de persuasão.
b. dissertação de caráter expositivo, pois explica, reflete e avalia ideias de modo objetivo, com intenção de informar ou esclarecer.
c. narração, por reportar-se a fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens, numa relação temporal de anterioridade e posterioridade.
d. expressão injuntiva, por indicar como realizar uma ação, utilizando linguagem simples e objetiva, com verbos no modo imperativo.
e. descrição, por retratar uma realidade do mundo objetivo a partir de caracterizações, pelo uso expressivo de adjetivos.
8. (PUC - SP) O trecho abaixo foi extraído da obra Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. BOTAFOGO ETC.
“Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas sem sol. Losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam os verdes montes interiores. No outro lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava. Barcos. E o passado voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia vinha derrapava em túneis. Copacabana era um veludo arrepiado na luminosa noite varada pelas frestas da cidade.”
Didaticamente, costuma-se dizer que, em relação à sua organização, os textos podem ser compostos de descrição, narração e dissertação; no entanto, é difícil encontrar um trecho que seja só descritivo, apenas narrativo, somente dissertativo. Levando-se em conta tal afirmação, selecione uma das alternativas abaixo para classificar o texto de Oswald de Andrade:
a. Narrativo-dissertativo, com predominância do narrativo.
b. Narrativo-descritivo, com predominância do descritivo.
c. Descritivo-dissertativo, com predominância do dissertativo.
d. Descritivo-narrativo, com predominância do narrativo.
e. Dissertativo-descritivo, com predominância do dissertativo.
9. (ITA) O leão
A menina conduz-me diante do leão, esquecido por um circo de passagem. Não está preso, velho e doente, em gradil de ferro. Fui solto no gramado e a tela fina de arame é escarmento ao rei dos animais. Não mais que um caco de leão: as pernas reumáticas, a juba emaranhada e sem brilho. Os olhos globulosos fecham-se cansados, sobre o focinho contei nove ou dez moscas, que ele não tinha ânimo de espantar. Das grandes narinas escorriam gotas e pensei, por um momento, que fossem lágrimas.
Observei em volta: somos todos adultos, sem contar a menina. Apenas para nós o leão conserva o seu antigo prestígio - as crianças estão em redor dos macaquinhos. Um dos presentes explica que o leão tem as pernas entrevadas, a vida inteira na minúscula jaula. Derreado, não pode sustentar-se em pé.
Chega-se um piá e, desafiando com olhar selvagem o leão, atira-lhe um punhado de cascas de amendoim. O rei sopra pelas narinas, ainda é um leão: faz estremecer as gramas a seus pés.
Um de nós protesta que deviam servir-lhe a carne em pedacinhos.
- Ele não tem dente?
- Tem sim, não vê? Não tem é força para morder.
Continua o moleque a jogar amendoim na cara devastada do leão. Ele nos olha e um brilho de compreensão nos faz baixar a cabeça: é conhecido o travo amargoso da derrota. Está velho, artrítico, não se aguenta das pernas, mas é um leão. De repente, sacudindo a juba, põe-se a mastigar capim. Ora, leão come verde! Lança-lhe o guri uma pedra: acertou no olho lacrimoso e doeu.
O leão abriu a bocarra de dentes amarelos, não era um bocejo. Entre caretas de dor, elevou-se aos poucos nas pernas tortas. Sem sair do lugar, ficou de pé. Escancarou penosamente os beiços moles e negros, ouviu-se a rouca buzina do fordeco antigo.
Por um instante o rugido manteve suspensos os macaquinhos e fez bater mais depressa o coração da menina. O leão soltou seis ou sete urros. Exausto, deixou-se cair de lado e fechou os olhos para sempre.
I. Embora não seja um texto predominantemente descritivo, ocorre descrição, visto que o autor representa a personagem principal através de aspectos que a individualizam.
II. Por ressaltar unicamente as condições físicas da personagem, predomina a descrição objetiva no texto, com linguagem denotativa.
III. Por ser um texto predominantemente narrativo, as demais formas - descrição e dissertação - inexistem.
Inferimos que, de acordo com o texto, pode(m) estar correta(s):
a. Apenas a III.
b. I e III estão corretas.
c. Apenas a II.
d. I e II estão corretas.
e. Apenas a I.
10. Sobre um texto do tipo descritivo, é correto afirmar:
a. Sua principal característica é narrar um fato fictício ou não, com tempo e espaço bem definidos e personagens que executam as ações que movimentam o enredo.
b. Sua principal característica é indicar como realizar uma ação, com linguagem simples e objetiva e predomínio do modo imperativo.
c. Sua principal característica é fazer uma defesa de ideias ou de um ponto de vista do autor do texto. A linguagem é predominantemente persuasiva e denotativa.
d. Sua principal característicaé explicar um assunto e discorrer sobre ele. Tem como intenção expor um argumento e defendê-lo.
e. Sua principal característica é completar os elementos da narrativa com a caracterização de personagem e de ambiente para transmitir ao leitor dados significativos sobre as personagens.
UA 3 - TIPOLOGIA E GÊNEROS: INSTRUÇÃO, DISSERTAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO
Nota: 10,00/10,00
1. Sabão em barra caseiro
Ingredientes:
1/2 kg de soda cáustica
1 litro de água;
3 litros de óleo de cozinha (usado e já saturado em frituras);
2 litros de álcool (de posto de gasolina).
Preparo: Ferva 1 litro de água. Simultaneamente, esquente bem 3 litros de óleo. Coloque a soda cáustica na água fervendo, dentro de um balde de plástico e, imediatamente, retire o óleo do fogo e despeje por cima. Em seguida coloque o álcool. Mexa (com um pedaço de pau) durante 15 minutos. Despeje numa caixa de papelão forrada com sacolas de plástico, vire as bordas delas um pouco para cima.
Observação: A altura do sabão, dentro da caixa de papelão é em torno de 5 a 6 cm.
Dica: Fazendo o sabão na lua nova, ele ficará melhor.
https://todaperfeita.com.br/receita-de-sabao/
Assinale a alternativa correta com base nas afirmações:
I- A receita é um texto injuntivo/prescritivo pertencente ao gênero instruir.
II- A receita de sabão apresenta o imperativo na 3ª pessoa do singular, mostrando menor formalidade.
III - A receita de sabão é um texto injuntivo formal porque dá ordens precisas sobre a produção do sabão.
IV- A receita apresentada não é um texto injuntivo/ prescritivo porque não contém verbos no imperativo.
a. I, II e III estão corretas
b. I e II estão corretas
c. II e IV estão corretas
d. III e IV estão corretas
2. “(...) Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
As dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça: antes de levar ao forno
Temperar com essência de espírito de porco,
Duas xícaras de indiferença
E um tablete e meio de preguiça (…)”.
(Os anjos – Legião Urbana)
A letra da música Os anjos, de autoria de Renato Russo, apresentam elementos que a identificam com o seguinte tipo textual:
a. Injunção.
b. Narração.
c. Dissertação.
d. Descrição.
3. Sobre os textos injuntivos e prescritivos, estão corretas:
I. Ambos estão pautados na explicação e no método para a concretização de uma ação através do emprego de uma linguagem simples e objetiva.
II. Os textos injuntivos não têm como finalidade a coerção do leitor, isto é, sugere o cumprimento das regras, e não as impõe. São exemplos as receitas culinárias e os manuais de instruções.
III. Os textos prescritivos apresentam um discurso coercitivo, isto é, as normas apresentadas devem ser seguidas à risca. São exemplos as cláusulas de um contrato e as regras gramaticais.
IV. Não é possível delimitar as diferenças entre os textos injuntivos e prescritivos, pois ambos sugerem o cumprimento de regras para a realização de um trabalho ou a utilização correta de instrumentos e/ou ferramentas.
a. I, II e III.
b. I e III.
c. II e III.
d. Apenas IV.
4. Um desafio cotidiano
Recentemente me pediram para discutir os desafios políticos que o Brasil tem pela frente. Minha primeira dúvida foi se eles seriam diferentes dos de ontem. Os problemas talvez sejam os mesmos, o país é que mudou e reúne hoje mais condições para enfrentá-los que no passado. A síntese de minhas conclusões é que precisamos prosseguir no processo de democratização do país.
Kant dizia que a busca do conhecimento não tem fim. Na prática, democracia, como um ponto final que uma vez atingido nos deixa satisfeitos e por isso decretamos o fim da política, não existe. Existe é democratização, o avanço rumo a um regime cada vez mais inclusivo, mais representativo, mais justo e mais legítimo. E quais as condições objetivas para tornar sustentável esse movimento de democratização crescente?
Embora exista forte correlação entre desenvolvimento e democracia, as condições gerais para sua sustentação vão além dela. O grau de legitimidade histórica, de mobilidade social, o tipo de conflitos existentes na sociedade, a capacidade institucional para incorporar gradualmente as forças emergentes e o desempenho efetivo dos governos são elementos cruciais na sustentação da democratização no longo prazo.
Nossa democracia emergente não tem legitimidade histórica. Esse requisito nos falta e só o alcançaremos no decorrer do processo de aprofundamento da democracia, que também é de legitimação dela. Uma parte importante desse processo tem a ver com as relações rotineiras entre o poder público e os cidadãos. Qualquer flagrante da rotina desse relacionamento arrisca capturar cenas explícitas de desrespeito a pequenas ou grandes tiranias. As regras dessa relação não estão claras. Não existem mecanismos acessíveis de reclamação e desagravo.
Com relação às ideias do texto, julgue cada um dos seguintes itens como certo ou errado e indique a alternativa errada.
a. De acordo com o desenvolvimento da argumentação, o pedido estabelecido no primeiro período do texto, e que deu origem ao ensaio pode ser atendido.
b. O autor considera que o modelo de democracia do Brasil não resolverá os problemas políticos do país. Correto
c. Democracia é uma das condições de sustentação do desenvolvimento, mas não a única.
d. Enquanto não houver mecanismos acessíveis de reclamação e desagravo, as relações entre poder público e cidadãos não serão regidas por meio de regras claras.
e. Um regime democrático caracteriza-se pela existência de um processo contínuo de busca pela legitimidade, justiça, representatividade e inclusão.
i. Texto para as questões 5 e 6.
A Revolução Industrial provocou a dissociação entre dois pensamentos: o científico e tecnológico e o humanista. A partir do século XIX, a liberdade do homem começa a ser identificada com a eficiência em dominar e transformar a natureza em bens e serviços. O conceito de liberdade começa a ser sinônimo de consumo. Perde importância a prática das artes e consolidam-se a ciência e a tecnologia. Relega-se a preocupação ética. A procura da liberdade social se faz sem considerar-se sua distribuição. A militância política passa a ser tolerada, mas como opção pessoal de cada um.
Essa ruptura teve o importante papel de contribuir para a revolução do conhecimento científico e tecnológico. A sociedade humana se transformou, com a eficiência técnica e a consequente redução do tempo social necessário à produção dos bens de sobrevivência. O privilégio da eficiência na dominação da natureza gerou, contudo, as distorções hoje conhecidas: em vez de usar o tempo livre para a prática da liberdade, o homem reorganizou seu projeto e refez seu objetivo no sentido de ampliar o consumo. O avanço técnico e científico, de instrumento da liberdade, adquiriu autonomia e passou a determinar uma estrutura social opressiva, que servisse ao avanço técnico e científico. A liberdade identificou-se com a ideia de consumo. Os meios de produção, que surgiram no avanço técnico, visam ampliar o nível dos meios de produção.
Graças a essa especialização e priorização, foi possível obter-se o elevado nível do potencial de liberdade que o final do século XX oferece à humanidade. O sistema capitalista permitiu que o homem atingisse as vésperas da liberdade em relação ao trabalho alienado, às doenças e à escassez. Mas não consegue permitir que o potencial criado pela ciência e tecnologia seja usado com a eficiência desejada.
5. Julgue os itens abaixo como certos ou errados, relativos às ideias do texto e selecione a opção errada.
a. O autor sugere que o sistema capitalista apresenta a seguinte correlação: quanto mais tempo livre, mais consumo, mais lazer e menos opressão.
b. No segundo parágrafo, a expressão “Essa ruptura” retoma e resume a ideia central do parágrafo anterior.
c. Depreende -se do primeiro parágrafo que a ética foi relegada a partir do século XIX.
d. O emprego da expressão “as vésperas da liberdade” sugere que a humanidadeainda não atingiu a liberdade desejada.
e. O conceito de “liberdade” é tomado como sinônimo de consumo e de eficiência no domínio e na transformação da natureza em bens e serviços.
6. Quanto à organização do texto, julgue os itens a seguir como certos ou errados e selecione a opção certa.
a. Para organizar o texto, predominantemente argumentativo, o autor recorre a ilustrações temáticas e trechos descritivos sobre condições das sociedades.
b. A tese para esse texto argumentativo pode assim ser resumida: nem todo “potencial de liberdade” gera liberdade com a eficiência desejada.
c. O fragmento a seguir, caso fosse utilizado como continuidade do texto, manteria a coerência da argumentação: Não existe, assim, uma ambiguidade entre a ampliação dos horizontes da liberdade e os resultados, de fato, alcançados pelo homem.
d. A argumentação do texto estrutura-se em três eixos principais: ciência e tecnologia, busca da liberdade e militância política.
e. A ideia de melhor aproveitamento do tempo como resultado da eficiência técnica é um argumento utilizado para provar a necessidade de lazer e descanso dos homens.
7. É uma função do Estado que se concretiza em uma instituição de administração positiva e visa pôr em ação as limitações que a lei impõe à liberdade dos indivíduos e dos grupos, para salvaguarda e manutenção da ordem pública, em suas várias manifestações: da segurança das pessoas à segurança da propriedade, da tranquilidade dos agregados humanos à proteção de qualquer outro bem tutelado com disposições penais. Esta definição de Polícia não abrange o sentido que o termo teve no decorrer dos séculos: derivando de um primeiro significado diretamente etimológico de conjunto das instituições necessárias ao funcionamento e à conservação da Cidade-Estado, o termo indicou, na Idade Média, a boa ordem da sociedade civil, da competência das autoridades políticas do Estado, em contraposição à boa ordem moral, do cuidado exclusivo da autoridade religiosa. Na Idade Moderna, seu significado chegou a compreender toda a atividade da administração pública. Este termo voltou a ter um significado mais restrito, quando, no início do século XIX, passou a identificar-se com a atividade tendente a assegurar a defesa da comunidade dos perigos internos. Tais perigos estavam representados nas ações e situações contrárias à ordem pública e à segurança pública. A defesa da ordem pública se exprimia na repressão de todas aquelas manifestações que pudessem desembocar em uma mudança das relações político-econômicas entre as classes sociais, enquanto a segurança pública compreendia a salvaguarda da integridade física da população, nos bens e nas pessoas, contra os inimigos naturais e sociais. Estas duas atividades da polícia são apenas parcialmente distinguíveis do ponto de vista político: na sociedade atual, caracterizada por uma evidente diferenciação de classes, a defesa dos bens da população, que poderia parecer uma atividade destinada à proteção de todo o agregado humano, se reduz à tutela das classes possuidoras de bens que precisam de defesa; quanto à defesa da ordem pública, ela se resume também na defesa de grupos ou classes particulares. A orientação classista da atividade de polícia consentiu, além disso, que normas claramente destinadas à salvaguarda da integridade física da população contra inimigos naturais tenham sido utilizadas com fins repressivos: pensemos, por exemplo, nas normas sobre a funcionalidade dos locais destinados a espetáculos públicos (cinemas, teatros, estádios etc.) e no uso que deles se fez em tempos e países diversos para impedir manifestações ou reuniões antigovernamentais. É nesse sentido que se confirma a definição de Polícia acima apresentada, já que a defesa da segurança pública é, na realidade, uma atividade orientada a consolidar a ordem pública e, consequentemente, o estado das relações de força entre classes e grupos sociais.
(Norberto Bobbio et al. Dicionário de Política. Brasília, Editora da UnB, p. 944 -945, 1995, com adaptações)
Um dicionário especializado, obra de consulta necessária quando se quer aprofundar os conhecimentos acerca de um assunto, caracteriza-se, primordialmente, por apresentar as informações em linguagem clara, objetiva, sequencialmente coerente e em ordem direta. Considerando a tipologia textual do verbete acima, julgue cada um dos itens que se seguem como certo ou errado. Está errado o que se apresenta em:
a. No desenvolvimento do significado do termo, em meio a outras abordagens, aparece o confronto entre as esferas de atuação de duas instituições sociais responsáveis pela ordem pública: o Estado e a Igreja.
b. Apesar de estar transcrito em um único bloco formal, o verbete admite uma subdivisão em partes menores, segundo as ideias expostas, conforme indicação a seguir: introdução — apresentação do assunto: definição do termo; desenvolvimento — evolução do sentido do termo, em um enfoque histórico -crítico; conclusão — retomada do tópico inicial: a concepção de polícia.
c. O verbete apresenta uma conceituação atual, de base política, e mostra uma definição etimológica, sem que ocorra qualquer exemplificação nessa parte do texto. Correto
d. Ao comentarem as duas fundamentais atividades da polícia, os autores do verbete inserem -se no texto, apresentam abonações e expressam julgamentos valorativos quanto aos fatos observados, sem violarem as normas aconselhadas a essa tipologia textual.
e. A estrutura do parágrafo acima é de natureza dissertativa, sendo a linguagem predominantemente denotativa.
8. Sobre redação acadêmica, assinale a alternativa correta.
a. Em uma pesquisa qualitativa, não se apresentam números e/ou percentagens.
b. A discussão dos resultados deve ser feita na conclusão do texto.
c. Sugestões para pesquisas futuras devem ser apresentadas em anexos.
d. Os resultados de uma pesquisa quantitativa podem ser apresentados com o uso de números, tabelas e/ou gráficos.
e. Não se deve trazer, na conclusão, um resumo dos resultados do seu estudo.
9. (UFOP-MG) Qual o vício de linguagem que se observa na frase: “Eu não vi ele faz muito tempo”.
a. solecismo
b. barbarismo
c. arcaísmo
d. colisão
e. cacófato
10. Assinale a sequência correta:
I. O pleonasmo consiste em intensificar o significado de um elemento do texto por meio da redundância, isto é, da repetição da ideia já expressa por esse elemento.
II. A ambiguidade não pode ser considerada um vício de linguagem, já que não provoca qualquer tipo de dificuldade para a interpretação de um texto.
III. O neologismo é um fenômeno linguístico que consiste na criação de novas palavras ou expressões e não pode ser considerado como um vício de linguagem, já que pode ser empregado com intenções artísticas.
IV. O arcaísmo consiste no emprego de palavras ou expressões cuja utilização seja menos frequente na modalidade escrita e na modalidade oral. É o oposto do neologismo, pois está na contramão do movimento criador de palavras.
V. Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma. Podem subverter as normas da concordância, da regência e da colocação.
a. I, II e III.
b. I, III, IV e V.
c. III e V.
d. II e IV.
e. I, II, IV e V.
UA 4 - TEXTUALIDADE E USO DA NORMA CULTA
Nota: 10,00/10,00
1. Em qual frase a supressão da(s) vírgula(s) altera o sentido:
I. Toda vez que vou ao teatro interativo, fico aterrorizado.
II. Não gosto muito dos atores, que costumam ser extravagantes.
III. Fiquei na última fila, para evitar maiores ameaças.
A supressão da vírgula altera o sentido somente do que está em:
a. II e III.
b. III.
c. I e II.
d. II.
e. I.
2. Quanto a amigos, prefiro João ______ Paulo, ______ quem sinto ______ simpatia.
a. a, por, menos.
b. do que, para menos.
c. do que, com, menas.
d. do que, por, menos.
e. do que, por, menas.
3. Assinale a oração que apresenta regência nominal incorreta.
a. O tabagismo é prejudicial à saúde.
b. Está inclinado em aceitar o convite.
c. É lamentável sentir desprezo por alguém.
d. Sempre foi muito tolerante com o irmão.
e. Em referência aoassunto, prefiro nada dizer.
4. Comunicamos ______ V.Sa. que encaminhamos ______ petição anexa ______ Divisão de Fiscalização que está apta ______ prestar ______ informações solicitadas.
a. à, à, a, à, às.
b. a, a, à, a, as.
c. à, a, à, a, às.
d. a, à, a, à, as.
e. à, a, à, à, as.
5. A colocação pronominal está correta em:
a. Me conte tudo o que se passou com você.
b. Não posso dizer-lhe que a amo, julgar-me-ia um tolo.
c. Não queira-me mal, pois quero-lhe muito bem.
d. Faria -me um grande favor não me procurando mais.
e. Mariquinha tinha casado -se no sábado.
6. (FCC) Indique a opção correta quanto à ortografia.
a. As decisões deverão obedecer à contumaz consulta a todos os membros do grupo.
b. Fica a concretisação deste ato condicionada ao cumprimento das disposições legais.
c. Adotem -se novas medidas envez das anteriores.
d. Se a comissão quizer reunir-se, deverá efetuar a convocação com uma antecedência de oito dias.
7. Está correta a grafia de todas as palavras em:
a. A impunidade dos ricos é insultuosa diante da rigidez consernente aos pobres.
b. Sem maiores preâmbulos, pôs -se a vosciferar injúrias contra o indefeso escrivão.
c. Obsecado pelo cumprimento das leis, é incapaz de considerar a falibilidade da justiça.
d. A reivindicada exumação da vítima sequer foi analisada pelo magistrado.
e. A neglijência na aplicação da lei ocorre em relação aos privilegiados de sempre.
8. Era para ______ falar ______ ontem, mas não ______ encontrei em parte alguma.
a. mim, consigo, lhe.
b. eu, com ele, lhe.
c. mim, contigo, te.
d. eu, com ele, o.
e. mim, consigo, o.
9. Assinale a opção em que a conjugação do verbo HAVER desrespeita a norma culta.
a. Todos eles já haviam vivido situações de tensão semelhantes anteriormente.
b. Naquela situação de tensão, os garotos se houveram com muita discrição e elegância.
c. Eles sabiam que deviam haver punições para os que violassem as regras.
d. Dessa maneira, não haveria arrependimentos nem lamentos mais tarde.
e. Mesmo assim, os adultos houveram por bem recomendar cautela a todos.
10. Assinale a opção em que há erro de pontuação.
a. Entre março de 2004 e fevereiro de 2005, as exportações brasileiras ultrapassaram a marca dos US$ 100 bilhões, um recorde histórico para o país.
b. O aumento nas exportações é um dos fatores principais para o saldo positivo referente à criação de postos de trabalho no Brasil. Em 2004, foram 1,5 milhão de novas vagas com carteira assinada, e essa tendência permanece este ano.
c. Exportação em alta significa favorecer o desenvolvimento do país e, portanto, a geração de emprego de renda. Para o sucesso desse trabalho, as microempresas contam com o apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da APEXBrasil (Agência de Promoção de Exportações do Brasil) na capacitação de funcionários e na consultoria técnica.
d. Em janeiro, foram criadas 115.972 vagas formais, melhor resultado para o período desde 1992. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população ocupada em janeiro deste ano em seis regiões metropolitanas cresceu 4,1% em relação ao mesmo período de 2004.
e. A meta do Governo Federal, alcançada com quase dois anos de antecedência mostra o vigor das vendas do país para o mercado externo. Correto

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