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Teoria da Empresa Resumo Parte 1

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Teoria da Empresa – Resumo – Parte 1
Aluno: Geraldo - Curso de Direito 
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1. História.
1.1. Corporação de Ofício.
Primeira forma de identificação do comerciante. Para se protegerem, se reuniam em grupo, de acordo com as funções exercidas. 
· Porta de entrada. ⇒ Matricula. Efetuando a matrícula se ingressava na Corporação.
· Tribunal. ⇒ Havia um Tribunal que julgava os comerciantes integrantes e conjunto de normas para regular conflitos. As normas eram redigidas pela própria corporação.
Atenção. ⇒ Sistema Subjetivo (formal). ⇒ Corporações pertenciam aos comerciantes matriculados. Era um direito dos comerciantes para os comerciantes.
1.2. Código Comercial francês (1808).
Adota a Teoria dos Atos de Comércio. ⇒ Comerciante é aquele que pratica atos de mercancia (comércio), independentemente de registro. 
Observação 01. ⇒ Existia 2 regimes de disciplina da atividade econômica privada. ⇒ Civil e o comercial.
· Observação 02. ⇒ Excluía na seara do direito comercial atividades como a prestação de serviços. 
Atenção. ⇒ Sistema objetivo (material). ⇒ Comerciante é definido pelo objeto (ato) que pratica. 
· Teoria adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro com a promulgação do Código Comercial de 1850.
1.3. Promulgação do Código Civil italiano (1942).
Teoria da Empresa. ⇒ Sistema Subjetivo Moderno. Comerciante (empresário) é todo aquele que produz ou faz circular bens ou serviços. Adotado pelo Código Civil brasileiro, em 2002.
Atenção. ⇒Grande avanço em relação à Teoria dos Atos de Comércio, que excluía grandes agentes econômicos de seu rol.
1.4. Quadro Resumo
	
Fonte:http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13407/material/Aula%2001%20-%20Teoria%20Geral%20da%20Empresa%20(1).pdf
2. Teoria Poliédrica. ⇒ Alberto Asquini
Quatro perfis de empresa. ⇒ Subjetivo, Objetivo, funcional e corporativo (ou institucional).
a) Subjetivo. ⇒ Consiste no estudo da pessoa que exerce a empresa.
· Natural (empresário individual).
· Jurídica (sociedade empresária).
b) Objetivo. ⇒ Foca nas coisas utilizadas pelo empresário individual ou sociedade empresária (material) no exercício de sua atividade. 
c) Funcional. ⇒ Foca na dinâmica empresarial. Na atividade própria do empresário ou da sociedade empresária, em seu cotidiano negocial. 
d) Corporativo (institucional). ⇒ Estuda os colaboradores da empresa, empregados que, com o empresário, esforçam na execução dos objetivos empresariais.
3. Código Civil 2002. ⇒ Definições
Empresário. ⇒ Artigo 966 Código Civil. ⇒ Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Atenção. ⇒ Parágrafo único do artigo. ⇒ “Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Empresa. ⇒ Não há divisão no Código Civil. ⇒ Mas, levando em conta o artigo 966, define-se como: “Empresa pode ser compreendida como uma atividade econômica organizada com a finalidade de fazer circular ou produzir bens e serviços.” 
4. Atividade empresaria. ⇒ Características.
· Profissionalismo. ⇒ Quando exercida profissionalmente, praticada com habitualidade e continuidade.
· Atividade Econômica. ⇒ Aquela empresa capaz de criar novas utilidades, novas riquezas, englobando o aumento do valor do bem com objetivo de lucro.
· Organização dos Fatores de Produção. ⇒ Estruturação dos fatores de produção para que a atividade possa ser exercida por qualquer pessoa.
· Produção ou Circulação de Bens e Serviços. ⇒ Aquela empresa voltada a atender as necessidades do mercado. 
Atenção. ⇒ Não é voltada para satisfação pessoal do empresário.
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4.1. Empresas não classificadas como empresarias.
· As sociedades cooperativas
· As sociedades de advogados
· O produtor rural
Observação. ⇒ O produtor rural tem a faculdade de exercer uma atividade empresaria ao se inscrever no Registro Público de Empresas Mercantis, hoje a cargo da junta comercial. 
4.2. Quadro Resumo
	
Atividade Empresária
	
Atividade não Empresária
	
· Art. 966 CC.
Profissionalmente
Atividade econômica
Organizada
Produção ou a circulação de bens ou de serviços
· Produtor rural. Caso se registre.
· Profissão intelectual quando constitui elemento de empresa.
· Sociedade por ações.
	
· Cooperativas
· Sociedade de advogados
· Produtor rural, caso não se registre.
· Atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, desde que não constitua elementos de empresa.
5. Direito Empresarial. 
 
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5.1. Fonte.
Origem das regras do Direito Empresarial. Lei. ⇒ Norma jurídica positivada. Costumes. ⇒ Conduta praticada reiteradamente e uniforme dos atos considerada obrigatória para a coletividade. Princípios. ⇒ Diretriz geral do ordenamento atuando como fundamento da norma e como subsídio na hipótese de lacuna normativa.
5.2. Princípios.
Diversos são os princípios encampados pelo Direito Empresarial. Destaque para: 
Liberdade de iniciativa. ⇒ Acautela a liberdade do oficio mercantil em diversas esferas.
Livre concorrência. ⇒ Os agentes empresariais são livres para conquistar o consumidor, por meio de produtos e serviços diferenciados.
Garantia de propriedade privada. ⇒ Estabelece o direito e autonomia do particular sobre seus bens. 
Preservação da empresa. ⇒ Busca assegurar a continuidade das atividades, mesmo diante de um cenário de crise. 
5.3. Características.
As principais características do Direito Empresarial:
Informalismo. ⇒ Simplicidade das formas.
Onerosidade. ⇒ Lucro é a finalidade última das atividades.
Cosmopolitismo. ⇒ Gama de relações mercantis empresariais servindo como elementos integrados das nações.
Fragmentarismo. ⇒ Diversas normas com características próprias.
6. Direito Empresarial. ⇒ Registro Empresarial
 
Obrigações impostas pelo regime jurídico empresarial. Existe 3 tipos:
1) Matricula. ⇒ Registro na Junta Comercial.
Atenção. ⇒ Artigo 967 do código civil 2002 exige que o empresário faça a inscrição no registro público de empresas mercantis. Hoje a cargo da junta comercial. Registro de natureza declaratória.
Observação. ⇒ Não podemos esquecer a situação do produtor rural. Registro condição para adquirir personalidade jurídica.
2) Autenticação. ⇒ Junta Comercial atesta a originalidade dos instrumentos de escrituração da atividade empresarial.
3) Arquivamento. ⇒ Registro dos atos corriqueiros do dia a dia do empresário que exigem publicidade.
Observação. ⇒ Requerido em 30 dias retroagirão à data em que feito a lavratura. Requerido após 30 dias o registro produzirá efeitos a partir da data da concessão.
6. 
6.1. Pessoas Jurídicas não empresariais. 
Devem registrar no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. A partir desse registro elas adquirem personalidade.
7. Direito Empresarial. ⇒ Livros Empresariais.
A lei exige além dos registros a manutenção de escrituração contábil com o objetivo de organização e informação para sócios, terceiro e fisco (fiscalização). 
Livro Diário. ⇒ Único obrigatório no código civil. Pode ser sistema de fichas, escrituração mecanizada ou eletrônica nos termos do artigo 1.180 CC/2002.
Observação. ⇒ Há livros obrigatórios previstos na legislação tributária e trabalhista. 
Livros Facultativos. ⇒ Facilitar a escrituração. Exemplo. ⇒ Livro razão (por conta contábil).
Livros Especiais. ⇒ Obrigatórios para alguns empresários. ⇒ Livro de duplicatas para empresas que emite duplicatas.
7. 
7.1. Princípios fundamentais.
Princípio Uniformidade Temporal. ⇒ Método contábil deve ser sempre o mesmo. Motivo. ⇒ Evitar confusões. 
Princípio Fidelidade. ⇒ Escrituração deve corresponder a realidade.
Princípio Sigilo. ⇒ O empresário goza de sigilo na escrituração interna.
Atenção. ⇒ Atualmente tem perdido força diante da primazia do interesse do fisco. Mas, o juizsó pode determinar a exibição integral dos livros caso sejam imprescindíveis a resolução de determinadas questões.
 
8. Direito Empresarial. ⇒ Estabelecimento Comercial
Artigo 1.142 Código Civil/2002. ⇒ Todo o complexo de bens organizados, para o exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária. 
Hoje. ⇒ A doutrina define natureza do estabelecimento como uma universabilidade de fatos. 
9. Direito Empresarial. ⇒ Ponto empresarial ou comercial 
Local do estabelecimento. Para onde se dirige a clientela. Pode ser objeto de cessão (trepasse).
Proteção.
· Imóvel próprio. Proteção direito de propriedade.
· Ponto físico locado. Proteção se faz mediante a atribuição do direito de renovação compulsória do contrato de locação.
Atenção para o termo aviamento. ⇒ É o valor conferido ao conjunto de bens integrantes do estabelecimento empresarial enquanto mantidos nesta qualidade
Atenção. ⇒ Lei n. 8.245/94. ⇒ Locação Imobiliária. ⇒ Protege o ponto comercial com concessão do direito ao locatário. Ele pode renovar 
Compulsoriamente o contrato de locação. Requisitos para ser considerado ponto previsto Artigo 51 desta lei.
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9.1. Trepasse. ⇒ Cessão a terceiro.
Influi nos interesses dos credores do alienante (vendedor) do estabelecimento. Motivo. ⇒ Parte do seu patrimônio está passando para outra pessoa.
Condições da eficácia da cessão. ⇒ Os credores sejam pagos ou que concordem de forma expressa ou tácita com a alienação, pois ele e considerado como garantia dos créditos do alienante. 
Prazo. ⇒ Após notificados (credores) da cessão terão 30 dias para se manifestar se concordam ou não. Se não manifestarem considera-se que concorda tacitamente.
9.2. Trepasse. ⇒ Obrigações
· Adquirente (comprador). ⇒ Sucede o alienante (vendedor) nas obrigações regulamente contabilizadas. 
· Alienante (vendedor). ⇒ Solidariamente responsável pelo prazo de um ano a contar da publicação do trepasse nas obrigações vencidas ou a contar da data do vencimento das dívidas que ainda vencerão. 
Atenção. ⇒ Os créditos Tributários e Trabalhista possuem regras próprias.
· Artigo 133 do CTN. ⇒ O adquirente do estabelecimento terá responsabilidade pelas obrigações tributárias do alienante relativo ao exercício da atividade.
· Artigo 448 da CLT. ⇒ Transferência automática dos contratos de trabalho e de todas as obrigações trabalhistas ao adquirente do estabelecimento.
10. Direito Empresarial. ⇒ Individualização da empresa.
Há três formas possíveis para individualização da empresa: empresário individual (art. 966, CC/02), sociedade empresária (art. 982, CC/02) e a EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (art. 980-A). Numa visão didática, individualiza-se, no mercado, a atividade empresarial assim:
· Sujeito. ⇒ Nome empresarial (antiga razão social). Elemento de identificação do empresário e forma de identificar a atividade exercida.
Exemplo. ⇒ Companhia Brasileira de Distribuição é o nome empresarial do sujeito que explora o hipermercado EXTRA.
· Local. ⇒ Nome fantasia. Mesmo não sabendo quem é o empresário por detrás do local o nome fantasia é suficiente para levar as pessoas até lá para adquirir seus produtos ou serviços. 
Exemplo. ⇒ Ponto Frio é o título de estabelecimento ou o nome fantasia das lojas do empresário Globex Utilidades S/A.
· Marca. ⇒ Identifica o Produto ou serviço. ⇒ Disciplinada pela Lei 9.279/96 (Propriedade Industrial). A marca passa confiabilidade e o consumidor adquire o bem ou serviço sem ter a mínima de quem o fábrica.
 
Fim

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