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Aula mortalidade materna

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Mortalidade Materna / violência obstétrica / rede cegonha
Fernanda Cenci Queiroz
11/08/2020
MORTALIDADE MATERNA
Indicador de desigualdade social
Atinge principalmente mulheres pobres e negras.
11/08/2020
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mortalidade materna é a morte de uma mulher durante a gravidez, o parto ou após o nascimento da criança. O período vai desde a gestação até o 42º dia após o parto, ou até término da gestação.
11/08/2020
A MORTALIDADE MATERNA É:
 Indicador de Vulnerabilidade Social;
Indica o nível de saúde de uma população;
Demonstra o desenvolvimento social e a Equidade de Gênero;
Mostra a qualidade da atenção à saúde das mulheres e das crianças.
11/08/2020
Quais as principais causas dos óbitos materno?
HIPERTENSÃO
HEMORRAGIAS
INFECÇÕES PUERPERAIS
COMPLICAÇÕES DO APARELHO CIRCULATÓRIO
ABORTO
11/08/2020
COMO É REALIZADO O CÁLCULO DA RAZÃO DE MORTALIDADE MATERNA
RNN = 
Número de óbitos maternos ocorridos
Número de nascidos vivos
X 100.000
Em todo mundo o nível de mortalidade materna é maior que o descrito, por conta dos problemas relacionados à qualidade da informação.
Nem todas as mortes maternas são notificadas de forma adequada na declaração de óbito.
A Mortalidade Materna não é apenas um dado estatístico.
Tem rosto, nome e história!
“Caso Alyne”
 Alyne Pimentel sofreu por vários dias sem atendimento adequado, mesmo em situação de risco na gravidez. Ela foi atendida em 11 de novembro de 2001 na Casa de Saúde Nossa Senhora da Glória de Belford Roxo (RJ), grávida de seis meses com fortes dores abdominais, náusea e vômito. Mesmo assim, foi apenas medicada e encaminhada para casa. Dois dias depois, em 13 de novembro, retornou ao hospital onde um médico a examina e decide interná-la. Após seis horas o parto foi induzido e Alyne dá a luz a um bebê que nasce morto. Mesmo necessitando ser operada imediatamente para remover a placenta e prevenir hemorragia e infecção pós-parto, ela só foi operada na manhã seguinte – quase 14 horas depois do parto.
 Ainda no dia 14, após a cirurgia, a jovem começou a apresentar hemorragia e a vomitar sangue. Quando a mãe da vítima ligava para saber o estado de saúde de sua filha, a equipe médica assegurava que ela estava bem, apesar dos registros médicos indicarem o contrário. No dia seguinte,  os médicos informaram que a paciente apresentava hemorragia digestiva e necessitava de uma transfusão de sangue imediata, indicando para isso sua transferência para o Hospital Geral de Nova Iguaçu. No entanto, Alyne teve que esperar oito horas pela ambulância e chegou ao hospital já apresentando sinais de coma. No dia 16 de novembro, às 19 horas, a jovem negra de 28 anos moradora da Baixada fluminense morreu de hemorragia interna, deixando órfã uma filha de cinco anos na época.
11/08/2020
 OS PROGRAMAS DE COMBATE À MORTALIDADE MATERNA DEVEM INCLUIR, MINIMAMENTE:
Parto hospitalar com acesso ao banco de sangue;
Parto humanizado com acompanhante;
Detecção e tratamento pré-natal das infecções gênito-urinárias;
Educação médica para combate ao uso abusivo da cesariana;
Detecção pré-natal das gestantes com HAS e cardiopatias com referência das pacientes aos hospitais de atenção terciária;
Detecção precoce e tratamento do Trabalho de Parto disfuncional com uso de partogramas;
 Uso de protocolo e das evidências para tratamento das emergências obstétricas.
OMS,OPAS,MS
11/08/2020
INVESTIGAR ADEQUADAMENTE O ÓBITO, EVITA NOVOS ÓBITOS.
13/08/2020
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
“PARIRÁS COM DOR”
13/08/2020
13/08/2020
Violência Obstétrica
Violência no Parto
Assistência desumana / desumanizada
Violência de gênero no parto e aborto
Violência institucional de gênero no parto e aborto
 Crueldade no parto 
Desrespeito e abuso
Abuso obstétrico
13/08/2020
“Na hora que estava fazendo, você não tava gritando desse jeito né?”
“Na hora de fazer você gostou né?”
“Não chora não, porque ano que vem você tá aqui de novo”.
“Se você continuar com essa frescura, não vou te atender”.
!Cala a boca, fica quita, senão vou te furar todinha”.
13/08/2020
DEFINIÇÕES DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
* Não existe uma lei definindo o que é violência obstétrica no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) se refere a estas condutas como abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto em instituições de saúde e as considera uma violação dos direitos humanos.
13/08/2020
DEFINIÇÕES DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
* Violência Obstétrica é um termo utilizado para caracterizar abusos sofridos por mulheres quando procuram serviços de saúde na hora do parto. Tais abusos podem ser apresentados como violência física ou psicológica e são responsáveis por tornar um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher em um momento traumático.
13/08/2020
1 em cada 4 mulheres no Brasil sofreu algum tipo de violência obstétrica;
Mulheres negras são mais afetadas que mulheres brancas.
O termo Violência Obstétrica é utilizado oficialmente em textos na legislação de ao menos três países latino americanos. O primeiro país a aprovar uma lei que inclui o uso do termo foi a Venezuela, seguido então pela Argentina e, logo depois, pelo México. 
13/08/2020
O QUE A LEI BRASILEIRA DIZ SOBRE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA?
 
	No Brasil não há atualmente uma legislação federal específica contra a violência obstétrica, mas há iniciativas estaduais e municipais. Exemplos recentes: Alagoas, Rio Branco e Curitiba.
	Alagoas 6/08/19 o relatório final de uma audiência pública no âmbito da OAB que tratou sobre violência obstétrica. A prefeita de Rio Branco sancionou uma lei que estabelece medidas para a erradicação da violência obstétrica.
	
13/08/2020
O QUE A LEI BRASILEIRA DIZ SOBRE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA?
 
	Paraná Aprovou, desde 29/10/18, um projeto de lei sobre violência obstétrica e os direitos da gestante e da parturiente. Esta lei define como violência obstétrica:
		“qualquer ação ou omissão que possa causar à mulher morte, lesão, 			sofrimento físico, sexual e psicológico; a negligência na assistência em		todo o período de gravidez e pós-parto; a realização de tratamentos 	 	 excessivos ou inapropriados sem comprovação científica de sua eficácia; 	 e a coação com a finalidade de inibir denúncias por descumprimento do que dispõe a lei”.
13/08/2020
TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
VIOLÊNCIA POR NEGLIGÊNCIA: Negar atendimento ou impor dificuldades para que a gestante receba os serviços que são seus por direito. Essa violência ocasiona uma peregrinação por atendimento durante o pré-natal e por leito na hora do parto. Ambas são bastante perigosas e desgastantes para a futura mãe. Também diz respeito a privação do direito da mulher em ter um acompanhante, o que é protegido por lei desde de 2005.
13/08/2020
TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
VIOLÊNCIA POR FÍSICA: Práticas e intervenções desnecessárias e violentas, sem o consentimento da mulher. Entre elas, estão a aplicação do soro com ocitocina, lavagem intestinal (além de dolorosa e constrangedora, aumenta o risco de infecções), privação da ingestão de líquidos e alimentos, exames de toque em excesso, ruptura artificial da bolsa, raspagem dos pelos pubianos, imposição de uma posição de parto que não é a escolhida pela mulher, não oferecer alívio para a dor, seja natural ou anestésico, episiotomia sem prescrição médica, “ponto do marido”, uso do fórceps sem indicação clínica, imobilização de braços ou pernas, manobra de Kristeller (o procedimento foi banido pela Organização Mundial de Saúde, em 2017).
13/08/2020
TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
VIOLÊNCIA VERBAL: Comentários constrangedores, ofensivos ou humilhantes à gestante. Seja inferiorizando a mulher por sua raça, idade, escolaridade, religião, crença, orientação sexual, condição socioeconômica, número de filhos ou estado civil, seja por ridicularizar as escolhas da paciente para seu parto, como a posição em que quer dar à luz.
13/08/2020
TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
VIOLÊNCIA psicológica: Toda ação verbal ou comportamental quecause na mulher sentimentos de inferioridade, vulnerabilidade, abandono, medo, instabilidade emocional e insegurança.
13/08/2020
TIPOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM CASOS DE ABORTAMENTO: mulheres que sofreram um aborto também podem ser vítimas de violência obstétrica. Isso pode acontecer de diversas maneiras: negação ou demora no atendimento, questionamento e acusação da mulher sobre a causa do aborto, procedimentos invasivos sem explicação, consentimento ou anestesia, culpabilização e denúncia da mulher.
13/08/2020
QUEM PODE PRATICAR VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
MÉDICO/OBSTETRA
ENFERMEIRO
ANESTESISTA
RECEPCIONISTA
13/08/2020
Violência obstétrica é um grave violador de direitos fundamentais da mulher.
Evidencia problemas sociais como a discriminação de gênero e a falta de estrutura estatal na implementação de políticas públicas voltadas à promoção e proteção da saúde da mulher.
13/08/2020
DESAFIO BRASILEIRO: PROMOÇÃO DO PARTO E NASCIMENTO SAUDÁVEIS
Implantação de modelo de atenção ao parto e nascimento 
Que considere as dimensões afetivas, sexual, familiar e cultural do parto e nascimento;
Que considere o potencial destes eventos para promoção da vida e da saúde das mulheres e bebês;
Que promova um cuidado centrado na mulher e sua família;
Que reduza a morbi-mortalidade materna e neonatal e as taxas de cesarianas.
13/08/2020
CAMINHOS...
13/08/2020
13/08/2020
REDE CEGONHA
• Fomentar a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos 24 meses;
• Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil que garanta acesso, acolhimento e resolutividade e;
• Reduzir a mortalidade materna e infantil.
13/08/2020
A Rede Cegonha está dividida em três fases. 
1) Pré-natal: Etapa na qual há uma prioridade de atendimento à gestante nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). É nela que há a realização imediata do teste rápido de gravidez e de todos os exames pré-natais. Também, será neste momento, que a mamãe fará a vinculação com uma maternidade e saberá, desde os primeiros meses, onde terá o seu bebê. São promovidas visitas ao local do parto.
13/08/2020
A Rede Cegonha está dividida em três fases.
2) Parto e Nascimento: Nesta fase, a Rede Cegonha qualifica as equipes de saúde para prestação de atendimento humanizado e especializado. Há o acolhimento com classificação de risco, ambiente confortável e seguro para a mulher e o bebê e foco na humanização e qualidade do parto. A mulher tem o direito a um acompanhante durante o parto e atendimento especial no caso de uma gravidez de risco. Além disso, a estratégia garante atenção humanizada às mulheres em situação de abortamento.
13/08/2020
A Rede Cegonha está dividida em três fases. 
3) Pós-parto: Durante este período, a Rede Cegonha acompanha o crescimento e desenvolvimento da criança de 0 a 24 meses de idade. Há a orientação sobre todos os cuidados necessários para a mulher e seu bebê, promoção e incentivo ao aleitamento materno e acompanhamento do calendário de vacinação. Além disso, as mamães podem ter acesso a informações e disponibilização de métodos de planejamento familiar e a consultas e atividades educativas.
13/08/2020
Toda mulher tem o direto ao planejamento reprodutivos e atenção humanizada à gravidez ao parto e ao puerpério (pós-parto), bem como as crianças têm o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Assegurar esses direitos é o objetivo do Ministério da Saúde com o Programa Rede Cegonha. Essa estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e está sendo implantada, gradativamente, em todo o território nacional. 
11/08/2020
Referências
OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Folha informativa-Mortalidade Materna. Ago 2018. Disponível em:https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5741:folha-informativa-mortalidade-materna&Itemid=820
Fundação Perseu Ábramo. SESC. Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado. Disponível em: 
https://apublica.org/wp-content/uploads/2013/03/www.fpa_.org_.br_sites_default_files_pesquisaintegra.pdf. Acesso em 13 ago. 2020.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
Brasil. Ministério da Saúde. Rede Cegonha. Disponível em: https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/rede-cegonha.
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/servicos/31131-31131-entenda-a-rede-cegonha
13/08/2020