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Resumo dos Livros 2020

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O livro, Minha vida de Menina, trata-se de um diário escrito por Morley durante os seus 13 e 15 anos, mas somente publicado em 1942, quando a autora expressou o desejo de deixar para as netas e parentes suas lembranças e experiências da época de menina, possibilitando-os, assim, a identificarem as diferenças entre a vida atual de sua família e a então vida simples experienciada por ela no passado. 
A obra é narrada em primeira pessoa, apresentando uma narradora-personagem que mostra sua visão dos acontecimentos que moviam o cotidiano de Diamantina. Assim, a autora narra sobre festas populares, superstições, causos de parentes, comidas e bebidas típicas, narra sobre a escravidão, sobre o convívio familiar, fala sobre esperanças futuras etc., organizando tudo em uma sequência cronológica, apesar de muitos eventos não terem relação entre si. 
Alguns nomes de parentes e conhecidos são trocados por pseudônimos para evitar desentendimento com os envolvidos nos fatos narrados. Assim, o pai, Felisberto, na obra é chamado de Alexandre e a mãe, Alexandrina, é chamada de Carolina. 
Além de narrar os fatos, a autora tece também comentários e críticas sobre os acontecimentos, apresentando sua visão de mundo e deixando claro que possui opinião crítica sobre o que lhe acontece. 
Ficção escrita em 1870, que conta a aventura do professor Aronnax convidado a fazer parte de uma expedição para capturar um monstro marinho, que vinha causando pânico e atacando vários navios. Durante meses procuram a criatura pelos mares. Certo dia a criatura danifica a fragata, o professor, seu assistente Conselho e um arpoador Land caem no mar. Land consegue se agarrar ao dorso do animal e ajuda Aronnax e Conselho a subirem, e constatam que o animal é construído de aço. São recolhidos para o interior do mesmo, e ficam perplexos ao verem que se trata de uma embarcação (submarino) que pode navegar no fundo do oceano. O capitão diz que seu nome é Nemo, e seu navio se chama Nautilus. Informa que não poderá deixá-los em terra firme, e que eles serão seus convidados. Convida Aronnax para conhecer o submarino, mostra uma biblioteca, um museu marinho, com espécies da fauna e flora marítima nunca vistas, a sala de controle, onde existem alguns equipamentos até então desconhecidos: termômetros, barômetros, higrômetros, stormglass, bússolas, sextante, cronômetros, sondas termométricas, óculos para o dia e noite (infravermelho) e roupas para mergulho (escafandros), fica sabendo também que o submarino funciona com eletricidade. 
O capitão Nemo, conta que não atacou as embarcações, que foram acidentes causados sem intenção, e que não poderá deixá-los ir para não correr perigo. Diz que ficarão no submarino e viajarão juntos. Tem início uma aventura fascinante, conhecem as profundezas dos oceanos, animais que jamais pudessem imaginar, fazem mergulho, enfim vivem momentos que jamais sonharam, viajam por todos os oceanos, apreendem muito sobre a vida marinha. Aronnax tenta descobrir quem é Nemo, só consegue saber que ele é uma pessoa muito amarga e desiludida com os homens. Em certo dia avistam uma fragata, que vem em direção ao Nautilus, e começa a atirar, o cap. Nemo contra-ataca e rompe o casco da fragata, que começa a afundar. Vários marinheiros caem no mar, mas Nemo resolve ir embora e não salva ninguém. Diz que eles são responsáveis pela morte de sua esposa, e de todo o mal do mundo. 
Toma rumo a costa da Noruega, pois, ouviu dizer que existe um turbilhão no mar, e que navio nenhum poderá resistir. Aronnax percebendo a intenção de Nemo, informa Land e Conselho e se preparam para fugir. Ao se aproximarem do turbilhão conseguem sair do submarino e ficam vendo ele ser tragado pelas ondas. 
Então começa a olhar suas anotações, e verifica que viajaram 20000 mil léguas. Quanto a Nemo, jamais ficou sabendo o que lhe aconteceu. 
 A obra tem início com a declaração da morte de Brás Cubas, cujo narrador e protagonista relata suas memórias depois de ter sido vítima de pneumonia. 
Pertencente a uma família abastada do século XIX, Brás Cubas narra primeiramente sua morte e enterro onde apareceram onze amigos. 
Por conseguinte, ele relata diversos momentos de sua vida, desde eventos da sua infância, adolescência e fase adulta. 
Ainda no início da obra ele revela suas expectativas com o “emplastro”, um medicamento que contém grande potencial de cura. 
Durante sua infância Brás Cubas comenta sua relação com seu escravo, o negrinho Prudêncio. Como um menino aristocrata, pertencente à classe alta, Brás Cubas esboça a relação que tinha com o garoto desde suas brincadeiras e caprichos. 
Nessa relação, podemos notar a superioridade de Brás que montava no negrinho. Além disso, ele escreve sobre um amigo da escola Quincas Borba que, por fim, torna-se um filósofo e desenvolve a teoria do humanitismo. 
Quando jovem, conhece Marcela, uma prostituta de luxo por quem se apaixona. Essa relação esteve baseada nos interesses, ainda que Cubas aponta que Marcela o amou “durante quinze meses e onze contos de réis”. 
Preocupado com o envolvimento que Brás tinha com Marcela, seu pai resolve que seu filho deve estudar fora do país por um tempo. 
Sendo assim, ele foi estudar em Coimbra, Portugal, onde se forma em Direito. De volta ao Brasil, apaixona-se por Virgília, no entanto, ela acaba por se casar com Lobo Leves. Isso porque ela pretedia ter mais status e resolve ficar com um político de maior influência. 
Ainda que desolado, o casal se encontra às escondidas numa casa alugada para esse própósito. Nesse momento podemos notar a presença de Dona PLácida, empregada de Virgília e que encobre todos os encontros da adúltera. 
Por fim, Brás Cubas entra para a política e mesmo desenvolvendo um trabalho medíocre essa posição lhe oferece certo “status”, num mundo onde a aparência era o mais louvável.
A que ponto pode chegar um coração apaixonado? Na obraprima de Goethe, Os Sofrimentos do Jovem Werther o rapaz, por motivos de trabalho, está longe de sua família e amigos, mas comunica-se com Whilhelm através de cartas nas quais narra sua história de paixão e tragédia com a jovem Lotte.Desde o início ele soube que sua amada estava prometida a um noivo: Albert, homem cujo qual Werther adquiriu grande admiração e amizade desde sua apresentação. 
Mas o tempo é um martírio para as almas envoltas pela paixão. 
Com o convívio diário, Werther apaixonava-se cada vez mais. Passeios no campo, longas conversas, poemas, todos momentos que contribuiram para fazer com que esquecesse do mundo todo e só visse importância em Lotte. Por vezes, tentou afastar esse pensamento, sabia que nunca poderia tê-la para si, mas a certeza cega de que ela também o amava fez com que retornasse para, mortalmente, ser atingido pela paixão.Com o casamento entre Albert e Lotte, Werther cada vez mais pensava na impossibilidade de seguir sua vida, de viver sem Lotte, de viver simplesmente. 
Em uma última noite, houve um beijo. O mais sublime e apaixonado beijo da história da literatura, Lotte sabia que amava Werther, mas também sabia que este amor era impossível. Assim, ela pediu para nunca mais vê-lo e ele assentiu. 
Naquela mesma noite o jovem mandou seu criado pedir as pistolas de Albert emprestadas, alegando que ia viajar e precisava de proteção, elas vieram das mãos da própria esposa. 
No dia seguinte, Werther foi encontrado morto em seu quarto, com um tiro acima do olho direito. Todas as suas cartas a Lotte estão transcritas no livro. 
Alguns escritores já escreveram sobre o cotidiano miserável das favelas, mas a grande maioria o fez de uma perspectiva de fora, isto é, sem viver, de fato em uma favela. Em Quarto de despejo temos uma perspectiva diferente: quem escreve é alguém que viveu na favela: a perspectiva é de Carolina Maria de Jesus, moradora da, agora, antiga favela do Canindé de São Paulo, uma catadora de papel e de outras sucatas, uma mulher negra, pobre, mãe, escritora e favelada. 
O diário foi escrito na década de 1950 e conta a dura realidade dos favelados de Canindé e dos seus costumes. Trata-sede um diário relata e denuncia a violência, miséria e fome – bem como a dificuldade para se ter o que comer. 
E como Carolina foi descoberta? O jornalista Audálio Dantas foi encarregado de escrever uma matéria sobre uma favela que vinha se expandindo próxima a beira do Rio Tietê, no bairro do Canindé. Em meio a todo rebuliço da favela, Dantas conheceu Carolina e percebeu que ela tinha muito a dizer, e logo desistiu de escrever a matéria. 
A negra Carolina escreveu a (sua) história da favela em 20 cadernos encardidos, cadernos que ela encontrou em meio às suas andanças em busca de sustento para seus três filhos: João José, José Carlos e Vera Eunice. Como o próprio jornalista declara: “repórter nenhum, escritor nenhum poderia escrever melhor aquela história – a visão de dentro da favela”. 
O livro conserva a escrita de Carolina, sua sintaxe, seu discurso. Audálio Dantas apenas alterou algumas vírgulas e palavras que seriam incompreensíveis aos leitores, também cortou excesso de repetições de certas situações, assim a leitura do diário não se torna exaustiva. 
Quarto de despejo é atemporal. Os anos se passaram, mas a situação de quem ainda vive nas favelas e na miséria ainda é muito semelhante à situação de Carolina décadas atrás. Além disso, o livro foi traduzido para 13 línguas, sendo referência para os estudos sociais e culturais brasileiros. 
 
Jorge é um jovem engenheiro lisboeta de boa família. Luísa pertence igualmente a burguesia abastada de Lisboa. Após a morte da mãe de Jorge, o rapaz encanta-se com Luísa e rapidamente decidem casar-se. 
Juntos fazem um típico casal privilegiado com um cotidiano monótono e previsível. 
O cenário muda quando Jorge viaja à trabalho para o Alentejo e Luísa recebe a visita do primo Basílio. Além de primo, Basílio foi namorado de Luísa durante a juventude, antes de se mudar para Paris. 
Luísa e Basílio desenvolvem, então, um caso extraconjugal. A fim de tornarem a relação mais discreta, alugam um quarto que intitulam Paraíso, no subúrbio de Lisboa. 
Apesar da cautela dos amantes, a empregada Juliana flagra o caso, consegue obter algumas cartas trocadas entre o par e chantageia a patroa. 
Quando Jorge volta da viagem, estranha o comportamento da empregada e decide demiti-la. A partir de então, as chantagens se intensificam e Luísa não vê alternativa senão pedir ajuda a um amigo. 
Sebastião - o amigo - pressiona Juliana e consegue obter as tais cartas de volta. Desesperada por perder a oportunidade de crescimento financeiro, a empregada entra em colapso e morre. Luísa, por sua vez, adoece. 
Enquanto Luísa padece da doença, Jorge descobre uma carta da esposa trocada com o amante Basílio e toma conhecimento de tudo o que se passou no Paraíso. Paciente, ele espera até a cura da mulher para confrontá-la com o achado. 
Quando finalmente confrontada, Luísa, aflita, adoece novamente e, por fim, morre. 
A obra narra o feriado de Sant’Ana em que, quatro amigos estudantes de medicina, Augusto, Leopoldo e Fabrício vão passar na casa da avó de Filipe, aceitando o convite dele. Na Ilha de Paquetá estão D. Ana, a anfitriã, duas amigas, a irmã de Filipe, D. Carolina e suas primas Joana e Joaquina. 
Filipe fez uma aposta e desafiou Augusto: se em um mês ele não iniciasse um namoro com uma das meninas, ele deveria escrever um romance contando a própria história. 
Augusto era jovem, namorador e inconstante nos amores. Fabrício faz essas revelações sobre o amigo perante todas as moças durante o jantar, assim, quase todas passam a desprezá-lo, menos uma delas: Carolina – a irmã de Filipe. 
Solitário, Augusto conta para D. Ana que sua inconstância no amor se deve às desilusões amorosas que tivera. Conta inclusive sobre uma vez que se apaixonara por uma menina em uma viagem para a praia, e ambos ajudaram a um homem que, como forma de agradecer, deu para Augusto um botão de esmeralda embrulhado numa fita branca e para a menina deu um camafeu embrulhado numa fita verde. Esta foi a única lembrança que restara da menina, pois nem o nome dela ele perguntara. 
O feriado chega ao fim e os moços retornam aos estudos, porém Augusto sente saudades de Carolina e decide retornar para encontrá-la na Ilha. O pai de Augusto, acreditando que isso o atrapalhasse nos estudos, decide proibir o filho de visitar Carolina. Passado o tempo, Augusto decide ir até a Ilha se declarar para Carolina, mas ela censura o rapaz porque não quer quebrar a promessa que fez quando era criança. Confuso o rapaz fica preocupado, até que Carolina lhe mostra o seu camafeu. Então todo o mistério é revelado, e Augusto escreve o livro A Moreninha como forma de pagar a promessa. 
Essa idealização do amor puro, que surgiu na infância e perdurou durante o tempo, é uma das principais características do romantismo presente na obra. No mais, a tradição religiosa (festa de Sant’Ana), o sentimentalismo e caracterização da natureza (Ilha de Paquetá) integram o cenário do amor romântico de Augusto e Carolina. 
 
	
A narrativa, que se apresenta como uma sucessão de aventuras do jovem Leonardo, tem início antes mesmo de seu nascimento, relatando o primeiro contato entre seus pais, Maria da Hortaliça e Leonardo Pataca, no navio que os traz de Portugal para o Brasil. Ambos trocam “uma pisadela” e um “beliscão” como sinais de interesse mútuo e passam a namorar. Maria da Hortaliça abandona o marido e retorna para a terra natal. 
Pataca, por sua vez, recusa-se a criar o filho, deixando-o com o padrinho, o Barbeiro, que passa a dedicar ao menino cuidados de pai. Pataca se envolve com uma cigana, que também o abandona. Para tentar recuperá-la, recorre à feitiçaria, prática proibida na época. Flagrado pelo Major Vidigal, conhecido e temido representante da lei, vai para a prisão, sendo solto em seguida.
Enquanto isso, seu filho Leonardo, pouco afeito aos estudos, convence o padrinho a permitir que ele frequente a Igreja na condição de coroinha. O Barbeiro vê ali uma oportunidade para dar um futuro ao afilhado. No entanto, Leonardo continua aprontando das suas e acaba expulso. Conhece o amor na figura de Luisinha, uma rica herdeira, mas sua aproximação é interrompida pela ação do interesseiro José Manuel, que conquista e casa com a moça. 
O Barbeiro morre e deixa uma herança para o afilhado. Leonardo volta a viver com o pai, mas foge após um desentendimento. Envolve-se com a mulata Vidinha e passa a sofrer as perseguições do Major Vidigal, caçador dos ociosos do Rio de Janeiro. Para não ser preso, é forçado a se alistar. 
A experiência militar não é menos problemática: continua a participar de arruaças e desobedece seguidamente ao Major. Por isso, acaba preso. Consegue a liberdade graças à ação de uma ex-namorada de Vidigal, Maria Regalada, que lhe promete, em troca, a retomada do antigo afeto. Leonardo não só é solto, como é promovido a sargento da tropa regular. Reencontra-se com Luisinha, então recém-viúva, e os dois reatam o namoro. Ainda com a ajuda do Major Vidigal, Leonardo se torna sargento de milícias e obtém permissão para se casar. 
Narra a história de um amor improvável entre uma índia e um colonizador português, no início do processo de colonização efetiva da costa brasileiro, no século XVII. Desse amor nasceria o primeiro mestiço, símbolo de uma nova raça que seria o povo brasileiro. 
Iracema é uma índia da nação Tabajara. Ela é filha do pajé da tribo (Araquém) e está prometida como esposa ao chefe guerreiro (Irapuã). A moça também é detentora do segredo da Jurema. Ela produz uma bebida alucinógena que é dada aos guerreiros em rituais específicos. Este segredo está condicionado à sua virgindade. Ela não pode se entregar a nenhum homem antes de passar a outra virgem o segredo de fabricação dessa bebida. 
Martim é um guerreiro português que vive entre a tribo Pitiguara e tem a missão de fiscalizar a costa cearense contra as invasões estrangeiras. Junto com seu fiel amigo, Poti, lidera os guerreiros pitiguaras nas batalhas contra invasores, principalmente holandeses. Os pitiguaras, que vivem na costa cearense, são inimigosnaturais dos tabajaras, que vivem mais para o interior. 
Um dia, Martim se perde na mata e acaba encontrando Iracema, que estava caçando. Como os brancos são inimigos de seu povo, ela atira uma flecha, ferindo o homem no ombro. Martim não reage à agressão por ser uma mulher. Ela então leva o português ferido para sua cabana onde, protegido pela lei da hospitalidade, ele é cuidado pelo pajé. 
Nasce então uma forte atração entre eles. O guerreiro branco, no entanto, tem consciência da impossibilidade de sua união com uma índia de uma tribo inimiga. Pede assim a bebida alucinógena à moça, para dormir e não ceder à tentação. Sob efeito da bebida ele tem um sonho onde chama a moça para se deitar com ele na rede. Ela obedece e os dois acabam tendo relações. Nas palavras de Alencar “Tupã já não tinha mais sua virgem nos campos dos tabajaras” 
Ameaçados pelos guerreiros tabajaras liderados por Irapuã, que quer “beber o sangue do guerreiro branco”, eles fogem para encontrar Poti e os guerreiros pitiguaras. Após uma violenta batalha entre as duas tribos, ela confessa a Martim que não é mais virgem e que se voltar para sua tribo será morta. Ela também não pode viver entre os pitiguaras, seus inimigos. 
Martim decide então construir uma cabana na praia cearense onde passa a viver com Iracema. Pouco tempo depois, ela engravida e esse filho é mais uma amarra para Martim, que sonha com sua terra natal, mas não tem coragem de abandonar a mulher e o filho, da mesma forma que não pode leva-los para a Europa. 
Começa então o martírio de Iracema. Longe da família e dos amigos, ela passa muito tempo sozinha, enquanto Martim faz suas expedições fiscalizando toda a costa. Quando ele está com ela, uma nuvem de tristeza cobre seu rosto enquanto seus olhos buscam Portugal na linha do horizonte. Ela sente-se culpada pela tristeza do amado e conclui que a sua morte é a única forma de libertá-lo. Começa então a definhar de tristeza e solidão. Quando o filho nasce, ela o chama de Moacir, que significa “filho da dor”, e morre. 
Martim a enterra na sombra de uma palmeira, pega o filho, primeiro representante de uma nova raça, e parte para Portugal. Alguns anos mais tarde ele volta liderando um grupo de colonos. No lugar onde ele vivera o seu amor com a moça, ele funda a primeira cidade do Ceará. 
 
 
O Cortiço narra a busca do português João Romão pelo enriquecimento e para tal ele explora os empregados e é capaz de tudo para atingir seus objetivos. Romão é dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Bertoleza, sua amante, o ajuda trabalhando sem descanso. 
Opondo-se a João Romão, está Miranda, um comerciante bem-sucedido que disputa com o taverneiro um pedaço de terra para aumentar seu quintal, entretanto, não havendo acordo, há o rompimento provisório da relação entre eles. 
João Romão motivado pela inveja que tem de Miranda que possui uma condição social superior passa a trabalhar de forma árdua e a privar-se de certas coisas para enriquecer mais que o outro português. Entretanto, quando Miranda recebe o título de Barão, João Romão entende que não basta ter dinheiro, é necessário também ter uma posição social reconhecida e ostentar certos luxos, como frequentar lugares requintados, teatros, usar roupas finas, ler romances etc, isto é, inserir na efetiva vida burguesa. 
Quando Miranda recebe o título de Barão e passa a ter superioridade afirmada sobre seu rival, João Romão opta por várias mudanças no cortiço, que agora ostenta ares aristocráticos, perdendo as características de miséria e desorganização, passando a se chamar Vila João Romão. 
Há, em paralelo, os moradores do cortiço que têm menor ambição, dentre eles, Rita Baiana e Capoeira Firmo, Jerônimo e Piedade. O romance busca mostrar a influência do meio sobre o homem, um exemplo bem claro disso é o português Jerônimo que tem uma vida exemplar, porém passa de trabalhador disciplinado para preguiçoso, displicente, para justificar afirma que “o calor dos trópicos me tirava as forças do corpo”. 
Como estratégia de ascensão social João Romão pede a mão da filha de Miranda, porém, Bertoleza representa um empecilho já que percebe as manobras do dono do cortiço para livrar-se dela e exige usufruir dos bens que ajudou a acumular. Para se livrar da amante, Romão a denúncia como escrava fugida e em desespero Bertoleza comete suicídio, assim o caminho fica livre para o matrimônio de João Romão. 
Sérgio é o protagonista da história. A obra narra a trajetória dele (cerca de 2 anos) desde quando foi matriculado no colégio interno chamado Ateneu, com 11 anos. A história, que se passa no século XIX no Brasil, tem como espaço o Rio de Janeiro, mais precisamente o bairro do Rio Comprido. 
O romance tem início com a visita de Sérgio ao colégio. Nas palavras de seu pai: “Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”. Ao lado de seu pai ele conhece primeiramente a esposa do diretor, Dona Ema. Nesse momento ele já nota o tipo de educação do colégio, de modo que a senhora lhe pede para cortar o cabelo. 
Mediante a pressão do novo ambiente, no momento em que Sérgio é apresentado à turma, ele desmaia. Ali, ele aprende desde cedo mediante uma rígida disciplina, voltada para o desenvolvimento da educação moral. 
Com o tempo, ele vai conhecendo melhor o local e seus colegas. Primeiramente, teve uma amizade com o bom aluno Sanches. No entanto, uma briga entre eles fez com que se separassem. A partir desse momento, Sérgio, que estudava com Sanches, passa a tirar notas baixas. 
Sérgio conhece Franco, outro aluno do colégio. Este sempre estava se metendo em encrenca e, como resultado de uma de suas ações, os dois são chamados pelo diretor de meninos travessos. 
Enquanto Franco estava jogando lascas de vidro na piscina, Sérgio se afasta dele, mas acaba levando a culpa também. Mais tarde, começa a se aproximar do estudante Barreto. Este possuía uma grande fé, o que acaba influenciando Sérgio. 
Por influência do colega, ele começa a jejuar e rezar, mas mesmo assim suas notas continuam baixas. Diante disso, ele se revolta contra Deus e começa a se afastar de todos os colegas. Mais tarde, aproxima-se de Egbert, um bom aluno do colégio e seu verdadeiro amigo. A amizade deles estava alicerçada na sinceridade e na compreensão mútua. Quase no fim do romance, Sérgio revela seu amor platônico por Ema, a esposa do diretor do colégio. 
A história termina com um incêndio no colégio e a fuga de Ema, a esposa do diretor. Esse evento pôs fim a história do Ateneu. 
A protagonista Aurélia Camargo é filha de uma costureira pobre e deseja se casar com o namorado, Fernando Seixas. O rapaz, porém, troca Aurélia por Adelaide Amaral, uma menina rica que proporcionaria um futuro mais promissor. 
O tempo passa e Aurélia torna-se órfã e recebe uma herança enorme do avô. Com a fortuna que adquire, a moça ascende socialmente e começa a ser vista com outros olhos, principiando a ser cobiçada por pretendentes interesseiros. Ao saber que o antigo namorado ainda estava solteiro e em maus lençóis financeiros, Aurélia resolve se vingar do abandono sofrido e se propõe a comprá-lo. Os dois, por fim, casam-se. 
Fernando atura as chacotas da mulher até que consegue trabalhar e reunir dinheiro suficiente para cobrir o que a moça empregara no casamento, comprando assim a sua "liberdade". Aurélia percebe a mudança de atitude de Fernando e o casal faz as pazes, consumando, por fim, o casamento.
Bento Santiago se dispõe a narrar a história de sua vida. Trata-se de um homem na casa dos 60 anos, que, supostamente, teria muito o que contar. No entanto, desde logo fica evidente que seu interesse pela própria biografia tem um foco bastante dirigido: o relacionamento com a jovem Capitu, a vizinha que viria a ser o grande amor de sua vida. Personagem fascinante, Capitu possui um extraordinário poder de sedução, manifesto em seus “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”, capazes de atrair como a ressaca do mar. 
Por isso, o espaço dedicado à infância é insignificante, assim como aquele que trata mais diretamenteda velhice. Os marcos temporais da narrativa e o âmbito de interesse do autor são limitados pelo período que vai da adolescência, quando tem início seu relacionamento amoroso, até a idade adulta, marcada pela traição da amada. 
Moço rico, Bento vive sob a proteção da mãe, a viúva D. Glória, que ainda mantém sob sua dependência um grupo de parentes: o irmão Cosme, a prima Justina e o agregado José Dias. É nessa casa de velhos viúvos que Bento cresce. Depois da perda do primeiro filho, D. Glória jurou que o segundo seria padre. Tendo enviuvado quando o filho era ainda criança, o juramento se transformou em angústia e prenúncio de separação do filho único. O namoro com Capitu reforça no menino a falta de vocação, mas ele acaba por obedecer ao desejo materno e entra para um seminário. 
No seminário, Bento e Escobar se tornam melhores amigos. Juntos, os jovens conseguem convencer os pais a retirá-los do seminário. Com isso, Bento se forma em Direito e se casa com Capitu, enquanto a melhor amiga desta Sancha, acaba por se tornar esposa de Escobar. A felicidade de Bento se completa com o nascimento de Ezequiel, seu filho, que vem fazer companhia a Capituzinha, filha do casal amigo. 
No entanto, uma fatalidade muda o rumo do grupo de amigos: Escobar morre afogado. Durante o velório, Bento percebe no comportamento da esposa marcas de um adultério que ele, até ali, não tinha suspeitado. 
A partir desse momento, outros indícios se juntam ao primeiro. O maior deles é a grande semelhança que Bento vê entre seu filho e o amigo morto. Obtida essa prova viva da traição, separa-se e envia Capitu e Ezequiel para a Europa. Dali até a velhice, Bento vive em estado de relativa reclusão, o que faz surgir seu apelido: Dom Casmurro, que quer dizer introspectivo.
A narrativa começa quando o pai de Bruno, um oficial nazista, é transferido e a família deixa para trás a casa enorme onde vivia em Berlim e rumo ao campo. A família do garoto era composta por quatro integrantes: Ralf (o pai), Elsa (a mãe), Gretel (a filha mais velha) e Bruno (o filho caçula). 
A casa nova, menor, com três andares, ficava isolada num lugar vazio e desabitado, teoricamente situada em Auschwitz, embora o nome Auschwitz jamais seja citado ao longo do texto. 
Bruno, sempre com um olhar ingênuo e puro sobre o que se passa, fica desapontado com a mudança e questiona a mãe acerca da escolha tomada pelo pai. A vista do novo quarto de Bruno dava para uma cerca, onde o garoto podia ver uma série de pessoas vestidas em uniformes listrados, que ele julgava serem pijamas. 
Embora a família não soubesse, a mudança de Ralf, o pai, aconteceu porque o oficial deveria assumir o comando do campo de concentração. Durante um dos passeios que deu nos arredores da casa, Bruno conhece Shmuel, um menino com quem trava forte amizade mesmo apesar de ter uma cerca os separando. A relação se fortalece cada vez mais, Bruno encontra no menino judeu seu único amigo na região e Shmuel encontra em Bruno uma possibilidade de escapar da sua realidade terrível. 
Aos poucos, Bruno descobre a profissão do pai e percebe o que acontece ao redor da sua casa. Shmuel um dia se desespera por não ter notícias do pai e, para ajudar o garoto, Bruno veste um pijama listrado e consegue entrar no campo de concentração. O resultado da história é trágico: Bruno é assassinado ao lado de Shmuel assim como todos os outros judeus que se encontravam no campo. 
A família de Bruno fica sem notícias do garoto e entra em desespero, especialmente o pai, que sabe internamente ser culpado pela morte do filho. Ao se dar conta do ocorrido, da cerca danificada capaz de deixar passar um menino, o oficial percebe que o veneno que destilava diariamente contra as vítimas do campo de extermínio alcançou a sua própria família. Ciente de que nenhuma atitude poderia trazer a vida de Bruno de volta, Ralf se entrega à tristeza.

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