Buscar

Resenha Crítica da Karl Marx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CCSA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – DCS
CIÊNCIAS SOCIAIS BACHARELADO
DISCIPLINA: TEORIA SOCIOLÓGICA EM KARL MARX
PROFESSOR: LEANDRO COSTA
ACADÊMICO: JEILSON SILVA CUTRIM
RESENHA CRÍTICA SOBRE A OBRA “A SOCIOLOGIA DE MARX”
DURAND, Jean-Pierre. A Sociologia de Marx. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2016.
1. RESUMO DA OBRA
	Em A Sociologia de Marx o autor Jean-Pierre Durand faz uma detalhada abordagem da teoria do filósofo alemão Karl Marx, tendo em vista apresentar um quadro geral analisando os pontos básicos e principais do marxismo, seja ele estudado de forma acadêmica como também propiciar uma reflexão sobre o conteúdo das obras de Karl Marx e sua crítica através do desenrolar da história da humanidade.
	O livro é constituído de três partes principais: uma breve Introdução, na qual são relatados os acontecimentos que ensejaram a evolução do pensamento marxista, onde a descrição da vida e militância do jovem Marx, sua luta em defesa de sua tese e a suas principais relações com as teorias e ideias predominantes de sua época; o corpo da obra formado por cinco capítulos, os quais trazem em seu bojo os conceitos mais explorados da teoria marxista; e, por fim, a conclusão que o autor Jean-Pierre Durand faz de toda essa elaboração científica, sociológica e filósofica, apresentando seu ponto de vista e possibilidades de estudo e reflexão das obras de Karl Marx de modo crítico na atualidade. 
	Na parte introdutória do livro, Jean Pierre-Durand nos apresenta um breve resumo da vida acadêmica de Karl Marx, sua associação com o amigo Friedrich Engels, sua militância na Gazeta Renana e também mostra como se originou o pensamento marxista através das críticas dirigidas ao idealismo hegeliano de sua época. Nessa primeira parte da obra também é apresentada uma análise sobre a relação de Marx para com a sociologia, uma vez que o teórico é conhecido por sua atuação no campo filosófico, envolvendo questões que envolvem conceitos e temas relacionados no campo da Sociologia. 
	Em seguida, no capítulo dedicado à Teoria da Exploração, Durand explora essa temática do pensamento marxista relatando conceitos fundamentais elaborados por Marx. 
O valor de troca, bem como o valor de uso de uma mercadoria constituem uma das bases para se compreender a construção analítica em torno desses elementos que dão vida ao sistema capitalista. Dito de outra forma, são feitos inicialmente questionamentos sobre o processo de “acumulação de mercadoria”, expressão que o próprio Karl Marx deu ao capitalismo, discutindo e trazendo esclarecimentos sobre como as mercadorias são utilizadas e trocadas nesse processo, num ciclo que levam o trabalhador, enquanto sujeito que “vende” sua força de trabalho, a qual, por sua vez, traz benefícios para o detentor dos instrumentos de produção do capitalismo.
	O capitulo II, Rumo a uma sociologia do trabalho, além de abordar o tema denominado trabalho, tão importante para o entendimento das concepções que Marx tem desse assunto, vem trazer esclarecimentos importantes sobre uma nítida relação entre a ciência sociológica e as percepções inerentes à força de trabalho utilizada pelos homens nas fábricas da sociedade europeia do século XIX. Assim, o capitulo aborda, através de uma fácil leitura, sobre um quadro geral da interpretação da linha de pensamento marxista como o trabalho é concebido enquanto elemento para a compreensão das formas pelas quais o sistema capitalista se fundamenta. Dito de outra forma, o tema é exaustivamente discutido com o intuito de explicar as relações sociais que determinam o funcionamento do capitalismo, levando em conta os significados dos termos valor e valor de uso das mercadorias já demonstrados anteriormente.
	Para além disto, Karl Marx se refere ao trabalho como a “mediação entre o homem e a natureza, na qual o homem, por sua atividade, apropria-se da natureza e de seus elementos.” (p. 46). Isso quer dizer que o filósofo alemão percebe a natureza enquanto instrumento pelo qual o homem, levando em conta satisfazer suas necessidades materiais e biológicas, apropria-se dos recursos naturais existentes para a produção de mercadorias 
circulantes no modo de produção capitalista. 
	Nesse trecho da obra aqui apresentada, também aparecem na abordagem de Jean-Pierre Durand, alguns elementos para a compreensão do discurso marxista, tais como a divisão do trabalho social, a cooperação entre os operários, o processo de mecanização e às diversas críticas que Karl Marx ao aperfeiçoamento da técnica empregada na produção manufatureira, em detrimento do real valor que deve ser dirigido ao trabalhador em torno da Teoria da Exploração, mais propriamente falando sobre o ideia de mais-valia.
 
O capítulo seguinte – Classes, Estado e luta de classes – traz o aprofundamento das ideias de Karl Marx sobre esses objetos, sendo eles analisados dentro da ótica marxista, onde Jean-Pierre Durand expõe sua percepção à teoria marxista. 
Na verdade, Marx não sistematizou um conceito de classe social, embora tenha dedicado à luta de classes um papel decisivo na história, dado que a revolução ocorre por causa desse conflito e da superação da desigualdade existente no mundo. A chave explicativa para elucidar o estatuto teórico do conceito de classe social terá de ser acompanhada como aparece em diversos textos de Marx e de Engels e explicitar o nível analítico empregado. Inicialmente, surgem três alternativas ou possibilidades: o nível da conjuntura política, específico de uma dada formação social; o nível do modo de produção, apontando a sua contradição fundamental – esses níveis são históricos; e o terceiro, mais geral e abstrato, o das contradições ao longo da história. 
Partindo da existência da divisão do trabalho e da propriedade privada, as classes surgem como grupos antagônicos, abrangentes, tendo como critério a apropriação e a dominação. Nesse conceito, é possível pensar que as classes aqui aparecem como consequência da dominação e da apropriação desigual, em esquema binário, portanto dominantes e dominados, grupos opostos e contrários, pois a existência histórica de homens livres na antiguidade, patrícios romanos, barões medievais e mestres de corporações de ofício, constitui uma forma muito diferenciada entre si da classe dominante da cada época histórica; assim como é distinta a concreta vida dos dominados, a exemplo dos escravos, plebeus e servos. Dessa forma, essa concepção de classes está no nível de uma generalização histórica que direciona para a luta política entre as classes de forma contínua, ora latente, ora aberta, na história da desigualdade social.
O Estado, todavia, representa um objeto da análise marxista tal como concebido no trato com as classes sociais, ou seja, não há uma definição do que seria uma forma plena de Estado para Marx. Em outras palavras, o tema é discutido seguindo as interpretações de Friedrich Engels e de Lenin a respeito daquilo que Karl Marx apenas concebe como uma teoria do Estado. Nesse contexto, a análise passa por um aprimoramento teórico e uma redefinição do sentido outrora empregado por Marx. 
A divisão de classes, bem como a relação entre elas, origina o Estado comunista idealizado por Karl Marx, no qual a luta da classe operária cessa com a implantação da ditadura do proletariado, configurando uma nova ordem estatal. Além do mais, a ascendência do proletariado significará o fim da história? Esse questionamento é feito de acordo com a interpretação dialética do materialismo histórico.

Outros materiais