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Reprodução piscicultura

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Reprodução 
A tilápia apresenta maturação sexual precoce com desova parcelada e reprodução natural em viveiros. Segundo Peña-Mendonza (2005), ela atinge sua maturação sexual com tamanho aproximado de 152 mm e com 40 gramas de peso. Para evitar a reprodução durante o período de produção os piscicultores utilizam plantéis monossexo masculino (RODRIGUES et al., 2013).	Os machos de Oreochromis niloticus fazem ninhos no fundo do tanque, onde a fêmea deposita seus ovos. Após a fecundação a fêmea protege a prole incubando os ovos na boca. 
As gônadas dos machos são formadas por duas estruturas alongadas e de forma lobular, localizadas dentro da cavidade celomática entre a parte dorsal da cavidade e a bexiga natatória. As gônadas das fêmeas consistem em ovários pares alongados, achatados dorsoventralmente, situados na cavidade celômica, à qual está ligada pelos mesovário em posição ventral à bexiga natatória (NOGUEIRA, 2003). 
No Brasil, as pisciculturas realizam a reprodução em viveiros ou em laboratórios com incubação artificial. O primeiro método é menos eficiente, pois durante a coleta de nuvem não é possível coletar todas as larvas, comprometendo a eficiência da reversão sexual, pois as larvas que sobraram da reprodução anterior não poderão mais ser revertidas nas próximas coletas, tendo em vista que o tratamento hormonal para masculinização só pode ser realizada com eficiência em larvas recém-eclodidas. 
Na incubação artificial dos ovos, estes são coletados da boca da fêmea e levados a incubadoras onde permanecem até a eclosão. As larvas recém eclodidas são carregadas pelo fluxo da água até as bandejas e a partir deste momento tem início tratamento para a reversão sexual com larvas que apresentam a mesma idade (RODRIGUES, 2013).
A técnica mais prática para se realizar o processo de masculinização das tilápias é o emprego de hormônios masculinizantes às pós-larvas. Esta técnica é de fundamental importância para o cultivo racional da tilápia do Nilo, pois a obtenção de indivíduos machos para a engorda é importante, pois estes tendem a crescer mais que as fêmeas (MEURER et al., 2005).
Procedimentos para Masculinização As matrizes e reprodutores são colocados nos viveiros na proporção de um macho para duas fêmeas. A cada postura, obtêm-se de 1.000 a 1.500 pós-larvas. Logo após a reprodução são passadas rede com malha de 500 micras, para coletar apenas as pós-larvas que serão transportadas em um balde com água até o laboratório onde passam por uma seleção que se dá através de uma malha de 3mm (azul), onde estas pós- larvas serão contadas e colocadas em bandejas. A contagem se dá por estimativa de uma peneira, onde cada peneirada conta-se aproximadamente 3.500 unid. de pós larvas. Após a contagem são transportadas para os locais de masculinização denominados “HAPAS”. 
Nas hapas será ofertada ração com hormônio para que ocorra a masculinização que acontece num período de até vinte e oito (28) dias. Estas pós-larvas são alimentadas quatro a seis vezes ao dia (Figura 2), com ração contendo o hormônio masculinizante “17-α-metiltestosterona” até completar um mês (KUBITZA, 2000). 
Para se preparar a ração que contribuirá na masculinização utiliza-se álcool 54° etílico hidratado – 46,3° INPM, para fixar o hormônio no alimento na proporção 1,5g de 17-αmetiltestosterona para cada 5 litros de álcool. Essa solução é adicionada a 25 kg de ração farelada, resultando em 60mg do hormônio/kg de ração. 
A masculinização só é feita até a fase pós-larva com o fornecimento de ração que contenha um hormônio masculinizante, na proporção de 40 a 60 mg do hormônio por kg de ração em pó muito fina (0,6 mm) com proteína bruta variando entre 40 a 48% durante 28 dias. Após ocorrer a sua maturação os alevinos estão pesando em torno de (1 a 1,5g) que já podem ser comercializados para a fase de engorda.
 Reversão sexual dos alevinos
O sistema de criação de peixes em tanques-rede é considerado como um sistema intensivo com renovação contínua de água. É uma das formas mais intensivas de criação atualmente praticadas, e tem-se tornado popular devido ao fácil manejo e rápido retorno do investimento, além de ser uma excelente alternativa para a produção de peixes em corpos d’água onde a prática da piscicultura convencional não é viável. A piscicultura em tanque-rede também possibilita o aproveitamento de ambientes aquáticos já existentes: oceanos, rios, grandes reservatórios, açudes entre outros. 
Para o manejo bem-sucedido dos alevinos é necessário manter o controle de quantos peixes existem nos tanques, por isso é recomendado a Reversão Sexual dos Alevinos.
O porquê da Reversão Sexual
A reversão sexual é necessária para se evitar a procriação dos peixes quando eles atingem a fase adulta. A existência de um número fixo de exemplares nos tanques-rede facilita o manejo e possibilita uma despesca uniformizada.
Há grande dificuldade de promover a separação por método físico ou visual, por causa da semelhança entre fêmeas e machos. A melhor solução é recorrer ao método da reversão sexual, por meio de hormônios.
Para fazer a reversão sexual as matrizes são mantidas em temperatura controlada a 28°C, logo após a eclosão das larvas (essas são tratadas com ração farelada contendo metil-testorana para processar a reversão sexual.). O método de controle da temperatura e imersão assegura a reversão com uma taxa de 99%.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está analisando a possibilidade de regulamentar a utilização de hormônio para reversão sexual.
Lavircultura
Assim que nascem, as larvas dos peixes não possuem a boca aberta nem o trato digestivo formado, dependendo exclusivamente da reserva de nutrientes no saco vitelínico. Algumas horas ou alguns dias de vida e a boca da larva se abre e esta pode iniciar a captura de alimentos externos. Neste momento a larva passar a ser chamada de pós-larva.
Tanto a larva como a pós-larva em nada lembram o peixe adulto. Geralmente não possuem as nadadeiras totalmente formadas e as brânquias ainda estão em processo de formação. A respiração das larvas e pós-larvas é cutânea (a troca de gases é efetuada por uma rede de capilares sanguíneos distribuída imediatamente abaixo da pele, por quase toda a superfície do saco vitelínico). Larvas e pós-larvas também apresentam pouca pigmentação.
As pós larvas passam a ser chamadas de alevinos quando estas apresentam características que já lembram os exemplares adultos, como a presença de todas as nadadeiras, a respiração branquial e a forma do peixe adulto. O peixe só deixa de ser alevino quando atinge maturação sexual. Assim, tecnicamente poderíamos chamar de alevino ou juvenil são mais utilizados para designar os peixes quando estes ainda apresentam pequeno porte.
O alimento natural e o desenvolvimento do trato digestivo das pós-larvas
Pós-larvas de algumas espécies, por exemplo, ás larvas das trutas, das tilápias e do bagre do canal, apresentam o trato digestivo bem formado, sendo capazes de aproveitar rações finalmente moídas já em sua primeira alimentação externa. No entanto, as pós-larvas da maioria das espécies de peixes nativos apresentam um trato digestivo rudimentar ou incompleto, não sendo capazes de aproveitar de imediato as rações. 
Estás pós-larvas necessitam ingerir organismos vivos como o primeiro alimento. Dentre estes organismos estão, em ordem de tamanho, os protozoários, os rotíferos, os náuplios de copédodos e as formas jovens de cladóceros e, finalmente os copépodos e cladóceros adultos. 
As enzimas presentes nestes organismos vivos auxiliam a digestão do alimento ingerido e estimulam o desenvolvimento do trato disgestivo das pós-larvas. Assim, nas espécies com trato digestivo rudimentar, o alimento natural é imprescindível para assegurar um bom desenvolvimento e uma adequada sobrevivência das pós-larvas. 
Diversos piscicultores alimentam as pós-larvas ainda nas incubadoras com ração, leite em pó, gema de ovo ou cozida, levedura e diversos outros produtos. A maioria das pós-larvas não são capazes de aproveitar diretamente os nutrientespresentes nestes alimentos.

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