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Proteção penal aos interesses sociais -

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Proteção penal aos interesses sociais
Ementa
11/08/2017
O art. 5º. Da CC mais especificamente em seu inciso CI dá ao cidadão o direito de exercer a liberdade religiosa, devendo o estado garantir o sossego de qualquer ato que expresse um culto religioso.
Lei de tráfico 11.343/06
Art. 208 CP
Art. 14 CPP
18/08/2017
Art. 208 CP
Antes de analisarmos (PPIS) a conduta penal descrita no art 208 CP é importante relembrarmos os elementos que compõe a conduta penal típica incriminadora. Temos então:
Sujeito ativo: a pessoa que pratica a conduta descrita no tipo penal;
Sujeito passivo: é aquela pessoa física ou jurídica que sofre ou recai a conduta
Tipo objetivo: está relacionado à conduta (ação ou omissão realizada ou não pelo sujeito ativo)
Tipo subjetivo: é a vontade do sujeito ativo.
Objeto material: é o bem tutelado pelo estado.
Art. 208 CP
O art 208 contempla 3 tipos penais, ou seja, o sujeito ativo deverá praticar um ou mais que um dos tipos penais descrito no caput do art. 208 do CP
Poderá assim:
Escarnecer de alguém: o sujeito ativo irá praticar a conduta de escarnecer contra a vítima, zombando, ofendendo, ridicularizando em razão da fé que ele professa.
O ato de escarnecer não poderá ser praticado às escondidas, e sim de forma pública independente da presença da vítima.
A conduta escarnecer praticada contra a religião não configura o crime em estudo. 
O crime do art 208 CP poderá ocorrer ainda quando o sujeito ativo impede ou perturba a cerimônia religiosa.
Art. 208 CP
Dos crimes contra o sentimento religioso
A perturbação consiste em atrapalhar o prosseguimento da cerimônia por qualquer meio. Exemplo vaias ao pastor, padre, diácono, etc, algazarras durante a cerimônia.
Por sua vez para configurar a interrupção deve ocorrer a paralização da cerimônia religiosa.
Por fim configurarão o crime descrito no art. 208 do CP quando o sujeito ativo o fazê-lo de forma pública.
A conduta de vilipendiar ato ou objeto de culto religioso consiste em desrespeitar, menosprezar com palavras ou gestos de ato/objeto religiosos.
Sujeito passivo: qualquer pessoa que pode praticar o crime.
Sujeito passivo: o estado em 1º. Lugar e a pessoa em 2º. lugar que sofre a ação.
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Tipo subjetivo: o dolo específico em qualquer um dos 3 tipos penas do art. 208 do CP
Tipo objetivo: escarnecer, impedir ou perturbar e vilipendiar.
Consumação e tentativa: consuma-se a prática de qualquer um dos tipos penais, sendo admitido a tentativa.
O crime será qualificado se houver violência contra pessoa ou contra a coisa (sobre a qual recai a conduta)
Dos crimes contra o sentimento religioso
Ultraje a culto e impedimento ou perturbação d ato a ele relativo. Art. 208 CP escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa, impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso, vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.
Pena: detenção de um mês a um ano, ou multa.
§ único: se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente a violência.
25/08/2017
21/10/2017 às 08 horas – Júri simulado
Duas audiências cíveis de instrução com relatório.
Na data da primeira prova de NP2.
Violação de sepultura (urna, capelas, crucifixo, o entorno, os anjos, etc)
Art. 210 CP
O art 210 do CP contempla como objeto jurídico o sentimento de respeito aos mortos, isto é, o sentimento da pessoa para com quem morreu. 
Sujeito ativo do crime: qualquer pessoa, não exige característica do criminoso, crime comum.
Sujeito passivo: a sociedade
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa, e o sujeito passivo será a coletividade
Podemos conceituar como sepultura todo local que o cadáver está enterrado, exemplo, sepulturas elevadas, capelas familiares destinadas ao sepultamento, bem como bem objetos que guarnecem a sepultura.
Monumentos feitos em memória de pessoas falecidas não são protegidas pela conduta descrita no art. 210 do código penal, pela ausência de cadáver. 
Qual o tipo objetivo do crime: violar e profanar. Profanar = desrespeitar (pixar, urinar, defecar)
O tipo objetivo consiste em violar e profanar, sendo que a violação ocorre com a abertura, o rompimento, da sepultura, ou da urna, já a profanação consiste em ultrajar, desrespeitar a urna ou a sepultura.
O tipo subjetivo é o dolo específico em realizar as condutas.
Consumação e tentativa
 A tentativa é possível na modalidade da violação dependendo muito do caso concreto. 
Obs. Se o sujeito ativo subtrai objetos da sepultura sem que haja a violação responderá pelo crime de furto. 
O ato de exumação feita na forma legal não constitui crime. 
Obs. Trata-se de crime de ação pública incondicionada.
Ato de violar = admite a tentativa
Ato de profanação = não admite a tentativa
Objeto jurídico: sentimento aos mortos
01/09/2017
Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária sujeitos do delito qualquer pessoa comum tem a possibilidade de cometer o crime, por se tratar de crime comum. Já o sujeito passivo é a coletividade uma vez que temos um crime no que toca à vítima.
Tipo objetivo: consiste em impedir , vedar o início ou perturbar quando a cerimônia já está em andamento. A cerimônia é todo ato organizado dentro de uma liturgia que diz respeito a honras, despedidas do morto. Exemplo: cortejo, cerimônia funerária, velório, cremação, etc.
Tipo subjetivo é o dolo, vontade livre e consciente de impedir ou perturbar a cerimônia religiosa independentemente do motivo.
Consumação e tentativa: o crime consuma-se com a prática efetiva das condutas nucleares do tipo penal, isto é, impedir ou perturbar.
É possível a tentativa (Art. 14 do CP). 
Forma qualificada: o crime será qualificado se houver emprego de violência, o que não impedirá o processamento do crime de violência. 
(Art. 209 CP). 
Quando perturba e pratica lesão responde por ambos = cumulado por danos materiais
Art. 211 CP – destruição, subtrair ou ocultar cadáver, 
Crime comum: qualquer um pode cometer.
Sujeito passivo: a coletividade:
Ação pública incondicionada
Sujeito ativo: o crime pode ser praticado por qualquer pessoa sendo assim crime comum.
Teremos como sujeito passivo a coletividade e a família do morto. 
Tipo objetivo: é destruir (total ou parcial), subtrair (retirar da esfera de guarda, da visão – tirar o cadáver do IML ou do cemitério) ou ocultar (enterrar, jogar no rio).
Furtar um cadáver da Universidade – cadáver é objeto de estudo.
Matar e ocultar – responde por homicídio e ocultação? – concurso?
Tipo objetivo (destruir): consiste em destruir, isto é, reduzir a estrutura do cadáver ainda que parcialmente. Exemplo: queimar o cadáver, triturar o cadáver, etc. 
O sujeito ativo poderá ainda subtrair o cadáver, isto é, retirar o cadáver da guarda de que a tem. Exemplo: cemitério, IML, família durante o velório, etc.
Por fim poderá o sujeito ativo ocultar o cadáver, ou seja, esconder, fazer desaparecer.
O termo cadáver é conceituado penalmente como o corpo humano (aparência humana) ficando afastado assim o esqueleto ou cinzas. Afasta-se também o natimorto (a mulher que toma remédio para matar o feto responde pelo aborto). 
Hidrostática de galileu?
Tipo subjetivo: é o dolo específico em praticar qualquer uma das condutas nucleares do tipo independentemente da intenção. 
Consuma-se com a execução das condutas nucleares ainda de que forma parcial (destruição). Admite-se tentativa.
Art. 212 CP
Vilipêndio a cadáver: detenção de 1 a 3 anos.
Sujeito passivo: família ou coletividade
Vilipendiar – desrespeitar/menosprezar as cinzas.
Consumação: é possível a tentativa.
Na forma oral não é permitida a tentativa.
Sujeito ativo: pode ser praticado por qualquer pessoa, pois trata-se de crime comum.
Sujeito passivo: a coletividade e a família do morto. 
Tipo objetivo: consiste em vilipendiar, tratar com desprezo, desrespeito. Exemplo ato de necrofilia.
Tipo subjetivo: é o dolo, a vontade livre e consciente de desrespeitar vilipendiando o cadáver ou suas cinzas.
Consumação e tentativa: consuma-se com a execução do núcleo do tipo, admitindo-sea tentativa, salvo se o vilipêndio ocorrer oralmente proferindo palavras.
15/09/2017
Os integrantes do grupo não devem se reunir para cometer, por exemplo, dois ou mais crimes. O dolo deve ser estável e permanente. 
O grupo não poderá ter sido criado para praticar um crime específico, exemplo: estuprar fulana, roubar a empresa y, sequestrar o empresário x. Deve haver então a existência de cogitação de crimes de natureza genérica. 
A conduta penal descrita no art. 288 não comporta a absorção de crimes, ou seja, se os sujeitos ativos do crime de associação executam os crimes responderão em concurso material pelo art. 288 e pelo crime cometido. 
Se há três pessoas há associação (qual crime, não sei, assim mesmo é punido, é crime de mera conduta, não precisa de resultado, somente associação consumo o delito, se é mera conduta não admite tentativa).
O crime de associação consuma-se com a formação dos três elementos para cometer crimes, independentemente da execução dos crimes. Cuida-se de mera conduta. Crime de perigo abstrato. 
Art. 15, desistência voluntária. – mesmo depois do agente sair, ele responde por cogitação. A desistência de um dos elementos configurará crime
Ainda que um dos elementos abandone a associação o crime já foi consumado. Não há que falar assim na hipótese do art. 15 do CP que traz a desistência voluntária
Forma qualificada: É uma hipótese prevista na lei de 8.072/90 (Lei dos crimes hediondos) que irá qualificar o crime se a associação for para tortura, tráfico de substâncias entorpecentes, terrorismo. 
Não absorção de crimes quando praticados por associação (responde pelo concurso material) – não há absorção de crime no Art. 288
Art. 282 – caso de aumento de pena. –
Três pessoas com um menor de idade sem discernimento – não configurará associação nem aumento de pena.
Existe uma causa de aumento de pena ao crime de associação quando houver na mesma armamento (associação armada) ou menores. O menor deverá ter capacidade de discernimento. Ainda que um dos elementos (meliantes) não seja identificado se ficar demonstrado cabalmente que o mesmo participou configura o crime de associação. 
Não há bis in idem nas hipóteses previstas no art. 157 do CP § 2º. Inciso II, e do art. 155, § 4º. Inciso IV. 
Não é necessário que os integrantes da associação conheçam um ao outro para configurar crime (crimes virtuais).
Art. 155 e Art. 157 – duas qualificadoras 
Condenação por (Associação + qualificadoras) não caracteriza bis in idem
1. 
2. 
Associação criminosa (3 pessoas) – consuma-se sem a prática do crime (interceptação) afasta a eventualidade - não pode ser eventual
Autoria – é eventual – 
Se for roubar uma residência – não responde pela associação
Só pune cogitação no Art. 288 CP
Indeterminado – roubar bancos

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