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Direito Administrativo I Prof. Silvio Jr. AULA 4 Administração Indireta 2 Ato Administrativo 1 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 2 (continuação) Conceito Forma descentralizada de administrar a coisa pública que, para tanto, conta com a constituição de pessoas jurídicas ligadas à estrutura orgânica do Estado, criadas com propósitos específicos na ordem das atribuições deste. Composição Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Estatais e Consórcios Públicos. Princípios Gerais 1 – Reserva Legal: criação somente mediante Lei específica 2 – Especialidade: Competência específica para atividade vinculada 3 – Controle ou Tutela: vinculação à Administração Direta Fundações Públicas - Conceito e Espécies Pessoa Jurídica sem fins lucrativos A) Personalidade de Direito Público: Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ / FUNDAÇÃO CASA B) Personalidade de Direito Privado: FUNAI e FUNARTE * Critério: exercício do Poder de Autoridade - DIFERENÇA BÁSICA (em relação às autarquias), Nº 1: DOTAÇÃO PATRIMONIAL - Criação e Extinção A) Fundação Pública de Direito Público: Característica semelhante à das Autarquias Criação por lei – projeto de iniciativa do Chefe do Executivo Extinção por lei – princípio da simetria B) Fundação Pública de Direito Privado: Autorização legal para serem instituídas Nascimento da personalidade jurídica: inscrição do ato constitutivo no Registro Extinção: regra do art. 69 do Código Civil (extinção de Fundações) Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. Fundações Públicas - Objeto Atividades socialmente relevantes, sem fins lucrativos Assistência social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde; segurança alimentar e nutricional; preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos, entre outras. - Regime de Pessoal A) Fundações Públicas de Direito Público: regra do art. 39 da CF – estatuto – servidores B) Fundações Públicas de Direito Privado: CLT – empregados públicos - Patrimônio A) Fundações Públicas de Direito Público: bens públicos (Art. 98, Código Civil) B) Fundações Públicas de Direito Privado: bens particulares com algumas prerrogativas de bens públicos (impenhorabilidade dos bens afetos ao serviço público e exigência de licitação para alienação dos bens afetos ao serviço público) Fundações Públicas - Atos e Contratos A) Fundações Públicas de Direito Público: celebração de contratos administrativos e prática de atos administrativos, submetidos ao regime jurídico de Direito Público (legalidade, publicidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, supremacia do interesse público, fé pública, auto executoriedade, imperatividade) B) Fundações Públicas de Direito Privado: atos privados e celebração de Contratos Privados da Administração (contratos em que a Administração de comporta como particular) - Foro Processual Justiça Federal: Fundações Públicas de Direito Público Federais Justiça Estadual: Fundações Públicas de Direito Público Estaduais e Municipais e Fundações Públicas de Direito Privado Federais, Estaduais e Municipais - Responsabilidade Civil Art. 37, § 6º da CF/88 Fundações Públicas - Prerrogativas Especiais A) Fundações Públicas de Direito Público: imunidade tributária (impostos sobre renda, patrimônio e serviços) + prerrogativas processuais da Fazenda Pública (prazos diferentes e recurso obrigatório) B) Fundações Públicas de Direito Privado: imunidade tributária - Controle Ambas se submetem ao controle pela Administração Pública (Princípio da Tutela) e ao Tribunal de Contas. Em síntese: As fundações de direito privado serão reguladas pelo regime jurídico de direito privado, mas modificado, derrogado em parte por normas de direito público, quando o for expressamente, como ocorre com a obrigatoriedade de licitação pública, a proibição de acumulação remunerada de cargos, empregos e funções, a vinculação ao teto remuneratório disposto pelo texto constitucional, a imunidade recíproca para impostos sobre o patrimônio, renda e serviços (ROMANO, Rogério Tadeu) Empresas Estatais (Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista) - Conceito “Empresa Estatal” – expressão genérica, utilizada para qualquer entidade civil ou comercial que tenha controle acionário do Estado - Características Gerais Empresas Públicas A empresa pública é pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Indireta, criada por autorização legal, sob qualquer forma societária admitida em direito, cujo capital é formado por bens e valores oriundos de pessoas administrativas, que prestam serviços públicos ou executam atividades econômicas Exemplos: BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), Caixa Econômica Federal, EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), EBC (Empresa Brasil de Comunicação) Sociedades de Economia Mista A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Indireta, criada por autorização legal, sob a forma societária de sociedade anônima, cujo capital é formado por bens e valores oriundos de pessoas administrativas e de particulares, com controle acionário do Estado, que prestam serviços públicos ou executam atividades econômicas. Exemplos: PETROBRAS (Petróleo Brasileiro S.A.), Banco do Brasil S.A. Empresas Estatais - Composição do Capital Empresas Públicas Apenas as pessoas administrativas integralizam capital * É possível que outras pessoas jurídicas de direito público integralizem capital, desde que o ente instituidor continue com mais de 50% do capital social Sociedades de Economia Mista Formado por capital público e privado, mas o controle acionário é do Estado - Forma Societária Empresas Públicas Qualquer forma societária admitida em Direito Sociedades de Economia Mista Sociedades Anônimas - Foro competente Empresas Públicas Justiça Federal para as Empresas Públicas Federais e Justiça Estadual para as demais Sociedades de Economia Mista Regra: competência da Justiça Estadual, mesmo que a sociedade de economia mista seja federal. Exceções: - As sociedades de economia mista federais serão processadas e julgadas na Justiça Federal se a União intervier como assistente ou opoente (Súmula 517 do STF). - A Justiça Federal também é competente para processar e julgar mandado de segurança contra ato praticado por sociedade de economia mista federal (art. 109, VIII, da CRFB). Empresas Estatais - Criação (ambas): autorização de criação por lei e início da personalidade jurídica com o registro da pessoa jurídica - Objeto Empresas Públicas Atividades econômicas (inclusive, concorrendo com empresas privadas) Sociedades de Economia Mista Podem também prestar serviço público de titularidade do respectivo ente federativo - Regime Societário Empresas Públicas Art. 5º - 26 da Lei n. 13.303/16 Sociedades de Economia Mista Regime da Lei das Sociedades Anônimas (Lei n. 6.404/76) - Regime de Pessoal (ambas): CLT / Dirigentes: possibilidade de nomeação sem concurso público com atenção aos requisitos da Lei n. 13.303/16, art. 17. Empresas Estatais - Patrimônio (ambas): privado, com modulações de Direito Público Art. 49. A alienação de bens por empresas públicas e por sociedades de economia mista será precedida de: I - avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas as hipóteses previstas nos incisos XVI a XVIII do art. 29; II - licitação, ressalvado o previsto no § 3º do art. 28. Art. 50. Estendem-se à atribuição de ônus real a bens integrantes do acervo patrimonial de empresas públicase de sociedades de economia mista as normas desta Lei aplicáveis à sua alienação, inclusive em relação às hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de licitação. * Penhora: os bens das sociedades de economia mista que se destinarem a prestação de serviço público não poderão ser objeto de penhora - Atos: os praticados para atuação nas atividades econômicas são privados. Já os atos praticados no interesse da Administração Pública são considerados como materialmente administrativos (sujeitos ao controle pela Administração Pública) - Contratos Ambas - Celebram contratos privados da Administração Pública (contratos nos quais a Administração não goza de prerrogativas especiais por ser ente público – aplicabilidade das regras de Direito Privado, Lei n. 8.666/93, art. 62, § 3º, I – Adm. Usuária de serviço/locatária e etc.). - Podem também celebrar contratos administrativos relativos aos Serviços Públicos que podem prestar. Empresas Estatais - Responsabilidade Civil: ambas empresas estatais respondem com seus patrimônios pelos danos que causarem a terceiros. A natureza da responsabilidade muda de acordo com a natureza do serviço desempenhado; se for serviço público, aplica-se a regra do art. 37, § 6º da CF (responsabilidade objetiva o ente e subsidiária do Estado - Controle do Tribunal de Contas (ambas) Lei n. 13.303/16, art. 87 O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pelos órgãos do sistema de controle interno e pelo tribunal de contas competente, na forma da legislação pertinente, ficando as empresas públicas e as sociedades de economia mista responsáveis pela demonstração da legalidade e da regularidade da despesa e da execução, nos termos da Constituição. Empresas Estatais - Imunidade Tributária (ambas) Sobre a imunidade tributária, o que deve ser analisado é a atividade desenvolvida pela empresa estatal - Atividade econômica – regime concorrencial – regime de jurídico de direito privado, inclusive quanto a obrigações tributárias - Serviço Público ou Atividade Econômica Monopolizada – reconhecimento da imunidade tributária pelo STF. - Falência Divergência de interpretação pela doutrina Lei n. 6.404/76, art. 242: afastava as sociedades de economia mista da falência Lei n. 10.303/01: revogou o art. 242 da Lei n. 6.404/76 Lei n. 11.101/05: exclui empresas públicas e as sociedades de economia mista da falência Consórcios Públicos - Conceito e fontes normativas Os consórcios públicos são ajustes celebrados entre os entes federados para gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. Lei n. 11.107/05, art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. Decreto n. 6.017/07, Art. 2º Para os fins deste Decreto, consideram-se: I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos; Consórcios Públicos - Características principais do Consórcio Público Caráter contratual Possibilidade de Participação da União Autorização legislativa para formar o contrato Personificação do consórcio: instituição de uma associação pública para execução do contrato - Foro Processual: se envolver a União, Justiça Federal. Se não envolver, o foro da sede do Consórcio - Partícipes do Consórcio Entes federativos: União, Estados, DF e Municípios Consórcios Públicos - Procedimento para instituição do Consórcio (6 etapas) 1 – Protocolo de Intenções – minuta do contrato (7 itens, previstos no art. 4º da Lei n. 11.107/05) 2 – Autorização legislativa – cada ente envolvido no consórcio precisa publicar uma lei de ratificação ao protocolo de intenções 3 – Contrato de consórcio – assinado após as leis de ratificação 4 – Personificação do Contrato – pode ser pessoa jurídica de direito público (autarquia interfederativa) ou privado (fundação pública de direito privado) – a opção constará já no protocolo de intenções. A personalidade jurídica da pessoa jurídica de direito público começa com a vigência de todas as leis de ratificação do protocolo de intenções e a personalidade jurídica da pessoa jurídica de direito privado é instituída com o registro do ato constitutivo. 5 – Contrato de Rateio – instrumento que formaliza qual será o repasse de cada ente envolvido no consórcio. Vigência de 1 ano do contrato, porque deve condizer com as leis orçamentárias anuais de cada ente envolvido. Há hipóteses em que o contrato pode ter mais de um ano de vigência: 1 – projetos constantes no plano plurianual e 2 – gestão associada de serviços públicos custeados por tarifa ou outro preço público * A celebração do contrato de rateio sem suficiente e prévia dotação orçamentária configura ato de improbidade administrativa 6 – Contrato de programa – consolida as obrigações que cada ente assumiu para com os outros entes ou para com o consórcio público ATO ADMINISTRATIVO 1 (introdução) Conceito Ato Administrativo é uma forma unilateral de exteriorização da “vontade administrativa”, que pretende produzir efeitos jurídicos em prol do interesse público. * bilaterais: contrato / plurilaterais: consórcios - Fato Administrativo: pode decorrer, ou não, da prática de um ato administrativo (construção de uma ponte ou desapropriação indireta) Efeitos do Ato Administrativo - Efeito Próprio: efeito principal de um ato (exemplo alvará de funcionamento) - Efeito Impróprio: efeitos secundários de um ato administrativo: - Efeito preliminar: depende da prática de outro ato para surtir efeito (autorização de entrar no imóvel – após o Decreto, mas, ainda, antes da imissão na posse) - Efeito reflexo: afeta a terceiro (locatário de imóvel desapropriado) Elementos do Ato Administrativo - Agente competente - Forma - Finalidade - Objeto - Motivo Agente Competente - Sujeito definido pela legislação para praticar o ato - Critérios de capacidade e competência (ato jurídico privado – capacidade) - Competência – prerrogativa dada para o agente público (exercício de função pública) - Modificação de Competência (não exclusiva): - Delegação: redistribuição de competências recebidas para outros agentes - Avocação: agente superior toma para si competências atribuídas a seus subordinados - Critérios de Fixação da Competência: - Matéria: especialidade e eficiência (criação de órgãos e agentes da administração indireta) - Território: distribuição de acordo com a localidade (criação de subprefeituras) - Hierarquia: algumas atividades requerem grau de hierarquia/autonomia próprios (procedimento disciplinar) - Tempo: determinadas funções têm termo inicial e final (mandato) Forma - Maneira através da qual o ato acontece - Sentido estrito da forma: meio de instrumentalização do ato (forma escrita) - Sentido amplo da forma: formalidades que compõem a publicação do ato (procedimento) - Princípio da solenidade das formas: Administração não pode ser feita em “papel de pão” - Princípio da simetria das formas: instituição e extinção do ato na mesma forma - Formalidades Essenciais: previsão legal de formalidades que, se ausentes, podem ocasionar a nulidade do ato administrativo (ausência de motivação paraexoneração de servidor público) - Formalidades Acidentais: formalidades que não invalidam o ato e que podem ser ajustadas posteriormente (ausência de data no documento) / convalidação sanatória do ato Finalidade - Resultado do ato / atendimento do interesse público - Elemento vinculado ao ato, porque, via de regra, todo ato busca atender determinada finalidade na ordem pública Objeto - Efeito material a ser produzido pela execução do ato administrativo, ou conteúdo do ato - Lícito, possível e moral - Objeto indeterminado: o administrador pode decidir sobre os limites do objeto (autorização para uso de bem público – prazo) - Objeto determinado: não há espaço para análise subjetiva do administrador (licença para dirigir no território nacional – impossibilidade de restrição) Motivo - Situação que justifica a prática do ato administrativo - Motivo de fato: o administrador analisa a situação fática e decide sobre a prática do ato administrativo (exemplo dos casos de dispensa de licitação) - Motivo de direito: a lei indica os motivos que devem culminar, necessariamente, na prática de alguns atos (cobrança de IPTU para os Municípios – Propriedade Territorial Urbana como fato) - Motivação do Ato Administrativo: “considerando...” - Teoria dos Motivos Determinantes: a validade do ato depende da adequação entre os motivos e a existência dos fatos concretos que causam sua edição - Ampliação e efetividade do controle externo do ato QUESTIONÁRIO Questionário 1) (FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase) No ano corrente, a União decidiu criar uma nova empresa pública, para a realização de atividades de relevante interesse econômico. Para tanto, fez editar a respectiva lei autorizativa e promoveu a inscrição dos respectivos atos constitutivos no registro competente. Após a devida estruturação, tal entidade administrativa está em vias de iniciar suas atividades. Acerca dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a), assinale a afirmativa correta. A) A participação de outras pessoas de direito público interno, na constituição do capital social da entidade administrativa, é permitida, desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União. B) A União não poderia ter promovido a inscrição dos atos constitutivos no registro competente, na medida em que a criação de tal entidade administrativa decorre diretamente da lei. C) A entidade administrativa em análise constitui uma pessoa jurídica de direito público, que não poderá contar com privilégios fiscais e trabalhistas. D) Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços para a entidade administrativa, em regra, não precisam ser precedidos de licitação. Questionário 2) (FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIII - Primeira Fase) O Estado Alfa, mediante a respectiva autorização legislativa, constituiu uma sociedade de economia mista para o desenvolvimento de certa atividade econômica de relevante interesse coletivo. Acerca do Regime de Pessoal de tal entidade, integrante da Administração Indireta, assinale a afirmativa correta. A) Por se tratar de entidade administrativa que realiza atividade econômica, não será necessária a realização de concurso público para a admissão de pessoal, bastando processo seletivo simplificado, mediante análise de currículo. B) É imprescindível a realização de concurso público para o provimento de cargos e empregos em tal entidade administrativa, certo que os servidores ou empregados regularmente nomeados poderão alcançar a estabilidade mediante o preenchimento dos requisitos estabelecidos na Constituição da República. C) Deve ser realizado concurso público para a contratação de pessoal por tal entidade administrativa, e a remuneração a ser paga aos respectivos empregados não pode ultrapassar o teto remuneratório estabelecido na Constituição da República, caso sejam recebidos recursos do Estado Alfa para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. D) A entidade administrativa poderá optar entre o regime estatutário e o regime de emprego público para a admissão de pessoal, mas, em qualquer dos casos, deverá realizar concurso público para a seleção de pessoal. Questionário 3) (FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase) A sociedade “Limpatudo” S/A é empresa pública estadual destinada à prestação de serviços públicos de competência do respectivo ente federativo. Tal entidade administrativa foi condenada em vultosa quantia em dinheiro, por sentença transitada em julgado, em fase de cumprimento de sentença. Para que se cumpra o título condenatório, considerar-se-á que os bens da empresa pública são A) impenhoráveis, certo que são bens públicos, de acordo com o ordenamento jurídico pátrio. B) privados, de modo que, em qualquer caso, estão sujeitos à penhora. C) privados, mas, se necessários à prestação de serviços públicos, não podem ser penhorados. D) privados, mas são impenhoráveis em decorrência da submissão ao regime de precatórios. Questionário 4) (FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIX - Primeira Fase) O Estado X e os Municípios A, B e C subscreveram protocolo de intenções para a constituição de um consórcio com personalidade jurídica de direito privado para atuação na coleta, descarte e reciclagem de lixo produzido no limite territorial daqueles municípios. Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta. A) Por se tratar de consórcio a ser constituído entre entes de hierarquias diversas, a saber, Estado e Municípios, é obrigatória a participação da União. B) O consórcio de direito privado a ser constituído pelo Estado e pelos Municípios não está alcançado pela exigência de prévia licitação para os contratos que vier a celebrar. C) O consórcio entre o Estado e os Municípios será constituído por contrato e adquirirá personalidade jurídica mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. D) Por se tratar de consórcio para atuação em área de relevante interesse coletivo, não se admite que seja constituído com personalidade de direito privado. Questionário 5) (FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XIII - Primeira Fase) A União celebrou protocolo de intenções com o Estado A e os Municípios X, Y e Z do Estado B, todos em regiões de fronteira, para a constituição de um consórcio público na área de segurança pública. Considerando a disciplina legislativa acerca dos consórcios públicos, assinale a afirmativa correta. A) O consórcio público pode adquirir personalidade jurídica de direito público, constituindo-se em uma associação pública. B) O consórcio público representa uma comunhão de esforços, não adquirindo personalidade jurídica própria. C) A União não pode constituir consórcio do qual façam parte Municípios não integrantes de Estado não conveniado. D) O consórcio público adquire personalidade jurídica com a celebração do protocolo de intenções. Questionário 6) (FCC - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Assessor Jurídico Legislativo) A organização administrativa pode implicar desconcentração e descentralização. A criação de empresas estatais A) depende da edição de lei instituidora dos entes, da qual também deverão constar as competências próprias atribuídas a essas pessoas jurídicas dotadas de personalidade jurídica de direito privado ou de direito público. B) difere da instituição de autarquias e fundações, pessoas jurídicas que expressam a desconcentração da Administração pública. C) indica a desconcentração da organização administrativa, que se caracteriza pela criação de pessoas jurídicas com competências próprias. D) é expressão da descentralização administrativa, que implica a criação de pessoas jurídicas com atribuições previstas em lei e em seus atos constitutivos. E) e de outras pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito público configura forma híbrida de organização administrativa. Questionário 7) (FCC - 2020 - AL-AP - Assistente Legislativo) As entidades da Administração públicasão classificadas em dois grupos: as que possuem personalidade de direito público e aquelas que possuem personalidade de direito privado. Dentre as que possuem personalidade de direito público estão as A) subsidiárias estatais. B) sociedades de economia mista. C) empresas públicas. D) agências reguladoras. E) fundações constituídas nos termos do art. 62 do Código Civil. Questionário 8) (IBFC - 2020 - TRE-PA - Analista Judiciário - Administrativa) No que se refere às disposições da Lei n° 11.107/2005 sobre os consórcios públicos, assinale a alternativa correta. A) Não é possível cessão de servidores entre os entes consorciados B) O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções C) O consórcio público terá sempre personalidade jurídica de direito privado D) O denominado termo de fomento permite aos entes consorciados entregarem os recursos ao consórcio público Questionário 9) (CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial de Justiça - Avaliador) A administração indireta inclui as sociedades de economia mista, cujos agentes são A) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. B) empregados públicos regidos pela CLT que não se submetem às normas constitucionais relativas a concurso público nem à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. C) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. D) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. E) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. Questionário 10) (CESPE - 2019 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto) Com relação à distinção entre empresa pública e sociedade de economia mista, assinale a opção correta. A) Empresa pública é uma entidade privada criada por lei com a finalidade de realizar um serviço público, enquanto a sociedade de economia mista é criada de forma similar às empresas privadas, com a finalidade de exercer atividade econômica. B) Empresa pública possui personalidade jurídica de direito público, enquanto a sociedade de economia mista possui personalidade jurídica de direito privado. C) Na empresa pública, o capital é exclusivo das pessoas jurídicas de direito público; na sociedade de economia mista, o poder público detém a maioria das ações com direito a voto, mas pode haver participação privada no capital. D) Na empresa pública, as ações com direito a voto são exclusivas do ente público que a controla; na sociedade de economia mista, o ente público controla a maior parte do capital, mas pode não possuir a maioria das ações com direito a voto. E) Na empresa pública, o capital social é inteiramente público; na empresa de economia mista, o poder público detém a maioria do capital social da empresa. BONS ESTUDOS!
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