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Resumo sobre obrigações D Civil VIII

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ATIVIDADE DE CIVIL VIII
Prof:Augusto Cézar
Aluna: Francyara C. da Silva
Obrigação é a relação jurídica entre duas ou mais pessoas em que uma delas (o credor) pode exigir da outra (o devedor) uma prestação. Às vezes, o credor pode ser reciprocamente devedor de outro, como ocorre com os outros contratos bilaterais. Como diz Will e terrier (1986, p.4), a obrigação em sentido amplo apresenta dupla-face, sobre a perspectiva patrimonial é um elemento ativo do patrimônio do credor e um elemento passivo do patrimônio do devedor. De acordo com Alf Ross (1997, p. 248), para a mentalidade primitiva a consciência de um dever ou de uma obrigação não era imposta por um poder autoritário (religioso ou político) sendo entendida como uma necessidade obscura de forças invisíveis, de natureza mística. Principais noções de obrigação. 
A primeira a mágica; a segunda religiosa ou Mística (moral de autoridade); a terceira, a ética normativa (ou jurídica, dizemos nós) de normas válidas por si mesmas, como expressão puramente especulativa de uma objetividade prática. A lei Poetelia Papiria (326 a.C) O direito do credor sobre o devedor separa-se do direito de propriedade, não permitindo mas a execução sobre o corpo e sim sombra seu patrimônio. Ao direito corresponde o dever, que tem por objeto a prestação quando Direito pode ser exercido, tem-se a pretensão do credor, aqui corresponde a obrigação do devedor (no sentido estrito e preciso do termo) de fazer ou de dar. As obrigações de dar compreendem as obrigações de entregar ou restituir posse, propriedade ou outro direito. Para Jan Shapp, a pretensão moderna deriva da actio do Direito Romano. Podemos afirmar que os romanos não conheceram nem desenvolveram o conceito de direito subjetivo porque não concebiam o indivíduo isolado, mas como parte do todo comunitário, e por isso o interesse pessoal apenas era juridicamente tutelado se o magistrado lhe atribuísse uma Actio. Distinção entre dívida e obrigação A dívida, na relação jurídica obrigacional, é sempre pessoal. É incorreto dizer "dívida real", com significado de dívida garantida por direito real (penhor hipoteca e anticrese). No sentido restrito de obrigação, o credor a ela não é vinculado, mas o devedor. 
Na relação jurídica, o credor está como sujeito ativo, que pode exigir a prestação, e a fortiori a obrigação. No sentido amplo de obrigação, o credor também se vincula aos deveres gerais de conduta negocial o credor tem pretensão contra o devedor, ou seja, pode exigir a prestação está na obrigação. Se a inadiplemento, nasce para ele ação. Execução Forçada A pretensão resistida pelo devedor só pode ser exercida com a tutela jurídica estatal ou tutela jurisdicional, mediante ação, com fito de obter se a execução forçada, uma vez que nos Estados Democráticos de Direito não se admite a justiça de mão própria, ou realizada diretamente pelo credor, como ocorria no passado, salvo em hipóteses excepcionais previstas em lei. O credor expõe seu direito, indique a pretensão e ação e pede para o estado promover a execução forçada da obrigação, segundo a legislação processual aplicável. Ação é mais que a pretensão, pois o credor além de exigir o cumprimento da obrigação, age, valendo-se da espécie adequada, postulando a condenação do devedor para executar a prestação Prometida, ou para indenizar as perdas e danos, além da extinção da obrigação. Quem executa é o estado, mediante o poder judiciário, porque prometeu a prestação jurisdicional ponto sem a execução forçada o credor ficaria à mercê da boa vontade do devedor, gerando insegurança jurídica. Por isso que a execução forçada tenho fito de coagir o devedor a cumprir a prestação, quando for possível conseguir o que foi prometido, com auxílio da Força Pública. Dívida e Responsabilidade A dívida e responsabilidade é uma das mais importantes distinções do direito das obrigações. É a teoria dualista da obrigação. Deve-se sua sistematização a doutrina alemã anterior ao respectivo Código Civil, tendo sido difundidos os termos originarios de Schuld e Hartung, o consistindo no dever de prestar ou de observar determinado comportamento, e o segundo, na responsabilidade do patrimônio do devedor como garantia pelo inadimplemento, ou seja, de um estado de submissão de uma ou mais coisas. "Mas aquela segue está como a sombra ao corpo , de tal sorte que a responsabilidade 
que acompanha a dívida transmite a está uma espécie de gravitação Comenta Larenz(1958, p.34). O referido dualismo- dívida e responsabilidade - não pode ser aplicável a todos os domínios do direito civil. Há deveres desprovidos de responsabilidade, notadamente no direito de família, como os deveres comuns dos cônjuges cuja inobservância acarreta consequências de outro natureza ou nenhuma consequência. A doutrina controverte que a natureza da responsabilidade patrimonial trata-se de garantia ponto a natureza da obrigação somente É perceptível nos casos em que os dois elementos se separam como quando uma coisa havia dado como penhor é executada pela obrigação de outra pessoa. Deveres dependes de direitos nas relações de família que não podem ser executados mas que tem importância jurídica em outro sentido. A responsabilidade patrimonial alcança, em princípio, todo patrimônio ( bens móveis e imóveis propriedade intelectual, créditos e títulos de créditos, ações e cotas de empresas, cota condominial, ações financeiras, saldos bancários e etc.) Salvo os bens impenhoráveis e os que corresponde ao chamado patrimônio mínimo necessário à existência da pessoa. Não é totalmente correto afirmar que a responsabilidade surge, apenas, quando se manifesta adimplemento insatisfatório ou recusa de adimplir pode exigir ou o adimplemento do (débito) ou perdas e danos responsabilidade. Em determinadas obrigações, a responsabilidade patrimonial desloca-se da pessoa do devedor, quando este não é considerado civilmente imputável, nesse caso a responsabilidade sem dívida. O dualismo -débito e responsabilidade não pode ser encarado de modo absoluto: a) um só débito pode corresponder a uma pluralidade de responsabilidades, e a sujeição do responsável limita- se, em alguns casos, a parte do seu patrimônio; b) há débito sem responsabilidade, na obrigação natural; c) a responsabilidade sem débito próprio nas garantias reais, na fiança ou fiador é responsável, em débito atual, na cela responsabilidade antes do débito; na obrigação é perfeito, garantia por terceiro, a débito sem responsabilidade própria. A relação da responsabilidade patrimonial com a dívida não significa total segurança para o credor, pois o patrimônio é composto de elemento diverso instáveis, que podem variar entre o advento da dívida e a sua exigibilidade. Relação Jurídica Pessoal e Relativa É pessoal a relação jurídica obrigacional, no sentido de ter por objeto a atividade do devedor, positiva ou negativa. O direito das obrigações é, geralmente, relativo as pessoas vinculadas a relação jurídica obrigacional. A relação jurídica obrigacional pode ser vista tanto da perspectiva do credor (poli ativo) quando da perspectiva do devedor (polo passivo), porque não há credor sem que alguém Deva e não há devedor sem alguém a que se deva. Na responsabilidade extranegocial por danos a relação jurídica obrigacional instaura-se desde a ocorrência do dano imputável, por força de lei. A relação entre o imputável pela reparação (devedor) e o ofendido ou vítima do dano (credor). Nesse caso, dá-se instantaneamente a conversão do direito do credor em pretensão e da dívida em obrigação, pois esta é imediatamente exigível a partir do momento do dano. Distinção com a relação jurídica vinculada a direitos absolutos. Os direitos absolutos direito a incolumidade, direitos reais e direitos da personalidade são oponíveis a todas as pessoas que estejam submetidas a ordem jurídica brasileira. Não incidem em ato positivo ou negativo de determinada pessoa. Todos os estão obrigados a não violar o direito absoluto de cada titular; quem violar fica obrigado, pessoalmente, cessando para ele a indeterminação. Direito absolutoou significa direito ilimitado. A relação jurídica real tem por objeto a coisa sobre a qual o titular exerce poder oponível a todos, dos limites e condições definidos pelo Direito, máxime no quadro amplo da função social da propriedade (artigo 5° inciso XXIII, 821 e 186 da Constituição). A qualificação dos direitos da personalidade como absolutos, no sentido que estamos empregando de oponibilidade a todos, não esconde a origem desta categoria na aproprição privada das coisas, ou seja, no direito de propriedade individual, tal como concebido na modernidade, de domínio exclusivo sobre as coisas. Relação Obrigacional como Processo 
A relação jurídica obrigacional não pode ser Concebida como um esquema estático, para o que seriam bastantes a identificação e os limites do crédito e débito e dos respectivos sujeitos. Ao contrário, é processo, movimento, Maxime quando pendurar no tempo. Na atualidade a maior parte das obrigações negociais está vinculada a condições gerais dos contratos, predispostas unilateralmente pelos fornecedores de produtos e serviços, no mercado de consumo, de modo abstrato, geral e uniforme(p.ex. contratos com banco, administradoras de cartão de crédito, fornecedores de serviços públicos-água, luz, telefonia...) Variados contratos interempresariais tem por finalidade a regulação privada das atividades econômicas envolvidas, comprazo em determinados, e que se ajustam ao advento de circunstâncias ou das diretrizes emanadas de quem detém o controle, a exemplo dos contratos de franquia, cujos conteúdos uniformes são predispostos pelo franqueador. Fica evidente nesses casos a natureza processual da obrigação, no sentido de ação continuada, de movimento, de unidade constituída de sequência de atos e etapas. Na obrigação mais simples esse fenômeno também se da, ainda que de modo não tão evidente, pois sempre há início, execução e extinção, até mesmo nas obrigações de execução instantânea. A obrigação como processo movimenta-se na direção indicada por seu fim, que é satisfação do crédito, pelo adimplemento nos outros modos de sua extinção ele que dá ao coerência e sentido ao conjunto de elementos que constituem a obrigação. É ele que dá coerência e sentido ao conjunto de elementos que constituem a obrigação. Extinguindo-se, justamente quando o seu fim alcançado. O próprio fim pode ser modificado, para satisfazer o credor, como na hipótese da impossibilidade da prestação imputável ao devedor, o que faz ressaltar sua natureza de processo. A Prestação como Objeto da Obrigação A prestação é o único objeto da obrigação, consistindo sempre em uma ação humana tanto do credor quanto do devedor, no sentido de dar, fazer ou não fazer. Se o objeto da obrigação é a restituição de uma coisa, o devedor compre- a realizando ação humana correspondente. Do mesmo modo se é o de dar coisa vendida ou de fazer algo. A prestação deve ser determinada ou ao menos determinável, para que possa se exigida. Atividade, o serviço, o esforço corporal, ou mental, são elementos essenciais no objeto da obrigação ou prestação do devedor. Pontes de Miranda entende que, se a prestação é lícita, não se pode dizer que não há obrigação se não é suscetível de valoração econômica, como na hipótese da prestação de enterrar o morto segundo ele, em vida, estabelecer a, ou estipularam Os descendentes, amigos ou pessoas caridosas.

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