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TOMATE Manual do monitor PRAGAS DO O Manejo Integrado de Pragas - MIP, reúne técnicas de monitoramento de insetos e doenças visando o uso racional dos agrotóxicos, associados ao controle cultural e biológico, resultando em uma produção mais lucrativa para o produtor e de melhor qualidade para o consumidor. O presente manual visa suprir a freqüentes dúvidas que os monitores encontram na identificação dos insetos-pragas que ocorrem com maior freqüência na cultura do tomateiro, além de informar os níveis populacionais para o controle eficiente das pragas. Índice Manejo Integrado de Pragas - MIP Amostragem de plantas .............................................4 Caminhamento na área .............................................5 Método de amostragem de pragas ...........................6 Principais pragas do tomateiro Tripes ..........................................................................8 Pulgões .....................................................................10 Mosca branca ........................................................... 12 Traça do tomateiro ................................................. 14 Broca pequena ......................................................... 16 Broca grande ............................................................ 18 Larva-minadora ...................................................... 20 Ácaros .......................................................................22 Consultor: Leonardo Vicente da Silva - Engenheiro Agrônomo / Coordenadoria de Defeza Sanitéria Vegetal - SEAPEC-RJ 1) Zigue-zague: Caminha-se na lavoura em zigue-zague (mais utilizado em tomate estaquiado). Manejo Integrado de Pragas - MIP Amostragem de plantas Para a implantação do sistema do Manejo Integrado de Pragas – MIP no tomateiro é importante conhecermos o número de plantas que devem ser monitoradas para a tomada de decisão do uso de agrotóxicos. A amostragem deverá ser efetuada em 25 plantas para cada talhão de 4000 plantas. As plantas amostradas devem ser divididas em 5 pontos de coleta, com 5 plantas cada, distribuídos conforme o caminhamento descrito a seguir. Manejo Integrado de Pragas - MIP Caminhamento na área O caminhamento para as amostragens é determinado por um sistema casualizado, que pode ser feito em: 2) Espiral: Caminha-se na lavoura em forma de uma espiral (mais utilizado em tomate rasteiro). 4 5 Manejo Integrado de Pragas - MIP Método de amostragem de pragas Recipiente plástico branco (bacia) de 20 cm de diâmetro e 8/10 cm de altura. 1) Ponteiros (batedura com bacia): Amostragem de tripés, pulgões, mosca branca e traça. 2) Folhas (terço médio da planta): Amostragem de traça, larva-minadora e ácaros. 3) Frutos (aprox. 2 cm de diâmetro): Amostragem de broca pequena, traça e broca grande. 6 7 Principais pragas do tomateiro Tripes 1) Nome científico: Frankliniella schulzei e Thrips spp. 2) Condições climáticas favoráveis: Temperatura amena e umidade baixa. 3) Como amostrar: Batedura de ponteiro em bacia plástica de aproximadamente 20 cm de diâmetro. 4) Níveis de controle: Em média, 1 vetor por ponteiro, mas em casos de alto teor de viroses reduzir para 0,5 vetor por ponteiro. 5) Danos: Transmissão de virose (vira-cabeça); queda de flores e manchas nos frutos. 6) Medidas de controle: Evitar o plantio em épocas favoráveis à praga; arranquio das plantas doentes (Rouguing); aplicação de produtos específicos para a praga; uso de armadilha adesiva azul. 8 9 Principais pragas do tomateiro Pulgões 1) Nome científico: Myzus persicae e Macrosiphum euphorbiae. 2) Condições climáticas favoráveis: Qualquer época do ano, principalmente na ausência de precipitações. 3) Como amostrar: Batedura de ponteiro em bacia plástica de aproximadamente 20 cm de diâmetro. 4) Níveis de controle: Em média, 1 vetor por ponteiro, mas em casos de alto teor de viroses reduzir para 0,5 vetor por ponteiro. 5) Danos: Transmissão de virose; mosaico ‘Y’, topo amarelo e amarelo baixeiro; engruvinhamento e enrolamento das folhas. 6) Medidas de controle: Uso de telados em viveiros; arranquio das plantas doentes (Rouguing); aplicação de produtos específicos para a praga; sorgo granífero para atração de inimigos naturais (plantio 30 dias antes) 10 11 Principais pragas do tomateiro Mosca branca 1) Nome cientifico: Bemisia spp. 2) Condições climáticas favoráveis: Qualquer época do ano, principalmente em períodos mais secos. 3) Como amostrar: Batedura de ponteiro em bacia plástica de aproximadamente 20 cm de diâmetro. 4) Níveis de controle: Em média, 1 vetor por ponteiro, mas em casos de alto teor de viroses reduzir para 0,5 vetor por ponteiro. 5) Danos: Transmissão de virus grupo dos geminivírus ou begomovírus; problemas no desenvolvimento vegetativo e maturação irregular dos frutos. 6) Medidas de controle: Plantio de mudas sadias; uso de barreiras vivas; uso de armadilha adesiva amarela; manutenção da lavoura no limpo; eliminação de restos culturais; plantio de cultivares resistentes ao begomovirus; evitar plantios escalonados. 12 13 Principais pragas do tomateiro Traça do tomateiro 1) Nome cientifico: Tuta absoluta. 2) Condições climáticas favoráveis: Temperatura amena e baixa umidade relativa. 3) Como amostrar: Ponteiros: através de batedura e ou visualização de lagartas; Folhas: procurar lagartas vivas nas folhas do terço médio da planta; Frutos: procurar lagartas vivas/ovos em frutos de aproximadamente 2 cm de diâmetro. 4) Níveis de controle: 225% de plantas com presença de lagartas vivas no ponteiro. 5% de plantas com presença de lagartas vivas nos frutos. 5) Danos: Danifica os frutos, ramos e folhas. 6) Medidas de controle: Aplicação de inseticidas biológicos ou fisiológicos; liberações de Parasitóides; uso de armadilhas com feromônios ou luminosas; Catação manual dos frutos danificados; destruição dos restos culturais; evitar escalonamento de plantio. 14 15 Principais pragas do tomateiro Broca pequena 1) Nome cientifico: Neoleucinodes elegantalis. 2) Condições climáticas favoráveis: Temperatura e umidade relativa altas. 3) Como amostrar: Visualizar pencas com frutos de aproximadamente 2 cm de diâmetro para observar a presença de ovos da broca. 4) Níveis de controle: 5% de plantas com presença de ovos. 5) Danos: As lagartas de alimentam do endocarpo da fruta, permanecendo os orifícios de saída ao término do período larval. 6) Medidas de controle: Ensacamento de pencas ou aplicação de produtos específicos para a praga; Uso de armadilhas com feromônios. 16 17 Principais pragas do tomateiro Broca grande 1) Nome cientifico: Helicoverpa spp. 2) Condições climáticas favoráveis: Temperatura e umidade relativa altas. 3) Como amostrar: Procurar ovos e lagartas em frutos. 4) Níveis de controle: 5% de plantas com presença de lagartas ou ovos. 5) Danos: Consome a poupa do fruto, provocando sua inutilização. 6) Medidas de controle: Aplicação de inseticidas biológicos ou fisiológicos; liberações de Parasitóides; uso de armadilhas com feromônios ou luminosas; destruição dos restos culturais; evitar escalonamento de plantio; vazio sanitário. 18 19 Principais pragas do tomateiro Larva-minadora 2) Nome científico: Liriomyza spp. 3) Condições climáticas favoráveis: Temperatura amena. 4) Como amostrar: Procurar minas com a presença de larvas vivas nas folhas do terço médio das plantas. 5) Níveis de controle: 25% de plantas com presença de larvas vivas. 6) Danos: A larva de alimenta do mesófilo foliar, reduzindo a fotossíntese e abrindo portas para fitopatógenos. 7) Medidas de controle: Nutrição adequada; eliminaçãode plantas hospedeiras; rotação de culturas; uso de armadilha adesiva amarela; aplicação de produtos específicos. 20 21 Principais pragas do tomateiro Ácaros 1) Nome cientifico: Tetranychus urticae 2) Condições climáticas favoráveis: Temperatura amena e baixa umidade relativa. 3) Como amostrar: Presença de ácaros nas folhas do terço médio das plantas. 4) Níveis de controle: 10% de plantas com presença de ácaros. 5) Danos: Danifica as folhas, os ramos e os frutos. 6) Medidas de controle: Aplicação de produtos específicos. 22 TOMATE Manual do monitor de pragas do
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