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Docência para o Ensino Superior 
 
 
PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: 
Um olhar sobre o planejar e avaliar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ana Cláudia Barreiro Nagy 
Edna Barberato Genghini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NAGY, Ana Cláudia Barreiro 
GENGHINI, Edna Barberato 
 Planejamento e Avaliação no Ensino Superior: um olhar 
sobre o planejar e avaliar (livro-texto) / Ana Cláudia Barreiro 
Nagy; Edna Barberato Genghini. – São Paulo: Pós-Graduação 
Lato Sensu UNIP, 2018. 
108 p. : il. 
 
1. Planejamento. 2. Avaliação. 3. Ensino Superior. I. Nagy, Ana 
Cláudia Barreiro. Genghini, Edna Barberato. II. Pós-Graduação 
Lato Sensu UNIP. III. Título. 
 
 
Professora conteudista 
 
ANA CLÁUDIA BARREIRO NAGY é natural do Rio de Janeiro, onde cursou Magistério e 
começou a estudar na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduou-se em Pedagogia 
na Universidade Presbiteriana Mackenzie (1994). Especializou-se em Psicopedagogia pela 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). É mestre em Educação: Currículo, pela 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004), onde iniciou o Doutorado em 
Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem (2005). Também cursou Letras (Português e 
Francês) na Universidade de São Paulo (2018), com intercâmbio na Université Lumière Lyon 
2. Para complementar sua formação, concluiu a pós-graduação em Planejamento, 
Implementação e Gestão da Educação a Distância na Universidade Federal Fluminense 
(2019). Foi professora nos cursos de Pedagogia, Engenharia, Psicologia e Educação Física 
na UNIP. Também atuou na mesma universidade como coordenadora do curso de 
Pedagogia no campus Norte. Atualmente é professora conteudista da pós-graduação em 
Formação em Educação a Distância da UNIP Interativa. Foi professora tutora para os cursos 
de graduação EaD em Pedagogia e Normal Superior da Universidade do Norte do Paraná e 
na pós-graduação no Centro Universitário Senac – São Paulo. 
 
Professora colaboradora 
 
EDNA BARBERATO GENGHINI, professora universitária desde 2002. Atualmente, é 
coordenadora para todo o Brasil dos cursos de pós-graduação lato sensu em 
Psicopedagogia Institucional, Docência para o Ensino Superior e Formação em Educação a 
Distância pela Universidade Paulista – UNIP EaD, onde também atua como professora 
adjunta, nas modalidades interativa e semipresencial. É diretora e psicopedagoga da Mentor 
Orientação Psicopedagógica Ltda. ME desde 1991. Possui graduação em Economia 
Doméstica pelas Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Santo André (1980), graduação 
em Pedagogia pela Universidade Guarulhos (1985), pós-graduação em Psicopedagogia 
pela Universidade São Judas (1987), Mestrado em Ciências Humanas pela Universidade 
Guarulhos (2002) e pós-graduação lato sensu em Formação em Educação a Distância pela 
Universidade Paulista – UNIP (2011). É autora e coautora de livros-texto para os cursos de 
pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia Institucional, Docência para o Ensino 
Superior e Formação em Educação a Distância da UNIP EaD. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 6 
1. O PLANEJAMENTO NO ENSINO SUPERIOR ........................................................................ 7 
1.1 Ensino e pesquisa ................................................................................................................... 7 
1.2 Planejamento interdisciplinar na universidade ....................................................................... 17 
1.3 Planejamento participativo ..................................................................................................... 22 
2. O PLANEJAMENTO EDUCACIONAL .................................................................................... 30 
2.1 O que é planejamento ........................................................................................................... 30 
2.2 Tipos de planejamento .......................................................................................................... 40 
2.3 Etapas e elementos do planejamento .................................................................................... 44 
3. AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR .................................................................................. 51 
3.1 Conceitos e concepções sobre avaliação .............................................................................. 51 
3.2 Instrumentos de avaliação ..................................................................................................... 66 
4. ABORDAGENS E PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR ............................ 77 
4.1 Desafios da avaliação ............................................................................................................ 77 
4.2 A avaliação e as relações de poder ....................................................................................... 85 
4.3 Avaliação como melhoria e avanços nos processos de ensino e aprendizagem ................... 93 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá, aluno(a)! 
Bem-vindo(a)! 
 
Neste material você encontrará os conteúdos pertinentes à disciplina Planejamento e 
Avaliação no Ensino Superior, que trata, fundamentalmente, da elaboração de um 
planejamento eficaz e eficiente, considerando-se as boas práticas de um professor em 
contexto universitário. 
Ainda, será muito importante compreender quais são e como funcionam as formas de 
se avaliar os alunos – e por que não o professor também? –, buscando perceber que a sala 
de aula (presencial ou virtual) é um espaço rico de construção de conhecimento. 
Também estudaremos as possibilidades e concepções atuais e procedimentos 
pedagógicos que (re)orientam a prática de planejar e avaliar no Ensino Superior na 
atualidade. 
Para finalizar, vamos discutir as relações de poder que a avaliação considera, 
especialmente no Brasil. 
 
Animado(a)? 
 
Então, mãos à obra! 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O objetivo desse livro-texto do curso de pós-graduação em DOCÊNCIA PARA O 
ENSINO SUPERIOR da UNIP EaD é ajudá-lo a compreender o que é ser professor na 
atualidade e perceber como o planejamento e a avaliação são extremamente importantes 
para a prática educativa, e não só nos cursos de graduação. 
O material que agora você tem em seu poder está dividido em quatro unidades 
didáticas distintas, porém complementares. Cada uma delas apresenta uma particularidade 
do tema e foi organizada tendo em vista facilitar seu percurso dentro da temática. 
Veja como estão organizadas: 
 
Unidade 1 – O planejamento no Ensino Superior: Ensino e pesquisa; Planejamento 
interdisciplinar na universidade; Planejamento participativo. 
Unidade 2 – O planejamento educacional: Tipos de planejamento; Etapas e elementos do 
planejamento. 
Unidade 3 – Avaliação no Ensino Superior: Concepções sobre avaliação; Instrumentos 
de avaliação. 
Unidade 4 – Abordagens e práticas de avaliação no Ensino Superior: Desafios da 
avaliação; A avaliação e as relações de poder; Avaliação como melhoria e avanços nos 
processos de ensino e aprendizagem. 
 
Para estudar todos os temas indicados, os objetivos gerais da disciplina são: 
 
• Relacionar o planejamento das atividades aos instrumentos, às propostas e aos 
usos da avaliação no processo educativo; 
• Entender a importância do planejamento para o ensino e a pesquisa; 
• Analisar o caráter subjetivo e as relações de poder que envolvem as práticas de 
avaliação no contexto universitário; 
• Compreender os desafios que os docentes vivenciam nos processos avaliativos. 
 
Saiba, também, quais são os objetivos específicos: 
 
• Identificar o conceito de planejamento e avaliação; 
• Compreender os processos de planejar e avaliar e como interferem na construção 
do conhecimento para o ensinosuperior; 
• Conhecer tipos e etapas de planejamento e instrumentos de avaliação; 
• Identificar desafios ao processo de avaliação; 
• Perceber que a avaliação não é neutra, mas deve ser fidedigna. 
 
Aproveite a leitura e as imagens do seu livro e não deixe de buscar as indicações da 
sessão “Saiba mais” para aprimorar seus conhecimentos. 
 
Boa jornada! 
 
7 
UNIDADE 1 
 
1. O PLANEJAMENTO NO ENSINO SUPERIOR 
 
 
 
 
 
Nesta unidade, a intenção principal é buscar compreender o que é o ato 
de planejar e sua importância para a ação docente no ensino superior. Também 
vamos verificar como planejar de forma interdisciplinar, aproveitando os 
“talentos” das diversas áreas de conhecimento com foco em ensino e pesquisa. 
Ainda, discutiremos o planejamento estratégico para os cursos de 
graduação. 
Para começar, vamos falar sobre o ensino e a pesquisa, já que toda a 
atividade de um professor precisa ter esses dois eixos: ensinar e, ao mesmo 
tempo, pesquisar. 
 
1.1 Ensino e pesquisa 
 
Pesquisa é o processo que deve aparecer em 
todo o trajeto educativo. 
(DEMO, 2006, p. 18). 
A universidade é um espaço de muitas construções. Buscamos um curso 
superior para aprender uma profissão, para nos integrar ao mundo, para 
construir conhecimento específico sobre determinada área de ensino. 
Entretanto… não é só isso. 
Enquanto frequentamos uma universidade, somos solicitados a realizar 
diversos trabalhos acadêmicos – dissertações, resumos, artigos científicos, 
ensaios etc. e, para conseguir produzir esses trabalhos devemos buscar fontes 
seguras de informação, como os livros publicados sobre o tema, sites de 
universidades, o Scielo, artigos produzidos para congressos. Enfim, há uma 
riqueza muito grande de possíveis fontes. 
Essa é uma face do ato de pesquisar, mas ainda há mais. Pesquisar 
precisa ser encarado como uma postura, uma ação necessária para todo aquele 
que deseja formar-se professor. 
Conteúdos trabalhados na unidade: O planejamento no Ensino 
Superior: Ensino e pesquisa; Planejamento interdisciplinar na 
universidade; Planejamento participativo na educação. 
 
8 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Pesquisa 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/s/semiphoto/05/p/9075accaf5b517d33613a6
d66edf60a0.jpg>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
Certamente não é só isso, ou seja, encontrar o que já foi produzido por 
outros pesquisadores. Um professor precisa ser, também, um pesquisador! 
 
Pensar a formação para a docência universitária implica, no horizonte, 
a perspectiva dos compromissos éticos e sociais que temos para com 
as novas gerações. Assim, para ser docente no ensino superior é 
necessário desenvolver consciência clara sobre o papel da formação e 
do formador em relação aos jovens. Esses são o foco central desse 
trabalho. É essencial saber criar condições de aprendizagem: Por que 
criá-las? Para quem? Com o quê? Como?. Ter uma perspectiva 
filosófico-política sobre o trabalho docente em relação àqueles com os 
quais desenvolverá ações pedagógicas. Destas considerações pode-
se derivar uma dinâmica curricular formativa. Formações precisam ter 
um sentido (GATTI, 2016, p. 79). 
 
O trecho acima mostra a importância de ser docente no ensino superior. 
Gatti (2016) coloca como imprescindível saber criar condições para promover as 
aprendizagens. Ser um pesquisador vai dizer muito do docente que você é/será. 
• Vale a pena conhecer, caso você ainda não conheça, o Scielo 
(<http://www.scielo.br/?lng=pt>). É uma biblioteca científica online onde é possível encontrar 
artigos sobre os mais variados temas. 
• O melhor de tudo é que todos esses artigos passam por um crivo muito cuidadoso antes de 
serem publicados. 
• O Scielo é muito respeitado. Pode confiar! 
 
9 
Um professor não pode achar que ao receber seu diploma está com todo o 
conteúdo aprendido e o que aprendeu é suficiente para seguir sua carreira. É o 
começo, claro, você concorda comigo, não é? Mas todos os dias há produção 
de conhecimento científico mundo afora e é aí que o professor precisa 
embrenhar-se e entrar em contato com esses conhecimentos para estar 
preparado para atuar numa sala de aula. 
 
Figura 2: Formação contínua sempre 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/diannehope/03/l/1426078817xowfe.jpg>. 
Acesso em: 29 out. 2018. 
 
Quando falamos em ensino superior essa responsabilidade aumenta, já 
que os alunos, adultos, já passaram por inúmeras e diferentes experiências e 
seus questionamentos serão cada vez mais complexos. 
 
Os Princípios gerais e objetivos da Educação Superior estão definidos na Lei n.º 9.394 
de 20 de dezembro de 1996, que é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. 
Consulte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. 
Existe um Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, o SINAES, descrito na 
Lei n.º 10.861 de 14 de abril de 2004, que o instituiu. 
Consulte: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.861.htm>. 
 
10 
Como lidar com isso, então? 
É preciso ter respostas e, quando não as tivermos, precisaremos ter 
curiosidade (e essa é uma obrigação profissional!) e interesse em encontrá-las. 
Devemos ter em mente, ainda, que serão os alunos do ensino superior os futuros 
profissionais, aqueles que, com suas descobertas, trarão progresso para nossa 
sociedade. 
 
Na Universidade, a aprendizagem, a docência, a ensinagem só serão 
significativas se forem sustentadas por uma permanente atividade de 
construção do conhecimento. Tanto quanto o aluno, o professor 
precisa da pesquisa para bem conduzir um ensino eficaz (SEVERINO, 
2008, p. 83). 
 
Desse modo, a prática da pesquisa na graduação vai produzir 
conhecimento para responder aos questionamentos sociais, assim como para 
inovar e solucionar problemas. 
 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira trata do ensino superior entre os 
artigos 43 e 57, no capítulo IV. Veja o que diz o Art. 44: 
 
A educação superior abrangerá os seguintes cursos e 
programas: 
I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis 
de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos 
requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde 
que tenham concluído o ensino médio ou equivalente 
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído 
o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em 
processo seletivo; 
III - de pós-graduação, compreendendo programas de 
mestrado e doutorado, cursos de especialização, 
aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados 
em cursos de graduação e que atendam às exigências das 
instituições de ensino; 
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos 
requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de 
ensino. 
 
Leia na íntegra esse capítulo, disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 30 out. 2018. 
 
11 
Tendo isso que discutimos em mente, dá para entender que pesquisar vai 
funcionar como uma importante ferramenta para ampliação de conceitos, de 
objetos e de busca de racionalidade e verdades, certo? 
 
Figura 3: Racionalização 
 
Disponível em: <https://openphoto.net/gallery/image/view/24563>. Acesso em: 10 out. 2018. 
 
Podemos, então, dizer que a pesquisa é: 
 
[…] o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo 
proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa 
é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para 
responder ao problema, ou então quando a informação disponível se 
encontra em tal estado de desordem que não possa ser 
adequadamente relacionada ao problema (GIL, 2017, p. 32). 
 
Como um universitário pode obter sucesso em seu curso se não 
desenvolver a postura de pesquisador, especialmente se depois vier a tornar-se 
professor? Ah, não é possível pensar diferente, não é mesmo? 
É por isso que pesquisa e ensino devem andar de mãos dadas, um nãovive sem o outro. 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja o que Chalita (2005, p. 61), que já foi secretário da Educação em 
São Paulo, diz a esse respeito: 
 
O conhecimento é um norte que ajuda a encontrar e percorrer a estrada 
da vida. O conhecimento é um caminho para se chegar à sabedoria. O 
conhecimento é um motor que move os sentimentos e controla as 
tempestades. 
 
É conhecimento o que obtemos com o ato de pesquisar. Na universidade 
temos mesmo que realizar os trabalhos, concorda? Então, porque não pensar 
que não serão apenas trabalhos, mas que poderão ser respostas para nossas 
próprias necessidades como sociedade? Por que não pesquisamos com o intuito 
de crescer cognitivamente, academicamente, como indivíduos e que podemos 
contribuir com o entorno em que vivemos para melhorar a vida do próximo? 
 
“Planejamento e educação no Brasil” é um livro que analisa as estratégias, 
os caminhos e descaminhos do planejamento a partir da visão de que o 
planejamento é um ato de intervenção técnica e política. 
Leitura essencial que o planejador esteja preparado para ter em mente a 
necessidade de desenvolver uma articulação permanente a fim de estabelecer 
coordenação entre a esferas técnica, política e burocrática, indispensável para 
ter uma postura autônoma na estrutura e no sistema de relações das 
instituições e da sociedade. 
Não deixe de ler! 
KUENZER, A. Z. et al. Planejamento e educação no Brasil. São Paulo: 
Cortez, 2013. 
 
13 
Figura 4: Estudar para conhecer 
 
Disponível em: 
<https://openphoto.net/thumbs2/volumes/mike/openphoto_dot_net/2002_3_8_170_11_OPL.jpg>. 
Acesso em: 30 out. 2018. 
 
Aposto que depois de ler tudo isso você já está começando a pensar em 
como vai se desenvolver como pesquisador. Acertei? 
Para começar… que tal incentivar o hábito da leitura em seus alunos? 
 
 
 
Você sabe quantos livros um universitário lê? Sugiro o seguinte artigo: “O hábito da 
leitura dos universitários” que afirma que “o conhecimento que pode ser encontrado 
através da leitura é o meio mais importante para o processo de ensino-aprendizagem”. 
É um estudo que analisou os hábitos de leituras de universitários do curso de 
administração da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Caruaru, identificando 
os principais meios de pesquisa utilizados por esses estudantes. 
Consulte: <http://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/2336/2039>. 
 
14 
 
Figura 5: Ler é indispensável 
 
Disponível em: <https://www.pics4learning.com/details.php?img=abigailgant.jpg>. 
Acesso em: 30 out. 2018. 
 
Nosso sistema de ensino reproduz, muitas vezes, um modelo de ensino 
ultrapassado, que “derrama” conteúdos, datas, nomes, locais, acontecimentos e 
pequenos “truques” para tornar a vida do estudante mais fácil, para que ele 
“passe” na prova, ou, pior ainda, nos faz decorar essas coisas todas. Isso não 
provoca interesse no que aprendemos, mas pode ser diferente, te dou minha 
palavra! 
Quando vivenciamos um ensino mais assertivo, mais alegre, mais 
motivante, ah!, o resultado é sempre muito mais satisfatório – para quem 
aprende e para quem ensina. 
 
15 
Figura 6: O educador pernambucano Paulo Freire 
 
Disponível em: 
<http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/sites/_agenciabrasil/files/gallery_assist/23/gallery_as
sist692997/prev/AgenciaBrasil160412_JFC2488.JPG>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
Vamos ler um trecho do educador pernambucano Paulo Freire para nos 
ajudar a refletir sobre tudo o que estamos conversando aqui? 
 
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino (…). No meu 
entender, o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade 
ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz 
parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. 
Esses que fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto 
ensino, continuo buscando, (re)procurando. Ensino porque busco, 
porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, 
constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para 
conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a 
novidade (FREIRE, 2004, p. 14). 
 
Ah… Paulo Freire… Seu texto é tão simples e positivamente incisivo, 
não é? 
 
 
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/sites/_agenciabrasil/files/gallery_assist/23/gallery_assist692997/prev/AgenciaBrasil160412_JFC2488.JPG
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/sites/_agenciabrasil/files/gallery_assist/23/gallery_assist692997/prev/AgenciaBrasil160412_JFC2488.JPG
http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/sites/_agenciabrasil/files/gallery_assist/23/gallery_assist692997/prev/AgenciaBrasil160412_JFC2488.JPG
 
16 
Figura 7: Processo educativo 
 
Disponível em: <https://thumbs.dreamstime.com/t/school-books-desk-education-concept-
43664095.jpg>. Acesso em: 30 out. 2018. 
 
 
 
 
 
As dimensões do planejamento educacional: o que os educadores 
precisam saber trata dos fundamentos teóricos e dos elementos de 
planejamento baseados na prática educacional cotidiana. Leitura para todos 
que se dedicam ao ato de planejar. 
Esse livro ajuda o educador a entender os mecanismos necessários para 
realizar o planejamento do ensino e suas dimensões. 
 
SANTOS, P. S. M. B. dos. As Dimensões do Planejamento Educacional: O 
Que os Educadores Precisam Saber. São Paulo: Cengage Learning, 2017. 
Para conhecer mais sobre Paulo Freire, recomendo visitar o Instituto Paulo 
Freire em <http://www.paulofreire.org/> e buscar suas obras, como a mais 
famosa delas, a “Pedagogia do Oprimido”. 
https://thumbs.dreamstime.com/t/school-books-desk-education-concept-43664095.jpg
https://thumbs.dreamstime.com/t/school-books-desk-education-concept-43664095.jpg
 
17 
Agora, vamos falar sobre a interdisciplinaridade? 
 
Figura 8: Interdisciplinaridade 
 
Disponível em: <http://www.pics4learning.com/details.php?img=img_4789.jpg>. 
Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
1.2 Planejamento interdisciplinar na universidade 
 
Diante do que já conversamos, sobre a importância de ensino e pesquisa 
no contexto educacional e universitário, nos cabe falar um pouquinho sobre o 
currículo e o planejamento. 
Vejamos: o currículo é a identidade da instituição de ensino, correto? É a 
partir dele que o trabalho educativo se realiza. O que está nele, entretanto, não 
vem pronto. Muito pelo contrário, ele vai sendo construído de acordo com o grupo 
de docentes, auxiliares de ensino, administrativos e alunos também. Aliás, ele 
precisa representar esses grupos, que são aqueles que convivem na escola ou 
na universidade. 
Como concretizá-lo? 
É por meio da ação de planejar, de formalizar o planejamento, que sua 
concretização ocorrerá. Através dela e de sua execução responsável, da prática 
e da filosofia de ensino que o currículo será efetivado. 
Assim… é bem importante fazer um planejamento, não é mesmo? 
 
18 
 
 
 
 
 
 
Como sabemos, a educação formal prescinde de uma ação intencional, 
ou seja, uma ação que precisa ser, necessariamente, planejada. 
Se o docente trabalhar em conjunto com outros docentes? 
Se ele fizer parcerias com os colegas? 
Hum… seria interessante! 
Aqui cabe falar um pouco sobre a interdisciplinaridade. Você sabe o que 
é isso? 
A interdisciplinaridade está ligada a superar as barreiras entre as 
diferentes áreas de conhecimento. Claro que, diante do nosso sistema de ensino, 
não é uma atividade fácil, não! Porém… com conhecimento, boa vontade e 
disposição para aprender e pesquisar, nada nesse mundo é impossível! 
Então, vamos continuar. Para a professora Ivani Fazenda (2006, p. 61), 
uma das maiores estudiosas brasileiras sobre o tema: 
 
A superação das barreiras entre as disciplinas consegue-se no 
momento em que instituições abandonam seus hábitos cristalizados e 
partem em busca de novos objetivos e no momento em que as ciências 
compreendam a limitação das barreiras de seus aportes. Mais difícil 
que esta, é a eliminaçãodas barreiras entre as pessoas, produto de 
preconceitos, falta de formação adequada e comodismo. Essa tarefa 
demandará a superação de obstáculos psicossociológicos, culturais e 
materiais. 
 
Ah, viu como pode acontecer? 
Nós não lidamos com os conhecimentos de maneira linear, ou seja, nós 
aprendemos fazendo links com o que já conhecemos, caso contrário, aprender 
seria bem difícil, concorda? 
Isso é interdisciplinaridade! 
A interdisciplinaridade é uma metodologia que respeita a especificidade de 
cada área de conhecimento, procurando estabelecer e compreender as 
relações entre os conhecimentos sistematizados, ampliando o espaço de 
diálogo na direção da negociação de ideias e da aceitação de outras visões 
(PONTUSCHKA, 2010). 
 
19 
Figura 9 - Interdisciplinaridade 
 
Disponível em: <https://openphoto.net/gallery/image/view/20602>. Acesso em: 10 out. 2018. 
 
Em nossa realidade educativa, ainda trabalhamos com a linearidade. 
Vamos acabar com isso. Uma prática interdisciplinar dá significado aos 
conteúdos, pois rompe com a famosa divisão hermética das disciplinas. 
A interdisciplinaridade vem, portanto, olhar os aprendentes como eles 
realmente aprendem: de forma integral e não-linear. Imagine se desde o 
planejamento a visão for assim? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTUSCHKA, N. N. (Org.). Ousadia no diálogo. Interdisciplinaridade na 
escola pública. São Paulo: Loyola, 2010. 
 
O livro, que defende a interdisciplinaridade desde seu subtítulo, traz uma visão 
ampla da diferença de um planejamento pautado a partir de temas geradores e 
do conhecimento que esse trabalho produz no aluno e no educador. 
Todos os professores deveriam fazer um estudo aprofundado na questão dos 
temas geradores para conhecer seus benefícios para a aquisição do 
conhecimento. 
 
20 
Vou dar um exemplo de como esse trabalho pode funcionar bem. A fonte 
é uma revista direcionada aos professores da educação básica, a Nova Escola. 
Veja só: 
 
Um grupo de mãos dadas para ensinar 
 
Quando o apagão de 2001 forçou milhões de brasileiros a reduzir o consumo de energia 
elétrica, a professora de Ciências Maria Lúcia Sanches Callegari, do Colégio Santa 
Maria, em São Paulo, fez uma proposta às 5ªs séries: construir um aquecedor solar 
(veja modelo didático). Logo a ideia despertou o interesse de outras cinco professoras. 
Todas se envolveram e, utilizando o horário reservado para o trabalho coletivo, 
montaram um projeto conjunto, que vem se repetindo anualmente. Para conciliar tantas 
disciplinas, o planejamento é feito logo no início das aulas. Dessa forma, os professores 
abordam conteúdos de seu currículo de acordo com as etapas da construção e da 
instalação do aquecedor. 
A professora de Geografia trabalhou o clima brasileiro e conceitos de orientação 
utilizando a bússola, para que todos localizassem o norte, direção para onde a placa do 
aquecedor deveria estar voltada ao ser instalada sobre as casas. A de Matemática pediu 
uma pesquisa sobre o consumo de energia dos eletrodomésticos e explorou conceitos 
de proporção ao calcular com a garotada o tamanho das placas solares de acordo com 
o volume das caixas d'água. 
Em História, foram resgatados os motivos econômicos que causaram a degradação do 
meio ambiente brasileiro. Nas aulas de Ciências, os estudantes pesquisaram as fontes 
de energia no país e quais alternativas apresentam menos impacto ambiental. Com a 
professora de Língua Portuguesa, eles bolaram questionários para entrevistar as 
famílias que receberiam o equipamento. O objetivo das aulas de Ensino Religioso foi 
orientar os estudantes no contato com a comunidade, para que eles compreendessem 
as razões das diferenças entre a realidade deles e a dos moradores de bairros carentes. 
"A ideia de doar os aparelhos para a população foi das próprias crianças", lembra a 
orientadora da 5ª série Ivani Anauate Ghattas. 
As avaliações também são formuladas de maneira interdisciplinar. Em História, por 
exemplo, os estudantes são desafiados a discorrer sobre o extrativismo predatório 
ocorrido no Brasil Colônia. Além disso, o objetivo é levá-los a associar os prejuízos ao 
meio ambiente que hoje ameaçam a qualidade de vida, conteúdos que, na teoria, fariam 
parte do programa de Ciências. Além de confirmarem que a fórmula tem sido vitoriosa 
no que se refere à aprendizagem da turma, as seis professoras contabilizam ganhos 
pessoais. "Temos aprendido sempre para colocar nosso conhecimento a serviço dos 
estudantes", afirma Maria Lúcia. 
Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/249/interdisciplinaridade-um-
avanco-na-educacao>. Acesso em: 10 out. 2018. 
 
 
21 
 
 
Bom, acredito que essa discussão foi interessante e te deu pistas de como 
refletir acerca desse tema. 
Vamos continuar a reflexão! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabia que a interdisciplinaridade cresce na pós-graduação brasileira? 
Consulte o portal do Ministério da Educação para se informar sobre esse tema: 
<http://portal.mec.gov.br/midias-na-educacao/180-estudantes-
108009469/pos-graduacao-500454045/6713-sp-1646083365>. Acesso em: 03 
nov. 2018. 
“Na interdisciplinaridade escolar a perspectiva é educativa. Assim, os saberes 
escolares procedem de uma estruturação diferente dos pertencentes aos saberes 
constitutivos das ciências (CHERVEL, 1988; SACHOT, 2001). 
Na interdisciplinaridade escolar, as noções, finalidades habilidades e técnicas 
visam favorecer sobretudo o processo de aprendizagem, respeitando os saberes 
dos alunos e sua integração”. 
 
Fonte: FAZENDA, I. (Org.). O que é interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 
2008 (p. 21). Disponível em: 
<<https://filosoficabiblioteca.files.wordpress.com/2013/11/fazenda-org-o-que-c3a9-
interdisciplinaridade.pdf>. Acesso em: 05 out. 2018. 
 
22 
 
 
1.3 Planejamento participativo 
 
Figura 10: Planejamento participativo 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/l/lauramusikanski/05/p/9238ff400eb4e9cec2
e328cced34b57f.jpg>. Acesso em: 01 nov. 2018. 
 
Para pensar em um projeto participativo, a primeira coisa que nos cabe é 
definir participação: 
 
A participação, em seu sentido pleno caracteriza-se por uma força de 
atuação consciente, pelo qual os membros de uma unidade social 
Conheça o trabalho intitulado A interdisciplinaridade e o trabalho coletivo: análise 
de um planejamento interdisciplinar, que vai aprofundar seu conhecimento sobre o 
tema. 
É uma leitura que explicita detalhadamente o trabalho dos autores no projeto “Flora 
Fanerogâmica do Estado de São Paulo”, no qual a experiência foi realizada. 
O artigo está disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v11n1/12.pdf. Acesso em: 
02 nov. 2018. 
 
23 
reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na 
determinação da dinâmica dessa unidade social, de sua cultura e de 
seus resultados, poder esse resultante de sua competência e vontade 
de compreender, decidir e agir em torno de questões afetivas (LÜCK, 
2005, p. 19). 
 
Assim, quando estamos em um contexto educativo no qual se planeja de 
modo participativo, fica claro que os envolvidos têm a oportunidade de discutir, 
refletir, questionar e decidir colaborativamente, ou seja, estarão participando e 
isso tem um caráter transformador, não acha? 
 
Figura 11: Colaboração 
 
Disponível em: <https://thumbs.dreamstime.com/m/many-hands-together-group-people-joining-
hands-19391482.jpg>. Acesso em: 25 out. 2018. 
 
Na educação, não queremos construir uma realidade mais justa para 
todos? Então, o caminho é desenvolver uma postura participativa que auxilie nas 
mudanças, com o intuito de criar uma sociedade em que os diferentes olhares 
sejam respeitados a fim de, se necessário, transformar a realidade em que 
vivemos para que ela seja cada vez melhor para os que a integram. 
As fases desse tipo de planejamento são as seguintes: a preparação do 
plano (realização do planejamentocom a colaboração de todos); o 
acompanhamento atento da execução do que foi pensado, planejado e a revisão 
contínua de todo o processo de modo que situações “engessadas” não se 
propaguem. 
 
https://thumbs.dreamstime.com/m/many-hands-together-group-people-joining-hands-19391482.jpg
https://thumbs.dreamstime.com/m/many-hands-together-group-people-joining-hands-19391482.jpg
 
24 
 
 
 
 
 
 
Cabe ressaltar que essa visão de planejamento promove um 
“empoderamento” dos participantes, os quais se sentirão parte das decisões e 
se enxergarão como responsáveis pelas conquistas no processo educativo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fases do planejamento participativo: 
1) Preparação do plano; 
2) Acompanhamento atento da execução; 
3) Revisão contínua de todo o processo. 
Trabalhar um processo participativo de planejamento permite: 
> maior consciência sobre a missão da organização, 
> um melhor entendimento da estrutura da organização e da relação 
do ambiente interno com o contexto social, económico e político. 
> a criação de novos instrumentos de análise e previsão; 
> estabelecimento de critérios para a definição de prioridades e 
alocação de recursos; 
> formas de aprendizado reciproco; 
> uma melhor compreensão das dificuldades enfrentadas nas 
diferentes instâncias da organização e maior cooperação entre elas; 
> uma maior cooperação entre as diferentes instâncias no sentido 
de obter maior eficiência e eficácia, abrindo caminhos para novas 
formas de gestão, aumentando a capacidade de resposta às 
demandas tanto internas como externas; 
> uma otimização dos recursos disponíveis, possibilitando uma 
relação mais positiva entre custos e benefícios, diminuindo o peso 
dos gastos administrativos; 
> a definição clara de funções e a articulação funcional e operativa 
entre as diferentes instâncias 
> uma consciência da globalidade e interdependência entre as 
diversas atividades. 
> Uma consciência da responsabilidade de cada um na obtenção 
dos resultados. 
 
(ANDRADE, s.d. Disponível em: 
<http://www.novasociedade.com.br/conjuntura/artigos/hilda1.htm>. 
Acesso em: 21 out. 2018). 
 
 
25 
Figura 12: Sempre Paulo Freire 
 
Disponível em: 
<http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/sites/_agenciabrasil/files/gallery_assist/23/gallery_as
sist692997/prev/AgenciaBrasil160412_JFC2461.JPG>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
Para Freire (2004), as instituições que promovem educação escolar – e, 
claro, as universidades fazem parte desse contexto – precisam estar centradas 
em experiências que estimulem a tomada colaborativa de decisão e 
responsabilidade. Ele acrescenta que é decidindo que se aprende a decidir e o 
universitário vai precisar saber tomar decisões em sua atividade profissional, 
portanto, é fundamental “treinar” e desenvolver essa característica para a vida 
pessoal e o mundo do trabalho. 
 
 
26 
 
 
Convido-o (a) a realizar uma atividade sobre as temáticas que discutimos 
nessa unidade. 
 
 
Leia os excertos I e II: 
I) 
Uma das soluções encontradas para se trabalhar a diversidade cultural 
no contexto escolar é a interdisciplinaridade, esta pode ser 
compreendida como uma fundamental ferramenta para uma mudança 
significativa na educação, especialmente ao que se refere às 
diferenças existentes no âmbito educacional (PINTO e MACEDO, 
2014, p. 3). 
 
Fonte: PINTO, A. H. P. e MACEDO, A. B. O planejamento interdisciplinar e a 
prática da diversidade cultural no contexto da sala de aula. Fórum Internacional 
de Pedagogia (FIPED), Santa Maria/RS, 2014. Disponível em: 
editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Modalidade_2datahora_16_06_20
14_21_02_44_idinscrito_1831_b79b0b4cf81c0b2f1bfef4bcb018f4e9.pdf>. 
Acesso em: 30 out. 2018. 
 
II) 
(…) a interdisciplinaridade pode auxiliar na dissociação do 
conhecimento produzido e orientar a produção de uma nova ordem de 
conhecimento, constituindo condição necessária para melhoria da 
qualidade do Ensino Superior, mediante a superação da fragmentação, 
uma vez que orienta a formação global do homem” (FAVARÃO e 
ARAÚJO, 2004, p. 103). 
 
Para saber mais sobre o planejamento participativo recomendo a leitura de 
“Subsídios ao Planejamento Participativo: textos selecionados”, organizado 
por Elizeu F. Calsing. 
Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002572.pdf>. Acesso 
em: 20 out. 2018. 
 
27 
Fonte: FAVARÃO, N. R. L.; ARAÚJO, C. de S. A. Importância da 
interdisciplinaridade no ensino superior. Educere, Umuarama, p. 103-115, vol. 
4, n.2, jul./dez., 2004. Disponível em: 
<http://revistas.unipar.br/index.php/educere/article/view/173/>. Acesso em: 30 
out. 2018. 
 
Agora, faça uma reflexão sobre a importância de desenvolver um processo de 
ensino e aprendizagem interdisciplinar. 
Elabore um pequeno texto sobre esse tema, relacionando os dois excertos 
acima. 
Justifique e exemplifique como trabalhar a partir do conceito de 
interdisciplinaridade que foi trabalhado nessa unidade. 
 
Bom trabalho! 
 
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28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chegamos ao final dessa primeira unidade. 
Aqui você estudou sobre o conhecimento e sua importância para o ensino. 
Esse conhecimento é construído através de pesquisas responsáveis em livros, 
artigos e, claro, em sites confiáveis. 
O professor precisa entender que faz parte de seu métier (trabalho, 
profissão, ofício) desenvolver em seus alunos uma postura pesquisadora e 
desenvolver-se como pesquisador também. 
Especialmente o aluno universitário, que está na graduação para 
aprender uma profissão, ser um pesquisador é de grande importância, até 
porque ele deverá enxergar-se como alguém que aprende para criar, para atuar 
em prol da melhoria da sociedade em que vive. 
Não deixe de ler Prática do planejamento participativo, de Danilo Gandin, 
obrigatório para quem quer refletir acerca desse tipo de planejamento. O livro 
tem como objetivo fundamentar a necessidade de planejamento, especialmente 
no campo educacional. O autor traz uma análise sobrea relação escola-
sociedade. 
Ainda, ele vê o processo educativo atual como imprescindível de ser discutido 
por todos aqueles que estão envolvidos em contextos educativos para não 
viverem essa função sem questioná-la, posicionando-se de maneira firme, clara 
e eficaz num trabalho de cunho transformador. 
Para Gandin, é através do planejamento participativo que, por mais que as 
relações sejam tensas, a dialética entre a realidade existente e a realidade 
desejada não poderá ser uma barreira para a efetivação de ações educacionais 
de boa qualidade. 
A chave é o planejamento participativo. 
 
GANDIN, D. Prática do Planejamento Participativo. Petrópolis: Vozes, 2013. 
 
29 
Vimos também que ensino e pesquisa estão intrinsecamente associados, 
que um não vive sem o outro, não é mesmo? 
Para isso, ou seja, para melhorar sua atuação docente, uma alternativa é 
planejar com seus pares, interdisciplinarmente, mudando a visão tradicional de 
ensino que ainda é desenvolvida em nosso sistema educacional. 
Também discutimos sobre o planejamento participativo e sua importância 
não só para nossas vidas, como para nossa ação docente. 
Espero que você tenha aprendido bastante e esteja motivado(a) a ir 
adiante. 
 
30 
UNIDADE 2 
 
2. O PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
Nesta unidade a intenção principal é conceituar planejamento educacional 
e conhecer seus tipos, etapas e elementos. 
Preparado(a)? 
Então, mãos à obra! 
 
2.1 O que é planejamento 
 
Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita 
ser planejada. O planejamento é uma espécie 
de garantia dos resultados. E sendo a educação, 
especialmente a educação escolar, uma 
atividade sistemática, uma organização da 
situação de aprendizagem, ela necessita 
evidentemente de planejamento muito sério. 
Não se pode improvisar a educação, seja ela 
qual for seu nível (SCHMITZ, 2000, p. 101). 
 
Figura 13: Planejando 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/BUSHKO/09/p/3ffcc97fbfbddf0fe6c7e640c
01d3ac6.jpg>. Acesso em: 30 out. 2018. 
Conteúdos trabalhados na unidade: o que é planejamento; tipos de 
planejamento; etapas e elementos do planejamento. 
 
31 
 
Antes de falar sobre o planejamento em contextos educacionais, convido 
você a ler dois exemplos sobre o ato de planejar em nossa vida. Gandin (2011, 
s.pag.) vai nos ajudar. Diz ele que: 
 
Vale a pena, (…), verificar alguns tipos de situação humana e analisar 
a especificidade do planejamento por ela exigido. Claro que cada 
exemplo abaixo é uma possibilidade entre muitíssimas parecidas ou 
iguais. 
 
A – O Conserto de um Automóvel 
Para consertar máquinas, certamente há necessidade de 
planejamento. Ele consistirá de três passos: 
• compreensão do padrão da máquina, isto é, da estrutura que lhe 
permite o funcionamento, ou seja, do seu estado ideal; deste passo 
em geral não se fala e as pessoas não se dão conta de que ele 
existe porque naturalmente ele é preexistente na mente de quem 
vai fazer o conserto e não precisa ser enunciado; 
• um diagnóstico – é o que mais aparece – buscando descobrir as 
diferenças existentes na máquina real em relação ao padrão ideal 
desta mesma máquina; o conceito central deste diagnóstico é o de 
problema e o seu resultado mais forte é a relação de problemas 
detectados; faz parte deste diagnóstico, também, a avaliação de 
possibilidades e de recursos; 
• decisão do que se vai fazer, incluindo aqui as ações diretas de 
solução do(s) problema(s) e/ou as orientações (propostas como 
estratégias) de uso da máquina. 
 
Com mais complexidade por causa do “humano” nele existente, o 
trabalho do médico usa um esquema igual a este. 
 
B – A Administração de um Aeroporto (este tipo inclui, também, quase 
todas as situações de planejamento de empresas comerciais e 
similares, como as de serviços mais simples). 
Muito parecido com o caso anterior é a administração de alguns 
serviços públicos, não necessariamente governamentais, cujo padrão 
esteja quase totalmente dado. Há ideias de segurança, bem-estar, bom 
atendimento, rapidez, etc. que devem ser realizadas. Estas ideias dão 
os critérios – pode-se falar aqui de indicadores – para a prática. 
 
As três etapas do planejamento descritas acima permanecem. O que 
é diferente são os conteúdos que se acrescentam em relação ao que 
se realiza no caso anterior. 
Além da compreensão do padrão básico do serviço que é dado pela 
cultura dos usuários e pelo costume que se cria, é necessária aqui a 
complementação deste padrão, no sentido de buscar mais 
contentamento para os que usam o serviço, incluindo ou não maneiras 
próprias de servir. O levantamento de sugestões junto ao público é a 
forma primeira de participação dos usuários na fixação deste padrão. 
 
32 
O diagnóstico, além de verificar a existência e a extensão de 
problemas, incluirá o grau de satisfação das pessoas que trabalham no 
serviço e dos que usufruem seus benefícios. 
A decisão sobre o que se vai fazer é mais abrangente em virtude dos 
acréscimos anteriores. Além disto, estas decisões insistirão mais em 
estratégias, visando aos modos de ser e de se comportar que 
aumentem a qualidade do serviço, dentro do padrão estabelecido. 
Pode contar com mais mudanças, algumas estruturais, que são 
geradas pela modificação do padrão referencial estabelecido. 
 
Interessantes esses exemplos, concorda? 
Podemos perceber o quão importante foi realizar um planejamento para 
cada um dos casos descritos pelo autor. 
Para enriquecer nossa reflexão, vou te contar uma experiência pessoal e 
os passos que desenvolvi quando planejei para fazer um intercâmbio na França 
em 2018. 
 
Figura 14: Estudar na França 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/diannehope/03/l/142603491524xz9.jpg>. 
Acesso em: 30 out. 2018. 
 
 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/diannehope/03/l/142603491524xz9.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/diannehope/03/l/142603491524xz9.jpg
 
33 
Como eu estava estudando Letras (Português e Francês) na Universidade 
de São Paulo, vi uma oportunidade de aperfeiçoar meus conhecimentos na 
língua francesa e, nada melhor do que viver por um tempo onde se fala essa 
língua. Havia outras opções de lugar, já que se fala francês em diversos países, 
mas escolhi a França, mais especificamente a cidade de Lyon, que é grande, 
mas não tanto quanto Paris, por exemplo. 
 
Figura 15: Université Lumière Lyon 2 
 
 
Arquivo pessoal da autora. 02 jan. 2018. 
 
O primeiro passo foi me inscrever num edital do convênio entre minha 
universidade e a universidade estrangeira. Concorri a uma vaga para a 
Université Lumière Lyon 2. Separei os documentos e os encaminhei para 
participar da seleção. Após ter sido aprovada e conquistado a vaga, inscrevi-me 
em outro edital, dessa vez para tentar uma bolsa de estudos. 
Após ter sido classificada, recebi o aviso de que a bolsa seria minha! 
Quase não coube em mim de tanta alegria! 
A partir desse momento, comecei a verificar como estaria o clima na 
cidade para poder escolher que roupas levar. Também pesquisei nos sites das 
empresas aéreas quando seria mais barato comprar minhas passagens e enviei 
um pedido de moradia ao Crous de Lyon (Les Œuvres Universitaires et 
 
34 
Scolaires), que é um serviço do Estado, tutelado pelo Ministère de 
l’Enseignement Supérieur, de la Recherche et de l’Innovation, que tem a missão 
de ajudar estudantes estrangeiros a viver na cidade oferecendo moradia. 
 
Figura 16: 2018 
 
 
Disponível em: <https://www.istockphoto.com/br/foto/2018-escritos-com-carimbos-de-
passaporte-em-fundo-branco-gm871195612-145241219>. Acesso em: 25 out. 2018. 
 
Fiquei muito ansiosa até que a resposta viesse, pois, minha bolsa era em 
reais e lá a moeda é o euro, que tem um valor muito maior que o do dinheiro 
brasileiro… 
Também precisei esperar pela carta de aceite da universidade francesa 
paradar entrada no visto francês. 
Passaporte válido, malas prontas, um lugar para morar pelos setes meses 
em que vivi em Lyon, a vaga na universidade e a bolsa para custear minha 
estadia. 
Metade do caminho já estava vencida! 
 
 
 
https://www.istockphoto.com/br/foto/2018-escritos-com-carimbos-de-passaporte-em-fundo-branco-gm871195612-145241219
https://www.istockphoto.com/br/foto/2018-escritos-com-carimbos-de-passaporte-em-fundo-branco-gm871195612-145241219
 
35 
Figura 17: Vista da cidade de Lyon, França 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/karpati/preview/fldr_2010_01_25/file81512
64442525.jpg>. Acesso em: 30 out. 2018. 
 
Deixei uma procuração dando plenos poderes a uma pessoa de minha 
confiança aqui no Brasil, pois pensei que, se acontecesse qualquer coisa, ela 
poderia resolver para mim, já que seria impossível viajar da França para assinar 
um documento aqui no Brasil antes do fim dos sete meses, por exemplo. 
 
Figura 18: Procuração 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jppi/preview/fldr_2008_11_17/file00018494
87704.jpg>. Acesso em: 01 nov. 2018. 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/karpati/preview/fldr_2010_01_25/file8151264442525.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/karpati/preview/fldr_2010_01_25/file8151264442525.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/karpati/preview/fldr_2010_01_25/file8151264442525.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jppi/preview/fldr_2008_11_17/file0001849487704.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jppi/preview/fldr_2008_11_17/file0001849487704.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jppi/preview/fldr_2008_11_17/file0001849487704.jpg
 
36 
Esses foram alguns dos meus passos até chegar lá. Veja que pensei no 
que seria necessário para realizar esse sonho de estudar fora. Assim, pude viajar 
com tranquilidade! 
Você percebeu como planejar, ou seja, me preparar com antecedência foi 
fundamental para conseguir chegar até lá? 
Claro que você tem vários exemplos para contar de como conquistou um 
objetivo. Você projetou o futuro, você se organizou de forma a obter sucesso em 
seu plano. Como professor, não é diferente. 
 
 
Após conhecer os exemplos acima sobre planejamento, escreva um 
objetivo que você tem, mas ainda não conquistou. 
Pense no que você precisa fazer para atingir esse objetivo. 
Formule estratégias para conseguir realizá-lo. 
Feito isso, você terá construído um planejamento. 
Agora, é começar a correr atrás do que você planejou e obter sucesso! 
Boa sorte! 
 
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37 
O trabalho docente envolve grande complexidade e deve ser consciente 
e sistematicamente objeto de reflexão. Precisa ser originário de um 
planejamento bem feito, que considere para quem ele será destinado. 
O que quero dizer com isso? 
Planejar é fundamental na ação educativa. Não podemos, como disse 
SCHMITZ (2000) na epígrafe, improvisar a educação, caso contrário não 
obteremos sucesso, será tempo perdido (nosso e de nossos alunos) e isto pode 
ter consequências desastrosas, inclusive o abandono da escola ou universidade. 
Para ir adiante, a partir dessa reflexão que estamos fazendo, vamos 
definir o planejamento. 
 
Figura 19: Reflexão para planejar 
 
 Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/l/lauramusikanski/07/p/6018e4e081406715a
33da4b96a07496f.jpg>. Acesso em: 01 nov. 2018. 
 
Vou apresentar definições de cinco conceituados estudiosos da 
educação: 
 
1) Haydt (2006, p. 45): 
Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições 
existentes, e prever as formas alternativas de ação para superar as 
dificuldades ou alcançar os objetivos desejados (grifos nossos). 
 
2) Menegolla e Sant’anna (2001, p. 40): 
Planejamento é um instrumento direcional de todo o processo 
educacional, pois estabelece e determina as grandes urgências, indica 
as prioridades básicas, ordena e determina todos os recursos e meios 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/l/lauramusikanski/07/p/6018e4e081406715a33da4b96a07496f.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/l/lauramusikanski/07/p/6018e4e081406715a33da4b96a07496f.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/l/lauramusikanski/07/p/6018e4e081406715a33da4b96a07496f.jpg
 
38 
necessários para a consecução de grandes finalidades, metas e 
objetivos da educação (grifos nossos). 
 
3) Turra et al. (1995, pp. 15-16): 
O planejamento é um processo de tomada de decisões com objetivo 
de racionalização das atividades do professor e do aluno, na situação 
de ensino e de aprendizagem. (…) “todo planejamento deve se voltar 
na sua consecução física ou seja, através de um plano projetado para 
existir e ser avaliado e reavaliado sempre que necessário buscando 
compartilhar os ideais com a comunidade, registrando momentos e 
épocas, repensando os fatos registrados em determinada sociedade; 
o qual deve refletir a política educacional de um povo, inserido no 
contexto histórico, que é desenvolvida a longo, médio ou curto prazo” 
(grifos nossos). 
 
4) Libâneo (2013, p. 36): 
O planejamento é um processo de racionalização, organização e 
coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a 
problemática do contexto social. (…) é uma atividade de reflexão 
acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos didaticamente 
sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues 
aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade. 
(grifos nossos) 
 
5) Masetto (1996, p. 59): 
Planejar é um ato intencional onde cada orientador ou facilitador 
organiza-se para o período que vai se juntar a vários participantes que 
também buscam atividades intencionais particulares. É organizar 
ações para a realização de tarefas agradáveis e muitas vezes em 
comum, com alvos traçados e retraçados até que se chegue ao 
resultado esperado (grifos nossos). 
 
O que essas definições têm em comum? Vamos listar as partes 
importantes: 
1) Analisar uma dada realidade e alcançar os objetivos; 
2) Instrumento direcional que determina as grandes urgências e todos 
os recursos e meios; 
3) Processo de tomada de decisões através de um plano projetado para 
existir e ser avaliado e reavaliado para refletir a política educacional; 
4) Processo de racionalização; 
5) Ato intencional para organizar ações com alvos traçados e retraçados. 
 
Percebeu que essas definições se complementam? Todas falam sobre a 
intencionalidade e consciência necessárias ao ato de planejar para a 
consecução de objetivos e para isso consideram recursos para quem está se 
planejando dentro de sua realidade. 
 
39 
Ainda, há a menção de avaliar e reavaliar sempre que houver necessidade 
de mudanças para atingir aqueles objetivos pensados inicialmente. 
 
Figura 20: Avaliação 
 
Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/node/1123167?id=118834>. Acesso em: 02 
nov. 2018. 
 
Então… planejamento é isso: pensar sobre a realidade que vivenciamos, 
buscar as melhores formas de atingir objetivos que oplanejador julgar 
pertinentes para que o aluno aprenda sempre. 
 
 PLANEJAMENTO 
 
ELABORAR EXECUTAR AVALIAR 
 
Vale ressaltar que um planejamento não está acabado, ou seja, ele é 
passível de alterações a todo tempo, de acordo com o grupo para o qual foi 
realizado e as condições que se apresentarem. 
Das práticas pedagógicas, portanto, deve fazer parte o ato de planejar. 
Mais ainda, toda prática deve iniciar com o planejamento! Concorda? 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ação docente não é só o que se faz em sala de aula. Essa ação só 
poderá ocorrer após a reflexão sobre todos os seus elementos e componentes 
e, claro, não podemos deixar de mencionar que ela não é apenas uma ação 
burocrática, mas vem sim, carregada de intencionalidade e ideologia para que 
se obtenha sucesso no espaço universitário. O que vai pautar sua execução 
precisa ser pensado - e repensado a todo tempo. 
Planejar é uma estratégia educacional que visa à promoção e ao 
desenvolvimento da aprendizagem. 
Dito isso, te convido a conhecer os tipos de planejamento. 
 
2.2 Tipos de planejamento 
 
Já entendemos que o planejamento é uma atividade intencional, 
ideológica, reflexiva e articulada, certo? 
Também já entendemos que, se for realizada após muita reflexão, 
permitirá um ensino crítico e significativo, no qual os alunos em parceria com o 
docente vão construir conhecimento enquanto interagem. 
 
Você não pode deixar de ler “Por que planejar? Como planejar? Currículo - Área – Aula”. 
É um livro simples e que vai direto ao ponto. 
Segundo os autores, a educação, o ensino e toda a ação pedagógica devem ser 
pensados e planejados de modo que possam propiciar melhores condições de vida à 
pessoa. 
Concordamos que o planejamento é um procedimento fundamental tanto para o 
professor como para o aluno, certo? Então, é esse o tema que perpassa toda a 
discussão dos autores, ou seja, de que a educação, o ensino e toda a ação pedagógica 
devem ser pensados e planejados de modo que possam propiciar melhores condições 
de vida às pessoas, cabendo à escola e aos professores, portanto, o dever (e a 
obrigação!) de planejar a sua ação educativa. 
 
MENEGOLLA M. e SANT’ANNA, I. M. Por que planejar? Como planejar? Currículo - 
Área – Aula. Petrópolis: Vozes, 2014. 
 
41 
Figura 21: Planejando 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/Dia2018/11/p/4dda95682513fcb030312a6
c7a201ed2.jpg>. Acesso em: 15 out. 2018. 
 
É importante lembrar que o planejamento pressupõe definir objetivos – 
direcionados aos conteúdos que serão ensinados – assim como terá o intuito de 
promover o desenvolvimento e o aprimoramento das habilidades e competências 
necessárias para o uso crítico no contexto social em que ambos estiverem 
inseridos. 
Ah… após ler esse trecho você percebeu que é preciso construir práticas 
de planejamento efetivas para que possamos obter sucesso, não é mesmo? 
Vivemos numa sociedade em constante mudança, na qual os desafios e 
exigências são como barreiras a serem vencidas constantemente, então, cabe 
ao professor atuante nas universidades usar esse espaço acadêmico como lócus 
de práticas capazes de sustentar a realidade do mundo moderno, mundo esse 
que vem exigindo, cada vez mais, uma formação ética, crítica e reflexiva. 
Como fazemos isso? Lançando mão de planejamento que se divide em 
tipos. 
Vamos conhecê-los a seguir: 
a) Planejamento educacional – também denominado planejamento do Sistema 
de educação, “é o de maior abrangência, correspondendo ao planejamento que 
é feito em nível nacional, estadual ou municipal. Incorpora e reflete as grandes 
políticas educacionais” (VASCONCELLOS, 2012, p. 95). 
 
b) Planejamento escolar – atividade que envolve o processo de reflexão, de 
decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da 
instituição. “É um processo de racionalização, organização e coordenação da 
ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto 
social” (LIBÂNEO, 2013, p. 21). 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/Dia2018/11/p/4dda95682513fcb030312a6c7a201ed2.jpg
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42 
c) Planejamento curricular – é o “processo de tomada de decisões sobre a 
dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida 
escolar do aluno. Portanto, essa modalidade de planejar constitui um 
instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com 
a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer 
ao estudante, através dos diversos componentes curriculares” 
(VASCONCELLOS, 2012, p. 56). 
 
d) Planejamento de ensino – é o “processo de decisão sobre a atuação 
concreta dos professores no cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo 
as ações e situações em constantes interações entre professor e alunos e entre 
os próprios alunos” (PADILHA, 2017, p. 38). 
 
 
 
 
 
 
 
DIVISÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO 
PRINCIPAIS MODALIDADES 
 
1) Educação Básica: caráter obrigatório, é dever dos pais ou responsáveis que as crianças 
e adolescentes concluam a educação básica, assim como é dever do Estado oferecer 
essa educação. Ela é constituída pelas seguintes modalidades: 
a) Educação Infantil: duração de 4 anos, com alunos de 0 a 3 anos; 
b) Pré-escola: duração de 3 anos, com alunos de 4 a 6 anos; 
c) Ensino Fundamental: duração de 9 anos, com alunos de 6 a 14 anos; 
d) Ensino Médio: duração de 3 anos, com alunos de 15 a 17 anos; 
e) Ensino Médio Técnico: escolas podem oferecer cursos técnicos em períodos 
contraturnos – que são os períodos extraclasse – para seus alunos. A duração é variável, 
podendo ser de 1 a 3 anos. 
f) Educação de Jovens e Adultos (EJA): atende a indivíduos que não tiveram a 
oportunidade de cursar o Ensino Fundamental ou Médio na idade prevista. Os módulos 
são de 6 meses cada e equivalem aos anos do ensino regular. Todos os estados têm 
autonomia para elaborar seus métodos de ensino e gerir as escolas. 
g) Educação no Campo: existem escolas adaptadas às peculiaridades da vida rural e de 
cada região, contendo seus próprios currículos, métodos didáticos e calendário escolar. 
h) Educação Especial: modalidade “para educandos portadores de necessidades 
especiais”, são escolas que possuem adaptações físicas e de materiais escolares que 
facilitem o ensino a indivíduos com algum tipo de deficiência, seja ela física ou mental. 
 
2) Educação Superior: graduação, pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) 
e ensino a distância (EaD) nas universidades. Nessa modalidade se encaixam alunos e 
alunas que concluíram o Ensino Médio. Os cursos de nível superior são opcionais. Isso 
significa que o Estado não é obrigado a garantir que todos os cidadãos cursem essa 
modalidade, porém ele precisa garantir – segundo a Constituição – o acesso público e 
gratuito a ela. 
 
Fonte: <https://www.politize.com.br/sistema-educacional-brasileiro-divisao/>. Acesso em: 03 nov. 2018. 
 
43 
 
Para elaborar um bom plano de ensino, Larchert (s.d., pp. 61-62) nos dá 
alguns conselhos: 
 
• Conhecer em profundidade os conceitos centrais e leis gerais da 
disciplina, conteúdos básicos, bem como dos seus procedimentos 
investigativos (e como surgiram historicamente na atividade científica). 
• Saber avançar das leis gerais para a realidade concreta, entender 
a complexidade do conhecimento para poder orientar a aprendizagem. 
• Escolher exemplos concretos e atividades práticas que demonstrem 
os conceitos e leis gerais, os conteúdos e os assuntos de maneira que 
todos os entendam. 
• Iniciar o ensino do assunto pela realidade concreta (objetos, 
fenômenos, visitas, filmes), para que os alunos formulem relações 
entre conceitos, ideias- chave, das leis particularesàs leis gerais, para 
chegar aos conceitos científicos mais complexos. 
• Saber criar problemas e saber orientá-los (situações de 
aprendizagem mais complexas, com maior grau de incerteza que 
propiciam em maior medida a iniciativa e a criatividade do aluno). 
 
É importante que o professor conheça todos esses tipos e participe de sua 
execução. 
 
 
 
 
De acordo com Padilha (2001, p. 24), o plano será a “apresentação 
sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar”. 
Além de ser o produto do planejamento, também será um guia para 
orientar a prática pedagógica. 
 
 
Todo planejamento resultará em um plano. Plano é o documento a ser 
construído após todas as reflexões, será um registro das decisões – o que se 
pensa fazer (objetivos), como fazer (estratégias), quando fazer (cronograma), 
com que fazer (recursos), com quem fazer (grupo para o qual se planeja). 
 
44 
PARA QUE? OBJETIVO 
O QUE? CONTEÚDO 
COMO? METODOLOGIA 
COM O QUE? RECURSOS 
RESULTADO AVALIAÇÃO 
 
Atenção! Um planejamento que envolva contextos educativos não pode 
ser autoritário, construído simplesmente para cumprir com a burocracia. Ele 
precisa ser colaborativo, participativo, no qual todos os envolvidos, 
especialmente seus pares, contribuam com suas ideias e experiências para ser 
realizado. 
Vamos passar para as etapas e elementos do planejamento. 
 
Figura 22: Etapas para chegar ao planejamento 
 
Disponível em: <https://thumbs.dreamstime.com/m/tie-knot-gay-marriage-coarse-rope-colors-
homosexual-flag-tied-middle-isolated-background-35540805.jpg>. Acesso em: 30 out. 2018. 
 
2.3 Etapas e elementos do planejamento 
 
Todo educador, ao planejar o ensino, faz uma antecipação organizada e 
sistemática das etapas de seu trabalho. Cuidadosamente, identifica os objetivos 
que tem intenção de atingir, indica quais serão os conteúdos com os quais vai 
trabalhar, seleciona os melhores procedimentos e estratégias para sua ação e 
prevê os instrumentos para avaliar o progresso de seus alunos. Para isso precisa 
seguir alguns passos, o que facilita sua vida. Você sabe que passos são esses? 
 
https://thumbs.dreamstime.com/m/tie-knot-gay-marriage-coarse-rope-colors-homosexual-flag-tied-middle-isolated-background-35540805.jpg
https://thumbs.dreamstime.com/m/tie-knot-gay-marriage-coarse-rope-colors-homosexual-flag-tied-middle-isolated-background-35540805.jpg
 
45 
Figura 23: Elaboração do plano 
 
Disponível em: <https://www.istockphoto.com/br/foto/papel-de-fazer-a-l%C3%A2mpada-para-o-
conceito-de-energia-de-poder-de-ideia-sobre-fundo-gm1018306404-273760442>. 
Acesso em: 30 out. 2018. 
 
Vou me basear em Piletti (2004) para explicar. De acordo com ele, são 
quatro as etapas do planejamento de ensino: 
1) Conhecimento da realidade: momento em que procuramos saber 
quais são as aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades dos alunos. 
É a sondagem, ou seja, busca de dados sobre a realidade; 
2) Elaboração do plano: momento para determinar os objetivos, 
selecionar e organizar os conteúdos, procedimentos de ensino, recursos, 
procedimentos de avaliação e estruturar o plano de ensino; 
3) Execução do plano: é o desenvolvimento das atividades previstas; 
4) Avaliação e aperfeiçoamento do plano: além de avaliar os 
resultados obtidos com a ação docente, avaliamos a qualidade do plano 
elaborado e nossa eficiência como professores. 
 
 
 
 
É importante não esquecer que no momento da execução há a possibilidade 
de lidar com o elemento “surpresa”, algo que não estava previsto. Por essa 
razão, a principal característica de todo planejamento precisa ser a 
“flexibilidade”. 
https://www.istockphoto.com/br/foto/papel-de-fazer-a-l%C3%A2mpada-para-o-conceito-de-energia-de-poder-de-ideia-sobre-fundo-gm1018306404-273760442
https://www.istockphoto.com/br/foto/papel-de-fazer-a-l%C3%A2mpada-para-o-conceito-de-energia-de-poder-de-ideia-sobre-fundo-gm1018306404-273760442
 
46 
Cumprindo essas etapas, a chance de sucesso é enorme. Ressalto que 
todo planejamento de ensino tem seus componentes. Peço novamente auxílio 
ao professor Piletti (2004) para explicá-los. Vejamos: 
 
Figura 24: Objetivos 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/bobby/preview/fldr_2004_02_13/file00079
1465857.jpg>. Acesso em: 30 out. 2018. 
 
1) Objetivos: é a descrição clara do que se pretende alcançar como 
resultado da atividade. 
Dividem-se em: 
– Objetivos gerais: são as metas e os valores que procuramos atingir; 
– Objetivos específicos: são proposições mais específicas, referentes às 
mudanças comportamentais esperadas para um determinado grupo. 
 
2) Conteúdo: é a organização do conhecimento em si. 
 
3) Procedimentos: são ações, processos ou comportamentos 
planejados pelo professor para colocar o aluno em contato direto com o 
conhecimento. 
 
4) Técnicas: modos particulares de provocar a atividade dos alunos no 
processo de aprendizagem. 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/bobby/preview/fldr_2004_02_13/file000791465857.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/bobby/preview/fldr_2004_02_13/file000791465857.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/bobby/preview/fldr_2004_02_13/file000791465857.jpg
 
47 
 
5) Recursos: são os componentes do ambiente de aprendizagem que 
dão origem à estimulação para o aluno; podem ser humanos ou materiais. 
 
6) Avaliação: é o processo pelo qual se determinam o grau e a 
quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos. 
 
Figura 25: Procedimentos 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/h/hilarycl/08/l/1408198590f2ws1.jpg>. 
Acesso em: 01 nov. 2018. 
 
 
Leia o texto abaixo e procure identificar o problema de Pedro e Antonio e 
as etapas e elementos do planejamento que eles realizaram para resolvê-lo: 
 
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água nas 
partes mais baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão 
molhada, tinha virado lama. Às vezes os pés apenas escorregavam 
nela, às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama 
até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antonio estavam a 
transportar, numa camioneta, cestos cheios de cacau para o sítio onde 
deveriam secar. 
Em certa altura perceberam que a camioneta não atravessaria o 
atoleiro que tinham pela frente. Pararam, desceram da camioneta, 
olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram a pé 
uns dois metros de lama, defendidos pelas suas botas de cano longo. 
Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram, discutiram como resolver 
o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/h/hilarycl/08/l/1408198590f2ws1.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/h/hilarycl/08/l/1408198590f2ws1.jpg
 
48 
de árvores, deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas 
da camioneta passassem sem atolar. 
Pedro e Antonio estudaram. Procuraram compreender o problema que 
tinham de resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa. 
Não se estuda apenas nas escolas, Pedro e Antonio estudaram 
enquanto trabalhavam. 
Fonte: LEITE, L. C. L. Encontro com Paulo Freire. Revista Educação 
e Sociedade. São Paulo, maio 1979, pp. 68-69. 
Relacione o texto às etapas do planejamento, segundo Piletti (2004) e 
veja se Pedro e Antonio realizaram corretamente o planejamento. Se 
você encontrar alguma falha, aponte-a e dê sua sugestão. 
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Sei que você realizou a atividade corretamente. 
Você percebeu que “estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante 
de um problema” (LEITE, 1979, p. 69) e aplicou o que acabamos de estudar, não 
é? Parabéns! 
Para finalizar, veja este esquema: 
 
 
49 
 
 
Fonte: TURRA et al., 1995, p. 26. 
 
 
Faça uma simulação. 
A seguir, você vai encontrar o mesmo esquema. 
Sua tarefa é preencher os quadros com as ações que você pensou em 
desenvolver para cada uma das etapas, tal como no esquema que já está 
preenchido, só que agora você vai colocar os passos a partir de um determinado 
conteúdo que pretende trabalhar. 
Bom trabalho! 
 
Bom, acredito que essa discussão foi interessante e te deu pistas de como 
refletir acerca desse tema. 
Vamos continuar a reflexão nas próximas unidades! 
 
 
50 
 
Chegamos ao final dessa segunda unidade. 
Aqui você estudou sobre o planejamento educacional. Nós definimos o 
que é planejamento, seus tipos, etapas e elementos. 
Espero que você tenha aprendido bastante e esteja motivado(a) a ir 
adiante. 
É importante ressaltar que todo planejamento é intencional e, como os 
processos de ensino e aprendizagem, precisa ser sistemático, há etapas a seguir 
para que a ação docente resulte em sucesso. Afinal, desejamos o melhor para 
nossos alunos, não é mesmo? 
Partimos agora para a próxima unidade para continuar aprendendo. 
Bom estudo! 
 
 
51 
UNIDADE 3 
 
3. AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR 
 
 
 
 
Nesta unidade, a intenção principal é estudar sobre avaliação, tema que 
sempre provoca polêmica, e discuti-lo é de extrema importância para todo 
professor. 
Vamos, também, analisar instrumentos de avaliação e pensar em como 
podemos realizar uma avaliação que efetivamente busque a melhoria dos 
processos de ensinar e aprender. 
Preparado(a)? 
Então, mãos à obra! 
 
3.1 Conceitos e concepções sobre avaliação 
 
A avaliação escolar é o termômetro que permite confirmar o 
estado em que se encontram os elementos envolvidos no 
contexto. Ela tem um papel altamente significativo na educação, 
tanto que nos arriscamos a dizer que a avaliação é a alma do 
processo educacional (SANT'ANNA, 1995, p. 7). 
 
Nas unidades anteriores, estudamos a importância do planejamento para 
a prática pedagógica. Agora, vamos discutir o outro eixo dessa prática, que é a 
avaliação. Os dois são fundamentais ao trabalho docente de boa qualidade. 
Ambos são, na verdade, as peças-chave para a melhoria dos processos de 
ensino e aprendizagem e definidores da qualidade do ensino de uma maneira 
geral e que vão culminar na aula ministrada pelo professor. 
Assim, uma aula bem planejada também precisa ser avaliada. 
Salienta Hoffmann (2008, p. 17) que a avaliação é: 
 
[…] uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer pedagógico e 
cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a 
relação entre todos os elementos da ação educativa. Basta pensar que 
avaliar é agir com base na compreensão do outro, para se entender 
que ela nutre de forma vigorosa todo o trabalho educativo. 
 
Conteúdos trabalhados na unidade: Conceitos e concepções sobre 
avaliação; Instrumentos de avaliação. 
 
 
52 
Diante disso, como já vimos, o trabalho docente é uma atividade 
complexa que deve ser consciente e sistemática, pois em seu centro está a 
aprendizagem do aluno. 
Em nosso sistema de ensino ainda encontramos instituições que 
consideram a avaliação como medida do que o aluno aprendeu, ou seja, a 
quantidade de informações absorvidas pelo estudante é o que conta, suas notas 
o definem como bom, regular ou mau aluno, como alguém que apreendeu os 
conteúdos ou não. 
Está tudo errado! 
 
Figura 26: Somos números 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/03/l/1426869530b31
6l.jpg>. Acesso em: 27 out. 2018. 
 
Já somos números em tudo – registro de identidade, de motorista, de 
matrícula etc. Na escola e universidade recebemos essa mesma quantidade de 
pontos a partir da visão de quem nos avalia, considerando não quem somos e 
nossas capacidades e histórias, mas a expectativa que tem sobre os 
instrumentos aplicados. 
Diante desse contexto, o que importa, então, é a nota. Isso não é avaliar. 
É medir, concorda? 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/03/l/1426869530b316l.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/03/l/1426869530b316l.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/03/l/1426869530b316l.jpg
 
53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você conhece a fábula “A escola dos bichos”, de R. H. Reeves? Vamos 
ler? 
Figura 27: Fábula “A escola dos bichos” 
 
Fonte: Foto da autora. 02 nov. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medida não é a mesma coisa que avaliação. 
Medida (mensuração): o professor atribui um número (de 0 a 10, 
normalmente) a cada aluno; é a nota que o aluno obtém num teste, por 
exemplo; são considerados apenas erros e acertos para as questões, ou seja, 
o desempenho do aluno a partir de uma escala de valor. 
Avaliação: o professor faz um juízo de valor, de qualidade sobre dados 
relevantes para uma tomada de decisão; o processo é mais importante que o 
resultado final. 
 
 
54 
 
Era uma vez um grupo de animais que quis fazer alguma coisa para resolver os 
problemas do mundo. 
Para isto, eles organizaram uma escola. 
A escola dos bichos estabeleceu um currículo de matérias que incluía correr, subir em 
árvores, em montanhas, nadar e voar. 
Para facilitar as coisas, ficou decidido que todos os animais fariam todas as matérias. 
O pato se deu muito bem em natação; até melhor que o professor! 
Mas quase não passou de ano na aula de voo, e estava indo muito mal na corrida. Por 
causa de suas deficiências, ele precisou deixar um pouco de lado a natação e ter aulas extras 
de corrida. 
Isto fez com que seus pés de pato ficassem muito doloridos e o pato já não era mais tão 
bom nadador como antes. 
Mas estava passando de ano, e este aspecto de sua formação não estava preocupando 
a ninguém – exceto, claro, ao pato. 
O coelho era de longe o melhor corredor no princípio, mas começou a ter tremores nas 
pernas de tanto tentar aprender natação. 
O esquilo era excelente em subida de árvore, mas enfrentava problemas constantes na 
aula de voo, porque o professor insistia que ele precisava decolar do solo, e não de cima de um 
galho alto. 
Com tanto esforço, ele tinha câimbras constantes, e foi apenas “regular” em alpinismo e 
fraco em corrida. 
A águia insistia em causar problemas, por mais que a punissem por desrespeito à 
autoridade. 
Nas provas de subida de árvore era invencível, mas insistia sempre em chegar lá da sua 
maneira… 
Na natação deixou muito a desejar… 
Cada criatura tem capacidades e habilidades próprias, coisas que faznaturalmente bem. 
Mas quando alguém o força a ocupar uma posição que não lhe serve, o sentimento de frustração, 
e até culpa, provoca mediocridade e derrota total. 
Um esquilo é um esquilo; nada mais do que um esquilo. 
Se insistirmos em afastá-lo daquilo que ele faz bem, ou seja, subir em árvores, para que 
ele seja um bom nadador ou um bom corredor, o esquilo vai se sentir um incapaz. 
A águia faz uma bela figura no céu, mas é ridícula numa corrida a pé. 
No chão, o coelho ganha sempre. A não ser, é claro, que a águia esteja com fome! 
 
 
Por que te convidei a ler essa fábula? 
 
 
 
 
 
 
55 
Figura 28: Fábula “A escola dos bichos” 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/l/lisaleo/10/p/0fa24dc811d1152d7e74e6a86
d0bb158.jpg>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
Você reparou que todos somos diferentes e que se o professor considerar 
apenas o produto da aprendizagem do aluno, ou seja, aquelas respostas finais 
que forem dadas nas provas sem analisar o processo até chegar a elas, quer 
dizer, suas estratégias individuais utilizadas para lidar com os desafios 
propostos, vai apenas medir seus resultados podendo, inclusive, desestimulá-lo 
a ir adiante e buscar mais conhecimento? 
Entretanto, não é essa nossa função não. Devemos ser aquela figura de 
quem o aluno vai se lembrar por tê-lo ajudado a superar suas dificuldades e a 
potencializar seus talentos. 
 
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56 
 
 
 
 
 
 
Um professor precisa ser um motivador, olhar para seu aluno como 
alguém capaz de vencer as barreiras entre ele e o conhecimento. 
Como fazemos isso? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um caminho, certamente, é através de uma avaliação justa e responsável. 
Veja o que o professor Luckesi (2011, p. 48) nos diz sobre o tema: 
 
Sugiro a leitura de “Contribuições de Heraldo Vianna para a avaliação 
educacional”, publicação da Fundação Carlos Chagas em 2014. 
Disponível em: 
<http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/issue/viewIssue/307/78>. 
Acesso em: 27 out. 2018. 
A avaliação escolar vem sendo utilizada ao longo dos anos para classificar e 
selecionar os alunos assim como instrumento de disciplina e autoritarismo na 
sala de aula. É um tipo de avaliação que, ao apenas classificar, contribui para 
comportamentos competitivos entre os alunos sem buscar promover a 
construção de conhecimento. 
A autora mostra, com esse livro, como transformar essa visão de avaliação em 
uma verdadeira ação pedagógica. 
Não deixe de ler! 
 
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito & desafio – uma perspectiva 
construtivista. Porto Alegre: Educação e Realidade, 2008. 
http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/issue/viewIssue/307/78
 
57 
[…] para qualificar a aprendizagem de nossos educandos, importa, de 
um lado, ter clara a teoria que utilizamos como suporte de nossa prática 
pedagógica, e, de outro, o planejamento de ensino, que estabelecemos 
como guia para nossa prática de ensinar no decorrer das unidades de 
ensino do ano letivo. 
 
Ele completa afirmando que “o ato de avaliar a aprendizagem na escola é 
um meio de tornar os atos de ensinar e aprender produtivos e satisfatórios” (p. 
49) e isso vale para a melhorar a aprendizagem do aluno e a ação do professor, 
afinal, não queremos que nosso aluno obtenha sucesso? Aqui não me refiro 
apenas a tirar “nota boa”, pois queremos que nosso aluno aprenda, antes de 
mais nada, a desenvolver o pensamento crítico. 
 
Figura 29: Avaliação 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/q/quicksandala/08/p/befa26202dfb2074c816
b20fbcfebff4.jpg>. Acesso em: 27 out. 2018. 
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58 
Outro estudioso, Perrenoud (2000, p. 67) amplia nossa visão. Diz ele que: 
 
[…] a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo 
mediador na construção do currículo e se encontra intimamente 
relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos. Na avaliação da 
aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das 
provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam 
supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de 
caráter diagnóstico. 
 
Em outras palavras, a avaliação não é somente aplicar provas, anotar os 
resultados e somar tudo no final do ano ou semestre. Ela não pode ser apenas 
classificatória; ela deve servir como um diagnóstico constante do que está 
ocorrendo na sala de aula, já que o aluno é uma pessoa e, como tal, tem uma 
bagagem única, que carrega diariamente e influencia diretamente sua 
aprendizagem e sua vida. 
 
Figura 30: Avaliação influenciando na aprendizagem 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jdurham/preview/fldr_2010_01_01/file9501
262405569.jpg>. Acesso em: 01 nov. 2018. 
 
Sem clareza sobre o que significa verdadeiramente o processo de 
avaliação, o docente estará sujeito a realizar práticas intuitivas que poderão 
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59 
estimular a aprendizagem ou frustrá-la, impedindo que o aluno avance na 
construção de conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Está na hora de classificar os tipos de avaliação, concorda? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O artigo 13 da LDB 9394/96 traz a incumbência dos docentes: 
I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; 
II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
III – zelar pela aprendizagem dos alunos; 
IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; 
V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente 
dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; 
VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. 
Um estudioso muito importante sobre avaliação foi Benjamin Bloom (1913-1999), 
professor da Universidade de Chicago. A partir de seu trabalho, os estudos da 
área passaram a ser obrigatórios em todos os cursos de formação de professores. 
Conheça um pouco sobre ele em: <http://www.eses.pt/usr/ramiro/mestria.htm>. 
Acesso em: 02 nov. 2018. 
http://www.eses.pt/usr/ramiro/mestria.htm
 
60 
Figura 31: Passos do planejamento e da avaliação 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/m/Melodi2/04/p/225b97e22f27ae40add7338
bc4ede08b.jpg>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
Veja o quadro a seguir: 
 
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61 
Quadro: Tipos de avaliação 
Diagnóstica Formativa Somativa 
Detecta o conhecimento 
do aluno; 
Ajuda a realizar o 
planejamento para suprir 
necessidades/atingir 
objetivos; 
É suporte para o 
planejamento de ensino; 
Deve ser aplicada no 
início do processo de 
ensino-aprendizagem. 
Verificase o proposto no 
planejamento está sendo 
atingido; 
A partir dela é possível 
aplicar a recuperação 
paralela para resgatar os 
conceitos revisando-os ao 
longo do caminho e 
evoluindo cada um no seu 
ritmo; 
O professor age como 
mediador; 
Não classifica com uma 
nota. 
Considera o potencial de 
desenvolvimento do 
aluno; 
Objetiva decisões para 
(re)planejar ações 
docentes para intervir e 
adequar as práticas para o 
aluno aprender e não 
apenas melhorar a nota. 
Atribui notas para o aluno 
ser promovido ou não; 
É realizada durante o 
bimestre/semestre/ano. 
Quando avaliar 
Entrevistas; 
Exercícios/simulações 
para identificar com quem 
o aluno se relaciona; 
Consulta a anotações da 
vida escolar do aluno; 
Observação dos alunos, 
particularmente durante 
os primeiros dias de aula; 
Questionários/conversa. 
Todos os dias: 
fazer/responder 
perguntas; observar 
desempenho; 
Ocasionalmente: provas 
ou outros instrumentos, 
mais ou menos formais; 
Periodicamente: testes 
ao final de cada 
subunidade, unidade ou 
projeto, para aferir a 
aprendizagem e 
desempenho. 
Prova ou trabalho final; 
Avaliação baseada nos 
resultados cumulativos ao 
longo do ano letivo; 
Mistura das duas formas 
acima. 
 
Fonte: Adaptação de: BLOOM, B. H.; HASTINGS, T.; MADAUS, G. Manual de avaliação 
formativa e somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Pioneira, 1993. 
 
 
62 
Tendo clareza dessas etapas, o professor poderá avaliar seus alunos – e 
sua ação – de forma integrada, olhando não somente para as notas obtidas, mas 
para os processos que fizeram o aluno chegar a elas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Também é importante comentar que a avaliação precisa ser contínua, ou 
seja, devemos ter em mente que, a todo momento, estamos avaliando nossos 
alunos e a nós mesmos, pois só assim vamos perceber o desenvolvimento da 
aprendizagem, da construção do conhecimento daqueles com os quais estamos 
trabalhando. 
Para desenvolver uma avaliação verdadeiramente formativa, o professor se transforma 
em pesquisador de sua própria prática pedagógica e, para tanto, deve pautar-se por 
determinados princípios, tais como sugere Luckesi (2011, p. 175): 
 
• Conscientizar‑se de que sua atividade tem por objetivo “iluminar” a 
realidade de aprendizagem de seu aluno – Quando o docente avalia, 
acende uma lanterna para iluminar seu caminho de investigador, pois 
assim é mais fácil saber onde pisa, vislumbrar outros percursos 
possíveis e escolher estratégias para chegar ao seu objetivo, a 
aprendizagem do educando. 
• Comprometer‑se com uma visão pedagógica que leve em 
consideração o fato de que o ser humano sempre pode aprender – Já 
sabemos que a prática da avaliação tem relação direta com as ideias 
pedagógicas dos responsáveis por ela (professores, coordenadores, 
pedagogos). Assim, o comprometimento não é somente com a 
avaliação, mas com uma prática pedagógica de qualidade. 
• Estar ciente de que a construção do conhecimento depende tanto da 
exposição teórica de conteúdos quanto dos instrumentos utilizados 
para abordá‑los na prática, além de algumas outras variáveis – A 
avaliação é resultado de uma soma de fatores: a forma que o professor 
escolheu para avaliar, as ideias pedagógicas que permeiam essa 
escolha, as considerações acerca dos instrumentos utilizados, as 
datas de aplicação destes, a relação do aplicador com os educandos, 
entre outros fatores. 
• Ter a noção clara de que a prática avaliativa vinculada à 
aprendizagem só faz sentido se for parte de um processo e também 
se fornecer uma posição sobre a aprendizagem final do aluno – A 
avaliação é realmente parte do processo educativo e deve ser 
entendida como uma prática que pode ser corrigida, reavaliada, 
retomada. Por outro lado, como os tempos da escola são limitados, é 
preciso apresentar ao educando um resultado final e uma certificação, 
que devem constituir-se em um testemunho da aprendizagem 
satisfatória obtida. 
 
63 
 
 
 
 
 
 
 
O texto a seguir refere-se a uma história que ocorreu em uma escola 
na cidade de Curitiba (PR) e traz o relato de como uma avaliação 
diagnóstica se transformou em uma experiência de avaliação 
formativa. Acompanhe como a professora lidou com a situação de não 
aprendizagem de seus alunos e conseguiu auxiliá-los em sua 
construção de conhecimento. 
 
De como a avaliação diagnóstica fez bem à matemática 
A expectativa de cursar o quarto ano era enorme. Desde o fim do ano 
anterior, as crianças, muito ansiosas, já conjecturavam sobre como 
deveria ser difícil essa nova etapa. Passaram as férias e, enfim, chegou 
o primeiro dia da nova fase: estavam no quarto ano. 
Como de praxe naquela escola, nas primeiras semanas de aula, os 
professores faziam uma avaliação diagnóstica para que pudessem 
conhecer um pouco os alunos que estavam ingressando na nova 
etapa. 
E assim foi feito. Os alunos fizeram atividades diversas (que nem 
sabiam integrar uma avaliação diagnóstica) e seus professores 
procuraram colher naqueles resultados muito mais que números ou 
classificações; buscaram formas de educar aquelas turmas. 
A professora do quarto ano C, no entanto, detectou que seus alunos 
não tinham conseguido realizar as questões de Matemática presentes 
na avaliação diagnóstica aplicada na turma. Como as demais turmas 
da escola não haviam apresentado dificuldades para a realização da 
atividade e considerando que esta era adequada ao nível da série, a 
professora percebeu que realmente estava diante de uma situação 
pedagógica que merecia uma atenção especial e que alguma medida 
precisaria ser tomada antes de ela prosseguir com os conteúdos do 
quarto ano. O receio dela era que, ao ensinar os conteúdos novos, os 
alunos não conseguissem compreendê‑los, visto que lhes faltava a 
base para esse novo aprendizado. 
Para a formulação do diagnóstico dessa situação, a professora 
recorreu à ajuda da pedagoga da escola. Descobriram que, enquanto 
os alunos dessa turma estavam no terceiro ano, em razão do excesso 
Para te ajudar, caso precise, deixo a dica de três planilhas elaboradas para facilitar a 
visão do professor sobre o desempenho de seus alunos. 
Disponível em: <<<https://canaldoensino.com.br/blog/3-planilhas-que-podem-facilitar-a-
vida-do-professor>. Acesso em: 25 out. 2018. 
https://canaldoensino.com.br/blog/3-planilhas-que-podem-facilitar-a-vida-do-professor
https://canaldoensino.com.br/blog/3-planilhas-que-podem-facilitar-a-vida-do-professor
 
64 
de atividades desenvolvidas, a professora não tinha conseguido 
realizar todas as atividades que poderia (e deveria) para que os alunos 
pudessem assimilar os conhecimentos matemáticos trabalhados. 
Assim, tinha deixado de aplicar algumas atividades práticas, 
desconsiderando em parte que as crianças precisam inicialmente 
trabalhar os conceitos de forma concreta para poderem construir seus 
conhecimentos (no caso da Matemática, o material dourado se 
constitui em um excelente exemplo de recurso que permite a realização 
desse tipo de prática). 
Diante desse diagnóstico, o que fez a professora do quarto ano? 
Reconsiderou o que havia programado anteriormente (a revisão de 
conteúdos) e retomou os conceitos não aprendidos ainda, agora por 
meio de jogos e atividades práticas. Tudo foi resolvido em menos de 
um mês e a aprendizagem virou uma grande brincadeira, como o 
mundo infantil tem de ser. 
A professora utilizou a avaliação diagnóstica para reordenar os 
ensinamentos da turma em questão. Sob esse preceito, a avaliação 
funcionou como formativa, pois deu bases para uma ação pedagógica 
voltada à verdadeira formação dos alunos. 
A professora do quarto ano, ao assumir para si a tarefa de ensinar e 
não somente de “cumprir o planejamento”, deu a todos uma grande 
lição sobre ensino, aprendizagem e avaliação. Nada é mais importante 
do que a aprendizagem do aluno, e a avaliação formativa pode ser uma 
excelente ferramenta para “colocar nos trilhos” umaaprendizagem 
quase perdida. 
No fim, a professora ainda teve a oportunidade de ouvir de seus alunos: 
“Profª, Matemática é uma delicía! [sic]”. E pôde concluir: “aquele que 
se preocupa com os efeitos da sua ação modifica-a para melhor atingir 
seus objetivos” (PERRENOUD, 2008, p. 78). 
 
Agora, faça o seguinte: 
1) Aponte qual a situação-problema do relato; 
2) Indique as ações da professora para a melhora da aprendizagem de 
seus alunos; 
3) Se você estivesse no lugar da professora, como agiria? Por quê? 
 
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Vamos agora estudar sobre os instrumentos que podemos utilizar para 
avaliar nossos alunos. 
 
Figura 32: Instrumentos da avaliação 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/p/piyushrath/05/p/b27bfedb24185c3e21abb4
077915cedf.jpg>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/p/piyushrath/05/p/b27bfedb24185c3e21abb4077915cedf.jpg
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66 
3.2 Instrumentos de avaliação 
 
Você já foi solicitado pelos seus professores a apresentar um seminário? 
Já realizou provas discursivas e objetivas com ou sem consulta? E provas 
práticas? Já deu alguma aula ou miniaula sendo observado por professores e 
colegas? Já realizou outras formas de avaliação, não é mesmo? 
Esses são alguns dos instrumentos de avaliação mais conhecidos. Cada 
um tem seu objetivo e complexidade, mas sempre “valeram nota” e/ou estavam 
sujeitos às observações dos professores. 
Em sua prática pedagógica, os docentes precisam lidar com diferentes 
formas de avaliar os alunos. Nem sempre gostamos de realizá-los. Eu, por 
exemplo, detesto ter de responder às questões das provas, principalmente se 
forem objetivas, em que são apresentadas diversas assertivas para escolher as 
certas e erradas e depois escolher a opção do tipo “apenas I e II estão corretas”; 
“somente IV está errada”. Nem sempre é fácil concordar com uma das 
alternativas… 
E você? A qual tipo de instrumento não tem muita “afeição”? Qual te 
parece mais adequado e em qual situação? Responder adequadamente a essa 
última pergunta é o “pulo do gato” no processo avaliativo! 
Ah, você percebeu que citei a palavra “processo”? Pois é, a avaliação não 
pode ser um momento apenas, ela deve fazer parte de um processo e não pode 
ser tida como definitiva. 
 
Figura 33: Processo avaliativo – Um passo de cada vez 
 
<http://www.imageafter.com/dbase/textures/grounds/b10grounds004.jpg>. Acesso em: 02 nov. 
2018. 
 
http://www.imageafter.com/dbase/textures/grounds/b10grounds004.jpg
 
67 
Luckesi (2006, p. 180) afirma que “o ato de avaliar (…) não se destina a 
um julgamento “definitivo” sobre alguma coisa, pessoa ou situação, pois não é 
um ato seletivo (…) destina-se ao diagnóstico e, por isso mesmo, à inclusão”. 
Percebeu nessa fala seu valor enquanto processo? 
Acrescento que pensar sobre como avaliar, ponderar sobre qual 
instrumento utilizar e em que momento, assim como saber o porquê se avalia, 
não é perda de tempo, pelo contrário, tudo isso é necessário em uma ação 
avaliativa responsável. 
Quando pensamos sobre que objetivos esperamos atingir, assim como os 
critérios nos quais a avaliação vai ser pautada, a análise dos resultados obtidos 
nos auxilia na retroalimentação do processo. 
Veja como no esquema a seguir: 
 
 
Fonte: 
<http://www2.unifesp.br/centros/cedess/producao/produtos_tese/produto_gilmara_klein.pdf>. 
Acesso em: 29 out. 2018. 
 
Percebeu? Bons instrumentos, boa avaliação, resultados reveladores! 
Agora que você já entendeu a avaliação como um processo, vejamos 
alguns dos instrumentos de avaliação, ou seja, os recursos utilizados para 
coletar e depois analisar os dados recolhidos visando promover a aprendizagem 
do aluno, que são os mais comuns e mais utilizados na universidade: prova, 
portfólio, trabalho escrito, debate, seminário e autoavaliação. 
 
68 
Vamos começar pelo sistema de avaliação mais comum: a prova! 
 
a) Prova: é o instrumento mais utilizado; passa ao professor uma 
sensação de justiça, visto que todos os alunos respondem às mesmas questões 
e pelo mesmo tempo de duração. Para Vasconcellos (2012, p. 115) usar a prova 
é “mais cômodo (…) sempre foi assim; (…) não sabe como fazer diferente; (…) 
há uma legitimação social para este tipo de prática (…); e localiza o problema no 
aluno, não se questiona o processo”. 
 
Figura 34: Prova 
 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jessica_seewer/05/p/8d7ac58eacc8cdae5b
bc2c629bfcaf28.jpg>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jessica_seewer/05/p/8d7ac58eacc8cdae5bbc2c629bfcaf28.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/j/jessica_seewer/05/p/8d7ac58eacc8cdae5bbc2c629bfcaf28.jpg
 
69 
 
Há que se destacar que há dois tipos de provas: 
Prova discursiva 
(OKUDA, 2011, p. 
37) 
As questões devem ser relevantes e com significado; situações 
problema inéditas devem ser propostas; a redação deve ser clara e 
objetiva; texto, figuras, mapa, tabela e outros devem ser explorados se 
forem adequados; uma questão da prova não deve conter elementos 
que respondem outra(s); a inteligência dos alunos não deve ser 
subestimada; devem ser evitados enunciados que solicitem respostas 
pessoais, itens de tipos variados numa questão, questões optativas e 
inclusão de diferentes tipos de questões (objetivas e discursivas) numa 
mesma prova; o nível de dificuldade deve ser equilibrado e coerente 
com a metodologia docente; as questões da prova devem ser pautadas 
nas habilidades e conteúdos trabalhados em sala ou atividades extras; 
as questões devem ser ordenadas, numeradas e dispostas 
adequadamente na página, de forma legível e o valor de cada parte e 
de cada questão deve ser informado no texto da prova; deve conter 
espaço para as respostas, evitando questões que conduzamao 
simples “sim” ou “não”. 
Prova objetiva 
(OKUDA, 2011, p. 
39) 
Como é do tipo “teste”, favorece a memorização e não dá ao professor, 
com boa margem de acerto, saber efetivamente quanto o aluno 
realmente aprendeu; deve ter questões suficientes de acordo com o 
conteúdo; deve conter questões fáceis, médias e difíceis; o enunciado 
apresentar um problema a ser analisado; deve-se evitar repetir 
palavras/frases nas alternativas; essas devem ser homogêneas, 
plausíveis, com a mesma extensão, dispostas, por exemplo, da frase 
mais extensa para a mais curta ou vice-versa; a concordância 
gramatical não deve dar indícios da resposta correta; evitar expressões 
como “a melhor”, “a mais adequada”, “a mais provável”. 
 
b) Portfólio: é um instrumento de avaliação constituído pela “organização 
de uma coletânea de registros sobre aprendizagens do aluno que favoreçam (…) 
uma visão evolutiva do processo” (HOFFMANN, 2008, p. 205). 
 
 
Portfólio 
(HOFFMANN, 2008, 
p. 205) 
Deve ser organizado pelo aluno, sob orientação do professor. Não é 
uma simples coletânea, pois ele deve contribuir para entender o 
processo de aprendizagem e indicar ao professor que caminho 
seguir. São as intenções de quem o organiza que o torna significativo. 
 
c) Trabalho escrito (individual ou em grupo): produção realizada por 
um aluno ou grupos de alunos orientados pelo professor. Tem objetivo de 
 
70 
responder a uma ou mais questões ou discorrer sobre certo tema. Quando 
realizado coletivamente, estimula os alunos à cooperação e realização de ações 
conjuntas, criando um espaço para compartilhamento, confronto e negociação 
de ideias e para que cada membro possa dar sua contribuição. Todos precisam 
estar familiarizados com o tema a ser estudado. 
 
Figura 35: Trabalho individual 
 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/a/anicahsu/11/p/510b47fd2c3d8234d81d2bb
62cf6856d.jpg>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja um exemplo de como pensar objetivamente a avaliação de um ponto da disciplina 
“HISTÓRIA”: 
• Conteúdo: o tempo como produção histórica. 
• Critério de avaliação: compreende o processo de produção histórica como temporal e 
que tem influência no presente. 
• Instrumento avaliativo (prova dissertativa/trabalho individual): os historiadores estudam 
o passado. Por que então se pode dizer que “a História é uma ciência do presente”? 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/a/anicahsu/11/p/510b47fd2c3d8234d81d2bb62cf6856d.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/a/anicahsu/11/p/510b47fd2c3d8234d81d2bb62cf6856d.jpg
 
71 
d) Debate: como situação de interação, visa à troca de ideias sobre 
determinado tema, de preferência polêmico. Ainda, permite relacionar as ideias 
apresentadas/discutidas em um processo de reflexão, o que promove a 
ampliação dos conhecimentos sobre o tema ou assunto discutido. 
 
Figura 36: Debate 
 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/10/p/bb764ef10e711f
a7ea7d0c014a0958b4.jpg>. Acesso em: 02 nov. 2018. 
 
e) Seminário: é um trabalho que requer três etapas: pesquisa sobre um 
tema, elaboração da apresentação e exposição para toda a turma. É como uma 
aula expositiva ou de conversação realizada por um aluno ou grupo de alunos. 
 
Figura 37: Seminário 
 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/c/clarita/preview/fldr_2005_05_29/file000294
00867.jpg>. Acesso em: 31 out. 2018. 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/d/DodgertonSkillhause/10/p/bb764ef10e711fa7ea7d0c014a0958b4.jpg
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72 
 
 
 
 
 
 
f) Autoavaliação: é uma atividade que pressupõe uma reflexão sobre sua 
própria aprendizagem, para que o aluno compreenda qual caminho percorreu 
(processo), qual sua fragilidade, superação e barreiras vencidas. 
 
 
 
 
 
 
Agora pense: qual desses instrumentos mais lhe agrada? A qual deles 
você não gosta de se submeter? Por quê? 
Vou te contar um segredo: eu detesto fazer prova. Fico ansiosa, às vezes 
me dá um “branco” e parece que esqueci tudo… Conheço pessoas que odeiam 
fazer trabalhos e apresentar seminário. Tem gente que fica até doente, acredita? 
Isso, porque cada um de nós tem um estilo diferente de aprender e expor o que 
aprendeu. 
Somos diferentes, lembra que já falamos sobre isso? Por essa razão os 
professores precisam variar os instrumentos. Tem outra razão também. Segundo 
Méndez (2005, p. 98): 
 
[…] mais que o instrumento, importa o tipo de conhecimento que põe à 
prova, o tipo de perguntas que se formula, o tipo de qualidade (mental 
ou prática) que se exige e as respostas que se espera obter conforme 
o conteúdo das perguntas ou problemas que são formulados. 
 
O seminário sempre é precedido de debate e discussão. Esse importante 
instrumento de avaliação não pode ser uma apresentação em forma de 
monólogo, na qual o aluno discorre sobre um tema sem interrupções e sem 
questionamentos dos colegas e do professor. 
Tem sentido desenvolver-se a autoavaliação quando o próprio aluno aprende 
a diagnosticar o que aprendeu, quais são suas dificuldades no processo, e 
quais de suas capacidades lhe facilitam aprender. Estas percepções o 
ajudarão por toda a vida (MASETTO, 2003). 
 
73 
Se utilizarmos um instrumento de avaliação aleatoriamente, é bem 
provável que ele não traga as respostas que esperamos obter. Aqui, refiro-me 
às informações sobre o que nossos alunos aprenderam. Não queremos isso, 
certo? 
Veja o esquema a seguir que pode nos ajudar a escolher e aplicar 
adequadamente um instrumento de avaliação: 
 
 
 
Disponível em: 
<http://www2.unifesp.br/centros/cedess/producao/produtos_tese/produto_gilmara_klein.pdf>. 
Acesso em: 27 out. 2018. 
 
74 
Para que um instrumento de avaliação cumpra sua função, deve ser válido 
e preciso, abranger os diferentes domínios da aprendizagem, ser diversificado, 
estar articulado ao conteúdo trabalhado, apresentar-se em linguagem simples, 
correta e acessível, auxiliar na aprendizagem do aluno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom, acredito que essa discussão foi interessante e te deu pistas de como 
refletir acerca da avaliação. Você, certamente, vai pensar de forma bem 
responsável sempre que precisar decidir sobre qual instrumento de avaliação 
aplicar. 
Vamos realizar uma atividade sobre o que discutimos nessa unidade? 
 
 
Reflita sobre a imagem abaixo, que relaciona conhecimento e ação 
docente. Perceba que há três metáforas: 
a) Balde a ser enchido; 
b) Cadeia (hierárquica); 
c) Rede. 
Descreva o que você entende pelas imagens metafóricas apresentadas e 
relacione-as a um tipo de conhecimento. Justifique suas escolhas. 
 
 
Convido-o(a) a ler o material escrito por Gilmara Klein sobre os instrumentos 
de avaliação intitulado “Produto da dissertação de mestrado: Avaliação do 
processo de ensino e aprendizagem: seu significado para o estudante-
trabalhador do curso de graduação em enfermagem”. 
Disponível em: 
<http://www2.unifesp.br/centros/cedess/producao/produtos_tese/produto_gilmara_klein.pdf>. 
Acesso em: 28 out. 2018. 
 
75 
 
 
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76 
 
Chegamos ao final dessa terceira unidade. Aqui você estudou sobre a 
avaliação e sua importância no contexto educacional. Vimos que não devemos 
aplicar instrumentos de avaliação aleatoriamente, sem ter claro para que ele vai 
servir. 
Entendemos que avaliar é um processo que não deve ser construído 
isoladamente do que temos como concepção de ensino, pois avaliar precisa ser 
sinônimo de oportunizar momentos de aprendizagem. Fazendo isso, vamos 
desconstruir velhos mitos, alguns dos quais cresceram junto com a gente, por 
exemplo, quanto à avaliação somativa, ou seja, que só juntar as notas obtidas é 
o suficiente para aprovar ou reprovar um aluno. 
Pensamos diferente disso, não é? Quero dizer que, após toda nossa 
reflexão, a avaliação para nós não é um apêndice do trabalho docente, mas uma 
companheira dos processos de ensinar e aprender. 
Espero que você tenha aprendido bastante e esteja motivado(a) a ir adiante.
 
77 
UNIDADE 4 
 
4. ABORDAGENS E PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO NO ENSINO 
SUPERIOR 
 
 
 
 
 
Nesta unidade vamos continuar estudando sobre avaliação. Agora, após 
ter conceituado e discutido sobre alguns dos instrumentos de avaliação mais 
utilizados pelo professor, nosso foco será analisar os desafios desse processo 
que, como já vimos, não é nada fácil, não! 
Entretanto, a esperança de dias melhores sempre nos move a ir adiante, não é 
verdade? É com esse pensamento que você deve entrar nessa unidade. 
Preparado(a)? 
Então, mãos à obra! 
 
4.1 Desafios da avaliação 
 
Figura 38: Desafio 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/a/alvinsmith/10/p/e32881395fc4c55bc3bc54
564d3da961.jpg>. Acesso em: 03 nov. 2018. 
 
Conteúdos trabalhados na unidade: Desafios da avaliação; A avaliação e 
as relações de poder; Avaliação como melhoria e avanços nos processos de 
ensino e aprendizagem. 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/a/alvinsmith/10/p/e32881395fc4c55bc3bc54564d3da961.jpg
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78 
O trabalho do professor, como sabemos, é complexo, precisa vir de uma 
consciência profunda de seu papel na sociedade, assim como deve ser 
sistemático e planejado. No centro de sua atuação estão os alunos e seu 
principal objetivo deve ser que eles aprendam de modo significativo. 
Dentre as etapas dessa atuação, de forma interligada, estão o 
planejamento, a execução do que foi planejado e a avaliação de tudo o que 
ocorreu. Veja que a avaliação aparece por último, afinal de contas, é necessário 
que seja verificado o que funcionou ou não funcionou. 
Como já vimos, será através da avaliação que vamos saber o quanto 
replanejar será necessário. 
Chamo sua atenção para um ponto relevante nessa discussão: 
 Saber avaliar passa por uma boa formação! 
Sim!!! 
 
Se o professor não for bem formado, talvez não tenha a percepção de 
como agir “corretamente” diante de um contexto educacional que exige um 
pensamento concreto sobre como, quando, porquê avaliar seu aluno. Alavarse 
(2013, p. 136) traz uma reflexão: 
 
Avaliação educacional, seguramente, é um tema que, além de se 
desdobrar em vários outros temas correlatos, ocupa um lugar 
privilegiado, explícita e implicitamente, no conjunto de aspectos 
referentes à educação escolar há tanto tempo quanto esta tem de 
existência, sobretudo se a considerarmos no âmbito da escolarização 
de massas, pois a consolidação da escola se fez acompanhar pari 
passu1 de práticas avaliativas de modo que a avaliação fosse se 
conformando como uma das marcas mais indeléveis da própria escola, 
sobretudo quando seus resultados são destinados à definir as 
trajetórias dos alunos. Esta avaliação, atualmente denominada de 
avaliação interna, não esteve isenta de problematizações e 
questionamentos, gerando uma literatura gigantesca e toda sorte de 
regulamentações, inclusive tendo motivado iniciativas de políticas 
educacionais que procuraram conformá-la em moldes alternativos, 
como, por exemplo, é o caso da promoção automática e até mesmo na 
organização do ensino em ciclos. 
 
Diante desse trecho, nos deparamos com um dos desafios da avaliação: 
 
1) Avaliar é tema importantíssimo para a educação 
Sem considerar a relevância do processo de avaliação, a educação não 
vai para frente. Muitos estudiosos dedicam deu tempo a estudar a avaliação. Ela 
 
1 Locução de origem latina que significa "de igual passo", o pari passu é usado principalmente 
no direito comercial e significa que todas as partes são tratadas de forma justa. 
 
 
79 
é o mecanismo através do qual vamos saber se estamos caminhando ou se 
estamos estacionados. Ainda, deve ser permanente. 
Vamos ver outros desafios? 
 
2) Caráter seletivo 
Avaliar passa a ser medida simplesmente e, assim, não considera o 
processo (como já discutimos na unidade anterior). Pensar avaliação como 
medir o que foi ou não aprendido (ou apreendido) não faz sentido em um 
processo educacional, já que o objetivo precisa ser a construção de 
conhecimento, não considerar o aluno como um depósito de conteúdo de acordo 
com o programa educacional ao qual estiver submetido. 
 
Figura 39: Seleção de alunos – “melhores” X “piores” 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/r/roastbeeph/04/l/1397568562bkzsf.jpg>. 04 
nov. 2018. 
 
3) Paradoxo docente 
Por formação, todos os professores são avaliadores. Entretanto, nem 
sempre recebem, em sua formação inicial, instrumentalização suficiente para 
serem esse avaliador profissional. 
 
4) É preciso perceber que o mundo mudou 
Cada vez mais os alunos vêm com propostas e objetivos diferentes para 
sua formação. Se o docente continua acreditando que apenas as provas escritas 
vão mostrar o quanto o aluno aprendeu – e como aprendeu –, a decepção pode 
ser gigantesca. Há diversos instrumentos avaliativos a ser aplicados de acordo 
com objetivos previamente definidos. Cada um deles avalia certas 
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80 
características, então, professor, não use apenas as provas para verificar a 
aprendizagem de seu aluno! 
 
5) Pontos, pontos, pontos 
Você vai me dizer que na escola ou universidade em que trabalha o 
sistema de avaliação já é pré-definido e você tem de aplicar provas, somar os 
pontos obtidos e essa será a nota final do aluno. Eu entendo perfeitamente. 
Também já tive de lidar com isso, mas isso não é uma desculpa para não 
realizar aulas-debate, simulações, seminários etc. 
Talvez você não possa considerar uma nota para esses instrumentos, 
mas poderá entender como é seu aluno, quais suas dificuldades… 
 
Figura 40: Nota 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/q/quicksandala/09/p/1a541f1dd6f5f8ce7142
9df7924249d0.jpg>. Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
6) Conhecimento prévio existe, sim, senhor 
Todo aluno traz conhecimentos que desenvolveu antes de entrar na 
universidade. Um bom professor parte deles para trabalhar seu conteúdo. Sabero que o aluno já sabe pode facilitar muito o seu trabalho. Aplique avaliações 
diagnósticas sempre que sentir necessidade. Por meio delas você obterá dados 
que te auxiliarão não só na avaliação, mas na hora de planejar a aula e os 
momentos avaliativos. 
 
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81 
Figura 41: Bagagem individual – Conhecimento prévio 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/k/kolobsek/03/l/1363265964r93kc.jpg>. 
Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
7) Os alunos são diferentes. Homogeneidade não é regra 
O conjunto das pesquisas na área educacional, cada vez mais, vem 
evidenciando que as reformas governamentais têm um caráter homogêneo e 
homogeneizador e, portanto, não consideram a diferença entre os alunos. 
Entretanto, em nossa sala de aula, podemos sim (e devemos!) considerar que 
homogeneidade não existe. 
 
[…] a avaliação da aprendizagem precisa ter seu centro deslocado da 
homogeneidade, garantida pelos objetivos uniformes e necessária à 
classificação que permite a seleção e a exclusão. Também precisa ter 
sua discussão direcionada pelas múltiplas ações cotidianas, buscando 
captar os diferentes sentidos, conhecimentos, processos e culturas 
que se entrelaçam nos encontros que a escola promove a cada dia; 
procurando não os lugares fixos onde encaixar os estudantes a partir 
de seus desempenhos, mas os entre lugares (BHABHA, 1998) – 
fluidos, contraditórios, deslizantes, mutantes, híbridos, fronteiriços, 
diferentes – em que se encontram, favoráveis à aprendizagem como 
ato dialógico que confronta e desestrutura permanentemente o saber 
e o não saber (ESTEBAN, 2006, p. 133). 
 
Por exemplo, provas como Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), 
Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), Sistema de 
Avaliação da Educação Básica (SAEB) etc. têm caráter homogeneizador por 
serem únicas, aplicadas ao mesmo tempo e para um grupo de alunos que se 
encontra nas mesmas condições. Não vamos fugir delas, mas elas não estão em 
nossas salas de aula. 
 
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Você já ouviu falar que diante de sua turma o professor é “rei”? 
Vamos fazer disso uma máxima muito positiva, ou seja, sem desrespeitar 
os sistemas de ensino, vamos construir em nossas salas ambientes 
verdadeiramente de aprendizagem significativa, vamos dar nosso melhor para 
que nossos alunos aprendam! 
 
O ENEM foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da 
escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já 
concluíram o ensino médio em anos anteriores. É utilizado como critério de seleção para os 
estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos 
(ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério 
de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o 
vestibular. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/enem-sp-2094708791. Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
O ENADE é uma das avaliações que compõem o Sistema Nacional de Avaliação da Educação 
Superior (Sinaes), criado pela Lei n.º 10.861, de 14 de abril de 2004. Seu objetivo é avaliar e 
acompanhar o processo de aprendizagem e o desempenho acadêmico dos estudantes em 
relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso 
de graduação; suas habilidades para ajustamento às exigências decorrentes da evolução do 
conhecimento e competências para compreender temas exteriores ao âmbito específico da 
profissão escolhida, ligados à realidade brasileira e mundial e a outras áreas do conhecimento. 
É obrigatório e a situação de regularidade do estudante no Exame deve constar em seu 
histórico escolar. A primeira aplicação do Enade ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima 
da avaliação é trienal para cada área do conhecimento. 
Disponível em: http://inep.gov.br/web/guest/perguntas-frequentes4. Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
O SAEB é composto por um conjunto de avaliações externas em larga escala que permitem 
ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de alguns fatores que possam 
interferir no desempenho do estudante, fornecendo um indicativo sobre a qualidade do ensino 
ofertado. Por meio de provas e questionários, permite que os diversos níveis governamentais 
avaliem a qualidade da educação praticada no país, de modo a oferecer subsídios para a 
elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas com base em evidências. O 
desempenho no Saeb e os dados sobre aprovação, obtidos no Censo Escolar, compõem o 
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). 
Disponível em: http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb. Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
83 
Figura 42: Heterogeneidade na sala de aula 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/q/quicksandala/02/l/1423952556vkemz.jpg>. 
Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
É provável que você tenha pensado em outros desafios. Vamos realizar 
uma atividade com esse tema? 
 
 
1) Aponte outros desafios que dificultam – ou emperram – a 
possibilidade de se realizar uma avaliação fluida, representativa. Faça uma lista. 
Em seguida, proponha soluções para vencer essas barreiras. 
 
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2) Leia o excerto abaixo, que está nos Parâmetros Curriculares 
Nacionais (1998, p. 97): 
 
“A avaliação é hoje compreendida pelos educadores como elemento 
integrador, entre a aprendizagem e o ensino, que envolve múltiplos 
aspectos: 
 O ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno 
aprenda da melhor forma; 
 Obtenção de informações sobre os objetivos que foram atingidos; 
 Obtenção de informações sobre o que foi aprendido e como; 
 Reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa; 
 Tomada de consciência de seus avanços, dificuldades e 
possibilidades.” 
 
A partir da leitura desse trecho, qual função a avaliação escolar assume 
nestaconcepção? Ainda cabe, nos dias atuais, essa visão? Justifique sua 
resposta. 
 
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Vamos discutir as relações de poder que fazem parte da educação? 
 
4.2 A avaliação e as relações de poder 
 
Figura 43: Poder 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/v/Vibescom/07/p/df90045267eb28e9f01397
9f37491d60.jpg>. Acesso em: 03 nov. 2018. 
 
Quando avalia, o docente emite um juízo de valor sobre o aluno, 
fundamentado em suas concepções de vida, de educação, de aluno e de 
sociedade. Como destaca Vasconcellos (2012, p. 18): 
 
o problema da avaliação é muito sério e tem raízes profundas: …não é 
problema de uma matéria, série, curso ou escola; é de todo um sistema 
educacional, inserido num sistema social determinado, que impõe 
certos valores desumanos como o utilitarismo, a competição, o 
individualismo, o consumismo, a alienação, a marginalização, valores 
estes que estão incorporados em práticas sociais, cujos resultados 
colhemos em sala de aula, uma vez que funcionam como “filtros” de 
interpretação do sentido da educação e da avaliação. 
 
Avaliar não é nada simples, pelo contrário! 
Vamos usar uma metáfora para entender um pouco mais sobre essa 
complexidade: nos tribunais os jurados ouvem e leem sobre o caso que julgarão. 
Ao longo do processo, vão desenvolvendo crenças acerca do que visualizam e 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/v/Vibescom/07/p/df90045267eb28e9f013979f37491d60.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/v/Vibescom/07/p/df90045267eb28e9f013979f37491d60.jpg
 
86 
escutam para concluir se o réu é culpado ou inocente. Promotores e advogados 
vão contribuir com seus discursos até que o juízo de valor sobre o caso esteja 
pronto na cabeça do júri. 
O que se forma é, na verdade, uma conjectura sobre o que pode ou não 
ser verdadeiro e o destino de alguém vai ser decidido a partir desse juízo de 
valor. 
O mesmo ocorre a respeito da relação entre aluno e o conhecimento e 
quem decide isso é o professor. 
Veja só: 
 
 
 
 
 
 
É muito poder, não é mesmo? 
Oras, não é, não. Se é o professor quem planeja a aula e a executa (e 
dela constam momentos de avaliação) é claro que ele tem esse poder. 
Mas… e se a avaliação for colaborativa, ou seja, se o aluno puder 
participar desse processo? 
O professor continuará sendo professor e um professor melhor, pois terá 
em seu aluno um parceiro. 
Veja a imagem a seguir, publicada pela editora Vozes no livro “A Vida na 
Escola e a Escola da Vida”, de Ceccon et al. (2000, pp. 48-49). 
Antes de ler meu comentário… 
 
 
 
 
QUEM DECIDE É O 
PROFESSOR. 
 
 
Dê uma olhadinha na imagem abaixo. 
Liste o que mais o(a) impressionou. 
Descreva o que a professora está fazendo ao oferecer a lima ao aluno. 
 
 
87 
Figura 44: A vida na escola e a escola da vida 
 
Fonte: CECCON, C. Et al. A vida na escola e a escola da vida. Petrópolis: Vozes, 2000, pp. 48-
49. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/37206952/A-Vida-Na-Escola-e-a-Escola-Da-
Vida>. Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
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Você percebeu que o aluno está com uma bola de ferro presa ao pé e a 
professora lhe oferece uma lima, certo? Por que ela faz isso? Certamente o que 
ela deseja é que seu aluno obtenha sucesso na jornada escolar. 
Nas páginas anteriores do livro citado (pp. 46-47) há outra imagem na qual 
há alunos com boias subindo na plataforma para mergulhar e o aluno que vimos 
na imagem está segurando a bola. A professora não faz diferenciação entre eles, 
simplesmente está com uma planilha nas mãos para “medir” o desempenho de 
cada um. 
 
88 
Qual será a “nota” que o aluno sem boia vai conseguir? Ele nem deve 
conseguir vir à tona. Ele vai afundar! 
Viu como às vezes a avaliação passa por uma relação de poder em que 
o aluno não tem a menor chance de sozinho obter sucesso? 
Mas… 
E se o professor puder estender-lhe a mão e ajudá-lo a percorrer o 
caminho? 
Ah, temos aqui o conceito de equidade. 
A função da educação é promover a equidade (Oliveira, 2015). Autor de 
“Repensando a educação brasileira”, João Batista Oliveira diz que ensino no país 
reproduz a desigualdade e que ainda há muito o que fazer no setor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hum… 
 
Qual o caminho para não enxergar a avaliação como “arma” e poder fazer 
a diferença na vida do aluno? 
Veja essas falas de professores convidados a dizer o que pensam sobre 
a prova: 
 
Equidade é a “característica de algo ou alguém que revela senso de justiça, 
imparcialidade, isenção e neutralidade: duvidou da equidade das eleições; 
correção no modo de agir ou de opinar; em que há lisura, honestidade; 
igualdade: tratou-a com equidade; disposição para reconhecer a 
imparcialidade do direito de cada indivíduo: a empresa reconhecia a equidade 
de seus funcionários. 
Disponível em: <<https://www.dicio.com.br/equidade/>. Acesso em: 17 nov. 
2018. 
 
89 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nossa! Percebemos o quanto a avaliação, entendida apenas como 
aplicação de prova (portanto, ferramenta para medir o aluno) é, também, uma 
“arma” carregada pronta para atingir seu alvo: obrigar o aluno a estudar; castigá-
lo por não fazer o que dele se espera; documentar a avaliação e preparar para 
a vida. 
Você deve se lembrar que eu disse que detesto fazer prova, não é? Talvez 
você também deteste. Sabe o resultado que teremos, eu e você, nas mãos de 
professores que creem nessa concepção de avaliação? 
Estaremos “perdidos”! 
É nesse ponto que eu gostaria de chegar: avaliação não pode ser disputade poder, até porque, se isso acontecer, quem vai sempre perder é o aluno. A 
avaliação pensada assim será sempre uma “surpresa”, pois quem vai prepará-la 
será o professor. O aluno vai recebê-la pronta e voilá! passa a ser refém de um 
processo nem sempre justo. 
 
É uma forma de 
obrigar o aluno 
a estudar. 
É um 
documento 
para a 
avaliação. 
Prepara para 
situações de vida: 
vestibular, 
concursos…. 
Não consigo me desligar 
dela. Se os alunos saem 
do script aplico prova. 
 
90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em “Repensando a educação brasileira: o que fazer para transformar nossas 
escolas”, João Batista Oliveira mostra que a educação brasileira, nos últimos 
anos, tornou-se campo de disputas políticas e ideológicas. Concordamos com 
isso! Ele completa que entre os especialistas da área educacional que também 
são formadores de opinião sobre o tema, entretanto, chegou-se ao consenso de 
que a escola – pública e privada – e a qualidade do ensino que oferece não estão 
de acordo com os anseios atuais da sociedade. Essa constatação aponta para 
uma má qualidade da educação no Brasil. 
O livro faz um passeio pela questão, sem ambição em oferecer “a solução” para 
o tema. Oliveira propõe debater o que está acontecendo dentro das escolas e 
analisar o projeto educacional adequado, assim como suas possibilidades e 
limites. 
É certo que a aprendizagem não está se dando como deveria. Os alunos são 
privados de participar dos benefícios e oportunidades existentes no país, além 
de não estarem recebendo uma educação que permita avançar mais do que 
gerações anteriores. É imprescindível que nós, professores e responsáveis 
pelos contextos educativos, corrijamos os rumos da educação. 
Você não pode deixar de ler esse livro! 
 
OLIVEIRA, J. B. A. Repensando a educação brasileira: o que fazer para transformar nossas 
escolas. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
91 
Figura 45: Somos todos diferentes. 
 
Disponível em: <http://www.imageafter.com/dbase/images/objects/b1screws01.jpg>. 
Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
Seguindo essa lógica, ou seja, desenvolvendo práticas avaliativas que 
enfatizam apenas medir, verificar e classificar os alunos a partir dos instrumentos 
aplicados – normalmente uma prova –, reforça as relações de poder 
desenvolvidas dentro da sala de aula e, ainda, uma ideologia que pode até ser 
bastante sutil, mas que tem como intuito o controle e a reprodução social. 
É, avaliar nesses moldes reproduz as desigualdades e ressalta as 
diferenças. 
Hoffmann (2008) acrescenta que a avaliação precisa ser o caminho para 
a aprendizagem do aluno e isso ocorrerá quando possibilitar ao professor tomar 
consciência da realidade de sua sala de aula para, então, auxiliar na promoção 
da aprendizagem. 
Essa postura avaliativa é mediadora e está a serviço do benefício do aluno 
e da educação. O oposto ocorre se a visão for diferente: uma perspectiva não 
mediadora/não emancipatória vai reforçar a educação bancária, sob uma 
concepção autoritária cuja intenção é controlar, selecionar, como já dissemos, e 
premiar os “melhores” (aqui vamos entender esse “melhores” como aqueles que 
obtiveram mais sucesso em responder às provas). 
Ao avaliar dessa maneira, o docente vai reforçar uma realidade social 
seletiva e excludente. Se olhar de outra forma, se considerar o processo, será 
bem diferente. Nesse caso, é bem provável que o professor aja como um 
verdadeiro educador e se mobilize para planejar alternativas de avaliação com 
objetivo de promover a construção de conhecimento, que será significativa, 
podendo, também, criar efeitos mais democráticos socialmente. 
http://www.imageafter.com/dbase/images/objects/b1screws01.jpg
 
92 
O que você pensa sobre isso? 
Eu gostaria de saber e, por isso, te convido a fazer uma reflexão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aqui mesmo nesse livro eu apresentei a você o professor Bloom. Eu falei que foi 
a partir de seus estudos que todos os cursos de formação de professores 
passaram a “ensinar” como avaliar. 
Se você estivesse diante do professor Bloom, ou de seus seguidores, o que você 
teria a lhe dizer sobre seu trabalho? 
Elabore um pequeno texto que explicite sua opinião sobre a frase grifada acima. 
 
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Benjamin Bloom nasceu em 21/02/1913 e faleceu em 13/09/1999. Foi professor, 
pesquisador, editor literário e examinador em processos educativos. Deixou 
diversas contribuições quanto à avaliação, tendo criado a Taxionomia de Bloom, 
documento que nos auxilia na avaliação da progressão da aprendizagem. 
 
93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos ir adiante para o último tema do nosso livro. 
Vamos lá. 
 
4.3 Avaliação como melhoria e avanços nos processos de ensino e 
aprendizagem 
 
Ao ideal da avaliação formativa como processo de 
melhoria das aprendizagens (FERNANDES, 2009, 
p. 5). 
 
Em Demo (2006), encontramos a ideia da avaliação processual e 
contínua. Já falamos sobre isso, lembra? Diante dessa ideia, enxergamos a 
avaliação como um recurso que nos ajudará a acompanhar a aprendizagem dos 
nossos alunos. Ainda, tendo esse aspecto em mente, avaliar servirá como um 
apoio para essa aprendizagem. 
Diz o autor que “avaliar não é apenas medir, mas, sobretudo, sustentar o 
desenvolvimento positivo dos alunos” (p. 97). O que ele quer dizer, então, é que 
não avaliamos “para estigmatizar, castigar, discriminar, mas para garantir o 
direito à oportunidade. As dificuldades devem ser transformadas em desafios, os 
percalços em retomadas e revisões, as insuficiências em alerta” (p. 97). 
Entretanto… você vai concordar comigo: nem todo professor vê a 
avaliação assim. Acabamos de discutir esse tema no tópico anterior. 
Por que será? 
Como falamos sobre Benjamin Bloom, entre na página indicada abaixo, da 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, que apresenta de forma 
bem didática a taxionomia (classificação) dos objetivos educacionais proposta 
pelo autor. 
Disponível em: <http://www.utfpr.edu.br/apucarana/estrutura-
universitaria/diretorias/direc/programa-novos-talentos-utfpr-apucarana/oficina-taxonomia-de-
bloom-no-preparo-de-avaliacoes/material-produzido-oficina-taxonomia-de-bloom-no-preparo-de-
avaliacoes/apresentacao-taxonomia-bloom-anexo-2/at_download/file>. Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
94 
Veja o esquema a seguir: 
 
 
 
Por ele, percebemos que de acordo com a concepção que o professor 
tem de educação, claro, ele vai enxergar sua função pedagógica – ou como 
transmissor do conhecimento adquirido ao longo dos anos universitários. Nesse 
caso, alguém preocupado em verificar se o aluno é capaz de reproduzir o que 
lhe foi “ensinado”, ou como um verdadeiro educador, preocupado com a 
construção de conhecimento do aluno, que enxerga a avaliação como processo, 
como “companheira” dos processos de ensino e aprendizagem, a fornecer 
subsídios de como o aluno aprende. 
Se o docente se entende como transmissor, só avaliará para controlar e 
a única avaliação que vai importar será a somativa. 
Se o docente se entende como educador, será um parceiro do aluno, um 
motivador, e a avaliação será maisuma ferramenta de acompanhamento, 
visando que o aluno aprenda verdadeiramente. 
 
 
 
95 
Figura 46: Educador parceiro 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/h/hotblack/preview/fldr_2010_12_09/file1861
291926088.jpg>. Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Art. 13 da LDB 9394/96 traz a incumbência do docente: 
 
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; 
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; 
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos 
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; 
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/h/hotblack/preview/fldr_2010_12_09/file1861291926088.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/h/hotblack/preview/fldr_2010_12_09/file1861291926088.jpg
 
96 
Gostaria de apresentar a você dois materiais diferentes buscando, em 
meus pensamentos, entender qual o real motivo para que avaliar seja realmente 
tão complicado assim, esse “bicho de sete cabeças” para os professores. 
Peço ajuda para Domingos Fernandes e sua reflexão que resultou no livro 
“Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas”, publicado pela editora 
da UNESP, em 2009, com o primeiro material. Ele diz: 
 
Sintetizando, poderemos dizer que, ao longo deste livro, se 
evidenciaram alguns fatores que podem ser determinantes para que se 
possa concretizar uma concepção de avaliação orientada para a 
melhoria das aprendizagens. Destacarei aqui alguns dos mais 
relevantes: 
 Os alunos devem ser ativamente envolvidos no processo de sua 
aprendizagem e de sua avaliação; 
 O feedback é fundamental e imprescindível para que a avaliação 
possa melhorar as aprendizagens; 
 A avaliação deve permitir a alunos e professores a regulação dos 
processos de aprendizagem e de ensino; 
 Os alunos devem desenvolver competências no domínio da 
autoavaliação e perceber como poderão superar suas 
dificuldades; 
 A informação avaliativa deve ser obtida mediante uma 
diversidade de estratégias, técnicas e instrumentos; 
 A avaliação influencia de modo significativo a motivação e a 
autoestima dos alunos e 
 A motivação e a autoestima tem uma influência muito forte nas 
aprendizagens (FERNANDES, 2009, p. 164 – grifos meus). 
 
Vejamos o que podemos tirar de suas contribuições: 
 
a) Em primeiro lugar, todo docente deve pensar em uma concepção de 
avaliação essencialmente voltada para a melhoria da aprendizagem. 
Caso contrário, ela só será obtenção de “medida” e é exatamente esse 
viés avaliativo que criticamos; 
b) Em segundo lugar, ele menciona a importância do envolvimento dos 
alunos, aqueles que serão avaliados em seu processo de aprendizagem 
e da própria avaliação. Ao saber o que dele se espera, com isso ele 
poderá retribuir, por exemplo. Entretanto, se a avaliação for “um tiro no 
escuro”, a chance de acertar o alvo será irrisória! 
 
 
 
 
97 
Figura 47: Tornar possível o impossível 
 
http://www.imageafter.com/dbase/images/nature_plants/b19nature_plants235.jpg>. Acesso 
em: 04 nov. 2018. 
 
c) e d) Ainda, Fernandes (2009) fala sobre o feedback e autoavaliação. Oras! 
Quem não quer fazer uma atividade, prova, apresentação, seja a qual 
instrumento for submetido e, o mais brevemente possível, saber sobre 
seus resultados, suas conquistas e suas fragilidades? É fundamental dar 
esse retorno para que o aluno possa, ele também, autoavaliar seu 
desempenho. 
e) Em quinto lugar, o autor menciona a diversidade de estratégias, 
instrumentos e técnicas que o professor deve lançar mão para conseguir 
dados sobre seus alunos. Se somente um instrumento é utilizado e ele 
sempre demonstrar o mesmo resultado, a avaliação ficará 
comprometida, sendo ela positiva ou negativa. Uma variedade de formas 
de avaliar é fundamental! 
 
Ele termina afirmando que a avaliação vai afetar a motivação e a 
autoestima e essas influenciarão diretamente as aprendizagens. Concordamos 
com ele, não é? Se o aluno tem uma visão clara de como está se saindo em 
determinado curso ou disciplina, poderá entender em que tem mais facilidade ou 
dificuldade para aprimorar-se ou resolver os problemas. Estando motivado, 
sentindo-se capaz, terá mais chances de obter sucesso! 
http://www.imageafter.com/dbase/images/nature_plants/b19nature_plants235.jpg
 
98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 48: Avaliando para vencer 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/BonnieHenderson/01/l/14531821519zc5b.j
pg>. Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. 
O livro trata da avaliação como mecanismo possibilitador de aprendizagens. O 
autor fala sobre a massificação e a diversificação da população escolar como 
conquistas sociais importantes que fizeram com que os sistemas de ensino 
sofressem modificações profundas. 
Entretanto, não foi ainda possível garantir que a avaliação fosse entendida como 
todo e qualquer processo deliberado e sistemático de coleta de informação, mais 
ou menos participativo e interativo, mais ou menos negociado, mais ou menos 
contextualizado, acerca do que os alunos sabem e são capazes de fazer em 
uma diversidade de situações. 
É uma leitura que você precisa fazer! 
 
FERNANDES, D. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São 
Paulo: UNESP, 2009. 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/BonnieHenderson/01/l/14531821519zc5b.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/BonnieHenderson/01/l/14531821519zc5b.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/b/BonnieHenderson/01/l/14531821519zc5b.jpg
 
99 
Agora, peço apoio ao professor Masetto (s.d.) que, tratando do processo 
de avaliação, destaca pontos que julga pertinentes e eu concordo com todos 
eles! 
Aposto que você também vai concordar, pois as ideias do autor no artigo 
“Docência Universitária - Repensando a Aula” demonstram como a avaliação 
pode modificar as aulas universitárias (e em qualquer nível de ensino). 
Veja lá: 
 
a) O processo de avaliação deverá estar integrado ao processo 
de aprendizagem, de tal modo que funcione como elemento 
motivador da aprendizagem, e não como um conjunto de provas 
e/ou trabalhos que apenas verifiquem se o aluno passou ou não. 
b) Uma característica básica da avaliação é seu caráter de feedback 
ou de retroalimentação, que traga ao aprendiz informações 
necessárias, oportunas e no momento em que ele precisa para que 
desenvolva sua aprendizagem. 
c) Tanto no uso de técnicas presenciais como no uso de tecnologia à 
distância, encontram-se embutidas informações que permitem ao 
professor e aos alunos se avaliarem com relação aos objetivos 
pretendidos. Basta explorá-las. 
d) Os vários participantes do processo de aprendizagem 
precisam de feedback: o aluno, o professor, os colegas ou grupo 
de alunos, e o programa que está sendo desenvolvido. Todos 
estão implicados na aprendizagem e na aula universitária. Todos 
precisam saber se estão colaborando para a consecução dos 
objetivos acordados. 
e) Tem sentido desenvolver-se a autoavaliação, quando o próprio 
aluno aprende a diagnosticar o que aprendeu, quais são suas 
dificuldades no processo, e quais são suas capacidades que lhe 
facilitam aprender. Estas percepções o ajudarão por toda a vida. 
f) A aula universitária, então, passa a ser também um espaço de 
avaliação: um espaço para o diagnóstico da aprendizagem, bem 
como de diálogo, discussões e sugestões para o seu 
desenvolvimento. (grifo meu) 
Disponível em: 
http://www.escoladavida.eng.br/anotacaopu/Formacao%20de%20Professores/repensando_a_aula.htm.Acesso em: 17 nov. 2018. 
 
Perceba que nas falas dos dois autores que escolhi (Fernandes e 
Masetto) há determinados pontos em comum, como pensar em avaliação e 
aprendizagem concomitantemente, a autoavaliação, a importância do feedback 
como retroalimentação de todo o processo educativo, o feedback para os 
docentes também, como indícios para sua reflexão sobre a ação. 
O item f) amplia o tema e mostra como a aula universitária (ou na 
educação básica) pode transformar-se em contexto educativo, ou seja, 
considera o diálogo como coleta de informações para pensar que caminhos 
tomar visando melhorar o ensino em todas as possibilidades que surgirem. 
 
100 
Figura 49: Aula com avaliação participativa 
 
Disponível em: 
<https://images2.pics4learning.com/catalog/p/thumb_big/presentationtovisitors_thumb_big.jpg>. 
Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um livro que nos dá uma visão interessante sobre os instrumentos de avaliação é 
“Avaliações mais criativas: ideias para trabalhos nota 10!”, de Solimar Silva, publicado 
pela editora Vozes em 2018. 
A autora não entrou na questão crucial de uma avaliação que seja inclusiva ou 
mediadora. O livro não é teórico, mas traz sugestões de trabalho, provas e testes que 
podem fazer com que as avaliações sejam nota 10. No livro há múltiplas sugestões de 
critérios e instrumentos avaliativos que explorem mais a criatividade e proponham 
desafios instigantes aos alunos. 
Recomendo a leitura! 
SILVA, S. Avaliações mais criativas: ideias para trabalhos nota 10! Petrópolis: Vozes, 
2018. 
https://images2.pics4learning.com/catalog/p/thumb_big/presentationtovisitors_thumb_big.jpg
https://images2.pics4learning.com/catalog/p/thumb_big/presentationtovisitors_thumb_big.jpg
 
101 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos terminando por aqui essa unidade e nosso livro. 
Espero que você tenha aproveitado nossas discussões e reflexões. 
Mas, antes de chegar ao fim, vou lhe convidar para um último exercício. 
 
 
 
1) Leia a lista que todo teórico da avaliação gostaria de ver sendo posta em 
prática no que se refere às ações de caráter avaliativo. 
2) Cite exemplos para alguns dos itens elencados na lista. 
3) Explique como, na prática de sala de aula, podemos ser o orgulho dos 
teóricos (e dos nossos colegas de profissão, dos nossos alunos e da 
sociedade). 
 
 
 
 
 
Para saber mais sobre a avaliação e suas potencialidades, sugiro a leitura do 
artigo intitulado “Para uma teoria da avaliação formativa”. 
Boa leitura! 
 
FERNANDES, D. Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa 
de Educação. CIEd - Universidade do Minho, 2006, 19(2), pp. 21-50. 
Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpe/v19n2/v19n2a03.pdf>. Acesso 
em: 04 nov. 2018. 
 
102 
Lista de ações de caráter avaliativo 
 
Fonte: FERNANDES, D. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: 
UNESP, 2009. 
 
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103 
Como penso que posso ir um pouquinho além do conteúdo principal desse 
livro, já que a educação é um tema bem complexo, deixo uma lista de sugestões 
de produções cinematográficas que, mesmo sem terem sido filmadas com 
intenção de serem discutidas em sala de aula, servem com muito afinco a esse 
propósito. 
Mais do que apenas entreter, há filmes que têm o poder de nos inspirar. 
Quando tratam de educação, produções nacionais e internacionais fazem 
nossos pensamentos voarem… Muitas devem ter tido mesmo a intenção de 
chamar a atenção da sociedade para o que temos de mais importante: refletir 
acerca dos modelos de ensino, do papel docente, do aluno e do próprio sistema 
educacional. 
Separe a pipoca, boa diversão e reflexão. Muito das duas! 
 
Figura 50: Revisão audiovisual 
 
Disponível em: 
<https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/p/Prawny/05/l/13994844286podv.jpg>. 
Acesso em: 04 nov. 2018. 
 
 
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/p/Prawny/05/l/13994844286podv.jpg
https://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/p/Prawny/05/l/13994844286podv.jpg
 
104 
Título 
Ano 
País 
Direção Sinopse 
Quando Sinto 
que já Sei 
2014 
(Brasil) 
 Antonio 
Sagrado, 
Raul 
Perez e 
Anderson 
Lima 
Esse filme registra práticas 
inovadoras na educação 
brasileira. Os diretores 
investigaram iniciativas em oito 
cidades brasileiras e colheram 
depoimentos de pais, alunos, 
educadores e profissionais. 
A Educação 
Proibida 
2012 
(Argentina) 
German 
Doin e 
Verónica 
Guzzo 
 
Gravado em países da América 
Latina, esse documentário 
problematiza a escola moderna 
e apresenta alternativas 
educacionais em mais de 90 
entrevistas com educadores. 
Paulo Freire – 
Contemporâneo 
2006 
(Brasil) 
Toni 
Venturi 
 
Entrevistas com familiares, 
pedagogos e o próprio Paulo 
Freire apresentam o 
pensamento e a atemporalidade 
do método de alfabetização do 
educador. 
O Clube do 
Imperador 
2002 
(EUA) 
Michael 
Hoffman 
Baseado no texto The Palace 
Thief, de Ethan Canin, conta a 
história de William Hundert, um 
professor apaixonado pelo 
trabalho que tem sua vida 
pacata e controlada totalmente 
mudada quando um novo 
estudante, Sedgewick Bell, 
chega à escola. Porém, o que 
começa como uma terrível 
guerra de egos acaba se 
transformando em uma 
profunda amizade entre 
professor e aluno, a qual terá 
reflexos na vida de ambos nos 
próximos anos. 
Sociedade dos 
Poetas Mortos 
1989 
(EUA) 
Peter Weir Em 1959, John Keating volta ao 
tradicionalíssimo internato 
Welton Academy, onde foi um 
aluno brilhante, para ser o novo 
 
105 
professor de Inglês. No 
ambiente soturno da respeitada 
escola, ele torna-se uma figura 
polêmica e malvista, pois 
acende nos alunos a paixão 
pela poesia e pela arte e a 
rebeldia contra as convenções 
sociais. 
Além da Sala de 
Aula 
2011 
(EUA) 
Jeff 
Bleckner 
Baseado em fatos reais, o filme 
narra a trajetória e os desafios 
enfrentados por uma professora 
recém-formada em uma escola 
temporária para sem-tetos nos 
Estados Unidos. 
Ao Mestre com 
Carinho 
 
1967 
(EUA) 
James 
Clavell 
Longa-metragem que narra a 
história de um engenheiro, Mark 
Thackeray, que vai lecionar 
para um grupo de estudantes 
completamente indisciplinados. 
Seu grande desafio é ensinar 
esses jovens sobre tolerância e 
respeito ao próximo. 
O Aluno 
 
2010 
(Inglaterra, 
EUA, 
Irlanda do 
Norte) 
Justin 
Chadwick 
O filme reconta a história de 
Kimani Maruge Ng’ang’a, um 
queniano que foi preso e 
torturado por lutar pela 
liberdade de seu país. Aos 84 
anos, quando soube de um 
programa governamental de 
escolas para todos, Maruge se 
candidata a uma escola 
primária que atende crianças de 
seis anos de idade. Sua entrada 
acontece graças ao apoio de 
uma das professoras e ele 
também se torna um grande 
educador.106 
 
Chegamos ao final dessa quarta unidade. 
Aqui você estudou sobre a avaliação de forma positiva e negativa, ou seja, 
olhamos tanto processos avaliativos com viés da melhoria educativa, quanto 
como forma de mostrar poder. 
Nosso foco é sempre pensar no aprimoramento dos processos de ensino 
e aprendizagem. Assim, avaliação para nós é considerar o aluno como um todo, 
especialmente pensando como melhorar nosso trabalho docente para promover 
ao máximo a construção de conhecimento. 
Espero que você tenha aprendido bastante! 
 
 
 
107 
REFERÊNCIAS 
 
ALAVARSE, O. Desafios da avaliação educacional: ensino e aprendizagem 
como objetos de avaliação para a igualdade de resultados. Cadernos Cenpec. 
Nova série, [s.l.], v. 3, n. 1, dez. 2013. Disponível em: 
<http://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/206>. 
Acesso em: 03 nov. 2018. 
BLOOM, B. H.; HASTINGS, T.; MADAUS, G. Manual de avaliação formativa e 
somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Pioneira, 1993. 
CHALITA, G. Educar em oração. São Paulo: Editora Canção Nova, 2005. 
DEMO, P. Pesquisa: princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 2006. 
ESTEBAN, M. T. Avaliação e fracasso escolar: questões para debate sobre a 
democratização da escola. Rev. Lusófona de Educação, n. 13 Lisboa, 2009. 
Disponível em: 
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-
72502009000100008>. Acesso em: 03 nov. 2018. 
FAZENDA, I. (Org.). O que é interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 2008. 
FERNANDES, D. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São 
Paulo: UNESP, 2009. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática 
Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004. 
GANDIN, D. O planejamento como ferramenta de transformação da prática 
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GATTI, B. A.; FARIAS, I. M. de. Questões sobre a docência universitária no Brasil 
Bernadete A. [Entrevista cedida a] Isabel Maria Sabino de Farias. Em Aberto, 
Brasília, v. 29, n. 96, p. 141-144, set./dez. 2016. Disponível em: 
<http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/3015/2676>. 
Acesso em: 01 nov. 2018. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2017. 
HAYDT, R. C. C. Curso de didática geral. São Paulo: Editora Ática, 2006. 
HOFFMANN, J. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: 
Mediação, 2008. 
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 
São Paulo: Cortez, 2006. 
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-72502009000100008
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-72502009000100008
http://danilogandin.com.br/planejamento-participativo/
http://danilogandin.com.br/planejamento-participativo/
http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/3015/2676
 
108 
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