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Este guia é um oferecimento da Métrica Tecnologia www.metrica.com.br 2ª EDIÇÃO capa_livro_v3.pdf 1 23/11/2017 12:11:47 http://www.metrica.com.br Daniel Janini Eduado Farto Elifas Valim Neto Gustavo Peres Izabel Difon Plinio Bortoleto Projeto gráfico: www.salvego.com EQUIPE RESPONSÁVEL Experimente o Métrica TOPO gratuitamente. COMECE AGORA! https://metricatopo.com.br/comeceagora/ www.metrica.com.br 2 https://metricatopo.com.br/comeceagora/ http://www.metrica.com.br Introdução 8 Plantas individuais dos lotes 41 Métrica TOPO - Aba Urbano: ferramentas disponíveis 37 Definições para levantamentos topográficos e projetos 9 Bibliografia consultada 46 Personalização de memoriais de lotes 39 Elementos técnicos necessários na restituição de imóveis 34 Lotes de exemplo para criação de memoriais 40 ÍNDICE 3 MODELO 001-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 48 MODELO 002-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 49 MODELO 003-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 50 MODELO 004-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO ANTI-HORÁRIO 51 MODELO 005-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 52 MODELO 006-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 53 MODELO 007-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 54 MODELO 008-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 55 MODELO 009-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR INTERNO SENTIDO ANTI-HORÁRIO 56 MODELO 010-TABULAR COMPACTO COM OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 57 MODELO 011-TABULAR COMPACTO COM PONTOS CARDEAIS-NESW 58 MODELO 012-TABULAR COMPACTO COM PONTOS CARDEAIS -NSEW 59 MODELO 013-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 60 MODELO 014-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 61 MODELO 015-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 62 MODELO 016-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 63 MODELO 017-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO ANTI-HORÁRIO 64 MODELO 018-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 65 MODELO 019-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 66 MODELO 020-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 67 MODELO 021-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR INTERNO SENTIDO ANTI-HORÁRIO 68 MODELO 022-TABULAR INTERCALADO COM OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 69 ANEXOS DE MODELOS DE MEMORIAIS TABULARES 4 70MODELO 023-TABULAR INTERCALADO COM PONTOS CARDEAIS -NESW 71MODELO 024-TABULAR INTERCALADO COM PONTOS CARDEAIS -NSEW 72MODELO 025-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 73MODELO 026-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 74MODELO 027-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 75MODELO 028-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO ANTI-HORÁRIO 76MODELO 029-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 77MODELO 030-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 78MODELO 031-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 79MODELO 032-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR INTERNO-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 80MODELO 033-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR INTERNO SENTIDO ANTI-HORÁRIO 81MODELO 034-TABULAR EXPANDIDO COM OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 82MODELO 035-TABULAR EXPANDIDO COM PONTOS CARDEAIS -NESW 83MODELO 036-TABULAR EXPANDIDO COM PONTOS CARDEAIS -NSEW ANEXOS DE MODELOS DE MEMORIAIS DESCRITIVOS 5 MODELO 037-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS E OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 85 MODELO 038-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO E PCPT SENTIDO HORÁRIO 88 MODELO 039-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO E PI SENTIDO HORÁRIO 91 MODELO 040-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS E OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 94 MODELO 041-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO E PCPT SENTIDO HORÁRIO 97 MODELO 042-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO E PI SENTIDO HORÁRIO 100 MODELO 043-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA E OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 103 MODELO 044-DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO E PCPT SENTIDO HORÁRIO 106 MODELO 045-DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO E PI SENTIDO HORÁRIO 109 MODELO 046-DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS E OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 112 MODELO 047-DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO E PCPT SENTIDO HORÁRIO 115 MODELO 048-DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO E PI SENTIDO HORÁRIO 118 MODELO 049-DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 121 MODELO 050-DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA E OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 124 MODELO 051-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS E OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 127 MODELO 052-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO E PCPT SENTIDO HORÁRIO 130 MODELO 053-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO E PI- HORÁRIO 133 MODELO 054-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS E OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 136 MODELO 055-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO E PCPT SENTIDO HORÁRIO 139 MODELO 056-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO E PI SENTIDO HORÁRIO 142 MODELO 057-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 145 MODELO 058-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO E PI SENTIDO HORÁRIO 148 MODELO 059-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 150 MODELO 060-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 153 MODELO 061-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 155 MODELO 062-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 157 ANEXOS DE MODELOS DE MEMORIAIS DESCRITIVOS 6 MODELO 064-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO HORÁRIO 161 MODELO 065-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR INTERNO-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 163 MODELO 066-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR INTERNO-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 165 MODELO 067-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR INTERNO-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 167 MODELO 068-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR INTERNO SENTIDO ANTI-HORÁRIO 169 MODELO 069-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR INTERNO SENTIDO HORÁRIO 171 MODELO 070-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA SEM OBSERVADOR-MODELO 01 SEM SEQUÊNCIA 173 MODELO 071-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA SEM OBSERVADOR-MODELO 02 SEM SEQUÊNCIA 176 MODELO 072-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA SEM OBSERVADOR-MODELO 03 SEM SEQUÊNCIA 179 MODELO 073-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA SEM OBSERVADOR SENTIDO ANTI-HORÁRIO 182 MODELO 074-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA SEM OBSERVADOR SENTIDO HORÁRIO 185 MODELO 075-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS E COORDENADAS-NESW 188 MODELO 076-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS-NSEW 191 MODELO 077-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS E PCPT-NESW 194 MODELO 078-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS E PCPT-NSEW 197 MODELO 079-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS E PI-NESW 200 MODELO 080-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS E PI-NSEW 203 MODELO 081-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS-NESW 206 MODELO 082-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS E COORDENADAS -NSEW 209 MODELO 083-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, COORDENADAS E PCPT-NSEW 212 MODELO 084-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, COORDENADAS E PI-NESW 215 MODELO 085-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, COORDENADAS E PI-NSEW 218 MODELO 086-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, COORDENADAS E PCPT-NESW 221 MODELO 087-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 224 MODELO 088-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADORINTERNO, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 227 MODELO 089-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 230 MODELO 090-DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 233 MODELO 091- DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 236 MODELO 092- DESCRITIVO COM ÂNGULO INTERNO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 239 MODELO 093-DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 242 MODELO 094- DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 245 MODELO 063-DESCRITIVO COM DISTÂNCIA E OBSERVADOR EXTERNO SENTIDO ANTI-HORÁRIO 159 ANEXOS DE MODELOS DE MEMORIAIS DESCRITIVOS 7 MODELO 096- DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 251 MODELO 097-DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 254 MODELO 098- DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR EXTERNO, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 257 MODELO 099- DESCRITIVO COM AZIMUTE, DISTÂNCIA, OBSERVADOR EXTERNO, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 260 MODELO 100-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA-NESW 262 MODELO 101-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA-NSEW 265 MODELO 102-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA-NESW 268 MODELO 103-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA-NSEW 271 MODELO 104-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, COORDENADAS, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA-NSEW 274 MODELO 105-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, COORDENADAS, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA- NESW 277 MODELO 106-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, COORDENADAS, PI DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA- NSEW 280 MODELO 107-DESCRITIVO COM PONTOS CARDEAIS, COORDENADAS, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA-NESW 283 MODELO 095- DESCRITIVO COM RUMO, DISTÂNCIA, COORDENADAS, OBSERVADOR INTERNO, PCPT DA ESQUINA MAIS PRÓXIMA SENTIDO HORÁRIO 248 Seja bem-vindo ao Guia de Memoriais para Projetos de Loteamentos elabora- do pela Métrica! Este documento tem como objetivo fornecer informações técnicas a respei- to dos diversos modelos de memoriais para loteamentos disponíveis no Métri- ca TOPO. Fazem parte deste documento: uma lista de definições para levantamen- tos topográficos e projetos, de acordo com Normas Técnicas brasileiras; um manual de elementos técnicos neces- sários para possibilitar a restituição de imóveis urbanos e rurais; as plantas in- dividuais dos lotes usados como exem- plo; e, por fim, os memoriais tabulares e descritivos gerados pelo sistema. São 107 modelos disponíveis para con- sulta que podem ser gerados pelo Mé- trica TOPO. Porém, é possível gerar uma quantidade bem maior de acordo com as configurações na ferramenta de criação e personalização de memoriais. Sendo assim, este guia ajudará o profis- sional a encontrar facilmente o modelo que mais se encaixa nas necessidades exigidas das comarcas onde atua. 8 INTRODUÇÃO Nesta seção do Guia de Modelo de Me- moriais elaborado pela Métrica, o pro- fissional terá uma lista de termos, con- ceitos e definições para levantamentos topográficos e projetos, a qual poderá consultar em seus projetos de lotea- mento. Acréscimo ou ampliação: Aumento, em qualquer sentido, feito em um em- preendimento. Alinhamento: Linha divisória entre o terreno de propriedade particular e o logradouro público. Amembramento: Agrupamento de glebas não parceladas, para constitui- ção de nova gleba. Apartamento: Unidade autônoma de moradia em prédio residencial multifa- miliar ou em prédio de uso misto. Acurácia: Grau de aderência das medi- das, em relação ao seu valor verdadeiro que, sendo desconhecido, o valor mais provável é considerado como a média aritmética destas medidas. Este termo está vinculado aos efeitos aleatórios e sistemáticos. Alinhamento de via ou alinhamento predial: Linha divisória que separa o lote de terreno do logradouro público. Altitude geométrica, ou Geodésica ou Elipsoidal ou Altura Geométrica (h): Distância entre a superfície física e a elipsoidal, observada sobre a normal do lugar (considerada sobre o plano tangente ao elipsoide). Altitude ortométrica (H): Distância entre a superfície física e a geoidal, ob- servada na vertical do lugar. Altura geométrica: Distância de um ponto ao longo da normal ao elipsoide entre a superfície física e a sua proje- ção na superfície elipsoidal. Represen- ta-se por h, sendo também conhecida como altitude geométrica, segundo a expressão h ≈ N + H. Altura da edificação (H): Distância me- dida a partir do ponto médio da testa- da do lote que se encontre na cota mais elevada do terreno até o ponto mais alto da edificação, incluindo cumeeira, caixa d’água e outros elementos cons- trutivos. Altitude ortométrica: Distância de um ponto ao longo da vertical entre a superfície física e a sua projeção na su- perfície geoidal (superfície equipoten- cial que coincide com o nível médio não perturbado dos mares). Representa-se por H. NOTA - É a altitude das referências de nível, determinada através de diversos processos de nivelamento, para os ser- viços topográficos, conforme indicado na NBR 14.166/98. DEFINIÇÕES PARA LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS E PROJETOS GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 9 Análise de orientação prévia (AOP): Exame realizado pelo órgão competen- te da Administração Municipal, a pedi- do do interessado, à luz da legislação vi- gente, prévio à apresentação do projeto pelo empreendedor para fins de licen- ciamento, da possibilidade e restrições associadas à execução de determinado empreendimento ou da localização ou exercício de uma determinada ativida- de em determinado local do território. Anexos da edificação principal: Edi- ficações secundárias sob a forma de edícula, piscinas, quadras, garagem ex- terna, guarita, portaria, entre outras, separadas da edificação principal. Apartamento: Unidade autônoma de moradia em prédio residencial multifa- miliar ou em prédio de uso misto. Apoio geodésico altimétrico: Conjun- to de pontos materializados de Refe- rências de Nível (RN), que proporcio- nam o controle de posição altimétrica dos levantamentos topográficos e o seu referenciamento ao datum (origem) al- timétrico do país. Apoio geodésico planialtimétrico: Conjunto de pontos materializados no terreno, de referência planimétrica e de nível, que proporcionam aos levan- tamentos topográficos o controle de posição horizontal e vertical em relação à superfície terrestre determinada pe- las fronteiras do país, em coordenadas geodésicas ou planas, referenciando-os aos datum planimétrico e altimétrico. Apoio geodésico planimétrico: Con- junto de pontos materializados no ter- reno, que proporcionam aos levanta- mentos topográficos o controle de po- sição em relação à superfície terrestre, em coordenadas geodésicas ou planas, referenciando-os ao datum planimétri- co oficial. Apoio topográfico: Conjunto de pon- tos referenciados planimétricos, altimé- tricos, ou planialtimétricos, que servem de base ao levantamento topográfico. Apoio topográfico altimétrico: Con- junto de pontos materializados no ter- reno, com suas alturas referidas a uma superfície de nível arbitrária (cota) ou ao nível médio do mar (altitude), que serve de base altimétrica para o levan- tamento topográfico. Apoio topográfico planimétrico: Con- junto de pontos materializados no ter- reno, com coordenadas cartesianas (x e y) determinadas a partir de uma origem no plano topográfico local, que servem de base planimétrica ao levantamentotopográfico. Apuração de remanescente: Procedi- mento destinado a especificar o rema- nescente de imóvel que, após desfal- ques parciais decorrentes de alienações feitas, não permite sua perfeita carac- terização com base nos d dos constan- tes do registro de imóveis, observando as seguintes condições mínimas: a) identificar o perímetro da área maior, objeto do registro em análise; b) identificar os desfalques e confirmar a existência de remanescente (disponi- bilidade quantitativa); c) definir a situação tabular do rema- nescente; e GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 10 d) efetuar todas as demais análises téc- nicas de retificação para a área rema- nescente. Área de canteiro: Área utilizada por empreendimentos e atividades que se dão diretamente sobre o terreno, sem implicar em edificação significativa so- bre este, caracterizando, no entanto, toda a área do terreno como do uso do solo correspondente ao empreendi- mento ou atividade. Área construída: Somatória das áreas de cada edificação existente ou previs- ta em um lote, incluindo as áreas de pi- sos e as ocupadas por paredes e pila- res, correspondendo à soma das áreas cobertas do corpo principal do imóvel acrescida da soma das áreas de seus anexos. Área do círculo: A área do círculo cor- responde ao valor da superfície da figu- ra circular, levando em conta a medida de seu raio (r). Área social de interesse social: Área delimitada por ato do Poder Público destinada à implantação de programas de habitação de interesse social sejam de urbanização ou de produção de uni- dades imobiliárias. Área de instalação: Área utilizada por empreendimentos e atividades que fazem uso extensivo de tubulações, tanques, turbinas, chaminés e outros dispositivos de exaustão, instalados di- retamente sobre o terreno, sem impli- car em edificação significativa sobre o terreno caracterizando não obstante, o uso do solo neste, como ao empreendi- mento ou atividade. Área de preservação permanente: Área protegida nos termos dos arts. 2º e 3º da Lei nº 4.771/1965 (Código Flo- restal), alterada pela Lei nº 7.803/1989, e de sua regulamentação dada pelas Resoluções CONAMA nº 302/2002 e nº 303/2002, coberta ou não por vegeta- ção nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisa- gem, a estabilidade geológica, a biodi- versidade, o fluxo gênico de fauna e flo- ra, proteger o solo e assegurar o bem- -estar das populações humanas. Área de Servidão: Parte do imóvel ser- viente diretamente atingida pela servi- dão. Área de solo instável: Área constituí- da de terrenos que, por sua formação e história geológica, se apresentam, em geral, com baixa capacidade de suporte de estruturas e suscetíveis a processos de alteração súbitos em suas caracte- rísticas, devido a regimes hídricos, pre- cipitações, alterações na cobertura ve- getal, e análogos. Área non edificandi: Área que, por de- terminação de planos ou normas urba- nísticas e ambientais, não deve receber edificações, porque destinada a cum- prir outras funções de interesse coleti- vo, podendo situar-se em terrenos pri- vados ou em áreas de domínio público. Área ocupada: Projeção ortogonal, so- bre o terreno, da área construída de todas as edificações existentes em um lote. Área permeável: Parte da área de um terreno na qual não ocorre, ou é veda- do por norma legal que ocorra, a co- GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 11 bertura do solo por edificação, ou por revestimento com material que impeça a livre absorção. Áreas de fundos de vales e talvegues: Áreas constituídas pelas vertentes dos corpos d’água e faixas lindeiras, abran- gendo, pelo menos, os espaços passí- veis de inundação ou alagamento das águas pluviais, inclusive construções no subsolo. Área total de construção: Resultante da somatória da área real privativa e da área comum atribuídas a uma unidade autônoma, definidas conforme a ABNT 12272. Áreas públicas: Áreas de domínio pú- blico, de uso comum do povo. Nos lo- teamentos, áreas destinadas à circula- ção, à implantação de equipamentos urbanos e comunitários, bem como es- paços livres de uso público. Áreas de uso comum: Área, edificada ou não, cujo uso é compartilhado pelos proprietários das unidades imobiliárias autônomas de um empreendimento de edificação em condomínio. Área para uso institucional: Percen- tual da área objeto de parcelamento destinada exclusivamente à implanta- ção de equipamentos comunitários. Área útil: Superfície utilizável da área construída de uma edificação, excluí- das as partes correspondentes às pa- redes, pilares, jardineiras e sacadas de até 0,90 m (zero vírgula noventa me- tros) de largura. Área útil da unidade: Área real priva- tiva, definida na ABNT 12721, subtraída a área ocupada pelas paredes e outros elementos construtivos que impeçam ou definem sua utilização. Área verde: Elemento urbanístico vital, por importar equilíbrio do meio am- biente urbano, de domínio público ou privado, que se caracteriza pela exis- tência de vegetação contínua, ampla- mente livre de edificações, podendo conter caminhos, vielas, brinquedos infantis e outros meios de recreação si- milares que não impliquem edificação. Arruamento: Modalidade de parcela- mento do solo que consiste na subdivi- são de uma gleba mediante a abertura de vias de circulação e a formação de quadras entre elas. Assoreamento: Processo de acumula- ção de sedimentos sobre o substrato de um corpo d’água, causando obstrução ou dificultando o seu fluxo, podendo o processo que lhe dá origem ser natural ou artificial. Atividade não estabelecida: Ativida- de de prestação de serviço por empre- sa ou profissional autônomo exercida sem o suporte físico de um empreendi- mento específico. O endereço utilizado pelo profissional para fins de registro da sua atividade pode ser um endereço residencial, mas nenhuma ação típica da atividade profissional que envolva a abertura de portas a empregados, for- necedores ou clientes poderá ser aí de- senvolvida. Atributos da representação gráfica das parcelas: Simbologia gráfica ade- quada para referenciar os pontos de controle geométrico e sua hierarquia. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 12 No Brasil, não há uma normatização nacional que defina a representação cartográfica dos elementos gráficos de interesse à cartografia cadastral. Entre- tanto, é fundamental que se apresen- tem nessa cartografia, de modo claro e hierarquizado, os elementos defini- dores da rigidez geométrica, nos seus diferentes níveis de levantamento. Averbação de abertura de rua: Provi- dência na qual se consigna, diante da omissão constante do registro de imó- veis, confinância do imóvel com deter- minada via ou logradouro público ou a abertura, no seu território, de via públi- ca oficial ou logradouro igualmente pú- blico, indicando, nessa última hipótese, a área efetivamente desfalcada, obser- vando as seguintes condições mínimas: a) verificar se a via averbanda é oficial (requisito fundamental). Caso negativo, a averbação fica prejudicada; b) confirmar a situação da via averban- da em relação ao registro retificando; e c) verificar se a nova via atinge o imóvel retificando. Banca ou barraca: Instalação de pe- queno porte, em logradouro público, para o exercício de atividades comer- ciais e de serviços. Barracão: Edificação provisória desti- nada à guarda de materiais e serviços de administração de obras, cuja exis- tência termina com a conclusão destas. Base de referência geodésica: Dois ou mais pontos de apoio geodésico que per- mitem posicionar, orientar e controlar o le- vantamento atendendo os seus objetivos. Base cartográfica: Conjunto de cartas e plantas integrantes do Sistema Carto- gráfico Municipal que, apoiadas na rede de referência cadastral, apresentam no seu conteúdo básico as informaçõesterritoriais necessárias ao desenvolvi- mento de planos, de anteprojetos, de projetos, de cadastro técnico e imobi- liário fiscal, de acompanhamento de obras e de outras atividades projetuais que devam ter o terreno como referên- cia. Base linear para aferição de medidor eletrônico de distância (MED): É um conjunto estável de pilares de concreto, alinhados e convenientemente espaça- dos, nos quais, os instrumentos de me- dição eletrônica e os prismas são esta- cionados com centragem forçada, rea- lizando-se medições superabundantes das distâncias interpilares, gerando um número redundante de equações de observação que devidamente ajusta- das pelo Método dos Mínimos Quadra- dos (MMQ), determina os elementos básicos de aferição: o valor da constan- te aditiva (Z) (Erro Zero) com seu desvio padrão e o fator de escala (K) em ppm (ppm = 10-6) com seu desvio padrão. Caixa carroçável ou Faixa de rola- mento: Edificação de caráter precário, construída com técnicas improvisadas e materiais de baixo interesse econô- mico, destinada a moradia. Calçada ou passeio: Parte do logradou- ro destinada ao trânsito de pedestres e de bicicletas quando dotada de ciclo faixa, segregada e em nível diferente à via, dotada, quando possível, de mobi- liário urbano, sinalização e vegetação. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 13 Calçadão: Parte ou totalidade de uma via pública, equipada de forma a impe- dir o trânsito de veículos, salvo os es- peciais, para acesso local, oferecendo condições adequadas à circulação ou lazer da coletividade. Canteiro central: Espaço compreendi- do entre os bordos internos das pistas de rolamento de uma via, objetivando separá-las física, operacional e estetica- mente. Campo de provas: É constituído de uma base linear para aferição de MED, estação total e nível e uma base estável de multipilares (mínimo de 5) de con- creto e dispositivo de centragem for- çada para classificação angular de teo- dolito e estação total, conforme ISO 17 123. Carta: É a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área toma- da de uma superfície planetária, subdi- vidida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridia- nos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala. Casa: Edificação organizada e dimen- sionada para o exercício de atividade residencial unifamiliar. Casa com escritório ou loja: Casa con- tendo espaço com características de escritório ou loja, com entrada inde- pendente da área destinada a moradia. Casas escalonadas: Condomínio edilí- cio com edificação integrada por duas ou mais unidades residenciais com so- breposição parcial de pisos e com aces- so individualizado ao logradouro públi- co em cotas diferenciadas. Casas germinadas: Edificação cons- tituída por duas unidades imobiliárias residenciais com paredes externas total ou parcialmente contíguas ou comuns, cada uma das quais com acesso inde- pendente a logradouro, constituindo, no seu aspecto externo, uma unidade arquitetônica. Casas sobrepostas: Edificação com duas unidades residenciais, sendo uma delas edificada total ou parcialmente sobre a outra, ambas com acesso dire- to ao logradouro público. Ciclofaixa: Faixa exclusiva para bicicle- tas nas calçadas, passeios e calçadões ou contíguas às vias de circulação. Ciclovia: Faixa exclusiva para bicicletas nas calçadas, passeios e calçadões ou contíguas às vias de circulação. Circuito: Polígono fechado definido por uma sequência de linhas. Círculo: O círculo, pode ser chamado de disco, é uma figura geométrica que faz parte dos estudos da geometria pla- na, o círculo surge na medida em que os polígonos regulares inscritos nela vão aumentando o número dos lados, ou seja, com o aumento do número de lados dos polígonos inscritos estes vão se aproximando da forma circular. Circunferência: é o contorno (linha curva) que limita o círculo, o círculo e circunferência são sinônimos, mas na matemática eles representam dois conceitos distintos. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 14 Código unívoco identificador da par- cela cadastral: A atribuição de um va- lor numérico inequívoco a cada parcela é fundamental no conceito da cartogra- fia cadastral e traz consigo a facilidade da vinculação da parcela (chave de liga- ção) ao Cartório de Registro de Imóveis e, portanto, ao reconhecimento do seu registro histórico. O identificador das parcelas ainda se traduz em um ótimo elemento de vinculação aos outros ca- dastros temáticos. Coeficiente de aproveitamento: Re- lação entre a área total construída de uma edificação, ou conjunto de edifica- ções (Ac), e a área total do terreno em que se situa (At). Io=Ac/At Como construído (as built) ou le- vantamento topográfico de obras: Levantamento topográfico específico, integrante do procedimento fiscal de execução de obras na construção civil e industrial, que, amarrado ao mesmo sistema tridimensional de referência espacial adotado no projeto de uma construção e utilizando instrumental- mente todos os processos adequados ao rigor exigido pelo procedimento fis- cal, realiza o acompanhamento da obra, passo a passo, até a sua conclusão. Este levantamento determina no seu desen- volvimento uma exatidão adequada, o posicionamento espacial das bases de assentamento e dos detalhes específi- cos da configuração espacial da cons- trução considerada em relação a pon- tos notáveis existentes no terreno e/ou às divisas de imóveis que lhe são adja- centes, escolhidas como amarração da construção, quando da elaboração do seu projeto. Condomínio edilício: Conjunto de uni- dades imobiliárias prediais, em uma mesma edificação ou não, implantadas sobre um único terreno, caracterizan- do-se pela existência de uma proprie- dade comum ao lado de uma proprie- dade privativa. Instituto disciplinado em legislação federal. Conjunto de vila: Condomínio edilício destinado à atividade residencial, ca- racterizado por um conjunto de edifi- cações com possibilidade de acesso de pedestres e veículos a cada uma delas a partir de vias internas ao empreen- dimento, por meio das quais se dá o acesso comum ao logradouro público. Cursos d’água: Cuidados especiais de- vem ser tomados no caso de imóvel que confronta com córrego ou rio. A divisa a ser considerada é aquela esta- belecida pelo mais antigo traçado do curso d’água conhecido, desprezando eventuais retificações ou modificações naturais do seu leito. Os terrenos que confrontarem com cursos d’água em seu limite devem na linha de drenagem natural, perene ou intermitente, cuja classificação é estabelecida no Código de Águas, Decreto nº 24.643, Código de Águas e legislação complementar. No caso de cursos d’água que não te- nham as características de navegabili- dade ou flutuabilidade definidas na lei, deve ser considerado o eixo do mais antigo leito para caracterizar a divisa tabular. Em se tratando de rios com características de navegabilidade ou flutuabilidade, deve ser considerada a margem ou a faixa reservada do rio como divisa para fins de registro. As características de navegabilidade e/ou GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 15 flutuabilidade devem ser definidas nas condições primitivas do curso d’água. Curvas de nível de ruídos: Linhas tra- çadas a partir dos pontos nos quais o nível de incômodo de ruído é igual a um valor pré-determinado e especifica- do pelo Departamento de Aviação Civil (D.A.C.) medidos em I.P.R. (Índice Pon- derado de Ruído), em função da utiliza- ção prevista para o aeródromo. Corredor de usos múltiplos: Conjunto de terrenos lindeiros, em ambos os la- dos, às grandes vias de circulação (vias arteriais ou, excepcionalmente, coleto- ras), nos quais se permite ou estimula, por normalegal, a realização de ativi- dades diversificadas, predominante- mente comerciais e de serviços, e que se caracterizam por serem geradoras de grande fluxo de veículos. Coordenadas plano-retangulares (X,Y): Coordenadas cartesianas defini- doras da localização planimétrica dos pontos medidos no terreno e represen- tados no plano topográfico do sistema topográfico local, cuja origem está no ponto de tangência deste plano com a superfície de referência adotada pelo Sistema Geodésico Brasileiro - SGB. Cota: Distância vertical de um ponto a uma superfície horizontal de referência expressa em metros. Croqui: Esboço gráfico sem escala, em breves traços, que facilita a identifica- ção de detalhes. Curva de Nível: Representação altimé- trica, por uma linha continua, dos pon- tos com a mesma cota ou altitude orto- métrica. Desapropriações: Devem ser utiliza- das as plantas oficiais de desapropria- ções para definir os novos limites re- gistrários dos imóveis, confirmando a utilização de toda a faixa prevista para o melhoramento público. Desdobro: Modalidade de parcela- mento do solo que consiste na divisão da área ou de um lote em duas ou mais partes autônomas e distintas, sem a preocupação de urbanização integran- te de loteamento ou de desmembra- mento, para formação de novo ou no- vos lotes obedecendo as posturas mu- nicipais. Desmatamento: Eliminação total ou parcial da vegetação existente em uma área. Desmembramento: Modalidade de parcelamento do solo que consiste na subdivisão de gleba em lotes destina- dos à edificação, com aproveitamento do sistema viário existente oficialmente reconhecido, desde que não implique abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, mo- dificação ou ampliação dos já existen- tes. (Lei nº 6.766, Artigo 2º, § 2º). Desenho topográfico final: Peça gráfi- ca ou digital, quadriculada previamen- te, em formato definido em Normas Brasileiras, com área útil adequada à representação de todos os elementos do levantamento topográfico e identifi- cadores segundo modelo definido pela destinação do levantamento. Quando realizado na forma gráfica indicar a sua escala, o sistema de projeção, o siste- ma de coordenadas e a orientação. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 16 Desvio padrão ou Erro médio qua- drático (σ): Valor dado pela expressão a seguir: 1n )xx( 2 − −∑ ±=σ onde: σ = desvio-padrão x = cada uma das observações x = média das “n” observações n = número de observações Divisa: Linha limítrofe de um terreno, seja em relação ao logradouro no qual se situa, seja em relação a terrenos ad- jacentes. Divisor de águas: Materializa-se no ter- reno pela linha que passa pelos pontos mais elevados do terreno e ao longo do perfil mais alto entre eles, dividindo as águas de um e outro curso d’água. É definido pela linha de cumeeira que separa as bacias. Drive-in: Edificação ou conjunto de edificações e instalações destinadas a comércio e serviços que permitem o acesso e o estacionamento de veículos e cujo atendimento aos clientes é feito no próprio veículo. Esquina: Concordância de duas faces de quadras. Edícula: Anexo da edificação principal, situado no recuo de fundo, e, eventu- almente, no recuo lateral, constituin- do um corpo separado da edificação principal, com altura máxima de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros) e dimensão máxima de 2/3 (dois terços) do recuo, medida desde a divisa de fun- do, ou lateral, garantidas a distância mí- nima de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) à edificação principal e a passagem de águas pluviais dos lotes contíguos. Edificação: Resultado de construção que se incorpora ao solo com caráter de permanência, destinada à utilização humana. Edifício de apartamento: Edificação comportando mais de uma unidade re- sidencial autônoma, dispondo de áreas comuns de circulação e acesso ao lo- gradouro público. Edifício de apartamentos com lojas e escritórios: Edifício de apartamentos com uma parte de sua área organizada sob a forma de escritórios e/ou lojas, constituídos como unidades imobiliá- rias autônomas. Edifício de escritórios: Edificação comportando mais de uma unidade autônoma de escritórios, servidos por áreas comuns de circulação e acesso ao logradouro público. Eixo de rua: Linha imaginária que, pas- sando pelo centro da via, é equidistan- te em relação ao seu alinhamento. Equipamentos comunitários: Equipa- mentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares, sob adminis- tração do Poder Público ou de entida- des privadas ou do terceiro setor con- veniadas. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 17 Equipamentos urbanos: Equipamen- tos (redes e instalações pontuais) des- tinados à prestação dos serviços públi- cos de abastecimento de água, esgo- tamento sanitário, energia elétrica, te- lecomunicações e gás canalizado, sob regime de concessão, e dos serviços de drenagem, de responsabilidade direta da Administração Municipal. Erro de graficismo: Erro máximo ad- missível na elaboração de desenho to- pográfico para lançamento de pontos e traçados de linhas, com valor de 0,2 mm, que equivale a duas vezes a acui- dade visual. Escala gráfica e numérica: É a relação de proporcionalidade que há entre o espaço real (superfície física) e o espa- ço representado (desenho). Espigão: É a linha imaginária separa- dora de águas pluviais. Definido fisica- mente pelas cristas das montanhas. Estacionamento: Espaço público ou privado destinado à parada ou abrigo de veículos, constituído pelas áreas de vagas, áreas de circulação e eventual- mente área de administração e contro- le. Estação: Termo utilizado para os pon- tos de poligonais de levantamento to- pográfico onde são instalados os ins- trumentos de medição. Estudos preliminares: Fase inicial de um projeto de edificação em que se verificam os recuos legais, necessidade ou não de movimento de terra e aproveitamento da vegetação existente para fins paisagísti- cos, promovendo a melhor adaptabilida- de do empreendimento no terreno. Estruturação do levantamento topo- gráfico planialtimétrico e cadastral: Para a realização do levantamento to- pográfico planialtimétrico e cadastral, deve-se no mínimo observar a seguinte sequência de operações: a) planejamento, seleção de métodos e aparelhagem; b) atividades preliminares; c) levantamento topográfico: - Poligonação; - Nivelamento; - Detalhamento; d) cálculos e ajustes; e) original topográfico; f) cálculo das divisas e área; g) desenho topográfico final; h) relatório técnico. Faixa de domínio de vias: Área que compreende a via carroçável acrescida das áreas até alinhamentos. Face de quadra: Alinhamento das fren- tes ou testada dos lotes, em uma qua- dra, em relação a um logradouro. NOTA - Uma quadra pode ter várias fa- ces de quadra, na dependência do nú- mero de logradouros que lhe são adja- centes. Fila de casas: Edificação com três ou mais unidades imobiliárias residenciais com paredes externas total ou parcial- mente contíguas ou comuns, cada uma GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 18 das quais com acesso independente a logradouro público, constituindo, no seu aspecto externo, uma unidade ar- quitetônica. Frente ou testada principal de lote ou terreno: Divisa do terreno lindeira com o logradouro público que lhe dá acesso. Coincide com o alinhamento da via. Gabarito: Medida que limita ou deter- mina a largura de logradouros e a altu- ra das edificações, usualmente com fi- nalidades de preservação patrimonial, higiênicas, ou de regularização urbanís- tica. Galeria ou grupo de lojas: Edificação composta de duas ou mais lojas, aber- tas diretamente para o exterior, ou para uma circulação interna comum. Geocodificação: Codificação de pon- tos baseada nas suas coordenadas pla- nas no sistema de representaçãocarto- gráfica adotado ou nas quadrículas da planta cadastral onde estão situados, visando a ordenação das informações pela sua localização geográfica. Geocódigo: Código formado a partir das coordenadas planas no sistema de repre- sentação cartográfica adotado ou nas qua- drículas codificadas da planta cadastral, de pontos referenciadores de elementos a se- rem localizados geograficamente. Gleba: Porção de terreno rural ou urbano que ainda não foi objeto de loteamento ou desmembramento. Guia ou meio-fio: Fileira de pedras ou pe- ças de concreto que limitam a calçada e o leito carroçável. Habitação de Interesse Social: Unida- de imobiliária destinada à moradia de família que não possua outro imóvel, com renda mensal até 6 (seis) salários mínimos, produzida no âmbito de pro- grama habitacional de promoção públi- ca ou a ela vinculada, com lote máximo de 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e área construída útil de, no máximo, 50 m² (cinquenta metros quadrados), com possibilidade de am- pliação quando as famílias beneficia- das estiverem envolvidas diretamente na produção das moradias. Impacto ambiental: Todo fato, ação ou atividade, natural ou antrópica, que produza alterações significativas no meio ambiente, podendo ser os danos, de acordo com o tipo de alteração, eco- lógicos ou socioeconômicos, isolados ou associados. Imóvel urbanizado: Aquele que, mes- mo situado em área rural, passou por processo de urbanização (loteamen- to, arruamento, parcelamento ou des- membramento). Índice de elevação média: Relação entre a área construída (Ac) e a área ocupada (Ao) de uma edificação, dada também pela relação entre o Coeficien- te de Aproveitamento (Io) e a Taxa de Ocupação (To). Ie= Ac/Ao; Ie= Io/To Índice urbanístico: Expressão mate- mática de relações existentes entre áreas construídas, áreas ocupadas e áreas de terreno, que permitem fixar ou avaliar as condições físicas de um determinado espaço urbano. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 19 Infraestrutura básica: Infraestrutura básica são os equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, ilu- minação pública, redes de esgoto sani- tário e abastecimento de água potável, e de energia elétrica pública e domiciliar e as vias de circulação pavimentadas ou não”. (Lei nº 6.766, Artigo 2º, § 5º, com redação dada pela Lei nº 9.785/99). Intervenções: Ações realizadas em terrenos e elementos da fisiografia, das quais resultam modificações de suas características, morfologia e processos. Intramuros: Imóvel situado dentro do perímetro constante no Registro de Imóvel ou linha que separa dois imó- veis contíguos. Lance de nivelamento: Intervalo entre miras a ré e a vante. Largura de uma via: Distância entre os alinhamentos da via. Legenda: Texto explicativo que acom- panha os mapas, as cartas e as plantas com objetivo de informar seus dados técnicos, tais como coordenadas ge- odésicas, projeções cartográficas ou topográficas e demais informações ca- dastrais. Leito carroçável: Pista de rolamento pavimentada ou não de um logradouro definida pelos meio fios construídos ou não. Levantamento topográfico: Empre- go de métodos para se determinar as coordenadas topográficas de pontos relacionando-os com os detalhes, vi- sando sua representação planimétrica em escala predeterminada e sua re- presentação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com equidistância também predeterminada e/ou pontos cotados. Levantamento topográfico altimétri- co ou nivelamento: Método que obje- tiva, exclusivamente, a determinação das alturas relativas a uma superfície de referência, dos pontos de apoio e/ ou dos pontos de detalhes, pressupon- do-se o conhecimento de suas posições planimétricas, visando à representação altimétrica da superfície levantada. Levantamento topográfico expedito: Método exploratório do terreno com a finalidade especifica de seu reconheci- mento, sem prevalecerem os critérios de acurácia. Levantamento topográfico planialti- métrico: Método planimétrico acresci- do da determinação altimétrica do re- levo do terreno e da drenagem natural. Levantamento topográfico planialti- métrico cadastral: Método planimétri- co cadastral acrescido das informações altimétricas dos pontos levantados. Levantamento topográfico planimé- trico cadastral: Método planimétrico acrescido da determinação planimétri- ca da posição de certos detalhes visí- veis ao nível e acima da superfície to- pográfica (física) e de interesse à sua finalidade, tais como: limites de vegeta- ção ou de culturas, cercas internas, edi- ficações, benfeitorias, posteamentos, barrancos, árvores isoladas, valos, va- las, drenagem natural e artificial. Estes detalhes devem ser discriminados e re- lacionados nos editais de licitação, pro- GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 20 postas e instrumentos legais entre as partes interessadas na sua execução. Levantamento topográfico planimé- trico ou levantamento planimétrico ou levantamento perimétrico: Mé- todo planimétrico para determinação dos limites e confrontações de uma propriedade, pela determinação do seu perímetro, incluindo, quando houver, o alinhamento da via ou logradouro com o qual faça frente, bem como a sua orientação e a sua amarração a uma rede de referência cadastral, ou, no caso de sua inexistência, a pontos no- táveis e estáveis nas suas imediações. Quando este levantamento se destinar à identificação dominial do imóvel, são necessários outros elementos comple- mentares, tais como: pericia técnico- -judicial, memorial descritivo e demais documentos oficiais. Limite, fronteira ou linde: Linha que separa dois territórios contíguos. Linha de nivelamento: Sequência de seções entre dois nós. Logradouro: Espaço livre, inalienável, destinado à circulação pública de veí- culos e/ou de pedestres, reconhecido pela municipalidade, que lhe confere denominação oficial. Logradouro público: Espaço livre, de domínio e usos públicos, destinado à circulação de veículos e pedestres ou ao lazer da coletividade; o logradouro é oficial quando codificado pela adminis- tração e denominado por lei municipal. Lote: Parcela de terra, autônoma con- tida em uma quadra, resultante da di- visão de uma gleba, loteamento ou de desmembramento destinada à constru- ção de edificações, agricultura ou lazer, cuja testada é voltada para logradouro público reconhecido ou projetado ser- vido de infraestrutura básica cujas di- mensões atendam aos índices urbanís- ticos definidos pelo plano diretor ou Lei Municipal para a zona em que se situe”. (Lei nº 6.766, Artigo 2º, § 4º, com reda- ção dada pela Lei nº 9.785/99). Loteamento: Subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com aber- tura de novas vias de circulação, de lo- gradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias já existentes, (Lei nº 6.766, Artigo 2º, § 1º). Manejo: Conjunto de técnicas e proce- dimentos de utilização racional e con- trolada de recursos ambientais com aplicação de conhecimentos científicos e técnicos, visando a atingir objetivos de conservação da natureza e uso ade- quado de recursos naturais. Mapa: É a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos e naturais, cultu- rais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos, políti- co-administrativos, destinada aos mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos. Marco Geodésico: Ponto geodésico planimétrico da Rede de Referência Ca- dastral implantado e materializado no terreno Marco geodésico de apoio imediato: Marco geodésico, obtido por poligona- ção, triangulação, trilateração, dupla GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 21 irradiação, rastreamento de satélite do sistema GPS-NAVSTAR no método dife-rencial ou por outro método geodésico que vier a ser desenvolvido, a partir de marco geodésico de precisão, destina- do a densificar o apoio geodésico bási- co, assegurando o suporte necessário à qualidade das operações topográfi- cas visando ao apoio suplementar de campo para os levantamentos aerofo- togramétricos e ao apoio topográfico aos levantamentos para o parcelamen- to do solo, demarcações, implantação e acompanhamento de obras de enge- nharia, em geral. Marco geodésico de precisão: Mar- co geodésico obtido por poligonação, triangulação, trilateração, dupla irra- diação, rastreamento de satélites do sistema GPS-NAVSTAR no método dife- rencial ou outro método geodésico que vier a ser desenvolvido, com a finalida- de de transportar o apoio geodésico básico do Sistema Geodésico Brasileiro - SGB - às proximidades e/ou ao interior da área municipal. Método das direções: Consiste nas medições angulares horizontais com vi- sadas nas direções determinantes nas posições direta e inversa da luneta (lei- turas conjugadas) de um medidor de ângulos. Uma série de leituras conjuga- das consiste na observação sucessiva de todas as direções a partir da direção origem, fazendo o giro de ida no sen- tido horário com a luneta na posição direta e o de volta no sentido anti-ho- rário, na posição inversa da luneta, ou vice-versa, terminando na direção ori- gem. O intervalo medido no limbo hori- zontal do medidor de ângulos (teodoli- to) entre as posições da direção origem das diversas séries chama-se intervalo de reiteração. Para os medidores de ângulos ópticos esse intervalo é defi- nido por 180º/n, onde n = número de séries, para fins de redução do erro de gravação ou de graduação do limbo ho- rizontal. Para os medidores eletrônicos de ângulos e estações totais os erros de graduação do limbo são eliminados eletronicamente, assim o intervalo de reiteração deve variar alguns minutos de graduação do limbo horizontal. Os valores dos ângulos horizontais medi- dos pelo método das direções são as médias aritméticas dos seus valores obtidos nas diversas séries. Nível d’água: Altitude ou cota do nível d’água, normalmente medida sobre uma régua limnimétrica em um deter- minado momento, em relação a uma superfície horizontal de referência, ex- pressa em metros. Nivelamentos: Ato pelo qual a Admi- nistração fixa de maneira unilateral o nível das vias públicas em relação às propriedades lindeiras. Fixação da cota correspondente aos diversos pontos característicos da via urbana, a ser ob- servada por todas as construções nos seus limites com o domínio público, ou alinhamento. Nó: Referência de nível pertencente a três ou mais seções, excetuando-se o caso de referência de nível de partida de ramal. Ordenamento do uso e ocupação do solo: Processo de intervenção do Poder Público municipal, mediante a elabora- ção e aplicação de instrumentos legais de controle, com o objetivo de orientar GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 22 e disciplinar o assentamento da popu- lação, as atividades e os empreendi- mentos no território do Município, de acordo com as diretrizes emanados do Plano Diretor. Ondulação geoidal (N): É a distância, aproximada, medida na normal, entre as superfícies elipsoidal e geoidal. Planta cadastral municipal: Planta, na escala 1:1 000 ou maior, resultado da aplicação sistemática desta Norma e da NBR 13133, tendo como finalida- de primordial os estudos sobre alinha- mentos, nivelamentos e emplacamen- to de edificações, servindo de base aos cadastros de Infra-estrutura urbana (água, esgoto, drenagem, pavimen- tação, força e luz, telefone, gás etc.), apoiando ainda a construção das plan- tas de quadras do Cadastro Imobiliário Fiscal, e o cadastro fundiário para re- gistros públicos e cadastro de equipa- mentos comunitários ou sociais desti- nados a atividades de saúde, educação, cultura, lazer, esportes, promoção e assistência social e similares, apresen- tando ainda pontos cotados, na preci- são compatível com a escala, em todos os cruzamentos de ruas, fins de ruas, mudanças de “grade” e de direção das ruas, abrangendo apenas as áreas ur- banizadas e em processo de urbaniza- ção ou de expansão urbana do municí- pio, além da hidrografia, drenagem, sis- tema viário, obras de arte, logradouros e arborização, registrando no seu con- teúdo básico, também, informações so- bre o parcelamento do solo urbano e das edificações. Planta genérica de valores - PGV: Planta integrante do Cadastro Imobi- liário Fiscal, obtida a partir da Planta de Referência Cadastral do Município, onde estão registrados os valores de terreno diferenciados pela sua posição entre setores, bairros, quadras e nos segmentos de logradouros. Planta geral do município: Planta na escala de 1:5 000 ou 1:10 000 - com cur- vas de nível de equidistância adequa- das à escala e ao relevo e pontos co- tados auxiliares para melhor definição do relevo – registrando no seu conte- údo básico: aspectos físicos (hidrogra- fia, cobertura vegetal, natureza do solo etc.), aspectos socioeconômicos (siste- ma viário, unidades com fins econômi- cos, equipamentos comunitários, ele- mentos a preservar, quarteirões com as principais edificações, logradouros, linhas de transmissão de energia elé- trica, uso do solo etc.), aspectos políti- co-administrativos (limites municipais, interdistritais, de bairros, jurisdicionais e de zonas especiais) e aspectos técni- cos (pontos da rede de referência ca- dastral, quadriculado plano-retangular do sistema topográfico local); sua área de abrangência contempla todo o ter- ritório municipal, sendo uma base car- tográfica em projeção UTM destinada à elaboração e ao acompanhamento do Plano Diretor Municipal e de todas as ações dele decorrentes. Planta indicativa de sistemas de in- fra-estrutura urbana: Planta obtida a partir da Planta de Referência Cadastral do Município, onde estão registradas as informações referentes aos sistemas de infra-estrutura urbana (água, es- goto, eletricidade, iluminação pública, drenagem, guias, sarjetas, pavimenta- ção, telefone, gás, oleodutos e outros), GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 23 sendo um meio auxiliar às atividades de planejamento, programação e coor- denação dos serviços de implantação de obras em vias públicas. Planta de quadra: Planta integrante do Cadastro Imobiliário Fiscal, na escala 1:1 000 ou 1:500, apresentando, no seu conteúdo básico, o contorno da quadra segundo os alinhamentos de vias de suas faces, os logradouros correspon- dentes às faces da quadra, os limites dos lotes com as suas dimensões e a codificação dos lotes; sua codificação deve estar vinculada à Planta de Refe- rência Cadastral do Município, poden- do conter outros elementos agregados, como a projeção da edificação de cada lote, a numeração do emplacamento, a codificação da infra-estrutura existente em cada face de quadra etc. Planta de referência cadastral: Plan- ta planimétrica elaborada a partir da planta geral do município na escala 1:5 000 ou 1:10 000, para gestão municipal integrante dos cadastros técnicos mu- nicipais, apresentando, no seu conteú- do básico, hidrografia, o sistema viário, com sua denominação, a codificação de zonas, de quadras para amarração do Sistema Cadastral Imobiliário, sen- do nela locados todos os novos lotea- mentos aprovados e as alterações do sistema viário, quando então, a partir destas modificações, serão alteradas ou criadas novas plantas de quadras do Cadastro Imobiliário Fiscal. Parcelamento do solo: Subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, providos de infraestrutura, podendo comportar ou não a abertura de novas vias de circulação e logradouros públi- cos ou o prolongamento, modificação ou ampliação de vias e logradouros existentes, observadas as disposições das legislações municipais, estaduais e federais pertinentes”.(Lei nº 6.766, Ar- tigo 2º). Pavimento ou andar: Parte da edifica- ção coberta ou descoberta, situada en- tre os planos de dois pisos sucessivos ou entre o do último piso e a cobertura. Perímetro do Círculo: O perímetro do círculo corresponde a medida da volta completa dessa figura geométrica pla- na. Nesse caso, o perímetro é o compri- mento da circunferência. Lembre-se se que o perímetro é a soma de todos os lados da figura, o que vale lembrar que o círculo é uma figura que não apresen- ta segmentos de retas. Portanto, o perí- metro do círculo equivale a soma total de seu contorno. Pilotis: Colunas ou pilares estruturais, mantidos isolados em toda sua volta de qualquer elemento de vedação, que sustentam uma construção, deixando livre o pavimento térreo. Play-ground: Área coberta ou desco- berta destinada à recreação infantil. Poluição ambiental: Degradação da qua- lidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: (a) prejudi- quem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; (b) criem condições adver- sas às atividades sociais e econômicas; (c) afetem as condições estéticas ou sanitá- rias do meio ambiente; (d) afetem desfa- voravelmente a biota; (e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 24 Ponto de cruzamento de logradou- ros: Ponto de interseção dos eixos de logradouros. Ponto de esquina: Ponto definidor da interseção ou tangência do alinhamen- to de duas faces de quadra, levantado topograficamente. Ponto de referência: Ponto materiali- zado no terreno, identificável em plan- ta, passível de ser objeto de geocodifi- cação, servindo de prefixo para a geo- codificação de outros pontos e elemen- tos a si agregados como atributos e/ou relacionados por códigos complemen- tares métricos, obtidos pela medição de suas distâncias ao mesmo segundo linhas notáveis (eixos de vias, alinha- mento de vias e contornos de quadras), em um sentido predeterminado. Ponto de referência de gleba: Ponto de referência que, em área ainda não objeto de loteamento ou desmembra- mento, a si agrega informações de uma gleba tais como: propriedade com seu perímetro, área, edificações, benfeito- rias, usos etc. Ponto de referência de quadra: Pon- to de referência que a si agrega as in- formações de uma quadra, tais como: código métrico dos lotes, testadas, pro- fundidades, áreas dos lotes e informa- ções sobre as edificações nelas conti- das, ou outras informações sócioeco- nômicas etc. Ponto de referência de segmento de logradouro: Ponto de referência situa- do convenientemente no eixo do seg- mento do logradouro, que a si agrega informações sobre as faces de quadra correspondentes e dos elementos nas mesmas dispostos. Ponto de referência para estrutura fundiária: Ponto materializado no ter- reno, que faça parte do perímetro da gleba, identificável em planta cujas co- ordenadas planimétricas são conheci- das, ou marco primordial utilizado em ações judiciais para registros públicos, incorporado à Rede de Referência Ca- dastral. Ponto topográfico: Ponto de coorde- nadas planimétricas ou planialtimé- tricas, implantado e materializado no terreno, determinado por poligonal to- pográfica, apoiada em pontos geodé- sicos, ou por poligonal secundária de densificação da malha de pontos topo- gráficos, classificadas como II P ou IPRC conforme a NBR 13133. Planta topográfica: Representação gráfica de uma parte limitada da super- fície terrestre, sobre um plano horizon- tal local, em escalas maiores que 1:10 000, para fins específicos, na qual não se considera a curvatura da Terra. Poligonal principal ou poligonal bási- ca: Figura geométrica definida com os pontos materializados do apoio topo- gráfico. Poligonal secundária: Figura geomé- trica definida com os pontos materiali- zados do apoio topográfico e apoiados na poligonal principal. Ponto: Posição de destaque na super- fície a ser levantada topograficamente. Ponto cotado: Distância medida sobre a vertical de um ponto a uma superfície GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 25 horizontal de referência, expressa em metros. Ponto de apoio: Convenientemen- te distribuídos, vinculam o terreno ao levantamento topográfico e, por isso, devem ser materializados por estacas, piquetes, marcos de concreto, pinos de metal, tinta, dependendo da sua impor- tância e permanência. Ponto de detalhe: Pontos definidores dos acidentes naturais e/ou artificiais necessários para a definição da forma do detalhe e/ou do relevo e indispensá- veis à sua representação gráfica. Plano de Representação, origem, ei- xos e orientação: Elementos consti- tuintes do sistema fundamentais para o posicionamento dos pontos do levan- tamento por intermédio de um sistema cartesiano ortogonal em duas dimen- sões onde: a) os eixos X e Y estão jacentes no Plano do Horizonte Local (plano tangente ao elipsóide de referência), adotando-se, deste instante em diante, para efeito de cálculos, a esfera de adaptação de Gauss como figura geométrica da terra (superfície de referência); b) o eixo Y coincide com a linha meri- diana (nortesul) geográfica, no ponto de tangência, orientado positivamente, para o norte geográfico; c) o eixo X é orientado, positivamente, para o leste. Ponto de segurança (PS): Materializa- dos entre duas referências de nível (RN) para controle do nivelamento. Precisão: Valores que expressam o grau de aderência das medidas entre si. Princípio da vizinhança: Regra básica da geodesia que deve ser aplicada à to- pografia, estabelecendo que cada pon- to novo determinado deve ser amarra- do ou relacionado a todos os pontos já determinados, para que haja uma oti- mização da distribuição dos erros. É im- portante a hierarquização, em termos de exatidão dos pontos nos levanta- mentos topográficos, pois cada ponto novo determinado tem exatidão sem- pre inferior à dos que serviram de base a sua determinação, não importando o grau de precisão desta determinação. Quadra: Unidade básica de terreno ur- bano, loteada ou não, pública ou priva- da, referenciada a logradouros que lhe são adjacentes para efeito de controle e codificação em cadastros técnico e imobiliário fiscal. Raio: O valor do raio é determinante para encontrar o perímetro do círcu- lo, assim, quanto maior o raio, maior será seu perímetro, sendo que o raio é a medida do centro da figura até sua extremidade, assim sendo o raio mede a metade do diâmetro. Reco: Distância medida entre o limite externo da projeção da edificação sobre o plano horizontal e a divisa do terreno. Recuo de frente – medido em relação ao alinhamento ou aos alinhamentos, quando se tratar de lote lindeiro a mais de um logradouro público; recuo de fundos – medido em relação à divisa de fundo do lote; recuos laterais – medidos em relação às divisas laterais dos lotes. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 26 Relatório ambiental preliminar: Es- tudo técnico elaborado por equipe multidisciplinar que oferece elemen- tos, à Administração Municipal, para a análise da viabilidade ambiental de empreendimentos ou atividades con- sideradas potencial ou efetivamente causadoras de degradação do meio ambiente, ainda que não estejam elen- cados dentre aqueles para os quais são exigidos licenciamentos ambientais em nível estadual ou federal; o estudo deve conter, no mínimo: (a) a análise da inte- ração entre os componentes dos meios físico, biológico e socioeconômico; (b) a previsão dos impactos ambientais cau- sados durante as fases de planejamen- to, implantação, operação e desativa- ção do empreendimento; (c)a previsão de medidas para eliminação ou mitiga- ção dos eventuais impactos ambientais negativos. Rede maregráfica permanente para geodésia (RMPG): São estações com a finalidade de determinare acompa- nhar a evolução temporal e espacial dos data altimétricos do SGB que são um conjunto homogêneo de marcos geodésicos com altitudes de alta pre- cisão materializados em todo o territó- rio nacional, formalmente denominado de Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP). Rede de referência cadastral: Apoio básico de âmbito municipal para todos os levantamentos que se destinem a projetos, cadastros ou implantação de obras, sendo constituída por pontos materializados no terreno com coorde- nadas planialtimétricas, referenciados a uma única origem (Sistema Geodé- sico Brasileiro (SGB)) e a um mesmo sistema de representação cartográfica, permitindo a amarração e consequen- te incorporação de todos os trabalhos de topografia num mapeamento de re- ferência cadastral. Referência de nível: Ponto de altitude ortométrica conhecida, referenciada ao datum altimétrico do país, implantado e materializado em locais predetermi- nados Referência de nível de apoio imedia- to: Referência de nível obtida por nive- lamento geométrico da classe I N (ver NBR 13133) a partir de Referência de Nível de Precisão do SGB, com a fina- lidade de apoio aos levantamentos lo- cais, parcelamento de áreas, obras, es- truturas de drenagem, gradientes e de base ao apoio suplementar de campo dos levantamentos aerofotogramétri- cos. Referência de nível de precisão: Re- ferência de nível do Sistema Geodésico Brasileiro - SGB, classificada como de precisão, existente na área municipal ou na sua vizinhança, utilizada como apoio altimétrico da Rede de Referên- cia Cadastral. Referência de nível topográfica: Re- ferência de nível obtida por nivelamen- to geométrico de classe II N (ver NBR 13133), a partir de referência de nível de apoio imediato, que serve de apoio topográfico à determinação altimétrica dos pontos de referência de quadra, de gleba, de segmento de logradouro, esquina e de pontos de segurança (PS), em projetos e/ou obras. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 27 Referencial geodésico: É oficialmen- te formado pelo Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), que se estrutura pelo conjunto de estações materializadas no terreno e cuja posição serve como refe- rência precisa a diversos projetos, em especial à geração de cartografia em várias escalas. Remanescente: Restante de um imó- vel, após várias vendas registradas ou desapropriações, com origem numa mesma matrícula, cujas características não podem ser distinguidas com preci- são pelo registrador. Retificação: Toda alteração no con- teúdo do registro e que, em relação à descrição do imóvel, importa na sua adequação à realidade fática, quer cor- rigindo sua descrição, quer suprindo omissões em relação às medidas peri- metrais, de superfície ou de confronta- ção. Retificação intramuros: Correção que não importa em interferências nos li- mites tabulares dos imóveis vizinhos, sem inclusão ou exclusão de áreas não abrangidas pelo registro retificando. Reforma: Serviço ou obra que impli- que modificação na estrutura da cons- trução ou nos compartimentos ou no número de andares da edificação, po- dendo haver, ou não, alteração da área construída. Rede de referência cadastral: Rede de apoio básico de âmbito municipal para todos os serviços que se destinem a projetos, cadastros ou implantação e gerenciamento de obras, sendo consti- tuída por pontos de coordenadas pla- nialtimétricas, materializados no terre- no, referenciados a uma única origem (Sistema Geodésico Brasileiro - SGB) e a um mesmo sistema de representação cartográfica, permitindo a amarração e consequente incorporação de todos os trabalhos de topografia e cartografia na construção e manutenção da Planta Cadastral Municipal e Planta Geral do Município, sendo esta rede amarrada ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB); fica garantida a posição dos pontos de representação e a correlação entre os vários sistemas de projeção ou repre- sentação. Rede geodésica clássica: Rede de marcos geodésicos cujas coordenadas foram determinadas por métodos as- tronômicos, com transporte de coorde- nadas através de levantamentos geo- désicos convencionais. A utilização dos pontos desta rede não é admitida pelo INCRA para o georreferenciamento (de acordo com as Normas Técnicas para o Georreferenciamento de Imóveis Ru- rais) por não permitirem o atendimen- to à precisão exigida. Rede geodésica nacional GPS: Rede de marcos da rede clássica cujas coor- denadas foram determinadas a partir de métodos de posicionamento por GPS. Atende à precisão exigida e sua utilização é adequada para o georrefe- renciamento. Redes geodésica Estaduais de Alta Precisão: Redes implantadas dentro dos padrões estabelecidos pelo IBGE e por ele homologadas. Também admiti- das para o georreferenciamento. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 28 Rede Brasileira de Monitoramen- to Contínuo – RBMC: Constituída por pontos nos quais são instalados equi- pamentos GPS com rastreio contínuo, também denominada de rede ativa, é a rede mais recomendada devido à pre- cisão das determinações e também ao fato de que o profissional necessita de apenas um receptor GPS para a sua de- terminação, o que reduz significativa- mente os custos do levantamento. Nos casos de utilização das demais redes, a precisão só é atingida quando se utiliza um par de receptores. Em 2008, esta- ções da Rede INCRA de Bases Comuni- tária RIBAC foram homologadas pelo IBGE, constituindo a RBMC/RIBAC. Remembramento: Reagrupamento de dois ou mais lotes para a formação de novos lotes. Reparos gerais: Serviços executados em uma edificação, visando sua con- servação, desde que não impliquem em modificação estrutural, nem modi- ficação nos compartimentos ou anda- res da edificação. Restrições de uso e ocupação de solo: Limitações qualitativas ou quantitativas impostas à realização dos empreendi- mentos, ou à localização e ao exercício das atividades, que configuram o uso e a ocupação do solo. Reurbanização: Processo pelo qual uma área urbanizada sofre modifica- ções que substituem total ou parcial- mente suas primitivas estruturas físicas e urbanísticas. Rolamentos: Modificação total ou par- cial de loteamento, com alterações no arruamento existente e nova distribui- ção das áreas resultantes. Seção de nivelamento: Trecho de ni- velamento definido entre dois pontos de Referência de Nível (RN). Segmento de logradouro: Trecho de um logradouro compreendido entre duas interseções consecutivas do seu eixo com os eixos de outros logradou- ros, ou seja, dois pontos de cruzamen- to de logradouros consecutivos. Sistemas de coordenadas: É com base em determinados sistemas de coor- denadas que se descreve geometrica- mente a superfície terrestre. O sistema é necessário para expressar a posição de pontos sobre uma superfície, seja ela um elipsoide, uma esfera (parale- los e meridianos) ou um plano (X e Y). Para terminar de amarrar a posição de um ponto no espaço, necessita-se ainda complementar as coordenadas bidimensionais com uma terceira co- ordenada que é denominada altitude referenciada ao nível médio dos mares. Sistema de projeção: A adoção de um sistema de projeção cartográfico é fun- damental para qualquer mapeamento e tem como objetivo determinar um método destinado à representação da superfície curva da Terra em um plano. Nas cartas cadastrais, utiliza-se a proje- ção Universal Transversa de Mercator – UTM, que entretanto não é a mais ade- quada, necessitando ser aprimorada às condições da escala grande e, portanto, aos interesses do CTM. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 29 Sistema de projeção topográfica (Sis- tema topográfico local): Sistema de projeção utilizado nos levantamentos topográficos apoiados na Rede de Re- ferência Cadastral pelo método direto clássico para representação das posi- ções relativasdos acidentes levantados através de medições angulares e linea- res, horizontais e verticais. Sistema cartográfico municipal: Con- junto de documentos cartográficos es- truturado a partir da implantação da Rede de Referência Cadastral, básico para o levantamento de informações territoriais no âmbito municipal, elabo- rados de forma sistemática e apoiados na Rede de Referência Cadastral Muni- cipal. Este conjunto é constituído pelas folhas da Carta Topográfica do Municí- pio e pelas folhas da Planta Cadastral Municipal, da Planta de Referência Ca- dastral, das Plantas Indicativas de Equi- pamentos Urbanos, da Planta de Valo- res Genéricos de Terreno e das Plantas de Quadra, com enquadramento, des- dobramento e codificação realizados a partir da Carta Topográfica do Municí- pio, que, por sua vez, tem suas folhas enquadradas e desdobradas a partir das correspondentes folhas de carta do Sistema Cartográfico Nacional (1:1 000 000 - 1:500 000 - 1:250 000 - 1:100 000 - 1:50 000 - 1:25 000), na sua maior escala. Sistema topográfico local: Sistema de representação, em planta, das posi- ções relativas de pontos de um levan- tamento topográfico com origem em um ponto de coordenadas geodésicas conhecidas, onde todos os ângulos e distâncias de sua determinação são re- presentados, em verdadeira grandeza, sobre o plano tangente à superfície de referência (elipsoide de referência) do sistema geodésico adotado, na origem do sistema, no pressuposto de que haja, na área de abrangência do siste- ma, a coincidência da superfície de re- ferência com a do plano tangente, sem que os erros, decorrentes da abstração da curvatura terrestre, ultrapassem os erros inerentes às operações topográ- ficas de determinação dos pontos do levantamento. Sistema de projeção topográfico lo- cal: Coordenadas plano-retangulares de abrangência limitada, vinculado ao SGB, utilizado nos levantamentos to- pográficos para fins de representar as posições relativas dos acidentes levan- tados, descrito na NBR 14166/98. Sistema de projeção universal trans- versa de Mercator (UTM): Represen- tação cartográfica adotado pelo Siste- ma Cartográfico Brasileiro, recomen- dado em convenções internacionais das quais o Brasil foi representado como entidade participante, cujas ca- racterísticas são: a) Projeção de Gauss, conforme, cilín- drica e transversa; b) Decomposição em sistemas parciais, correspondentes aos fusos de 6° de amplitude, limitados pelos meridianos múltiplos deste valor, havendo, assim, coincidência com os fusos da Carta In- ternacional ao Milionésimo (escala 1:1 000 000); c) Para o Brasil, foi adotado o Elipsoide Internacional de 1967, cujos parâme- tros são: GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 30 - a (semieixo maior do elipsoide) = 6 378 160 m; - f (achatamento do elipsoide) = d) Coeficiente de redução de escala ko = 0,9996 no meridiano central de cada fuso (sistema parcial); e) Origem das coordenadas planas, em cada sistema parcial, no cruzamento do equador com o meridiano central; f) Às coordenadas planas, abscissa e ordenada, são acrescidas, respectiva- mente, as constantes 10 000 000 m no Hemisfério Sul e 500 000 m para leste; g) Para indicações destas coordenadas planas, são acrescentadas a letra (N) e a letra (E) ao valor numérico, sem sinal, significando, respectivamente, para norte e para leste; h) Numeração dos fusos, que segue o critério adotado pela Carta Internacio- nal ao Milionésimo, ou seja, de 1 a 60, a contar do antimeridiano de Greenwich, para leste. Atualmente a referência é o SIRGAS 2000, época 2000,4. Sistema geodésico brasileiro (SGB): Referência geodésico para o SGB e para o Sistema Cartográfico Nacional (SCN) é o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), em sua rea- lização do ano de 2000 (SIRGAS 2000), conforme estabelece a Resolução do presidente do IBGE RPR 01/05. Os da- tum anteriores eram Córrego Alegre e SAD 69. Sistema hidrográfico: Conjunto de drenagem natural constituído por ele- mentos naturais ou construídos. Sistema viário: Conjunto de vias inter- ligadas entre si, formando uma rede. Subestação de Energia (S/E): Estação secundária que transforma a corrente de uma central, distribuindo-a pelas linhas acessórias dela dependentes, numa rede elétrica. Sumidouro: Abertura profunda onde somem ou escoam as águas de um cór- rego ou rio. Tabular ou registrária: Ação de regis- trar praticada no livro ou na matrícula do cartório de Registro de Imóveis. Talude: Terreno inclinado, cujo limite superior e denominado crista e o infe- rior pé. Taxa de Ocupação: Relação entre Área Ocupada (Ao) e Área Total do terreno (At). To = Ao/At. Não inclui as áreas des- cobertas exteriores à edificação, ainda que pavimentadas, inclusive piscinas e pergolados. Taxa de Permeabilidade: Relação en- tre Área Permeável (Ap) e Área Total (At), do terreno. Tp = Ap/At. Taxa de Superelevação: Relação entre a diferença da altura da borda externa e da borda interna da pista de rolamen- to e a largura da pista (empregada para fins de segurança para compensação do esforço tangencial). Telheiro: Edificação constituída por uma cobertura e respectivos apoios, configurando um único compartimen- to, dispondo de pelo menos três late- rais abertas. GUIA DE MODELOS DE MEMORIAIS PARA LOTEAMENTOS paginacao_v1.pdf 1 26/10/2017 15:18:32 31 Testada: Linha de divisa do imóvel que confronta com logradouro público, ca- racterizando o alinhamento predial. Toponímia: Designação dos lugares para a identificação textual das repre- sentações físicas. Torre de Transmissão: Construção uti- lizada como apoio de cabeamento de alta tensão. Trilha: Caminho estreito que permite andar a pé ou a cavalo. Tubulação: Sistema de tubos de super- fície para passagem de água, esgoto, gás, óleo, entre outros. Túnel: Obra de engenharia subterrânea destinada a transpor relevo adjacente, grandes aterros ou cursos d’água, re- presentado por seus emboques. Unidade de conservação: Espaço ter- ritorial e seus recursos ambientais, in- cluindo as águas jurisdicionais, com ca- racterísticas naturais relevantes, legal- mente instituídas pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de ad- ministração, ao qual se aplicam garan- tias adequadas de proteção e de uso, conforme a Lei nº .985/2000, que insti- tuiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Unidade Imobiliária: Imóvel ou parte de imóvel, caracterizada por se consti- tuir autonomamente como objeto de propriedade, formalizada por escritura ou documento equivalente, sob a for- ma direta ou condominial. Unificação: Fusão de dois ou mais imó- veis obrigatoriamente contíguos e do mesmo proprietário. Urbanização: Processo de incorpo- ração de áreas ao tecido urbano, seja através da criação de unidades imobi- liárias, seja através da implantação de sistemas e instalações de infraestrutu- ra. Urbanização integrada: Processo de urbanização intencional e controlado, do qual resultam a criação de unidades imobiliárias, a implantação de infra-es- trutura e arruamentos, e edificações para usos do solo diversificados na área objeto do processo. Unificação de imóveis: Procedimento destinado à caracterização da área re- sultante da junção de dois ou mais imó- veis, obrigatoriamente contíguos e do mesmo proprietário. Nesses casos a re- tificação deve cuidar da área resultante da fusão dos registros imobiliários, ob- servando as seguintes condições míni- mas: a) confirmar que os imóveis unificados são contíguos e têm titularidade homo- gênea (requisitos fundamentais para a fusão de registros imobiliários); b) definir o perímetro da área unifica- da; e c) efetuar todas as demais análises téc- nicas de retificação para a área unifi- canda. Uso misto: Condição que adquire uma unidade imobiliária ou edificação quan- do comporta atividades de categorias de uso
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