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Introdução ao Direito Administrativo

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Introdução ao Direito Administrativo 
01. Organização e função da Administração Pública: conceito e fontes do direito 
administrativo. Os três poderes. Noções de Estado e Governo. Centralização, 
descentralização e desconcentração. Classificação dos órgãos 
 
Conceito: 
Para Di Pietro (2019, p. 69): Direito Administrativo é o ramo do direito público que 
tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a 
Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens e meios de 
que se utiliza para consecução de seus fins, de natureza pública. 
 
Para Celso Antônio Bandeira (2009, p. 37): Direito Administrativo é o ramo do 
direito público que disciplina a função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a 
exercem. 
 
Para Professora Franciele Letícia Kuhl CEISC: Ramo de Direito Público que regula 
o exercício da atividade pública, abarcando as entidades, órgãos, agentes entidades e as 
atividades desenvolvidas pela administração pública. 
 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVOS: 
Fontes primárias: normas, princípios e súmulas vinculantes 
Fontes Secundárias: jurisprudência, doutrina, costume e práxis administrativos 
 
TRÊS PODERES 
Art. 2º da CF: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário 
Cada um desses Poderes tem atividade típica e atividade atípica exercida dentro deles. 
 
Poder Legislativo Função típica: produção de regras gerais e 
abstratas (as leis) e de fiscalizar o Poder 
Executivo 
Função atípica: funções administrativas 
como gestão de bens, pessoal e serviços; ou 
jurisdicional como o julgamento de crimes 
de responsabilidade 
Poder Judiciário Função Típica: solução de conflitos e 
aplicações da lei. 
Função atípica: funções administrativas 
como gestão de bens, pessoal e serviço; 
legislativa na elaboração de regimento 
internos. 
Poder Executivo Função típica: satisfação das necessidades 
coletivas mediantes atos concretos 
Função atípica: função legislativa quando 
expede medida provisória dando início a 
projeto de lei 
 
NOÇÕES DE ESTADOS E GOVERNOS 
Estado é pessoa jurídica soberana, formada pelos elementos povo, território e governo 
soberano. 
Estado membro é ente personalizado capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na 
ordem jurídica. 
Forma de Estado: Federativa. 
Sistema de governo: sistema presidencialista, o presidente exerce a chefia de Estado e 
de governo. 
 
Centralização, descentralização e desconcentração. 
Centralização: Estado executa suas próprias competências e atribuições; executa de 
forma centralizada. 
Descentralização: Estado transfere para outra pessoa jurídica a execução de 
competência e atribuições. 
Desconcentração: Estado transfere internamente, para um órgão, a execução de 
competência e atribuições. 
 
Administração Direta é União, Estados membros, Distrito Federal e Municípios. 
Quando Administração Direta executa de forma direta suas próprias competência e atribuições, 
é considerado centralização. Quando Administração Direta passa suas atribuições e 
competência para os órgãos que ela mesmo criou, então ocorre a Desconcentração. 
Quando Administração Direta transfere suas competências e atribuições para 
Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedade de 
economia mista) ou para um particular que presta serviço público, então ocorre a 
Descentralização. 
Caracterização da Descentralização para Administração Indireta: 
• há uma pessoalidade jurídica; 
• É criado ou autorizada a criação, por lei, de uma nova entidade, 
Já quando Administração Direta transfere para um particular que são concessionárias, 
permissionária e autorizatário. As duas primeira ocorre a transferência via contrato, já o terceiro 
é através de um ato unilateral. 
A Descentralização pode ocorre por duas formas: 
• Outorga ou descentralização por serviços: ocorre através da criação ou autorização 
da criação de entidades da administração indireta que vão prestar o serviço 
(geralmente) por prazo indeterminado. 
• Delegação ou descentralização por colaboração, ou delegação negocial: 
transferência por contrato (concessão ou permissão de serviço público) ou ato unilateral 
(autorização) para que uma pessoa delegada, é sempre por tempo determinado. Na 
delegação só transfere a execução, através da concessão ou permissão (art. 11 e 12, 
do Decreto-Lei n. 200/67). 
Conceito de órgão e entidade: 
Lei nº 9.784/99, art. 1º parágrafo 2º, I - órgão é a unidade de atuação integrante da 
estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta. 
Já entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. 
Na desconcentração não possui possibilidade de os órgãos responder pelos seus danos, 
os danos que seus agentes causarem. Logo se há um dano em decorrência de ato do órgão, 
quem responde é o ente federativa em que o órgão está vinculado. 
Já na descentralização, em virtude da personalidade jurídica, a entidade, que está 
exercendo atribuição ou competência que o e Estado outorgou ou delegou, é responsável 
civilmente pelos seus atos. 
Ressalta-se que apensar do órgão não possui personalidade jurídica, detentor de 
capacidade processual para proteger suas prerrogativas e funções. 
Súmula 525-STJ: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas 
personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos 
institucionais. 
Classificação dos órgãos: 
São criados por lei (art. 84, IV, “a”, CF”. 
Podem sere classificados conforme a esfera de atuação, posição estatal e a composição. 
❖ Quanto à esfera de ação, classificam-se em: 
➢ Centrais - que exercem atribuições em todo território nacional, estadual ou 
municipal, como os Ministérios, as Secretárias de Estado e as de Municípios; 
➢ Locais – que atuam sobre uma parte do território, como as Delegacias Regionais 
da Receita Federal, as Delegacias de Polícia, os Postos de Saúde 
❖ Quanto à posição estatal, classificam em: 
➢ Independentes: são os originários da Constituição e representativos dos três 
Poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou 
funcionamento, sujeitos apenas aos controles constitucionais de um sobre 
outro; suas atribuições são exercidas por agentes políticos. Entram nessa 
categoria as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais 
➢ Autônomos: são os que se localizam na cúpula da Administração, subordinados 
diretamente à chefia dos órgãos independentes; gozam de autonomia 
administrativa, financeira e técnica, participam das decisões governamentais. 
Entram nessa categoria os Ministérios, as Secretárias de Estado e de Município, 
o Serviço Nacional de Informações e o Ministério Público. 
➢ Superiores: são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à 
subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia 
administrativa, nem financeira. Incluem-se nessa categoria órgãos com variadas 
denominações, como Departamentos, Coordenadoria, Divisões, Gabinetes 
➢ Subalternos: são os que se acham subordinados hierarquicamente a órgãos 
superiores de decisão, exercendo principalmente funções de execução, como as 
demais realizadas por secções de expediente, de pessoal, de material, de 
portaria, zeladoria, etc... 
❖ Quanto à estrutura, os órgãos podem ser: 
➢ Simples ou unitários: constituídos por um único centro de atribuições, sem 
subdivisões internas, como ocorre com as seções integradas em órgãos maiores. 
➢ Compostos: constituídos por vários outros órgãos, como acontece com os 
Ministérios, as Secretarias de Estado, que compreendem vários outros, até 
chegar aos órgãos unitários, em que não existem mais divisões. 
❖ Quanto à composição: 
➢ Singulares: quando integrados por um único agente; 
➢ Coletivos: quando integrados por vários agentes. A presidência da República e 
a Diretoria de umaescola são exemplos de órgãos singulares, enquanto o 
Tribunal de Impostos e Taxas é exemplo de Singulares 
 
02. Organização e função da Administração Pública: Autarquias e Fundações 
Públicas 
Art. 37, XIX da CF “Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação” 
❖ Administração Indireta: 
➢ Autarquias ➝ criada mediante lei 
➢ Fundações Pública 
▪ Direito Público ➝ criada mediante lei (entendimento doutrinário e 
jurisprudencial é que a fundação pública tem as mesmas característica 
que autarquias) 
▪ Direito Privado ➝ autorização por lei, mas os atos constitutivos devem 
ocorrer no registro público. 
➢ Empresas Públicas ➝ autorização por lei, mas os atos constitutivos devem 
ocorrer no registro público. 
➢ Sociedade de Economia Mista ➝ autorização por lei, mas os atos constitutivos 
devem ocorrer no registro público. 
Art. 37 XIX, CF - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
 
Decreto lei 200/67 
Autarquias 
Conceito: 
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: 
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade 
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da 
Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativa e financeira descentralizada. 
 
Espécies: 
• Comuns ou ordinárias: são autarquias administrativas ou de serviço que 
prestam serviço típico da administração público. 
• Especiais: possuem peculiaridade no regime jurídico (quando comparado ao 
geral do Decreto 200/67). Exemplo Banco Central do Brasil e USP. 
• Corporativas: Conselhos Profissionais (exceto a OAB). Por não receberem 
orçamento da União, não estão submetidas às regras constitucionais de finanças 
públicas (art. 163 a 169 CF), ou seja, regras de precatório não são aplicadas às 
autarquias corporativas, segundo o RE 938.837 de 2017, julgado pelo STF. 
• Fundacionais, Fundações Autárquicas ou Autarquias Fundacionais: são 
fundações pública criada por lei sob regime do Direito Público. São as 
Fundações Publica de Direito Público. 
- “Autarquias são definidas como um serviço público de direito público, são, por 
definição, um patrimônio personificado, em regra, típico de Estado, enquanto 
fundações públicas de direito público, são, por definição um patrimônio 
personalizado destinado a uma finalidade determinada” - Alexandrino. Paulo, 
2017, p. 45 
• Associações Públicas/autarquias interfederativas, multifederativa ou 
multifederada: são os Consórcios Públicos de Direito Público, inclusive assim 
está definido no art. 41 do CC. Entes se juntam para fazer um consórcio público 
é associação pública ou pessoa jurídica de direito privado, para realização 
de uma prestação de serviço para os Entes Federativos envolvidos – leo nº 
11.107 de 2005, art. 1º, § 1º. Sendo consórcio público de direito púbico, esse 
consórcio integrará a administração indireta. 
 
OAB não é autarquia, é uma entidade independente, pois: 
♦ Não está vinculada a nenhum órgão administrativo; 
♦ Não está sujeita a controle ministerial 
♦ Regime de pessoal: celetista (não exige concurso público); 
♦ Não está sujeita ao controle do Tribunal de Conta; 
♦ Não integra Administração Direta ou Indireta; 
♦ É uma entidade Sui Generis; 
 
Fundações Pública 
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: 
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, 
para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou 
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio 
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos 
da União e de outras fontes. 
 
STF apresenta 4 critérios para distinguir as fundações governamentais de direito 
público e as de direito privado: 
a. Desempenho de serviço estatal; 
b. Regime administrativo; 
c. Finalidade; 
d. Origem dos recursos; 
 
Espécies de Fundações Públicas: 
o Fundações públicas de direito público/Associação Pública: possui 
característica de autarquia. A fundação é constituída com patrimônio que é 
instituído como uma entidade para prestação de um serviço público. Já 
autarquia é uma entidade constituída por lei. Exemplo de fundações públicas de 
direito público FUNAI e IBGE 
o Fundações públicas de direito privado: é atribuída de personalidade jurídica 
a um patrimônio preordenado a certo fim social, trata-se das categorias das 
pessoas jurídicas de direito privado, estando reguladas nos art. 62 e 69 do CC. 
São características básicas da fundação: a figura do instituidor; o fim social 
da entidade; ausência de fins lucrativo. Exemplo: FUNPRESP (Fundação de 
previdência complementar para servidores públicos federais) - nota-se que a 
fundação privada sobrevive com o dinheiro de terceiro, não do ente federativo. 
Art. 5º, § 3º, Decreto Lei 200/67 - As entidades de que trata o inciso IV deste 
artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua 
constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais 
disposições do Código Civil concernentes às fundações. 
 
Característica Autarquias Fundações 
Públicas de 
Direito Público 
Fundações 
Públicas de 
Direito Privado 
Exemplos Banco Central do 
Brasil (BACEN); 
FUNAI; IBGE FUNPRESP 
(Fundação de 
Instituto Nacional 
de Colonização e 
Reforma Agrária 
(INCRA); Instituto 
Brasileiro de Meio 
Ambiente e dos 
Recursos Naturais 
Renováveis 
(IBAMA); 
Conselho Federal e 
Regionais de 
Medicina (CRM); 
Conselho Federal 
de Odontologia 
(CRO) 
previdência 
complementar para 
servidores públicos 
federais - nota-se 
que a fundação 
privada sobrevive 
com o dinheiro de 
terceiro, não do 
ente federativo. 
Criação e 
Extinção 
Criada por lei específica Lei autoriza a 
criação, mas o 
Poder Executivo 
deve providenciar 
a sua criação no 
registro público 
(art. 45 do CC e art. 
5º, § 3º, Decreto 
Lei 200/67 
 
Característica Autarquias Fundações 
Públicos de 
Direito Público 
Fundações 
Públicas de 
Direito Privado 
Iniciativa da lei – 
art. 61, , § 1º, II, 
alínea “e”, da CF 
Chefe do Executivo (salvo se for entidade vinculada ao Poder 
Legislativo ou Judiciário) 
Patrimônio Bens públicos (art. 98 do CC) Bens privados. 
Exceto se a lei que 
autorizou a criação 
da fundação prever 
restrições e 
impedimentos 
quanto a gestão 
híbrida 
Natureza 
Jurídica 
Pessoas Jurídicas de Direito Público Pessoas jurídica de 
direito privado 
com caráter desses 
bens 
Responsabilidade 
Civil 
Objetivo, art. 37, § 6º da CF 
Regime Pessoal Regime único 
estatuário (exceto 
para as 
Associações 
Públicas, que será 
celetista 
obrigatoriamente, 
art. 6º, § 2º, da Lei 
11.107/05) 
Celetista 
Licitações Estão obrigadas a realizar 
Atos e Contratos Direito Público Atos são de direito privado, em regra 
(exceto aqueles praticado no exercício 
de função delegada). Já os contratos 
são regidos pela lei 8.666/93 (art. 1º) 
Competência Autarquia Federal, 
Justiça Federal, art. 
109, inciso I e VIII, 
da CF, Autarquia 
Estadual e 
Municipal - Justiça 
Estadual 
Regra: Justiça Estadual, Ações 
trabalhista - Justiça do Trabalho. 
Privilégios 
Processuais 
Prazo em dobro do CPC; Isenção de 
custas judiciais, art. 4º, Lei 9.289/96; 
 
Dispensa de preparo e depósito prévio 
em recurso, art. 1007, § 1º, do CPC; 
sujeitas a duplo grau de jurisdição, art. 
496 do CPC; Pagamento por precatório, 
art. 100 CF;Prescrição Quinquenal, art. 1º, Decreto 20.910 e 
Decreto 4.597/42; poderá haver 
interrupção e suspensão do prazo nos 
moldes do CPC, mas com a ressalva de 
volta da contagem pela metade no caso 
de interrupção, art. 6º e 9º, Decreto 
20.910/32 e art. 3º, do Decreto 4.597/42. 
Vide Súmula 3833 do STF 
 
Imunidade 
Tributária 
Gozam de imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a, e § 
2 da CF. 
 
Agência Executiva 
É Autarquia ou Fundação Pública pré-existente, recebe essa qualificação 
de Agência Executiva mediante Contrato de Gestão. 
Art. 37, § 8º, CF - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades 
da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre 
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de 
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e 
responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
 
→ São autarquias ou fundações preexistentes; 
→ Trata-se apenas de uma qualificação, não é uma nova entidade da 
Administração Indireta; 
→ Prazo de 1 ano do contrato de gestão; 
→ Lei 9.649/98: 
Lei 9.649/98: 
 
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou 
fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: 
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em 
andamento; 
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor. 
§ 1o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. 
§ 2o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as 
Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a 
disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e 
metas definidos nos Contratos de Gestão. 
 
Art. 52. Os planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional definirão 
diretrizes, políticas e medidas voltadas para a racionalização de estruturas e do quadro de 
servidores, a revisão dos processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e o 
fortalecimento da identidade institucional da Agência Executiva. 
§ 1o Os Contratos de Gestão das Agências Executivas serão celebrados com periodicidade 
mínima de um ano e estabelecerão os objetivos, metas e respectivos indicadores de 
desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para 
a avaliação do seu cumprimento. 
§ 2o O Poder Executivo definirá os critérios e procedimentos para a elaboração e o 
acompanhamento dos Contratos de Gestão e dos programas estratégicos de reestruturação e de 
desenvolvimento institucional das Agências Executivas. 
 
 
Agência Reguladora 
Uma forma de autarquia especial, já nascem na qualidade de reguladora; 
Criada para regulamentar ou fiscalizar determinado setor; 
Exemplos: 
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica; 
ANATEL - Agência Nacional das Telecomunicações; 
ANP - Agência Nacional de Petróleo; 
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 
ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil e ANS - Agência Nacional de 
Saúde Suplementar; 
Para cada criação de uma agência reguladora é necessária uma lei, mas duas 
principais legislação é a Lei 9.986/2000 e a lei n. 13.848/19 que estabelece: 
 Dirigentes serão escolhidos pelo Chefe do Executivo, dependendo da aprovação 
pelo Senado Federal; 
 São dirigidas por um colegiado, formado por 4 conselheiros ou diretores e 1 
presidente, diretor-presidente ou diretor-presidente-geral (art. 4º, da lei 
9.986/2000); 
 Os requisitos para ser presidente, diretor-presidente ou diretor-geral e demais 
conselheiros, estão elencados no art. 5º, de Lei 9.986/2000. Seu mandado será 
de 5 anos (a partir da Lei 13.848/19); 
Art. 5º O Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral (CD I) e os demais membros do 
Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada (CD II) serão brasileiros, indicados pelo Presidente 
da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea 
“f” do inciso III do art. 52 da Constituição Federal, entre cidadãos de reputação ilibada e de 
notório conhecimento no campo de sua especialidade, devendo ser atendidos 1 (um) dos 
requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, cumulativamente, o inciso II: 
I - ter experiência profissional de, no mínimo: 
a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, no campo de atividade da agência reguladora ou 
em área a ela conexa, em função de direção superior; ou 
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos: 
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa no campo de atividade da agência 
reguladora, entendendo-se como cargo de chefia superior aquele situado nos 2 (dois) níveis 
hierárquicos não estatutários mais altos da empresa; (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) 
Vigência 
2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor 
público; (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
3. cargo de docente ou de pesquisador no campo de atividade da agência reguladora ou em área 
conexa; ou (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
c) 10 (dez) anos de experiência como profissional liberal no campo de atividade da agência 
reguladora ou em área conexa; e (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado. (Incluído pela 
Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
§ 5º A indicação, pelo Presidente da República, dos membros do Conselho Diretor ou da 
Diretoria Colegiada a serem submetidos à aprovação do Senado Federal especificará, em cada 
caso, se a indicação é para Presidente, Diretor-Presidente, Diretor-Geral, Diretor ou 
Conselheiro. (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
§ 6º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
§ 7º Ocorrendo vacância no cargo de Presidente, Diretor-Presidente, Diretor-Geral, Diretor ou 
Conselheiro no curso do mandato, este será completado por sucessor investido na forma 
prevista no caput e exercido pelo prazo remanescente, admitida a recondução se tal prazo for 
igual ou inferior a 2 (dois) anos. 
§ 8º O início da fluência do prazo do mandato dar-se-á imediatamente após o término do 
mandato anterior, independentemente da data de indicação, aprovação ou posse do membro do 
colegiado. 
§ 9º Nas ausências eventuais do Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral, as funções 
atinentes à presidência serão exercidas por membro do Conselho Diretor ou da Diretoria 
Colegiada indicado pelo Presidente, Diretor-Presidente ou Diretor-Geral da agência 
reguladora. 
 
Art. 6º O mandato dos membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada das agências 
reguladoras será de 5 (cinco) anos, vedada a recondução, ressalvada a hipótese do § 7º do art. 
5º. (Redação dada pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência 
Parágrafo único. Em caso de vacância no curso do mandato, este será completado por sucessor 
investido na forma prevista no art. 5o. 
 
Art. 8º Os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada ficam impedidos de exercer 
atividade ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por período 
de 6 (seis) meses, contados da exoneração ou do término de seu mandato, assegurada a 
remuneração compensatória. (...) 
 
Art. 8º-A. É vedada a indicação para o Conselho Diretor ou a DiretoriaColegiada: 
I - de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário Municipal, dirigente estatutário de 
partido político e titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da federação, ainda 
que licenciados dos cargos; 
II - de pessoa que tenha atuado, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de 
estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e 
realização de campanha eleitoral; 
III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; 
IV - de pessoa que tenha participação, direta ou indireta, em empresa ou entidade que atue no 
setor sujeito à regulação exercida pela agência reguladora em que atuaria, ou que tenha matéria 
ou ato submetido à apreciação dessa agência reguladora; 
V - de pessoa que se enquadre nas hipóteses de inelegibilidade previstas no inciso I do caput 
do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990; 
VI - (VETADO); 
VII - de membro de conselho ou de diretoria de associação, regional ou nacional, representativa 
de interesses patronais ou trabalhistas ligados às atividades reguladas pela respectiva agência. 
Parágrafo único. A vedação prevista no inciso I do caput estende-se também aos parentes 
consanguíneos ou afins até o terceiro grau das pessoas nele mencionadas. 
 
Art. 9º O membro do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada somente perderá o mandato: 
I - em caso de renúncia; 
II - em caso de condenação judicial transitada em julgado ou de condenação em processo 
administrativo disciplinar; 
III - por infringência de quaisquer das vedações previstas no art. 8º-B desta Lei. 
Parágrafo único. (Revogado). 
 
 
03. Organização e função da Administração Pública: Empresa Pública. 
Sociedade de Economia Mista. Consórcio Público 
 
Lei 13.303 de 2016 
 
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente 
detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. 
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, 
do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, 
a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da 
administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com 
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos 
Municípios ou a entidade da administração indireta. 
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as 
responsabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro 
de 1976 , e deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse 
público que justificou sua criação. 
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na 
Comissão de Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro 
de 1976 . 
 
 
Empresa Pública (E.P): 
Pode ser constituída em qualquer modalidade empresarial; 
Capital totalmente público; 
Competência Jurisdicional: Justiça Federal ➞ empresa pública federal; Justiça 
Estadual ➞ empresa pública estadual/distrital/municipal; 
 
 
Sociedade de Economia Mista (S.E.M): 
São formadas em forma de Sociedade Anônima; 
O capital é distribuído entre o Poder Público e o Particular, mas mais de 50% 
precisa ser público; 
Competência Jurisdicional: Justiça Estadual, salvo se a União participar da 
demanda. 
Súmula 42 STJ “Compete A Justiça Comum Estadual Processar E Julgar 
As Causas Civeis Em Que E Parte Sociedade De Economia Mista E Os Crimes 
Praticados Em Seu Detrimento”. 
Súmula 556 STF “É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que 
é parte sociedade de economia mista”. 
CF, art. 109, I, “Aos juízes federais compete processar e julgar: as causas 
em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho; 
 
Semelhanças entre Empresa Pública e Sociedade Economia Mista: 
Personalidade Jurídica de Direito Privado; 
Prestadoras de Serviço Público ou Exploradoras de Atividade Econômica; 
Criação autorizada por lei, mas haverá o registro dos atos constitutivos; 
O teto remuneratório do art. 37, XI, CF em regra não se aplica, salvo as situações 
elencadas no § 9 do art. 37 da CF; 
Regimes celetistas (empregado público) 👉 aplica-se Aposentadoria 
Compulsória, art. 201, § 16, CF. 
Possível criação de subsidiárias ➞ desde que autorizadas por lei, pode ser na 
mesma lei que criou E.P/S.E.M, ou outra lei posterior; 
Responsabilidade Cível: 
Prestadora do cível público 👉 Responsabilidade Objetiva; 
Exploradora de Atividade Ecônomica 👉 Responsabilidade Subjetiva; 
 
Constituição Federal 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e 
dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, 
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, 
o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio 
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério 
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, 
e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
 
Art. 201, § 16, CF 
 Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de 
economia mista e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado 
o cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata 
o inciso II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida em lei. 
 
Características Empresas Públicas Sociedade de Economia 
Mista 
Exemplo Caixa Econômica Federal 
e os Correios 
Petrobras, Banco do 
Brasil, Banco do Nordeste 
e Eletrobrás 
Características Pessoa Jurídica de Direito 
Privado; entidade 
administrativa pertencente 
a administração indireta. É 
composta por capital 
exclusivamente público, 
sob qualquer modalidade 
empresarial 
Pessoas Jurídica de 
Direito Privado; Entidade 
administrativa pertencente 
a administração indireta. É 
criada com capital misto e 
na modalidade S/A. 
Criação e Extinção A lei autoriza a criação, mas ela por sisó não é 
suficiente para o nascimento da entidade, o Estado deve 
providenciar a elaboração do ato que traduza seu 
estatuto ou do ato constitutivo, para a inscrição no 
registro próprio. A autorização será necessária para 
serem extintas. Essa regra se aplica também às 
subsidiárias. 
Objeto Havia discussões, pois o Decreto-lei 200/67 traz que 
essas entidades se destinam à exploração de atividade 
econômica (art. 5º, II e III), mas a CF, em seu art. 173, 
§ 1º, alude também a prestação de serviço, assim 
pacificou o entendimento das duas possibilidades. 
Patrimônio Se prestam serviço público, os bens são privados, mas 
com algumas prerrogativas de públicos. Agora, se 
exploram atividade econômica, os bens são privados 
Natureza Jurídica Personalidade Jurídica de Direito Privado 
Responsabilidade Civil Se presta serviço público ➞ Responsabilidade 
Objetiva; Se explora atividade econômica ➞ 
Responsabilidade subjetiva. O Estado responde 
subsidiariamente. 
Regime Pessoal Celetista 
Competência Foro estadual, via de regra, ressalvada a observação 
feita nos privilégios processuais 
Privilégios Processuais Se for empresa pública 
federal, o foro é na Justiça 
Federal 
Não possui 
Imunidade Tributária Se presta serviço público, possui imunidade sobre bens, 
rendas e serviços necessárias aos serviços públicos, 
conforme o entendimento do STJ. Mas se explora 
atividade econômica, aí não possuí imunidade. 
 
Consórcios Públicos 
É uma gestão compartilhada de uma entidade administrativa; 
Regime Pessoal é Celetista; 
É uma pessoa jurídica criada por lei com a finalidade de executar a gestão 
associada de serviços públicos, onde os entes consorciados, que podem ser a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no todo ou em parte, destinarão pessoal e 
bens essenciais à execução dos serviços transferidos. 
 
Lei 11.107/05 
Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: 
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis 
de ratificação do protocolo de intenções; 
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. 
 
➢ Consórcio Público 
▪ Poder de promover desapropriação e instituir servidões (art. 2º, § 1º, III); 
▪ Possibilidade de ser contratado pela Administração Direta e Indireta, 
com dispensa de licitação; 
▪ Limites mais elevados para fins da escolha modalidade de licitação (art. 
23, §8, Lei 8.666/93); 
▪ Poder de dispensar licitação na celebração de contrato com ente da 
federação ou com entidade da Administração Indireta, para prestação de 
serviço públicos de forma associadas (art. 24, XXVI, Lei 8.666/93) 
▪ Valores mais elevados para dispensa de licitação (art. 24, I e II, da Lei 
8.666/93); 
▪ Sofrem Controle do Tribunal de Conta e dos entes que o criaram; 
▪ A sede fica apenas no local de um dos entes; 
▪ Fases para constituição (art. 3º) 
• Subscrição de protocolo de intenções (art. 3º); 
• Publicação do protocolo de intenções na imprensa oficial (art. 4º 
e § 5º); 
• Lei Promulgada por casa um dos entes participantes, ratificando, 
total ou parcialmente, o protocolo de intenções (art. 5º); Cada 
ente deve promulgar a lei que institui o Consórcio 
• Celebração do contrato (art. 3º); 
• Atendimento das disposições da legislação civil, quando se tratar 
de consórcio com personalidade de direito privado (art. 6º); 
 
A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos 
os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados!! 
 
Decreto 9.507/2018 
 
Art. 3º Não serão objeto de execução indireta na administração pública federal direta, 
autárquica e fundacional, os serviços: 
I - que envolvam a tomada de decisão ou posicionamento institucional nas áreas de 
planejamento, coordenação, supervisão e controle; 
II - que sejam considerados estratégicos para o órgão ou a entidade, cuja terceirização possa 
colocar em risco o controle de processos e de conhecimentos e tecnologias; 
III - que estejam relacionados ao poder de polícia, de regulação, de outorga de serviços públicos 
e de aplicação de sanção; e 
IV - que sejam inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou 
da entidade, exceto disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou 
parcialmente, no âmbito do quadro geral de pessoal. 
§ 1º Os serviços auxiliares, instrumentais ou acessórios de que tratam os incisos do caput 
poderão ser executados de forma indireta, vedada a transferência de responsabilidade para a 
realização de atos administrativos ou a tomada de decisão para o contratado. 
§ 2º Os serviços auxiliares, instrumentais ou acessórios de fiscalização e consentimento 
relacionados ao exercício do poder de polícia não serão objeto de execução indireta. Empresas 
públicas e sociedades de economia mista controladas pela União 
 
Art. 4º Nas empresas públicas e nas sociedades de economia mista controladas pela União, não 
serão objeto de execução indireta os serviços que demandem a utilização, pela contratada, de 
profissionais com atribuições inerentes às dos cargos integrantes de seus Planos de Cargos e 
Salários, exceto se contrariar os princípios administrativos da eficiência, da economicidade e 
da razoabilidade, tais como na ocorrência de, ao menos, uma das seguintes hipóteses: 
I - caráter temporário do serviço; 
II - incremento temporário do volume de serviços; 
III - atualização de tecnologia ou especialização de serviço, quando for mais atual e segura, 
que reduzem o custo ou for menos prejudicial ao meio ambiente; ou 
IV - impossibilidade de competir no mercado concorrencial em que se insere. 
§ 1º As situações de exceção a que se referem os incisos I e II do caput poderão estar 
relacionadas às especificidades da localidade ou à necessidade de maior abrangência territorial. 
§ 2º Os empregados da contratada com atribuições semelhantes ou não com as atribuições da 
contratante atuarão somente no desenvolvimento dos serviços contratados. 
§ 3º Não se aplica a vedação do caput quando se tratar de cargo extinto ou em processo de 
extinção. 
§ 4º O Conselho de Administração ou órgão equivalente das empresas públicas e das 
sociedades de economia mista controladas pela União estabelecerá o conjunto de atividades 
que serão passíveis de execução indireta, mediante contratação de serviços. 
 
 
04. Paraestatais: Organizações Sociais. OSCIP. Serviços Sociais Autônomos. 
Organização da Sociedade Civil e as Parcerias voluntárias 
Di Pietro (2017, p. 626) “Paraestatais são definidas como pessoas jurídicas de direito 
privado, instituídas por particulares, com ou sem autorização legislativa, para o desempenho 
de atividade privadas de interesse público, mediante fomento e controle do Estado” 
Espécies de paraestatais: 
 Organizações Sociais (OS) - Lei 9.637/98; 
 Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) - Lei 9.790/99, 
regulamentada pelo Decreto n. 3.100/99 e naquilo que couber, Lei n. 13.019/14; 
 Entidade de Apoio – Lei 8.958/94; 
 Serviço Sociais Autônomos (Sistema S) - criada por lei específica; 
 Organização da Sociedade Civil sob regime de parceria voluntária - Lei 13.019/14 e 
13.243/16; 
Entidades: Lei Forma de 
Convênio ou 
parceria 
Principal 
observação 
Observação 
comum a todos 
OS 
(Organização 
Social) 
Lei 9.367/98 Contrato de 
Gestão 
Entidades de 
iniciativa privada; 
sem fins lucrativos 
e que prestam 
serviço de 
interesse público. 
A grande diferença 
é que as OS 
absorveram 
serviços do Estado 
e as OSCIP são 
entidades que 
buscam fomento e 
se enquadram nos 
requisitos de lei. 
• Sem fins 
lucrativos; 
• Não faz 
parte da 
Administraç
ão direta ou 
indireta; 
• Recebe 
fomento(inc
entivo) do 
Estado; 
• Presta 
atividade de 
interesse 
social; 
• Sujeito a 
controle da 
Administraç
ão Pública;• Serviço não 
exclusivo 
do Estado; 
OSCIP 
(Organização 
da Sociedade 
Civil de 
Interesse 
Público) 
Lei 9.790/99 Termo de 
Parceria 
 
EA (Entidades 
de apoio) 
Lei 8.958/94 Convénio, 
contrato, 
acordo. 
São instituídas por 
servidores 
públicos sob forma 
de fundação, 
associação ou 
cooperativa; com a 
finalidade de 
apoiar projetos de 
ensino, pesquisa, 
extensão, etc.. 
SSA (Serviço 
Sociais 
Autônomos) 
Lei 
específica 
para cada 
entidade 
Lei específica 
para casa 
entidade 
Entidades como: 
Sesi, Senai, Senac, 
Sesc, etc... 
OSC 
(Organizações 
da Sociedade 
Civil) 
Lei 
13.019/2014 
e 13.243/16 
Termo de 
colaboração 
ou termo de 
fomento ou 
acordo de 
cooperação; 
São as demais 
entidade que 
buscam parceria 
com o Estado para 
conseguir fomento 
 
 Organização Social (OS) - Lei 9.637/98 
• Contrato de gestão com Poder Público; 
• Entidade particular sem fins lucrativos; 
• Serviços que foram repassados: Ensino; Pesquisa Científica; Desenvolvimento 
Tecnológico; Proteção e Prevenção do Meio Ambiente; Cultura e Saúde; 
• Podem receber recursos orçamentários e bens públicos (art. 12); podem receber 
servidores públicos por cessão especial (art. 14); 
• Quantos os bens tanto advindos da administração pública, quanto os próprios bens 
particulares que são usados para prestação do serviço serão restringidos as regras de 
bens públicos; 
• Requisitos ser OS: art. 2º, I, d. 
“previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de 
representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade 
profissional e idoneidade moral;” 
• Dispensa de Licitação quando forem oferecer seu serviço contemplado no contrato 
de gestão; 
• Poder Executivo pode proceder pela desqualificação da entidade como organização 
social, quando constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de 
gestão 👉 observado processo administrativo; ocorre a reversão dos bens e valores; 
• Fiscalizados pelo Tribunal de Conta; 
• Dirigentes são considerados agentes públicos para fins de improbidade 
administrativa; 
• STF (ADin n. 1923/DF, de 15/04/2015) é desnecessária de licitação para escolha da 
entidade a ser qualificada como organização social; contratações de pessoal não 
precisam ser através de concurso público, contudo, deve haver um procedimento 
simplificado que preveja critérios objetivos e previamente divulgados para seleção dos 
empregados; 
 
 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) 
o Termo de Parceria 
o Deve se encontrar em funcionamento regular há no mínimo 3 anos, e demostrar que 
os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendem aos requisitos incluídos 
na lei 9.790/99; 
o Ato vinculado: preencheu os requisitos, a administração pública tem o dever de 
qualificá-la com tal, não é um ato discricionário; 
o Não pode ser OSCIP: 
Lei 9.790/99 - Art. 2º 
 
 Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, 
ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei: 
I - as sociedades comerciais; 
II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional; 
III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e 
visões devocionais e confessionais; 
IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações; 
V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo 
restrito de associados ou sócios; 
VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; 
VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras; 
VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras; 
IX - as organizações sociais; 
X - as cooperativas; 
XI - as fundações públicas; 
XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público 
ou por fundações públicas; 
XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema 
financeiro nacional a que se refere o art. 192 da Constituição Federal. 
Parágrafo único. Não constituem impedimento à qualificação como Organização da Sociedade 
Civil de Interesse Público as operações destinadas a microcrédito realizadas com instituições 
financeiras na forma de recebimento de repasses, venda de operações realizadas ou atuação 
como mandatárias. 
 
o Para receber a qualificação ➞ deve se habilitar no Ministério da Justiça (art. 5º); 
o Deve apresentar relatório anual referente as despesas; 
o A execução do termo de parceria é supervisionada pelo órgão do Poder Público da área 
de atuação da atividade fomentada e pelos conselhos políticas públicas; 
o Perde a qualificação a pedido ou mediante decisão proferida em processo 
administrativo no qual é assegurado ampla defesa e contraditório (art. 7º) 
o Possível receber bens ou recursos de origem pública; 
o Quem pode ser OSCIP 
Lei 9.790/99 - Art. 3º 
 
I - promoção da assistência social; 
II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação 
das organizações de que trata esta Lei; 
IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das 
organizações de que trata esta Lei; 
V - promoção da segurança alimentar e nutricional; 
VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII - promoção do voluntariado; 
VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; 
IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas 
alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; 
X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica 
gratuita de interesse suplementar; 
XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de 
outros valores universais; 
XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e 
divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às 
atividades mencionadas neste artigo. 
XIII - estudos e pesquisas para o desenvolvimento, a disponibilização e a implementação de 
tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, por qualquer meio de transporte. (Incluído 
pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
 
Entidades de Apoio 
▪ Sob forma de fundação, associação ou cooperativa; 
▪ Parte dos empregadores da entidade são servidores da entidade administrativa que 
apoiam; 
▪ Não estão submetidas a concurso público; 
▪ Sofrem controle do Tribunal de Conta da União e da entidade; 
▪ Procedimento licitatório simplificado; 
▪ Forma vínculo por meio de convênio, através do Termo de Colaboração; está vinculada 
com uma entidade da administração pública direta ou indireta; 
Exemplo: FIPE (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas, entre seus objetivos está 
o apoio ao Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e 
Contabilidade da Universidade de São Paulo, FEA-USP); 
 
Serviços Sociais Autônomo (Sistema S): 
 Ministrar assistência e ensino para determinadas categorias profissionais; 
 Cada serviço social autônomo é constituído por lei própria; 
 Podem receber recurso orçamentário ou possuir autorização para recolher contribuições 
parafiscais; 
 Não estão sujeitos a realização de concurso público (RE 789874), tampouco estão 
sujeitos às normas de licitações e contratos previstas na Lei 8.666/1993 (MS 33442); 
 Não estão sujeitas à observância dos princípios constitucionais da Administração 
Pública (mas seus agentes respondem por improbidade administrativa e ilícitos penais, 
equiparados a agentes públicos); 
 Possuem imunidade tributária, quando enquadradosnos casos contemplados no art. 
150, VI, c, da CF; 
 Não possuem privilégios processuais (Agin 841548/PR) e a competência para apreciar 
questões judiciais é da Justiça Estadual (Súmula STF 516 “O serviço social da indústria 
- SESI - está sujeito à jurisdição da Justiça Estadual) 
 Decreto-lei n. 4.048/42 - SENAI; 
 Decreto-lei n. 8.621/46 - SENAC; 
 Decreto-lei n. 9403/46 - SESI; 
 Decreto-lei n. 9.853/46 SESC; 
 Lei n. 8.706/93 - SEST e SENAT (serviço Nacional do Transporte e Serviço Nacional 
de Aprendizagem do Transporte); 
 Lei n. 8.315/91 - SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural; 
 Lei n. 8.029/90 - SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas); 
 
Organização da Sociedade Civil Sob Regime de Parcerias Voluntárias - Lei 
13.019/2014 
• Termo de colaboração ou termo de fomento ou acordo de cooperação; 
Termo de colaboração Termo de Fomento Acordo de cooperação 
Instrumento de formalização para parcerias entre a administração pública e a OSC 
Parcerias celebradas para consecução de finalidade de interesse público e recíproco 
Parceria proposta pela 
Administração Pública 
Parceria proposta por 
OSC 
Parceria proposta pela 
Administração pública ou pela 
OSC 
Parceria que envolvam transferência de recurso 
financeiros; 
Parcerias que não envolvam 
transferência de recurso 
financeiros 
• Requisito – art. 2º da lei 13.019/2014; 
• Impedimentos – art. 39 da lei 13.019/2014; 
• Administração Pública está obrigada a realizar chamamento público para realizar 
hipóteses que poderá ser dispensado ou inexigível o chamamento público - art. 30; 
 
Questões 
1º Questão 
Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: UEFS Provas: AOCP - 2018 - UEFS - Analista 
Universitário - Administração 
A pessoa jurídica de direito privado, qualificada pelo Poder Público e sem fins 
lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao 
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, 
é uma 
a) sociedade de economia mista. 
b) organização social. 
c) empresa pública. 
d) autarquia. 
e) fundação pública 
 
2º Questão 
Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: UEFS Provas: AOCP - 2018 - UEFS - Analista 
Universitário - Administração 
Assinale a alternativa correta sobre a administração direta e indireta. 
a) Autarquias são empresas públicas. 
b) As agências reguladoras são autarquias sob regime especial. 
c) Sociedades de economia mista são entidades da administração direta. 
d) A administração direta traduz a ideia de descentralização do serviço público. 
e) Os municípios são entes da administração indireta 
 
3º Questão 
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RJ Prova: CESPE / 
CEBRASPE - 2021 - TCE-RJ - Analista de Controle Externo - Especialidade: Direito 
Com relação a aspectos constitucionais, legais, doutrinários e jurisprudenciais do direito 
financeiro, julgue o item subsequente. 
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), sociedade 
de economia mista prestadora de serviços públicos de saneamento em caráter não 
concorrencial no estado do Rio de Janeiro, é submetida ao regime de precatórios. 
a) Certo 
b) Errado 
 
4º Questão 
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RJ Provas: CESPE / 
CEBRASPE - 2021 - TCE-RJ - Analista de Controle Externo - Especialidade: Ciências 
Contábeis 
No que se refere a serviços públicos, organizações sociais, sociedade civil de interesse 
público e controle da administração pública, julgue o item seguinte. 
Serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, com ou sem 
fim econômico, criadas por lei para desempenhar certas atividades, integrando a 
administração pública indireta. 
a) Certo 
b) Errado 
 
5º Questão 
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXI - Primeira Fase 
A sociedade “Limpatudo” S/A é empresa pública estadual destinada à prestação de 
serviços públicos de competência do respectivo ente federativo. Tal entidade administrativa foi 
condenada em vultosa quantia em dinheiro, por sentença transitada em julgado, em fase de 
cumprimento de sentença. 
Para que se cumpra o título condenatório, considerar-se-á que os bens da empresa 
pública são 
a) impenhoráveis, certo que são bens públicos, de acordo com o ordenamento jurídico 
pátrio. 
b) privados, de modo que, em qualquer caso, estão sujeitos à penhora. 
c) privados, mas, se necessários à prestação de serviços públicos, não podem ser 
penhorados. 
d) privados, mas são impenhoráveis em decorrência da submissão ao regime de 
precatórios. 
 
6º Questão 
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA) 
O Estado Alfa e os Municípios Beta e Gama, localizados naquele Estado, celebraram 
protocolo de intenções para a constituição de consórcio público para atuação na área de 
saneamento, dispondo que o consórcio teria personalidade jurídica de direito público. No 
protocolo de intenções está prevista a outorga de concessão, permissão e autorização de 
serviços públicos pelo consórcio, além da possibilidade de promover desapropriações e instituir 
servidões. 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) O consórcio é ente desprovido de personalidade e, portanto, não é válida a previsão 
contida no protocolo de intenções. 
b) O consórcio em referência não poderá ser constituído sem a obrigatória participação da 
União entre os seus consorciados. 
c) Após a constituição do consórcio, poderá ele promover desapropriação, pois prevista 
no protocolo, mas a declaração de utilidade pública não pode ser feita pelo consórcio. 
d) Com a assinatura do protocolo de intenções por todos os entes participantes, estará 
constituído o consórcio em referência. 
 
7º Questão 
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XVIII - Primeira Fase 
O Estado XYZ pretende criar uma nova universidade estadual sob a forma de fundação 
pública. Considerando que é intenção do Estado atribuir personalidade jurídica de direito 
público a tal fundação, assinale a afirmativa correta. 
a) Tal fundação há de ser criada com o registro de seus atos constitutivos, após a edição 
de lei ordinária autorizando sua instituição. 
b) Tal fundação há de ser criada por lei ordinária específica. 
c) Não é possível a criação de uma fundação pública com personalidade jurídica de direito 
público. 
d) Tal fundação há de ser criada por lei complementar específica. 
 
8º Questão 
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XVII - Primeira Fase 
O Governador do Estado Y criticou, por meio da imprensa, o Diretor-Presidente da 
Agência Reguladora de Serviços Delegados de Transportes do Estado, autarquia estadual 
criada pela Lei nº 1.234, alegando que aquela entidade, ao aplicar multas às empresas 
concessionárias por supostas falhas na prestação do serviço, “não estimula o empresário a 
investir no Estado". Ainda, por essa razão, o Governador ameaçou, também pela imprensa, 
substituir o Diretor-Presidente da agência antes de expirado o prazo do mandato daquele 
dirigente. 
 
 Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta. 
a) A adoção do mandato fixo para os dirigentes de agências reguladoras contribui para a 
necessária autonomia da entidade, impedindo a livre exoneração pelo chefe do Poder 
Executivo. 
b) A agência reguladora, como órgão da Administração Direta, submete-se ao poder 
disciplinar do chefe do Poder Executivo estadual. 
c) A agência reguladora possui personalidade jurídica própria, mas está sujeita, 
obrigatoriamente, ao poder hierárquico do chefe do Poder Executivo. 
d) Ainda que os dirigentes da agência reguladora exerçam mandato fixo, pode o chefe do 
Poder Executivo exonerá- los, por razões políticas não ligadas ao interesse público, casodiscorde das decisões tomadas pela entidade. 
 
9º Questão 
Ano: 2011 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - V - Primeira Fase 
A estruturação da Administração traz a presença, necessária, de centros de 
competências denominados Órgãos Públicos ou, simplesmente, Órgãos. Quanto a estes, é 
correto afirmar que 
a) possuem personalidade jurídica própria, respondendo diretamente por seus atos. 
b) suas atuações são imputadas às pessoas jurídicas a que pertencem. 
c) não possuem cargos, apenas funções, e estas são criadas por atos normativos do 
ocupante do respectivo órgão. 
d) não possuem cargos nem funções 
 
10º Questão 
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XII - Primeira Fase 
O Estado ABCD, com vistas à interiorização e ao incremento das atividades 
econômicas, constituiu empresa pública para implantar distritos industriais, elaborar planos de 
ocupação e auxiliar empresas interessadas na aquisição dessas áreas. Considerando que esse 
objeto significa a exploração de atividade econômica pelo Estado, assinale a afirmativa correta. 
a) Não é possível a exploração de atividade econômica por pessoa jurídica integrante da 
Administração direta ou indireta. 
b) As pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta não podem explorar 
atividade econômica. 
c) Dentre as figuras da Administração Pública indireta, apenas a autarquia pode 
desempenhar atividade econômica, na qualidade de agência reguladora. 
d) A constituição de empresa pública para exercer atividade econômica é permitida 
quando necessária ao atendimento de relevante interesse coletivo. 
 
Gabarito 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
B B A B C C B A B D 
 
 
Referência: professora Franciele Letícia Kühl - CEISC 
 
NAYARA SANTOS DE SÁ 
Instagram: nayarasantosds

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