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1 AULA DIREITO INTERNACIONAL-convertido (1)

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PROF NAYARA FIGUEIREDO
Benefícios e Desafios
	Intensificação das relações entre os povos
	Distâncias menores (tempo e espaço perdem seus significados)
	Mundo globalizado, interligado física e eletronicamente
	As fronteiras perdem sua importância
O termo globalização pode ser entendido como fenômeno de aceleração e intensificação de mecanismos, processos e atividades, com fins à promoção de uma interdependência global e, em última escala, à integração econômica e política em âmbito mundial. Trata-se de conceito revolucionário, envolvendo aspectos sociais, econômicos, políticos e também culturais.
um	fenômeno
O	termo	globalização	denota
tridimensional constituído pela:
intensificação	de	fluxos	diversos	(econômicos, financeiros, comunicacionais, religiosos etc.);
pela	perda	de	controle	do	Estado	sobre	esses fluxos e sobre outros atores internacionais; e
diminuição de distâncias espaciais e temporais.
(SILVA, Roberto Luiz. Direito Internacional Público. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, p. 30.)
	A globalização envolve a ideia crescente de “mundo sem fronteiras”
	Expressões correlatas:
Aldeia global
Economia global
Política global
Govenança global
Conexão mundial
	Mas o que estas palavras (globalização, mundo sem fronteiras,
aldeia global, economia global) têm haver com as nossas vidas?
	De que forma elas interferem nas relações entre os povos?
	Que resultados elas oferecem para a construção de um mundo
mais justo e solidário?
Algumas questões...
...no mínimo, intrigantes!
Pode um motociclista Sikh exigir que seja dispensado da obrigação de usar capacete, invocando o seu dever religioso de vestir o turbante (sikhismo ou siquismo é uma religião no Paquistão e Índia)?
Fonte: http://www.guardian.co.uk/politics/2009/may/07/police-sikhs-bulletproof- turbans
Um trabalhador mulçumano tem o direito de interromper brevemente o seu trabalho ou
as suas aulas na escola para fazer as orações prescritas pela sua religião?
Fonte: internet
Deve-se permitir aos comerciantes judeus que abram os seus negócios aos domingos,
dado que não podem fazê-lo nos sábados porque a sua religião lhes proíbe?
Fonte: internet
As alunas islâmicas podem usar o véu livremente em uma sala de aula?
Fonte: internet
E quando se trata não de alunas, mas de professoras islâmicas que usam véu?
Fonte: internet
Podem os pais estrangeiros, conforme os seus costumes culturais, privar as filhas de uma educação superior ou casá-las contra a vontade?
Fonte: internet
Deve-se autorizar a poligamia aos imigrantes no país de acolhida quando ela é permitida em seu país de origem?
Fonte: internet
Declaração “Universal” dos Direitos Humanos
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da	Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948
Globalização: os problemas e os desafios:
	Criminalidade
	Países subdesenvolvidos
	Doenças sem fronteiras
	Fome, pobreza e guerras civis
	Crises econômicas, políticas, culturais e sociais
	Problemas relacionados à proteção ambiental
	Proteção dos direitos humanos
1 Globalização: aspectos gerais
GLOBALIZAÇÃO
DIREITO INTERNACIONAL
SOCIEDADE INTERNACIONAL
“GLOBALIZAÇÃO”
 → termo utilizado frequentemente para definir o atual estágio da sociedade internacional. 
1 Globalização: aspectos gerais
1 Globalização: aspectos gerais
Conceituação:
→ processo de progressivo aprofundamento da integração entre várias parte do mundo, especialmente nos campos político, econômico, social e cultural, com vistas a formar um espaço internacional comum, dentro do qual bens, serviços e pessoas circulem da maneira mais desimpedida possível (PORTELA, 2015, p. 37) 
Trata-se de fenômeno apenas recente na nossa história?
1 Globalização: aspectos gerais
Trata-se de fenômeno recorrente na história da humanidade, cujos momentos de maior intensidade (Estágios) foram:
GRANDES NAVEGAÇÕES (Séc. XV);
 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (início do Séc. XX);
DÉCADA DE 1990 (final do Séc. XX) com o fim da Guerra Fria;
CONTEMPORANEIDADE: forte incremento no ritmo da integração da economia mundial nos últimos anos. 
1 Globalização: aspectos gerais
FUNDAMENTOS ATUAIS:
i) CAMPO DA TECNOLOGIA → Desenvolvimento no campo da TIC, incluindo ampla difusão de suas ferramentas que são disponibilizadas para um número cada vez maior de pessoas;
ii) CAMPO POLÍTICO E ECONÔMICO → ampla propagação e adoção de valores políticos e econômicos em vários Estados, como o Estado Democrático de Direito e a economia de mercado.
1 Globalização: aspectos gerais
	CARACTERÍSTICAS ATUAIS (PORTELA, 2015, p. 38)
	▪Aumento nos fluxos de comércio internacional e de investimento estrangeiro direto (IED);
	▪ Acirramento da concorrência no mercado internacional;
	▪ Maior dependência entre os países;
	▪ Expansão dos blocos regionais;
	▪ Redefinição do papel do Estado e de noções como a de soberania estatal.
1 Globalização: aspectos gerais
REFREAMENTO:
Maior ênfase da política internacional em questões de segurança , após os atentados de 11 de setembro de 2001, e a crise econômica vivida na primeira década do século XXI.
1 Globalização: aspectos gerais
Para o professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas Maurício Santoro, os problemas econômicos pelos quais passa o mundo atualmente tiveram sua gênese, em parte, após o 11 de Setembro. “Para evitar uma desaceleração econômica naquela época o governo dos EUA reduziu os juros e estimulou o consumo da população”, disse.
11 de SETEMBRO X MUNDO
CRISE DE 2008 EUA X BOLHA
“Com baixas taxas de retorno, a população começou a consumir e a procurar opções mais rentáveis de investimentos, como a bolsa de valores. Muitos compraram casas com financiamento a juros baixos, pegaram empréstimos colocando imóveis como garantia e foram investir em ações e consumir mais, alimentando o descontrole sobre as finanças pessoais e o sistema financeiro como um todo. Construíram um castelo de cartas que ruiu com a crise financeira de 2008, afirmou Santoro.
HOMEWORK 
Importância do Direito Internacional (Público e Privado)
Direito Internacional Público (DIP) - fornece subsídios para compreensão de como os países do globo têm se relacionado, interligado e se obrigado reciprocamente (v.g., acordos políticos, tratados ou acordos internacionais) e como eles têm lidado com a diversidade de questões complexas, reflexo de relações econômicas, sociais, políticas e culturais de igual modo cada vez mais complexas
Direito Internacional Privado (DIPr) - trata das relações internacionais de caráter privado que tenham algum elemento que conecta duas ordens jurídicas diferentes. O DIPr se ocupa acerca de como os conflitos de leis no espaço (conflitos entre ordens jurídicas diferentes) podem ser solucionados.
Temas importantes para o DIPr:
	a nacionalidade (aquisição, perda e requisição);
	a naturalização (Estatuto do Estrangeiro – Lei n. 6.815/80);
	a situação jurídica do estrangeiro (v.g., entrada em território nacional, deportação, expulsão, extradição etc.);
 a antiga Lei de Introdução ao Código Civil – LICC (Decreto-Lei 4.657/42), cujo nome foi alterado no ano de 2010 para Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – LINDB (Lei n. 12.376/2010);
	o conflito de competência internacional;
	o reconhecimento de sentença estrangeira etc.
SOCIEDADE INTERNACIONAL
2 Sociedade Internacional
→ Tão antiga quanto a civilização em geral, pois na mais remota Antiguidade os povos já mantinham relações entre si (comércio, direito de legação, celebração de tratados). 
2 Sociedade Internacional
O HOMEM É UM SER GREGRÁRIO 
(ZIMMERMMAN)
Marco inicial de sua formação no “mundo moderno” → PAZ DE VESTFÁLIA (1648)
(ou de Vestefália, ou ainda Westfália), também conhecida como os Tratados de Münstere Osnabrück (ambas as cidades atualmente na Alemanha), designa uma série de tratados que encerraram a Guerra dos Trinta Anos e também reconheceram oficialmente as Províncias Unidas e a Confederação Suíça.
2 Sociedade Internacional
 
Importância da Paz de Vestfália → consciência internacional nova em que os Estados aceitaram a coexistência de várias sociedades políticas e a possibilidade de as mesmas serem independentes, sobre a base dos princípios da soberania e igualdade, ou seja, inaugurou-se o moderno sistema internacional, ao acatar princípios como a soberania estatal e o Estado-nação.
2 Sociedade Internacional
Sociedade internacional e comunidade internacional são a mesma coisa? 
Existe realmente uma comunidade internacional? 
2 Sociedade Internacional
Sociedade internacional → apoia-se na vontade de seus integrantes, que decidiram se associar para atingir certos objetivos que compartilham (objetivos comuns).
Comunidade internacional → fundamenta-se em vínculos espontâneos e de caráter subjetivo, envolvendo identidade e laços culturais, emocionais, históricos, linguísticos, sociais religiosos e familiares (identidade comum) 
2 Sociedade Internacional
Comunidades - afinidades
INTERNACIONAL
	COMUNIDADE	SOCIEDADE
	Vínculo psicológico	Vínculo psicológico
(finalidades subjacentes)
jurídica/política/econômica/comercial
	Formação natural (laço espontâneo e
subjetivo de identidade)	Formação voluntária (baseia-se na vontade
dos indivíduos)
	Vontade orgânica (energia própria/hábito/prazer/memória)	Vontade refletida (intelectual/abstrato)
	Participação profunda dos indivíduos na
vida em comum	Participação superficial dos indivíduos na vida
em comum
	Membros unidos apesar de tudo quanto os separa	Membros permanecem separados apesar de tudo o que fazem para se unir
	Sentimento de pertencer (simpatia e
afinidade)	Sentimento de participar (visando fins)
	Regida pelo Direito Natural	Regida pelo Contrato
Comunidade
–	funda-se	em	vínculos
espontâneos de caráter subjetivo, envolvendo identidade e laços (culturais, emocionais, históricos, sociais, religiosos e familiares) comuns. Caracteriza-se pela ausência de dominação, pela cumplicidade e pela identificação entre seus membros em uma convivência harmônica;
Sociedade – apoia-se na vontade de seus integrantes, que decidiram se associar para atingir certos objetivos que compartilham. É marcada pelo papel decisivo da vontade como elemento que promove a aproximação entre seus membros e pela existência de fins que o grupo pretende alcançar.
Distinção feita por Ferdinand Tönnies, sociólogo alemão, feita em obra pioneira intitulada “Comunidade e Sociedade”.
	Conjunto	de	entes:	atores	internacionais	(Estados,
Organizações	Internacionais,	Indivíduo,	Empresas, Beligerantes, Santa Sé etc.)
relacional
	Interação	sistêmica:	destaca-se	o	aspecto (economia, política, cultura, tecnologia etc.)
 Forças profundas: fatores que influenciam as ações coletivas, v.g., condições geográficas; movimentos demográficos; interesses econômicos, financeiros, tecnológicos; fator
ideológico;	fator	político-jurídico;	fator	militar-estratégico; fator cultural
CONCEITO: a sociedade internacional pode ser conceituada como o conjunto de entes que interagem de maneira sistêmica em uma esfera internacional sob a influência de forças profundas.
Características da Sociedade Internacional:
	Universalidade
	Aberta
	Não institucionalização/Descentralizada
	Paritariedade*
	Originalidade do Direito
Pertencer à sociedade internacional como ator internacional dessa sociedade é diferente de ser sujeito de direito internacional?
Certa parte da doutrina tem destacado que falar-se em atores internacionais tem sentido mais amplo do que falar-se em sujeitos de direito internacional, sendo que pertence a esta última categoria somente alguns atores que figuram no cenário internacional, v.g., os Estados (personalidade jurídica originária) as Organizações Internacionais Intergovernamentais (personalidade jurídica derivada), os indivíduos (ainda que limitadamente) e a Santa Sé.
Para quem assim entende, haverá atores que carecem de personalidade jurídica de direito internacional e de capacidade para agir internacionalmente e, portanto, não podem ser considerados sujeitos de direito internacional. A questão é polêmica e bastante debatida na doutrina internacional.
UNIVERSAL: alcançada após a Segunda Guerra Mundial, pela ocorrência da “descolonização” em que, antes, somente a metrópole tinha acesso à sociedade internacional. Portanto, nesse sentido, abrange o mundo inteiro, ainda que o nível de integração de alguns de seus membros e às suas dinâmicas não seja tão profundo. 
2 Sociedade Internacional
ABERTA: apesar do caráter interestatal, não existe um número determinado de atores que façam parte das relações internacionais, pois além dos Estados e as Organizações internacionais, incluem-se também as empresas transnacionais, ONG’s, a pessoa humana, os beligerantes, a Santa Sé, Cruz Vermelha, além de outros existentes no cenário internacional. 
2 Sociedade Internacional
DESCENTRALIZADA: não possui uma organização institucional, como nos Estados, mas apresenta sistema próprio, distinto do interno.
Porém, não se apresenta como um “superestado” e, por isso mesmo, não existe poder legislativo, executivo e tampouco judiciário.
2 Sociedade Internacional
PARITÁRIA: consagra a igualdade jurídica, embora essa igualdade seja considerada incipiente, ela vem sendo aplicada em várias situações no âmbito da sociedade internacional, por exemplo, na assinatura de tratados internacionais celebrados entre Estados soberanos, realização de Congressos e Conferências Internacionais, onde a disposição deles se dá de ordem alfabética. 
Essa igualdade é prevista no art. 1º, alínea 2 e o art. 2º, alínea 1, da Carta da ONU. Essa igualdade é também presente no dia-a-dia dessa sociedade internacional, como no caso do direito de legação, do direito de convenção, de demandar em tribunais internacionais, de votar etc. 
2 Sociedade Internacional
A doutrina ainda aponta outras duas características:
Desigualdade de fato → corolário de sua própria heterogeneidade e do grande diferencial de poder entre os Estados que ainda influencia os ramos das relações internacionais;
Coordenação → e não subordinação, havendo coordenação de interesses entre seus membros que vai permitir o convívio entre seus integrantes.
2 Sociedade Internacional
Ordem jurídica INTERNA
Executivo
Legislativo Judiciário
1.	Existência	de	uma organização institucional
2. Poder central autônomo
3. Hierarquia
4. Relacionamento vertical (subordinação)
Ordem jurídica INTERNACIONAL
Executivo
Legislativo Judiciário
1. Inexistência de uma organização institucional
2. Inexistência de um poder central autônomo
3. Não há hierarquia
4. Relacionamento horizontal (coordenação)
Direito Internacional Público
3.1 Aspectos Gerais (“Direito Constitucional da Humanidade”)
No plano internacional não existe autoridade superior nem milícia permanente. Os Estados se organizam horizontalmente, e dispõem-se a proceder de acordo com normas jurídicas na exata medida em que estas tenham constituído objeto de seu consentimento. A criação das normas é obra direta de seus destinatários. Não há representação, como no caso dos parlamentos nacionais que se propõem exprimir a voz dos povos, nem prevalece o princípio majoritário. (REZEK, 2008). 
3 Direito Internacional Público
Não há hierarquia entre as normas de direito internacional público, de sorte que só a análise política, independente da lógica jurídica, faz ver um princípio geral, qual seja o da não-intervenção nos assuntos domésticos de certo Estado, como merecedor de maior zelo que um mero dispositivo contábil escrito em tratado bilateral de comércio ou tarifas.(REZEK, 2008). 
3 Direito Internacional Público
3.2 Evolução Histórica 
Registre-se que sociedade internacional é composta de vários Estados cujas relações externas são reguladas por meio de normas através do Direito Internacional, são também chamados de sujeito de direito internacional, os Estados nacionais; A prática também adota e reconhece como entes de direito internacional as organizações internacionais, e, modernamente outros atores como o indivíduo (TORRACA, 2010). 
3 Direito Internacional Público
ANTIGUIDADE: os povos comerciavam entre si, enviavam embaixadores, e vinculavam-se por meio de tratados e outras formas de obrigação; nota-se então uma plena existência de um direito internacional.
3 Direito Internacional Público
O registro de tratado 
mais antigo foi entre
as cidades Lagash 
e Umma, relativo às fronteiras estabelecidas.
Obs.: Mas o tratado mais famoso da Antiguidade remota é, possivelmente, o de Kadesh, concluído entre Ramsés II do Egito e Hatusil III dos hititas no século XIII a.C.
MESOPOTÂMIA
GRÉCIA ANTIGA: Do 
mesmo modo que na 
Antiguidade remota, 
na clássica, já eram 
reconhecidas e praticadas pelos gregos os institutos da inviolabilidade dos embaixadores, do respeito aos tratados e do recurso à arbitragem, dentre outros. 
GRÉCIA ANTIGA
ROMA ANTIGA: A maioria dos juristas entende que a Roma Antiga, ao longo de quase toda a sua história, não se considerava sujeita a um direito internacional distinto do seu direito interno, o que se explica pelo predomínio da chamada Pax romana. O ius gentium, que alguns apontam como indício de um direito internacional romano, era, na essência, um direito romano aplicado a estrangeiros por um magistrado romano, o pretor peregrino.
ROMA ANTIGA
IDADE MÉDIA: 
o Direito 
Internacional foi 
muito influenciado 
pela Igreja; o papa 
era considerado o 
árbitro por excelência das relações internacionais e possuía a autoridade para liberar um chefe de Estado do cumprimento de um tratado. No período medieval a grande contribuição da Igreja foi a humanização da guerra. Em especial, três conceitos, tiveram forte impacto: 
3 Direito Internacional 
Público
a Paz de Deus (distinguia-se 
entre beligerantes e 
não-beligerantes, proibindo-se 
a destruição de colheitas e 
exigindo-se o respeito aos 
camponeses, aos viajantes e às mulheres); 
a Trégua de Deus (a suspensão dos combates durante o domingo e nos dias santos); 
e a noção de Guerra Justa (a guerra seria justa caso fosse declarada pelo príncipe, tivesse por causa a violação de um direito e pretendesse reparar um mal (esta, idealizada por Santo Ambrósio, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino). (TORRACA,2010)
3 Direito Internacional Público
FINAL DA IDADE MÉDIA: a primeira Missão diplomática de caráter permanente foi estabelecida por Milão junto ao governo de Florença. 
Com o surgimento de noções de Estado nacional e de soberania estatal, (conceitos consolidados pela Paz de Vestfália), surgiu também o Direito Internacional como conhecemos hoje. Assim os Estados abandonaram a hierarquia internacional vinculada à religião e não mais reconheceriam outro poder acima de si próprios (soberania). (TORRACA,2010)
3 Direito Internacional Público
MARCO HISTÓRICO-FORMAL (Século XVII): Tratado de Vestfália (1648) – com ele o Direito Internacional veio a ter existência.
O tratado de Vestfália, assinado em 24 de outubro de 16481 , em Osnabrück, entre Fernando III, Sacro Imperador Romano-Germânico, os demais príncipes alemães, França e Suécia, pôs fim ao conflito entre estas duas últimas potências e o Sacro Império. O Tratado dos Pirinéus (1659), que encerrou a guerra entre França e Espanha, também costuma ser considerado parte da Paz de Vestfália. É também conhecida como os Tratados de Münster e Osnabrück (ambas as cidades atualmente na Alemanha), designa uma série de tratados que encerrou a Guerra dos Trinta Anos e também reconheceu oficialmente as Províncias Unidas e a Confederação Suíça
3 Direito Internacional Público
SÉCULO XIX: o florescimento do Direito Internacional se fez maior, tivemos a criação dos primeiros organismos internacionais com vistas a regular assuntos transnacionais, a proclamação da Doutrina Monroe e a primeira das Convenções de Genebra, dentre inúmeras outras iniciativas. 
3 Direito Internacional Público
SÉCULO XX: O Direito Internacional foi aprofundado e consolidado com a criação da Sociedade das Nações, mais tarde, Organização das Nações Unidas (ONU), e neste século também foi codificado o Direito Internacional e a proliferação de tratados nascida na necessidade de acompanhar o intenso intercâmbio internacional do mundo contemporâneo. (TORRACA, 2010).
3 Direito Internacional Público
Terminologia: Direito Internacional foi empregado pela primeira vez em 1780, pelo inglês Jeremy Bentham, na obra An Introducion to the Principles of Moral and Legislation, como o intuito de diferenciar do direito das relações entre Estados do direitos das relações internas. 
Nesse primeiro momento, somente os Estados e depois as Organizações Internacionais eram atores e/ou sujeitos desse direito (entendimento clássico). 
3 Direito Internacional Público
Conceituação 
ALBERTO DO AMARAL JR (Conceito Clássico): “tem sido tradicionalmente entendido como o conjunto das regras escritas e não escritas que regula o comportamento dos Estados.” (ligado à Paz de Vestfália).
GUERRA: “Caracteriza-se pelo conjunto de normas que regulam as diversas relações existentes entre os múltiplos atores que compõem a sociedade internacional.”
3 Direito Internacional Público
NASCIMENTO e ACCIOLY (conceito conciliador): o conjunto de normas jurídicas que regulam as relações mútuas dos Estados e, subsidiariamente, as das demais pessoas internacionais, como determinadas organizações, e dos indivíduos. 
PORTELA: “ramo do Direito que visa a regular as relações internacionais e a tutelar temas de interesse internacional, norteando a convivência entre os membros da sociedade internacional, que incluem não só os Estados e as organizações internacionais, mas também outras pessoas entes como os indivíduos, as empresas e as organizações não-governamentais (ONG’s), dentre outros.”
3 Direito Internacional Público
		ENTENDIMENTO CLÁSSICO 	ENTENDIMENTO MODERNO
	Atores	Estados e Organizações internacionais	-Estados; 
-Organizações internacionais; 
-Indivíduo; 
-Empresas (especialmente as transnacionais e aquelas com negócios internacionais); 
-ONG’s etc.
	Matéria a regular	Relações interinstitucionais, envolvendo Estados e organizações institucionais.
	-Relações entre Estados e organizações internacionais;
-Cooperação internacional;
-Relações entre qualquer ator internacional envolvendo temas de interesse global.
Elementos do Conceito de Direito Internacional 
	OBJETO
	▪ Reduzir a anarquia na sociedade internacional e delimitar as competências de seus membros;
	▪ Regular a cooperação internacional;
	▪ Conferir tutela adicional a bens jurídicos aos quais a sociedade internacional decidiu atribuir importância; 
	▪ Satisfazer interesses comuns dos Estados.
3 Direito Internacional Público
	Conceito ou definição?
“o conjunto de normas jurídicas que rege a comunidade internacional, determina direitos e obrigações dos sujeitos, especialmente nas relações mútuas dos estados e, subsidiariamente, as das demais pessoas internacionais, como determinadas organizações, bem como dos indivíduos” (ACCYOLI)
“teorias que abrangem o estudo das entidades coletivas, internacionalmente reconhecidas – Estados, organizações internacionais e outras coletividades –, além do próprio homem, em todos os seus aspectos, incluindo os princípios e regras que regem tais sujeitos de direito nas respectivas atividades internacionais” (HUSEK)
“sistema jurídico autônomo, onde ordenam as relações entre Estados soberanos” (REZEK)
Doutrina
“conjunto de princípios e regras jurídicas (costumeiras e convencionais) que discipliname regem a atuação e a conduta da sociedade internacional (formada pelos Estados, pelas organizações internacionais intergovernamentais e também pelos indivíduos), visando alcançar as metas comuns da humanidade e, em última análise, a paz, a segurança e a estabilidade das relações internacionais” (MAZZUOLI)
 A definição de Mazzuoli procura abranger os três critérios que comumente são utilizados de maneira isolada pelos autores que escrevem sobre o DIP:
“conjunto de princípios e regras jurídicas (costumeiras e convencionais)”
Critério das fontes normativas
“que disciplinam e regem a atuação e a conduta da sociedade internacional (formada pelos Estados, pelas organizações internacionais intergovernamentais e também pelos indivíduos)”
Critérios dos sujeitos intervenientes
“visando alcançar as metas comuns da humanidade e, em última análise, a paz, a
segurança e a estabilidade das relações
internacionais”
Critério das matérias reguladas
	Diversas são as denominações que o DIP vem recebendo através dos
tempos :
Jus gentium (Direito Romano)
Direito transnacional
Direito das Gentes, Direito dos Povos, Direito dos Estados, Direito das Nações (Law of Nations - países anglo-americanos; Droit des gens; Diritto Internazionale; Völkerrecht);
Direito Internacional é a expressão moderna e consagrada, estando sedimentada na prática internacional. Foi utilizada pela primeira vez por Jeremy Bentham, no final do século XVIII, mais precisamente em 1789.

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