Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 SUMÁRIO Organização do Organismo Humano ........................................... 2 Tecido Epitelial .............................................................................. 11 Glândulas ....................................................................................... 15 Tecido Conjuntivo ......................................................................... 17 Sistema Esquelético ...................................................................... 26 Sistema Muscular ..........................................................................47 Sistema Nervoso Central .............................................................. 55 Sistema Simpático ......................................................................... 64 Sistema Parassimpático............................................................... 65 Aparelho Circulatório .................................................................... 70 Sistema Respiratório ..................................................................... 72 Sistema Digestivo .......................................................................... 74 Aparelho Sexual e reprodutor masculino .................................. 79 Aparelho Sexual e reprodutor feminino ...................................... 81 “O homem ainda traz em sua estrutura física a marca indelével de sua origem primitiva.” CHARLES ROBERT DARWIN 2 Organização do Organismo Humano Anatomia: Ciência que estuda a estrutura e forma dos corpos, ela estuda o corpo por sistemas A. Sistémica ou por regiões A. Regional Fisiologia: Ciência que estuda a função dos organismos vivos. Organização Estrutural e funcional O corpo Humano pode ser estudado em 7 Níveis estruturais: 1. Químico: interações entre os átomos e as combinações que formam para originar moléculas 2. Organela: Estrutura de pequenas dimensões, constituinte da célula que apresenta uma ou mais funções. 3. Célula: Unidade básica da vida 4. Tecido: Conjunto de células com estrutura e função semelhantes. Existem 4 tipos: Epitelial, Conjuntivo, Muscular e o Nervoso 5. Órgão: Formado por um ou mais tipos de tecidos com função semelhante Ex.: estômago, coração, rim... 6. Sistema: Conjunto de órgãos com função semelhante. Ex.: endócrino, cardiovascular... 7. Organismo: ou ser organizado, é qualquer estrutura viva considerada como um todo, quer seja uni ou multicelular como o Ser humano. Organismo Humano A característica comum a todos os organismos é a vida. Características essenciais da vida Organização: moléculas - célula – tecido – órgão – sistema - organismo Metabolismo: Capacidade de usar energia para o desempenho de funções vitais Capacidade de resposta: Resulta na capacidade de adaptação às condições externas Crescimento: Capacidade de aumento do número ou do tamanho das células Desenvolvimento: Alterações que decorrem desde a concepção até à morte. Implica diferenciação celular, passagem de célula indiferenciada para célula especializada Reprodução: Formação de novas células ou organismos Homeostasia Homeostasia (ou homeostase) é a tendência existente em alguns organismos para o equilíbrio e conservação de elementos fisiológicos e do metabolismo através de alguns mecanismos de regulação. É considerado que um organismo está em homeostasia quando substâncias químicas estão em concentrações adequadas, a temperatura é estável e a pressão é apropriada. Este fenômeno foi descrito pela primeira vez pelo fisiologista francês Claude Bernard e posteriormente foi estudado mais profundamente pelo fisiologista estadunidense Walter Cannon. Importante no âmbito da biologia, a homeostasia consiste no processo de regulação através do qual um organismo consegue manter o seu equilíbrio. A homeostasia é caracterizada pela sua estabilidade e também pela sua imprevisibilidade, porque uma ação pode ter um efeito oposto do que é expectável. No corpo humano, é possível identificar vários tipos diferentes de homeostasia. A homeostasia hídrica, ou osmorregulação, acontece nos rins e significa a regulação da água dentro do organismo. A homeostasia feita pelo fígado e pâncreas (segregação de insulina) serve para regular os níveis de glicose no sangue. 3 https://www.significados.com.br/homeostase/ A homeostasia térmica é uma forma de equilíbrio e controle da temperatura do corpo humano que é feita através da pele e da circulação sanguínea. O ambiente externo, quando sujeita o corpo a temperaturas mais baixas, obriga a algumas alterações. Nesse caso, o corpo usa mais energia para manter a temperatura e em situações extremas o corpo envia mais sangue para a região dos órgãos vitais, sendo que os braços e pernas, por serem menos importantes, ficam mais prejudicados. A homeostasia psicológica consiste no equilíbrio entre as necessidades de um indivíduo e o suprimento dessas mesmas necessidades. Assim, quando essas necessidades não são supridas, acontece uma instabilidade interior, que é solucionada com alterações nos comportamentos, que culminem na satisfação dessas necessidades. Em algumas ocasiões este termo também é usado para descrever um sistema que permite manter a estabilidade de um ambiente interno, como uma empresa, por exemplo. Terminologia e planos do Corpo Humano Termos descritivos ou de referencia <= Posição anatômica: Ser humano em pé Pés orientados para a frente Braços suspensos ao lado do corpo Palmas das mãos orientadas para a frente Polegar virado para fora <= Termos descritivos: Superior/ inferior Anterior/ posterior Cefálico/ caudal Ventral/ dorsal proximal/ distal Medial/ lateral Superficial/ profundo 4 <=Plano do corpo Plano sagital mediano Plano para sagital Plano horizontal ou transversal Plano frontal ou coronal Regiões do Corpo Membros: Superior e Inferior Tronco: Tórax, Abdómen e Pelve Zona mediana: Cabeça, Pescoço e Tronco Subdivisões do abdómen: em 4 Quadrantes ou em Grelha de 9 janelas Cavidades do Corpo O tronco contém 3 grandes cavidades: - Cavidade torácica: Anteriormente apresenta o esterno, encontra-se rodeada pelas costelas e está separada da cavidade abdominal pelo músculo diafragma. Apresenta no seu interior: Cavidade pericárdica, Cavidades pleurais e o Mediastino 5 - Cavidade pélvica: Localizada inferiormente à cavidade abdominal e internamente aos ossos ilíacos. Contém a bexiga, órgãos reprodutores e parte dos intestinos - Cavidade abdominal: tem como limite: superior o diafragma e Anterior os músculos abdominais Contém: estômago, baço, pâncreas, intestino, fígado, rins. Membranas serosas: Cobrem os órgãos das cavidades do tronco e delimitam-nas. A - Cavidade pericárdica (Pericárdio visceral e parietal) B - Cavidade pleural (Pleura visceral e parietal) C - Cavidade abdominal pélvica (Peritoneu visceral e parietal) O peritoneu visceral de alguns órgãos encontra-se ligado ao peritoneu visceral de outros órgãos abdominal pélvicos através de mesentérios. - Mesentérios: Constituído por duas camadas de peritoneu aderentes uma a outra. Tem como função segurar os órgãos abdominais à parede 6 posterior da cavidade abdominal e proporcionam uma via para vasos sanguíneos, linfáticos e nervos alcançarem os órgãos. Outros órgãos abdominais pélvicos, estão localizados junto à parede posterior da cavidade e não apresentam mesentérios, dizem-se órgãos retroperitônios. - Órgãos retroperitônios: rins, glândulas suprarrenais, parte dos intestinos, pâncreas, bexiga. 7 Moléculas Orgânicas As 4 grandes moléculas orgânicas essenciais aos organismos vivos são os glicídios, os lipídios, as proteínas e os Ácidos nucleicos(ADN e ARN). Cada um destes grupos tem características estruturais e funcionais específicas. Glicídios: Ou Hidratos de carbono, são moléculas polares (solúveis em água), compostos por átomos de C, H e O e classificam-se segundo o nº de açucares presentes na estrutura: Monossacáridos, Dissacarídeos e Polissacáridos Monossacarídeos: Podem ser: Trioses - 3 átomos de carbono Tetroses - 4 átomos de carbono Pentoses - 5 átomos de carbono. Ex.: Ribose e desoxirribose Hexoses - 6 átomos de carbono. Ex.: Glicose, frutose, galactose Dissacarídeos: Moléculas compostas por 2 açucares simples ligados por uma reação de desidratação. Ex.: Glicose + frutose = sacarose + H2O Glicose + galactose = lactose + H2O Glicose + glicose = maltose + H2O Polissacarídeos: Moléculas compostas por vários açucares em cadeias lineares ou ramificadas. De origem: - Animal: Glicogénio: Constituído por moléculas de glicose, serve de reserva energética e é armazenado no fígado e células musculares esqueléticas - Vegetal: Amido: fonte de energia Celulose: Não serve de fonte de energia, é eliminada nas fezes e estimula o intestino) 8 Lipídios: Moléculas apolares (Insolúveis em água), solúveis em solventes orgânicos não polares (ex.: gorduras, fosfolipídios, esteroides e prostaglandinas), que são compostos por átomos de C, H, O, P e azoto. Gorduras: Principal tipo de Lipídios, é fonte de energia e tem função de isolamento e proteção Fosfolipídios: Compostos por ácido gordo, glicerol, fosfato. São um importante componente da parede celular e são polares na extremidade do fosfato. Triglicerídeos: Constituem 95% das gorduras do corpo, são formados por glicerol e ácidos gordos. Ácidos gordos: Diferem uns dos outros conforme as características da sua cadeia: Comprimento e Grau de saturação - Saturado - apresenta apenas ligações covalentes simples entre os átomos de carbono - Insaturados - apresenta uma ou mais ligações covalentes duplas entre os átomos de carbono Proteínas: Todas apresentam C, H, O e azoto, as unidades estruturais são 20 aminoácidos. Os Aminoácidos (a.a.) são compostos por grupo carbóxilo, grupo amina, H e grupo R, entre os a.a. são formadas ligações peptídicas, formam-se, tri peptídeos,poli peptídeos. Ex. de Ligação peptídica -> 9 Estrutura das proteínas Primária - sequência de a.a. Secundária - ligações de ponte de H entre a.a. Confere função à proteína Terciária - ligação covalente entre átomos de enxofre de a.a. diferentes Quaternária - relação espacial entre proteínas Enzimas: São proteínas catalisadoras de reações químicas, que não sofrem alteração durante o processo e diminuem a energia de ativação necessária. São moléculas muito específicas. Os cofatores são moléculas associadas ao centro ativo da enzima, cuja função é tornar a enzima funcional. Ex.: íon magnésio, íon zinco, vitaminas. Modelos de junção enzima/ reagente: Chave-fechadura e Encaixe reduzido. Exemplo de junção enzima/ reagente, do Modelo Chave- fechadura Ácidos nucleicos: São moléculas compostas por C, H, O, P e azoto, constituídos por nucleotídeos, unidos por ligações covalentes. As bases orgânicas são: Adenina (A), Guanina (G), Citosina (C) e Timina (T) / Uracila (U) 10 DNA: (Ácido Desoxirribonucleico) formado por 2 cadeias de nucleotídeos, as bases orgânicas são: A, G, C, T. As cadeias estão ligadas por pontes de H entre as bases orgânicas, que tem uma estrutura em hélice e está associado a histonas para formar a cromatina Estrutura do (Ribose: Monossacárido, Pentose) RNA: (Ácido Ribonucleico) estruturalmente semelhante a uma cadeia simples de ADN As bases orgânicas são: C, G, A, U. (Desoxirribose: Monossacárido, Pentose) ADENOSINA TRIFOSFATO (ATP): Constituída por base orgânica: Adenina, açúcar Ribose e 3 grupos Fosfato. ATP = ADP + P + Energia (Para o anabolismo e outras atividades celulares) Histologia – Estudo dos tecidos A estrutura das células e a sua matriz extracelular são as características usadas para identificar os 4 tipos diferentes de tecidos, são eles o Epitelial, o Conjuntivo o Muscular e o Nervoso. O tecido Epitelial e o Conjuntivo são os que apresentam formas mais diversas, são classificados de acordo com a estrutura, forma das células e na relação entre a célula e o material que constitui a matriz extracelular. Os tecidos musculares e nervosos são classificados principalmente pela sua função. Tecido Epitelial As características comuns a todos os tipos de Epitélios são: Possui pouco material extracelular Apresenta uma membrana basal e uma superfície livre Não existem vasos sanguíneos Mantém a capacidade de realizar mitoses Possuem junções celulares especializadas que ligam entre si células Localização: Tubo digestivo, Exterior do corpo (pele), Vasos sanguíneos e Trato respiratório... 11 Função dos epitélios: Formar barreira entre superfície livre e tecidos subjacentes Segregar, transportar e absorver moléculas Proteger Os epitélios podem ser classificados quanto: forma das células e número de camadas. Forma das células: Epitélio pavimentoso, epitélio cúbico e epitélio colunar. Número de camadas: Epitélio simples, epitélio estratificado, epitélio pseudoestratificado e epitélio de transição. Agora vamos entender sobre as formas das células. O epitélio pavimentoso ou também chamado de escamoso é 12 Epitélio Pavimentoso caracterizado por células achatadas em forma de ladrilhos. Facilita as trocas gasosas e pode ser encontrado nos alvéolos pulmonares. Epitélio Cúbico O epitélio cúbico, como o próprio nome diz, é caracterizado por células cúbicas, em forma de cubo. Forma revestimento simples e é encontrado, por exemplo, nos canais de glândulas e no cristalino dos olhos. Epitélio Prismático O epitélio prismático, também conhecido como cilíndrico ou colunar, é constituído por células colunares. São células altas, em forma de prismas, cilindros ou colunas. Como o epitélio cúbico, forma revestimento simples e pode ser encontrado no intestino. Epitélio Simples Dizemos que o epitélio é simples quando as células formam apenas uma camada. Esse tipo de revestimento permite a troca e absorção de substâncias e pode ser encontrado nos alvéolos pulmonares. Epitélio Estratificado O epitélio é estratificado quando possui duas ou várias camadas de células. Apenas as células das camadas mais inferiores possuem capacidade de divisão celular. Esse revestimento fornece proteção em áreas de atrito, como o esôfago, vagina e epiderme. Na epiderme, o epitélio estratificado possui uma camada córnea queratinizada. A presença de queratina confere proteção contra desidratação excessiva. Além disso, por ser de difícil decomposição, a queratina aumenta a resistência do epitélio à invasão microbiana. Epitélio Pseudoestratificado O epitélio pseudoestratificado é um tipo de epitélio constituído por apenas uma camada de células de alturas diferentes, que conferem ao epitélio a aparência de estratificado. Trata-se de uma variação do epitélio simples. Pode ser encontrado na cavidade nasal, na traqueia e nos brônquios. 13 Epitélio de Transição ou Misto O epitélio de transição ou misto, como o próprio nome diz, é constituído por várias camadas de células diferentes. Tais células são dotadas de grande flexibilidade e o seu formato varia conforme a distensão ou contração dos órgãos onde estão presentes. Pode ser encontrado na bexiga urinária. Junções Celulares Funções: Ligam as células mecanicamente entre si Ajudam a formar uma barreira de permeabilidade Fornecem um mecanismo de comunicação intercelular Localização: - Superfície basilar e lateral As células epiteliais segregam glicoproteínas, que fixam a célula a membrana basal eentre si. Esta ligação relativamente fraca é reforçada por desmossomos. Tipos de junções celulares: - Desmosssomos: Ponto de adesão entre as células. Cada um contém um disco denso no ponto de adesão e um material adesivo entre as células. - Hemidesmossomos: Similar a metade de um desmossomo, liga as células epiteliais a membrana basal. - Junção de hiato: Pequeno canal proteico ou junção comunicante, que podem ser encontradas nos discos intercalares - Zônula aderente: Localizada nos tecidos epiteliais simples. Formam rede de glicoproteínas na superfície lateral da célula, funciona como uma "cola" fraca que mantém as células juntas. - Zônula ocludente: Perto da superfície livre forma um anel em volta da célula, funciona como um adesivo forte e também constitui uma barreira de permeabilidade 14 Glândulas São órgãos de secreção de hormonas, se a glândula mantém um contato aberto com o epitélio a partir do qual se desenvolveu, existe um canal, denominam-se exócrinas, se não tem canal são endócrinas. Exócrinas: apresentam canal de excreção e são maioritariamente multicelulares Endócrinas: Segregam diretamente para a corrente sanguínea. As glândulas multicelulares classificam-se quanto a: Forma dos canais: Simples (canais pouco ramificados) Compostas (com canis que se ramificam repetidamente) Terminação dos canais: Túbulos (em forma de pequenos tubos, podem ter a forma reta ou glomerulares), Ácinos (pequenos sacos) e Alvéolos (um saco vazio). Estrutura das glândulas Exócrinas: A – Unicelular (Glândulas no estômago e no cólon) B - Tubulares simples retas (Células caliciformes no intestino delgado e grosso, e nas vias respiratórias) C - Tubulares simples glomerulares (Parte inferior do estômago e do intestino delgado) D - Acínica Simples (Glândulas sebáceas da pele) E - Tubular Composta (Glândulas sebáceas da pele) F – Ramificada acínica simples (Glândulas mucosos do duodeno) G- Acínica composta (Glândulas mamárias e do pâncreas) 15 Tipos de glândulas: A - Glândulas mesócrinas: As células da glande produzem vesículas que contém produtos de excreção e as vesículas esvaziam os seus conteúdos por exocitose. Por exemplo: glândulas sudoríparas, porção exócrina do pâncreas B - Glândulas apócrinas: Produtos de excreção são armazenados na célula perto do lume do canal. Uma parte da célula perto do canal que contém os produtos de secreção, destaca-se da célula e junta-se a secreção. Por exemplo: glândula mamária C - Glândulas holócrinas: Os produtos de secreção são armazenados nas células da glândula. Células inteiras destacam-se da glândula fazendo parte da secreção. A perda das células é compensada por outras células mais profundas da glândula. 16 Tecido Conjuntivo A característica essencial que distingue este tecido dos restantes, é este ser formado por 3 células separadas por abundante Matriz Extracelular. São as células especializadas dos vários tecidos conjuntivos que produzem a matriz extracelular, esta é constituída por 3 componentes principais: - Fibras Proteicas; - Substancia fundamental - Liquido. Fibras proteicas da matriz: As fibras proteicas da matriz ajudam a formar o tecido conjuntivo, existem 3 tipos de fibras: - Colágeno: Formada por 3 cadeias de polipeptídios, é forte e flexível, mas pouco elástico - Reticular (Fibras de): São fibras de Colágeno finas e curtas em rede, não são tão fortes como o Colágeno - Elastina (Fibras de): É muito elástica, as moléculas têm a forma de uma mola e formam uma rede por todo o tecido Outras Moléculas da matriz (moléculas não proteicas): Existem também 2 tipos de moléculas não proteicas que fazem parte da matriz extracelular: - Ácido hialurónico: É uma cadeia simples de polissacáridos, oleoso que tem como função lubrificar. - Proteoglicanos: Os proteoglicanos armazenam grandes quantidades de água e conferem elasticidade ao tecido. O Agregado proteoglicano é uma macromolécula formada por polissacáridos ligados a um centro proteico, em que o centro proteico liga-se ao ácido Hialurónico. Classificação do Tecido Conjuntivo Estruturalmente o tecido conjuntivo possui três componentes: células, fibras e substância fundamental. A variação na qualidade e quantidade destes componentes define os diferentes tipos de tecido conjuntivo. Enquanto os demais tecidos (epitelial, muscular e nervoso) têm como constituintes principais as células, no tecido conjuntivo predomina a matriz extracelular, formada pela substância fundamental e pelas fibras. 17 fabricação dos fibroblastos. Os fibroblastos são as células mais comuns 18 A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. Os elementos fibrilares são as fibras elásticas, as fibras reticulares e as fibras colágenas. Este tecido possui vasos sanguíneos, nervos e células sem justaposição. A substância fundamental é um complexo viscoso e altamente hidrofílico, ou seja, que possui grande afinidade pela água (hidro= água / filia= afinidade por), portanto solúvel. É composto principalmente de macromoléculas aniônicas como: glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas de adesão (como a laminina, a fibronectina, entre outras). Esta complexa mistura molecular é incolor e transparente. Estas macromoléculas se ligam a receptores específicos na superfície das células, preenchendo os espaços entre as células e fibras do conjuntivo e, sendo viscosa, atua ao mesmo tempo como lubrificante e como barreira à penetração de microrganismos invasores. As glicosaminoglicanas são polímeros lineares formado por unidades repetidas díssacarídicas usualmente compostas de ácido urânico e de uma hexosamina, que se ligam covalentemente à um eixo proteico, formando a molécula de proteoglicano. Essa molécula é uma estrutura tridimensional que pode ser imaginada como uma escova de limpar tubos na qual a haste apresenta o eixo proteico e as cerdas representam a cadeia de glicosaminoglicano. As proteoglicanas são compostos de um eixo proteico associados à um ou mais tipos de glicosaminoglicanas. As glicoproteínas de adesão são moléculas de proteínas globulares as quais se associam covalentemente aos glicosaminoglicanos. São proteínas não filamentosas que atuam como mediadoras da interação entre as células e a matriz extracelular. Células do tecido conjuntivo As células do tecido conjuntivo são as seguintes: fibroblastos, fibrócitos, plasmócitos, mastócitos, macrófagos, leucócitos e células adiposas. A seguir estão descritas as características fundamentais de cada célula citada. Fibroblasto e Fibrócito Os fibroblastos são as células jovens, em plena atividade produtiva. Já os fibrócitos são as células velhas, que já terminaram seu trabalho de 19 do tecido conjuntivo. Caracterizam-se por serem células grandes, com muitos prolongamentos, contendo um núcleo oval bem evidente e citoplasma contendo um retículo endoplasmático e complexo de Golgi bem desenvolvidos, fracamente corados, com cromatina fina e nucléolos proeminentes. Os fibroblastos têm a função de sintetizar fibras do tecido conjuntivo e as proteoglicanas e glicoproteínas da matriz. Os fibrócitos são menores que os fibroblastos e tendem a um aspecto fusiforme, apresentam poucos prolongamentos citoplasmáticos e o núcleo é menor, mais escuro e mais alongado do que o fibroblasto. Seu citoplasma é acidófilo, com pouca quantidade de retículo endoplasmático rugoso. Havendo um estímulo, como ocorre nos processos de cicatrização, o fibrócito pode voltar a sintetizar fibras, reassumindo a forma de fibroblasto. Macrófago Os macrófagos são células de defesa muito ativas que contém muitos lisossomos. Eles têm a função de fagocitar, secretar substâncias queparticipam do processo imunológico de defesa e atuar como célula apresentadora de antígenos. Quando estimulados (infecções) os macrófagos se modificam sendo chamados de macrófagos ativados, ficando assim com maior capacidade de matar e digerir partículas estranhas. Dependendo do tamanho do corpo estranho, podem até unir- se, formando células gigantes multinucleadas. Origina-se de células precursoras da medula óssea que se dividem produzindo os monócitos. Na realidade trata-se da mesma célula em diferentes fases morfológicas. Os macrófagos estão distribuídos na maioria dos órgãos e constituem o sistema fagocitário mononuclear. São células de vida longa e podem sobreviver por meses nos tecidos. Em certas regiões os macrófagos recebem nomes especiais: são chamados de células de Kupffer; quando encontrados no fígado, células de Langerhans; quando encontrados na pele, micróglia; quando encontrados no sistema nervoso central e osteoclástos; quando encontrados no tecido ósseo. Quando corantes vitais como o azul-tripan ou tinta nanquim são injetados em animais, os macrófagos fagocitam e acumulam o corante em seu citoplasma na forma de grânulos ou vacúolos visíveis ao microscópio de luz. Ao microscópio eletrônico eles são caracterizados por apresentarem uma superfície irregular com protusões e endentações que caracterizam a sua grande atividade de pinocitose e fagocitose. Geralmente possuem um complexo de Golgi bem desenvolvido, muitos lisossomos e um retículo rugoso proeminente. 20 Mastócito Os mastócitos são células altamente nutritivas, grandes, globosas, com o citoplasma repleto de grânulos e com núcleo esférico central. Eles têm a função de produzir e armazenar mediadores químicos do processo inflamatório. A liberação desses mediadores químicos como a histamina, heparina e fator quimiotático dos eosinófilos, promove reações alérgicas, as chamadas reações de sensibilidade imediata. A superfície dos mastócitos contém receptores específicos para a imunoglobulina E (IgE), produzida pelos plasmócitos. A maior parte das moléculas de IgE fixa-se na superfície dos mastócitos e dos grânulos basófilos; muito pouco permanentes no plasma. Mecanismos de secreção pelos mastócitos Moléculas de IgE ligam-se a receptores de superfície celular. Após a segunda exposição ao antígeno (p. ex. veneno de abelha), as moléculas de IgE presas aos receptores ligam-se ao antígeno. Esta ligação ativa a adenil ciclase e resulta na fosforilação de certas proteínas. Ao mesmo tempo há entrada de Cálcio na célula. Este evento promove a fusão dos grânulos citoplasmáticos específicos e a exocitose do seu conteúdo. Além disso, fosfolipases atuam nos fosfolipídeos da membrana produzindo leucotrienos. O processo de extrusão não lesa a célula, a qual permanece viável e sintetiza novos grânulos. Plasmócito Os plasmócitos são células pouco numerosas no conjuntivo. Têm formato grande e ovoide que possuem um citoplasma basófilo que reflete a sua riqueza em retículo endoplasmático rugoso. O complexo de Golgi e os centríolos se localizam em uma região próxima ao núcleo, a qual aparece clara nas preparações histológicas rotineiras. O núcleo apresenta-se esférico com cromatina em grumos, que se alternam regularmente com áreas claras, dando ao núcleo, aspecto de roda de carroça. São células que sintetizam e secretam anticorpos e imunoglobulinas. Aparece em grande número nos locais onde há inflamação crônica e em locais sujeitos a penetração de microrganismos, como por exemplo, na mucosa intestinal. Os plasmócitos derivam do linfócito tipo B ativado e produz o anticorpo necessário para a resposta do organismo frente à penetração de moléculas estranhas (antígenos). Leucócitos Os leucócitos ou glóbulos brancos são constituintes normais dos tecidos conjuntivos, vindos do sangue por migração (diapedese) através das paredes de capilares e vênulas. A diapedese aumenta muito durante as 21 invasões locais de microrganismos, uma vez que os leucócitos são células especializadas na defesa contra microrganismos agressores. Os leucócitos não retornam ao sangue depois terem residido no tecido conjuntivo, com exceção dos linfócitos que circulam no sangue continuamente em vários compartimentos do corpo (sangue, linfa, tecidos conjuntivos, órgãos linfáticos). Célula Adiposa A célula adiposa tem a função de armazenar energia sob a forma de triglicerídeos, de proteger e de amortecer. Ela pode armazenar o lipídeo de duas maneiras: ou preenche totalmente o citoplasma, deixando a célula com aspecto globoso, ou o lipídeo ocupa o citoplasma celular, como pequenas gotas. Quando o lipídeo ocupa todo o citoplasma, o tecido recebe o nome de tecido adiposo unilocular e quando o lipídeo ocupa pequenas partes do citoplasma, chama-se de tecido adiposo multilocular. Fibras do tecido conjuntivo As fibras presentes no tecido conjuntivo são de três tipos: colágenas, elásticas e reticulares. Elas estão distribuídas desigualmente pelo tecido, o que gera a característica principal de cada tipo de tecido. Fibras colágenas As fibras colágenas são as mais frequentes no tecido conjuntivo e em muitos casos aparecem agrupadas formando um feixe. Estas fibras são constituídas pela proteína colágeno, que é a proteína mais abundante no corpo humano, chegando em torno de 30%. Atualmente a família dos colágenos é composta por mais de vinte tipos geneticamente diferentes. As fibras colágenas são grossas e resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas. Estão presentes na derme e conferem resistência a nossa pele, evitando que ela se rasgue, quando esticada. A perda da elasticidade da pele, que ocorre com o envelhecimento, deve-se ao fato de as fibras colágenas irem, com a idade, se unindo umas às outras, tornando o tecido conjuntivo mais rígido. As fibrilas de colágenos são formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas denominadas tropocolágeno. Nos colágenos tipo I (encontrado nos tendões), II e III as moléculas de tropocolágeno se agregam em subunidades (microfibrilas). Nos colágenos do tipo I e do tipo III, estas fibrilas se associam para formar fibras. O colágeno do tipo II, presente na cartilagem, forma fibrilas, mas não forma fibra. O colágeno do IV, presente nas laminas basais, não forma fibrilas nem fibras. Neste tipo de colágeno as moléculas se associam de um modo peculiar formando uma trama complexa que lembra a estrutura de uma “tela de galinheiro”. 22 Fibras reticulares As fibras reticulares são formadas por colágeno tipo III, são ramificadas e formam um trançado firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos. Formam o arcabouço dos órgãos hematopoiéticos e também as redes em torno das células musculares e das células epiteliais de muitos órgãos, como, por exemplo, do fígado e dos rins. Estas fibras não são visíveis em preparados corados pela hematoxilina- eosina (HE), mas pode ser facilmente coradas em cor preta por impregnação com sais de prata. Por causa de sua afinidade por sais de prata, estas fibras são chamadas de argirófilas. Fibras elásticas As fibras elásticas são longos fios de uma proteína chamada elastina, são fibras mais finas que as colágenas. Elas conferem elasticidade ao tecido conjuntivo, completando a resistência das fibras colágenas. Ligam- se umas as outras formando uma malha, a qual cede facilmente às trações mínimas, porém retomam sua forma inicial logo que cessam as forças deformantes. Quando você puxa e solta à pele da parte de cima da mão, são as fibras elásticas que rapidamente devolvem à pele sua forma original. Divisão do tecido conjuntivo Existem diversos tipos de tecido conjuntivo, sempre formados pelos constituintes básicos (fibras, células e substância fundamental amorfa). A variação dos nomes do tecido conjuntivo está na diferença do principal componente de cada local. A seguir está descrito cada um. Tecido conjuntivopropriamente dito O tecido conjuntivo propriamente dito é dividido em: tecido conjuntivo frouxo e tecido conjuntivo denso. – Tecido conjuntivo frouxo É o mais comum dos tecidos conjuntivos. Preenche espaços não- ocupados por outros tecidos, serve de apoio e nutre o tecido epitelial, estando sob a pele de todo o corpo, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos. Além disso, faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em processos de cicatrização. É um tecido delicado, flexível e pouco resistente à tração. É o tecido de maior distribuição no corpo humano. Sua substância fundamental é viscosa e muito hidratada. Essa viscosidade representa de certa forma, uma barreira contra a penetração de elementos estranhos no tecido. Este 23 tecido tem todos os elementos estruturais típicos do conjuntivo, portanto ele é constituído por células, por fibras e pela substância fundamental amorfa, que envolve as células e as fibras, não havendo predomínio entre os elementos constituintes. – Tecido conjuntivo denso É adaptado para oferecer mais resistência e proteção, mesmo sendo menos flexível que o tecido conjuntivo frouxo. Caracteriza-se por ter predominância de fibras colágenas e pouca substância fundamental amorfa. Dependendo do modo de organização dessas fibras, esse tecido pode ser classificado em: • não modelado: formado por fibras colágenas entrelaçadas, dispostas em feixes que não apresentam orientação fixa, o que confere resistência e elasticidade. Esse tecido forma as cápsulas envoltórias de diversos órgãos internos como o fígado, baço, o osso, a cartilagem e a parte profunda da pele (dando forma às partes do corpo) chamada derme, que é o tecido conjuntivo da pele. • modelado: formado por fibras colágenas dispostas em feixes com orientação fixa, dando ao tecido características de maior resistência à tensão do que a dos tecidos não-modelados e frouxo; ocorre nos tendões, que ligam os músculos aos ossos e nos ligamentos, que ligam os ossos entre si. Tecido conjuntivo de propriedades especiais – Tecido elástico É formado por fibras elásticas grossas, por fibras colágenas finas e por fibroblastos. É um tecido pouco frequente, sendo encontrado nos ligamentos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis. Tecido reticular É formado por fibras reticulares e por células reticulares (fibroblastos que produzem fibras reticulares). O tecido reticular provê uma estrutura arquitetônica tal que cria um ambiente especial para órgãos linfoides e hematopoiéticos (medula óssea, linfonodos e nódulos linfáticos e baço). As células reticulares estão dispersas ao longo da matriz e cobrem, parcialmente, com seus prolongamentos citoplasmáticos, as fibras reticulares e a substância fundamental. O resultado deste arranjo é a formação de uma estrutura trabulada semelhante a uma esponja dentro da qual as células e fluídos se movem livremente. 24 Tecido mucoso Encontramos neste tecido a predominância de substância fundamental amorfa e poucas fibras. Tem aspecto gelatinoso, e é o principal constituinte do cordão umbilical, onde é chamado de Gelatina de Wharton, e encontrado na polpa dental jovem. Tecido conjuntivo adiposo Nesse tecido a substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em lipídios, são denominadas células adiposas. Ocorre principalmente sob a pele, exercendo funções de reserva de energia, proteção contrachoques mecânicos e isolamento térmico. Ocorre também ao redor de alguns órgãos como os rins e o coração. As células adiposas possuem um grande vacúolo central de gordura, que aumenta ou diminui, dependendo do metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita energia, a gordura das células adiposas diminui; caso contrário, ela se acumula. O tecido adiposo atua como reserva de energia para momentos de necessidade. 25 Tecido Muscular A principal característica do tecido muscular e ser contráctil e por isso mesmo é responsável pelo movimento. Pode ser classificado de acordo com a sua: Estrutura: Estriado ou Liso Função: Voluntário ou Involuntário Existem 3 tipos de músculos - Estriado Voluntário ou Esquelético - Estriado Involuntário ou Cardíaco - Liso involuntário ou apenas liso Tecido Nervoso Caracterizado pela capacidade de conduzir sinais eléctricos, denominados potenciais de ação. Localiza-se no Cérebro, Medula espinal, Nervos e é constituído por neurónios, que são responsáveis por esta capacidade condutora e que são suportados por células da glia, que alimentam, protegem e isolam o neurónio. Os neurónios (ou células nervosas) sã compostos por 3 partes principais: - Corpo celular: possui o núcleo - Dendritos: receptores de informação 26 - Axónios: enviam informação Os neurónios que possuem: - Só 1 Axónio, são neurónios unipolares - 1 Dendrito +1 Axónio, são neurónios bipolares - Vários Dendritos + 1 Axónio, são neurónios multipolares Sistema Esquelético: Histologia e Desenvolvimento Funções do Sistema Esquelético: Suporte, Proteção, Movimento, Armazenamento e Produção de elementos sanguíneos Tendões e ligamentos: - Tendão: inserção de músculos nos ossos - Ligamento: fixam ossos a ossos Semelhanças São compostos por tecido conjuntivo denso regular, têm cor branca. Possuem fibras de Colágeno densamente compactadas. Diferenças As fibrilas de Colágeno dos ligamentos são frequentemente menos compactas. Algumas fibrilas de muitos ligamentos são compactas. Os ligamentos são geralmente mais planos4 As células formadoras destes tecidos são os fibroblastos. O crescimento de tendões e ligamentos verifica-se através de dois processos diferentes: Crescimento a posicional: A superfície de fibroblastos divide-se para produzir mais fibroblastos, que segregam matriz para o exterior das fibras existentes. Crescimento intersticial: fibrócitos proliferam e segregam matriz no interior do tecido. Cartilagem Hialina É formada por uma rede de Colágeno (força) e proteoglicanos (resistência) que suporta a matriz, apresenta crescimento a posicional e intersticial e tem como função o desenvolvimento dos ossos. As células que produzem matriz nova de cartilagem mais desenvolvida denominam-se condroblastos Quando um condroblasto é envolvido pela matriz, torna-se um condrócito que ocupa as lacunas A cartilagem é rodeada por uma bainha de tecido conjuntivo de duas camadas, o Pericôndrio Este é constituído: - Camada externa constituída por tecido conjuntivo denso irregular que contém fibroblastos - Camada interna, mais delicada, com menos fibras e contém condroblastos, que produzem cartilagem nova - Vasos sanguíneos e nervos ocupam a camada externa do pericôndrio, mas não entram na matriz. 27 ao osso 28 Osso Classificação dos ossos: Cada osso pode ser classificado de acordo com a sua forma em Longos, Curtos, Achatados (ou chatos) e irregulares. Anatomia do osso: Cada osso comprido (ou longo) em crescimento possui 3 componentes principais - Diáfise: Forma o corpo do osso e é constituída por osso compacto - Placa epifisária: É constituída por cartilagem hialina e localiza-se entre epífise e diáfise - Epífise: Forma a extremidade do osso e é constituída por osso esponjoso. A superfície externa é composta por camada de osso compacto e superfície articular é coberta por cartilagem articular. Um osso é constituído por: - Medula óssea: Divide-se em medula amarela e vermelha Medula amarela: Constituída essencialmente por tecido adiposo, encontra-se na diáfise dos ossos longos maduros Medula vermelha: Função da formação de elementos sanguíneos, encontra-se nas epífises dos ossos longos maduros e na epífise e diáfise dos ossos dos recém-nascidos -Periósteo: Composto por duas camadas, a interna e a externa Camada externa: Tecido conjuntivo denso fibroso irregular, que contém vasos sanguíneos e nervos Camada interna: Formada por uma única camada de osteoblastos e alguns osteoclastos - Fibras perfurantes ou de Sharpey: Penetram o periósteo até parte exterior do osso e ajudam a fixação de tendões, ligamentos e periósteo 29 - Endósteo: É formada por uma única camada de osteoblastos e osteoclastos, que reveste as cavidades internas dos ossos. Histologia do tecido ósseo Matriz óssea Está organizada em finas bainhas ou camadas, denominadas lamelas, constituídas por cerca de 35% material orgânico - Colágeno e 65% material inorgânico – hidroxiapatite. A matriz óssea é produzida por osteoblastos. A partir do momento em que um osteoblasto fica rodeado por matriz é um osteócito. A matriz óssea e degrada pelos osteoclastos. Osso esponjoso: É constituído por bastonetes ou placas ósseas denominadas trabéculas (do latim trave). Estas não têm vasos sanguíneos, estão orientadas ao longo das linhas de tensão do osso e têm uma camada de osteoblastos na sua superfície Osso compacto: É mais denso e possui menos espaços que o osso esponjoso, têm vasos sanguíneos que penetram no osso, as lamelas, osteócitos e matriz estão orientados em seu torno. Os vasos que correm paralelos ao eixo do osso encontram-se dentro dos Canais de Havers. Os Canais de Havers são revestidos por endósteo e contém vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo laxo no seu interior. As lamelas concêntricas são camadas circulares de matriz em torno de um centro comum, o canal de Havers. Um sistema Haversiano consiste num canal de Havers, seus conteúdos e lamelas concêntricas associadas e osteócitos. Os osteóscitos recebem nutrientes e eliminam produtos de excreção através do sistema de canais no interior do osso compacto. Os vasos sanguíneos do periósteo ou do Endósteo entram no osso através dos canais perfurantes ou de Volkman. Os canais perfurantes ou de Volkman são perpendiculares ao longo eixo do osso e não se encontram rodeados por lamelas concêntricas. Os canais Haversianos recebem vasos sanguíneos dos canais de Volkman 30 Desenvolvimento dos ossos A Ossificação consiste na formação de osso pelos osteoblastos, que envolve dois passos: 1º os prolongamentos citoplasmáticos dos osteoblastos estendem-se e unem-se a prolongamentos de outros osteoblastos 2º os osteoblastos formam uma matriz óssea extracelular contendo principalmente hidroxipatite e colágeno. - Quando a matriz óssea se forma inicialmente durante o desenvolvimento fetal ou durante uma fratura, o osso resultante é denominado osso não laminar. - Após formada, esta matriz óssea vai ser destruída pelos osteoclastos e uma nova matriz, denominada osso laminar, é formada pelos osteoblastos, este processo é denominado remodelação. Ossificação membranosa (Ex.: clavícula e ossos do crânio) ocorre a partir de membranas de tecido conjuntivo, as células não especializadas existentes no tecido vão transformar-se em osteoblastos. Há formação de osso não laminar em locais denominados de núcleos de ossificação e a ossificação prossegue a partir dos núcleos, o osso originado é esponjoso. As células que se encontram nas trabéculas formam medula óssea vermelha. As células que envolvem o osso dão origem ao periósteo. Os osteoblastos em contato com o periósteo formam osso compacto. Ossificação encondral (Ex.: Maioria dos ossos do corpo e os da base do crânio ) - Ocorre a partir de um "modelo" em cartilagem “Um molde cartilagíneo, rodeado por um Pericôndrio, é produzido condroblastos, que se tornam condrócitos10 envolvidos na matriz cartilagínea.” - As células progenitoras formam osteoblastos e o Pericôndrio transforma-se em periósteo. “O Pericôndrio da diáfise torna-se periósteo e forma-se uma bainha ou manga óssea. Internamente os condrócitos atrofiam e forma-se cartilagem calcificada”. - A primeira zona de ossificação, é a periférica que se denomina de bainha óssea, em simultâneo ocorre a mineralização da matriz entre as lacunas -cartilagem calcificada “Um ponto principal de ossificação forma- se á medida que os vasos sanguíneos e os osteoblastos invadem a cartilagem calcificada. Os osteoblastos depositam matriz óssea, formando osso esponjoso”. 31 - Forma-se osso esponjoso na diáfise - centro primário de ossificação, com a continuação da ossificação a bainha estende-se pela diáfise. “Continua o processo de formação de manga óssea, calcificação da cartilagem e produção de osso esponjoso. A cartilagem calcificada começa a formar-se na epífise”. Uma cavidade medular inicia a sua formação no centro da epífise. - Os osteoclastos removem osso da diáfise para dar lugar à formação de medula vermelha. Nos ossos longos o centro primário de ossificação está na diáfise enquanto que nas epífises se encontram os pontos secundários. Na ossificação da epífise não há formação de medula vermelha “Pontos de ossificação secundários formam-se nas epífises de osso longos. Crescimento ósseo Ao contrário dos tendões, ligamentos e cartilagens, os ossos não podem ter crescimento intersticial. O crescimento dos ossos só pode ser a posicional (formação de um osso novo na sua superfície) ou encondral (crescimento da cartilagem, seguido da substituição da cartilagem pelo osso). Crescimento a posicional é responsável pelo aumento do diâmetro do osso. A camada de osteoblastos origina duas e a interna produz matriz. No osso esponjoso é adicionada mais matriz à superfície das trabéculas No osso compacto há formação de mais lamelas Crescimento encondral é responsável pelo aumento do comprimento dos ossos, este crescimento no interior da cartilagem articular é responsável pelo crescimento da epífise. Nos ossos longos o crescimento encondral da placa epifisária resulta no aumento da diáfise, Ex.: Crescimento do ósseo em comprimento. “Num osso longo a cartilagem nova forma-se na placa epifisária da placa à mesma velocidade que o osso se forma na sua face diafisária. Consequentemente, as placas epifisárias mantem a mesma espessura, mas o comprimento da diáfise aumenta” Análise estrutural do osso Placa epifisária: Separa a epífise da diáfise dos ossos longos e está organizada em 4 zonas: - Zona de repouso da cartilagem: Localizada perto da epífise, apresenta condrócitos que não se dividem rapidamente - Zona de proliferação: Produzem nova cartilagem por crescimento intersticial e os condrócitos dividem-se e formam colunas - Zona de hipertrofia: Os condrócitos já existentes aumentam de tamanho e os condrócitos longe da zona de proliferação estão mais maduros e hipertrofiados - Zona de calcificação: É matriz fina e mineralizada, e os condrócitos estão mortos. Vista ao RX, aparece como uma linha radiotransparente entre a diáfise e a epífise A diáfise funde-se com as epífises entre os 12 e os 25 anos, esta fusão ocorre por ossificação da placa, à qual se passa a designar linha epifisária, nesse momento o crescimento ósseo cessou. Cartilagem articular: Mantém-se na superfície articular dos ossos longos, não sofre ossificação e perde o pericôndrio. Fatores que afetam o crescimento ósseo Nutricionais Doença metabólica que afeta a velocidade de proliferação celular ou a produção de colágeno Carência de vitamina D, que causa deficiente absorção de cálcio que resulta em ossos pouco mineralizados originado raquitismo ou asteomalácia (ou “raquitismo adulto”). Carência de vitamina C, que causa deficiente síntese de Colágeno, originando escorbuto Hormonais Hormônio de crescimento do lobo anterior da hipófise aumenta o crescimento dos tecidos no geral Hormônio da tireoide em falta diminui o tamanho do indivíduo Hormônios sexuais aumentam o crescimento ósseo mas também o crescimento das placasepifisárias. 32 33 Sistema Esquelético: Anatomia Geral O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao corpo. Ele também protege os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. Divisão do esqueleto Principais ossos do esqueleto humano O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas. Eles podem ser longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares. https://www.todamateria.com.br/esqueleto-humano/ 34 Cada um deles apresenta suas funções próprias e para isso, o esqueleto é dividido em axial e apendicular. Esqueleto Axial Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média, que é o eixo vertical do corpo. Os ossos que compõem essa parte do esqueleto são: cabeça (crânio e ossos da face) coluna vertebral e as vértebras tórax (costelas e esterno) osso hioide Crânio e Ossos da Face Os ossos do crânio têm a função de proteger o cérebro A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana); e há ainda 6 ossos que compõem o ouvido interno. O crânio é extremamente resistente, seus ossos são intimamente ligados e sem movimentos. Ele é responsável por proteger o cérebro, além de possuir os órgãos do sentido. https://www.todamateria.com.br/esqueleto-axial/ 35 Coluna Vertebral A coluna vertebral é constituída por diversas vértebras A coluna é formada por vértebras que são ligadas entre si por articulações, o que torna a coluna bem flexível. Possui curvaturas que ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os choques durante os movimentos. Ela é constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas. Veja no quadro abaixo como elas estão agrupadas: Vértebras Características Cervicais São 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a segunda (áxis) favorecem os movimentos do crânio. Torácicas ou São 12 e articulam-se com as costelas. dorsais Lombares Essas 5 vértebras são as maiores e as que suportam mais peso. Essas 5 vértebras são chamadas sacrais, são separadas no nascimento e Sacro fundem-se mais tarde formando um só osso. É um importante ponto de apoio para a cintura pélvica. Cóccix São 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam unidas em um osso único no início da idade adulta. https://www.todamateria.com.br/coluna-vertebral/ 36 Tórax O tórax possui flexibilidade que ajuda no processo de respiração O tórax é constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos intercostais. São ossos chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras torácicas na sua parte posterior. Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno, os três seguintes (falsas) ligam-se entre si, e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a nenhum osso. O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio de cartilagem. 37 Osso hioide O osso hioide está localizado no pescoço O osso hioide possui forma de U e atua como ponto de apoio para os músculos da língua e do pescoço. Esqueleto Apendicular O esqueleto apendicular inclui os "apêndices" do corpo. Eles correspondem aos ossos dos membros superiores e inferiores. Além disso, o esqueleto apendicular possui os ossos que os ligam ao esqueleto axial, as chamadas cinturas escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e articulação. Cintura Escapular A cintura escapular é formada pelas clavículas e escápulas. https://www.todamateria.com.br/esqueleto-apendicular/ https://www.todamateria.com.br/ligamento/ 38 A clavícula é longa e estreita, se articula com o esterno e na outra extremidade com a escápula, que é um osso chato e triangular articulado com o úmero (articulação do ombro) Membros Superiores O úmero é o osso mais longo do braço Os membros superiores correspondem aos braços, onde tem-se o úmero, que é o osso mais longo do braço. Ele se articula com o rádio, que é o mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e bem fino. Os ossos da mão são 27, divididos em carpos (8), metacarpos (5) e falanges (14). 39 Cintura Pélvica A cintura pélvica é diferente nas mulheres e nos homens A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e púbis fundidos) e são firmemente ligados ao sacro. A união dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve, que nas mulheres é mais larga, menos profunda e com a cavidade maior. É essa formação que permite a abertura da pélvis no momento do parto para a passagem do bebê. 40 Membros Inferiores Os ossos dos membros inferiores são responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação. Para isso, eles têm de suportar o peso e manter o equilíbrio. Veja no quadro abaixo as características dos ossos dos membros inferiores: Ossos do membro Características inferior Fêmur É o osso mais longo do corpo. Tem a cabeça arrendondada para encaixar na pelve. Patela É um osso sesamoide, articulado com o fêmur. Tíbia Suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo. Fíbula É um osso mais fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé. Ossos do pé Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e falanges (14). 41 Ossificação e Remodelação óssea O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas de vida e termina no início da vida adulta. No entanto, o osso sofre continuamente um processo de remodelação, onde parte do tecido existente é reabsorvido e novo tecido é formado. No embrião, o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa matriz cartilaginosa vai sendo calcificada e as células cartilaginosas morrem. As células jovens, denominadas osteoblastos, agem produzindo colágeno e na mineralização da matriz óssea, são formadas no tecido conjuntivo e ocupam a matriz cartilaginosa. No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais que aprisionam os osteoblastos na matriz óssea. Essa ação transforma os osteoblastos em osteócitos, que são essas células presentes no osso já formado. Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o ósseo formado. Os osteoclastos agem na porção central da matriz óssea e formam o canal o medular. Fraturas Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que a sua resistência, eles podem se romper. As fraturas podem acontecer também por estresse, quando pequenas pressões atuam repetidamente no local. Outra situação que pode causar fraturas é por doença, como é o caso da osteoporose, condição em que o osso sofre desmineralização perdendo cálcio para o sangue. https://www.todamateria.com.br/cartilagem/ 42 Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de sangue, morrem células e a matriz óssea é destruída. Uma intensa vascularização toma conta do local e há proliferação de células precursoras das células ósseas originando um tecido reparador, nessa região é formado um calo ósseo. Dependendo do tratamento e das atividades realizadas pela pessoa, com o passar do tempo, o calo será substituído pelo osso esponjoso e, mais tarde pelo osso compacto, reconstituindo o tecido como era antes. Articulações e Biomecânica do Movimento Corporal Articulações Classificação das articulações: Assinovais e Sinovais Assinoviais (3 tipos): Não aderentes ou sindesmoses Aderentes por bordos – têm 2 subtipos: Suturas - Sincondroses Aderentes por superfícies– têm 2 subtipos: 43 Planas ( sínfises ou anfiartroses)Curvas (gonfoses ougonfartroses) Sinoviais (6 tipos): Planas ou artrodias Em sela ou epifiartroses Em roldana ou tróclea Cilíndricas ou trocartroses Esféricas ou enartroses Elipsóides ou condilartroses Articulações assinoviais: Características gerais: Consistem em 2 ossos Aderem por meio de tecido conjuntivo fibroso ou cartilagíneo Não têm cavidade articular Apresentam pouco ou nenhum movimento As suas superfícies articulares podem ser bordos, superfícies planas ou curvas Características particulares: Características das Articulações Não Aderentes (ou Sindesmoses): As superfícies articulares encontram-se afastadas Estão unidas através de ligamentos à distância ou por membranas interósseas Existe algum movimento devido à flexibilidade dos ligamentos e membranas Ex: sindesmose radiocubital e estilo-hioideu Características das Articulações Aderentes por bordos: Suturas: Articulações completamente imóveis nos adultos As superfícies de união interpenetram-se Tecido entre os dois ossos é tecido conjuntivo denso regular O periósteo prolonga-se sobre a articulação Apresentam o ligamento sutural, formado pelo tecido conjuntivo e pelo periósteo Na criança as superfícies articulares encontram-se separadas Os bordos são locais de contínuo crescimento ósseo Com a idade ocorre ossificação do tecido conjuntivo Num adulto não ocorre a fusão das suturas coronal, sagital e lambdática do crâneo A ossificação dos frontais ocorre logo após o nascimento – sinostose Sincondroses União por meio de cartilagem hialina São imóveis quando são temporárias, tal como as uniões dos ossos embrionários do ilíaco Na sincondrose costoesternal existe um certo grau de movimento para os movimentos respiratórios Mantêm-se durante toda a vida Características das Articulações Aderentes por superfície: Sínfises Também designada de anfiartrose Consiste em dois ossos de superfície plana unidos por fibrocartilagem Algumas são articulações semi-móveis Ex: junção do manúbrio com o corpo do esterno, sínfise púbica. Gonfoses Também designadas por gonfartroses As superfícies articulares são curvas Consistem em encaixes em cavidades São mantidas no lugar por feixes de tecido conjuntivo regular colagénico Apresentam mobilidade mínima Ex: articulação dos dentes com os alvéolos 44 Em roldana ou trocleartroses 45 Articulações sinoviais: Caracterizam-se por apresentar líquido sinovial no interior da cavidade articular Esta característica permite uma grande amplitude de movimento da articulação Encontram-se essencialmente no esqueleto apendicular A cartilagem articular ou hialiana: cobre as superfícies ósseas das articulações sinoviais Esta superfície macia diminui o atrito entre os ossos da articulação Na articulação do joelho e da ATM existe uma estrutura fibrocartilagínea entre as duas cartilagens articulares - o Menisco A envolver as superfícies articulares e o líquido sinovial encontra- se a cápsula articular A cápsula articular é formada por duas camadas: uma cápsula fibrosa e uma membrana sinovial A cápsula fibrosa é externa e a membrana sinovial interna e contacta directamente com o líquido sinovial A cápsula fibrosa é uma continuação da camada fibrosa do periósteo - A membrana sinovial forra internamente a cápsula fibrosa mas não cobre as cartilagens articulares É a membrana sinovial que produz o líquido sinovial O líquido sinovial é lubrificante e escorregadio, características conferidas pelo ácido hialurónico Em algumas articulações existe um prolongamento da membrana sinovial que se designa por bolsa. A sua função é diminuir o atrito Situações inflamatórias da bolsa designam-se por bursite Estas situações levam a dor e limitação dos movimentos articulares A nutrição da cartilagem é feita por uma rede de vasos sanguíneos que se encontra externa à articulação A cartilagem articular pode ser nutrida pelo líquido sinovial e pelo próprio osso Os nervos entram na cápsula e na membrana sinovial mas não na cartilagem nem na cavidade articular Tipos de articulações sinoviais: A classificação deste tipo de articulações é feita de acordo com a forma das suas superfícies articulares. Existem 6 tipos de articulações sinoviais: Planas ou artrodias Em sela ou apifiartroses 46 Cilíndricas ou trocartroses Esféricas ou enartroses Elípticas ou condilartroses Características particulares: - O movimento da articulação sinovial pode ser: Monoaxial, Biaxial ou Multiaxial Articulações Planas: Consistem em duas superfícies lisas opostas e de tamanho idêntico São articulações monoaxiais O movimento de rotação é limitado Ex: apófises articulares entre as vértebras Articulações em sela: Constituídas por duas superfícies articulares em forma de sela As duas superfícies articulares estão orientadas perpendicularmente de forma a que se articulem Apresentam movimentos biaxiais Ex: articulação carpometacárpica do polegar Articulações em roldana: Formadas por um duplo cone de vértices internos e uma superfície côncava correspondente São articulações monoaxiais Ex: articulação do cotovelo e do joelho Articulações Cilíndricas: Consiste numa apófise cilíndrica que roda num anel parcialmente de osso e de ligamento São articulações monoaxiais Só apresentam movimento de rotação em torno de um eixo Ex: articulação da apófise odontóide de axis com o atlas Articulações Esféricas: Consiste numa superfície articular em cabeça e outra onde se encaixa parte da cabeça São articulações multiaxiais Ex: articulação coxofemoral e articulação do ombro lâmina externa. 47 Articulações Elípticas: São articulações esféricas modificadas A sua superfície é mais próximo da forma elíptica que esférica São articulações biaxiais Ex: articulação atlantoccipital Sistema Muscular: Histologia e Fisiologia Musculo esquelético: Estrutura: São fibras musculares esqueléticas associadas a tecido conjuntivo vasos e nervos. As fibras musculares esqueléticas são células esqueléticas, cada fibra é uma célula cilíndrica única com diversos núcleos à periferia, junto à membrana. Os mioblastos são as células embrionárias das fibras musculares, apresentam múltiplos núcleos que resultam da fusão de várias células precursoras. O estímulo que transforma estas células em mioblastos é a presença de proteínas contrácteis no seu citoplasma. A alteração do tamanho dos músculos após o nascimento resulta de um aumento do tamanho das fibras e não do aumento do seu número As fibras musculares apresentam um aspecto estriado, resultante da alternância das bandas claras e escuras O tamanho da fibra muscular varia de acordo com o tamanho do próprio músculo Temos fibras com comprimento de 1 a 40 mm e diâmetro de 10 a 100 jim As fibras musculares de um determinado músculo têm todas têm um tamanho aproximado Tecido conjuntivo (Estrutura Muscular Esquelética) Lâmina externa: envolve cada fibra muscular, é composta por fibras reticulares e é produzida pela fibra muscular. Sarcolema: é a membrana celular da fibra muscular, esta é difícil de distinguir da lâmina externa Endomísio: Rede de tecido conjuntivo laxo, que apresenta fibras reticulares, esta envolve cada fibra muscular e localiza-se por fora da Moléculas de troponina 48 Perimísio: Formado por tecido conjuntivo, envolve um conjunto de fibras e respectivo endomísio. Feixe muscular: Designa um conjunto de firbras envolvidas pelo seu perimísio Epimísio: É formado por tecido conjuntivo denso fibroso e colagénico, é uma camada que envolve vários feixes que formam o músculo. Fascia: Tecido conjuntivo fibroso, localizado fora do epimísio, que separa os músculos entre si. Pode envolver grupos musculares. - Todos estes componentes se continuam uns com os outros Fibras musculares: Osnúcleos das fibras musculares encontram-se à periferia, imediatamente por baixo do sarcolema, o interior da fibra está preenchida por miofibrilhas. Entre as miofibrilhas estão organelas Sarcolema: É o citoplasma sem as miofibrilhas Miofibrilhas: Estrutura filamentosa com um diâmetro aproximado de 1 a 3 μm. Estende-se de uma extremidade do músculo à outra. São formadas por dois tipos de filamentos proteicos chamados mio filamentos-. Miofilamentos de actina (oumiofilamentos finos): Diâmetro: 8 nm; Comprimento: 1000 nm Miofilamentos de miosina (ou miofilamentos grossos): Diâmetro: 12 nm; Comprimento: 1800 nm Sarcómeros: Os mio filamentos estão organizados em sarcómeros, estes juntam-se topo a topo para formar as miofibrilhas, é o arranjo dos miofilamentos que dá um aspecto estriado à miofibrilha. O sarcómero é a unidade entre duas linhas Z consecutivas A linha Z é formada por uma rede de proteínas em forma de disco, é nesta linha que se unem os miofilamentos de actina. Banda I ou isotrópica ou banda clara: Engloba a linha Z e estende- se de cada lado da linha Z até aos mio filamentos de miosina Banda A ou anisotrópica ou banda escura: O seu comprimento é o dos mio filamentos de miosina. Nas extremidades da banda A os mio filamentos de actina e miosina sobrepõem-se. Zona H: Zona estreita composta exclusivamente por mio filamentos de miosina, no meio desta zona encontra-se uma linha escura, linha M. Linha M: Esta linha mantém os mio filamentos de miosina no lugar O Mio filamento de actina composto por: Duas cadeias de actina fibrosa (ou actina F) Moléculas de tropomiosina 49 As duas cadeias de actina F enrolam-se em dupla hélice, que se extende a todo o comprimento do miofilamento. Cada cadeia de actina F é formada por inúmeras unidades globulares designadas de monómeros de actina globular ou actina G Cada actina G tem um local de ligação para a miosina durante a contração muscular Entre a dupla hélice da actina F encontramos a tropomiosina Cada molécula de tropomiosina cobre 7 locais ativos de actina G Troponina, formada por 3 subunidades: Uma que se liga à actina, Uma que se liga à tropomiosina e outra que se liga a iões de cálcio. As moléculas de troponina dispersam-se entre as cadeias de actina F O complexo tropomiosina e troponina regulam a interação entre os locais ativos da actina g e da miosina Os miofilametos de miosina são compostos por muitas moléculas alongadas de miosina Molécula de miosina: Tem forma de taco de golfe e compõem-se de duas partes, um corpo e uma dupla cabeça. Todos os corpos estão juntos e dispõem-se paralelamente. As duplas cabeças estendem-se lateralmente e o local de ligação entre a cabeça e o corpo é flexível e que se dobra durante a contração muscular Na dupla cabeça da molécula de miosina existe ATPase, enzima que converte ATP em energia, e uma proteína para promover a ligação com moléculas de actina Designa-se de ponte à combinação das cabeças da miosina com os locais da actina - Na zona H não ocorre formação de pontes porque só é formada pelos corpos da miosina e não pelas cabeças Túbulos T e retículo sarcoplasmático Túbulos T: Também designados de transversais, regularmente dispostos. Projetam-se para dentro das fibras musculares e enrolam-se em torno dos sarcómeros, no local de sobreposição dos dois filamentos. O lúmen do túbulo está preenchido por líquido extracelular Retículo sarcoplasmático: é um retículo endoplasmático liso suspenso no sarcoplasma entre os túbulos T As cisternas terminais são dilatações do retículo sarcoplasmático existentes perto dos túbulos T A tríade é formada por um túbulo T e as duas cisternas terminais adjacentes É no lúmen que é armazenado o cálcio, que foi transportado pelo retículo sarcoplasmático vindo do sarcoplasma 50 Teoria do deslizamento dos filamentos Durante a contração muscular ocorre o deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina, não há encurtamento dos filamentos, o que encurta é o sarcómero, esta contração resulta da ligação das cabeças dos filamentos de miosina com os locais ativos das moléculas de actina G. Na estrutura do sarcómero a banda I e a zona H tornam-se mais estreitas - Banda I - só apresenta actina - Zona H - só apresenta miosina - A banda A mantem-se inalterada - Banda A - apresenta actina e miosina - Na contração as linhas Z aproximam-se e o sarcómero encurta Fisiologia das fibras do músculoesquelético: São as células nervosas que regulam a função das fibras nervosas As células nervosas são os neurónios motores O neurónio ramifica-se e cada ramo atinge uma fibra muscular A zona de "união" do neurónio com a fibra designa-se de sinapse neuromuscular Sinapse neuromuscular Formada pela terminação nervosa que se aloja numa invaginação do sarcolema. A terminação nervosa designa-se de terminal pré- sináptico. A membrana da célula muscular na zona da junção chamamos de membrana pós-sináptica Ao espaço existente entre os dois chamamos de fenda sináptica No terminal pré-sináptico encontramos vesículas sinápticas que apresentam na sua interior acetilcolina (neurotransmissor) Um neurotransmissor é uma substância que é libertada na fenda sináptica através de vesículas existentes no terminal pré-sináptico e que estimula a membrana pós-sináptica Sequência de acontecimentos: 1. Potencial de ação atinge terminal pré-sináptico 2. Abertura dos canais de cálcio da membrana 3. Entrada de cálcio para o terminal pré-sináptico 4. Cálcio estimula a fusão das vesículas sinápticas 5. Libertação de acetilcolina para a fenda sinaptica 6. Acetilcolina liga-se à membrana pós-sináptica 7. Ocorre abertura dos canais de sódio 8. Há entrada de sódio no terminal pós-sináptico 9. Há produção de um potencial de ação A acetilcolina que foi libertada na fenda é degradada pela enzima acetilcolinesterase, esta enzima degrada a acetilcolina em colina e 51 ácido acético. É importante a sua função porque impede que a acetilcolina se mantenha na fenda e esteja constantemente a estimular o terminal pós-sináptico. Assim sendo um potencial de ação pré-sináptico produz apenas um potencial de ação pós-sináptico Potencial de ação O mecanismo pelo qual o potencial de ação leva à contração da fibra muscular designa-se de acoplamento excitação contração. O potencial de ação que atingiu o terminal pós-sináptico propaga-se por todo o sarcolema, ao atingir os túbulos T, ocorre despolarização. A despolarização é levada até ao interior da fibra muscular, nas tríades, a despolarização leva à abertura de canais com portão de voltagem de cálcio. O cálcio é transportado para o interior do retículo sarcoplasmático. Em repouso a concentração de cálcio é 2000x maior no interior do retículo que no sarcoplasma. Quando é necessário o cálcio para a contração muscular, este sai do retículo para o sarcoplasma, os íons de cálcio ligam-se à troponina (dos filamentos de actina). Este é o estímulo para que o complexo troponina-tropomiosina se altere e exponha os locais ativos da actina G. Estes locais são o elo de ligação com as cabeças dos miofilamentos de miosina. É esta ponte formada entre os dois miofilamentos que condiciona a contração muscular, em que a actina se desloca sobre a miosina, após a contração muscular, a cabeça do filamento de miosina solta-se do local ativo da actina, voltando ao seu lugar, estando assim pronto para outra contração Respiração anaeróbia A respiração anaeróbia dá-se na ausência de oxigénio. Ocorre desdobramento de 1 molécula de glucose em 2 de ATP e 2 de ácido láctico. O ácido láctico é originado no ácido pirúvico. O ácido pirúvico é produzido na aeróbia. O ácido láctico, ao contrário do ácido pirúvico, entra na circulação sanguínea A respiração anaeróbia é menos eficiente que a respiração aeróbia, mas mais rápida. Permite esforço físico intenso por 1 a 3 minutos. O tempo está limitado pela deposição de ácido lácticonas fibras musculares. Respiração aeróbia Para a respiração aeróbia é necessário oxigénio. A glucose é desdobrada em ATP, dióxido de carbono e água. A respiração aeróbia é muito mais eficiente que a respiração anaeróbia. Na respiração anaeróbia por cada molécula de glucose são produzidas duas de ATP - Em contrapartida, na respiração aeróbia, por cada molécula de glicose são produzidas até 38 moléculas de ATP. Na respiração aeróbia são usadas outras fontes de energia, tais como, ácidos gordos e aminoácidos. O ácido pirúvico é metabolizado nas mitocôndrias dando 52 origem a ATP, CO2 e H2O. Este tipo de respiração é mais eficaz para esforços longos, mas a produção de ATP é mais lenta. Carência de oxigénio: Diferença entre a quantidade de oxigénio necessária para a respiração aeróbia durante a atividade muscular e a quantidade realmente usada. Para compensar esta carência o ritmo do metabolismo aeróbio permanece elevado mesmo depois de terminado o esforço. Este metabolismo aumentado renova as fontes de energia e repõe os níveis de ATP. O ácido láctico é convertido em ácido pirúvico e depois em glicose e os níveis de glicogénio são repostos. Fibras lentas e fibras rápidas Existem dois tipos de fibras musculares - Fibras lentas: Contraem lentamente e são mais resistentes à fadiga - Fibras rápidas: Contraem mais rapidamente e não são tão resistentes à fadiga Fibras musculares lentas (ou intensamente oxidativas): - Contraem-se mais lentamente, têm um diâmetro menor, têm irrigação sanguínea mais desenvolvida, apresentam mais mitocôndrias e são mais resistentes. Em tecidos com este tipo de fibras o principal meio de síntese de ATP é a respiração aeróbia. Estas fibras apresentam mioglobina1. Fibras musculares rápidas: Também designadas de fracamente oxidativas, apresentam moléculas de miosina que desdobram o ATP mais rapidamente. Isto permite que as pontes entre os dois miofilamentos se formem mais depressa. Músculos que apresentem estas fibras têm uma rede sanguínea pouco desenvolvida. Os músculos de contração rápida apresentam menos mioglobina e mitocôndrias. Estes apresentam muito glicogénio e estão bem adaptados ao metabolismo anaeróbio. Estes músculos apresentam uma resposta rápida mas cansam-se rapidamente. Distribuição fibras musculares A distribuição das fibras musculares lentas e rápidas está relacionada com a função do músculo em causa. Nos músculos que têm necessidade de esforços intensos, mas rápidos, predominam as fibras rápidas. As fibras lentas predominam em músculos com capacidade de esforços suaves e longos. Os músculos que apresentam fibras rápida são mais esbranquiçados devido à falta de irrigação sanguínea e de mioglobina. A carne branca (galinha) é composta por fibras rápidas. Músculos com melhor irrigação e mioglobina são mais escuros. No ser humano esta distinção não é tão notória. Todos os músculos apresentam os dois tipos 53 de fibras, no entanto alguns músculos apresentam maior percentagem de um tipo que de outro. Nos músculos posturais predominam as fibras lentas. No membro superior são as fibras rápidas que melhor se adaptam à função. A distribuição varia de indivíduo para indivíduo, conferindo assim capacidades diferentes. Um corredor de 100m tem maior percentagem de fibras rápidas nos seus músculos das pernas, enquanto que o da maratona terá maior percentagem de fibras lentas. Exercício físico O exercício físico não pode alterar o tipo de fibras musculares, ou seja, não pode converter fibras rápidas em lentas e vice-versa. Com o exercício pode estimular mais um tipo de fibras e menos o outro, tudo depende do tipo de exercício. Um exercício físico que seja aeróbio aumenta a vascularização e estimula as fibras lentas. Um exercício anaeróbio faz aumentar a força e a massa muscular potenciando as fibras rápidas. Os músculos de contração rápida treinados tornam-se resistentes à fadiga. É a estimulação que desenvolve o músculo. Músculos muito estimulados aumentam de tamanho e apresentam maior força, estão hipertrofiados. Ao contrário, músculos que não são estimulados ou treinados sofrem atrofia, exemplo dos músculos dos idosos ou dos casos em que há imobilização (fratura). Músculo liso Características: Células com um comprimento de 15 a 200 μm e diâmetro de 5 a 10 μm, que têm a forma de um fuso com núcleo no centro da célula. Apresenta menos miofilamentos de actina e miosina que o músculo esquelético e os miofilamentos não estão organizados em sarcómeros, não é um tecido estriado As células do músculo liso apresentam filamentos não contrácteis, os filamentos intermédios, estes ligam-se aos corpos densos presentes nas células e à membrana citoplasmática. O complexo filamento intermédio/ corpos densos forma o citoesqueleto intracelular Aos filamentos intermédios liga-se a actina. Ausência de túbulos T Retículo sarcoplasmático menos abundante. Apresenta na superfície celular invaginações denominadas de cavernas O cálcio necessário entra na célula vindo do líquido extracelular Apresenta uma contração mais lenta No músculo liso o cálcio entra na célula e liga-se a uma proteína, a calmodulina. Ao ligar-se, esta proteína ativa uma enzima, a miosina quinase, e esta enzima que vai degradar o ATP e fornecer um P à miosina para ocorra a ligação com a actina. A miosina fosfatase corta a ligação do P ao miofilamento de miosina. 54 Tipos de músculo liso: Músculo liso unitário - Também designado de músculo liso visceral. Forma túnicas envolvendo órgãos. Encontra-se no tubo digestivo, reprodutor e urinário. Propriedades eléctricas do musculo liso: O músculo liso não responde aos potenciais de ação segundo a lei do tudo ou nada Vários potenciais de ação podem resultar numa única contração. Após a contração segue-se um período de relaxação lenta No útero, uretra e tubo digestivo há potenciais de ação gerados espontaneamente. Existem células nestes casos designadas de makers que têm a capacidade de gerar potenciais de ação. As hormonais também se podem ligar a canais de cálcio da membrana, promovendo assim a entrada de cálcio e resultar numa contração Propriedades funcionais: Contrações auto-rítmicas Contrair-se em resposta a um brusco estiramento. Tensão constante por longo período de tempo mesmo com aumento gradual do comprimento. Amplitude de contração permanece constante apesar de variar o comprimento. As células adaptam-se mal ao metabolismo anaeróbio - Não se desenvolve carência de oxigénio - A fadiga é rápida na carência de oxigénio. Regulação Apresenta uma regulação involuntária. É inervado pelo sistema nervoso autónomo. As hormonas também regulam a sua ação. A adrenalina é capaz de estimular e inibir alguns dos músculos lisos. A ocitocina estimula o músculo liso do útero, especialmente durante o parto. As histaminas e as prostaglandinas também influenciam o funcionamento do músculo liso. Sistema Nervoso central: Encéfalo e Medula Espinhal O sistema nervoso central Porção intracraniana e porção extracraniana O encéfalo é a porção intracraniana e está organizado em várias seções cada qual com funções específicas, este é formado por: Cérebro, Diencéfalo (tálamo e hipotálamo), Mesencéfalo, Protuberância anular ou ponte, Bulbo e Cerebelo. Cérebro: Constitui a porção de maiores dimensões do encéfalo. É formado por 2 hemisférios, o hemisfério esquerdo e direito estão separados pela fenda inter- hemisférica. A sua superfície apresenta numerosas pregas que se denominam circunvoluções. Estas pregas são limitadas por sulcos. Existem sulcos muito profundos que se designam de regos. Rego central ou de Rolando divide o hemisfério em circunvolução pré e pós-rolândica. Cada hemisfério está dividido em lobos. A designação do lobo é feita de acordo com o osso craniano lhe é adjacente. Lobos: Frontal, Parietal, Occipital, Temporal, Opérculo frontoparietal O cérebro é formado por substância branca e
Compartilhar