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Petição Inicial D.Constitucional NPJ

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AO JUIZO DA VARA CÍVIL DO FÓRUM CÍVIL DA CAPITAL DO ESTADO DO CEARÁ
MAGNÓLIA, Brasileira, estado civil ____, agricultora, portadora da cédula de identidade RG nº____, inscrita no CPF sob o nº____, endereço eletrônico____, residente e domiciliada na Rua____, nº__, Bairro____, CEP____, na cidade de Caicó/CE, vem representada por seu advogado, endereço eletrônico____, com escritório profissional na Rua____, nº__, Bairro____, CEP____, na cidade de Caicó/CE, vem respeitosamente, perante o juízo, com fundamento no art. 5º, inciso LXXII, “a” e Lei nº 9.507/97, art. 7º, inciso I, impetrar, pelo rito sumaríssimo.
HABEAS DATA
Em fase de ato praticado pelo (a) Sr (a)____ DIRETOR (A) GERAL DO HOSPITAL PÚBLICO ESTADUAL____, órgão da Administração Pública Estadual Direta e Vinculada á Secretaria Estadual de Saúde, com sede na Rua____, nº__, Bairro____, CEP____, na Cidade de Fortaleza/CE, pelas razões do fatos a seguir: 
DA JUSTIÇA GRATUITA
É importante frisar ao Juízo, que o Habeas Data é uma ação de natureza Constitucional, caracterizando assim, uma ação essencialmente gratuita, na forma do art. 5º, inciso LXXII, “a” e Lei nº 9.507/97, e do art. 100 da Constituição do Estado do Ceara de 1989, pelo que não há de se falar em recolhimento de custas ou de outras despesas processuais. 
DO CABIMENTO E LEGITIMIDADE
Da hipótese de cabimento
ART 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
Diante do dispositivo legal, verifica-se que a recusa para a disponibilização de informações a seu respeito constantes em banco de dado de caráter público (art. 1º, pár. Único, da Lei de nº 9.507/97), no qual será mencionado nos fatos a seguir, caracteriza a violação de Direito Fundamental da autora, ação que torna cabível a aplicação do Instrumento Constitucional, para a garantia e proteção do exercício deste direito.
Da legitimidade ativa
Neste caso concreto a impetrante possui legitimidade ativa, tendo o Direito a utilização desse Remédio Constitucional, por lhe terem sido negadas, informações de caráter personalíssimo, essas mesmas, contidas em banco de dados de entidade da Administração Pública.
Da legitimidade passiva
No dispositivo citado, verificando ainda o caso concreto, em face a quem este dispositivo é impetrado, como legitimada passiva responsável, nesta situação, de acordo com o fundamento, deve ser obrigada a fornecer a impetrante, o acesso aos seus documentos pessoais negados.
DOS FATOS
 Magnólia, uma jovem moça de 24 anos, filha de pais humildes, que trabalha na roça na cidade de Caicó, desde os 10 anos de idade para ajudar no sustento da família. Há alguns meses ela sofre com graves e recorrentes infecções em seu organismo. Diante do agravamento do seu estado de saúde, Magnólia foi internada com urgência no hospital estadual da rede pública em Fortaleza, capital do Estado, onde foi submetida a diversos exames através dos quais foi diagnosticada como portadora de Lúpus, uma grave doença autoimune.
 No entanto, após uma sensível melhora em seu quadro clínico, Magnólia recebeu alta, porém sem ter acesso a uma via do seu prontuário médico e demais informações necessárias para o andamento do seu tratamento, apenas lhe tendo sido dito que deveria fazer uso de medicação constante e estar sob supervisão médica, Como precisava das suas informações constantes no prontuário médico para poder dar prosseguimento ao seu tratamento, sem saber como proceder para obtê-las, a jovem procurou a Defensoria Pública, a jovem foi instruída a voltar ao Hospital para formalizar o requerimento da documentação, também a fazer por escrito a solicitação junto à diretoria do hospital. 
 Desta maneira Magnólia procedeu, e poucos dias depois, recebeu a resposta de que não poderia ter acesso ao prontuário médico solicitado, pois eram informações técnicas de conhecimento e acesso restrito aos médicos do hospital, a recusa também se deu por escrito, e segue anexa na petição inicial.
DO DIREITO
 A Constituição Federal em seu ART 5º LXXII, como disposto acima, enfatiza o Direito ao acesso e conhecimento de informações que tenham caráter personalíssimo, presentes em bancos de dados públicos, como garantias fundamentais asseguradas a todos os indivíduos. Tais garantias mencionadas fazem parte das cláusulas pétreas presentes na Constituição Federal, na qual objetivam evitar abusos que possam ser cometidos pelos entes federativos, portanto, a violação do Direito ao acesso de informação personalíssima afronta a sua dignidade e a carta constitucional. 
 Examinando o caso concreto, percebe-se que a impetrante teve seu direito nitidamente violado, pois a documentação do seu prontuário lhe foi negada além das demais informações relevantes para que a mesma conseguisse dar seguimento com seu tratamento de saúde. Além disso não lhe foi prestada nenhuma orientação ou satisfação de tais informações no momento em que recebeu alta, nem mesmo, em um momento posterior quando de maneira escrita fez um requerimento direcionado a administração do hospital como previsto no texto do artigo 2º, caput, da Lei nº 9.507/97, no qual dispõe que tal requerimento deve ser apresentado ao órgão ou entidade do registro ou banco de dados devendo ser deferido ou indeferido no prazo de quarenta e oito horas. Entretanto somente obteve resposta dias depois, pelo qual afirmavam que não poderia ter acesso ao seu prontuário ou suas informações, pois se tratavam de informações técnicas de conhecimento e acesso restrito aos médicos do hospital.
 É de grande importância salientar que estas informações que foram solicitadas no caso concreto, não podem serem consideradas como sigilosas ou de uso privativo da instituição, e este ato entra em desconformidade com o Código de Ética médica, (Resolução CFM nº 1.931/09) que vem a seguir em seu capitulo X, art. 88:
É vedado ao médico:
Art.88 “Negar, ao paciente, acesso ao seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias a sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros.”
DO PEDIDO
Tendo em vista tudo que foi dito, a impetrante requer: 
a) Citação do Ministério Público, conforme disposto no art.12 da Lei nº 9.507/97
b) Prioridade de julgamento, tendo como observância o art.19 da Lei nº 9.507/97
c) Gratuidade da Justiça, conforme disposto no art. 5º, inciso LXVII, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, c/c o art. 21 da Lei nº 9.507/97
Do mesmo modo, a impetrante informa que junta nesta inicial os seguintes documentos, na forma do disposto no art.8 º da Lei n º 9.507/97:
1- Recusa administrativa 
2- Protocolo de requerimento administrativo
DO VALOR DA CAUSA
Em que pese está ação ser mandamental essencialmente gratuita, em atendimento aos requisitos dos art. 291 e 319, V do CPC, (Lei nº 13.105/15) dá-se a está causa o valor de R$ 1.000,00 (MIL REAIS), para fins de alçada.
Termos em que, pede deferimento. 
Caicó/CE 22 de setembro 2020
Advogado____
OAB/CE____

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