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INVERSORES PARA GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR AV3 Integrantes da Equipe: Dênis Ualace Leonardo Rodrigo césar Rodrigo Menezes lucas ÍNDICE Tópicos: Tipos e características; Processos de Fabricação; Funcionamento; Cuidados e manuseio; Arranjos/montagem; Instalação e manutenção-Vida útil; Fabricantes Homologados- preços varejo e atacado. INTRODUÇÃO Nos sistemas de geração de energia fotovoltaica, o inversor é um aparelho capaz de converter a energia gerada pelos painéis fotovoltaicos, que são em corrente e tensões contínuas (CC), em tensões e correntes alternadas (CA). Grande parte dos equipamentos que utilizamos em nosso dia a dia, como eletrodomésticos, motores e iluminação, são alimentados por corrente alternada. A energia solar é um dos recursos renováveis mais promissores no Brasil e no mundo, além de ser considerada limpa por não gerar resíduos, causando impactos mínimos sobre o meio ambiente, pois reduz a emissão de carbono dos consumidores e geradores. O tempo de retorno do investimento no sistema fotovoltaico é variável, e depende da quantidade de energia que o imóvel demanda. Apesar disso, a vantagem do sistema caseiro é a economia: uma vez atingido este tempo de retorno, a conta de energia não precisará mais ser paga, é a energia do sol que se transforma em eletricidade “grátis”! Uma boa grana pode acabar indo para a poupança em vez de ser gasta sem trazer muitos benefícios.Infelizmente, ainda há poucos incentivos e linhas de financiamento desse tipo de energia no Brasil, que são ainda de difícil acesso e pouca aplicabilidade. Espera-se que, com a subida do consumo de sistemas de energia fotovoltaica, surjam novos incentivos, mais aplicáveis e acessíveis à habitação comum. 1. TIPOS E CARACTERÍSTICAS DE INVERSORES Existem, basicamente, dois tipos de inversores fotovoltaicos, que diferem de acordo ao seu funcionamento em relação à forma como fornecem energia elétrica aos aparelhos consumidores: o inversor solar on grid e o inversor solar off grid. 1.1 Inversor Off Grid O inversor solar off grid, é projetado para fornecer energia elétrica diretamente às cargas, sendo energizado por um banco de baterias de forma direta, gerando corrente alternada e potência elétrica necessária para o bom funcionamento dos equipamentos ligados ao sistema. Esse tipo de inversor solar fotovoltaico é utilizado nos sistemas fotovoltaicos isolados, justamente pela sua capacidade de fornecer energia diretamente às cargas, dependendo somente do banco de baterias. São inversores autônomos, pois não podem ser utilizados em sistemas conectados à rede elétrica das concessionárias de energia, por não possuírem capacidade de interagir com o sinal de corrente alternada presente na rede. No caso da ligação de um inversor autônomo em uma rede de distribuição, pode resultar na explosão do mesmo, causando danos severos aos equipamentos ligados ao sistema e a pessoa que manuseia o inversor. 1.2 Inversor On Grid Esse tipo de inversor fotovoltaico é projetado para funcionar interligado a rede elétrica das concessionárias de energia, interagindo com o sinal senoidal da corrente alternada presente na mesma. São inversores interativos, por trabalhar especificamente com a rede e, de forma automatizada, se comportam como unidade de controle do sistema fotovoltaico on grid. O inversor interativo age como se fosse um “misturador de energia”, que mistura a energia solar à energia elétrica convencional, permitindo o uso dessa energia por qualquer aparelho ligado à rede elétrica. Como ficam ligados permanentemente à rede, os inversores interativos devem ser capazes de fornecer a corrente alternada da maneira mais perfeita possível, além de detectar anomalias que apareçam na rede, como flutuações de tensão, variação da frequência fornecida, e principalmente as quedas de tensão. Como o inversor fica permanentemente ligado à rede, no caso de quedas de tensão ele deve se desligar automaticamente, evitando pôr em risco o serviço de manutenção. Esse comportamento é chamado de “anti-ilhamento”; a “ilha” é uma unidade consumidora. Isso acarretaria problemas, não só para os técnicos de manutenção e para a rede, mas também para o próprio sistema fotovoltaico, que poderia ser sobrecarregado, vindo a se danificar. Justamente devido a essas características, um inversor interativo não funciona como inversor autônomo, pois esse não consegue energizar diretamente às cargas, uma vez que é construído para fornecer energia elétrica à rede. 1.2.1 Classificação de Inversores Interativos De acordo à sua potência e capacidade de receber o arranjo fotovoltaico, os inversores interativos são classificados em três dimensionamentos: 1.2.1.1 Inversor Central São os modelos de grande porte, utilizados somente em usinas e que recebem arranjos fotovoltaicos compostos por centenas (até milhares) de módulos fotovoltaicos. 1.2.1.2 Inversor de String São os modelos de baixa potência, com capacidade para trabalhar com até algumas dezenas de módulos fotovoltaicos. São os modelos mais utilizados em aplicações de pequeno porte, como as domésticas. O que difere um inversor de string de um inversor central é simplesmente a sua potência, e embora seja difícil definir por aspectos físicos um inversor de string de um inversor central, geralmente os modelos com potência superior a 100 kW são classificados como sendo inversores centrais. Existem diversas marcas e modelos desses inversores disponíveis no mercado, com uma tendência muito grande para que eles fiquem, além de eficientes, cada vez mais bonitos, pois são a interface do sistema com o usuário e são instalados dentro da casa ou empresa. Os inversores centrais são produzidos exclusivamente para as grandes usinas, por isso são ainda mais exigidos que os inversores de string. Entretanto, muitos fabricantes possuem modelos de inversores que podem ser associados e controlados de forma central, permitindo a criação de grandes usinas solares utilizando inversores de string. Perceba, então, que uma usina com potência de 1.000 kW (constituída por mais de 3.200 módulos) pode ser feita tanto com um inversor central de 1.000 kW, quanto com 10 inversores de 100 kW. Nesse caso, os 10 inversores não seriam centrais. 1.2.1.3 Micro Inversor São os modelos com potência muito pequena (geralmente menor que 300 W), e a maioria é feita para se conectar a somente um módulo fotovoltaico. Apesar do pequeno tamanho, o micro inversor deve possuir todas as características de um inversor de string, a única diferença é somente a sua potência reduzida. E também é possível fazer uma grande usina solar fotovoltaica com micros inversores. Esse tipo de inversor fotovoltaico será utilizado milhares de vezes, ao invés de um grande inversor central. Os fabricantes, inclusive, afirmam que a sua eficiência é maior, pois cada micro inversor aproveita o máximo da potência (e rendimento energético) do módulofotovoltaico ao qual está ligado. Além disso, caso ocorra algum problema em um micro inversor, este representará uma perda insignificante na geração da usina. O monitoramento eletrônico é capaz de acompanhar cada um dos micros inversores, sendo possível identificar, rápida e precisamente, um problema a nível de módulo fotovoltaico. Só para comparar, como um inversor central recebe a conexão de centenas de módulos fotovoltaicos, é muito mais difícil localizar um único módulo que esteja apresentando problemas. E necessário, então, realizar a inspeção por uma área muito grande, buscando o dispositivo defeituoso. 1.2.1.4 Inversor Híbrido Com o advento das novas baterias de fosfato de ferro e lítio (como as baterias PowerWall, da Tesla), iniciou-se a massiva popularização dos inversores híbridos, que possuem, ao mesmo tempo, as características técnicas dos inversores autônomos e dos inversores interativos. Na verdade, um inversor fotovoltaico híbrido é composto, na maioria das vezes, de dois inversores diferentes dentro da mesma carcaça. Sendo assim, esses inversores podem ser ligados à rede, funcionando como um inversor interativo, e podem ser ligados diretamente às cargas (os aparelhos consumidores de energia elétrica), funcionando como um inversor fotovoltaico autônomo. Os dois “inversores internos” são alimentados pelo banco de baterias, e cada um apresenta o seu comportamento específico: se houver queda de tensão na rede, a parte interativa vai se desconectar automaticamente, enquanto a parte autônoma continuará alimentando as cargas ininterruptamente, enquanto houver energia nas baterias. É por isso que sempre será necessário fazer alterações na instalação elétrica da unidade consumidora quando se instala um inversor fotovoltaico híbrido. Os equipamentos que precisam ser energizados continuamente devem ser ligados diretamente à saída autônoma (off-grid) do inversor híbrido, enquanto a saída interativa (on-grid) é ligada ao quadro geral da residência. São, portanto, duas instalações elétricas independentes: uma para a parte off-grid, outra para a parte on-grid do inversor híbrido. O tempo de autonomia é dado pela capacidade do banco de baterias; quanto maior for a necessidade de autonomia e a potência da parte autônoma (off-grid) do inversor híbrido, maior deverá ser o banco de baterias e, portanto, mais caro será. 2. PROCESSOS DE FABRICAÇÃO Neste vídeo apresento a visita feita à unidade montadora do inversor Ecosolys. Vamos conhecer toda infraestrutura , tecnologia e suporte. https://www.youtube.com/watch?v=R69YxgPc0SU https://www.youtube.com/watch?v=R69YxgPc0SU 2.1 Fabricantes Homologados-preços varejo e atacado Quanto custa o inversor solar? No caso de sistemas conectados à rede, você vai comprar o sistema fotovoltaico todo (Painéis + Inversores + Estrutura de Fixação + Materiais elétricos + Instalação e Projeto). Portanto o preço do inversor será diluído. Os inversores são, principalmente, precificados de acordo com a sua potência nominal e diversos outros fatores (1.5kWp, 5kWp, 100kWp etc). Quanto maior for o inversor , mais barato é o preço pela potência. Exemplo: Um inversor de 75kWp pode custar R$35.000,00 e um inversor de 3kWp pode custar R$5.000,00. Ou seja, neste caso, o inversor de 75kWp custa R$467,00 por kWp e o Inversor de 3kWp custa R$1.667,00 por KWp.Preços típicos, médios, de inversores grid-tie no varejo (Maio de 2019): Obs: a) Esses são preços médios de varejo, apurados em Maio de 2019. b) O cliente final que quer instalar um gerador de energia solar deve comprar o gerador completo (inversor + painel solar + estrutura de fixação + componentes). Gerador possui um benefício fiscal e por isso esse custo do inversor acaba sendo reduzido. 2.2 Quais são os principais fabricantes de Inversor Solar? Utilizamos como referência a tabela do INMETRO, para facilitar os exemplos, eliminamos a planilha e apresentamos os modelos em forma genérica de inversores de cada fabricante. Demonstração de acordo com a Tabelas de Consumo / Eficiência Energética - Componentes Fotovoltaicos - Inversores Conectados à Rede (On Grid ) FABRICANTE: ABB MARCA:ABB FABRICANTE: CANADIAN SOLAR BRASIL MARCA:Canadian Solar Inc FABRICANTE:ECORI COM. IMP. EXP. DE PRODUTOS ECOLÓGICOS MARCA:APsystems FABRICANTE:FRONIUS DO BRASIL COMÉRCIO, INDUSTRIA E SERVIÇO LTDA MARCA:FRONIUS FABRICANTE:INGETEAM LTDA MARCA:INGETEAM FABRICANTE:INOVACARE TECNOLOGIA EM ENERGIAS MARCA:Growatt FABRICANTE: MBTECH INDUSTRIA E COMÉRCIO DE SISTEMAS MARCA:EcoSolys FABRICANTE: NEXSOLAR SOLUÇÕES EM ENERGIA SOLAR LTDA ME MARCA:Thinkpower FABRICANTE: PHB ELETRÔNICA LTDA PHBPHB ELETRÔNICA LTDA MARCA:PHB FABRICANTE: SERRANA SISTEMAS DE ENERGIA EIRELI EPP MARCA:SERRANA FABRICANTE:SMA BRASIL TECNOLOGIA FERROVIARIA E SMA MARCA:SMA FABRICANTE:SULTHERM SOLUCOES EM ENERGIAS RENOVAVEIS LTDA MARCA:Duraluxe FABRICANTE:SOLAR ENERGY DO BRASIL MARCA:Solar Energy FABRICANTE:W M LAUDISIO JUNIOR MARCA: ME OMAINKSOL 3. INSTALAÇÃO DE INVERSORES É fundamental, em primeiro lugar, que o componente seja de alta qualidade, produzido com segurança e respeitando os padrões e normas internacionais. Além disso garantir a sua eficiência, trata-se de um cuidado essencial quanto à proteção. A seguir, veja os pontos principais da instalação de um inversor solar: planejamento do sistema — há uma avaliação de qual será a capacidade de energia gerada e de como será o uso. A partir disso, dá para definir qual é a melhor abordagem para instalar o inversor; realização do cabeamento indicado para a situação — aqui são utilizados materiais específicos para a corrente alternada, além da conexão com a rede ao final da etapa; durante a instalação, também é recomendado contar com uma string box — ela funciona com fusíveis, saídas e disjuntores, o que ajuda a controlar melhor a atuação de inversão; o ideal é que tudo seja feito por uma equipe especializada — isso garante que todos os parâmetros sejam definidos da forma correta, evitando problemas como a perda de desempenho, por exemplo; ao final, deve-se garantir que a energia fotovoltaica seja usada do jeito esperado; os inversores podem ser instalados em diferentes lugares — em uma casa, podem ficar perto do quadro de luz, nas proximidades do sistema fotovoltaico, enquanto em indústrias e distribuidoras comerciais pequenas o aconselhável é reservar uma sala apenas para abrigar o equipamento. Esse local ideal para a instalação do inversor, na verdade, dependerá das necessidades do cliente. O dispositivo tanto pode ficar próximo, para que a produção de energia seja monitorada constantemente, quanto pode ficar longe, por causa do pequeno ruído emitido, que acaba desagradando algumas pessoas. Cuidados Bom, como dissemos, para que tudo funcione como o esperado, é indispensável tomar alguns cuidados com o inversor de energia o solar. O primeiro deles diz respeito à produção do sistema: dependendo da quantidade de placas coletorasque forem adotadas, o conjunto produzirá mais. Então, o inversor precisa ter a capacidade específica para não queimar e poder operar. Se o grupo de coletores gera 2 kWp, por exemplo, o equipamento tem que comportar esse valor. Caso seja preciso fazer uma expansão, como ao instalar um volume ampliado de coletores, o inversor terá que ser mudado — ao menos é o que ocorre na maioria dos casos. Sem operar acima do limite, é mais fácil evitar acidentes e problemas diversos. Quanto ao local de instalação, ele deve ser protegido do sol, da água, do vento forte e da umidade. Também é preciso garantir uma circulação de ar na estrutura da máquina: isso evita o seu aquecimento em excesso, garantindo que tudo funcione dentro do previsto. Outra exigência importante é a de prestar atenção nos equipamentos que serão utilizados pela rede. De forma geral, a maior parte dos eletrônicos e eletrodomésticos funciona com o uso desse componente. Outras opções, no entanto, como máquinas cirúrgicas e elementos sensíveis, exigem uma conversão especial. Por fim, para que tudo sempre ofereça os resultados desejados, não se esqueça da manutenção. Ela serve para garantir a otimização dos componentes e permitir que o inversor funcione com sua máxima capacidade. Assim, quanto maior for o cuidado com esse aspecto, menores serão os gastos necessários com reparos, por exemplo. 4. MANUTENÇÃO DOS INVERSORES A manutenção dos inversores deve seguir as especificações sugeridas pelo fabricante. Caso não possua essas informações, o procedimento padrão de inspeção é: Validar os valores das medições apresentadas no display do inversor; Verificar o último log de erro do sistema; Limpar os filtros; Limpar o interior do gabinete do inversor; Cooler: caso o seu inversor possua um cooler para refrigeração, cheque periodicamente se ele está funcionando corretamente. Se notar algo anormal, ligue para o fabricante ou revendedor. Verificar os fusíveis. Verificar o torque dos terminais; Verificar a junta de vedação; Confirmar se todas as etiquetas de aviso estão fixadas; Procurar por qualquer anormalidade aparente, como descoloração e sobreaquecimento; Verificar a continuidade do aterramento do sistema e do equipamento; Verificar o sistema anti-ilhamento; Limpeza: mantenha os inversores e controladores sempre limpos e em locais secos e sem sujeira. Uma limpeza mensal com pano seco é suficiente para se evitar o acúmulo de poeira. Sinalização: verifique se todas as luzes indicadoras ou displays do seu equipamento estão em bom estado de funcionamento. Se notar que alguma coisa está queimada, entre em contato com o fabricante ou revendedor. Aperto dos terminais: é uma boa prática checar se as conexões dos cabos no inversor não estão soltas, ao menos uma vez por ano. É altamente recomendável contratar um eletricista habilitado para fazer este trabalho pra você. 4.1 Vida Útil Os inversores tradicionais possuem uma vida útil que vai de aproximadamente dez anos a 15 anos, enquanto os microinversores têm uma vida útil maior - podem resistir até 25 anos. 5. MONTAGEM 5.1 Como montar. • Favor montar o inversor somente na direção ilustrada nos desenhos acima. • Uma inclinação de até 15 graus para trás é permitida. • Nunca instale o equipamento horizontalmente ou do lado oposto. • Por favor instale o inversor na altura da visão para que possibilite a checagem do Display e para facilitar a manutenção. • Tenha certeza de que a parede escolhida é segura o suficiente para segurar o peso do inversor. • Certifique que o inversor está seguramente preso ao suporte de apoio. • A temperatura ambiente do local de instalação deve estar entre -25°C e +60°C. • Instalar o inversor em locais abafados não é recomendado - o excesso de calor pode ocasionar a redução de potência. • Verifique se existe ventilação suficiente no local de instalação. Uma ventilação insuficiente pode afetar o desempenho dos componentes eletrônicos internos e diminuir a vida útil do inversor. 5.1.2 Local onde o Inversor fotovoltaico deve ser instalado. Até pouco tempo, não havia restrições para o local de instalação dos inversores e muita gente os instalava em locais ocultos, de difícil acesso, como sótãos e porões muito apertados e sem uso (diretamente abaixo de um telhado baixo ou logo abaixo de escadas), áreas de serviço próximas a churrasqueiras e pias, e outros locais inadequados. Um sistema fotovoltaico é uma instalação elétrica, e como tal deve receber atenção especial. O local adequado para a instalação do inversor fotovoltaico interativo e sua “string-box” deve ser de fácil acesso para manutenção, mas, de preferência, longe do alcance de pessoas que não receberam orientações sobre os riscos da eletricidade, em especial as crianças. Quanto mais próximo do quadro geral de distribuição da residência, melhor. Observe também a distância entre o inversor interativo e o arranjo fotovoltaico. O inversor interativo pode ser, sim, instalado em um sótão ou porão, desde que o acesso seja simples (sem necessidade de se “armar” uma escada externa, por exemplo). O local também precisa de espaço suficiente para não acumular muito calor e a instalação tem que ser feita de maneira limpa (sem cabos pendurados, sem fixar os dispositivos em vigas de madeira, etc). Uma área de serviço também é adequada, quando o inversor fotovoltaico e os quadros elétricos (em especial a string-box) ficarem afastados de fontes de calor (como churrasqueiras, fornos e fogões) e de tomadas de água (torneiras, máquinas de lavar, etc). Também é preciso que a instalação elétrica possa ser feita com profissionalismo (com eletrodutos para os cabos, fixação adequada dos quadros elétricos e altura adequada para a fixação do inversor e string-box). A garagem, geralmente, também é um bom local, desde que se possa acessar os componentes (inversor e string-box) facilmente, mas que fique em espaço separado das tranqueiras que costumamos empilhar nesse local. Algumas distribuidoras já exigiram a fixação do inversor fotovoltaico próximo ao “padrão de luz” da edificação, o que pode não ser adequado em muitas situações. Não são todos os modelos de inversor solar que podem ser instalados externamente, pois não são vedados para a entrada de água, por exemplo. Além disso, o inversor não requer inspeção frequente, pois trabalha automaticamente, se ligando e desligando tanto no começo e fim do dia, em relação à radiação solar, quanto em casos de falhas na rede (quedas de tensão, apagões, etc). Somente em casos de inspeções para manutenção preventiva ou corretiva, ou emergências, é que se precisa acessar o inversor fotovoltaico (e a string-box); mas esse acesso deve ser livre. Durante o seu funcionamento, os inversores fotovoltaicos (tanto interativos quanto autônomos) produzem sons; com o chaveamento da corrente contínua para corrente alternada fazendo um barulho igual ao das antigas TV’s de tubo. Inversores de maior potência fazem mais barulho e, à noite, como não há energia solar, os inversores interativos não fazem barulhoalgum (exceto os híbridos). É por isso que instalar o inversor na sala (de estar ou de jantar/almoço) pode não ser muito interessante (durante o dia, claro). Os inversores também aquecem e, quanto maior a potência, mais calor geram. Por isso, precisam de bastante ar para dissipar esse calor. Nos manuais de instalação, operação e manutenção, os fabricantes informam qual é a área necessária para que o modelo de inversor consiga dissipar o calor tranquilamente. O que não pode ser feito é enclausurar o inversor interativo em um quadro elétrico, ou embutido na parede, por exemplo, pois ele tem que ficar aparente. Por isso, não é uma boa ideia instalar o inversor fotovoltaico logo abaixo das telhas, pois este costuma ser um local muito quente em uma residência. Se a temperatura no local do inversor sobe muito (geralmente acima dos 45°C a 50°C), é ativado um sistema interno que diminui a potência do inversor, de forma a diminuir a sua temperatura interna, o que faz com que a geração de energia caia muito. Se a temperatura subir muito (60°C, por exemplo), o inversor simplesmente se desliga, até que a temperatura caia. Durante a visita técnica para inspeção do local de instalação, o técnico instalador de energia solar fotovoltaica deve avaliar os melhores locais e orientar o cliente sobre todos esses requisitos. 5.2 Arranjos A importância das ligações série e paralelo entre os módulos Quando projetamos os sistemas fotovoltaicos, temos que atentar para as ligações série e paralelo entre os módulos pois é de suma importância que a tensão do arranjo seja compatível com o equipamento ao qual os painéis serão ligados. Nos sistemas conectados à rede, o componente que se segue aos painéis é o inversor que possui uma gama de tensões compatíveis, que ditarão como o arranjo fotovoltaico deve ser configurado. As características de tensão e corrente de cada módulo dependem de como o mesmo é fabricado e consequentemente as configurações serão diversas e visam a compatibilização das tensões dos inversores que são conectados a eles. Vamos abordar as ligações série e paralelo dos módulos e como estas diferentes configurações são utilizadas no cabeamento dos módulos para formar os arranjos fotovoltaicos. 5.2.1 Ligações em Série Na ilustração a seguir pode-se ver quatro módulos onde o terminal negativo de cada um é conectado ao terminal positivo do módulo subsequente. A este tipo de ligação, negativo para o positivo entre os módulos dá o nome de “conexão em série”. Dois ou mais módulos ligados desta forma, são chamados comumente de “String Série” ou “Circuito Fonte fotovoltaico”. Módulos ligados em série Nas conexões em série, as tensões dos módulos se somam e as correntes permanecem constantes. Feitas as conexões em série, os terminais que permanecem abertos, o positivo de um módulo e o negativo de outro módulo como vemos na parte inferior à direita da ilustração acima, serão os conectores que eventualmente ligarão o painel fotovoltaico a uma combo box e daí ao inversor. Neste arranjo vemos que cada módulo tem 12 V de tensão e 5 A de corrente. Se os quatro módulos estão conectados em série, temos uma tensão total de 48 V (4 x 12 V) com uma corrente total de 5 A Desta forma, este arranjo nos fornece uma potência total de 240 W ou seja, 48 V x 5 A que é igual a 240 W. Conclui-se que quando queremos elevar a tensão final do arranjo, conectamos os módulos em série. 5.2.2 Ligações em Paralelo Já na ilustração a seguir, vemos os módulos ligados em paralelo onde o terminal positivo de um módulo, em vermelho, é conectado ao terminal positivo do outro módulo e o terminal negativo em preto, é ligado ao terminal negativo do outro módulo. Módulos ligados em paralelo Quando conectados em paralelo, as correntes dos módulos se somam e as tensões permanecem constantes. Supondo que os módulos sejam os mesmos da ligação série, cada um tem uma tensão de 12 V e uma corrente de 5 A. Como as correntes se somam, teremos uma corrente total de 20 A com uma tensão de 12 V o que nos dará uma potência total de 20 A x 12 V = 240 W Note que tanto na ligação em série quanto na ligação em paralelo, a potência total do arranjo é de 240 W pois a tensão é a igual a um quarto da ligação em série enquanto que a corrente é 4 vezes maior na ligação em paralelo comparada com a ligação em série. Ligações Série e Paralelo A vantagem da ligação em paralelo está ligada ao conceito de armazenamento de energia através de baterias, ou seja, quanto tempo a bateria levará para ser descarregada completamente. A ilustração abaixo nos mostra uma string de quatro baterias ligadas em série e conectadas em paralelo a uma outra string de quatro baterias em série. Esta ligação tem como objetivo aumentar a capacidade de armazenamento de energia, o que também aumenta a sua vida útil. Baterias ligadas em série e paralelo A capacidade de uma bateria é expressa em Ampere-Hora (Ah) A segunda string de baterias não poderia ser ligada em série à primeira pois isto causaria um aumento, não desejado, da tensão total que iria para 12 V, voltagem está incompatível com a tensão nominal da lâmpada que está sendo alimentada que é de 6 V. Esta ligação fornece 48 Wh que são os 6 V x 8 ampere-hora ou seja, duas vezes a capacidade da energia fornecida com apenas uma string de bateria em série que seria de 24 wh que são os 6 V x 4 ampere-hora. 5.2.3 Arranjos ligados em série e paralelo O arranjo mostrado na ilustração abaixo tem três circuitos fonte fotovoltaicos compostos por dez módulos ligados em série, cada circuito fonte, onde cada módulo possui uma tensão nominal de operação de 40,1 V com uma corrente nominal de 5,1 A. Ligações série e paralelo dos arranjos Arranjos ligados em série e paralelo Uma vez que estes três circuitos sejam ligados em paralelo, a tensão total de saída será de 401 V com uma corrente total de 15,3 A o que nos dará uma potência produzida de 6.135,3 W ou 6,13 Kw aproximadamente. É importante que a tensão de saída do arranjo, sob todas as condições de operação, e que neste exemplo é de 401 V, seja compatível com a tensão de entrada do componente seguinte ao arranjo fotovoltaico que no caso dos sistemas conectados à rede é o inversor. Os inversores possuem uma faixa de tensões de operação que variam entre uma tensão mínima e uma tensão máxima que normalmente é de 600 V CC. 6. DIMENSIONAMENTO PRELIMINAR DE INVERSORES INTERATIVOS 6.1 Potência Ideal dos Inversores Interativos O dimensionamento do inversor fotovoltaico interativo é, basicamente, o dimensionamento do sistema solar fotovoltaico. Afinal, o inversor interativo é o componente principal e responsável pela injeção da energia na rede. O dimensionamento é muito simples. Você só precisa de duas informações: ● O consumo médio diário de energia elétrica: basta dividir o seu consumo médio mensal por 30 (dias) ● O valor da radiação solar para a sua localidade: que pode serobtida gratuitamente de vários bancos de dados de radiação solar. *Recomenda-se “CRESESB – Centro de Referência para Energia Solar e Eólica – Sérgio de Salvo Brito” e o “SWERA – Solar and Wind Energy Resource Assessment”. No mapa abaixo, extraído do Atlas Brasileiro de Energia Solar, você pode ver a radiação solar média para todo o Brasil. Depois, é só dividir o valor do consumo médio diário de energia elétrica pelo valor da radiação solar média, e você já terá um dimensionamento preliminar do seu sistema fotovoltaico e da potência do inversor interativo. É claro que um projeto completo deve-se considerar muitas variáveis e situações, como a posição de instalação dos módulos fotovoltaicos, a temperatura média do local, possíveis objetos causadores de sombra sobre os módulos fotovoltaicos e muitos outros fatores. Mas tudo começa com esse dimensionamento preliminar. 6.1.2 Exemplo de um Dimensionamento preliminar Fotovoltaico Uma residência, cujo consumo médio mensal de energia elétrica é de 500 kWh/mês, está situada em Ribeirão Preto-SP. Calculemos, preliminarmente, a potência ideal do inversor e do sistema fotovoltaico: A cidade de Ribeirão Preto está situada em região que tem valor de radiação solar em média anual entre 5,25 kWh/m² e 5,60 kWh/m², segundo o mapa de Radiação Solar Global Horizontal Média Anual. Vamos adotar o valor 5,25 kWh/m² para calcular a potência do inversor interativo. Necessitamos, então, de um inversor interativo com potência de 3 kW. Existem modelos comerciais com potência de 3,3 kW que servirão muito bem. Referências: Souza, R. d. (12 de maio de 2019). Bluesol-Energia Solar::<https://blog.bluesol.com.br/inversor-fotovoltaico-o-que-e-como-funciona/> WEG. (12 de maio de 2019). Fonte: site oficial: <https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/login/?timeout=true> Entenda tudo sobre características dos inversores grid-tie. (12 de maio de 2019). Fonte: ELYSIA-Energia Solar: <https://www.elysia.com.br/inversor-solar-grid-tie/ > Inmetro, (12 de maio de 2019). Tabelas de Consumo / Eficiência Energética - Componentes Fotovoltaicos - Inversores Conectados à Rede (On Grid ). Fonte: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/componentes_fotovoltaicos_Inversores_On-Grid .pdf> Portal Solar, (12 de maio de 2019). O Inversor Solar, Fonte:<https://www.portalsolar.com.br/o-inversor-solar.html> https://blog.bluesol.com.br/inversor-fotovoltaico-o-que-e-como-funciona/ https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/login/?timeout=true https://www.elysia.com.br/inversor-solar-grid-tie/ http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/componentes_fotovoltaicos_Inversores_On-Grid.pdf http://www.inmetro.gov.br/consumidor/pbe/componentes_fotovoltaicos_Inversores_On-Grid.pdf https://www.portalsolar.com.br/o-inversor-solar.html https://www.portalsolar.com.br/o-inversor-solar.html
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