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Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil Professora Tatiane Kipper MATERIAL DE APOIO PROCESSO CIVIL Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 2 TUTELA PROVISÓRIA 1. AS TUTELAS PROVISÓRIAS PELO NOVO CPC No CPC/15, a tutela provisória (art. 294 e seguintes do CPC) passou a ser considerada gênero, tendo como espécies: Previsão no art. 294 do CPC/15: Art. 294. “A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental”. A tutela de urgência conforme previsão do parágrafo único do artigo 294 ainda pode ser cautelar ou antecipada. Dessa forma, a tutela de urgência cautelar tem natureza instrumental, pois visa a tutelar o processo e não a satisfazer o direito material. Já a tutela de urgência ANTECIPADA tem natureza satisfativa, visando a assegurar de forma imediata, concreta e efetiva, o bem jurídico pretendido. Além disso, a tutela provisória de urgência (cautelar ou antecipada) poderá ser concedida em caráter antecedente ou incidental, ou seja, antes do pedido principal ou no curso deste, respectivamente. 01 Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 3 2.1 Disposições gerais no que se refere às tutelas provisórias Tanto em razão da urgência ou da evidência, em qualquer das modalidades, a tutela provisória se caracteriza pela cognição menos aprofundada e sumária, realizada pelo juiz, por isso, a tutela poderá ser a qualquer tempo revogada ou modificada. Previsão do art. 296 do CPC/15: Art. 296. “A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada”. Entendimento que essa revogação poderá se dar de ofício pelo juiz, mas por meio de decisão fundamentada. Dessa forma, se for deferida, pode ser modificada ou revogada a qualquer momento, como após a citação, após a manifestação do réu a respeito, ou mesmo após a apresentação da contestação. Mesmo na tutela da evidência, o entendimento é de que a ausência do direito pode ficar demonstrada após a manifestação do réu, justificando a revogação ou modificação. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas, conforme previsão do artigo 295 do CPC/15: Art. 295. “A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas”. O artigo 296 do CPC/15 refere que a tutela provisória, em seu sentido amplo, conserva a sua eficácia na pendência do processo, sendo que a qualquer momento pode ser revogada ou modificada. Tal dispositivo demonstra que a tutela provisória se caracteriza pela provisoriedade, justamente em razão da ausência de profundidade da cognição, distinguindo-se da tutela jurisdicional definitiva, obtida no final do procedimento. Art. 296. “A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada. Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo”. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 4 O parágrafo único do artigo 296 do CPC/15 estabelece que a tutela provisória conserva a eficácia durante o período de suspensão do processo. O artigo 297 do CPC/15 prevê que o juiz pode tomar medidas que considerar adequadas para a efetivação da tutela provisória: Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. O juiz deve motivar seu convencimento de modo claro e preciso quando conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, consoante dispõe o art. 298 do CPC/15: Art. 298. “Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso”. E QUANDO HOUVER DECISÃO NESSE SENTIDO, QUAL O RECURSO CABÍVEL? Agravo de Instrumento art. 1.015, I do CPC/15: Art. 1.015. “Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias”; A tutela provisória poderá ser concedida pelo juiz antes mesmo da citação, o que não significa violação ao princípio do contraditório, mas apenas a sua concretização em momento posterior, constituindo o contraditório diferido art. 9º do Novo CPC: Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; (...) Competência? Art. 299. “A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal. Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 5 será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito”. A tutela provisória deve ser requerida ao juiz da causa e quando antecedente ao juiz competente para conhecer do pedido principal. Logo, na tutela provisória de urgência, antecipada ou cautelar, ou de evidência, se for antecedente, deve-se verificar o juiz competente para conhecer, processar, julgar o pedido formulado na ação principal. Na tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, ou de evidência, se incidente, a competência é do próprio juiz da causa. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 6 2. A TUTELA DE EVIDÊNCIA Deve ser concedida independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. Ocorre nas seguintes hipóteses: Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. Observar que, conforme previsão do parágrafo único, nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz pode decidir sem ouvir primeiro o Requerido. A tutela da evidência, justamente por não se fundamentar na urgência, não exige perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, até que a efetivação da tutela jurisdicional seja efetivada. A tutela provisória da evidencia tem, em regra, natureza satisfativa, no sentido de concretizar o direito material postulado. A tutela provisória de evidência pode ser concedida naquelas 4 hipóteses previstas no art. 311 do CPC/15 de forma alternativa. Na primeira hipótese, a tutela da evidência pode ser concedida em dois casos alternativos, ou seja, quando houver abuso do direito de defesa ou manifesto protesto protelatório da parte. O abuso do direito de defesa ou manifesto protesto protelatório podem ser exercidos pelo Réu, quando este, por exemplo, dificulta a citação, da mesma forma pode ser contra o autor em caso de Reconvenção. A segunda hipótese, ocorre quando as alegações de fato puderemser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento em casos repetitivos ou em súmula vinculante. Exige-se ambos os requisitos. 02 Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 7 O julgamento de casos repetitivos pode ocorrer no TJ, TRF, STJ ou STF. A súmula vinculante é no caso do STF. A terceira hipótese de concessão de tutela de evidência é quando se tratar de pedido reipersecutório (ou seja, de devolução ou entrega de coisa ou objeto) que tenha como fundamento prova documental adequada do contrato de depósito. A quarta hipótese ocorre quando a petição inicial é instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que réu não se oponha de forma capaz de gerar dúvida razoável. Em tais situações, em razão da elevada probabilidade de existência do direito postulado pelo autor, assegura-se a possibilidade de ser objeto de tutela provisória de evidência. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 8 3. A TUTELA DE URGÊNCIA 3.1 Previsão legal Ocorrem em situações específicas em que se exige providência jurisdicional imediata, ou seja, o tempo poderá acarretar prejuízos ao processo ou ao bem jurídico. Previsão no artigo 300 do CPC/15: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Quando for tutela de urgência de natureza antecipada, por ter caráter satisfativo, além dos requisitos citados, também se exige a ausência de perigo da irreversibilidade dos efeitos da decisão, conforme previsão do §3º do artigo 300 do CPC/15: § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. A probabilidade do direito refere-se ao tradicional fumus boni juris, e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo refere-se ao periculum in mora. Todos os requisitos devem estar presentes de forma cumulativa para a concessão da tutela de urgência. Assim a parte deve demonstrar o perigo na demora, de forma que se aguardar o provimento jurisdicional final, ou sua execução/efetivação, certamente será muito tarde. 03 Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 9 Dessa forma, a prestação jurisdicional poderá ser inútil, porque o direito material corre o risco de não existir mais até lá em razão do tempo transcorrido. A fumaça do bom direito significa a provável existência do direito material. A tutela de urgência pode ser ANTECIPADA OU CAUTELAR. A tutela provisória de urgência pode ser ANTECEDENTE (requerida antes do ajuizamento da ação) ou INCIDENTE (requerida no curso da ação). Para concessão da tutela de urgência, pode o juiz, conforme for o caso, exigir caução real ou fidejussória para ressarcir os danos que a parte possa vir a sofrer. Previsão no §1º do artigo 300 do CPC/15: § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. E SE A PARTE FOR HIPOSSUFICIENTE E NÃO PUDER OFERECER? Caução pode ser dispensada. A tutela provisória de urgência pode ser concedida de forma liminar ou mediante justificação prévia; § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. Além disso, não afeta o princípio do contraditório, que fica deferido, ou seja, postergado. A tutela provisória de urgência poderá ser revogada/modificada a qualquer tempo, conforme previsão do art. 296 do CPC/15. Da mesma forma, o juiz pode entender que a tutela provisória seja deferida somente após a oitiva do Requerido. 3.2 A tutela ANTECIPADA ANTECEDENTE A petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada, com a exposição sumária da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Previsão no artigo 303 do CPC/15: Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 10 exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. Concedida a tutela antecipada, com fundamento na urgência, devem ocorrer os seguintes atos: § 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334; III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. Observar prazo da contestação no artigo 335 do Novo CPC: Art. 335. “O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. § 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. (...)”. E SE NÃO HOUVER ESTE ADITAMENTO? O processo deve ser extinto sem resolução de mérito. O aditamento passa a ser medida imperativa, tratando-se de ônus processual do autor. Previsão no §2º do artigo 303 do CPC/15: § 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito. O aditamento da petição mencionado deve se dar nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais: § 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar- se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 11 E O VALOR DA CAUSA? Já deve ser apontado na petição inicial que refere o caput do artigo 303 do CPC/15, devendo o Autor mencionar o valor que deverá levar em consideração o pedido da tutela final: § 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. Conforme previsão do §5º, deve mencionar o Autor se pretende obter o benefício previsto no caput do artigo 303 do CPC/15: § 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo. Na hipótese do §6º, caso se entenda que não há elementos para concessão da tutela antecipada, o órgão jurisdicional deve determinar a emenda da petição inicial em até 05 dias. Se não for emendada nesse prazo, a petição inicial deve ser indeferida e o processo extinto sem resolução de mérito: § 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito. ESTABILIDADE DA TUTELA ANTECIPADA: Quando não for interposto recurso, na forma do art. 304 do CPC/15.Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso. O parágrafo primeiro refere que quando houver essa estabilização, o processo deve ser extinto: § 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. Ainda assim, antes da extinção do processo, mesmo havendo a estabilização da antecipação de tutela, pode ser necessária a sua efetivação, ou seja, seu cumprimento. Conforme determina o §2º do artigo 304 do CPC/15, qualquer das partes pode demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada satisfativa estabilizada nos termos do art. 304: Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 12 § 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput. § 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. Assim, enquanto não revista, reformada ou invalidade, a tutela antecipada mantém seus efeitos. E PARA INSTRUIR A REFERIDA AÇÃO? Qualquer das partes pode requerer o desarquivamento em que foi concedida a medida para instruir a ação, ficando prevento o juízo em que a tutela foi concedida: § 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida. PRAZO PARA PROMOVER A AÇÃO? 02 ANOS. § 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o. Haja vista o caráter de provisoriedade, a decisão que concede a antecipação de tutela não faz coisa julgada material, ou seja, não se torna imutável. Porém, a estabilidade dos seus efeitos só é afastada por decisão que rever, reformar ou invalidar proferida na ação ajuizada por uma das partes. § 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo. 3.3 A tutela cautelar no novo CPC As tutelas cautelares, como espécies de tutela urgência podem ser antecedentes e incidentais. Art. 294. “A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 13 Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental”. O novo CPC disciplina de forma específica o procedimento da tutela de urgência cautelar requerida em caráter antecedente. A tutela cautelar antecedente, por ser anterior ao ajuizamento da ação principal é postulada por meio de ação própria. Dessa forma, a petição inicial que visa a prestação de tutela cautelar ANTECEDENTE deve indicar a lide (ou seja, o conflito de interesse envolvido), o fundamento e a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar, além do PERIGO DE DANO OU RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO art. 305 do CPC/15: Art. 305. “A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. A ação com pedido de tutela cautelar antecedente tem como fundamento a URGÊNCIA, exigindo a exposição, mesmo que concisa do fumus boni juris. A exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo referidos no artigo 304 referem-se à necessidade de se demonstrar o PERIGO NA DEMORA E A FUMAÇA DO BOM DIREITO. E SE O JUIZ ENTENDER QUE O PEDIDO INDICADO TEM NATUREZA ANTECIPADA, ISTO É, SATISFATIVA DO DIREITO MATERIAL PRETENDIDO? Aplica-se o parágrafo único do artigo 305: Art. 305. “A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303”. O artigo 303 versa sobre a tutela antecipada quando a urgência for contemporânea à propositura da ação. Neste caso, o que se observa é a FUNGIBILIDADE ENTRE A TUTELA CAUTELAR E A TUTLA ANTECIPADA, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 14 fundadas na urgência, pois ambas são espécies da tutela provisória. Diante da natureza comum das tutelas de urgência, acabam tendo tratamento semelhante. Assim, se o pedido tem natureza satisfativa, mas foi postulado como tutela cautelar antecedente, cabe ao juiz examinar o pedido de acordo com a verdadeira natureza. Da mesma forma, o inverso ocorre: se o pedido tem natureza de tutela cautelar, mas foi chamado pelo autor de tutela antecipada, o juiz deve decidir em conformidade com a verdadeira natureza do requerimento. Por ser fungibilidade, deve ser aplicada em ambas as situações. Observar a contestação do Réu. Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. Na ação que visa a prestação de tutela cautelar antecedente, o réu deve ser citado para no prazo de 05 dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. O prazo é de 05 dias, justamente, porque a decisão deve ser proferida com o máximo de brevidade, em razão da urgência que caracteriza a medida cautelar antecedente. CONTESTADO O PEDIDO OBSERVA-SE O PROCEDIMENTO COMUM Parágrafo único do artigo 307. E SE NÃO FOR CONTESTADO? REVELIA. Art. 307. “Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias. Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum”. E se for efetivada a tutela cautelar? O pedido principal deve ser postulado pelo autor no prazo de 30 dias. Art. 308. “Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. § 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 15 § 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal. § 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu. § 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. Assim, o prazo de 30 dias para o pedido principal para ser postulado conta da efetivação da tutela cautelar antecedente. Em tal situação, o pedido principal deve ser apresentado nos mesmos autos em que foi pleiteada a tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas, verificar art. 308. O pedido principal também pode ser formulado com o pedido de tutela cautelar. O entendimento é de que o prazo de 30 dias tem natureza DECADENCIAL, no que se refere à apresentação do pedido principal, no caso da tutela cautelar antecedente. Se o pedido principal for realizado no prazo mencionado, a tutela cautelar mantémsua eficácia não só no prazo de 30 dias contados da efetivação, mas durante o curso do processo, e na verdade, até a efetivação concreta da tutela final, definitiva e principal. Uma vez apresentado o pedido principal, as partes devem ser intimadas para a audiência de conciliação ou mediação na forma do artigo 334, sem necessidade de nova citação do réu, conforme previsão do artigo 334 do CPC/15: Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. Além disso, se não houver autocomposição, o prazo para contestação deve ser contado na forma do artigo 335 conforme o §4º do artigo 338; Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 16 3.4 Cessão da eficácia da medida cautelar Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, segundo o artigo 309: Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se: I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal; II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito. Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento. Segundo a hipótese do inciso I do artigo 308, a tutela cautelar antecedente, mesmo se concedida perde seus efeitos se o pedido principal não for apresentado no prazo de 30 dias contados da efetivação da tutela cautelar. Neste sentido já se tinha a Súmula 482 do STJ no que se refere ao CPC de 1973: “A falta de ajuizamento da ação principal no prazo do art. 806 do CPC acarreta a perda da eficácia da liminar deferida e a extinção do processo cautelar”. Segundo o inciso II do artigo 309, a tutela cautelar perde sua eficácia se não for efetivada no prazo de 30 DIAS. Isso porque se a cautelar foi concedida, mas o autor não se interessa por sua execução, permanecendo inerte, não se verifica a urgência mais. Da mesma forma, cessa a eficácia da tutela cautelar, segundo o inciso III do artigo 309, se o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito. Isso porque se o processo é extinto sem julgamento de mérito, a tutela cautelar não pode ser vista como um fim, pois depende da tutela principal, a qual busca tutelar. E, se o pedido principal é julgado improcedente, a eficácia da tutela cautelar também é perdida, em regra, pois também depende da principal, além do fato de não ter a probabilidade do direito material alegado. Ou seja, se a própria sentença rejeitar o pedido principal, entendendo que o bem jurídico não é devido, conclui-se pela ausência de um dos requisitos da tutela antecipada: a fumaça do bom direito. Entendimento de que essa revogação ocorre de forma automática. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 17 E se o pedido principal foi julgado procedente? Entende-se, por óbvio, que se o pedido principal é acolhido, a tutela cautelar não perde sua eficácia quando a sentença é proferida ou mesmo com o trânsito em julgado. Na verdade, a tutela cautelar deve manter sua eficácia até a afetiva satisfação do direito material. Ou seja, a medida cautelar mantém os seus efeitos até a integral execução da tutela principal, justamente para assegurar o resultado útil do processo. E se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar? Parágrafo único do artigo 309: Parágrafo único. “Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento”. Segundo a previsão, fica vedado à parte renovar o pedido, salvo por novo fundamento. Ou seja, é proibido ao Autor formular o mesmo pedido de tutela cautelar se cessar sua eficácia, salvo se tiver fundamento diverso. E O INDEFERIMENTO DA TUTELA CAUTELAR, OBSTA QUE A PARTE FORMULE O PEDIDO PRINCIPAL? Art. 310. “O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição”. De acordo com o artigo 310, o indeferimento da tutela cautelar não obsta que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento da lide, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento da prescrição ou decadência. A sentença da medida cautelar não decide o mérito do pedido principal. Logo, mesmo após o trânsito em julgado, que faz coisa julgada formal, não faz coisa julgada material quanto ao pedido principal, salvo se reconhecida a prescrição ou decadência que se referem ao pedido principal. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 18 4. MODELO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA ANTECEDENTE 04 DOUTO JUÍZO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ... REQUERENTE..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da Cédula de Identidade nº..., e do CPF nº..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., Bairro..., município de..., Estado..., CEP..., por intermédio de seu procurador constituído (procuração em anexo), ADVOGADO..., OAB..., endereço eletrônico..., com escritório profissional na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com base no art. 294, 300, caput e §2º e 303 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, propor a presente TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA ANTECEDENTE COM PEDIDO LIMINAR, em face do REQUERIDO...., nacionalidade ..., estado civil..., profissão..., portador da Cédula de Identidade nº..., e do CPF nº..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., Bairro..., município de..., Estado..., CEP..., pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 1. EXPOSIÇÃO DA LIDE: Fazer um relato dos fatos que ensejaram o pedido de tutela. 2. DO DIREITO: Trazer a fundamentação legal com os dispositivos aplicáveis ao caso.LEMBRAR 294, 300 e 303 do CPC A) DO DIREITO QUE O REQUERENTE BUSCA REALIZAR: Exemplo: proteção ao nome contra indevida negativação. 303 DO CPC + ARTIGOS DO DIREITO Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 19 B) DA PROBABILIDADE DO DIREITO Exemplo: que pagou e possui o comprovante. 300 DO CPC + ARTIGOS C) DO PERIGO DE DANO OU RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO: Exemplo: Os prejuízos que o requerente está sofrendo ou que irá sofrer. 300 + 303 DO CPC+ ARTIGOS REFERENTES AO CASO D) DA REVERSIBILIDADE: Exemplo: Demonstrar que é possível reverter os efeitos da decisão conforme previsão do art. 300, §3º, do Código de Processo Civil. 3.DA LIMINAR (OBS: verificar se é caso de pedido liminar – art. 300, §2º, sendo o caso, fazer o pedido) Fundamentar no artigo 9º, parágrafo único, INCISO I do CPC 4. INDICAÇÃO DO PEDIDO DE TUTELA FINAL: Informar que o Requerente pretende se valer do benefício contido no caput do art. 303, conforme previsão do art. 303, §5º, do CPC/15. Na forma do §1º, inciso I, do art. 303 do CPC/15, indica desde já o Autor que concedida a tutela antecipada antecedente irá no prazo de 15 dias proceder ao aditamento da petição inicial, complementando os argumentos e juntando novos documentos, indicando como pedido de tutela final... (mencionar qual é a tutela final pretendida). 5. DOS PEDIDOS: a) Liminarmente, em sede de tutela antecipada antecedente, que.... (justamente o que se pretende), ou caso Vossa Excelencia entenda que não estão presentes os requisitos para concessão da liminar, seja designada audiência de justificação previa, na forma do 300, §2º do CPC; b) A concessão do benefício da Gratuidade da Justiça de acordo com o art. 98 e 99 do CPC/15, eis que o Requerente é pessoa pobre nos termos da lei OU Informa o recolhimento das custas iniciais na forma do art. 82 do CPC/15; Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 20 c) Concedida a tutela provisória de urgência antecipada antecedente que o Autor seja intimado para aditar a inicial no prazo de 15 dias ou em outro prazo maior a ser fixado por Vossa Excelência, com a complementação de argumentação e juntada de novos documentos, conforme previsão do art. 303, §1º, do CPC/15; d) Que o Réu seja intimado da concessão da tutela provisória de urgência antecipada antecedente, a fim de interpor o respectivo recurso, sob pena de estabilização da medida, e extinção do processo sem resolução do mérito na forma do art. 304, caput e §1º do CPC/15; e) Que realizado o aditamento da petição inicial, o Réu seja citado para comparecer à audiência de conciliação ou mediação, conforme previsão do art. 303, §1º, II do CPC/15 e não sendo obtida a autocomposição, ofereça contestação no prazo legal, consoante artigo 303, §1º, III do CPC; f) Caso não concedida a tutela provisória de urgência antecipada antecedente, que o Autor seja intimado para emendar a inicial no prazo de 05 dias, conforme previsto no §6º do art. 303 do CPC; g) A produção de todos os meios de prova em direito admitidas; h) Ao final, a total procedência da ação ordenando .... e confirmando a tutela anteriormente concedida; i) A condenação do Réu em custas e honorários advocatícios, consoante previsão do artigo 85 do CPC; j) Manifesta o Autor o seu interesse na realização da audiência de conciliação ou mediação na forma do artigo 319, VII do CPC; Valor da causa: R$... (valor do pedido principal) Termos em que, Pede e espera deferimento. Local... Data... Advogado... OAB... Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 21 5. MODELO TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR ANTECEDENTE DE ARRESTO COM PEDIDO LIMINAR EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE.... AUTOR..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da Cédula de identidade nº..., inscrito no CPF sob nº..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., por intermédio de seu procurador constituído (procuração em anexo), OAB..., endereço eletrônico... e endereço profissional na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 294, 300, caput e §2º e 305 e seguintes do Código de Processo Civil, propor a presente TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR ANTECEDENTE PARA FINS DE ARRESTO COM PEDIDO LIMINAR, em face de RÉU..., nacionalidade..., estado civil..., união estável..., profissão..., portador da Cédula de identidade nº..., inscrito no CPF sob nº..., com endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., Bairro..., Cidade..., Estado..., CEP..., pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 1. DOS FATOS: EXPOSIÇÃO DA LIDE Narrar o que ocorreu no mundo dos fatos que ensejou a propositura da ação. COMO CRIAR: comece pela relação jurídica (o que liga autor e réu), depois o fato gerador (o que aconteceu) e, por fim, a consequência jurídica (o que pretende do judiciário); Exemplo: O Autor emprestou para o Réu em 05/09/2017 a importância de R$ 50.000,00 para que o Réu pudesse realizar o sonhado intercambio de estudos na Inglaterra. Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 22 Com o fim de garantir o pagamento da referida dívida, o Autor e o Réu celebraram instrumento de confissão de dívida, assinado por duas testemunhas e pelas partes, no valor de R$ 50.000,000, cujo pagamento deveria ter sido efetuado em 20/01/2018. Porém, mesmo já expirado o prazo de pagamento, o Réu ainda não efetuou o pagamento, e mais, além da obrigação não ter sido cumprida, o Autor tomou conhecimento de que o Requerido está alienando todos os seus bens de raiz, conforme se verifica no documento em anexo que se constitui no contrato de compra e venda da residência do devedor, bem como no contrato de compra e venda do imóvel do Réu situado no litoral gaúcho, bem como através do anuncio da imobiliária X que coloca a venda os demais bens do devedor, o que demonstra o receio do Autor pela dilapidação do patrimônio do devedor, sem que reste algum para garantir o pagamento da dívida. Aí que se faz necessária a concessão da tutela provisória de urgência cautelar antecedente. 2. DO DIREITO: Trazer a fundamentação legal da ação. mencionar o artigo 300 do CPC, 301 do CPC/15. a) Da probabilidade do direito: 300 do cpc e mais os artigos correspondentes b) Do direito que visa assegurar; 305 do cpc e mais artigos c) Do risco ao resultado útil do processo; 300 e 305 do cpc 3. DO PEDIDO LIMINAR: art. 300, §2º DO CPC e artigo 9, paragrafo único, inciso I 4. DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer o Autor: a) Que seja concedida a medida liminar, a fim de que não se torne ineficaz pelo decurso do tempo, para que sejam arrestados bens do devedor suficientes para o adimplemento da obrigação, conforme previsão do artigo 300, §2º do CPC, ou, designada audiência de justificação, caso Vossa Excelencia entenda que não estão presentes os requisitos para a concessão da liminar; Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 23 b) Que após a concessão da liminar, o réu seja citado para apresentar contestação, querendo, e indicar as provas que pretende produzir, no prazo de 05 dias, nos termos do artigo 306 do CPC; c) Requer ao final que seja julgado totalmente procedente o pedido de arresto de bens para o fim de...; d) Informa que no prazo legal 30 dias a contar da efetivação da medida será formulado o competente pedido principal de execução, conforme previsão do artigo 308 do CPC; e) Apresentado o pedido principal a intimação das partes para a audiência de conciliação ou mediação pessoalmente ou por intermédio de seus advogados, conforme §3º do artigo 308 do CPC, e, caso não houver autocomposiação que o Réu, querendo, ofereça contestação no prazo do artigo 335, tal qual prevê o §4º do artigo 308 do CPC; e) A concessão do benefício da gratuidade da justiça, eis que o autoré hipossuficiente nos termos da lei, consoante previsão dos artigos 98 e 99 do CPC OU a juntada do comprovante do recolhimento das custas iniciais; f) Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos; g) A condenação do Réu em custas e honorários advocatícios, na forma do artigo 85 do CPC; h) A manifestação do Autor pela realização da audiência de conciliação ou mediação na forma do artigo 319, VII do CPC; Valor da causa: dá-se à causa o valor de R$... Termos em que, Pede deferimento. local..., data... Advogado... Curso Preparatório para OAB 2ª Fase Civil 24 1. AS TUTELAS PROVISÓRIAS PELO NOVO CPC 2. A TUTELA DE EVIDÊNCIA 3. A TUTELA DE URGÊNCIA 4. MODELO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ANTECIPADA ANTECEDENTE 5. MODELO TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR ANTECEDENTE DE ARRESTO COM PEDIDO LIMINAR
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