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CITROS: Principais pragas e medidas de controle Chapadinha-Ma 2021 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO-UFMA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS AMBIENTAIS-CCAA CURSO DE AGRONOMIA A citricultura é uma atividade de grande importância socioeconômica; No Brasil são 1,44 milhões de estabelecimentos rurais; Produzindo entre laranja, limão e tangerina; A área plantada chega a 2,9 milhões de hectares, produzindo 14,9 milhões de toneladas. A produção chega R$ 14,8 bilhões INTRODUÇÃO Fonte: http://oagronomico.iac.sp.gov.br 2 INTRODUÇÃO Causam sérios danos e prejuízos; Inviabilização da produção e comercialização do produto final Principais pragas para a cultura citrícola; As medidas de controle. PRAGAS NA CITRICULTURA Fonte: http://oagronomico.iac.sp.gov.br Classificamos as pragas em dois grupos: pragas primárias e secundárias. Pragas Primárias Ácaro da ferrugem / Plyllocoptruta oleivora Ortézia dos citros / Orthezia praelonga Minador das folhas dos citros – MFC / Phyllocnistis citrela Broca da laranjeira / Cratossomus flavofasciatus Pragas Secundárias Moscas-das-frutas Ácaro da leprose dos citros / Brevipalpus phoenicis Cochonilha escama farinha / Unaspis citri e Pinnaspis aspiditrae Mosca Branca / Aleurothrixus floccosus Pulgão Preto / Toxoptera citricidus Cochonilha verde / Coccus viridis Cochonilha cabeça-de-prego / Crysomphalus ficus Cigarrinhas de xilema associadas à CVC - Clorose Variegada dos Citros CLASSIFICAÇÃO Medindo 0,15 mm de comprimento; Para serem vistos, é necessária uma lente de aumento; Coloração amarela; Surgem grandes populações nas folhas, hastes e frutos novos; Seu ciclo é de 7 a 10 dias. ÁCARO DA FERRUGEM Fonte: https://www.agrolink.com.br ÁCARO DA FERRUGEM O controle químico tem sido o método mais utilizado para combater o ácaro; As aplicações devem ser iniciados quando a população de ácaros atingir o nível de dano econômico; 10% dos frutos com mais de 30 ácaros por centímetro quadrado. Fonte: https://www.agrolink.com.br MOSCAS-DAS-FRUTAS “São larvas de moscas que prejudicam principalmente a citricultura”. Mosca-do-mediterrâneo Ceratitis Capitata Mosca-sul-americana Anastrepha fraterculus Mosca-da-mandioca Neosilba sp.- Fonte: https://www.agrolink.com.br Essas larvas de moscas que prejudicam principalmente a citricultura; As larvas podem destruir totalmente a polpa dos frutos, tornando-os imprestáveis ao consumo. Possuem o adulto que é uma mosca que mede de 4 a 5 mm de comprimento; Apresenta coloração amarela; A fêmea deposita seus ovos no fruto e após eclodirem as larvas começam fazer galerias. MOSCAS-DAS-FRUTAS Fonte: https://www.fundecitrus.com.br Apresentam sintomas bem característicos; Com aparecimento de halo de coloração escura; 2 cm de diâmetro; Apodrecimento da casca; Desenvolvimento de fungos; A praga ataca preferencialmente as frutas expostas ao sol; As espécies Anastrepha fraterculus e A. obliqua atacam indistintamente frutos verdes e maduros; Anastrepha irão se transferir de diversas frutíferas, cujas colheitas são feitas durante o verão; As espécies deste gênero ocorrem em todas as regiões brasileiras. MOSCAS-DAS-FRUTAS Fonte: https://www.fundecitrus.com.br CONTROLE Antes de controlar a infestação, é necessário fazer o monitoramento; Com o uso de armadilhas; Armadilhas do tipo McPhail; Armadilhas confeccionadas de embalagens plásticas; Atrativos alimentares. MOSCAS-DAS-FRUTAS Fonte: https://www.fundecitrus.com.br Brevipalpus phoenicis; São ácaros achatados alaranjados de 0,3 mm; Atacam folhas,ramos e frutos; As folhas atacadas caem após 12 semanas, da inoculação do ácaro; Os ramos infecatados vão secando gradativamente; Ocorrendo a morte da planta em ataques severos. ÁCARO-DA-LEPROSE Fonte: https://www.agrolink.com.br Quando livre de vírus, os sintomas causados pelo ácaro ao se alimentar das plantas são dificilmente identificáveis; Os sintomas causados pelo vírus aparecem após 17 dias da infecção; As folhas apresentam lesões cloróticas arredondadas e lisas. Pode provocar a queda; Os frutos apresentam mancha clorótica deprimida com pontos necróticos; Observa-se também a queda de frutos após aproximadamente 3 semanas da transmissão do vírus pelo ácaro.. ÁCARO-DA-LEPROSE Fonte: https://www.agrolink.com.br Controle O controle preventivo deve merecer prioridade; Evitar a introdução de mudas e/ou borbulhas ; Identificando-se a presença de focos iniciais da doença; Deve ser efetuado a sua erradicação Impedir a sua disseminação; Utilizar os produtos recomendados para o ácaro da ferrugem; O controle químico deverá ocorrer quando a amostragem mostrar que em 2% ou em 10%. ÁCARO-DA-LEPROSE Fonte: https://www.fundecitrus.com.br CONTROLE: Monitoramento da população do ácaro da Leprose no pomar com o uso de: Quebra-vento ou cerca-viva com espécies não hospedeiras do ácaro; Introdução de predadores naturais do ácaro da leprose como Euseius concordis e Stethorus sp.; Desinfestação de equipamentos, veículos e caixas de colheita; Adquirir mudas sadias de viveiros certificados; Acaricidas devem ser pulverizados quando mais de 10% dos frutos estiverem infestados com o ácaro. ÁCARO-DA-LEPROSE CIGARRINHA-DOS-CITROS Oncometopia facialis Dilobopterus costalimai Acrogonia citrina Fonte: https://www.agrolink.com.br As cigarrinhas são insetos cosmopolitas sugadores que se alimentam da seiva das plantas; A transmissão ocorre quando, ao se alimentarem de plantas previamente colonizadas pela bactéria; Adquirem e passam a transmiti-la ao se alimentarem de outras plantas; Esta doença afeta todas as variedades comerciais de laranja doce. CIGARRINHA-DOS-CITROS Fonte: https://www.agrolink.com.br Sintomas da CVC: Manchas pequenas; Amareladas na superfície de cima das folhas; Frutos endurecidos, pequenos; Amadurecimento precoce; Impróprios para a comercialização. CIGARRINHA Fonte: https://www.agrolink.com.br Controle Ainda não se conhece uma maneira de controlar a bactéria, desta forma o manejo da CVC é realizado através dos seguintes passos: Adquirir mudas sadias, livres da bactéria, de viveiros certificados; Em caso de sintomas iniciais de CVC, os ramos sintomáticos devem ser podados; Quando os sintomas estiverem avançados, deve-se realizar a erradicação da planta; Controle da população de cigarrinhas: Em pomares com plantas de até três anos o uso de inseticida deve ser usado de forma preventiva em período de chuvas; Em plantas de mais de 4 anos o controle químico deve ser realizado quando uma em cada 10% das plantas vistoriadas apresentarem cigarrinhas. CIGARRINHA-DOS-CITROS Trata-se de um microlepidóptero de 2mm; Coloração branca-prateda; Suas largatas são de coloração amarelada; A postura é feita em brotação nova; Transformam-se em pupas dobrando as margens das folhas; Duração média do ciclo total varia de 14 a 16 dias MINADOR-DOS-CITROS Fonte: https://www.agrolink.com.br Ataque às folhas novas e brotações; As lagartas provocam a formação de galerias nos tecidos das folhas; Elas atacam as duas faces; Presença de mais de uma larva em cada folha; As lesões provocadas pelo minador dos citros podem facilitar a disseminação da bactéria Xanthomonas citri subsp. Citri; Causa o cancro cítrico. MINADOR-DOS-CITROS Fonte: https://www.agrolink.com.br Controle químico Quando se trata de viveiro ou pomar recém-instalado, o controle químico é indispensável; As pulverizações devem se efetuadas a intervalos de 8 a 10 dias; Os produtos de maior eficiência são: lufenoron (match), abamectin (vertimec) e imidacloprid (confidor ou winner); Em pomares adultos, o controle químico do MFC é desaconselhável MINADOR-DOS-CITROS Fonte: https://www.agrolink.com.br Controle biológico A espécie Ageniaspis citricola é a que apresenta maior eficiência; Pode ser criada para liberação em campo; Alcançando um controle que varia de 60 a 80%; MINADOR-DOS-CITROS Fonte: https://www.agrolink.com.br Insetosque medem 2mm de comprimento; Possuem coloração marrom-clara; Os psilídeos são insetos que se alimentam da seiva de plantas como murtas e toda as variedades de citros; É o vetor da bactéria Candidatus Liberibacter spp, causadora do greening (huanglongbing/HLB); O greening é, atualmente, a doença de maior impacto econômico da citricultura mundial. Insetos adultos que se alimentam de plantas doentes; Adquirem a bactéria e passam a transmiti-la para outras plantas sadias. PSILÍDEO Fonte: https://www.agrolink.com.br Sintomas mais evidentes ao final do verão e início da primavera; Ramos com folhas amareladas quando jovens; Folhas maduras apresentam manchas irregulares verdes e amarelas na superfície e sem simetria entre as duas metades; Queda das folhas afetadas dando origem a brotações de folhas curvadas verticalmente; Frutos com amadurecimento precoce, pequenos, amarelados e assimétricos; Árvores novas afetadas não produzem frutos; Árvores adultas em produção sofrem queda prematura dos frutos e morrem com o tempo PSILÍDEO Fonte: https://www.agrolink.com.br Controle do inseto: Antes do plantio deve-se aplicar inseticida sistêmico de 1 a 5 dias antes da muda ser entregue; Pulverização de inseticidas sistêmico e de contato em aplicações que variam com a idade das plantas do pomar; Manejo intensificado nos primeiros 100 a 200 metros da divisa do pomar; Monitoramento do psilídeo através de armadilha adesivas; Controle biológico: o parasitoide Tamarixia radiata é uma pequena vespa que utiliza as ninfas do psilídeo para se reproduzir. PSILÍDEO PROVIDAS DE CARAPAÇA COCHONILHAS Cabeça de prego (Chrysomphalus ficus) Escama vírgula Lepidosaphes beckii Escama farinha (Pinnaspis aspidistrae) Fonte: https://www.agrolink.com.br PROVIDAS DE CARAPAÇA COCHONILHAS Parlatoria Picuinha (Parlatoria cinerea) Cochonilha escama preta (Parlatoria ziziphus) Cochonilha pardinha (Selenaspidus articulatus) Fonte: https://www.agrolink.com.br DESPROVIDAS DE CARAPAÇA COCHONILHAS Cochonilha verde (Coccus viridis) Cochonilha parda (Saissetia coffeae) Cochonilha Pulvinaria (Pulvinaria flavescens) Fonte: https://www.agrolink.com.br DESPROVIDAS DE CARAPAÇA COCHONILHAS Cochonilha branca (Planococcus citri) Cochonilha australiana Pulgão branco (Icerya purchasi) Ortezia, piolho branco (Orthezia praelonga) Fonte: https://www.agrolink.com.br Os prejuízos causados pelas cochonilhas dos dois grupos são consideráveis a citricultura; As cochonilhas com carapaças são mais importantes; Extraem grande quantidade de seiva; As plantas vão definhando, até chegar a morte; As que tem escamas impedem a transpiração da planta; Liberam um líquido açucarado, que favorece o desenvolvimento do fungo fumagina; Dificulta a fotossíntese da planta. COCHONILHAS Controle Uso de óleos emulsionáveis associados a inseticidas fosforados; Fazer uso de tratamento químico com inseticidas específicos e seletivos, registrados para a cultura; Para controle das cochonilhas em citros usam-se normalmente pulverizações com óleos emulsionáveis a 1%; Para aumentar a eficiência deve-se misturar ao óleo um inseticida fosforado; Nas horas mais quentes do dia. COCHONILHAS Inseto pequeno (cerca de 2 mm de comprimento); É um inseto sugador, que aprsenta formas ápteras; Atacam principalmente as brotações; Sugam a seiva da planta; Coloração marrom na fase jovem e preta nos adultos; Causam danos severos, enrolando as folhas; Retorcendo ou engruvinhando os brotos; Através de picadas, podem inocular certas substâncias tóxicas; Atraem as formigas, e favorecem o desenvolvimento da fumagina. PULGÃO-PRETO Fonte: https://www.agrolink.com.br Controle biológico Os predadores mais freqüentes são as joaninhas que no seu estágio larval e adulto se alimentam dos pulgões; Larvas de moscas da família Sirphidae; Dentre os parasitóides as vespas Aphidius sp .são muito freqüentes; Os pulgões parasitados por estas vespas são facilmente reconhecidos pelo aspecto arredondado do seu corpo. PULGÃO-PRETO Fonte: https://www.agrolink.com.br Controle químico O controle químico só deve ser usado em casos extremos, quando o ataque é intenso e generalizado, e quando o número de inimigos naturais é reduzido; A pulverização deve ser efetuada quando os adultos estão presentes nas brotação; Utilizar os mesmos inseticidas recomendados para cochonilhas e minador das folhas; Aplicação de vamidotion 300 CE ( 80mL/100 L de água). PULGÃO-PRETO A forma ninfal dessa mosca é semelhante uma escama elíptica e achatada; Coloração verde-clara, e posteriormente marrom-escuro; Mede 1mm de comprimento; Fixam-se na parte inferior das folhas Sugam seivas e forma grndes colônias; Com grande sucção da seiva leva a morte da planta; Raramente a sua população alcança níveis que justifique uma intervenção de controle químico. MOSCA BRANCA Controle biológico natural As ninfas de A. floccosus são fortemente atacadas nos meses úmidos do ano, pelo fungo Aschersonia sp., de coloração avermelhada; As larva do bicho lixeiro, Chrisopa sp. efetuam um significativo controle da mosca branca. MOSCA BRANCA Fonte: https://www.agrolink.com.br Controle químico Raramente este inseto alcança populações que justifique o controle químico; O qual pode ser feito com um inseticida fosforado associado a óleo mineral. MOSCA BRANCA Fonte: https://www.agrolink.com.br A praga agrícola consiste em uma população de organismos que podem causar danos às plantas cultivadas, afetando a produção e qualidade do produto a ser consumido; Segundo dados da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), as pragas agrícolas podem ocasionar danos de até 40% na produção agrícola; Normalmente, ocorrem em baixas populações e sua frequência é variável, dependendo do ano. Raramente causam danos econômicos, logo, não costumam exigir medidas de controle até que o aumento de sua população cause prejuízos. CONCLUSÃO Fonte: http://oagronomico.iac.sp.gov.br
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