Buscar

Educação Rocindes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UniEVANGÉLICA 
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO POR PRINCÍPIOS 
 
 
GUEDES JOSÉ DE OLIVEIRA FILHO 
RAFAEL DE CARVALHO ZIMMERMANN 
ROCINDES JOSÉ CORRÊA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABORDAGEM EDUCACIONAL POR PRINCÍPIOS 
EM MISSÕES TRANSCULTURAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁPOLIS - GO 
2020 
 
 
 
 
GUEDES JOSÉ DE OLIVEIRA FILHO 
RAFAEL DE CARVALHO ZIMMERMANN 
ROCINDES JOSÉ CORRÊA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABORDAGEM EDUCACIONAL POR PRINCÍPIOS 
EM MISSÕES TRANSCULTURAIS 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Centro Universitário de Anápolis - 
UniEVANGÉLICA como requisito parcial para 
a obtenção do Título de Especialista em 
Educação por Princípios. 
Orientador: André de Souza Lima 
 
 
 
 
 
ANÁPOLIS - GO 
2020 
 
 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
GUEDES JOSÉ DE OLIVEIRA FILHO 
RAFAEL DE CARVALHO ZIMMERMANN 
ROCINDES JOSÉ CORRÊA 
 
 
ABORDAGEM EDUCACIONAL POR PRINCÍPIOS 
EM MISSÕES TRANSCULTURAIS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Centro Universitário de Anápolis - 
UniEVANGÉLICA como requisito parcial para 
a obtenção do Título de Especialista em 
Educação por Princípios 
 
 Anápolis, 30 de maio de 2020. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Esp. André de Souza Lima 
Orientador 
 
 
________________________________________________ 
Profa. Ma. Cheila Cristina Müller Goergen 
Convidado 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Dr. Marcos Flávio Portela Veras 
Convidado
3 
 
 
 
 
ABORDAGEM EDUCACIONAL POR PRINCÍPIOS 
EM MISSÕES TRANSCULTURAIS 
 
Guedes José de Oliveira Filho1 
Rafael de Carvalho Zimmermann2 
Rocindes José Corrêa3 
Orientador: Especialista André Souza Lima
4 
 
Resumo: Com o objetivo de contribuir para uma reflexão sobre educação, especialmente no que diz respeito aos 
referenciais filosóficos que embasam os processos educacionais, este trabalho apresenta uma pesquisa 
bibliográfica de um breve panorama histórico da educação cristã. Mostra a relação entre os conceitos de cultura, 
cosmovisão e comunicação transcultural como determinante para a formulação de uma proposta educacional 
relevante em qualquer tempo ou lugar. Uma linha do tempo demonstra, com base na ética bíblica, como a 
cosmovisão cristã definiu os modelos educacionais em diferentes épocas na História da Humanidade, permeando 
as grandes transformações na sociedade. A partir destas bases, o trabalho estabelece as relações entre os conceitos 
fundantes e os fatos históricos na concepção da Abordagem Educacional por Princípios (AEP). Uma lista de 
exemplos é apresentada, bem como uma pesquisa científica em que foi possível estabelecer relação causa-efeito 
entre ação missionária, proposta educacional e desenvolvimento social, em determinadas regiões ou contextos. 
Conclui-se, sendo possível observar como os pilares da Educação por Princípios foram empregados com êxito e 
estrategicamente agregados a projetos missionários cristãos, em ambientes transculturais. 
 
Palavras Chave: Educação, Cosmovisão Cristã, Transculturalidade. 
 
Abstract: In order to contribute to a reflection on education, especially with regard to the philosophical references 
that underlie educational processes, this work presents a bibliographic research and a brief historical overview of 
Christian education. It shows the relationship between the concepts of culture, worldview and cross-cultural 
communication as a determinant for the formulation of a relevant educational proposal at any time or place. A 
timeline demonstrates, based on biblical ethics, how the Christian worldview defined educational models at 
different times in human history, permeating major transformations in society. From these bases, the work 
establishes the relationships between the founding concepts and the historical facts in the conception of the 
Educational Approach by Principles AEP. A list of examples is presented, as well as a scientific research in which 
it was possible to establish a cause-effect relationship between missionary action, educational proposal and social 
development, in certain regions or contexts. In conclusion, it is possible to observe how the pillars of Education 
by Principles were successfully used and strategically added to Christian missionary projects, in cross-cultural 
environments. 
 
Keywords: Education, Christian Worldview, Transculturality. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Evangelizar é comunicar os valores do Evangelho a alguém que ainda não os conhece, 
na expectativa de que esse novo conhecimento, as Boas-Novas, produzam verdadeiras 
transformações naqueles que a recebem, assim pode-se dizer que evangelizar é educar para a 
 
1 Graduação em Teologia. E-mail: guedesjose858@gmail.com. 
2 Graduação em Marketing. E-mail: cvnrafael@hotmail.com. 
3 Graduação em Ciências Aeronáuticas. E-mail: rocindes.correa@unievangelica.edu.br 
4 Graduação em Teologia e História. Especialista Educação Religiosa Escolar e Teologia Comparada. E-mail: 
lima.religiao@gmail.com 
4 
 
 
 
salvação. Expressões bíblicas como "fazer discípulos" ou "ensinar as nações " reforçam a ideia 
de que a missão do povo de Deus seria de caráter educacional e transcultural. 
Uma ação evangelizadora integrada a uma educação transformadora deve partir do 
pressuposto que a verdadeira educação é aquela fundamentada nos princípios de Deus, contidos 
em sua Palavra, e que devem nortear as relações das pessoas com Ele, com seus semelhantes e 
até com a natureza. Ou seja, só é possível cumprir a missão de Deus observando os Princípios 
de Deus. 
O foco do trabalho missionário é fazer com que o Evangelho seja pregado, ouvido, 
entendido e crido em todas as nações para a salvação dos povos, segundo a Grande Comissão 
de Jesus Cristo para sua Igreja, em Mateus 28:18-20. A mensagem do Evangelho tem esse 
poder em si mesma. Porém, quando se aprofunda no entendimento da missão e olhando para o 
ministério de Jesus Cristo na terra, verifica-se que a responsabilidade missionária vai muito 
além da pregação (BÍBLIA ARA, 2017). 
Fazer discípulos de todas as nações inclui o ensino dos princípios e valores do Reino 
de Deus de modo que todas as coisas sejam observadas e guardadas. Isso aponta para uma 
Educação ministrada com excelência e eficácia, capaz de adequar todo processo de ensino e 
aprendizagem, com a finalidade de formar uma geração transformada e transformadora. 
Quando a missão de evangelizar envolve comunicar os valores do Evangelho a pessoas 
em outros limites geográficos e diferentes contextos socioculturais, caracteriza-se a 
evangelização transcultural, na qual a complexidade do processo de comunicação é ainda maior. 
Assim, a tarefa missional deve integrar-se a uma educação, que só será transformadora, quando 
adotar princípios éticos e morais. 
A Abordagem Educacional por Princípios (AEP) pode contribuir significativamente 
com esse processo de comunicação intercultural e transformador, por basear-se em 
fundamentos como a soberania de Deus e a dignidade do homem e utilizar ferramentas e 
métodos que valorizam a individualidade das pessoas e suas reais necessidades, valendo-se de 
professores e gestores que também adotam princípios de Deus como Caráter e Mordomia. 
Para facilitar um pouco mais a compreensão do assunto e tornar a leitura mais 
prazerosa, o texto foi construído em quatro capítulos, sendo o capítulo primeiro trata-se desta 
introdução. No segundo capítulo estão apresentados os conceitos de cultura e cosmovisão, com 
destaque à cosmovisão do Cristianismo, segmento religioso a que foi delimitada a pesquisa. Em 
seguida apresenta-se o conceito de Educação, com ênfase no processo comunicacional, 
especialmente na comunicação transcultural,para então, serem apresentadas as bases da AEP, 
5 
 
 
 
objeto deste estudo. Já sendo possível observar que, conceitualmente, existem relações entre 
Cultura, Comunicação, Educação e princípios. 
O Terceiro capítulo inicia-se com uma linha do tempo, de maneira que seja possível 
relacionar as principais fases do pensamento judaico-Cristão, na História da Humanidade. O 
estudo passa a destacar o primordial papel da educação nesse processo: como aconteceu, seus 
principais atores, filosofias e métodos, buscando identificar os pontos convergentes com os 
fundamentos propostos pela AEP, nas épocas e modelos educacionais estudados: Judaísmo, 
início da Era Cristã, Escolástica, Reforma Protestante, os Puritanos no Novo Mundo, chegando 
aos dias atuais. 
O quarto e último capítulo, numa pesquisa bibliográfica, lista diversos casos concretos 
em que a educação foi parte integrante da ação evangelizadora em ambiente transcultural. São 
citados exemplos em diferentes países e pesquisas científicas já realizadas, sendo possível 
observar que missionários educadores se valeram dos fundamentos da AEP, com resultados 
expressos em ressignificação cultural, transformação social e desenvolvimento econômico. 
Para finalizar a pesquisa, apresentam-se as considerações, com algumas reflexões finais sobre 
a matéria apresentada no texto, além de alguns julgamentos pertinentes ao assunto abordado. 
A pesquisa, por meio de uma breve reflexão histórica em forma de revisão 
bibliográfica, busca responder à seguinte pergunta: Entendendo a Educação como parte 
integrante da evangelização transcultural, como a AEP foi considerada e utilizada por diversos 
atores na atividade cristã missionária, ao longo dos tempos e em diversos contextos e situações? 
Tal problemática foi discutida e a resposta à indagação acima foi construída no transcorrer da 
pesquisa. 
Após a questão levantada, vieram os objetivos, sendo que de uma maneira geral a 
intenção foi contribuir para uma reflexão sobre educação, em contextos transculturais, 
especialmente no que diz respeito aos referenciais filosóficos que embasam os processos 
educacionais. E de uma maneira mais peculiar, teve-se como fim mostrar a relação entre os 
conceitos de cultura, cosmovisão e comunicação transcultural, na educação; apresentar uma 
linha do tempo, demonstrando como a cosmovisão cristã definiu modelos educacionais em 
diferentes épocas na História da Humanidade; exemplificar, com citação de casos em que a 
Educação por Princípios foi parte integrante da ação evangelizadora em ambiente transcultural. 
Para o cumprimento da investigação utilizou-se, como metodologia, a pesquisa 
bibliográfica. Deste modo, alguns passos foram observados, ou seja, a escolha do objeto; a 
delimitação do tema; o reconhecimento das obras que foram utilizadas; a reunião destas; o 
6 
 
 
 
exame e a interpretação do assunto e por último a redação do texto, sendo que o mesmo passou 
por uma revisão austera com o intuito de corrigir o todo para que se pudesse apresentar um 
trabalho com coerência e coesão textual, criticidade, logicidade e precisão nos argumentos 
postos. 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 CULTURA, COSMOVISÃO E COMUNICAÇÃO TRANSCULTURAL NA 
EDUCAÇÃO POR PRINCÍPIOS. 
 
Para melhor elucidação do conteúdo discorrido neste trabalho foram apresentados a 
seguir conceitos e definições a partir do referencial da AEP, conforme apresentados nos 
documentos da Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios (AECEP). A AEP é 
uma concepção de ensino e aprendizagem que parte do raciocínio sobre verdades bíblicas e 
identifica os fundamentos do conhecimento, conduzindo à reflexão da causa para o efeito 
visando produzir competência realizadora e caráter cristão. Sua aplicação consistente contribui 
para formar erudição baseada numa cosmovisão cristã e líderes servidores, aptos a cumprir os 
propósitos de Deus com suas vocações (AECEP, 2013). 
Toda abordagem educacional deve ter filosofia, metodologia e currículo, porém, para 
que seja aplicada em uma cultura diferente é necessário um prévio estudo antropológico para 
conhecer a cultura, a cosmovisão, a língua e o modelo educacional existente, e assim poder 
utilizar as ferramentas desta abordagem para transmitir conhecimento de forma relevante. 
 
2.1.1 Conceito de Cultura 
 
O conceito de cultura, segundo estudos publicados pelo Jornal American 
Anthropologist (Vol. XIX, 1917) citado por Lidório (2008, p. 8) é “todo comportamento 
aprendido, assimilado, avaliado e sujeito a progressos; tudo aquilo que independe de uma 
transmissão genética”. 
7 
 
 
 
Jacques Turgot1 e Jean-Jacques Rousseau2 nesta trilha, defenderam a transmissão do 
conhecimento como fator responsável pela cultura e desembocaram na ideia da educação como 
agente responsável pela formação do homem. 
Já Hilbert (apud LIDÓRIO, 2011, p. 29-30) conceitua cultura como “os sistemas mais 
ou menos integrados de ideias, sentimentos, valores e seus padrões associados de 
comportamento e produtos, compartilhados por um grupo de pessoas que organiza e 
regulamenta o que pensa, sente e faz”. 
Constata-se, portanto que Cultura é informação, isto é, um conjunto de conhecimentos 
teóricos e práticos que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos vindouros. É o 
resultado dos modos como os diversos grupos humanos resolveram os seus problemas ao longo 
da história. A cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a 
realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos. 
 
2.1.2 Conceito de Cosmovisão 
 
A cosmovisão de um povo estabelece os princípios fundamentais da sua cultura. Esta 
por sua vez, afeta todas as áreas e instituições da vida: educação, política, desenvolvimento e 
economia. Para conhecer a cultura e a cosmovisão de um povo, é necessário observação, 
pesquisa e análise de seus padrões de pensamentos, crenças, ideias e pressuposições sobre o 
mundo e suas heranças de geração em geração. Tudo isso vai determinar a maneira que o 
indivíduo interpretará o mundo, os acontecimentos, bem como as informações que o mesmo 
receberá no processo de ensino e aprendizagem. 
Praticamente, todas as culturas vivem na perspectiva de dois mundos, ou duas 
dimensões: a natural e a transcendente, a material e a espiritual, o físico e o metafísico, corpo e 
alma, fé e razão, e assim por diante. A maneira como estes dois “mundos” se relacionam, na 
compreensão de cada povo, define sua cosmovisão. É a partir dessa relação que se estabelecem 
os pressupostos que definem a maneira de ver o mundo e como se respondem às grandes 
questões da existência, Tais como: Criação ou surgimento do universo, fenômenos da natureza, 
origem e propósito da vida, a existência de Deus ou outras divindades, quem somos, destino 
final, coisas do futuro, etc. 
 
1 TURGOT, Jacques (1727-1781). Plano para dois discursos sobre a história universal. 
2 ROUSSEAU, Jean-Jacques (1712-1778). Discurso sobre a origem e o estabelecimento da desigualdade entre os 
homens. 1775. 
8 
 
 
 
De certa maneira, também, pode-se relacionar diferentes cosmovisões às principais 
correntes filosóficas. Assim, para o TEISMO, há um Deus que criou o mundo e o mantém, 
criou o homem e com ele se relaciona; para o DEISMO, há uma divindade criadora, mas deixa 
o mundo seguir seu próprio rumo, bem como os homens; já para o NATURALISMO, não existe 
um Deus criador, tudo se resume em espaço, tempo, e matéria. Enquanto para o PANTEISMO 
tudo pode ser deus. Estas correntes fornecem também as bases para as principais religiões, a 
saber: o Cristianismo está para o Teísmo, como o Agnosticismo está para o Deísmo, o Ateísmo 
para o Naturalismo, enquanto as religiões animistas se alinham ao Panteísmo. 
 
2.1.3 Conceito de Educação 
 
Segundo Rinaldi et al (2018, p. 16) “educação é um conjunto de instruções e 
disciplinas que visam iluminaro entendimento, corrigir o temperamento, formar maneiras e 
hábitos no indivíduo, de forma a torná-lo apto para cumprir plenamente a sua vocação perante 
Deus e a sociedade”. 
A educação cristã é o ensino sistemático e consistente tendo como o seu fundamento 
a Bíblia, e seu objetivo final é formar discípulos de Cristo. 
Educação também é evidenciada por Giles (apud BORGES, 2017, p. 175) como sendo 
“A enculturação visa transformar a criança, naturalmente egocêntrica, no adulto participante da 
cultura do grupo [...] é a cultura que vai determinar, em grande parte, o seu desenvolvimento 
intelectual, emocional e espiritual, preparando-a para perceber e reagir ao ambiente em vive.” 
Sendo a Educação o processo pelo qual se transmite, ou se comunica tais valores, 
crenças e conhecimentos às gerações futuras, definindo, inclusive filosofias, currículos e 
métodos, pode-se afirmar que há uma relação intrínseca entre Cultura, Cosmovisão, Religião e 
Educação, com especial atenção ao processo comunicacional. 
 
2.1.4 Comunicação Transcultural 
 
Em face destes conceitos, faz-se necessário pontuar o principal obstáculo a ser 
ultrapassado pela educação: uma comunicação eficaz. Sem comunicação não existe educação. 
Quando estamos vivendo em outro contexto cultural é necessário um conhecimento prévio da 
cosmovisão que permeia a sociedade. 
9 
 
 
 
De acordo com o Webster's Dictionary (1828) comunicação é “o ato de transmitir, 
conferir ou entregar de um para outro; como a comunicação de conhecimentos, opiniões ou 
fatos. Relações por palavras, letras, sinais ou mensagens; intercâmbio de pensamentos ou 
opiniões, por conferência ou outros meios”. 
Modernamente, em um conceito expandido, assim se define comunicação: 
Provêm do termo latim “communis”, que significa comum, por esse motivo, ao 
comunicar-se se estabelece algo comum com alguém. A comunicação como conceito 
é um processo de interação social através de símbolos e sistemas de mensagens que 
produzem como parte da atividade humana. A comunicação é uma atividade inerente 
à natureza humana que implica a interação e a posição comum de mensagens com 
significados, através de diversos canais e meios para influir, de alguma maneira, no 
comportamento de outros e na organização e desenvolvimento dos sistemas 
sociais. Disponível em: <https://queconceito.com.br/comunicacao.> Acesso em: 17 
jun 2020. 
 
 A comunicação, portanto, pode ser definida como processo em que uma informação 
(formal ou informal) é transmitida, decodificada, interpretada e associada ao universo de quem 
a recebe. Isso depende, é claro, de sua aceitação ou rejeição. 
Lidório (1998, p. 37) valendo-se do conceito de interpretação cognitiva, como 
pressuposto antropológico conforme defendido por M. W. Bourret, afirma que “de várias 
formas, cultura é comunicação... e que cada forma cultural é repleta de valores de expressão, 
atitudes e conotações que variam de pessoa a pessoa e de grupo a grupo.” 
 
2.1.4.1 Elementos da Comunicação 
Uma mensagem só é compreendida quando se consegue decodificá-la. E para 
decodificá-la faz-se necessário identificar os códigos utilizados. O processo de criptografia 
utilizado para salvaguardar mensagens confidenciais é semelhante. Uma mensagem, em 
Português, por exemplo, passa por um processo criptográfico que a torna ilegível. Para 
criptografá-la, porém, é necessário a utilização de um código predefinido, pois este deve ser o 
mesmo utilizado para descodificá-la e assim torná-la idêntica à sua forma original. Os agentes 
distintos, quem envia e quem recebe, precisam, portanto, partilhar o mesmo código. Quando tal 
mensagem cai em mãos adversárias, utilizam programas para descobrir o código usado, ou um 
https://queconceito.com.br/organizacao
https://queconceito.com.br/desenvolvimento
10 
 
 
 
código próximo. Se descobrem um código próximo, conseguem muitas vezes lê-la, mas não 
com perfeição. Na guerra fria esses processos custaram caro, pois transmitiam mensagens 
partidas ou com sentido inexato. O fato é que, quanto mais próximo for o código mais perfeita 
será a compreensão da mensagem. (LIDÓRIO, 2011). 
Culturalmente falando, existem códigos universais que fazem com que a humanidade 
possa partilhar de valores também universais. Há, porém, códigos particulares que definem 
identidade social, grupal ou étnica do cada indivíduo. Tais códigos particulares fazem com que 
uma pessoa compreenda bem sua própria mensagem, porém, se for transmitida com seus 
próprios códigos, aquele que a recebe terá incrível dificuldade para compreendê-la. A não ser 
que o agente que a recebe possua habilidade para interpretar os códigos de quem a envia. 
 
2.1.4.2 Códigos Receptores 
Segundo Lidório (2011, p. 10) ao se transmitir uma mensagem, a do Evangelho, por 
exemplo, precisa-se pensar nos códigos receptores. “Tais códigos são, possivelmente, o capítulo 
principal na vida de alguém que deseja transmitir uma mensagem que seja plenamente 
compreendida. Tais códigos receptores envolvem a língua, a cultura e o ambiente.” 
Imagem 1:Teoria do Iceberg Cultural 
Fonte: Repositório digital do Google imagens (2020) 
11 
 
 
 
 
A Teoria do Iceberg aplicada à comunicação indica que a esmagadora maioria dos 
fatores que influenciam no processo comunicacional não são os funcionais, aqueles que 
aparecem, e sim os internos, menos perceptíveis, impregnados na cultura dos interlocutores, 
mas que realmente definem o teor e sentido do que se comunica. 
 
 
2.1.5 Relação entre a Comunicação Transcultural e a AEP 
 
As teorias acima referenciadas, inevitavelmente, relacionam a proposta da AEP, com 
os modelos de comunicação transcultural. Só os educadores ancorados em valores mais 
profundos, podem produzir mudanças de comportamento igualmente profundas em seus alunos. 
Os princípios aqui relacionados são Caráter, Semeadura e Colheita. 
Por isso, é importante primeiramente, decodificar a sociedade, conhecendo o mais 
profundo possível a cultura que há de receber a nova mensagem, e utilizar códigos apropriados 
para traduzir a mesma, numa coerência com os fundamentos da AEP. Assim, o conteúdo 
acadêmico, sob a ótica da Palavra de Deus poderá chegar de forma clara, compreensível e 
aplicável, primeiramente aos educadores e, consequentemente, para os alunos. O trabalho, 
portanto, é feito na fonte, ou seja, por aquele que pretende transmiti-lo. 
 
2.1.6 Contextualização dos Princípios e Verdades Bíblicas 
 
Contextualizar é tentar comunicar a mensagem, trabalho, Palavra e desejo de Deus de 
forma fiel à sua revelação e de maneira significante e aplicável nos distintos contextos, sejam 
culturais ou existenciais, ele expõe um desafio à Igreja de Cristo: comunicar o Evangelho de 
forma teologicamente fiel e ao mesmo tempo humanamente inteligível e relevante 
(HESSELGRAVE, 1984). 
 Este é o desafio educacional e missional que se busca alcançar ao se implementar 
a Abordagem Educacional por Princípios em um contexto transcultural. A meta deve ser 
comunicar de forma inteligível, relevante e contextualizada, os Princípios e Verdades da 
Palavra de Deus, integrando-as aos conteúdos acadêmicos, currículos e métodos, em uma 
proposta alinhada com a filosofia da AEP, que tem por pilares os sete princípios de Deus, 
12 
 
 
 
conforme a cosmovisão bíblica e cristã, a saber: Soberania, Caráter, Mordomia, 
Individualidade, Aliança, Autogoverno e Semeadura-Colheita. 
 
 
 
2.2 BREVE HITÓRICO DA EDUCAÇÃO EM MISSÕES 
 
Imagem 2: Linha do tempo da educação no cristianismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
13 
 
 
 
Ao apresentar a Linha do Tempo da Educação expõe-se uma abordagem sucinta de 
cada um dos principais eventos e seus personagens que foram decisivos para a formação da 
Cosmovisão Cristã através de princípios essenciais que demonstram uma Educação como 
responsávelpelo desenvolvimento integral do indivíduo e uma construção e manutenção de 
uma sociedade com propósito ético à luz das Escrituras Sagradas, totalmente responsável, 
sustentável e equilibrada, onde o ser humano possa ser instruído para que como relata 2 Tm. 
3:17 “dessa forma, quem pertence a Deus pode ser plenamente equipado para toda boa obra.”. 
(BÍBLIA ARA, 2017). 
 
2.2.1 A pedagogia de Jesus 
 
No Novo Testamento pode-se afirmar que a educação era integral, ou seja, instruindo 
a criança a não só aprender as disciplinas propostas, mas a ter conhecimento de Deus e ter um 
ofício. Ao falar de Jesus fica claro esses objetivos aplicados por seus pais humanos, que era o 
costume do povo Judeu, como descreve Dt 6:6-9. 
 
Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus 
filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, 
e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre 
os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. (BÍBLIA ARA, 
2017). 
 
Nos relatos de Lucas 2:40, o autor afirma que Jesus “crescia em sabedoria, em estatura, 
e em graça para com Deus e os homens”. Além do ensino da Lei, dos livros sagrados do Antigo 
Testamento, Ele foi ensinado a ter um ofício. Conforme Prince (1980, p. 5) afirma em sua obra 
A Pedagogia de Jesus. 
 
Ninguém esteve melhor preparado, e ninguém se mostrou mais idôneo para ensinar 
do que Jesus. No que toca às qualificações, bem como noutros mais respeitos, Jesus 
foi o mestre ideal. Isto é verdade tanto visto do ângulo divino' como do humano. No 
sentido mais profundo, Jesus foi "um mestre vindo da parte de Deus". Muitos 
elementos contribuíram para prepará-lo eficientemente para o magistério. Alguns 
elementos eram meramente humanos; outros, divinos; alguns lhe eram inerentes, e 
outros, ele os desenvolveu. Quando os consideramos, nos sentimos estimulados e 
inspirados para cumprir nossa tarefa de professor. 
 
Observa-se, portanto, que Jesus é o personagem mais estudado em toda a história e de 
várias formas, seja como líder religioso, filho e Deus, como mestre ou como uma liderança 
revolucionaria. Vale destacar que Jesus como Educador Modelo, pensando em como ele 
14 
 
 
 
exerceu seu ministério que abordava a todos, adultos, crianças, todas as classes sociais distintas. 
Aqui a abordagem será a docência de Jesus com seu público principal: os adultos. Quanto à 
Pedagogia de Jesus Andrade (2000, p. 109) faz a seguinte exposição: 
 
Jesus como professor por excelência é conhecido como mestre dos mestres. Seus 
adversários mais ferrenhos não lhe puderam negar essas qualidades, pois Jesus 
revolucionou não somente o ensino de seu tempo, como tampem de todas as épocas. 
Ele falava por meio de Parábolas, usava a dicção profética, salmodiava quando seus 
discípulos pediam que os ensinasse a orar. Como professor era profeta, salmista e 
pregador. O Senhor Jesus foi o educador por excelência porque seus ensinos tinham 
qualidade total. Discorrendo acerca dos dons de serviço, o apostolo Paulo comparou 
o ensino a uma chama divina. De modo que como descrito em Rm. 12:7 ‘tendo 
diferentes dons, segundo a graça que nos é dada; se é ensinar, haja dedicação ao 
ensinar’ Jesus usava a Andragogia.3 
 
Jesus, esse mestre por excelência viveu e ensinou sempre aplicando os princípios 
fundamentais para uma transformação do homem de forma integral, como escreveu Jehle (2015, 
p. 78) desafiando o sistema educacional a aprender com Jesus, quando afirma que: 
 
É tempo de retornarmos a esse tipo de simplicidade. É tempo de estudarmos o Filho 
de Deus como nosso primeiro modelo de ensino. É tempo, também, de ter como nosso 
herói educacional, tanto na teoria como na prática, o mesmo que nós o reconhecermos 
como Senhor e nos submetermos ao seu senhorio. Se assim não for, seremos 
inconsistentes, na melhor das hipóteses, hipócritas na pior. 
 
Jesus revolucionou a forma do aprendizado, e, a prova disso está no que sua maneira 
de ensinar foi capar de realizar em homens distintos como eram seus discípulos. Os princípios 
aplicados por Jesus ficaram tão claros para eles que durante muitos anos foram a base utilizadas 
por eles para a formação integral dos ouvintes e continuadores da obra. 
 
2.2.2 A pedagogia de Paulo 
 
Poderia aqui utilizar qualquer outro dos apóstolos de Jesus, pois todos foram educados 
e preparados por Ele, mas Paulo de todos os demais foi alguém que teve que reaprender a 
aprender e assim ser capacitado a ensinar a outros. Nos próprios relatos de Paulo ele diz que 
aprendeu aos pés de Gamaliel, alguém realmente capaz em ensinar, mas que não possuía os 
princípios para validar sua didática, tanto é que Paulo, mesmo sendo conhecedor das letras, não 
 
3 Andragogia é a ciência que estuda como os adultos aprendem. (BELLAN 2005, p. 20) 
15 
 
 
 
sabia aplicá-las de forma correta e transformadora. Paulo, ao se encontrar com Jesus, tem sua 
vida transformada e isso fica transparente em todas as suas cartas. 
Durante sua vida ministerial Paulo se preocupou em trabalhar seus ouvintes focando a 
integralidade do homem, isto está claro na formação de Timóteo e Tito. 
A Timóteo ele orientou, conforme descrito em 2Tm 2:2 “e o que de minha parte ouviste 
através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para 
instruir a outros.” (BÍBLIA ARA, 2017). 
A Tito, como exposto em Tt 1:1, ele escreveu “Paulo, servo de Deus e apóstolo de 
Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade 
segundo a piedade,” (BÍBLIA ARA, 2017). Já em Romanos 12:2, Paulo ensina que a 
mentalidade dos ouvintes pudesse ser transformada e ele apresenta essa transformação que só 
pode ser possível através da razão, uma renovação da mente que é a base para uma experiência 
agradável do ouvinte para com Deus (BÍBLIA ARA, 2017). Vê-se claramente os princípios de 
uma educação cristã nestas palavras do apóstolo. Ele continua a instruir dizendo que cada um 
deve fazer bom uso de suas habilidades. Sabendo aproveitar seus dons para melhor viver em 
sociedade. Como pode-se confirmar em Rm 12:6,7 “...tendo, porém, diferentes dons segundo a 
graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-
nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;” (BÍBLIA ARA, 2017). 
No projeto paulino de educação o que prevalecia era a condição de compreensão e de 
mudança, ou seja, o discurso precisa ser feito de forma clara e na língua do ouvinte. Na primeira 
carta ao Coríntios 14:1-3 esse mestre discorre sobre a importância disso: “Segui o amor e 
procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis... Mas o que 
profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.” (BÍBLIA ARA, 2017). 
Paulo afirma então que só há resultado se o ouvinte entender o que está sendo dito e 
assim colocar em prática. Do ponto de vista de vista de Paulo, só contribui para o fortalecimento 
da comunidade aquele que fala a linguagem comum, em estilo de vida que contribua para a 
transformação de seus ouvintes e assim, possa ser influente onde está semeando. 
Os cristãos tem por finalidade fortalecer a educação por princípios bíblicos, assim 
como Paulo o fazia, demonstrando esta preocupação em todos os seus escritos. A proposta 
cristã, além de apresentar Deus, através da religião, deve ministrar de forma clara e inteligível 
todas as disciplinas de maneira completa e integral. 
Sem sombra de dúvidas, nos dias de Paulo a mensagem de Jesus Cristo ainda estava 
preservada. 
16 
 
 
 
 
2.2.3 Pais da Igreja 
 
Eurípides da Conceição, em seu livro “Ensinando através do Caráter” mostra a Escola 
de Alexandria, no segundo século, como modelo em que o princípio do caráter era largamenteenfatizado, sendo conhecida historicamente com uma proposta que estabelecia um diálogo entre 
a piedade e o intelecto e é considerada a “primeira Academia Cristã”. (CONCEIÇÃO, 2004) 
Conceição (2004, p. 95) cita ainda o Historiador Adolf von Harnack, que afirma: 
 
A importância da escola catequética de Alexandria na transformação do império 
pagão em império cristão e da filosofia grega em uma filosofia eclesiástica é 
imensurável. No terceiro século essa escola eliminou o politeísmo por meios 
científicos e ao mesmo tempo conservou tudo aquilo que tinha algum valor na ciência 
e cultura gregas. Os alexandrinos escreveram para os intelectuais do mundo inteiro e 
introduziram o Cristianismo na cultura mundial. 
 
Foi Orígenes4, um dos principais mestres de Alexandria, que passou a valorizar os 
estudos formais, adotando um programa educacional a começar com a gramática, a retórica e a 
literatura, chegando à Aritmética, à Geometria e à Astronomia. Ainda assim, Gregório enfatiza 
as virtudes morais e espirituais de Orígenes acima das intelectuais e que insistia com seus alunos 
que a “vida filosófica” só chegava àqueles que procurassem conhecer a si mesmo e se 
esforçassem para viver retamente. Percebe-se aqui claramente o Princípio do Autogoverno. 
Tanto Gregório quanto Clemente, recomendavam histórias e narrativas de grandes 
homens, ferramenta das biografias preconizadas pela AEP. Na escola de Alexandria a ética não 
era apenas uma disciplina do currículo, mas também seu objetivo. Segundo Mehat, Clemente 
via a função do tutor (paidagogos) como o papel de “ensinar não apenas a vida intelectual, mas 
treinar a alma e aperfeiçoa-la para uma vida virtuosa. (CONCEIÇÃO, 2004). 
A realidade do tempo de Eusébio5 de Cesária é outra. Este autor vive entre os séculos 
III e IV, momento em que o império Romano, particularmente a parte do ocidente, vive uma 
grande crise. E é nesse tempo que o cristianismo se torna uma religião importante, pois, através 
do imperador Constantino I se torna oficialmente a religião do império. Diferente da época de 
 
4 Orígenes de Cesareia (263-340 d.C.) bispo de Cesareia. Sua formação teológica foi baseada no estudo da obra 
de Orígenes. Durante os debates contra o arianismo Eusébio foi um dos principais defensores de uma posição 
mediadora, que procurava manter unificada a indefinição dogmática dos primeiros pais da Igreja. 
5 Eusébio de Cesareia (ca. 265 — Cesárea, 30 de maio de 339) (chamado também de Eusebius Pamphili, 
"Eusébio amigo de Pânfilo") foi bispo de Cesareia e é referido como o pai da história da Igreja porque nos seus 
escritos estão os primeiros relatos quanto à história do cristianismo primitivo. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/265
https://pt.wikipedia.org/wiki/30_de_maio
https://pt.wikipedia.org/wiki/339
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2nfilo_de_Cesareia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bispo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquidiocese_de_Cesareia_da_Palestina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Padre_da_Igreja
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo
17 
 
 
 
Paulo, o cristianismo agora torna-se uma identidade cristã que se irradiava por quase todos os 
espaços do império no ocidente e no oriente. Outro fato histórico bastante importante que 
explicitou o fortalecimento dos cristãos foi o primeiro Concílio de Nicéia, realizado em 325 d. 
C., convocado por Constantino I (272-337). 
Assim, quando Eusébio de Cesárea escreveu sua história eclesiástica o cristianismo 
não era apenas uma religião dos gentios e de filósofos convertidos, a exemplo de Paulo, mas 
estava se tornando, gradativamente, religião do estado. 
Eusébio, em sua justificativa, apresenta a importância do povo e da religião cristã. Em 
sua obra História Eclesiástica, enfatiza a necessidade de se promover uma educação por 
princípios, ao afirmar que o conhecimento deve ser através do ensinamento de Cristo. Não tem 
dúvidas que isso se aplica pela prudência, justiça, força de caráter, virtude, coragem e piedosa 
confissão de um único Deus Supremo. Baseado em suas palavras pode-se dizer que os 
Princípios da AEP estão aqui descritos. 
 
2.2.4 Escolasticismo6 
 
O processo de educação na idade média era de total responsabilidade da igreja. As 
escolas funcionavam anexas às catedrais ou às escolas monásticas, muitas funcionavam nos 
mosteiros. Para acontecer o ensino precisava-se de uma autorização, cedida pelos bispos e pelos 
os diretores das escolas eclesiásticas, que com medo de perderem a influência dificultavam ao 
máximo essa concessão. Como na idade média havia um monopólio da cultura e do pensamento 
por parte da igreja católica, a educação teve grande influência religiosa. Eram os integrantes da 
igreja que estabeleciam o que deviam ser estudados, os conteúdos da educação. Grande parte 
dos estudantes vinham da nobreza pois era a camada social que possuía recurso financeiro para 
manter os filhos nas escolas. Já os camponeses e seus filhos, sem recurso financeiro, não tinham 
acesso à educação escolar, ficando sem saber ler e escrever por toda a vida. 
Todavia, vale ressaltar valor dos mosteiros, que desempenharam importante papel na 
preservação da Ciência ao longo da Idade Média. Sua grande contribuição foi manter vivos 
 
6 Seguindo-se ao período da escola patrística, a filosofia praticada no seio do cristianismo passou a ser ensinada 
em escolas, a partir do século IX. O período conhecido como escolástica perdurou até o fim da idade média e tem 
seu nome derivado da palavra latina "scholasticus", que significa "aquele que pertence a uma escola". Utilizou-se 
da base proposta pela patrística, mas com maior dedicação a atividade especulativa, deixando de lado, em parte, a 
teologia e dedicando-se a formulação da filosofia cristã. 
https://www.infoescola.com/filosofia/patristica/
https://www.infoescola.com/historia/baixa-idade-media/
18 
 
 
 
escritos dos filósofos Aristóteles e Platão. Há evidências da prática de educação clássica nos 
mosteiros e, sem dívidas, salvaram muitos clássicos da extinção. 
 Ilustre representante desta época, Tomás de Aquino7, visava à perfeição humana, 
tendo a prudência, a justiça, a temperança e a fortaleza como virtudes morais, que ocuparam 
lugar central em sua obra. O legado teórico, ao qual tinham acesso aqueles mestres, apontava 
que os homens não agiriam naturalmente de maneira virtuosa, sendo necessário, além da 
definição de regras, o ensino de valores morais para o bem viver em sociedade. 
Nesta esteira, e reagindo contra as limitações da época, professores e alunos 
organizaram-se em associações denominadas universitas8, que mais tarde tornaram-se em 
universidades. 
 
2.2.5 A Reforma Protestante9 
 
Martinho Lutero10, em sua concepção de educação, incentiva os conselhos de todas as 
cidades da Alemanha a que criarem e manterem escolas e, numa prédica de 1524, orienta que 
os pais mandem seus filhos à escola. 
Havia em Lutero uma concepção bem elaborada e fundamentada de educação. Este 
tema não figura entre aqueles que ele tinha como meta fundamental para discussão, dado que 
viveu toda a sua vida em clima de combate ideológico. Uma das grandes contribuições de 
Lutero no campo de educação reside no fato de ter defendido a universalização da alfabetização, 
 
7 Santo Tomás de Aquino (1224/5-1274) é considerado o mais elevado pensador escolástico. Sua filosofia e sua 
teologia influenciaram pensadores tanto de orientação cristã como de orientação não cristã. Refletindo sobre as 
convergências e as divergências entre a razão e a fé, ele considera que a Filosofia e a Teologia têm, portanto, 
semelhanças e diferenças, uma vez que tomam, respectivamente, tais objetos como matérias fundamentais de 
estudo. Ao estabelecer os campos comuns e particulares da Filosofia e da Teologia, promove não só a conciliaçãoentre elas, mas, também, uma simbiose, já que tanto a razão quanto a fé procedem da mesma fonte (Deus) e não 
podem contradizer-se. Orientado por tais considerações, tece uma reflexão de caráter educacional que se consigna 
em sua obra intitulada Sobre o ensino ou De Magistro. 
8 A palavra “universidade” tem a sua origem no latim“universitas”, que significa ‘universalidade, conjunto, 
totalidade, companhia, corpo, comunidade, colégio, associação, corporação’. As primeiras universidades surgiram 
no continente europeu, sendo inicialmente designadas Universitas Magistrorum et Scholarium – Associação de 
Mestres e Alunos. O vocábulo latino, que historicamente seria do século XIV, é formado por ‘UNUS’ (um, ideia 
de unidade) e ‘VERTO’ (voltar, torcer, tornar) – ou seja, tornando em um. O termo ‘UNUS’ também é utilizado 
em palavras como ‘universal’ e ‘universo’, todas referindo-se ao conceito de unidade. 
9 Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão do século XVI liderado por Martinho Lutero, 
simbolizado pela publicação de suas 95 Teses em 31 de outubro de 1517 na porta da Igreja do Castelo de 
Wittenberg. 
10 Martinho Lutero, em alemão: Martin Luther (Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18 de 
fevereiro de 1546), foi um monge agostiniano e professor de teologia germânico que tornou-se uma das figuras 
centrais da Reforma Protestante. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reformismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero
https://pt.wikipedia.org/wiki/95_Teses
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Todos_os_Santos_(Wittenberg)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Todos_os_Santos_(Wittenberg)
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_alem%C3%A3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eisleben
https://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_novembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/1483
https://pt.wikipedia.org/wiki/18_de_fevereiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/18_de_fevereiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/1546
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monge
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostiniano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante
19 
 
 
 
que se tornou, depois dele, uma das mais importantes bandeiras defraudadas, e em fim, 
conquistada pelos reformadores. A educação, pelo fato de viver a salvação deve estar do alcance 
de todos. E essa talvez seja a maior das contribuições da reforma à construção da modernidade 
no Ocidente. 
O sistema educacional dominante na Europa no século XVI era o sistema da idade 
média derivada da teologia filosófica de Tomás de Aquino. Como é do conhecimento de muitos, 
esse teólogo tentou fazer uma síntese entre a teologia cristã e o pensamento de Aristóteles. 
No final da idade média Séc. XIV e Séc. XV começaram a ocorrer algumas mudanças 
no sistema educacional das universidades europeias. A reação da renascença e do humanismo 
começou a direcionar o pensamento educacional para as realidades deste mundo, isto é, para as 
coisas que ocorriam na esfera horizontal. 
Foi nesse período de conflitos e de mudanças na filosofia da educação das escolas e 
universidades europeias que João Calvino11 entrou em cena. Calvino teve a sua educação 
superior na Universidade de Paris, onde adquiriu – como ele próprio testificou – uma boa noção 
das diferenças entre as velhas e as novas ideias educacionais. 
Estritamente falando, Calvino nunca foi um filosofo da educação. Não há nenhuma 
declaração formal de sua filosofia educacional. Como observa Moore (Apud CAMPOS, 2000, 
p. 2) “certamente Calvino não era nenhum filosofo da Educação, [porque] nem havia tal 
disciplina reconhecida entre os eruditos do seu tempo”. Todavia, observa-se que Calvino ficou 
tão envolvido com a educação do povo de Genebra que se pode perceber um norte educacional 
na tarefa que realizou no coração francês da Helvetia. No trabalho dele é visível, sem dúvida 
alguma, a educação por princípios sendo aplicada e sendo a mola que o impulsionou nessa 
trajetória. 
 
2.2.6 Os Puritanos12 
 
Ao estudar a história percebe-se que a educação cristã praticada pelos puritanos se 
destacou, mesmo enfrentando forte oposição. Eles tratavam a educação como assunto 
importante e prático. Entendiam que Deus tinha um padrão para este assunto. Por isso, 
 
11 João Calvino (Noyon, 10 de julho de 1509 — Genebra, 27 de maio de 1564) foi um teólogo cristão francês. 
12 O puritanismo designa uma concepção da fé cristã desenvolvida na Inglaterra por uma comunidade de 
protestantes radicais depois da Reforma. Segundo o pensador francês Alexis de Tocqueville, em seu livro A 
Democracia na América, trata-se tanto de uma teoria política como de uma doutrina religiosa. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Noyon
https://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_julho
https://pt.wikipedia.org/wiki/1509
https://pt.wikipedia.org/wiki/Genebra
https://pt.wikipedia.org/wiki/27_de_maio
https://pt.wikipedia.org/wiki/1564
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_protestante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexis_de_Tocqueville
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_pol%C3%ADtica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o
20 
 
 
 
precisavam ser zelosos e precisos em suas ações. Ryken (1992, p. 92) expressa bem essa ideia 
quando afirma “os puritanos sabiam para o que era a educação[...] Valorizavam uma mente 
educada e aprendizagem acima dos bens”. 
Pode-se dizer que a educação puritana nasce da intersecção de temas como Teologia, 
Filosofia, Vocação, Ministério, Pregação, Família, governo e Lei. A Tese de Harvard, de 1670, 
descreveu as sete artes literais como “um currículo de sete sessões, dos quais o centro é Deus”. 
De acordo Nicodemos “os puritanos salientavam a necessidade de uma orientação educacional 
e, frequentemente, mencionavam um dito rabínico ‘se um pai não ensina a lei e Deus, e se não 
treina em uma profissão descente, está criando o para ser um ladrão’. 
Nesse contexto Portela (apud OLIVEIRA, 2013, 2) define o objetivo da educação 
cristã como: 
 
A transmissão de uma visão integrada e coerente de vida ao aluno, relacionada 
com o criador e com os seus propósitos, não ficando restrita à transmissão de 
conhecimentos variados uns dos outros e da sua própria constituição própria 
e moral. É também, a busca de coerência e honestidade intelectual para ensinar 
todas as ares de conhecimento harmonicamente, sem sonegar a verdade de 
Deus, em quem se processa toda a integração de conhecimento. 
 
A educação como um todo estava fortemente ligada a base familiar. É interessante 
notar que os puritanos entendiam claramente que uma família estruturada na palavra de Deus 
traria tremenda vantagem para o êxito nos estudos. O conceito deles a respeito da família e da 
educação era entendido sempre no contexto do relacionamento pessoal com Deus, de maneira 
que sabiam as prioridades corretas de cada conhecimento. Sem sombra de dúvida eles 
trabalhavam com a educação por Princípios. 
 
2.2.7 Tempos Atuais 
 
Observa-se atualmente um fortalecimento da Cosmovisão cristã através da Educação 
por Princípios que, se originou nos Estados Unidos pela FACE- Fundação para a Educação 
Cristã Americana, com o intuito de restaurar o autogoverno e o caráter cristão do indivíduo, das 
famílias, da igreja e das nações. 
Na década de 1950, a América havia esquecido sua missão original e fundadora, 
baseada em princípios bíblicos que estabeleceram uma nação livre. O movimento conservador, 
surge para conter as crescentes influências do socialismo e progressismo na educação, 
controlada pelo governo. A FACE resgata a história cristã da América e o método de educação 
21 
 
 
 
construído sobre os princípios bíblicose publica o Webster's Dictionary (1828) da Língua 
Inglesa, o único dicionário atualmente impresso que contém definições consistentes com uma 
cosmovisão bíblica. 
Verna Marie Hall (1912-1987), co-fundadora da FACE, ao perceber o declínio e a 
degeneração dos Estados Unidos, começou uma pesquisa que a levou a entender que a causa 
não era econômica ou política, social ou mesmo moral, mas espiritual. Compilou uma série 
sobre "Os fundamentos bíblicos da Constituição", para incluir a raiz, o fruto e a restauração da 
América ao seu propósito providencial no plano de Deus13. 
A AEP chega ao Brasil em 1988, por meio de Cida Mattar, a partir dos estudos com 
Paul Jehle, tendo como berço Belo Horizonte, onde foi estabelecida a primeira escola com esta 
abordagem. 
A AECEP fundada por Roberto Rinaldi e outros, em 1997, em São Paulo é uma 
organização não governamental e interdenominacional, com a visão de atender a demanda de 
escolas cristãs de várias localidades, buscando apoio para sua constituição e desenvolvimento. 
Hoje conta com escolas e educadores associados na maioria dos estados brasileiros, crescendo 
continuamente. Infelizmente ainda desconhecida no contexto educacional dominante no país. 
Recentemente, a publicação de literatura especializada e o lançamento de cursos de Pós-
Graduação Educação por Princípios pela UniEvangélica em Anápolis e Faculdade Batista 
Pioneira de Ijuí, representam um avanço para a maturidade da Proposta no Brasil.14
 
 2.3 A AEP NA EDUCAÇÃO TRANSCULTURAL E MISSIONAL 
 
O capítulo I destacou os pontos conceitualmente convergentes entre AEP, Educação, 
enquanto processo de comunicação e transculturalidade. A linha do tempo apresentada no 
capítulo anterior permitiu a constatação da presença da ação comunicacional e educacional na 
cristianização e evangelização dos diferentes povos, através da história, assim como aponta para 
o fato de que este processo alcança sua completude à medida que determinados princípios e 
fundamentos metodológicos são adotados pelos seus atores. 
Aqui a ênfase será observar prevalência dos mesmos fundamentos na Educação 
Missional. Ou seja, identificar como os princípios considerados pela AEP estão presentes numa 
proposta educacional, como parte integrante de uma ação evangelizadora, holística e 
 
13 Disponível em: < https://face.net/ > acesso em 16 maio 2020. 
14 Disponível em:<https://aecep.org.br/> acesso em 16 de maio 2020. 
22 
 
 
 
transformacional, com o objetivo de comunicar os valores do evangelho, agregando princípios 
e conhecimentos, para o desenvolvimento de pessoas e de suas comunidades, em um ambiente 
transcultural. 
Naturalmente, coube à educação, em muitos casos iniciada e administrada por 
missionários, um papel preponderante neste processo, sendo possível destacar que os 
“princípios de Deus”, basilares da cosmovisão judaico-cristã, defendidos pela Reforma 
Protestante e consideravelmente reforçados durante o avivamento do Século XVIII,19 na 
Inglaterra, foram aplicados dentro de uma educação integral e transformadora, em diferentes 
contextos, conforme exemplificados a seguir. 
 
 
 
 
2.3.1 Educação missional no mundo 
 
Vishal Mangalwadi, escritor cristão, descreve com muita propriedade a influência da 
cosmovisão cristã na cultura indiana, durante o período colonial inglês, como um dos fatores 
contribuintes para o desenvolvimento da Índia em diversas áreas. E, segundo o autor, o 
avivamento na Inglaterra foi o fator primário que impulsionou as nações de língua inglesa, 
criando um relacionamento peculiar entre espiritualidade bíblica e despertamento intelectual. 
MANGALWALDI (2012). Nesse contexto Cowing (apud MANGALWADI, 2012, p. 116) 
afirma que: 
 
Os novatos em focalizar os estágios da conversão estavam estudando um 
processo análogo à ainda misteriosa sequencia secular de reunir dados, alterar 
hipóteses e de alguma maneira reuni-los intuitivamente para sintetizar as 
conclusões. Esse tipo de raciocínio teria muita utilidade no futuro. O grande 
despertamento induziu ao intelectualismo de massas que, por fim, espalhou-
se por todas as direções, desde a crença na soberania de Deus até o 
agnosticismo. 
 
19 A Inglaterra da primeira metade do século XVIII caracterizava-se pela impiedade, corrupção e imoralidade. As 
pessoas não pensam, não falam, nem agem como faziam em 1750. Na segunda metade do século XVIII, a 
Inglaterra mudou. Foi radicalmente transformada. Isto porque milhares de pessoas foram transformadas. Este é 
um fato, que os filhos deste mundo não podem negar, por mais que tentem explicá-lo. Foi nesse período que 
surgiram as obras sociais de caráter cristão, as escolas dominicais — “um dos primeiros passos na educação 
popular da Inglaterra” —, a abolição do comércio de escravos, as reformas nas prisões, hospitais, bem como o 
moderno movimento missionário que alcançou muitos países na Ásia, África e Américas. Disponível em: 
<https://ministeriofiel.com.br/artigos/o-grande-reavivamento-na-inglaterra-no-seculo-xviii/> Acesso em 11 de 
maio 2020. 
https://ministeriofiel.com.br/artigos/o-grande-reavivamento-na-inglaterra-no-seculo-xviii/
23 
 
 
 
 
Outro ponto a ser considerado como elemento comum entre a ação missionária e a 
educação é o fundamental trabalho dos tradutores, que ao democratizarem as línguas, 
permitiram que conhecimentos antes sobre o domínio das elites, alcançassem também as 
massas. A tradução da Bíblia para Alemão, Francês e Inglês abriu caminhos pelos quais o 
conhecimento espiritual e o secular viriam a passar. Vale lembrar que a AEP relaciona a 
Linguagem aos princípios de individualidade e autogoverno. Rinaldi et al (2018, p.71) afirmam 
que “cada idioma tem sonoridade e dinâmica próprias e cada língua expressa a individualidade 
de um povo”. 
Naturalmente, a Bíblia contribuiu para a apropriação de novos referenciais que, 
ultrapassando as questões linguísticas, influenciaram na Cosmovisão dos povos expostos à 
cristianização, nos diferentes níveis, proporcionando também a ressignificação de princípios 
relacionados a governo, família, ética, política, justiça, mercado e etc. 
Este mesmo processo ocorre nos campos missionários, onde línguas nacionais foram 
estudadas, grafadas e difundidas de maneira que os benefícios ultrapassaram os limites da ação 
evangelizadora, alcançando diversos outros aspectos da vida nacional. Como exemplo, o 
“Hindi”, língua nacional da Índia, foi estudado pelos tradutores da Bíblia, os Rev. Gilchrist e 
Kellog, missionários linguistas. É sabido que S.H. Kellog reuniu mais de uma dúzia de dialetos 
para criar o atual Hindi, definindo as bases de sua gramática, ainda em uso. 
Malgalwadi é incisivo ao afirmar que foi a agenda dos seguidores de Cristo, com base 
no mandamento de amar ao próximo como a si mesmos, que incluiu o enriquecimento da língua 
e a educação de uma classe de indianos preparando-os para a liberdade e autogoverno. Mesmo 
que tivessem que lutar contra interesses comerciais da coroa, representados pela Companhia 
das Índias Orientais. Também nesta iniciativa, há que se destacar a atuação de oficiais 
Britânicos como Charles Grant e parlamentares como William Wiberforce que, como cristãos, 
fundamentaram suas ações nos princípios bíblicos, como mordomia e aliança, lutando por leis 
e decisões que favorecessem projetos educacionais nas colônias (MANGALWALDI, 2012). 
Grant elaborou documento orientando as políticas britânicas em relação às colônias, 
em que claramente ligava questões políticas, éticas e de educação. Wilberforce, ao apresentar 
este documento à Câmara dos Comuns, argumenta que seria imoral deixar a Índia a mercê de 
comerciantes e soldados. E que a Grã Bretanha, como nação cristã, tinha obrigações diante da 
Providência de Deus. Foram eles que exigiram que o Parlamento solicitasse à Companhia das24 
 
 
 
Índias permissão para que os missionários servissem como educadores na Índia 
(MANGALWADI, 2012). 
Foram missionários, entre eles o conhecido Willian Carey, que começando pela 
tradução da Bíblia, depois fundaram faculdades, que vieram a ser as primeiras Universidades 
da Índia, (Allahadad, Calcutá e Bombaim). A visão era que os indianos viriam à faculdade para 
aprender a cultivar a mente e o espírito, de maneira a questionar a realidade socioeconômica ao 
seu redor, inquirir e encontrar a verdade que liberta indivíduos e edifica nações. De alguma 
maneira o nacionalismo britânico baseado na Soberania de Deus, permitiu o equilíbrio de forças 
para o ressurgimento e independência da nação indiana, bem como preparou seu povo para que 
se autogovernassem. 
Seguindo o modelo de Carey, missionários educadores lecionavam Ciências, 
Astronomia, Botânica, agricultura. É razoável afirmar que o interesse científico na Índia 
começou com os missionários e sua Bíblia, com as inevitáveis consequências relacionadas aos 
questionamentos de sua própria cultura e cosmovisão. (MANGALWADI, 2012). 
Cabe aqui alguns exemplos: uma visão de ciência e tecnologia, referenciado na 
cosmovisão cristã, com base no Princípio da Mordomia, que pressupõe a possibilidade de 
estudar, interpretar e até se utilizar da natureza a favor dos homens, como desviar o curso de 
um rio para construção de uma hidroelétrica, não seria possível em uma cosmovisão panteísta 
onde o rio é um deus, a ser cultuado, menos ainda a ser modificado ou dele ser tirado resultados 
econômicos 
Tais situações ficam ainda mais evidentes quando relacionados à vida e saúde humana. 
Cosmovisões que adotam o fatalismo, terão sempre mais dificuldades para aceitarem as ciências 
médicas, origem das doenças e possibilidades de tratamentos. Culturas ligadas à doutrina do 
carma veem o sofrimento como consequência de ações em vidas anteriores, e acreditam que 
interferir neste processo cósmico não diminui o sofrimento, pelo contrário, aumenta. Os que 
creem no nirvana apresentam uma tendência ao isolamento ou distanciamento das coisas 
materiais, tendo o desapego como uma virtude religiosa. O compromisso com a própria 
iluminação espiritual acaba por embotar possibilidades da educação e consequentemente, o 
desenvolvimento cultural e científico. 
Animistas, que veem animais domésticos como deuses, tem se privado do 
desenvolvimento da pecuária, renunciando a excelentes fontes de proteínas, em regiões onde 
ainda existem fome e desnutrição. O sistema de castas, também de ordem cultural, de 
organização social hierarquizada, com os Brâmanes no topo e os intocáveis (Dalitis) na base, 
25 
 
 
 
por milênios, manteve uma estrutura política, social e econômica injusta, mantendo multidões 
na pobreza, dificultando o desenvolvimento social. 
É num contexto como os acima citados, que em 1900, chega à Índia a jovem médica 
Ida Scudder, filha de missionários que lá já estavam, e cria uma pequena clínica, que mais tarde 
veio a tornar-se no Vellore Christian Medical College.20 Mahatma Gandhi chegou a considerá-
lo como a melhor escola de Medicina da Ásia. Em funcionamento até hoje, com excelente 
padrão de formação acadêmica e grande contribuição social ao país (MANGALWADI, 2012). 
De mesma forma, Eric Liddell, atleta escocês que inspirou o personagem do famoso 
filme “Carruagens de Fogo”, volta para China, onde nasceu, como filho de missionários, após 
ser sido medalhista de ouro nas olimpíadas de Paris, em 1924. Renuncia uma possível bela 
carreira no Reino Unido, para ser missionário-professor em uma escola rural estabelecida por 
uma Missão. Sua biografia aponta que, como graduado em ciências puras na Universidade de 
Edimburgo, tendo também estudado no Oxford College, não foi apenas professor de Ciências, 
marcou as vidas de centenas de jovens chineses com seu caráter, atitudes, senso de chamado e 
coragem, pois morreu na China como herói, durante ocupação japonesa. Sem dúvidas, um 
“Educador por Princípios”. 
Liddell, aqui destacado, é apenas um exemplo em uma extensa lista de contribuição 
missionária cristã à Educação, ao redor do mundo. Apenas na China havia quatorze 
universidades cristãs, católicas e protestantes, que foram fechadas ou incorporadas pelo Estado, 
durante a revolução cultural, mas já haviam deixado sua marca na História da Educação daquele 
país.21 
 
2.3.2 Exemplo de educação missional no Brasil 
 
Na história de Missões no Brasil, também há registros de atuação missionária que 
integrou projetos educacionais, em que também é possível identificar os fundamentos da AEP 
em sua proposta. Um caso de sucesso é o Instituto Presbiteriano Mackenzie, que inicia sua 
trajetória a partir de uma pequena escola em São Paulo, fundada por missionários, em 1871. 
 
20 O VCMC é um estabelecimento baseado na fé, ministrando a pessoas de todas as religiões e de todas as esferas 
da vida, mantém um programa de divulgação de missões que busca ampliar a rede de organizações envolvidas no 
ministério de saúde e está comprometido a fortalecer campos missionários nos bolsões rurais em todo o país que 
não têm acesso a serviços médicos de qualidade. Como uma sociedade estritamente sem fins lucrativos, todos os 
fundos disponíveis são usados para subsidiar a educação dos estudantes e ainda tratamento gratuito ou subsidiado 
para pacientes merecedores; financiar atividades de extensão beneficente. Disponível em: <https://www.cmch-
vellore.edu/ >. Acesso em: 11 maio 2020. 
21 Disponível em: < http://en.chinaculture.org/library/2008-02/04/content_26029.htm> Acesso em 7 de maio 2020. 
https://www.cmch-vellore.edu/content.aspx?Pid=P171127016
https://www.cmch-vellore.edu/content.aspx?Pid=P171127016
26 
 
 
 
Hoje, um sistema educacional com cinquenta mil estudantes, sendo a Universidade 
Presbiteriana Mackenzie a primeira colocada no ranking da Folha de São Paulo, entre as 
universidades não públicas do Estado. Recentemente lançou no cenário acadêmico nacional o 
“Discovery-Mackenzie”, um núcleo de pesquisas e estudos científicos que considera a 
cosmovisão cristã da criação.22 
Ribeiro (apud BORGES, 2008, p. 78) em seu livro Confessionalidade e Construção 
Ética na Universidade, no capítulo sobre o Mackenzie, destaca palavras de seus fundadores, 
George e Mary Ann Chamberlain “... o fim deste internato é educar ministros para a igreja 
Presbiteriana, e ao mesmo tempo dar educação leiga aos que quiserem se utilizar do método e 
disciplina da Escola Americana.” 
Borges (2008, p. 85) cita também referências de educadores como Fernando Azevedo 
(1960) às práticas pedagógicas adotadas pela escola, cujo sucesso atribuía à mensagem e aos 
métodos trazidos por seus fundadores, em contraste com a precária organização escolar, então 
no Brasil, e afirma a autora que “unia um tipo de educação que evoca o ideal da educação 
puritana, na qual vida e educação são inseparáveis e derivada de uma filosofia de vida.” 
Percebe-se aqui uma clara relação com o modelo de educação tradicional dos Estados Unidos, 
mesma fonte que nutriu o surgimento do movimento da AEP. 
 
2.3.3 Pesquisa relacionada à educação missional 
 
Bruce Wydick, da Universidade de São Francisco e pesquisador do Kellogg Institute, 
em seu livro Shrewd Samaritan, conclui que certos tipos se cosmovisão espiritual tendem a 
estar relacionadas com pobreza crônica e que, por outro lado, as religiões que enfatizam uma 
fé na provisão de Deus e numa sabedoria em lidar com escolhas, possuem mais disposição para 
o desenvolvimento social e econômico. Cita Nathan Numm e outros que verificaram estreita 
relação entre escolarização, padrão de educação e os currículos desenvolvidos por missionários 
em países da África e o futuro o desenvolvimento regional (WYDICK, 2019). Resta clara a 
ligação das conclusões de Wydick com os princípios de Carácter, Soberania e Mordomiade 
acordo com a AEP. 
Wydick, destaca a pesquisa de Robert Woodbarry, pesquisador senior da Baylor 
University, intitulada “The Missionary Roots of Liberal Democracy” publicada no American 
 
22 Disponível em <https://www.mackenzie.br/> acesso em 23 de maio 2020. 
27 
 
 
 
Political Science Review, com várias premiações, mais de dez mil downloads e muitas citações 
em periódicos de Ciências Políticas. Sua pesquisa analisou mais de 50 itens de controle e 
variáveis, normalmente usadas nos estudos sobre democracia, com referenciais estatísticos, 
históricos e geográficos, e aponta a educação cristã, conduzida pelas missões, como um dos 
principais motores para o surgimento de diversos movimentos de nacionalismo e de democracia 
em vários países. Ficando estabelecida a relação causa-efeito (WYDICK, 2019). 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A educação atualmente tem sofrido forte influência do relativismo cultural, perda de 
referenciais e desconstrução de valores tidos como universais. Em consequência fica 
questionável seu primordial papel de preservação dos pilares da sociedade e de 
desenvolvimento de novos conhecimentos de forma ética e sustentável. 
Neste contexto, o presente estudo buscou resgatar a filosofia proposta pela AEP, de 
maneira a contribuir para uma ressignificação dos modelos educacionais existentes. Foram, 
portanto, apresentados, no texto, os conceitos fundamentais de cultura, cosmovisão, educação, 
comunicação transcultural, como eles se relacionam para formarem a base da concepção da 
Abordagem Educacional por Princípios, como uma filosofia educacional aplicável nos mais 
diversos contextos culturais. Somente depois de uma profunda análise antropológica e cultural, 
pode-se então utilizar uma linguagem clara, compreensível e aplicável no processo de ensino e 
aprendizagem. 
De igual modo foi possível observar que os fundamentos relacionados a cosmovisão 
bíblica percorreram de forma divinamente providencial em todos os períodos da história do 
povo de Deus, influenciando de forma significativa a cultura dos povos e nações. 
Com foco na sua aplicação, apresentou-se, também, diversas situações em que a 
metodologia de evangelização integrou processos educacionais pautados nos princípios 
bíblicos, com objetivo da transformação integral do indivíduo e da sociedade. 
Portanto, pode-se afirmar que a pesquisa realizada atingiu seu objetivo uma vez que 
contribuirá para uma reflexão sobre educação, especialmente no que diz respeito aos 
referenciais filosóficos que embasam os processos educacionais, expondo que a AEP inicia sua 
construção através da articulação dos conceitos de cultura e educação, consolida-se pela 
aplicação desta abordagem ao longo da história e demonstra sua eficácia em diferentes 
contextos transculturais, sendo por isso relevante nos dias atuais. Assim, respondendo à 
28 
 
 
 
pergunta geradora desta pesquisa, constasse-se ser possível observar como os pilares da 
Educação por Princípios foram empregados com êxito e estrategicamente agregados a projetos 
educacionais, desenvolvidos por missões cristãs, em ambientes transculturais. 
A pesquisa aponta ainda que, de posse destes conhecimentos, será possível capacitar 
educadores e gestores, implantando neles as sementes da AEP, sua filosofia, metodologia e 
currículo, equipando com suas ferramentas pedagógicas, para que assim possam semear, com 
o mesmo amor e dedicação, estes princípios nos corações dos alunos. 
Está claro que a Abordagem Educacional por Princípios, aplicada com toda a sua 
eficácia, com certeza produzirá uma geração humana com caráter cristão, completamente 
transformada, capaz também de influenciar e transformar o meio onde vive, com líderes 
servidores, aptos para cumprir plenamente a sua vocação perante Deus e a sociedade. 
 
REFERÊNCIAS 
 
AECEP. Referencial para estruturação e gestão de escolas de Educação por Princípio. 
Belo Horizonte: AECEP, 2013. 
 
ANDRADE, Claudionor C. Manual do superintendente da Escola Dominical: o modelo 
pedagógico de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2000. 
 
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Almeida Revista e 
Atualizada (ARA). Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. São Paulo: 
Sociedade Bíblica do Brasil, 2017. 
BORGES, Inez Augusto. Confessionalidade e Construção Ética na Universidade. São 
Paulo: Mackenzie, 2008. 
 
BORGES, Inez Augusto. Educação para a Integridade: Referencial Teórico. São Paulo: Inez 
Borges Consultoria Educacional, 2017. 
 
CAMPOS, Heber Carlos de. A “Filosofia Educacional” de Calvino e a Fundação da 
Academia de Genebra. Fides Reformata 5/1 2000. Disponível em: 
<https://cpaj.mackenzie.br/wp-content/uploads/2019/03/3-A-Filosofia-Educacional-de-
Calvino-e-a-Fundacao-da-Academia-de-Genebra-Heber-Campos.pdf> Acesso em: 13 de maio 
de 2020. 
 
CONCEIÇÃO, Eurípedes. Ensinando através do Caráter. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 
2004. 
 
EDITORIAL QUE CONCEITO. São Paulo. Disponível em 
<https://queconceito.com.br/comunicacao>. Acesso em 17 de junho de 2020. 
 
HESSELGRAVE, David J. Plantar igrejas: Um guia para missões nacionais e transculturais. 
São Paulo: Vida Nova, 1984. 
 
https://queconceito.com.br/comunicacao
29 
 
 
 
HIEBERT, Paul G. O Evangelho e a diversidade das culturas. São Paulo: Edições Vida Nova. 
1999. 
 
JEHLE, Paul. Ensino e Aprendizagem: uma abordagem filosófica cristã. São Paulo: AECEP, 
2015. 
 
LIDÓRIO, Ronaldo. Antropologia Missionária: A antropologia aplicada ao desenvolvimento 
de ideias e comunicação do evangelho em contexto intercultural. São Paulo: Editora Vida, 2011. 
Versão eBook. Disponível em: <https://ronaldo.lidorio.com.br/download/eBook%20-
%20Antropologia%20Missionaria%20-%20Ronaldo%20Lidorio.pdf/>. Acesso em 05 de maio 
2020. 
 
_____. Comunicação Missionária: Comparando a Cultura Ocidental com a Cosmovisão 
konkomba. São Paulo: JME-IPB, 1998. 
 
_____. Conceituando a Antropologia, a Cultura e o Homem. (2008). Disponível em: 
<https://instituto.antropos.com.br/site/conceituando-a-antropologia-a-cultura-e-o-homem/>. 
Acesso em 06 de maio 2020. 
 
MANGALWADI, Vishal. O livro que fez o seu mundo: como a Bíblia criou a alma da 
Civilização Ocidental. São Paulo: Editora vida Acadêmica, 2012. 
 
OLIVEIRA, Éden Marcos Braga de. A prática da educação puritana no Século XVII. Revista 
Primus Vitam n. 6 – 2 semestre de 2013. Disponível em: <http://delphos-
gp.com/primus_vitam/primus_6/eden.pdf> Acesso em 16 de maio de 2020. 
 
PRICE, J. M. A pedagogia de Jesus: o Mestre por Excelência. (1954) Tradução do Rev. 
Waldemar W. Wey. 3 ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1980. 
 
RINALDI, Ana Beatriz; et al. Abordagem Educacional por Princípios: um Primeiro Olhar. 
São Paulo: AECEP, 2018. 
 
RYKEN, Leland. Santos no Mundo: os Puritanos como realmente eram. São José Dos 
Campos: Ed. Fiel, 1992. 
 
WYDICK, Bruce. Shrewd Samaritan, Nashville,TN: Thomas Nelson. 2019. Disponível em: 
<https://books.google.com.br/books?id=3i15DwAAQBAJ&pg=PA225&lpg=PA225&dq=Bru
ce+wydick+shrewd+samaritan+education&source /> Acesso em:11 maio 2020.

Outros materiais