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1 CIRURGIA ORAL MENOR @odonto.by.gibbs – Direitos Autorais APOSTILA COMPLETA 2 CAPÍTULO 1: PARAMENTAÇÃO E MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA • Assepsia: ações que visam manter um meio sem contaminação, fora do ambiente cirúrgico (realizada com sabonetes degermantes – feita pelo próprio paciente). • Antissepsia (anti = contra / sepsis = putrefação). Método que impede a proliferação de microrganismos em tecidos vivos com uso de substancias químicas (antissépticos). Esta é feita pelo profissional, com clorexidina 2% (externamente) e clorexidina 0,12% (intraoral) • Degermação: ato de redução ou remoção parcial de microrganismos da pele ou outros tecidos vivos por métodos quimiomecânicos. (escovar as mãos por exemplo) • Esterilização: método absoluto que elimina todas as formas viáveis de microrganismos. (através de calor) OBS: Os instrumentais precisam ser limpos com bastante rigor. Paramentação Cirúrgica • Tem como finalidade a formação de barreira microbiológica contra penetração de microrganismos no sitio cirúrgico do paciente, oriundos dele mesmo, dos profissionais, materiais, equipamentos e ar ambiente. • Sequência correta: técnicas de degermar as mãos – vestir o avental ou a roupa esterilizada e calçar as luvas. Roupas Cirúrgicas - calça e jaleco que cubram o Maximo da área cutânea / mangas curtas (camisetas / uniforme) - gorro para proteção dos cabelos (pode conter o S. aureus) - marcara (cobrir barba / bigode / boca – S. aureus) - protetor de calçado propé (uso discutível) - óculos de proteção dos olhos 3 Etapas Pré Cirúrgicas 1ª ETAPA: Manilúvio • Pele colonizada por bactérias (microbiota permanente e transitória) • Retirada da sujeira e detritos, redução substancial ou eliminação da flora transitória e redução parcial da flora residente. • Flora Transitória: regiões mais expostas (epiderme) – gram negativas e enterobacterias (remoção com água e sabão). • Flora Permanente: camadas mais profundas (derme) Staphylococcus epidermis, micrococos, Corinebacterium e Acinetobacter. (diminuição do potencial de infecção) Materiais para o Manilúvio - escovas macias para degermação das mãos - pia exclusiva, comando por pedal ou fotocélula (água aquecida) - unhas (estilete de madeira ou plástico) - não pode ter acessórios nas mãos e antebraço - PVPI degermante ou clorexidina. O que limpar? - unhas - antebraço - face volar da mão (palma) - punhos - face dorsal - cotovelos - borda ulnar da mão - superfícies volar, dorsal, ulnar e radial - dedos - secagem: compressas estéreis (dedos / cotovelo) - espaços entre os dedos - tempo de manilúvio: 5 minutos 2ª ETAPA: Avental Cirúrgico • Aventais estéreis, cobrir do pescoço ate abaixo do joelho. Deve ter punhos. • Segurar pela parte superior (indicador e polegar) • Podem ser de malha ou descartáveis. 4 3ª ETAPA: Luvas • Técnica de calçamento padronizada (desde 1894) • Látex ou látex com menos proteínas, copolímeros sintéticos, neoprene ou estireno (materiais da composição da luva) • A luva deve ser estéril. Sempre verificar os tamanhos das luvas (P, PP, M, G) • Calçar a luva: tomar cuidado ao calçar a luva, tocando sempre na parte que vem dobrada (do punho). Quando calçar a outra mão, pegar por dentro da parte dobrada. Subir a luva e ajustar os punhos. 4ª ETAPA: Preparo do Paciente • Fatores que influem maior ou menor possibilidade de contaminação: - idade - alterações metabólicas e nutricionais - duração da cirurgia - contaminação ambiental • Antissepsia do paciente: microbiota oral composta por cocos gram + e aeróbicos (Streptococcus, actinomicetos, anerobios e Candida) - microbiota da pele facial composta por Staphylococcus epidermidis e Corynebacterium diphtheriae. • Antissépticos com formulações hipoalergenicas, baixa causticidade. Vão destruir ou inibir o crescimento dos microrganismos ( produtos bactericidas ou bacteriostáticos). • Iniciar sempre pela antissepsia intra oral (bochechos) e em seguida a extra oral. Antissépticos - degermante: associado a um agente tensoativo (detergentes) - tópico: quando esta em veiculo aquoso - tintura: quando esta em veiculo alcoólico - solução degermante: utilizar para degermação da pele das mãos e pele do campo operatório. 5 - solução aquosa (tópico): utilizar para antissepsia das mucosas - solução alcoólica (tintura): utilizar para antissepsia da pele Clorexidina - ação residual de 6 a 8h - solução degermante a 2 ou 4% (pré procedimento invasivo) para degermação da pele das mãos e campos. - solução alcoólica a 0,5 ou 2% para antissepsia da pele - solução aquosa de 0,12 ou 0,2% para antissepsia da mucosa. Iodo - parede celular dos microrganismos - ação imediata - ação boa contra bactérias gram + e – (regular contra fungos, micobactérias e vírus) - pode ocasionar queimaduras e irritações acima de 2% - é absorvido pela pele - antissepsia da pele 0,5 a 2% diluído em álcool 70% - desvantagens: idosos que já tem pele flácida, podem empreguinar na pele. (evitar em idosos) Iodopovodina - iodo + agentes solubilizantes e transportador - PVPI - mantém efeito germicida do iodo, porem reduzindo a toxicidade - atuam contra gram + e -, bacilos da tuberculose , fungos e vírus - absorção pela pele - penetram pela parede celular - solução aquosa, tintura e degermante 10% - serve para realizar a antissepsia extra oral com pinça, gaze e a substancia - fazer a antissepsia sempre de dentro pra fora (centro – puxa o produto para as extremidades) 6 5ª ETAPA: Campos Operatórios • Sempre colocar o campo estéril na mesa antes de montar os materiais • Praticamente todos os instrumentais vão em cima do campo. • Necessário colocar o campo operatório no refletor também. • Caneta de alta rotação e sugador também devem estar com o campo. 6ª ETAPA: Campo do Paciente • Deve ter sido feita a antissepsia extra oral antes de colocar o campo frenestrado. 7ª ETAPA: Montagem da Mesa Cirúrgica • A mesa começa a ser montada na área inferior esquerda • Materiais para a diérese (anestesia, incisão, descolamento) • Materiais para exirése (fórceps, alavancas) • Materiais para síntese • Materiais para hemostasia Instrumentais Cirúrgicos ❖ Instrumentais para realizar a antissepsia - pinça de foerster - pinça allis OBS: não devem voltar para a mesa! ❖ Instrumentais para Anestesia e Incisão - seringa carpule - cabo de bisturi n° 3 ❖ Instrumentais para Divulsão (descolamento) - cureta de Molt - descolador de Molt - sindesmótomo ❖ Instrumentais para Exérese (exodontia) - elevador apical reto (alavanca) – concha 7 - fórceps - elevadores seldin (alavanca) – liso ❖ Instrumentais para Síntese (suturas) - porta agulha de Mayo – Hegar - tesoura de Mayo curva - pinça anatômica com dente - tesoura de Metzenbaum - tesoura de Mayo reta ❖ Instrumental para Hemostasia - pinça hemostática Kelly (serrilhada na ponta) - pinça hemostática mosquito (serrilhada em tudo) ❖ Instrumental Auxiliar - cureta de Lucas n°86 - lima para osso - alveolótomo ❖ Afastadores - Farabeuf - Minessota ❖ Material de Consumo - gaze - soro -seringa e fio (nylon) Necessidade & Oportunidade Cirúrgica Principio da necessidade: consiste em determinar de forma correta e segura que para resolução daquele quadro clinico, é necessário a terapêutica cirúrgica. • Obter um diagnóstico definitivo correto 8 • Avaliar o grau de evolução da doença dependendo, pode haver outro método de tratamento. • Considerar as condições de morbidade e sobrevivência no pós operatório. • Esse paciente se encaixa na terapia que esta sendo proposta?Princípio de Oportunidade: levar em consideração se o paciente esta apto a ser submetido a uma cirurgia no momento / situação sistêmica do paciente. • Enfatiza a importância de constatar anormalidades nas condições de saúde local e geral do paciente que possam interferir na terapêutica cirúrgica. • Adequar o paciente à terapia e a terapia ao paciente. CAPÍTULO 2: PRINCÍPIOS DE CIRURGIA E REPARAÇÃO TECIDUAL • Cirurgia: execução perfeita da técnica, instrumental adequado e domínio total desse mesmo instrumental. OBS: as alavancas vão ser utilizadas para luxar o dente (romper os ligamentos para que possamos extrair o dente). • Planejamento: desde o anestesia até a sutura. Desenvolvendo um Diagnóstico Cirúrgico • História Patológica Pregressa - cirurgias prévias - internações hospitalares - tratamento médico recente atual (alterações cardiovasculares, hepáticas e distúrbios de coagulação) 9 - alterações endócrinas (exame Hb Glicado – Diabetes) - alterações pulmonares (cuidado com a prilocaína, que é metabolizada no pulmão) - outras condições importantes (gravidez, epilepsia e lactação) OBS: pacientes com alterações hepáticas é necessário saber qual tipo de anestésico utilizar e quais tipos de medicamentos prescrever. OBS: solicitar o IMR para ver como esta a coagulação desse paciente. (é necessário conhecer os distúrbios de coagulação para evitar riscos de altos sangramentos). Quanto maior o valor do IMR maior o risco de ocorrer um grande sangramento. OBS: sempre perguntar quais tipos de medicamentos para evitar alergias. Anti coagulante: age no fator de coagulação. | Marevan / Heparina / Varfarina | Anti Agregante: age nas plaquetas | AAS / Clopidogrel | OBS: se o paciente for diabético compensado não há necessidade de realizar a profilaxia antibiótica. Caso contrário e em questão de urgência é necessário realizá-la. OBS: pacientes com epilepsia evitar usar anestésicos com vasoconstritor epinefrina e noraepinefrina. Utilizar a prilocaína com felipressina. • Exames Pré Operatórios - coagulograma: útil na avaliação laboratorial inicial de pacientes com distúrbios hemorrágicos. - K no soro: útil na avaliação de quadros de hiperaldosteronismo primário ou secundário - Na no soro: avaliação do equilíbrio hidro – salino (hipertensos descompensados) - glicemia: hemoglobina glicada principalmente. - creatinina no soro: avaliação da função renal - hemograma - INR - leucograma: esclarecer processos infecciosos virais ou bacterianos, inflamatórios e tóxicos - eritrograma: diagnostico diferencial e acompanhamento das anemias e poliglobulias. • Necessidades Básicas Para Cirurgia (Principais Exigências) - visibilidade adequada da cavidade, do procedimento. - acesso apropriado (abertura de boca, exposição cirúrgica adequada, retalhos cirúrgicos) - iluminação suficiente - campo cirúrgico livre de fluidos. 10 Tempos Fundamentais da Cirurgia DIÉRESE - “dividir” - ato pelo qual o cirurgião separa, divide os tecidos. - abrindo caminho para se chegar aos planos mais profundos - atingir por meio deste primeiro passo, o objetivo da cirurgia. - dentro da diérese se faz a incisão e divulsão - a divulsão é o rompimento das fibras Diéreses Mecânicas • PUNÇÃO - realizada por meio de agulhas ou trocartes (são instrumentais usados para sucção) - penetram nos tecidos separando-os sem seccioná-los - objetivo: remoção de substancia liquida com agulha / ou mais espessa (trocarte) - essa remoção é para fins diagnósticos. EX: Lesão em região de maxila,realiza-se a incisão e fez a divulsao chegando em tecido ósseo, coloca-se trocarte para puxar o liquido lá de dentro. OBS: abscesso com comprometimento endodôntico e periodontal, entrar com dois tipos de antibióticos – amoxicilina 500mg associada com Metronidazol 250 mg (prevalência de anaeróbio maior) • INCISÃO - corte do tecido (retilíneo) - usar uma lamina afiada do tamanho apropriado - realizar uma incisão firme e continua - movimento da mão a altura do punho e não de todo antebraço - bisturi deve ser segurado como uma caneta (formar ângulo de 90°) - não atingir estruturas vitais - incisões com bisturi perpendicular à superfície - incisar em gengiva inserida ou sulco gengival, sobre o osso saudável. - incisão sulcular: acompanhando a cervical do dente (dentes superiores) 11 - relaxante: incisão retilínea - lâmina mantida perpendicular à superfície do tecido (bordas quadradas) - lâmina em ângulo diferente de 90° com a superfície - corte oblíquo gera fechamento inadequado e comprometimento do suprimento sanguíneo. OBS: não pode fazer incisão se não tiver apoio de osso. (sempre em tecido duro) OBS: não realizar movimentos de “vai e volta” porque a mucosa dilacera e necrosa. Realizar movimentos retilíneos e contínuos. OBS: o tecido duro não pode estar infeccionado! Deve ser saudável. Planejamento do Retalho * (incisão) - retalhos cirúrgicos são feitos para ganhar acesso cirúrgico a uma área ou para mover tecidos de uma região. - prevenir as complicações = necrose, deiscência e dilaceração. - é a parte do tecido que será descolado. - o retalho será seccionado e rebatido. - deiscência = estoura o ponto. - dilaceração = sutura e o tecido dilacera / esgarça. - deiscência óssea = fragmento ósseo que não cicatriza. Prevenção de necrose do Retalho - Pode ser prevenida de acordo com os 4 princípios básicos: 1) O ápice (ponta) do retalho nunca deve ser mais largo que a base, a menos que uma artéria principal esteja presente na base. - Os retalhos devem possuir lados que corram paralelos entre si ou preferencialmente, que sejam convergentes da base para o ápice do retalho. (forma de trapézio). - se não tiver adequado, não vai ter suprimento de sangue e acaba necrosando o tecido. - realizar o relaxante sempre por vestibular. 2) Geralmente o comprimento do retalho não deve exceder o dobro da largura da base 3) Quando possível, o suprimento sanguíneo axial deve ser incluído na base do retalho 12 4) A base dos retalhos não deve ser excessivamente torcida , esticada ou apertada com nada que possa danificar vasos, uma vez que essas manobras podem comprometer o suprimento sanguíneo de aporte e de drenagem do retalho. OBS: Ápice do retalho = cervical do dente • DIVULSÃO - afastamento dos tecidos sem seccioná-los. - seccionar por meio de tesouras ou pinças rombas - instrumento penetrado, fechado, dentro do tecido a ser separado. - logo após essa manobra, é feita sua abertura. - a abertura proporciona a divulsão e o afastamento dos tecidos. • SINDESMOTOMIA - é a separação romba dos tecidos por meio de um espaço anatômico virtual. - usando-se instrumental como os descoladores e sindesmótomos. - conhecida também como “descolar” • CURETAGEM - feita com instrumentos em forma de colher - curetas (cureta de Lucas) - as curetas apresentam bordas cortantes - objetivo: raspar a superfície de um tecido (raspar as paredes ósseas também) - estimula o sangramento e nutre o osso - é realizada logo após a extração do dente (em adultos) • DILATAÇÃO - aumento das vias naturais de calibre - Ex: luxação – exodontia // cateteres – ductos salivares (quando o paciente tem sialolito) Para localização de dentes na mandíbula, realizar a técnica de Miller – Winter (radiografia oclusal + radiografia periapical) Para localização de dente na maxila, realizar técnica de Clark. Brocas 701,702 e 703 = brocas de osteotomia (PROVA) Broca Zecrya = para odontosecção 13 Diéreses Térmicas • Emprego do calor com uso do bisturi elétrico, em que a fonte de calor é a eletricidade • Podem ser citadas, por exemplo: Crioterapia e Diérese com raio laser. EXÉRESE - Osteotomia (desgaste do osso) - Ostectomia (remoção deum fragmento ósseo) - Avulsão (tirar o dente do alvéolo) – via alveolar e não alveolar HEMOSTASIA • Prevenção da perda excessiva de sangue durante a cirurgia. • Importante para preservar a capacidade do paciente de transportar oxigênio • Compressão com a gaze de 30 a 40 minutos. SÍNTESE • Conjunto de manobras que o cirurgião emprega para reunir os tecidos que foram separados. • Objetivo: reconstituir a região operada de maneira a voltar à condição que se encontrava antes da cirurgia. • Para tecidos moles = sutura • Para tecidos duros = fios de aço, placas e parafusos de titânio (osteosíntese) • Etapa final da cirurgia. Fios de sutura ideal: - manter sua resistência ate que a resistência tênsil (tração) do tecido seja restabelecida. - provocar o mínimo possível de reação tecidual 14 - sutura + cicatrização = restauração da continuidade tecidual. Classificação dos Fios: - absorção: organismo desintegra o material (eliminação) - origem (animal ou vegetal) - diâmetro (7 a 11 – 0 + fino) - construção: monofilamentar / multifilamentar (torcido, trançado, encapado (maior flexibilidade) Fios Reabsorvíveis - Eliminados por fagocitose (categute) - Eliminados por hidrolise (sintéticos absorvíveis) - Provocam reação tecidual maior que os não – reabsorvíveis Fios Não Reabsorvíveis - São encapsulados - Não são biodegradáveis (polipropileno ou poliéster) - Não sofrem alteração de estrutura física - Baixo gradual de sua força tênsil Reparação Tecidual - Substituição das células mortas ou lesadas por novas células sadias. - Originadas dos elementos parenquimatosos ou estroma do tecido lesado - Representa uma fase da reação inflamatória. Tipos de Reparo: - Regeneração: substituição das células lesadas por células do mesmo tipo, sem deixar nenhum vestígio da lesão anterior - Cicatrização: substituição das células lesadas por tecido conjuntivo, processo que deixa cicatriz permanente. Reparo do Tecido Mole 15 - Cicatrização de 1ª Intenção: quando é possível unir as bordas da lesão / bordas aproximadas. - Cicatrização de 2ª Intenção: é espontânea, quando as bordas não foram bem aproximadas. Vai ocorrer a formação do tecido de granulação que preenche bem a ferida. = contração e reepitelização. (é uma cicatrização que vem de dentro para fora). - Cicatrização de 3ª Intenção: é considera uma cicatrização por primeira intenção tardia. A ferida é deixada aberta propositalmente (contaminação significativa). Não há sutura. Se estiver sem pus, irrigar. Fases da Reparação Tecidual - Estágio inflamatório: primeira etapa da cicatrização - Estagio de granulação: mais proeminente em feridas que cicatrizam por segunda intenção - Estagio de epitelização: formação de queratina com amadurecimento das células - Estagio de fibroplasia: remodelagem lenta. - Estagio de contração: é a contratura da ferida. (no meio da incisão ainda há um espaço que dá pra fechar na incisão, mesmo suturado) Reparação Óssea • 1ª Intenção - Há redução anatômica da fratura e estabilidade dos cotos ósseos - Só ocorre se houver espaço máximo de 1mm entre os cotos (fragmentos) ósseos - Fixação interna rígida com placas compressivas. • 2ª Intenção - Ocorre nos casos de osso fraturado e com extremidades livres - Separadas por mais de 1mm de distancia. - Utilizar placas e parafusos de diâmetro maior por causa da distancia. Fases do reparo ósseo por 2ª Intenção - Inflamatória (0 a 5 dias) 16 - Calo cartilaginoso (4 a 40 dias) OBS: No reparo por 1 ª intenção não há formação dos calos.* - Calo ósseo (4 a 40 dias) - Remodelação (25 a 50 dias) * Porque não há espaço para a formação deles.* CAPÍTULO 3: ANATOMIA, EXODONTIA SIMPLES E EXODONTIA MÚLTIPLA Anatomia Dental Aplicada à Cirurgia: Incisivos Superiores e Caninos Superiores - raiz cônica e única - ápice radicular (IL pode apresentar desvio) - canino pode apresentar um achatamento mésio – distal - boa resistência e tolerância a força aplicada Pré Molar Superior 17 - pode apresentar raiz única (robusta) - pode apresentar duas raízes (palatina e vestibular) - normalmente são raízes delicadas com ápices frágeis e risco de fratura radicular. - 1°Pré normalmente possui duas raízes. 1° Molar e 2° Molar Superior - apresenta 3 raízes (2 vestibulares e 1 palatina) - a raiz palatina é maior e mais resistente - as raízes são divergentes entre si. - mesmo com coroa integra, dificilmente se extrai os molares completos. 3° Molar (Siso) - anatomia muito variável - pode ocorrer uma única raiz, duas ou três - a radiografia é de extrema importância para verificar as raízes do siso. - verificar proximidade com o seio maxilar. Incisivos, Caninos e Pré Molares Inferiores - raiz única - alargada no sentido M – D - alterações anatômicas raras. 1° e 2° Molar Inferior - apresentam duas raízes mesial e distal - raízes robustas e divergentes (mais abertas) - alterações anatômicas raras 3° Molar Inferior (Siso) - apresenta grande variedade anatômica - posicionamento da mandíbula Pelo fato do osso maxilar ser mais poroso, os dentes maxilares possuem mais raízes. Sisos que estão mais “deitados” ou seja, inclusos, a extração é mais complicada por causa dos nervos, o paciente pode ter uma parestesia caso ocorra um erro de técnica. 18 - proximidade com o Nervo Alveolar Inferior e Nervo Lingual. - raiz pode ser desfavorável para extração (curvada ou dilacerada) Anatomia Maxilar Aplicada à Cirurgia: 1) Processo frontal 2) Face Orbital 3) Sulco infra – orbital 4) Túber da Maxila 5) Processo Zigomático 6) Espinha Nasal Anterior Nervos Maxilares - N. Alveolares Superior, Médio, Anterior. - N. Nasopalatino - N. Palatino Menor - N. Palatino Maior - N. Infra Orbitário Anatomia Mandibular Aplicada à Cirurgia 1) processo coronoide 2) processo condilar 3) fóvea pterigóidea 4) incisura da mandíbula 5) linha obliqua 6) tuberosidade massetérica 7) ângulo da mandíbula 19 8) forame mentoniano Nervos Mandibulares (foto) - N. Alveolar Inferior - N. Lingual - N. Bucal EXODONTIA É a remoção de um elemento dental por meio de procedimento cirúrgico. O procedimento cirúrgico inclui a correta avaliação do quadro clinico do paciente, a condição do elemento dental a ser extraído, a técnica executada de forma correta e cuidados pós operatórios. Anti – sepsia / anestesia / técnica cirúrgica. Conhecimentos sobre: - qual a anatomia dental daquele dente? - aplicação da força relacionada à anatomia - uso de fórceps - uso de alavancas - posição do paciente - instrumental adequado - equipamentos periféricos adequados Indicações de Exodontias Destruição coronária por cárie ou fratura (especialmente a vertical) Raízes residuais (dente teve pulpite e a polpa necrosou) Agressão ao periodonto (dentes com mobilidade grau 3, cálculo, doença periodontal) Ortodôntica (sisos, pré molares e caninos fora de posição) 20 Endodôntica (abscesso recorrente, fistulas) Dentes mal posicionados (especialmente pré e canino) Patologias (associação com cistos e tumores) Recursos financeiros (?) Anamnese e Exame Clínico • Historia médica – ASA • Biótipo • Idade • Gênero • Pacientes pediátricos / especiais • Cirurgias prévias. Avaliação do Dente a ser Extraído - Posicionamento na arcada - Formação radicular - Relação com os dentes vizinhos - Má formação anatômica - Condição coronária e periodontal - Avaliação radiológica - Tratamento endodôntico OBS: dente sem vitalidade = fica friável,quebra. Ocorre com dentes que já trataram canal. Técnicas de Exodontia Classificação: - Técnica 1: utilização de apenas fórceps – coroa integra - Técnica 2: utilização de alavancas - Técnica 3: remoção do alvéolo total ou parcial, via retalho muco – periosteal (anteriores) - Via Alveolar / Não Alveolar: sem e com seccionamento dental Passos da Técnica 1) Antissepsia intra e extra oral 2) Anestesia 3) Incisão (se necessário) 21 4) Sindesmotomia 5) Aplicação do fórceps, alavanca ou osteotomia 6) Remoção do dente 7) Curetagem do alvéolo 8) Manobra de Chompert (compressão do alvéolo para reposicionar os tecidos moles e fazer hemostasia) 9) Sutura Fórceps - Instrumento em formato de alicate - Desenhado para se adaptar a cada grupo dentário - Diferentes formatos - Divididos em 2 grupos: fórceps para maxila e fórceps para mandíbula - Fórceps para mandíbula: mordente, dobradiço e cabo. Fórceps – Maxila • Dentes anteriores: laminas retas • Dentes posteriores: laminas curvas Fórceps – Mandíbula • Lamina forma ângulo de 90° com os cabos (perpendicular) Princípio de Ação do Fórceps • Alavanca de 2° grau: ponto de apoio na coroa. Quanto mais para apical melhor. A potencia realizada vai gerar uma resistência no lado oposto. • Resistência do dente + resistência das paredes alveolares OBS: quanto mais longe o operador segurar das laminas, mais fácil será para realizar os movimentos de luxação dentária N° 99 ou N° 1 – Incisivos Superiores N° 150 – Caninos e Pré Molares N° 18L – Molar Superior Esquerdo N° 18R – Molar Superior Direito N° 210 – Terceiros Molares N° 65 – Raizes superiores N° 53L – Terceiro Molar esquerdo N° 53R – Terceiro Molar Direito N° 151 – Incisivos Inferiores N° 203 – Pré Molares e Caninos inferiores / raízes N° 17 – Molares Inferiores N° 222 – Terceiros Molares inferiores N° 16 – Molares Inferiores 22 • Fulcro = ponto de apoio • Resistência = onde tenta puxar e não consegue. • O dente é difícil de tirar, não sai tão fácil por causa do suporte no osso. • A ponta ativa do fórceps se prende ao colo do dente. Movimentos do Fórceps • Intrusão - Adaptação ao colo do dente - Primeiro movimento do fórceps - Rompimento de algumas fibras no LP - Dente superior = empurrar pra cima do alvéolo - Dente inferior = empurrar pra baixo do alvéolo • Lateralidade - Movimento com fórceps para promover luxação • Rotação - Girar o dente dentro do alvéolo • Tração - Promove a remoção do dente do alvéolo Elevadores / Alavancas / Extratores • São instrumentos com lamina única utilizados para realizar a luxação de dentes e raízes • São constituídos de cabo, haste e ponta ativa (diferença) • São aplicados na região do cemento / colo dental e apoiados em osso alveolar para prover o fulcro. 23 • Dentes vizinhos não devem ser usados como apoio. • Existem inúmeros tipos e variações, porem as alavancas mais usadas são: - Seldin n° 1L, 1R e 2 - Apicais n° 301,302 e 303 Principio de Ação das Alavancas • Potencia: força desenvolvida pelo cirurgião, no cabo da alavanca • Ponto de apoio: representado pelos septos ósseos alveolares interdentários ou inter – radiculares. • Resistência: representada pela raiz ou dente a ser extraído. 1° grau interfixa: direção obliqua ao longo eixo do dente para trás 2° Grau inter – resistente: sentido vertical para frente, tentativa de forçar o osso inteiro, podendo gerar muito mais fraturas do que interfixa. • Movimento de ação de roda / sarilho: ponta ativa perpendicular à haste. Girar um eixo em torno de outro eixo (manivela) • Entrada perpendicular apoiada pelo septo ósseo. • Ação de cunha (ponta reta) – entrar obliquamente (a medida que se introduz ocorre a luxação) Utilização das Alavancas • Uso cuidadoso por parte do cirurgião, porque o instrumento pode causar desde ferimentos perfuro – cortantes ate fraturas dentárias e / ou mandibular • Apoiar o máximo possível em osso com força controlada • Escolher um elevador compatível com o dente a ser extraído e a região deste. 24 • Posicionar a ponta ativa entre o dente e o osso alveolar, o mais firme e estável possível, sendo a parte mais afiada do elevador voltada para o dente a ser extraído. • Após a identificação do ponto de apoio e posicionamento do instrumento, iniciar os movimentos de luxação dental. • A preensão do instrumento deve ser sempre firme e delicada e o indicador sempre próximo ao dente a ser extraído... isso confere maior controle e maior segurança. Manobras Cirúrgicas Técnicas de Extração por Odontossecção • É uma manobra cirúrgica na qual dentes com 2 ou 3 raizes são separadas com objetivo de facilitar a exodontia. • Pode ser feito associado ou não a um retalho muco – periosteal • Pode ser utilizada a broca cirúrgica (alta ou baixa rotação) ou ate mesmo cinzel e martelo • Após remoção, limpeza local, irrigação e sutura. Indicações: - Dentes com coroas muito destruídas por carie ou grandes restaurações - Dentes em que a coroa já foi perdida e só restaram as raízes - Dentes com raízes muito separadas ou curvas. Técnica De Extração por Retalho Muco – Periosteal • Remoção do elemento dentário que consiste em realizar um retalho muco – periosteal associado a ostectomia e osteotomia • Tem como benefícios a preservação dos tecidos moles circunvizinhos, maior exposição e visualização da área de interesse. 25 • Osteotomia: desgaste ósseo • Ostectomia: remoção do fragmento ósseo. Principio: descolamento delicado, preservando a vascularização e saúde do tecido manipulado. Afastamento delicado.Se houver um afastamento maior que o planejado e necessário, o tecido vai dilacerar / rasgar. - Após o retalho, devidamente realizado, descolado e afastado, dar inicio às osteotomias. - As osteotomias devem sempre partir do ponto coronal em direção apical, e serem realizadas na face vestibular do osso alveolar. - Quando as osteotomias estiverem terminadas, o remanescente dental deverá ser visualizado e então, sua remoção pode ser feita com o uso de alavancas e em alguns casos, o fórceps. - Ao remover, realizar a regularização do rebordo, limpeza local, irrigação abundante e sutura. - Escolher o retalho que melhor apresentará a área de interesse (envelope, Neumann e Neumann Modificada) Exodontias Múltiplas • Indicada com fins de reabilitação oral (PT, implantes, próteses parciais) • Recomendada realizar hemi –arcadas (ex: superior D e inferior D) • Iniciar pela mandíbula e após a maxila, porque evita que o sangramento do arco superior atrapalhe a exodontia inferior. • Os passos cirúrgicos são os mesmos que exodontia simples. Finalizando o Procedimento • Inspecionar o alvéolo • Regularizar o rebordo • Limpeza do alvéolo • Curetagem e irrigação 26 • Manobra de Valsava: forçar a saída de ar pelo nariz e com o nariz fechado e a glote também, aumentando a pressão em direção a tuba auditiva. • Manobra de Chompert: aproximação das tábuas vestibular e lingual / palatina, por meio de pressão digital (se tiver alvéolo vazio – apertar o alvéolo) • Suturar de acordo com o dente extraído • Verificar hemostasia, não pode deixar nada sangrando • Orientar o paciente quanto aos cuidados e retorno ao consultório • Medicação domiciliar (ATB receituário especial ou em 2 vias) Cuidados - Não fazer muito esforço - Complementar com enxaguatório bucal - Não comer alimentos quentes - Evitar bochechos - Alimentação mais pastosa e fria (48h a 72h) - Compressa com gelo - Evitar exposição solar excessiva - Dormir com a cabeça elevada em relação ao corpo -Higiene oral rigorosa Orientações Pós Operatórias: - Não cuspir ou fumar por 48h a 72h - Não mexer na região da sutura (com escova de dente, dedo, cotonete etc) - Evitar falar muito / abrir demais a boca - Evitar tossir e espirrar com a boca fechada. Medicações Pós Operatórias - Amoxicilina 500mg ------------------------ 21 cps Tomar 1 cp, 8/8h por 7 dias - Cefalexina 500mg -------------------- 28cps 27 Tomar 1 cp, 6/6h por 7 dias - Nimesulida 100mg --------------------- 10 cps Tomar 1cp, 12/12h por 5 dias. - Paracetamol 500mg ou 750mg ---------------------- 9 cps Tomar 1 cp, 6/6h por 3 dias CAPÍTULO 4: DENTES RETIDOS – CLASSIFICAÇÃO Conceito • Dentes retidos e / ou impactados são aqueles que, chegada à época de erupção, ela não ocorre, seja por razões mecânicas ou patológicas, mantendo ou não a comunicação com a cavidade bucal. Classificação Das Inclusões – Dentes Inclusos • Intra – óssea: dente totalmente circundado por osso • Submucosa: dente que perfura a cortical e possui mucosa suprajacente integra • Sem incluso: dente que se comunica com a cavidade bucal mas não atinge a erupção total Teorias da Não Erupção • Falta de espaço nos arcos dentários • Fator genético (hereditário) • Teoria da evolução da espécie (seres mais desenvolvidos não possuem) Etiopatogenia • Fatores Embriológicos - Posição do germe no arco dentário 28 - Supranumerários • Fatores Patológicos - Odontoma / Odontodisplasia / Cisto Dentígero - Endocrinopatias / Raquitismo - Hipofunção mastigatória • Fatores Mecânicos - Falta de espaço no arco - Mesialização do germe ou dente - Perda dentária precoce - Enostose (são áreas de grande condensação óssea) Incidência de Impactados (1) Terceiros Molares inferiores (5) Pré Molares superiores (2) Terceiros Molares superiores (6) Pré Molares inferiores (3) Caninos superiores (7) Incisivos (4) Caninos inferiores (8) Primeiro e Segundo Molar Indicações de Exodontias • Prevenção de doença periodontal - Prevenção de cistos e tumores • Prevenção de cárie dentária - Prevenção de reabsorção radicular • Prevenção de pericoronarite - Prevenções de fratura mandibular • Dor de origem desconhecida • Facilitar o tratamento ortodôntico PERICORONARITE • Infecção dos tecidos moles ao redor da coroa de um dente parcialmente impactado. • Causada pela flora bucal normal • Bactérias X Hospedeiro Etiopatogenia 29 - Traumas no opérculo (3°MS) - Acúmulo de alimentos - Flora bacteriana (Streptococos / bactérias anaeróbias) Leve Moderada - Inicial - Grande edema local - Discreto edema tecidual localizada - Sensibilidade dolorosa à mastigação - Usualmente doloroso à palpação Tratamento da Leve e Moderada - Irrigação com peróxido de hidrogênio (diluir uma colher de sopa em meio copo com água morna) - Digluconato de clorexidina 2% - Debridamento mecânico (irrigar e higienizar) - Irrigação pelo próprio paciente - Remoção da causa (exodontia) Pericoronarite Grave - Grande edema localizado - Sensibilidade dolorosa intensa - Leve edema facial - Trismo moderado - Febre baixa e dor refletida para ouvido e cabeça Tratamento da Pericoronarite Grave: - Irrigação com água oxigenada 10% ou clorexidina 0,12% - Debridamento mecânico - Irrigação em casa pelo próprio paciente - Administração de antibiótico, analgésico e anti – inflamatório - Remoção da causa (exodontia) Antibioticoterapia em Pacientes com Pericoronarite Grave 30 - Eleição: Penicilina (Amoxicilina 500mg / 8h por 7 dias) - Alérgicos: Clindamicina 300mg / 6h por 7 dias - Maior gravidade: associar ao Metronidazol 250mg / 8h por 7 dias. Anti Inflamatório - Nimesulida 100mg / 12h por 3 dias Analgésico - Dipirona 500mg / 6h por 3 dias - Paracetamol 750mg / 6h por 3 dias OBS: pacientes com pericoronarite moderada,pode-se prescrever apenas analgésico. Contra Indicações das Cirurgias de Dente Incluso - Idade do Paciente - Condição medica comprometida - Possibilidade de danos a estruturas nobres TERCEIROS MOLARES INFERIORES Classificações • Pell e Gregory - Em relação ao plano oclusal - Borda anterior do ramo da mandíbula - Quanto maior o numeral, mais pra dentro do ramo tende a estar (classificação na horizontal) - Quanto maior a letra, mais profundo o dente está. (classificação vertical) Em relação ao Plano Oclusal: - Classe A: dente impactado no mesmo nível do plano oclusal do 2° molar e é mais fácil de ser removido. (erupcionado) - Classe B: dente impactado pode estar entre o plano oclusal e a linha cervical do 2°M. Apresenta nível intermediário para remoção. (semi incluso) - Classe C: dente impactado abaixo da Em relação à Borda Anterior do Ramo: - Tipo 1: dente impactado totalmente anterior a borda do ramo mandibular. - Tipo 2: metade do dente impactado coberta pela borda anterior do ramo. - Tipo 3: totalmente coberto pela borda anterior do ramo da mandíbula. 31 CLASSE A CLASSE B: CLASSE C PROVA: Se não há nem o 1° e nem o 2° molar não é possível classificar em PG porque não há dente adjacente. 32 TIPO 1 TIPO 2: TIPO 3: Classificação de Winter - Analisar o longo eixo do 2° molar - Quando a coroa está para vestibular e a raiz para lingual é chamado de dente labial. OBS: Se a raiz não estiver formada, não é possível classificar pelo método de Pell e Gregory. Só se pode classificar pelo método de Winter. 33 TERCEIROS MOLARES SUPERIORES • Para estes dentes, utiliza-se a mesma classificação dos inferiores no que for aplicável. • Profundidade do dente no interior do osso (posições A, B ou C) • Relação entre o longo eixo do 3°MS com o 2°MS (vertical, mesioangulado, horizontal) Fatores Que Podem Complicar a Técnica Operatória • Curvatura anormal das raízes O dente pode estar: mésio – angulado disto – angulado , vestíbulo – angulado linguo – angulado Invertido. 34 • Hipercementose • Proximidade com canal mandibular ou seio maxilar, causando parestesia ou comunicação buco sinusal • Grande densidade óssea (idosos) • Espaço folicular coberto por osso (é o espaço em cima da coroa) • Anquilose (união do cemento radicular com o osso) • Músculo orbicular pequeno (relacionado com abertura de boca) • Abertura de boca limitada • Língua grande e incontrolável TÉCNICA CIRÚRGICA - Bloco Único (remoção do dente inteiro) - Seccionamento (remoção de fragmentos do dente) Anti – sepsia (movimentos circulares de dentro pra fora) - Anestesia - Incisões - Osteotomia / Ostectomia - Exodontia de dente retido -Tratamento da loja óssea - Suturas 35 CAPÍTULO 5: ACIDENTES E COMPLICAÇÕES EM EXODONTIAS Complicações Trans – Operatórias Lesões de tecido mole • Resultado da manipulação incorreta dos tecidos do tipo e tamanho do retalho utilizado. • Laceração do retalho (suturar) • Perfuração tecidual pelos instrumentos (normalmente não sutura) • Perfuração tecidual pela broca (não suturar) • Abrasão (não suturar / aspecto de queimadura) Enfisema • Acúmulo de ar entre as fáscias musculares • É raro • Pode persistir por ate 2 meses porem normalmente ele cede entre a 2ª e 3ª semana • Prescrever uma antibiótico – terapia Complicações Bucossinusais • Seios paranasais - Cavidades pneumáticas localizadas na face e no crânio, que secomunicam entre si - Espaços aéreos forrados por uma mucosa que apresenta um epitélio diferenciado - Os seios maxilares estão localizados bilateralmente à cavidade nasal, amplos e relacionados com o osso alveolar da maxila. • Delimitação dos seios maxilares - 1 parede superior = assoalho orbitário Anatomia e Fisiologia Essa parede lateral da cavidade nasal se comunica com a cavidade nasal por meio de um orifício entre os cornetos médios e inferiores = óstio do seio maxilar 36 - 1 parede anterior = fossa canina da maxila - 1 parede posterior = tuberosidade maxilar - 1 parede medial = parede lateral da cavidade nasal • Outras funções dos seios paranasais - Ressonância durante a fonação - Aquecimento - Umidificação do ar inspirado • Etiologia das Comunicações Bucossinusiais - Proximidade dos ápices de dentes superiores, como os dos pré molares e molares - Movimentos inadequados, como apoios incorretos de alavancas durante exodontias, podem impulsionar um resíduo radicular de 1°MS, por exemplo, para dentro da cavidade. • Microbiota nas comunicações Bucossinusais - Bactérias anaeróbias, aeróbias e facultativas - Sinusite maxilar não odontogênica: aeróbios e pouco anaeróbios - Aeróbios: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus - Anaeróbios mais comuns: bacteróides, peptococos e fusobactérias. OBS: geralmente prescrever amoxicilina + metronidazol / amoxicilina + clavunalato ou clindamicina (espectro de ação bom para anaeróbios) • Diagnóstico das Comunicações Bucossinusais - As comunicações são classificadas em recentes ou imediatas / tardias ou fístulas - Imediata: acontecem acidentalmente durante o ato cirúrgico As complicações relacionadas aos seios paranasais muitas vezes estão relacionadas com o posicionamento do elemento dental. Comunicação bucossinusal tardia: é aquela que pode evoluir para uma fistula, formando um tecido epitelial dentro da lesão e causando como conseqüência, a má cicatrização. 37 - Tardias: anteriormente não diagnosticadas sofreram epitelização pelas células do epitélio da mucosa oral e sinusal (canal de comunicação entre a cavidade bucal e sinusal) • Estudo Imaginológico das Comunicações - TC: mais indicado para avaliação dos seios da face - Diagnóstico difícil: superposição de imagem - Comum: incidência póstero – anterior de Waters e fronto naso placa - TC: cortes axial e coronal com 1,5mm de espessura. - A análise radiográfica do seio maxilar deve ser feita por comparação: analisa-se um lado e compara-se com o outro. - Sinusite: imagem radiopaca aumentada na cavidade sinusal alterada = velamento do seio maxilar - Maior Radiopacidade: pode ser conteúdo líquido na cavidade , sangue / secreção purulenta, insinuando sinusite aguda. SINUSITE AGUDA: - Acompanhada de dor e sensação de peso em região paranasal com alteração do olfato, ou cacosmia, às vezes odor fétido decorrente da presença de secreção purulenta. SINUSITE CRÔNICA - Espessamento da mucosa do seio maxilar - Presença de pólipos antrais (geralmente responsáveis pela radiopacidade da cavidade sinusal) TRATAMENTO • Baseado no tempo de existência da comunicação, dimensão, existência ou não de infecção • Quando limita-se à região apical do dente sem fratura de tabuas ósseas, causam fechamento primário do alvéolo • Tardias: tendem a sofrer epitelização, evoluem pra fistula bucossinusal • Ausência de infecção – avivamento das bordas epitelizadas, com ou sem rotações e deslizamento de retalho cirúrgico pra fechar a comunicação. Diagnóstico Clínico Manobra de Valsava: expiração forçada de ar pela cavidade nasal mantendo-se as narinas do paciente ocluídas. SE Positivo: o ar sai por esta abertura, formação de bolhas de ar no sangue após a exodontia. Cacosmia: quando o paciente perde o olfato 38 Acesso Cirúrgico • Caldwell – Luc • Incisão no fundo de vestíbulo bucal superior, região de PM e M superior + descolamento muco periósteo • Acesso a parede anterior do seio maxilar – trepanar com broca esférica – acesso a parte interna do seio maxilar. • Irrigação e remoção do resíduo radicular Equimose • Sangramento entre as fascias musculares • Comum em idosos • Difícil de evitar mas não há perigo • Tendo certeza de não ser um processo infeccioso • Proceder terapia com calor • Após no mínimo 48h COMPLICAÇÕES EM TECIDOS DUROS • Alveolite - Ocorrem em 1 a 4% dos casos de exodontia - Há desintegração do coagula sanguíneo, deixando o alvéolo vazio, recoberto por uma camada amarela acinzentada constituída por detritos e tecido necrótico Inalações: vapor de água destilada associada a medicamentos a base de substancias mucolíticas Substancias Mucolíticas: fluimucil 600mg 1 sache a cada 24h (não indicado para pacientes cardíacos) Irrigação feita com auxilio de uma seringa de 20mL e agulha 30x7, através da própria comunicação, com soro fisiológico a 0,9% ou água destilada. Como realizar o tratamento: - Inalação com soro fisiológico - Antibioticoterapia - Descongestionantes nasais - Irrigação da cavidade sinusal Medicamentos: Amoxicilina Avalox 400mg – 1 comp / dia por 7 dias Descongestionante Nasal: usados para diminuir o edema da mucosa do seio facilitando a drenagem das secreções e impedindo a obliteração do óstio 39 - Sintomas: dor intensa, pulsátil (3 a 5 dias após a exodontia) e irradiada. Alveolite Seca: perda do coagulo, alvéolo fica vazio com exposição óssea, dor intensa a partir do 3° / 4° dia do pós operatório, odor e gosto desagradável. Tratamento: anestesia a distancia, irrigação com água fenolada aquecida e curativo com alveolsan ou alveolex OBS: não curetar Alveolite Úmida: presença de coagulo em desarranjo, alvéolo com corpos estranhos, dor moderada a intensa alem de odor e gosto desagradável. Tratamento: anestesia a distancia, curetagem e preenchimento do alvéolo com sangue e sutura. Medicar com Amoxi + Metronidazol / Nimesulida / Dipirona ou Paracetamol. 40 Parestesia • Complicação temporária ou permanente, associada a exodontias de terceiros molares inclusos, implantes • Tratamento - Citoneurin 5000 UI (1 a 2 comp 3x ao dia por 30 dias) mesmo que com 15 dias tenha desaparecido a parestesia - Dexacitoneurin solução injetável (3 ampolas de 3ml a cada 3 dias, sempre que possível pela manhã, para acompanhar ritmo circadiano de produção endógena de cortisol, ou seja,liberação de cortisol) - Vitamina B1 associada à estricnina (Benerva) na dose de 1mg por ampola em 12 dias de injeções intramusculares. - Etna (fosfato dissódico de citidina / trifosfato trissódico de uridina e acetato de hidroxocobalamina). Injetável 1 ampola IM uma vez ao dia por 3 dias, seguida de 2 cápsulas de Etna de 8 em 8h por 30 a 60 dias. OBS: o tratamento deve ser relacionado com laser de baixa potencia. Hemorragia • Em casos de coágulos, anestesiar e remover o coagulo. Realizar as suturas. • Hemostáticos locais: suturas, compressa de gaze, cola biológica, agentes hemostáticos absorvíveis, acido tranexâmico (bochechos, compressas locais com gaze embebida e comprimido massarado) • Não prescrever o acido tranexâmico por via oral! Apenas por via local. (pode levar a óbito) • Se o paciente faz uso de anti coagulante ou anti agregante, ele é um paciente de risco de sangramento. Mesmo se não estiver sangrando durante a sutura, colocar o acido tranexâmico mesmo assim, porque após a cirurgia, pode começar a sangrar bastante. Realizar a mistura da pasta com o acido e colocar no alvéolo para conter o sangramento. 41 CAPÍTULO 6: EXODONTIA DE CANINOS INCLUSOS CANINOS • Esta relacionado principalmente comum dos dentes chave de oclusão • Guia de caninos – oclusão dinâmica balanceada • Fornece o contorno do lábio e harmonia facial • Estética • Funcional • Fonética Irrupção • Irrupção: perfuração do tecido gengival • O canino superior permanente geralmente irrompe por volta dos 11 anos de idade. • Se esse dente não irrompeu, muitas vezes é porque ele está incluso. Conceito: denomina-se dente impactado aquele elemento que mesmo após a sua maturação e chegada a época normal de seu irrompimento na cavidade oral, permanece total ou parcialmente rodeado por tecido ósseo, por tecido ósseo com mucoso ou ainda por somente tecido mucoso. Prevalência • Alta • Segundo tipo mais comum seguido dos 3°M • Arcada superior mais acometida • Pode ser uni ou bilateral (unilateral mais comum à esquerda) • Mais comum em mulheres 42 • Mais comum por palatina • Inferior: quando ocorre normalmente próximo a linha media – transmigração • Transmigração: converge para linha media. Etiologia • Maxilar atrésico (maxila mais estreita) • Falta de espaço • Discrepância de dentes (no tamanho – taurodontismo) • Anomalia no germe do canino permanente • Presença de alterações patológicas na região • Perda prematura ou tardia do dente decíduo • Comprimento de arco desfavorável • Comprimento discrepante do dente • Dilaceração radicular • Comprimento excessivo da coroa • Alteração do padrão normal de erupção • Traumas e anquiloses. TEORIAS – RICHARDSON & RUSSEL • Teoria da orientação: onde há alteração na trajetória de erupção devida presença de dente supranumerário, odontomas e outras interferências mecânicas, o dente ficaria impactado. É a teoria mais aceita. • Teoria genética: ligada a distúrbios durante o desenvolvimento embriogênico. Consequências da Impactação do Canino • Migração dos dentes vizinhos • Reabsorção de raiz • Cisto dentígero • Dor (relacionada com pericoronarite) 43 • Infecção pela erupção parcial. Sinais • Atraso na erupção dos caninos • Retenção prolongada dos caninos decíduos • Abaulamento da mucosa palatina • Migração distal dos incisivos principalmente dos laterais Localização – Como Que o Canino Pode Estar Impactado: • Face vestibular • Face palatina • Face transalveolar (coroa voltada para um dos lados) OBS: a raiz do canino é longa e pode comprometer as raízes dos dentes vizinhos. DIAGNÓSTICO • Exame clinico: inspeção / palpação • Exames complementares de imagem - Pelo menos 2 tomadas radiográficas para evidenciar sua localização - Radiografia periapical, oclusal e panorâmica - Telerradiografia e TC padrão ouro. • Periapicais: avaliar o estágio de calcificação, presença ou não de folículo dentário, integridade da coroa e raiz do elemento retido, bem como dos dentes adjacentes. 44 • Oclusais: localização vestíbulo – lingual (palatina) dos caninos retidos e proporcionam boa indicação da posição da coroa e ápice radicular em relação aos dentes vizinhos. • IMPORTANTE: verificar a presença ou não do folículo pericoronário (imagem radiolúcida ao redor da coroa do dente). Esse folículo pode dar origem a um cisto futuramente ou ate tumores odontogênicos, como é o caso do dentígero, cisto odontogênico glandular , cisto odontogênico calcificante, cisto periodontal lateral, cisto odontogênico botrióide, ameloblastoma ou fibroma ameloblástico. • TÉCNICA DE CLARK - Feitas 2 tomadas radiográficas com modificação da angulação horizontal do cone de raios X da primeira para a segunda tomada radiográfica periapical. - Dois objetos de dimensões semelhantes, um à frente do outro, o objeto mais próximo do observador cobrirá o objeto mais distante - Possível avaliar o posicionamento vestíbulo – lingual do canino. - Se o observador se movimentar para a direita ou esquerda, o objeto mais próximo dele se moverá em sentido contrario ao seu deslocamento. - O objeto mais distante do observador se moverá no mesmo sentido do seu deslocamento. - Realizar radiografia periapical normal da região - Em seguida, realizar radiografia com modificação na angulação horizontal, para mesial ou distal. Conceitos • Se o dente estiver para V, imagem deslocada no sentido contrario • Se o dente estiver para P, imagem deslocada no mesmo sentido. Incidências • Se a incidência é distorradial + imagem deslocada para distal = dente esta por P 45 • Se a incidência é distorradial + imagem deslocada para mesial = dente está por V • Se a incidência é mesiorradial + imagem deslocada para distal = dente está por V • Se a incidência é mesiorradial + imagem deslocada para mesial = dente está por P PANORÂMICAS • Localizar o canino retido • Quando localizados por palatina, apresentam imagem maior e mais nítida. • Determina a posição do canino em dois planos do espaço • Fornece altura do canino e sua relação com o plano sagital. TELERRADIOGRAFIAS • Determinam a posição do canino e a relação com as estruturas faciais vizinhas (seio maxilar e o assoalho da cavidade nasal) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA • Revela a real posição do canino impactado • Exame oneoroso (alto custo) • 3 planos • Relação com as estruturas adjacentes TRATAMENTO • Conservador não cirúrgico: visam manutenção do elemento dentário sem qualquer abordagem cirúrgica (ou seja, acompanhar) • Não Conservador: consistem na sua eliminação por meio de técnicas cirúrgicas de exodontia. 46 • Cirúrgica conservadora: manutenção do dente retido, mas que necessitam expô – lo a traumas cirúrgicos. • Fase Adulta • Diagnostico bem preciso • Localização da posição O tratamento depende: • Idade do paciente • Estagio de desenvolvimento da dentição • Posição do canino não erupcionado • Evidencia de reabsorção radicular dos incisivos permanentes • Percepção do problema pelo próprio paciente • Predisposição do paciente ao tratamento TIPOS DE TRATAMENTOS Proservação • Acompanhamento clinico periódico do dente retido (radiografia) • Indicação: quando não for constatada nenhuma patologia associada • Idade ou condição sistêmica: quando tornam o procedimento cirúrgico contra indicado • Pacientes jovens não deverão ser submetidos à cirurgia (erupção tardia do dente / criança) • A idade avançada com ausência de patologias associadas ao dente retido • Se houver a possibilidade de trauma na região por reabilitação protética – exodontia Instalação de Aparelho Fixo • O canino tem condição de vir ao arco? • O canino precisa de exodontia? Orto – Cirúrgico 47 • Exposição cirúrgica sem tracionamento ortodôntico ou com tracionamento ortodôntico. • Sem tracionamento: eliminação total ou parcial dos tecidos gengival, ósseo e pericoronário, que recobrem a coroa do elemento dentário retido. É indicado para pacientes jovens, cujo dente esteja em inclusão alveolar e que apresente força eruptiva. Se houver espaço suficiente para sua erupção no arco ou quando não houver convergência cortical exagerada. • Com tracionamento: quando a erupção livre não acontece e o dente não erupciona após exposição cirúrgica. Indicada para dentes com raiz bem formada e ápice fechado. Quando o dente tiver fora do seu eixo normal de erupção não se deve esperar a movimentação espontânea do dente, sendo necessária o auxilio do tracionamento ortodôntico para sei correto posicionamento na arcada. - Fios ortodônticos transfixado na porção incisal da coroa por meio de perfuração ou acoplados a um bracket, botão ou tela. - Devem ser colados com resina na coroa, cirurgicamente exposta e aparelho removíveis. Deslocamento Cirúrgico • Pequenos movimentos (luxação) de amplitude menor • Preservar as fibras LP e feixe vásculo – nervoso pulpar • Redirecionar o dente em erupção - Deslocamento cirúrgico – redirecionar a erupção dentalde forma a preservar o feixe e quando possível, o LP, por meio da luxação de menor amplitude, sem uso de tracionamento ortodôntico. • Exposição cirúrgica da coroa do dente retido com ou sem osteotomia • Luxação com extratores • Sutura e acompanhamento clinico / radiográfico (aguardando a erupção completa) • Pacientes jovens abaixo de 14 anos - Dentes parcialmente erupcionados ou com retenção submucosa, cujo longo eixo de erupção esteja discretamente deslocado em relação ao longo eixo de implantação dos dentes adjacentes. 48 Transplante Autógeno • Indicado para dentes permanentes com ápice fechado • Localizados em posição ectópica, desfavorável ao tracionamento • Remoção da tabua óssea V e se necessário, desgaste da cúspide • Após exodontia do canino retido – submeter a pulpectomia – canal preenchido com hidróx. Ca • Colocado abaixo da borda da mucosa, enquanto um alvéolo artificial é preparado no osso • Estabilização • Contido em infra oclusão Contra indicação: quando for necessário o tracionamento ortodôntico posteriormente ao transplante porque a força aplicada poderá induzir a reabsorções e alterações patológicas sobre a superfície radicular do elemento, culminando com a sua perda. Exodontia • Impossibilidade de aproveitamento do dente retido: - Reabsorção radicular de dentes vizinhos - Evidência radiográfica de formação de cisto e tumor - Dor de origem desconhecida - Presença de dentes supranumerários associados - Dentes impactados sob prótese -Facilitação do tratamento ortodôntico - Otimização da saúde periodontal. OBS: quando a remoção do canino é indicada, pode-se realizar o fechamento do espaço com aparelho ortodôntico ou instalar implantes na região, posteriormente ou concomitante à exodontia, dependendo da idade e condições financeiras do paciente. Indicações: Lembrar que o canino superior possui valor estético e funcional. O canino inferior, geralmente a extração é bem indicada pois o primeiro pré molar inferior pode substituí-lo adequadamente devido a sua semelhança morfológica. Locais: a localização e o tipo de retenção de um canino impossibilitando o tracionamento ortodôntico ou presença de patologias associadas ao dente, podem determinar a necessidade do tratamento radical – exodontia. Caninos retidos inferiores posicionados 49 • Fatores locais • Loco regionais • Sistêmicos Apicotomia • Cirurgia de fratura do ápice radicular • Seguido de ortodontia / tração corono – radicular da região a partir do 5° dia pós operatório. • Tração em 3 tempos: verticalização / posicionamento / extrusão. Técnica de Exodontia – Canino incluso em região mentoniana Anestesia dos nervos mentuais bilateral ou pterigo bilateral Incisão linear – fundo de sulco vestibular Descolamento mucoperiosteal Retalho mucoperiosteal Osteotomia com broca 701 ou 702 ou 703 Odontosecção com broca Zecrya Exodontia com alavanca Curetagem com lima para osso Lavar com soro Sutura por planos porque no mento há plano muscular e plano mucoso. Fechar primeiro o muscular. OBS: necessidade da remoção de capuz pericoronário. Canino Incluso Por Palatina 1) Anestesia do nervo nasopalatino e bloqueio do nervo infra orbitário + duas infiltrativas nos prés 50 2) Realizar incisão intrasulcular de pelo menos 2 a 3 dentes (central ate o segundo pré) 3) Descolamento 4) Retalho 5) Osteotomia 6) Odontosecção 7) Exodontia com alavanca 8) Curetagem 9) Lavar com soro 10) Sutura Inclusos por Vestibular: realizar incisão de Newmann (1 relaxante) ou Modificada (2 relaxantes) // incisão semi lunar (fica só na mucosa – ruim) – sempre preferir que fique apoiada em tecido ósseo. 1) Anestesia do nasopalatino e bloqueio do infra orbitário. Outros dentes inclusos: • A medida mais importante é determinar a posição do dente no sentido vestíbulo palatino • PMS / PMI / Mesiodens / Supranumerários / 3°MS e INF • Planejamento é igual ao dos caninos DIAGRAMA DE ERICSON E KUROL • Os caninos localizados nos setores 1 e 2 obtiveram 100% de sucesso. • Os dentes localizados nos setores 3 e 4 obtiveram apenas 20% de sucesso. • Se der para tracionar é possível realizar a ortodontia • Se não der, a exodontia é a melhor situação. 51 OBS: a erupção e tracionamento de um canino retido NÃO SE PODE GARANTIR, porque pode apresentar anquiloses, reabsorções e perder a vitalidade pulpar. OBS: quando não é possível a erupção e o tracionamento de dentes inclusos, é realizada a exodontia destes elementos. CAPÍTULO 7: CIRURGIAS PRÉ PROTÉTICAS. CIRURGIAS PRÉ PROTÉTICAS – TECIDOS DUROS – TECIDOS MOLES – RECONSTRUTIVAS Conceito • Visam à regularização da região de assentamento protético, de forma que a prótese repouse sobre uma base firme com ausência de protuberâncias e irregularidades ósseas, inserções musculares altas, excesso de mucoperiósteo, hiperplasias e crescimentos fibropapilares. • História e o exame físico do paciente são fundamentais para um bom planejamento. Avaliar sempre as alterações sistêmicas. Objetivos • Suporte ósseo adequado para receber prótese • Osso com cobertura adequada de tecidos moles • Inexistência de saliências • Inexistência de rebordo em lamina de faca • Sulcos vestibular e lingual adequados • Ausência de cicatrizes que impeçam o assentamento correto da prótese em sua periferia. • Ausência de brida ou freios que mobilizem a prótese • Relação satisfatória entre rebordos maxilar e mandibular • Ausência de hiperplasia 52 • Ausência de neoplasias • Suporte ósseo e de revestimento adequado para facilitar a colocação de implante • Reforço adicional onde possa ocorrer fratura da mandíbula. Avaliação do Tecido Ósseo • Inspeção visual (presença de irregularidades / contorno / espessura / altura do osso) • Palpação (irregularidades / cristas ósseas maxilar e mandibular) • Exames radiográficos (tomografia dental scan e panorâmica) • Estudo dos modelos Avaliação do Tecido Mole • Inspeção visual (observar as estruturas / presença de variações) • Palpação (presença de irregularidade) • Tensionamento dos tecidos (presença de freios, bridas e tecidos com mobilidade excessiva) • Alterações mucosas ou vestibulares. - Mucosa: observar a presença de hiperplasia gengival, palatina ou vestibular causadas por irritação crônica da prótese mal adaptada ou quebrada. - Inflamatórias: hiperplasia gengival inflamatória / granuloma piogenico / LPCG / FOP - Endógenas: hormônios ou medicamentos • Alterações mucosas ou vestibulares • Nos vestíbulos – alterações nos freios labial e lingual • Insuficiência de mucosa • Inserções musculares anormais CIRURGIAS ESTABILIZADORAS • São realizadas previamente a exodontia total ou subseqüente a extração de um ou mais dentes, antes da confecção da prótese. 53 Tipos • Regularização do rebordo • Toros: palatino / mandibular • Freio lingual e labial • Bridas • Lábio duplo • Implantes • Remoção de hiperplasias PLASTIA DO TECIDO OSSEO ou ALVEOLOPLASTIA • Remoção de tecido ósseo irregular (regularização do rebordo) • Utiliza-se lima para osso, instrumentos rotatórios e alveolótomos • Normalmente é feita em casos de extrações múltiplas • Objetivo: deixar o osso regular Alveoloplastia • Regularização do rebordo alveolar, associada ou não à exodontia múltipla • Plástica da porção vestibular óssea (exostose) • A maioria dos casos a intervenção será após a exodontia • Preferir por alveolótomo ou limas para osso. • Sutura: não se pode deixar excesso de papila, deixar um tecido único, removendo as papilas (sutura continua) REDUÇÃO DA TUBEROSIDADE DA MAXILA 54 • Anestesiar – infiltrativa na região dos molares superiores • Fazer a incisão na crista até a região posterior da tuberosidade • Fazer retalhomuco periosteal • Remoção do tecido ósseo com pinça goiva, instrumentos rotatórios e lima pra osso • Se for necessário remover excesso de tecido mole • Suturar • Instalar a prótese após 4 semanas. TÓRUS PALATINO – MAXILA • Anestesia dos nervos relacionados bilateralmente aos N. Nasopalatino e N.Palatino Maior • Incisão em duplo Y, Y ou semi lunar • Ostectomia: sulco na exostose com broca tronco cônica • Cinzéis para clivagem • Limas pra osso para aplainar • Broca esférica de grande calibre em baixa rotação • Se necessário, remover excesso de tecido mole • Sutura OBS: Quem determina a incisão é o tamanho do tórus. Se for um tórus grande, realizar a incisão de duplo Y. Se o tórus for menor, realizar uma incisão semi lunar. TÓRUS MANDIBULAR • Anestesia alveolar inferior, lingual e bucal e infiltrativa supra periosteal da região dos toros • Incisão de 1 a 1,5cm alem da extensão da lesão • Se bilateral, preservar a mucosa anterior para evitar hematoma sublingual COMPLICAÇÕES DOS TORUS • Formação de hematoma na região sublingual • Fratura ou perfuração do assoalho da fossa nasal • Necrose do retalho Os sulcos realizados no próprio tórus servem para facilitar a remoção do mesmo (ostectomia). Após os sulcos, terminar a ostectomia com o cinzel cirúrgico (o cinzel não pode ser angulado porque se não pode acometer o nariz ou seio maxilar). 55 CORREÇÃO DO FREIO LABIAL • Finas bandas de tecido fibroso coberto por mucosa do vestíbulo até a crista do rebordo da papila incisiva. • Existem 3 técnicas cirúrgicas para remocao do freio: simples, zetaplastia, vestibuloplastia. Excisão Simples • Indicado para banda fina • Fazer um Fechamento primário • Anestesiar profundamente (infiltrativa) – evitando a perda de referencia • Usar 2 pinças hemostáticas curvas – uma para tangenciar o lábio superior • A outra pinça para o rebordo alveolar ou somente 1 pinça • Excisão com bisturi ou tesoura Iris reta (formato de losango) Zetaplastia • É semelhante à técnica de excisão simples porém após a excisão são realizadas 2 incisões obliquas em forma de Z – uma em cada limite da incisão inicial. • Utilizadas para que tenha rotação do retalho, fechando o tecido e evitando afundamento vestibular. Vestibuloplastia • Indicada em casos onde a inserção do freio é ampla • Anestesia no fundo de sulco do vestíbulo e por palatina. • Após anestesia, fazer incisões supraperiosteais laterais, dissecação com tesoura Iris. • Suturar (cicatrização por 2ª intenção) • O periósteo é exposto – 2ª intenção. 56 FRENECTOMIA LINGUAL • São freios curtos que impedem a movimentação da língua e pronuncia de fonemas • Algumas vezes, impede o assentamento protético • Anestesia: bloqueio lingual bilateral + infiltração na região anterior do assoalho bucal • Trespassar a língua com fio de nylon 2.0 para tracioná-la • Utilizar pinça hemostática por cerca de 3 minutos na região mediana do freio – hemostasia • Incisão de forma transversal na região que foi pinçada até inserção posterior da língua • Sutura (fio de seda) OBS: se não for possível suturar, pode ser feita a zetaplastia – dois retalhos triangulares são dissecados e cruzados, aumentando a dimensão vertical e mobilidade da língua. BRIDECTOMIA – REMOÇÃO DE BRIDAS • Bridas são cordões de tecido conjuntivo fibroso no fundo de vestíbulo • Pode dificultar a moldagem e adaptação periférica da prótese • Técnica semelhante a frenectomia • Pinçada e removida supraperiostealmente com bisturi e tesoura Iris • Cicatrização por 2ª intenção (não suturar porque vai poder formar brida novamente) Técnica - Anestesia terminal infiltrativa na região - Pinçamento no centro da brida com pinça hemostática curva - Incisão primária paralela à face superior do instrumento - Romper as fibras com a tesoura LÁBIO DUPLO • É uma anomalia labial rara caracterizada por uma massa exuberante de tecido na mucosa labial • Pode ser congênita ou adquirida 57 • Anestesia: infiltrativa • Marcar com corante azul de metileno • Prender com pinça Allis e incisar com lamina 15 • Suturar com pontos simples HIPERPLASIAS Hiperplasia do Mucoperiósteo das Cristas Alveolares • É um tecido com hipermobilidade sem suporte • Normalmente ocasionadas por prótese mal adaptada • Mucosa flácida, hipertrófica e sem suporte ósseo • Anestesia infiltrativa adjacente ao tecido que será removido • 2 incisões retilíneas paralelas de espessura tecidual total – faces bucal e palatina com auxilio do descolador • Mandíbula – as vezes não precisa de sutura após a remocao tecidual. Hiperplasia Papilar por Câmara de Vácuo • Realizar excisão da mucosa supraperiosteal com bisturi • Reembasar ou trocar a prótese Hiperplasia Fibrosa Inflamatória • Pode ser decorrente de prótese mal adaptada • Pregas únicas ou múltiplas de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar por traumatismo • Mais comum em mulheres em região anterior • São lesões menores e bem delimitadas • Anestesia: infiltrativa + incisão supraperiosteal – incisão na base do tecido fibroso, descolar e suturar. OBS: lesões extensas são difíceis de realizar o fechamento primário – perda da profundidade do vestíbulo 58 REDUÇÃO DO TUBÉRCULO GENIANO • É a perda dos elementos dentários, a mandíbula sofre reabsorção na região anterior, apresenta projeção progressiva da região da inserção do músculo genioglosso • Impede assentamento da prótese • Anestesiar os nervos linguais + infiltrativa local • Incisão na crista alveolar bilateral até os prés • Descolamento com exposição da crista geniana • Inserção do músculo descolada ou incisada e plastia do tubérculo com brocas, pinça goiva e lima • Suturas em pontos simples CIRURGIAS RECONSTRUTORAS • Servem para recuperar a altura do rebordo alveolar devido a reabsorções fisiológicas ou patológicas • Pacientes que utilizam próteses por anos • Deformidades congênitas ou adquiridas • Sulcoplastias • Cirurgias ortognáticas • Aumento do rebordo alveolar (enxertias) – osso autógeno ou alógeno SULCOPLASTIA • Diminuição do processo alveolar • Osso reabsorvido e inserções musculares / frênulos mais próximos da crista • Sulcos vestibulares rasos e com interferências musculares • Retalho da mucosa labial suturado apicalmente 59 Técnica • Anestesia • Incisão retilínea paralela ao rebordo • Duas incisões obliquas relaxantes devem ser realizadas em direção ao fundo de sulco • Divulsão do retalho mucoperiosteal – exposição do tecido ósseo, ganhando exposição adequada, aprofundando o fundo de sulco vestibular • Sutura da região deve ser realizada visando à reparação cicatricial que ocorrerá por 2ª intenção • A prótese total deve ser reembasada com pasta lysandra para sua adaptação. __________________________________ CAPÍTULO 8: CIRURGIA DO PERIÁPICE / CIRURGIA PARAENDODÔNTICA. Definição • É o procedimento cirúrgico de eliminação de lesão periapical com preservação do elemento dental • Nunca é a primeira opção de tratamento. A primeira opção é retratar o canal Etiologia da Lesão Endodôntica • Processos inflamatórios • Processos infecciosos • Trauma local • Térmica (calor, bisturi elétrico) • Química (material obturador) Processos inflamatórios e infecciosos: são os principais agentes causadores de lesões endodônticas. Trauma: se há um trauma constante, pode vir a desenvolver inflamação e como conseqüência uma lesão. Calor: bisturi elétrico próximo ao ápice radicular pode causar as lesões também. Diferença de Cisto x Granuloma - Presença de cápsula fibrosa - Quantidade de tempo que esta 60 Lesões no Periápice • Abscessos • Granulomas • Cistos Indicações Contra Indicação • Extravasamentode material obturador - Dentes Posteriores* • Instrumentação aquém do forame apical • Insucesso na terapêutica endodôntica - Acesso cirúrgico complicado • Recidiva da lesão apical • Retratamento em presença de núcleos fundidos • Necessidade de biopsia Acessos Cirúrgicos Para o Periápice • Triangular: incisão com uma relaxante • Trapezoidal: incisão com duas relaxantes - OBS: em relação ao longo eixo, as relaxantes divergem. • Retalho palatino: sem relaxante* • Semilunar** ou Partsch *O palato é irrigado pela artéria palatina. Não é indicado o uso das relaxantes porque pode haver maior perda de sangue ou até mesmo atingir o vaso. **Semilunar é pouco utilizada porque pode gerar retrações gengivais. TIPOS DE CIRURGIA DO PERIÁPICE • Curetagem: remoção dos tecidos periapicais por meio de curetas • Apicectomia: remoção do ápice radicular por meio de brocas ou ultrassom • Obturação retrógada: é o selamento do ápice radicular com algum material obturador. 61 Curetagem • Anestesia local • Retalho mucoperiosteal • Osteotomia apical • Curetagem da lesão apical • Irrigação e limpeza local • Suturar o retalho Apicectomia • Anestesia local • Retalho mucoperiosteal • Osteotomia apical • Apicectomia + curetagem local • Irrigação e limpeza local • Suturar o retalho Obturação Retrógada • Anestesia local • Retalho mucoperiosteal • Osteotomia apical • Apicectomia + preparo do ápice + obturação Diferença dos materiais obturadores: - MTA e Cimento OZ: bom vedamento marginal - Amálgama e CIV: médio vedamento - IRM: baixo vedamento marginal / chance de recidiva é maior 62 • Irrigação e limpeza • Suturar o retalho Apicoplastia: arredondar o ápice com uma broca, permitindo um ápice sem ângulos vivos para uma melhor saúde do periápice (isso quando realizamos a remoção do ápice) INSUCESSO DA TERAPIA CIRURGICA PERIAPICAL Fatores Clínicos • Sintomatologia persistente • Edema recorrente • Evidencia de fratura dental • Grande mobilidade periodontal e comprometimento progressivo • Impossibilidade de mastigar sobre o dente Fatores radiográficos • Aumento de espaço entre o ligamento e a lamina dura • Rarefação óssea circular • Rarefação óssea simétrica com borda em aspecto de funil • Trabeculado ósseo rarefeito • Evidencia da reabsorção radicular CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS • Proservar radiograficamente por 4 anos • Sempre ponderar aspectos clínicos e radiográficos antes de afirmar que houve insucesso da cirurgia 63 • No caso de insucesso, realizar a exodontia CAPÍTULO 9: GLÂNDULAS SALIVARES Introdução • Glândulas salivares menores: início do desenvolvimento na 40ª semana de vida • Glândulas salivares maiores: início do desenvolvimento na 35ª semana • Ácinos: desenvolvimento nas 7ª e 8ª semana de vida - Secreção serosa: é mais fluida e aquosa - Secreção mucosa: é mais viscosa e espessa Fatores de Risco • Desidratação • Doenças sistêmicas crônicas • Idade avançada • Radioterapia • Estado imunocomprometido • DRC • Insuficiência hepática • Insuficiência cardíaca congestiva 64 • Diabéticos • Hipotireoidismo • Desnutrição • Neoplasias bucais • Doenças por HIV • Síndrome de Sjogren Medicamentos Associados • Anti – histamínicos (Allegra) • Diuréticos (Furosemida) • Antidepressivo tricíclicos (Amitriptilina) • Fenotiazinas (Levopromazina) • Anti hipertensivos (Propanolon e Atenolol) • Barbitúricos (Fenobarbital) • Anti – sialogogos (Atropina) • Anticolinérgicos (Biperideno) • Agentes quimioterápicos (Vincristina) 65 Glândulas Salivares Menores • Labiais Linguais • Locais - Apicais inferiores (Blandin e Nuhn) • Palatinas - Botões gustativos (Ebner) • Tonsilares - Lubrificantes posteriores • Retromolares Glândulas Salivares Maiores • Parótidas • Sublinguais • Submandibular Parótida • Superficialmente à parte posterior do musculo masseter e do ramo ascendente da mandíbula. • Porções periféricas estendem-se ao processo mastoideo, ao longo da face posterior do musculo esternocleidomastoideo e em torno da borda posterior da mandíbula para o interior do espaço pterigomandibular. 66 • Inervação: as principais ramificações neurais do sétimo par craniano dividem bruscamente a glândula parótida em um lobo superficial e um lobo profundo. A parótida é inervada pelo nono par craniano (Glossofaríngeo), por meio do nervo auriculotemporal, proveniente do gânglio ótico. • Topografia: pequenos ductos, provenientes de várias regiões da glândula, coalescendo na face ântero – superior da parótida para formar o ducto de Stensen, que é o seu ducto principal. Submandibular • Localização: no interior do trígono submandibular do pescoço, que é formado pelos ventres anterior e posterior do musculo digástrico e pela borda inferior da mandíbula. • Topografia: a porção póstero – superior da glândula curva-se superiormente em torno da borda posterior do musculo milo – hioideo e origina o ducto principal da glândula submandibular, ducto de Wharton. • Inervação: esse ducto corre anteriormente ao longo da superfície superior do musculo milo – hioideo dentro do espaço sublingual, adjacente ao nervo 67 lingual. O relacionamento anatômico é tal que o nervo lingual passa sob o ducto de Wharton, de lateral para medial, na região posterior do assoalho de boca. O nervo facial por meio do gânglio submandibular, via nervo corda do tímpano. Sublingual • Localização: estão sobre a superfície superior do musculo milo – hioideo, dentro do espaço sublingual, são separadas da cavidade oral por uma fina camada de mucosa. • Topografia: os ductos acinares das glândulas sublinguais são denominadas ductos de Bartholin, e na maioria das ocasiões, coalescem para formar de 8 a 20 ductos de Rivinus. Esses ductos de Rivinus são curtos e de pequeno diâmetro. • Inervação: nervo facial por meio do gânglio submandibular, via nervo corda do tímpano. 68 Controle da Produção Salivar • É proveniente da estimulação simpática e parassimpática • Inervação simpática: proveniente do gânglio cervical superior, alcançando as glândulas via plexo arterial da face • Inervação parassimpática: para a glândula parotida origina-se dos ramos timpânicos do nervo glossofaríngeo (IX), que, então, caminha através do nervo petroso menor para o gânglio ótico. • Nervos pós ganglionares parassimpáticos: caminham via nervo auriculotemporal para a glândula parótida. • Controle parassimpático das glândulas submandibular s sublingual: origina-se no núcleo salivatório superior, que caminha via nervo facial (ramo corda do tímpano) para o gânglio submandibular. • Nervos parassimpáticos pós ganglionares: caminham dai diretamente para a glândula submandibular ou com o nervo lingual para a glândula sublingual. 69 Modalidades Diagnósticas • Anamnese e exame clínico - Componente mais importante do diagnostico - Caracterizar o problema como: reacional, obstrutivo, inflamatório, infeccioso, metabólico, neoplásico, de desenvolvimento ou traumático. • Radiologia - Identificar os cálculos salivares. - Incidência de cálculos radiopacos é variável Tomada Radiográfica da Bochecha Estufada 70 • O paciente forçosamente infla lateralmente as bochechas para distender os tecidos moles que recobrem o ramo lateral. Mostra a presença de cálculos parotídeos. Sialografia • O Sialograma é o padrão ouro na radiologia diagnostica de glândula salivar. • É indicada como auxiliar na detecção de cálculos radiopacos • Útil para os 15 a 20% de cálculos radiotransparentes
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