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Apostila - Anatomia e Fisiologia Concurso Polícia Civil

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1 
 
SUMÁRIO 
Organização do Organismo Humano ........................................... 2 
Tecido Epitelial .............................................................................. 11 
Glândulas ....................................................................................... 15 
Tecido Conjuntivo ......................................................................... 17 
Sistema Esquelético ...................................................................... 26 
Sistema Muscular ..........................................................................47 
Sistema Nervoso Central .............................................................. 55 
Sistema Simpático ......................................................................... 64 
Sistema Parassimpático............................................................... 65 
Aparelho Circulatório .................................................................... 70 
Sistema Respiratório ..................................................................... 72 
Sistema Digestivo .......................................................................... 74 
Aparelho Sexual e reprodutor masculino .................................. 79 
Aparelho Sexual e reprodutor feminino ...................................... 81 
 
 
 
 
“O homem ainda traz em sua estrutura física 
a marca indelével de sua origem primitiva.” 
CHARLES ROBERT DARWIN 
2 
 
Organização do Organismo Humano 
 
Anatomia: Ciência que estuda a estrutura e forma dos corpos, ela 
estuda o corpo por sistemas A. Sistémica ou por regiões A. Regional 
Fisiologia: Ciência que estuda a função dos organismos vivos. 
 
Organização Estrutural e funcional 
O corpo Humano pode ser estudado em 7 Níveis estruturais: 
 
1. Químico: interações entre os átomos e as combinações que 
formam para originar moléculas 
2. Organela: Estrutura de pequenas dimensões, constituinte da célula 
que apresenta uma ou mais funções. 
3. Célula: Unidade básica da vida 
4. Tecido: Conjunto de células com estrutura e função semelhantes. 
Existem 4 tipos: Epitelial, Conjuntivo, Muscular e o Nervoso 
5. Órgão: Formado por um ou mais tipos de tecidos com função 
semelhante Ex.: estômago, coração, rim... 
6. Sistema: Conjunto de órgãos com função semelhante. Ex.: 
endócrino, cardiovascular... 
7. Organismo: ou ser organizado, é qualquer estrutura viva 
considerada como um todo, quer seja uni ou multicelular como o 
Ser humano. 
Organismo Humano 
A característica comum a todos os organismos é a vida. 
Características essenciais da vida 
Organização: moléculas - célula – tecido – órgão – sistema - organismo 
Metabolismo: Capacidade de usar energia para o desempenho de 
funções vitais 
Capacidade de resposta: Resulta na capacidade de adaptação às 
condições externas 
Crescimento: Capacidade de aumento do número ou do tamanho das 
células 
Desenvolvimento: Alterações que decorrem desde a concepção até à 
morte. Implica diferenciação celular, passagem de célula indiferenciada 
para célula especializada 
Reprodução: Formação de novas células ou organismos 
Homeostasia 
Homeostasia (ou homeostase) é a tendência existente em alguns 
organismos para o equilíbrio e conservação de elementos fisiológicos e 
do metabolismo através de alguns mecanismos de regulação. 
É considerado que um organismo está em homeostasia quando 
substâncias químicas estão em concentrações adequadas, a 
temperatura é estável e a pressão é apropriada. 
 
Este fenômeno foi descrito pela primeira vez pelo fisiologista francês 
Claude Bernard e posteriormente foi estudado mais profundamente pelo 
fisiologista estadunidense Walter Cannon. 
 
Importante no âmbito da biologia, a homeostasia consiste no processo de 
regulação através do qual um organismo consegue manter o seu 
equilíbrio. A homeostasia é caracterizada pela sua estabilidade e 
também pela sua imprevisibilidade, porque uma ação pode ter um efeito 
oposto do que é expectável. 
 
No corpo humano, é possível identificar vários tipos diferentes de 
homeostasia. A homeostasia hídrica, ou osmorregulação, acontece nos 
rins e significa a regulação da água dentro do organismo. A homeostasia 
feita pelo fígado e pâncreas (segregação de insulina) serve para regular 
os níveis de glicose no sangue. 
 
 
 
3 
https://www.significados.com.br/homeostase/
A homeostasia térmica é uma forma de equilíbrio e controle da 
temperatura do corpo humano que é feita através da pele e da circulação 
sanguínea. O ambiente externo, quando sujeita o corpo a temperaturas 
mais baixas, obriga a algumas alterações. Nesse caso, o corpo usa mais 
energia para manter a temperatura e em situações extremas o corpo 
envia mais sangue para a região dos órgãos vitais, sendo que os braços 
e pernas, por serem menos importantes, ficam mais prejudicados. 
 
A homeostasia psicológica consiste no equilíbrio entre as 
necessidades de um indivíduo e o suprimento dessas mesmas 
necessidades. Assim, quando essas necessidades não são supridas, 
acontece uma instabilidade interior, que é solucionada com alterações 
nos comportamentos, que culminem na satisfação dessas necessidades. 
Em algumas ocasiões este termo também é usado para descrever um 
sistema que permite manter a estabilidade de um ambiente interno, como 
uma empresa, por exemplo. 
 
Terminologia e planos do Corpo Humano 
Termos descritivos ou de referencia 
 
<= Posição anatômica: Ser humano em 
pé Pés orientados para a frente Braços 
suspensos ao lado do corpo Palmas das 
mãos orientadas para a frente Polegar virado 
para fora 
 
 
 
 
<= Termos 
descritivos: Superior/ 
inferior Anterior/ posterior 
Cefálico/ caudal Ventral/ 
dorsal proximal/ distal 
Medial/ lateral Superficial/ 
profundo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
<=Plano do 
corpo 
Plano sagital 
mediano 
 
Plano para sagital 
 
Plano horizontal ou 
transversal 
 
Plano frontal ou 
coronal 
 
 
 
Regiões do 
Corpo 
 
Membros: Superior e Inferior Tronco: Tórax, Abdómen e Pelve Zona 
mediana: Cabeça, Pescoço e Tronco Subdivisões do abdómen: em 4 
Quadrantes ou em Grelha de 9 janelas 
 
 
Cavidades do Corpo 
O tronco contém 3 grandes cavidades: 
 
- Cavidade torácica: Anteriormente apresenta o esterno, encontra-se 
rodeada pelas costelas e está separada da cavidade abdominal pelo 
músculo diafragma. 
 
Apresenta no seu interior: Cavidade pericárdica, Cavidades pleurais e o 
Mediastino 
 
 
 
 
5 
- Cavidade pélvica: Localizada inferiormente à cavidade abdominal e 
internamente aos ossos ilíacos. Contém a bexiga, órgãos reprodutores e 
parte dos intestinos 
 
- Cavidade abdominal: tem como limite: superior o diafragma e Anterior 
os músculos abdominais Contém: estômago, baço, pâncreas, intestino, 
fígado, rins. 
 
 
Membranas serosas: Cobrem os órgãos das cavidades do tronco e 
delimitam-nas. 
 
A - Cavidade pericárdica (Pericárdio visceral e parietal) 
B - Cavidade pleural (Pleura visceral e parietal) 
C - Cavidade abdominal pélvica (Peritoneu visceral e parietal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O peritoneu visceral de alguns órgãos encontra-se ligado ao peritoneu 
visceral de outros órgãos abdominal pélvicos através de mesentérios. 
 
- Mesentérios: Constituído por duas camadas de peritoneu aderentes 
uma a outra. Tem como função segurar os órgãos abdominais à parede 
6 
posterior da cavidade abdominal e proporcionam uma via para vasos 
sanguíneos, linfáticos e nervos alcançarem os órgãos. 
 
Outros órgãos abdominais pélvicos, estão localizados junto à parede 
posterior da cavidade e não apresentam mesentérios, dizem-se órgãos 
retroperitônios. 
 
- Órgãos retroperitônios: rins, glândulas suprarrenais, parte dos 
intestinos, pâncreas, bexiga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Moléculas Orgânicas 
As 4 grandes moléculas orgânicas essenciais aos organismos vivos são 
os glicídios, os lipídios, as proteínas e os Ácidos nucleicos(ADN e ARN). 
Cada um destes grupos tem características estruturais e funcionais 
específicas. 
 
Glicídios: Ou Hidratos de carbono, são moléculas polares (solúveis em 
água), compostos por átomos de C, H e O e classificam-se segundo o nº 
de açucares presentes na estrutura: Monossacáridos, Dissacarídeos e 
Polissacáridos 
 
Monossacarídeos: Podem ser: 
Trioses - 3 átomos de carbono 
Tetroses - 4 átomos de carbono 
Pentoses - 5 átomos de carbono. Ex.: 
Ribose e desoxirribose Hexoses - 6 
átomos de carbono. Ex.: Glicose, 
frutose, galactose 
 
 
Dissacarídeos: Moléculas 
compostas por 2 açucares simples 
ligados por uma reação de 
desidratação. Ex.: Glicose + 
frutose = sacarose + H2O 
Glicose + galactose = lactose + H2O 
Glicose + glicose = maltose + H2O 
 
Polissacarídeos: Moléculas 
compostas por vários açucares em 
cadeias lineares ou ramificadas. De 
origem: 
 
- Animal: 
Glicogénio: Constituído por 
moléculas de glicose, serve de 
reserva energética e é armazenado 
no fígado e células musculares 
esqueléticas 
 
- Vegetal: 
Amido: fonte de energia 
Celulose: Não serve de fonte de energia, é eliminada nas fezes e 
estimula o intestino) 
 
8 
Lipídios: Moléculas apolares (Insolúveis em água), solúveis em 
solventes orgânicos não polares (ex.: gorduras, fosfolipídios, esteroides e 
prostaglandinas), que são compostos por átomos de C, H, O, P e azoto. 
 
Gorduras: Principal tipo de 
Lipídios, é fonte de energia e 
tem função de isolamento e 
proteção 
 
Fosfolipídios: Compostos por 
ácido gordo, glicerol, fosfato. 
São um importante componente 
da parede celular e são polares 
na extremidade do fosfato. 
 
 
Triglicerídeos: 
Constituem 95% 
das gorduras do 
corpo, são 
formados por 
glicerol e ácidos 
gordos. 
 
 
Ácidos gordos: Diferem uns dos 
outros conforme as características da 
sua cadeia: Comprimento e Grau de 
saturação - Saturado - apresenta 
apenas ligações covalentes simples 
entre os átomos de carbono - 
Insaturados - apresenta uma ou mais 
ligações covalentes duplas entre os 
átomos de carbono 
 
Proteínas: Todas apresentam C, H, 
O e azoto, as unidades estruturais 
são 20 aminoácidos. Os Aminoácidos 
(a.a.) são compostos por grupo 
carbóxilo, grupo amina, H e grupo R, 
entre os a.a. são formadas ligações 
peptídicas, formam-se, tri 
peptídeos,poli peptídeos. Ex. de Ligação peptídica -> 
9 
Estrutura das proteínas 
 
Primária - sequência de a.a. 
 
Secundária - ligações de ponte de H entre a.a. Confere função à proteína 
Terciária - ligação covalente entre átomos de enxofre de a.a. diferentes 
Quaternária - relação espacial entre proteínas 
Enzimas: São proteínas catalisadoras de reações químicas, que não 
sofrem alteração durante o processo e diminuem a energia de ativação 
necessária. São moléculas muito específicas. 
 
Os cofatores são moléculas associadas ao centro ativo da enzima, cuja 
função é tornar a enzima funcional. Ex.: íon magnésio, íon zinco, 
vitaminas. Modelos de junção enzima/ reagente: Chave-fechadura e 
Encaixe reduzido. 
 
Exemplo de junção 
enzima/ reagente, do 
Modelo Chave- 
fechadura 
 
 
 
 
Ácidos nucleicos: São moléculas compostas por C, H, O, P e azoto, 
constituídos por nucleotídeos, unidos por ligações covalentes. As bases 
orgânicas são: Adenina (A), Guanina (G), Citosina (C) e Timina (T) / 
Uracila (U) 
 
 
 
10 
DNA: (Ácido Desoxirribonucleico) formado por 2 cadeias de 
nucleotídeos, as bases orgânicas são: A, G, C, T. As cadeias estão 
ligadas por pontes de H entre as bases orgânicas, que tem uma estrutura 
em hélice e está associado a histonas para formar a cromatina Estrutura 
do (Ribose: Monossacárido, Pentose) 
 
RNA: (Ácido Ribonucleico) estruturalmente semelhante a uma cadeia 
simples de ADN As bases orgânicas são: C, G, A, U. (Desoxirribose: 
Monossacárido, Pentose) 
 
ADENOSINA TRIFOSFATO (ATP): Constituída por base orgânica: 
Adenina, açúcar Ribose e 3 grupos Fosfato. ATP = ADP + P + Energia 
(Para o anabolismo e outras atividades celulares) 
 
Histologia – Estudo dos tecidos 
A estrutura das células e a sua matriz extracelular são as características 
usadas para identificar os 4 tipos diferentes de tecidos, são eles o 
Epitelial, o Conjuntivo o Muscular e o Nervoso. 
 
O tecido Epitelial e o Conjuntivo são os que apresentam formas mais 
diversas, são classificados de acordo com a estrutura, forma das células 
e na relação entre a célula e o material que constitui a matriz 
extracelular. 
 
Os tecidos musculares e nervosos são classificados principalmente pela 
sua função. 
 
Tecido Epitelial 
As características comuns a todos os tipos de Epitélios são: 
 
Possui pouco material extracelular 
 
Apresenta uma membrana basal e uma superfície livre 
 
Não existem vasos sanguíneos 
 
Mantém a capacidade de realizar mitoses 
 
Possuem junções celulares especializadas que ligam entre si 
células 
 
Localização: Tubo digestivo, Exterior do corpo (pele), Vasos sanguíneos 
e Trato respiratório... 
 
11 
Função dos epitélios: 
 
Formar barreira entre superfície livre e tecidos subjacentes 
 
Segregar, transportar e absorver moléculas 
 
Proteger 
 
 
Os epitélios podem ser classificados quanto: forma das células e número 
de camadas. 
 
Forma das células: Epitélio pavimentoso, epitélio cúbico e epitélio 
colunar. 
 
Número de camadas: Epitélio simples, epitélio estratificado, epitélio 
pseudoestratificado e epitélio de transição. 
 
Agora vamos entender sobre as formas das células. 
 
 
O epitélio pavimentoso ou também chamado de escamoso é 
12 
Epitélio Pavimentoso 
caracterizado por células achatadas em forma de ladrilhos. Facilita as 
trocas gasosas e pode ser encontrado nos alvéolos pulmonares. 
 
 
Epitélio Cúbico 
 
O epitélio cúbico, como o próprio nome diz, é caracterizado por células 
cúbicas, em forma de cubo. Forma revestimento simples e é encontrado, 
por exemplo, nos canais de glândulas e no cristalino dos olhos. 
 
 
Epitélio Prismático 
 
O epitélio prismático, também conhecido como cilíndrico ou colunar, é 
constituído por células colunares. São células altas, em forma de 
prismas, cilindros ou colunas. Como o epitélio cúbico, forma revestimento 
simples e pode ser encontrado no intestino. 
 
Epitélio Simples 
 
Dizemos que o epitélio é simples quando as células formam apenas uma 
camada. Esse tipo de revestimento permite a troca e absorção de 
substâncias e pode ser encontrado nos alvéolos pulmonares. 
 
 
Epitélio Estratificado 
 
O epitélio é estratificado quando possui duas ou várias camadas de 
células. Apenas as células das camadas mais inferiores possuem 
capacidade de divisão celular. Esse revestimento fornece proteção em 
áreas de atrito, como o esôfago, vagina e epiderme. 
 
Na epiderme, o epitélio estratificado possui uma camada córnea 
queratinizada. A presença de queratina confere proteção contra 
desidratação excessiva. Além disso, por ser de difícil decomposição, a 
queratina aumenta a resistência do epitélio à invasão microbiana. 
 
 
Epitélio Pseudoestratificado 
 
O epitélio pseudoestratificado é um tipo de epitélio constituído por 
apenas uma camada de células de alturas diferentes, que conferem ao 
epitélio a aparência de estratificado. Trata-se de uma variação do epitélio 
simples. Pode ser encontrado na cavidade nasal, na traqueia e nos 
brônquios. 
 
13 
Epitélio de Transição ou Misto 
 
O epitélio de transição ou misto, como o próprio nome diz, é constituído 
por várias camadas de células diferentes. Tais células são dotadas de 
grande flexibilidade e o seu formato varia conforme a distensão ou 
contração dos órgãos onde estão presentes. Pode ser encontrado na 
bexiga urinária. 
 
Junções Celulares 
 
Funções: 
 
Ligam as células mecanicamente entre si 
 
Ajudam a formar uma barreira de permeabilidade 
 
Fornecem um mecanismo de comunicação intercelular 
Localização: - Superfície basilar e lateral 
As células epiteliais segregam glicoproteínas, que fixam a célula a 
membrana basal eentre si. Esta ligação relativamente fraca é reforçada 
por desmossomos. 
 
Tipos de junções celulares: 
 
- Desmosssomos: Ponto de adesão entre as células. Cada um contém 
um disco denso no ponto de adesão e um material adesivo entre as 
células. 
 
- Hemidesmossomos: Similar a metade de um desmossomo, liga as 
células epiteliais a membrana basal. 
 
- Junção de hiato: Pequeno canal proteico ou junção comunicante, que 
podem ser encontradas nos discos intercalares 
 
- Zônula aderente: Localizada nos tecidos epiteliais simples. Formam 
rede de glicoproteínas na superfície lateral da célula, funciona como uma 
"cola" fraca que mantém as células juntas. 
 
- Zônula ocludente: Perto da superfície livre forma um anel em volta da 
célula, funciona como um adesivo forte e também constitui uma barreira 
de permeabilidade 
 
 
 
 
14 
Glândulas 
São órgãos de secreção de hormonas, se a glândula mantém um contato 
aberto com o epitélio a partir do qual se desenvolveu, existe um canal, 
denominam-se exócrinas, se não tem canal são endócrinas. 
 
Exócrinas: apresentam canal de excreção e são maioritariamente 
multicelulares 
 
Endócrinas: Segregam diretamente para a corrente sanguínea. As 
glândulas multicelulares classificam-se quanto a: 
 
Forma dos canais: 
 
Simples (canais pouco ramificados) 
 
Compostas (com canis que se ramificam repetidamente) Terminação dos 
canais: Túbulos (em forma de pequenos tubos, podem ter a forma reta 
ou glomerulares), Ácinos (pequenos sacos) e Alvéolos (um saco vazio). 
 
Estrutura das glândulas 
 
Exócrinas: 
 
A – Unicelular (Glândulas no estômago e no cólon) 
 
B - Tubulares simples retas (Células caliciformes no intestino delgado e 
grosso, e nas vias respiratórias) 
 
C - Tubulares simples glomerulares (Parte inferior do estômago e do 
intestino delgado) 
 
D - Acínica Simples (Glândulas sebáceas da pele) 
 
E - Tubular Composta (Glândulas sebáceas da pele) 
 
F – Ramificada acínica simples (Glândulas mucosos do duodeno) 
G- Acínica composta (Glândulas mamárias e do pâncreas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Tipos de glândulas: 
A - Glândulas mesócrinas: As células da glande produzem vesículas que 
contém produtos de excreção e as vesículas esvaziam os seus 
conteúdos por exocitose. Por exemplo: glândulas sudoríparas, porção 
exócrina do pâncreas 
 
B - Glândulas apócrinas: Produtos de excreção são armazenados na 
célula perto do lume do canal. Uma parte da célula perto do canal que 
contém os produtos de secreção, destaca-se da célula e junta-se a 
secreção. Por exemplo: glândula mamária 
 
C - Glândulas holócrinas: Os produtos de secreção são armazenados 
nas células da glândula. Células inteiras destacam-se da glândula 
fazendo parte da secreção. A perda das células é compensada por 
outras células mais profundas da glândula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Tecido Conjuntivo 
A característica essencial que distingue este tecido dos restantes, é este 
ser formado por 3 células separadas por abundante Matriz Extracelular. 
São as células especializadas dos vários tecidos conjuntivos que 
produzem a matriz extracelular, esta é constituída por 3 componentes 
principais: 
 
- Fibras Proteicas; 
 
- Substancia fundamental 
 
- Liquido. 
 
Fibras proteicas da matriz: As fibras proteicas da matriz ajudam a 
formar o tecido conjuntivo, existem 3 tipos de fibras: 
 
- Colágeno: Formada por 3 cadeias de polipeptídios, é forte e flexível, 
mas pouco elástico 
 
- Reticular (Fibras de): São fibras de Colágeno finas e curtas em rede, 
não são tão fortes como o Colágeno 
 
- Elastina (Fibras de): É muito elástica, as moléculas têm a forma de uma 
mola e formam uma rede por todo o tecido 
 
Outras Moléculas da matriz (moléculas não proteicas): 
 
Existem também 2 tipos de moléculas não proteicas que fazem parte da 
matriz extracelular: 
 
- Ácido hialurónico: É uma cadeia simples de polissacáridos, oleoso que 
tem como função lubrificar. 
 
- Proteoglicanos: Os proteoglicanos armazenam grandes quantidades de 
água e conferem elasticidade ao tecido. O Agregado proteoglicano é uma 
macromolécula formada por polissacáridos ligados a um centro proteico, 
em que o centro proteico liga-se ao ácido Hialurónico. 
 
Classificação do Tecido Conjuntivo 
 
Estruturalmente o tecido conjuntivo possui três componentes: células, 
fibras e substância fundamental. A variação na qualidade e quantidade 
destes componentes define os diferentes tipos de tecido conjuntivo. 
Enquanto os demais tecidos (epitelial, muscular e nervoso) têm como 
constituintes principais as células, no tecido conjuntivo predomina a 
matriz extracelular, formada pela substância fundamental e pelas fibras. 
17 
fabricação dos fibroblastos. Os fibroblastos são as células mais comuns 
18 
 
A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. Os 
elementos fibrilares são as fibras elásticas, as fibras reticulares e 
as fibras colágenas. Este tecido possui vasos sanguíneos, nervos e 
células sem justaposição. 
 
A substância fundamental é um complexo viscoso e altamente hidrofílico, 
ou seja, que possui grande afinidade pela água (hidro= água / filia= 
afinidade por), portanto solúvel. É composto principalmente de 
macromoléculas aniônicas como: glicosaminoglicanos, proteoglicanos e 
glicoproteínas de adesão (como a laminina, a fibronectina, entre outras). 
Esta complexa mistura molecular é incolor e transparente. Estas 
macromoléculas se ligam a receptores específicos na superfície das 
células, preenchendo os espaços entre as células e fibras do conjuntivo 
e, sendo viscosa, atua ao mesmo tempo como lubrificante e como 
barreira à penetração de microrganismos invasores. 
 
As glicosaminoglicanas são polímeros lineares formado por unidades 
repetidas díssacarídicas usualmente compostas de ácido urânico e de 
uma hexosamina, que se ligam covalentemente à um eixo proteico, 
formando a molécula de proteoglicano. Essa molécula é uma estrutura 
tridimensional que pode ser imaginada como uma escova de limpar tubos 
na qual a haste apresenta o eixo proteico e as cerdas representam a 
cadeia de glicosaminoglicano. 
 
As proteoglicanas são compostos de um eixo proteico associados à um 
ou mais tipos de glicosaminoglicanas. 
 
As glicoproteínas de adesão são moléculas de proteínas globulares as 
quais se associam covalentemente aos glicosaminoglicanos. São 
proteínas não filamentosas que atuam como mediadoras da interação 
entre as células e a matriz extracelular. 
 
Células do tecido conjuntivo 
 
As células do tecido conjuntivo são as seguintes: fibroblastos, 
fibrócitos, plasmócitos, mastócitos, macrófagos, leucócitos e 
células adiposas. 
 
A seguir estão descritas as características fundamentais de cada célula 
citada. 
 
Fibroblasto e Fibrócito 
 
Os fibroblastos são as células jovens, em plena atividade produtiva. Já 
os fibrócitos são as células velhas, que já terminaram seu trabalho de 
19 
 
do tecido conjuntivo. Caracterizam-se por serem células grandes, com 
muitos prolongamentos, contendo um núcleo oval bem evidente e 
citoplasma contendo um retículo endoplasmático e complexo de Golgi 
bem desenvolvidos, fracamente corados, com cromatina fina e nucléolos 
proeminentes. Os fibroblastos têm a função de sintetizar fibras do tecido 
conjuntivo e as proteoglicanas e glicoproteínas da matriz. 
 
Os fibrócitos são menores que os fibroblastos e tendem a um aspecto 
fusiforme, apresentam poucos prolongamentos citoplasmáticos e o 
núcleo é menor, mais escuro e mais alongado do que o fibroblasto. Seu 
citoplasma é acidófilo, com pouca quantidade de retículo endoplasmático 
rugoso. Havendo um estímulo, como ocorre nos processos de 
cicatrização, o fibrócito pode voltar a sintetizar fibras, reassumindo a 
forma de fibroblasto. 
 
Macrófago 
 
Os macrófagos são células de defesa muito ativas que contém muitos 
lisossomos. Eles têm a função de fagocitar, secretar substâncias queparticipam do processo imunológico de defesa e atuar como célula 
apresentadora de antígenos. Quando estimulados (infecções) os 
macrófagos se modificam sendo chamados de macrófagos ativados, 
ficando assim com maior capacidade de matar e digerir partículas 
estranhas. Dependendo do tamanho do corpo estranho, podem até unir- 
se, formando células gigantes multinucleadas. Origina-se de células 
precursoras da medula óssea que se dividem produzindo os monócitos. 
Na realidade trata-se da mesma célula em diferentes fases morfológicas. 
Os macrófagos estão distribuídos na maioria dos órgãos e constituem o 
sistema fagocitário mononuclear. São células de vida longa e podem 
sobreviver por meses nos tecidos. 
Em certas regiões os macrófagos recebem nomes especiais: são 
chamados de células de Kupffer; quando encontrados no fígado, células 
de Langerhans; quando encontrados na pele, micróglia; quando 
encontrados no sistema nervoso central e osteoclástos; quando 
encontrados no tecido ósseo. Quando corantes vitais como o azul-tripan 
ou tinta nanquim são injetados em animais, os macrófagos fagocitam e 
acumulam o corante em seu citoplasma na forma de grânulos ou 
vacúolos visíveis ao microscópio de luz. Ao microscópio eletrônico eles 
são caracterizados por apresentarem uma superfície irregular com 
protusões e endentações que caracterizam a sua grande atividade de 
pinocitose e fagocitose. Geralmente possuem um complexo de Golgi 
bem desenvolvido, muitos lisossomos e um retículo rugoso proeminente. 
20 
 
Mastócito 
 
Os mastócitos são células altamente nutritivas, grandes, globosas, com o 
citoplasma repleto de grânulos e com núcleo esférico central. Eles têm a 
função de produzir e armazenar mediadores químicos do processo 
inflamatório. A liberação desses mediadores químicos como a histamina, 
heparina e fator quimiotático dos eosinófilos, promove reações alérgicas, 
as chamadas reações de sensibilidade imediata. A superfície dos 
mastócitos contém receptores específicos para a imunoglobulina E (IgE), 
produzida pelos plasmócitos. A maior parte das moléculas de IgE fixa-se 
na superfície dos mastócitos e dos grânulos basófilos; muito pouco 
permanentes no plasma. 
 
Mecanismos de secreção pelos mastócitos 
 
Moléculas de IgE ligam-se a receptores de superfície celular. Após a 
segunda exposição ao antígeno (p. ex. veneno de abelha), as moléculas 
de IgE presas aos receptores ligam-se ao antígeno. Esta ligação ativa a 
adenil ciclase e resulta na fosforilação de certas proteínas. Ao mesmo 
tempo há entrada de Cálcio na célula. Este evento promove a fusão dos 
grânulos citoplasmáticos específicos e a exocitose do seu conteúdo. 
Além disso, fosfolipases atuam nos fosfolipídeos da membrana 
produzindo leucotrienos. O processo de extrusão não lesa a célula, a 
qual permanece viável e sintetiza novos grânulos. 
 
Plasmócito 
 
Os plasmócitos são células pouco numerosas no conjuntivo. Têm 
formato grande e ovoide que possuem um citoplasma basófilo que reflete 
a sua riqueza em retículo endoplasmático rugoso. O complexo de Golgi e 
os centríolos se localizam em uma região próxima ao núcleo, a qual 
aparece clara nas preparações histológicas rotineiras. O núcleo 
apresenta-se esférico com cromatina em grumos, que se alternam 
regularmente com áreas claras, dando ao núcleo, aspecto de roda de 
carroça. São células que sintetizam e secretam anticorpos e 
imunoglobulinas. Aparece em grande número nos locais onde há 
inflamação crônica e em locais sujeitos a penetração de microrganismos, 
como por exemplo, na mucosa intestinal. Os plasmócitos derivam do 
linfócito tipo B ativado e produz o anticorpo necessário para a resposta 
do organismo frente à penetração de moléculas estranhas (antígenos). 
 
Leucócitos 
 
Os leucócitos ou glóbulos brancos são constituintes normais dos tecidos 
conjuntivos, vindos do sangue por migração (diapedese) através das 
paredes de capilares e vênulas. A diapedese aumenta muito durante as 
21 
 
invasões locais de microrganismos, uma vez que os leucócitos são 
células especializadas na defesa contra microrganismos agressores. Os 
leucócitos não retornam ao sangue depois terem residido no tecido 
conjuntivo, com exceção dos linfócitos que circulam no sangue 
continuamente em vários compartimentos do corpo (sangue, linfa, 
tecidos conjuntivos, órgãos linfáticos). 
 
Célula Adiposa 
 
A célula adiposa tem a função de armazenar energia sob a forma de 
triglicerídeos, de proteger e de amortecer. Ela pode armazenar o lipídeo 
de duas maneiras: ou preenche totalmente o citoplasma, deixando a 
célula com aspecto globoso, ou o lipídeo ocupa o citoplasma celular, 
como pequenas gotas. Quando o lipídeo ocupa todo o citoplasma, o 
tecido recebe o nome de tecido adiposo unilocular e quando o lipídeo 
ocupa pequenas partes do citoplasma, chama-se de tecido adiposo 
multilocular. 
 
Fibras do tecido conjuntivo 
 
As fibras presentes no tecido conjuntivo são de três tipos: colágenas, 
elásticas e reticulares. Elas estão distribuídas desigualmente pelo tecido, 
o que gera a característica principal de cada tipo de tecido. 
 
Fibras colágenas 
 
As fibras colágenas são as mais frequentes no tecido conjuntivo e em 
muitos casos aparecem agrupadas formando um feixe. Estas fibras são 
constituídas pela proteína colágeno, que é a proteína mais abundante no 
corpo humano, chegando em torno de 30%. Atualmente a família dos 
colágenos é composta por mais de vinte tipos geneticamente diferentes. 
As fibras colágenas são grossas e resistentes, distendendo-se pouco 
quando tensionadas. Estão presentes na derme e conferem resistência a 
nossa pele, evitando que ela se rasgue, quando esticada. A perda da 
elasticidade da pele, que ocorre com o envelhecimento, deve-se ao fato 
de as fibras colágenas irem, com a idade, se unindo umas às outras, 
tornando o tecido conjuntivo mais rígido. As fibrilas de colágenos são 
formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas 
denominadas tropocolágeno. Nos colágenos tipo I (encontrado nos 
tendões), II e III as moléculas de tropocolágeno se agregam em 
subunidades (microfibrilas). Nos colágenos do tipo I e do tipo III, estas 
fibrilas se associam para formar fibras. O colágeno do tipo II, presente na 
cartilagem, forma fibrilas, mas não forma fibra. O colágeno do IV, 
presente nas laminas basais, não forma fibrilas nem fibras. Neste tipo de 
colágeno as moléculas se associam de um modo peculiar formando uma 
trama complexa que lembra a estrutura de uma “tela de galinheiro”. 
22 
 
Fibras reticulares 
 
As fibras reticulares são formadas por colágeno tipo III, são ramificadas e 
formam um trançado firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos 
vizinhos. Formam o arcabouço dos órgãos hematopoiéticos e também as 
redes em torno das células musculares e das células epiteliais de muitos 
órgãos, como, por exemplo, do fígado e dos rins. Estas fibras não são 
visíveis em preparados corados pela hematoxilina- eosina (HE), mas 
pode ser facilmente coradas em cor preta por impregnação com sais de 
prata. Por causa de sua afinidade por sais de prata, estas fibras são 
chamadas de argirófilas. 
 
Fibras elásticas 
 
As fibras elásticas são longos fios de uma proteína chamada elastina, 
são fibras mais finas que as colágenas. Elas conferem elasticidade ao 
tecido conjuntivo, completando a resistência das fibras colágenas. Ligam- 
se umas as outras formando uma malha, a qual cede facilmente às 
trações mínimas, porém retomam sua forma inicial logo que cessam as 
forças deformantes. Quando você puxa e solta à pele da parte de cima 
da mão, são as fibras elásticas que rapidamente devolvem à pele sua 
forma original. 
 
Divisão do tecido conjuntivo 
 
Existem diversos tipos de tecido conjuntivo, sempre formados pelos 
constituintes básicos (fibras, células e substância fundamental amorfa). A 
variação dos nomes do tecido conjuntivo está na diferença do principal 
componente de cada local. A seguir está descrito cada um. 
 
Tecido conjuntivopropriamente dito 
 
O tecido conjuntivo propriamente dito é dividido em: tecido conjuntivo 
frouxo e tecido conjuntivo denso. 
 
– Tecido conjuntivo frouxo 
É o mais comum dos tecidos conjuntivos. Preenche espaços não- 
ocupados por outros tecidos, serve de apoio e nutre o tecido epitelial, 
estando sob a pele de todo o corpo, envolve nervos, músculos e vasos 
sanguíneos linfáticos. Além disso, faz parte da estrutura de muitos 
órgãos e desempenha importante papel em processos de cicatrização. É 
um tecido delicado, flexível e pouco resistente à tração. É o tecido de 
maior distribuição no corpo humano. Sua substância fundamental é 
viscosa e muito hidratada. Essa viscosidade representa de certa forma, 
uma barreira contra a penetração de elementos estranhos no tecido. Este 
23 
 
tecido tem todos os elementos estruturais típicos do conjuntivo, portanto 
ele é constituído por células, por fibras e pela substância fundamental 
amorfa, que envolve as células e as fibras, não havendo predomínio 
entre os elementos constituintes. 
 
– Tecido conjuntivo denso 
É adaptado para oferecer mais resistência e proteção, mesmo sendo 
menos flexível que o tecido conjuntivo frouxo. Caracteriza-se por ter 
predominância de fibras colágenas e pouca substância fundamental 
amorfa. Dependendo do modo de organização dessas fibras, esse tecido 
pode ser classificado em: 
 
• não modelado: formado por fibras colágenas entrelaçadas, dispostas 
em feixes que não apresentam orientação fixa, o que confere resistência 
e elasticidade. Esse tecido forma as cápsulas envoltórias de diversos 
órgãos internos como o fígado, baço, o osso, a cartilagem e a parte 
profunda da pele (dando forma às partes do corpo) chamada derme, que 
é o tecido conjuntivo da pele. 
• modelado: formado por fibras colágenas dispostas em feixes com 
orientação fixa, dando ao tecido características de maior resistência à 
tensão do que a dos tecidos não-modelados e frouxo; ocorre nos 
tendões, que ligam os músculos aos ossos e nos ligamentos, que ligam 
os ossos entre si. 
 
Tecido conjuntivo de propriedades especiais 
 
– Tecido elástico 
 
É formado por fibras elásticas grossas, por fibras colágenas finas e por 
fibroblastos. É um tecido pouco frequente, sendo encontrado nos 
ligamentos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. 
 
Tecido reticular 
 
É formado por fibras reticulares e por células reticulares (fibroblastos que 
produzem fibras reticulares). O tecido reticular provê uma estrutura 
arquitetônica tal que cria um ambiente especial para órgãos linfoides e 
hematopoiéticos (medula óssea, linfonodos e nódulos linfáticos e baço). 
As células reticulares estão dispersas ao longo da matriz e cobrem, 
parcialmente, com seus prolongamentos citoplasmáticos, as fibras 
reticulares e a substância fundamental. O resultado deste arranjo é a 
formação de uma estrutura trabulada semelhante a uma esponja dentro 
da qual as células e fluídos se movem livremente. 
24 
 
Tecido mucoso 
 
Encontramos neste tecido a predominância de substância fundamental 
amorfa e poucas fibras. Tem aspecto gelatinoso, e é o principal 
constituinte do cordão umbilical, onde é chamado de Gelatina de 
Wharton, e encontrado na polpa dental jovem. 
 
Tecido conjuntivo adiposo 
 
Nesse tecido a substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em 
lipídios, são denominadas células adiposas. Ocorre principalmente sob a 
pele, exercendo funções de reserva de energia, proteção contrachoques 
mecânicos e isolamento térmico. Ocorre também ao redor de alguns 
órgãos como os rins e o coração. As células adiposas possuem um 
grande vacúolo central de gordura, que aumenta ou diminui, dependendo 
do metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita energia, a 
gordura das células adiposas diminui; caso contrário, ela se acumula. O 
tecido adiposo atua como reserva de energia para momentos de 
necessidade. 
25 
 
Tecido Muscular 
A principal característica do tecido muscular e ser contráctil e por isso 
mesmo é responsável pelo movimento. 
 
Pode ser classificado de acordo com a sua: Estrutura: Estriado ou Liso 
Função: Voluntário ou Involuntário 
 
Existem 3 tipos de músculos 
 
- Estriado Voluntário ou Esquelético 
 
- Estriado Involuntário ou Cardíaco 
 
- Liso involuntário ou apenas liso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecido Nervoso 
Caracterizado pela capacidade de conduzir sinais eléctricos, 
denominados potenciais de ação. Localiza-se no Cérebro, Medula 
espinal, Nervos e é constituído por neurónios, que são responsáveis por 
esta capacidade condutora e que são suportados por células da glia, que 
alimentam, protegem e isolam o neurónio. 
 
Os neurónios (ou células nervosas) sã compostos por 3 partes principais: 
 
- Corpo celular: possui o núcleo 
 
- Dendritos: receptores de informação 
26 
 
- Axónios: enviam informação 
Os neurónios que possuem: 
- Só 1 Axónio, são neurónios unipolares 
 
- 1 Dendrito +1 Axónio, são neurónios bipolares 
 
- Vários Dendritos + 1 Axónio, são neurónios multipolares 
 
 
 
 
 
 
Sistema Esquelético: Histologia e 
Desenvolvimento 
Funções do Sistema Esquelético: Suporte, Proteção, Movimento, 
Armazenamento e Produção de elementos sanguíneos 
 
Tendões e ligamentos: - Tendão: inserção de músculos nos ossos - 
Ligamento: fixam ossos a ossos 
 
Semelhanças 
 
São compostos por tecido conjuntivo denso regular, têm cor branca. 
Possuem fibras de Colágeno densamente compactadas. 
 
Diferenças 
 
As fibrilas de Colágeno dos ligamentos são frequentemente menos 
compactas. Algumas fibrilas de muitos ligamentos são compactas. Os 
ligamentos são geralmente mais planos4 
 
As células formadoras destes tecidos são os fibroblastos. O crescimento 
de tendões e ligamentos verifica-se através de dois processos diferentes: 
 
Crescimento a posicional: A superfície de fibroblastos divide-se para 
produzir mais fibroblastos, que segregam matriz para o exterior das fibras 
existentes. 
 
Crescimento intersticial: fibrócitos proliferam e segregam matriz no 
interior do tecido. 
Cartilagem Hialina 
É formada por uma rede de Colágeno (força) e proteoglicanos 
(resistência) que suporta a matriz, apresenta crescimento a posicional e 
intersticial e tem como função o desenvolvimento dos ossos. 
 
As células que produzem matriz nova de cartilagem mais desenvolvida 
denominam-se condroblastos 
 
Quando um condroblasto é envolvido pela matriz, torna-se um condrócito 
que ocupa as lacunas 
 
A cartilagem é rodeada por uma bainha de tecido conjuntivo de duas 
camadas, o Pericôndrio 
 
Este é constituído: 
 
- Camada externa constituída por tecido conjuntivo denso irregular que 
contém fibroblastos 
 
- Camada interna, mais delicada, com menos fibras e contém 
condroblastos, que produzem cartilagem nova 
 
- Vasos sanguíneos e nervos ocupam a camada externa do pericôndrio, 
mas não entram na matriz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
ao osso 
28 
 
Osso 
Classificação dos ossos: Cada osso pode ser classificado de acordo com 
a sua forma em Longos, Curtos, Achatados (ou chatos) e irregulares. 
 
 
Anatomia do osso: Cada 
osso comprido (ou longo) 
em crescimento possui 3 
componentes principais - 
Diáfise: Forma o corpo do 
osso e é constituída por 
osso compacto - Placa 
epifisária: É constituída 
por cartilagem hialina e 
localiza-se entre epífise e 
diáfise - Epífise: Forma a 
extremidade do osso e é 
constituída por osso 
esponjoso. A superfície 
externa é composta por camada de osso compacto e superfície articular 
é coberta por cartilagem articular. 
 
Um osso é constituído por: 
 
- Medula óssea: Divide-se em medula amarela e vermelha 
 
Medula amarela: Constituída essencialmente por tecido adiposo, 
encontra-se na diáfise dos ossos longos maduros 
 
Medula vermelha: Função da formação de elementos sanguíneos, 
encontra-se nas epífises dos ossos longos maduros e na epífise e diáfise 
dos ossos dos recém-nascidos 
 
-Periósteo: Composto por duas camadas, a interna e a externa 
 
Camada externa: Tecido conjuntivo denso fibroso irregular, que contém 
vasos sanguíneos e nervos 
 
Camada interna: Formada por uma única camada de osteoblastos e 
alguns osteoclastos 
 
- Fibras perfurantes ou de Sharpey: Penetram o periósteo até parte 
exterior do osso e ajudam a fixação de tendões, ligamentos e periósteo 
29 
 
- Endósteo: É formada por uma única camada de osteoblastos e 
osteoclastos, que reveste as cavidades internas dos ossos. 
 
Histologia do tecido ósseo 
 
Matriz óssea 
 
Está organizada em finas bainhas ou camadas, denominadas lamelas, 
constituídas por cerca de 35% material orgânico - Colágeno e 65% 
material inorgânico – hidroxiapatite. 
 
A matriz óssea é produzida por osteoblastos. A partir do momento em 
que um osteoblasto fica rodeado por matriz é um osteócito. A matriz 
óssea e degrada pelos osteoclastos. 
 
Osso esponjoso: 
 
É constituído por bastonetes ou placas ósseas denominadas trabéculas 
(do latim trave). Estas não têm vasos sanguíneos, estão orientadas ao 
longo das linhas de tensão do osso e têm uma camada de osteoblastos 
na sua superfície 
 
Osso compacto: 
 
É mais denso e possui menos espaços que o osso esponjoso, têm vasos 
sanguíneos que penetram no osso, as lamelas, osteócitos e matriz estão 
orientados em seu torno. Os vasos que correm paralelos ao eixo do osso 
encontram-se dentro dos 
 
Canais de Havers. 
 
Os Canais de Havers são revestidos por endósteo e contém vasos 
sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo laxo no seu interior. As lamelas 
concêntricas são camadas circulares de matriz em torno de um centro 
comum, o canal de Havers. Um sistema Haversiano consiste num canal 
de Havers, seus conteúdos e lamelas concêntricas associadas e 
osteócitos. Os osteóscitos recebem nutrientes e eliminam produtos de 
excreção através do sistema de canais no interior do osso compacto. Os 
vasos sanguíneos do periósteo ou do Endósteo entram no osso através 
dos canais perfurantes ou de Volkman. Os canais perfurantes ou de 
Volkman são perpendiculares ao longo eixo do osso e não se encontram 
rodeados por lamelas concêntricas. Os canais Haversianos recebem 
vasos sanguíneos dos canais de Volkman 
30 
 
Desenvolvimento dos ossos 
 
A Ossificação consiste na formação de osso pelos osteoblastos, que 
envolve dois passos: 
 
1º os prolongamentos citoplasmáticos dos osteoblastos estendem-se e 
unem-se a prolongamentos de outros osteoblastos 
 
2º os osteoblastos formam uma matriz óssea extracelular contendo 
principalmente hidroxipatite e colágeno. 
 
- Quando a matriz óssea se forma inicialmente durante o 
desenvolvimento fetal ou durante uma fratura, o osso resultante é 
denominado osso não laminar. 
 
- Após formada, esta matriz óssea vai ser destruída pelos osteoclastos e 
uma nova matriz, denominada osso laminar, é formada pelos 
osteoblastos, este processo é denominado remodelação. 
 
Ossificação membranosa (Ex.: clavícula e ossos do crânio) ocorre a 
partir de membranas de tecido conjuntivo, as células não especializadas 
existentes no tecido vão transformar-se em osteoblastos. Há formação 
de osso não laminar em locais denominados de núcleos de ossificação e 
a ossificação prossegue a partir dos núcleos, o osso originado é 
esponjoso. As células que se encontram nas trabéculas formam medula 
óssea vermelha. As células que envolvem o osso dão origem ao 
periósteo. Os osteoblastos em contato com o periósteo formam osso 
compacto. 
 
Ossificação encondral (Ex.: Maioria dos ossos do corpo e os da base 
do crânio ) - Ocorre a partir de um "modelo" em cartilagem “Um molde 
cartilagíneo, rodeado por um Pericôndrio, é produzido condroblastos, que 
se tornam condrócitos10 envolvidos na matriz cartilagínea.” 
 
- As células progenitoras formam osteoblastos e o Pericôndrio 
transforma-se em periósteo. “O Pericôndrio da diáfise torna-se periósteo 
e forma-se uma bainha ou manga óssea. Internamente os condrócitos 
atrofiam e forma-se cartilagem calcificada”. 
 
- A primeira zona de ossificação, é a periférica que se denomina de 
bainha óssea, em simultâneo ocorre a mineralização da matriz entre as 
lacunas -cartilagem calcificada “Um ponto principal de ossificação forma- 
se á medida que os vasos sanguíneos e os osteoblastos invadem a 
cartilagem calcificada. Os osteoblastos depositam matriz óssea, 
formando osso esponjoso”. 
31 
 
- Forma-se osso esponjoso na diáfise - centro primário de ossificação, 
com a continuação da ossificação a bainha estende-se pela diáfise. 
“Continua o processo de formação de manga óssea, calcificação da 
cartilagem e produção de osso esponjoso. A cartilagem calcificada 
começa a formar-se na epífise”. Uma cavidade medular inicia a sua 
formação no centro da epífise. 
 
- Os osteoclastos removem osso da diáfise para dar lugar à formação de 
medula vermelha. Nos ossos longos o centro primário de ossificação está 
na diáfise enquanto que nas epífises se encontram os pontos 
secundários. Na ossificação da epífise não há formação de medula 
vermelha “Pontos de ossificação secundários formam-se nas epífises de 
osso longos. 
 
Crescimento ósseo 
 
Ao contrário dos tendões, ligamentos e cartilagens, os ossos não podem 
ter crescimento intersticial. O crescimento dos ossos só pode ser a 
posicional (formação de um osso novo na sua superfície) ou encondral 
(crescimento da cartilagem, seguido da substituição da cartilagem pelo 
osso). 
 
Crescimento a posicional é responsável pelo aumento do diâmetro do 
osso. A camada de osteoblastos origina duas e a interna produz matriz. 
No osso esponjoso é adicionada mais matriz à superfície das trabéculas 
No osso compacto há formação de mais lamelas 
 
Crescimento encondral é responsável pelo aumento do comprimento 
dos ossos, este crescimento no interior da cartilagem articular é 
responsável pelo crescimento da epífise. Nos ossos longos o 
crescimento encondral da placa epifisária resulta no aumento da diáfise, 
Ex.: Crescimento do ósseo em comprimento. “Num osso longo a 
cartilagem nova forma-se na placa epifisária da placa à mesma 
velocidade que o osso se forma na sua face diafisária. 
Consequentemente, as placas epifisárias mantem a mesma espessura, 
mas o comprimento da diáfise aumenta” 
 
Análise estrutural do osso Placa epifisária: Separa a epífise da diáfise 
dos ossos longos e está organizada em 4 zonas: 
 
- Zona de repouso da cartilagem: Localizada perto da epífise, apresenta 
condrócitos que não se dividem rapidamente 
 
- Zona de proliferação: Produzem nova cartilagem por crescimento 
intersticial e os condrócitos dividem-se e formam colunas 
- Zona de hipertrofia: Os condrócitos já existentes aumentam de tamanho 
e os condrócitos longe da zona de proliferação estão mais maduros e 
hipertrofiados 
 
- Zona de calcificação: É matriz fina e mineralizada, e os condrócitos 
estão mortos. Vista ao RX, aparece como uma linha radiotransparente 
entre a diáfise e a epífise A diáfise funde-se com as epífises entre os 12 
e os 25 anos, esta fusão ocorre por ossificação da placa, à qual se passa 
a designar linha epifisária, nesse momento o crescimento ósseo cessou. 
 
Cartilagem articular: Mantém-se na superfície articular dos ossos longos, 
não sofre ossificação e perde o pericôndrio. 
 
Fatores que afetam o crescimento ósseo 
 
Nutricionais 
 
Doença metabólica que afeta a velocidade de proliferação celular 
ou a produção de colágeno 
 
Carência de vitamina D, que causa deficiente absorção de cálcio 
que resulta em ossos pouco mineralizados originado raquitismo ou 
asteomalácia (ou “raquitismo adulto”). 
 
Carência de vitamina C, que causa deficiente síntese de Colágeno, 
originando escorbuto 
 
Hormonais 
 
Hormônio de crescimento do lobo anterior da hipófise aumenta o 
crescimento dos tecidos no geral 
 
Hormônio da tireoide em falta diminui o tamanho do indivíduo 
 
Hormônios sexuais aumentam o crescimento ósseo mas também o 
crescimento das placasepifisárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
33 
Sistema Esquelético: Anatomia Geral 
O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos 
ligamentos e tendões. 
O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao corpo. Ele 
também protege os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas 
muscular e articular para permitir o movimento. 
Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea 
e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. 
Divisão do esqueleto 
 
Principais ossos do esqueleto humano 
O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes 
tamanhos e formas. Eles podem ser longos, curtos, planos, suturais, 
sesamoides ou irregulares. 
https://www.todamateria.com.br/esqueleto-humano/
34 
Cada um deles apresenta suas funções próprias e para isso, o esqueleto é 
dividido em axial e apendicular. 
Esqueleto Axial 
 
Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo 
da linha média, que é o eixo vertical do corpo. 
Os ossos que compõem essa parte do esqueleto são: 
cabeça (crânio e ossos da face) 
coluna vertebral e as vértebras 
tórax (costelas e esterno) 
osso hioide 
 
Crânio e Ossos da Face 
Os ossos do crânio têm a função de proteger o cérebro 
A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana); e 
há ainda 6 ossos que compõem o ouvido interno. 
O crânio é extremamente resistente, seus ossos são intimamente ligados 
e sem movimentos. Ele é responsável por proteger o cérebro, além de 
possuir os órgãos do sentido. 
https://www.todamateria.com.br/esqueleto-axial/
35 
Coluna Vertebral 
A coluna vertebral é constituída por diversas vértebras 
A coluna é formada por vértebras que são ligadas entre si por 
articulações, o que torna a coluna bem flexível. Possui curvaturas que 
ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os choques durante os 
movimentos. 
Ela é constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão 
fundidas. Veja no quadro abaixo como elas estão agrupadas: 
 
Vértebras Características 
Cervicais 
São 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a segunda 
(áxis) favorecem os movimentos do crânio. 
 
Torácicas ou 
São 12 e articulam-se com as costelas. 
dorsais 
 
Lombares Essas 5 vértebras são as maiores e as que suportam mais peso. 
 
Essas 5 vértebras são chamadas sacrais, são separadas no nascimento e 
Sacro fundem-se mais tarde formando um só osso. É um importante ponto de 
apoio para a cintura pélvica. 
Cóccix 
São 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam 
unidas em um osso único no início da idade adulta. 
https://www.todamateria.com.br/coluna-vertebral/
36 
Tórax 
O tórax possui flexibilidade que ajuda no processo de respiração 
 
O tórax é constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras 
pelos músculos intercostais. São ossos chatos e encurvados que se 
movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras 
torácicas na sua parte posterior. 
Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas 
verdadeiras) ligam-se ao esterno, os três seguintes (falsas) ligam-se 
entre si, e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a nenhum osso. 
O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio de 
cartilagem. 
37 
Osso hioide 
O osso hioide está localizado no pescoço 
O osso hioide possui forma de U e atua como ponto de apoio para os 
músculos da língua e do pescoço. 
Esqueleto Apendicular 
 
O esqueleto apendicular inclui os "apêndices" do corpo. Eles 
correspondem aos ossos dos membros superiores e inferiores. 
Além disso, o esqueleto apendicular possui os ossos que os ligam ao 
esqueleto axial, as chamadas cinturas escapular e pélvica, além 
de ligamentos, juntas e articulação. 
 
Cintura Escapular 
A cintura escapular é formada pelas clavículas e escápulas. 
https://www.todamateria.com.br/esqueleto-apendicular/
https://www.todamateria.com.br/ligamento/
38 
A clavícula é longa e estreita, se articula com o esterno e na outra extremidade 
com a escápula, que é um osso chato e triangular articulado com o úmero 
(articulação do ombro) 
 
Membros Superiores 
O úmero é o osso mais longo do braço 
Os membros superiores correspondem aos braços, onde tem-se o 
úmero, que é o osso mais longo do braço. Ele se articula com o rádio, 
que é o mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e bem 
fino. 
Os ossos da mão são 27, divididos em carpos (8), metacarpos (5) e 
falanges (14). 
39 
Cintura Pélvica 
A cintura pélvica é diferente nas mulheres e nos homens 
A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos 
(constituído pelo ílio, ísquio e púbis fundidos) e são firmemente ligados 
ao sacro. 
 
A união dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve, que nas 
mulheres é mais larga, menos profunda e com a cavidade maior. É essa 
formação que permite a abertura da pélvis no momento do parto para a 
passagem do bebê. 
40 
Membros Inferiores 
Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do 
corpo e movimentação. Para isso, eles têm de suportar o peso e manter 
o equilíbrio. 
Veja no quadro abaixo as características dos ossos dos membros 
inferiores: 
 
 
Ossos do membro 
Características 
inferior 
Fêmur 
É o osso mais longo do corpo. Tem a cabeça arrendondada para 
encaixar na pelve. 
 
Patela É um osso sesamoide, articulado com o fêmur. 
 
Tíbia Suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo. 
 
Fíbula É um osso mais fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé. 
Ossos do pé 
Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e 
falanges (14). 
41 
Ossificação e Remodelação óssea 
 
O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 
semanas de vida e termina no início da vida adulta. No entanto, o osso 
sofre continuamente um processo de remodelação, onde parte do tecido 
existente é reabsorvido e novo tecido é formado. 
 
No embrião, o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas 
essa matriz cartilaginosa vai sendo calcificada e as células cartilaginosas 
morrem. 
As células jovens, denominadas osteoblastos, agem produzindo 
colágeno e na mineralização da matriz óssea, são formadas no tecido 
conjuntivo e ocupam a matriz cartilaginosa. 
No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais 
que aprisionam os osteoblastos na matriz óssea. Essa ação transforma 
os osteoblastos em osteócitos, que são essas células presentes no osso 
já formado. 
Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por 
absorver o ósseo formado. Os osteoclastos agem na porção central da 
matriz óssea e formam o canal o medular. 
Fraturas 
Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que 
a sua resistência, eles podem se romper. 
As fraturas podem acontecer também por estresse, quando pequenas 
pressões atuam repetidamente no local. Outra situação que pode causar 
fraturas é por doença, como é o caso da osteoporose, condição em que 
o osso sofre desmineralização perdendo cálcio para o sangue. 
https://www.todamateria.com.br/cartilagem/
42 
Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de 
sangue, morrem células e a matriz óssea é destruída. 
Uma intensa vascularização toma conta do local e há proliferação de 
células precursoras das células ósseas originando um tecido reparador, 
nessa região é formado um calo ósseo. 
Dependendo do tratamento e das atividades realizadas pela pessoa, com 
o passar do tempo, o calo será substituído pelo osso esponjoso e, mais 
tarde pelo osso compacto, reconstituindo o tecido como era antes. 
 
 
 
Articulações e Biomecânica do Movimento Corporal 
 
Articulações 
 
Classificação das articulações: Assinovais e Sinovais 
 
Assinoviais (3 tipos): 
 
Não aderentes ou sindesmoses 
 
Aderentes por bordos – têm 2 subtipos: 
Suturas - Sincondroses 
 
Aderentes por superfícies– têm 2 subtipos: 
43 
 
Planas ( sínfises ou anfiartroses)Curvas (gonfoses ougonfartroses) 
 
Sinoviais (6 tipos): 
Planas ou artrodias 
Em sela ou epifiartroses 
Em roldana ou tróclea 
Cilíndricas ou trocartroses 
Esféricas ou enartroses 
Elipsóides ou condilartroses 
 
Articulações assinoviais: 
 
Características gerais: 
Consistem em 2 ossos 
Aderem por meio de tecido conjuntivo fibroso ou cartilagíneo 
Não têm cavidade articular 
Apresentam pouco ou nenhum movimento 
As suas superfícies articulares podem ser bordos, superfícies 
planas ou curvas 
 
Características particulares: 
Características das Articulações Não Aderentes (ou Sindesmoses): 
As superfícies articulares encontram-se afastadas 
Estão unidas através de ligamentos à distância ou por membranas 
interósseas 
Existe algum movimento devido à flexibilidade dos ligamentos e 
membranas 
Ex: sindesmose radiocubital e estilo-hioideu 
Características das Articulações Aderentes por bordos: 
Suturas: 
Articulações completamente imóveis nos adultos 
As superfícies de união interpenetram-se 
Tecido entre os dois ossos é tecido conjuntivo denso regular 
O periósteo prolonga-se sobre a articulação 
Apresentam o ligamento sutural, formado pelo tecido conjuntivo e 
pelo periósteo 
Na criança as superfícies articulares encontram-se separadas 
Os bordos são locais de contínuo crescimento ósseo 
Com a idade ocorre ossificação do tecido conjuntivo 
Num adulto não ocorre a fusão das suturas coronal, sagital e 
lambdática do crâneo 
A ossificação dos frontais ocorre logo após o nascimento – 
sinostose 
Sincondroses 
União por meio de cartilagem hialina 
São imóveis quando são temporárias, tal como as uniões dos 
ossos embrionários do ilíaco 
Na sincondrose costoesternal existe um certo grau de movimento 
para os movimentos respiratórios 
Mantêm-se durante toda a vida 
Características das Articulações Aderentes por superfície: 
Sínfises 
Também designada de anfiartrose 
Consiste em dois ossos de superfície plana unidos por 
fibrocartilagem 
Algumas são articulações semi-móveis 
Ex: junção do manúbrio com o corpo do esterno, sínfise púbica. 
Gonfoses 
Também designadas por gonfartroses 
As superfícies articulares são curvas 
Consistem em encaixes em cavidades 
São mantidas no lugar por feixes de tecido conjuntivo regular 
colagénico 
Apresentam mobilidade mínima 
Ex: articulação dos dentes com os alvéolos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
Em roldana ou trocleartroses 
45 
 
Articulações sinoviais: 
Caracterizam-se por apresentar líquido sinovial no interior da 
cavidade articular 
Esta característica permite uma grande amplitude de movimento 
da articulação 
Encontram-se essencialmente no esqueleto apendicular 
A cartilagem articular ou hialiana: cobre as superfícies ósseas das 
articulações sinoviais 
Esta superfície macia diminui o atrito entre os ossos da articulação 
Na articulação do joelho e da ATM existe uma estrutura 
fibrocartilagínea entre as duas cartilagens articulares - o Menisco 
A envolver as superfícies articulares e o líquido sinovial encontra- 
se a cápsula articular 
A cápsula articular é formada por duas camadas: uma cápsula 
fibrosa e uma membrana sinovial 
A cápsula fibrosa é externa e a membrana sinovial interna e 
contacta directamente com o líquido sinovial 
A cápsula fibrosa é uma continuação da camada fibrosa do 
periósteo - A membrana sinovial forra internamente a cápsula 
fibrosa mas não cobre as cartilagens articulares 
É a membrana sinovial que produz o líquido sinovial 
O líquido sinovial é lubrificante e escorregadio, características 
conferidas pelo ácido hialurónico 
Em algumas articulações existe um prolongamento da membrana 
sinovial que se designa por bolsa. A sua função é diminuir o atrito 
Situações inflamatórias da bolsa designam-se por bursite 
Estas situações levam a dor e limitação dos movimentos 
articulares 
A nutrição da cartilagem é feita por uma rede de vasos sanguíneos 
que se encontra externa à articulação 
A cartilagem articular pode ser nutrida pelo líquido sinovial e pelo 
próprio osso 
Os nervos entram na cápsula e na membrana sinovial mas não na 
cartilagem nem na cavidade articular 
Tipos de articulações sinoviais: 
A classificação deste tipo de articulações é feita de acordo com a forma 
das suas superfícies articulares. 
Existem 6 tipos de articulações sinoviais: 
Planas ou artrodias 
Em sela ou apifiartroses 
46 
 
Cilíndricas ou trocartroses 
Esféricas ou enartroses 
Elípticas ou condilartroses 
Características particulares: 
- O movimento da articulação sinovial pode ser: Monoaxial, Biaxial 
ou Multiaxial 
Articulações Planas: 
Consistem em duas superfícies lisas opostas e de tamanho 
idêntico 
São articulações monoaxiais 
O movimento de rotação é limitado 
Ex: apófises articulares entre as vértebras 
Articulações em sela: 
Constituídas por duas superfícies articulares em forma de sela 
As duas superfícies articulares estão orientadas 
perpendicularmente de forma a que se articulem 
Apresentam movimentos biaxiais 
Ex: articulação carpometacárpica do polegar 
Articulações em roldana: 
Formadas por um duplo cone de vértices internos e uma superfície 
côncava correspondente 
São articulações monoaxiais 
Ex: articulação do cotovelo e do joelho 
Articulações Cilíndricas: 
Consiste numa apófise cilíndrica que roda num anel parcialmente 
de osso e de ligamento 
São articulações monoaxiais 
Só apresentam movimento de rotação em torno de um eixo 
Ex: articulação da apófise odontóide de axis com o atlas 
Articulações Esféricas: 
Consiste numa superfície articular em cabeça e outra onde se 
encaixa parte da cabeça 
São articulações multiaxiais 
Ex: articulação coxofemoral e articulação do ombro 
lâmina externa. 
47 
 
Articulações Elípticas: 
São articulações esféricas modificadas 
A sua superfície é mais próximo da forma elíptica que esférica 
São articulações biaxiais 
Ex: articulação atlantoccipital 
 
 
Sistema Muscular: Histologia e Fisiologia 
Musculo esquelético: 
Estrutura: São fibras musculares esqueléticas associadas a tecido 
conjuntivo vasos e nervos. As fibras musculares esqueléticas são células 
esqueléticas, cada fibra é uma célula cilíndrica única com diversos 
núcleos à periferia, junto à membrana. Os mioblastos são as células 
embrionárias das fibras musculares, apresentam múltiplos núcleos que 
resultam da fusão de várias células precursoras. O estímulo que 
transforma estas células em mioblastos é a presença de proteínas 
contrácteis no seu citoplasma. 
A alteração do tamanho dos músculos após o nascimento resulta 
de um aumento do tamanho das fibras e não do aumento do seu 
número 
As fibras musculares apresentam um aspecto estriado, resultante 
da alternância das bandas claras e escuras 
O tamanho da fibra muscular varia de acordo com o tamanho do 
próprio músculo 
Temos fibras com comprimento de 1 a 40 mm e diâmetro de 10 a 
100 jim 
As fibras musculares de um determinado músculo têm todas têm 
um tamanho aproximado 
 
 
Tecido conjuntivo (Estrutura Muscular Esquelética) 
 
Lâmina externa: envolve cada fibra muscular, é composta por fibras 
reticulares e é produzida pela fibra muscular. 
Sarcolema: é a membrana celular da fibra muscular, esta é difícil de 
distinguir da lâmina externa 
Endomísio: Rede de tecido conjuntivo laxo, que apresenta fibras 
reticulares, esta envolve cada fibra muscular e localiza-se por fora da 
Moléculas de troponina 
48 
 
Perimísio: Formado por tecido conjuntivo, envolve um conjunto de fibras 
e respectivo endomísio. 
Feixe muscular: Designa um conjunto de firbras envolvidas pelo seu 
perimísio 
Epimísio: É formado por tecido conjuntivo denso fibroso e colagénico, é 
uma camada que envolve vários feixes que formam o músculo. 
Fascia: Tecido conjuntivo fibroso, localizado fora do epimísio, que separa 
os músculos entre si. Pode envolver grupos musculares. 
- Todos estes componentes se continuam uns com os outros 
Fibras musculares: Osnúcleos das fibras musculares encontram-se à 
periferia, imediatamente por baixo do sarcolema, o interior da fibra está 
preenchida por miofibrilhas. Entre as miofibrilhas estão organelas 
Sarcolema: É o citoplasma sem as miofibrilhas 
Miofibrilhas: Estrutura filamentosa com um diâmetro aproximado de 1 a 
3 μm. Estende-se de uma extremidade do músculo à outra. São 
formadas por dois tipos de filamentos proteicos chamados mio 
filamentos-. 
Miofilamentos de actina (oumiofilamentos finos): Diâmetro: 8 nm; 
Comprimento: 1000 nm 
Miofilamentos de miosina (ou miofilamentos grossos): Diâmetro: 12 
nm; Comprimento: 1800 nm 
Sarcómeros: Os mio filamentos estão organizados em sarcómeros, 
estes juntam-se topo a topo para formar as miofibrilhas, é o arranjo dos 
miofilamentos que dá um aspecto estriado à miofibrilha. O sarcómero é a 
unidade entre duas linhas Z consecutivas A linha Z é formada por uma 
rede de proteínas em forma de disco, é nesta linha que se unem os 
miofilamentos de actina. 
Banda I ou isotrópica ou banda clara: Engloba a linha Z e estende- 
se de cada lado da linha Z até aos mio filamentos de miosina 
Banda A ou anisotrópica ou banda escura: O seu comprimento é o 
dos mio filamentos de miosina. Nas extremidades da banda A os 
mio filamentos de actina e miosina sobrepõem-se. 
Zona H: Zona estreita composta exclusivamente por mio filamentos 
de miosina, no meio desta zona encontra-se uma linha escura, 
linha M. 
Linha M: Esta linha mantém os mio filamentos de miosina no lugar 
O Mio filamento de actina composto por: 
Duas cadeias de actina fibrosa (ou actina F) 
Moléculas de tropomiosina 
49 
 
As duas cadeias de actina F enrolam-se em dupla hélice, que se 
extende a todo o comprimento do miofilamento. 
Cada cadeia de actina F é formada por inúmeras unidades 
globulares designadas de monómeros de actina globular ou actina 
G 
Cada actina G tem um local de ligação para a miosina durante a 
contração muscular 
Entre a dupla hélice da actina F encontramos a tropomiosina 
Cada molécula de tropomiosina cobre 7 locais ativos de actina G 
Troponina, formada por 3 subunidades: Uma que se liga à actina, 
Uma que se liga à tropomiosina e outra que se liga a iões de 
cálcio. 
As moléculas de troponina dispersam-se entre as cadeias de 
actina F 
O complexo tropomiosina e troponina regulam a interação entre os 
locais ativos da actina g e da miosina 
Os miofilametos de miosina são compostos por muitas moléculas 
alongadas de miosina Molécula de miosina: Tem forma de taco de 
golfe e compõem-se de duas partes, um corpo e uma dupla 
cabeça. Todos os corpos estão juntos e dispõem-se 
paralelamente. 
As duplas cabeças estendem-se lateralmente e o local de ligação 
entre a cabeça e o corpo é flexível e que se dobra durante a 
contração muscular 
Na dupla cabeça da molécula de miosina existe ATPase, enzima 
que converte ATP em energia, e uma proteína para promover a 
ligação com moléculas de actina 
Designa-se de ponte à combinação das cabeças da miosina com 
os locais da actina - Na zona H não ocorre formação de pontes 
porque só é formada pelos corpos da miosina e não pelas cabeças 
Túbulos T e retículo sarcoplasmático Túbulos T: Também designados 
de transversais, regularmente dispostos. Projetam-se para dentro das 
fibras musculares e enrolam-se em torno dos sarcómeros, no local de 
sobreposição dos dois filamentos. O lúmen do túbulo está preenchido por 
líquido extracelular Retículo sarcoplasmático: é um retículo 
endoplasmático liso suspenso no sarcoplasma entre os túbulos T 
As cisternas terminais são dilatações do retículo sarcoplasmático 
existentes perto dos túbulos T 
A tríade é formada por um túbulo T e as duas cisternas terminais 
adjacentes 
É no lúmen que é armazenado o cálcio, que foi transportado pelo 
retículo sarcoplasmático vindo do sarcoplasma 
50 
Teoria do deslizamento dos filamentos 
Durante a contração muscular ocorre o deslizamento dos 
filamentos de actina sobre os de miosina, não há encurtamento 
dos filamentos, o que encurta é o sarcómero, esta contração 
resulta da ligação das cabeças dos filamentos de miosina com os 
locais ativos das moléculas de actina G. 
Na estrutura do sarcómero a banda I e a zona H tornam-se mais 
estreitas - Banda I - só apresenta actina - Zona H - só apresenta 
miosina - A banda A mantem-se inalterada - Banda A - apresenta 
actina e miosina - Na contração as linhas Z aproximam-se e o 
sarcómero encurta 
Fisiologia das fibras do músculoesquelético: 
São as células nervosas que regulam a função das fibras 
nervosas 
As células nervosas são os neurónios motores 
O neurónio ramifica-se e cada ramo atinge uma fibra muscular 
A zona de "união" do neurónio com a fibra designa-se de sinapse 
neuromuscular 
Sinapse neuromuscular 
Formada pela terminação nervosa que se aloja numa invaginação 
do sarcolema. A terminação nervosa designa-se de terminal pré- 
sináptico. 
A membrana da célula muscular na zona da junção chamamos de 
membrana pós-sináptica 
Ao espaço existente entre os dois chamamos de fenda sináptica 
No terminal pré-sináptico encontramos vesículas sinápticas que 
apresentam na sua interior acetilcolina (neurotransmissor) 
Um neurotransmissor é uma substância que é libertada na fenda 
sináptica através de vesículas existentes no terminal pré-sináptico 
e que estimula a membrana pós-sináptica 
Sequência de acontecimentos: 
1. Potencial de ação atinge terminal pré-sináptico 
2. Abertura dos canais de cálcio da membrana 
3. Entrada de cálcio para o terminal pré-sináptico 
4. Cálcio estimula a fusão das vesículas sinápticas 
5. Libertação de acetilcolina para a fenda sinaptica 
6. Acetilcolina liga-se à membrana pós-sináptica 
7. Ocorre abertura dos canais de sódio 
8. Há entrada de sódio no terminal pós-sináptico 
9. Há produção de um potencial de ação 
A acetilcolina que foi libertada na fenda é degradada pela enzima 
acetilcolinesterase, esta enzima degrada a acetilcolina em colina e 
51 
ácido acético. É importante a sua função porque impede que a 
acetilcolina se mantenha na fenda e esteja constantemente a 
estimular o terminal pós-sináptico. 
Assim sendo um potencial de ação pré-sináptico produz apenas um 
potencial de ação pós-sináptico 
Potencial de ação 
O mecanismo pelo qual o potencial de ação leva à contração da fibra 
muscular designa-se de acoplamento excitação contração. O potencial 
de ação que atingiu o terminal pós-sináptico propaga-se por todo o 
sarcolema, ao atingir os túbulos T, ocorre despolarização. A 
despolarização é levada até ao interior da fibra muscular, nas tríades, a 
despolarização leva à abertura de canais com portão de voltagem de 
cálcio. O cálcio é transportado para o interior do retículo sarcoplasmático. 
Em repouso a concentração de cálcio é 2000x maior no interior do 
retículo que no sarcoplasma. Quando é necessário o cálcio para a 
contração muscular, este sai do retículo para o sarcoplasma, os íons de 
cálcio ligam-se à troponina (dos filamentos de actina). Este é o estímulo 
para que o complexo troponina-tropomiosina se altere e exponha os 
locais ativos da actina G. Estes locais são o elo de ligação com as 
cabeças dos miofilamentos de miosina. É esta ponte formada entre os 
dois miofilamentos que condiciona a contração muscular, em que a 
actina se desloca sobre a miosina, após a contração muscular, a cabeça 
do filamento de miosina solta-se do local ativo da actina, voltando ao seu 
lugar, estando assim pronto para outra contração 
Respiração anaeróbia 
A respiração anaeróbia dá-se na ausência de oxigénio. Ocorre 
desdobramento de 1 molécula de glucose em 2 de ATP e 2 de ácido 
láctico. O ácido láctico é originado no ácido pirúvico. O ácido pirúvico é 
produzido na aeróbia. O ácido láctico, ao contrário do ácido pirúvico, 
entra na circulação sanguínea 
A respiração anaeróbia é menos eficiente que a respiração aeróbia, mas 
mais rápida. Permite esforço físico intenso por 1 a 3 minutos. O tempo 
está limitado pela deposição de ácido lácticonas fibras musculares. 
Respiração aeróbia 
Para a respiração aeróbia é necessário oxigénio. A glucose é 
desdobrada em ATP, dióxido de carbono e água. A respiração aeróbia é 
muito mais eficiente que a respiração anaeróbia. Na respiração 
anaeróbia por cada molécula de glucose são produzidas duas de ATP - 
Em contrapartida, na respiração aeróbia, por cada molécula de glicose 
são produzidas até 38 moléculas de ATP. Na respiração aeróbia são 
usadas outras fontes de energia, tais como, ácidos gordos e 
aminoácidos. O ácido pirúvico é metabolizado nas mitocôndrias dando 
52 
origem a ATP, CO2 e H2O. Este tipo de respiração é mais eficaz para 
esforços longos, mas a produção de ATP é mais lenta. 
Carência de oxigénio: 
Diferença entre a quantidade de oxigénio necessária para a respiração 
aeróbia durante a atividade muscular e a quantidade realmente usada. 
Para compensar esta carência o ritmo do metabolismo aeróbio 
permanece elevado mesmo depois de terminado o esforço. Este 
metabolismo aumentado renova as fontes de energia e repõe os níveis 
de ATP. O ácido láctico é convertido em ácido pirúvico e depois em 
glicose e os níveis de glicogénio são repostos. 
Fibras lentas e fibras rápidas 
Existem dois tipos de fibras musculares 
- Fibras lentas: Contraem lentamente e são mais resistentes à fadiga 
- Fibras rápidas: Contraem mais rapidamente e não são tão resistentes à 
fadiga 
Fibras musculares lentas (ou intensamente oxidativas): 
- Contraem-se mais lentamente, têm um diâmetro menor, têm irrigação 
sanguínea mais desenvolvida, apresentam mais mitocôndrias e são mais 
resistentes. Em tecidos com este tipo de fibras o principal meio de 
síntese de ATP é a respiração aeróbia. Estas fibras apresentam 
mioglobina1. 
Fibras musculares rápidas: 
Também designadas de fracamente oxidativas, apresentam moléculas 
de miosina que desdobram o ATP mais rapidamente. Isto permite que as 
pontes entre os dois miofilamentos se formem mais depressa. Músculos 
que apresentem estas fibras têm uma rede sanguínea pouco 
desenvolvida. Os músculos de contração rápida apresentam menos 
mioglobina e mitocôndrias. Estes apresentam muito glicogénio e estão 
bem adaptados ao metabolismo anaeróbio. Estes músculos apresentam 
uma resposta rápida mas cansam-se rapidamente. 
Distribuição fibras musculares 
A distribuição das fibras musculares lentas e rápidas está relacionada 
com a função do músculo em causa. Nos músculos que têm necessidade 
de esforços intensos, mas rápidos, predominam as fibras rápidas. As 
fibras lentas predominam em músculos com capacidade de esforços 
suaves e longos. Os músculos que apresentam fibras rápida são mais 
esbranquiçados devido à falta de irrigação sanguínea e de mioglobina. A 
carne branca (galinha) é composta por fibras rápidas. Músculos com 
melhor irrigação e mioglobina são mais escuros. No ser humano esta 
distinção não é tão notória. Todos os músculos apresentam os dois tipos 
53 
de fibras, no entanto alguns músculos apresentam maior percentagem de 
um tipo que de outro. Nos músculos posturais predominam as fibras 
lentas. No membro superior são as fibras rápidas que melhor se adaptam 
à função. A distribuição varia de indivíduo para indivíduo, conferindo 
assim capacidades diferentes. Um corredor de 100m tem maior 
percentagem de fibras rápidas nos seus músculos das pernas, enquanto 
que o da maratona terá maior percentagem de fibras lentas. 
Exercício físico 
O exercício físico não pode alterar o tipo de fibras musculares, ou seja, 
não pode converter fibras rápidas em lentas e vice-versa. Com o 
exercício pode estimular mais um tipo de fibras e menos o outro, tudo 
depende do tipo de exercício. Um exercício físico que seja aeróbio 
aumenta a vascularização e estimula as fibras lentas. Um exercício 
anaeróbio faz aumentar a força e a massa muscular potenciando as 
fibras rápidas. Os músculos de contração rápida treinados tornam-se 
resistentes à fadiga. É a estimulação que desenvolve o músculo. 
Músculos muito estimulados aumentam de tamanho e apresentam maior 
força, estão hipertrofiados. Ao contrário, músculos que não são 
estimulados ou treinados sofrem atrofia, exemplo dos músculos dos 
idosos ou dos casos em que há imobilização (fratura). 
Músculo liso 
Características: 
Células com um comprimento de 15 a 200 μm e diâmetro de 5 a 10 
μm, que têm a forma de um fuso com núcleo no centro da célula. 
Apresenta menos miofilamentos de actina e miosina que o 
músculo esquelético e os miofilamentos não estão organizados em 
sarcómeros, não é um tecido estriado 
As células do músculo liso apresentam filamentos não contrácteis, 
os filamentos intermédios, estes ligam-se aos corpos densos 
presentes nas células e à membrana citoplasmática. O complexo 
filamento intermédio/ corpos densos forma o citoesqueleto 
intracelular 
Aos filamentos intermédios liga-se a actina. Ausência de túbulos T 
Retículo sarcoplasmático menos abundante. 
Apresenta na superfície celular invaginações denominadas de 
cavernas 
O cálcio necessário entra na célula vindo do líquido extracelular 
Apresenta uma contração mais lenta 
No músculo liso o cálcio entra na célula e liga-se a uma proteína, a 
calmodulina. Ao ligar-se, esta proteína ativa uma enzima, a 
miosina quinase, e esta enzima que vai degradar o ATP e fornecer 
um P à miosina para ocorra a ligação com a actina. A miosina 
fosfatase corta a ligação do P ao miofilamento de miosina. 
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Tipos de músculo liso: 
Músculo liso unitário - Também designado de músculo liso visceral. 
Forma túnicas envolvendo órgãos. Encontra-se no tubo digestivo, 
reprodutor e urinário. 
Propriedades eléctricas do musculo liso: 
O músculo liso não responde aos potenciais de ação segundo a lei 
do tudo ou nada 
Vários potenciais de ação podem resultar numa única contração. 
Após a contração segue-se um período de relaxação lenta 
No útero, uretra e tubo digestivo há potenciais de ação gerados 
espontaneamente. Existem células nestes casos designadas de 
makers que têm a capacidade de gerar potenciais de ação. As 
hormonais também se podem ligar a canais de cálcio da 
membrana, promovendo assim a entrada de cálcio e resultar numa 
contração 
Propriedades funcionais: 
Contrações auto-rítmicas 
Contrair-se em resposta a um brusco estiramento. Tensão constante por 
longo período de tempo mesmo com aumento gradual do comprimento. 
Amplitude de contração permanece constante apesar de variar o 
comprimento. As células adaptam-se mal ao metabolismo anaeróbio - 
Não se desenvolve carência de oxigénio - A fadiga é rápida na carência 
de oxigénio. 
Regulação 
Apresenta uma regulação involuntária. É inervado pelo sistema nervoso 
autónomo. As hormonas também regulam a sua ação. A adrenalina é 
capaz de estimular e inibir alguns dos músculos lisos. A ocitocina 
estimula o músculo liso do útero, especialmente durante o parto. As 
histaminas e as prostaglandinas também influenciam o funcionamento do 
músculo liso. 
Sistema Nervoso central: Encéfalo e 
Medula Espinhal 
O sistema nervoso central 
Porção intracraniana e porção extracraniana 
O encéfalo é a porção intracraniana e está organizado em várias seções 
cada qual com funções específicas, este é formado por: Cérebro, 
Diencéfalo (tálamo e hipotálamo), Mesencéfalo, Protuberância 
anular ou ponte, Bulbo e Cerebelo. 
Cérebro: Constitui a porção 
de maiores dimensões do 
encéfalo. É formado por 2 
hemisférios, o hemisfério 
esquerdo e direito estão 
separados pela fenda inter- 
hemisférica. A sua superfície 
apresenta numerosas pregas 
que se denominam 
circunvoluções. Estas pregas 
são limitadas por sulcos. 
Existem sulcos muito 
profundos que se designam de 
regos. Rego central ou de 
Rolando divide o hemisfério em circunvolução pré e pós-rolândica. Cada 
hemisfério está dividido em lobos. A designação do lobo é feita de acordo 
com o osso craniano lhe é adjacente. 
Lobos: Frontal, Parietal, Occipital, Temporal, 
Opérculo frontoparietal 
O cérebro é formado por substância branca e

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