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questão nº 03 - zoologia CELACANTO (LATIMERIA CHALUMNAE)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CCHNST-Campus Pinheiro 
Coordenação do Curso de Licenciatura em Ciências Naturais-Biologia 
Disciplina: CNPI0119 - ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS (2020 .1 - T01) 
Professor: DR. Getulio Ricon Filho 
Discente: ADEIL SON DE SOUZA GONCALVES - Matricula: 2017055115 
 
Questão 3 
Hoje tratamos da diversidade de peixes ósseos de nadadeiras raiadas e de 
nadadeiras lobadas. É possível observar que existe dentro dos peixes 
actinopterígios uma grande diversidade de formas e estratégias de vida e que 
essa complexidade é incrivelmente difícil de restringir em um modelo geral dos 
peixes. Escolha uma das espécies abordadas durante a aula e apresente um 
resumo das características desse peixe, tais como onde vive, distribuição 
geográfica, hábitos de vida, reprodução e curiosidades sobre conservação, 
pesca e ameaças. Caso precise de referências bibliográficas, procure o 
professor. Observe a dificuldade em descrever esses aspectos para a sua 
espécie de escolha e não copie os dados, mas leia e interprete para preparar 
seu resumo. 
 
CELACANTO (LATIMERIA CHALUMNAE) 
 
 
 
 
 
Conhecido como os “fóssil vivo” Celacantos são seres vivos que, possuem 
uma incrível semelhança morfológica com seus longínquos ancestrais, ou são parte 
de ordens ou classes que já foram bem mais diversificadas do que são hoje em dia. 
Este peixe de grande porte, que atinge cerca de dois metros de comprimento, é 
conhecido no registo fóssil desde há 360 milhões de anos (Ma) e considerava-se 
extinto há 65 Milhoes de anos. Os Celacantos são “peixes” ósseos com nadadeiras 
lobadas (Sarcopterygii) da subclasse Actinistia. Podem medir próximo de 2 metros e 
pesar cerca de 80 quilos e costumam ser de cor azul ou cinza azulada. Possuem pares 
de nadadeiras ósseas, que no passado se acreditou serem homólogas a nossos 
braços e pernas, e não possuem o osso maxilar. Suas escamas são ósseas e os 
protegem como um escudo, além de possuírem odontodes, que são “dentes” ou 
espinhos dérmicos. Acreditava-se que a subclasse de celacantos, a Actinistia, estava 
extinta já há milhões de anos, até que, em 1938, um espécime vivo foi encontrado. 
Bom em 1938, um exemplar foi capturado acidentalmente por uma 
embarcação de pesca na foz do rio Chalumna, na costa Este da África do Sul. O 
capitão do barco, Hendrik Goosen, decidiu contactar o museu local da cidade de East 
London devido ao aspecto bizarro do peixe. A diretora de então, Marjorie Courtney-
Latimer, reconheceu a importância do achado e encaminhou o peixe para um dos mais 
conceituados ictiologistas do século XX, James Leonard Brierley Smith. 
Em honra da diligência de Marjorie, o novo Celacanto foi baptizado 
de Latimeria. Desde a sua descoberta que muitos outros indivíduos foram já 
observados e estudados, realçando as características que tornam este peixe único. 
Há uma que tem especial interesse: o Celacanto tem barbatanas semelhantes a 
membros e que são suportadas internamente por osso, apresentando um movimento 
sincronizado com um padrão igual ao dos tetrápodes (vertebrados com quatro 
membros). 
Esta característica tem alimentado a discussão do mundo científico em 
torno da posição taxonômica do Celacanto. Os seus parentes atuais mais próximos 
são os peixes pulmonados, considerados também os parentes vivos mais próximos 
dos tetrápodes. Das seis espécies atuais de peixes pulmonados, talvez o género 
africano Protopterus seja o mais familiar, devido ao bizarro comportamento de se 
enterrar para hibernar durante a estação seca. No entanto, várias características do 
Celacanto sugerem que a sua colocação taxonômica deverá ser ainda mais próxima 
do ancestral das espécies com quatro membros. 
A distribuição deste peixe resume-se à região Este de África, entre a África 
do Sul e a Tanzânia, passando por Madagáscar e as Ilhas Comoro. Habita águas 
temperadas, de fundo rochoso, normalmente entre os 100 e os 300 metros de 
profundidade, alimentando-se principalmente de cefalópodes e de outros peixes. E a 
sua reprodução é ovovivípara, como acontece em várias espécies de tubarão: o ovo 
desenvolve-se internamente, com a fêmea a libertar recém-nascidos totalmente 
formados após cerca de um ano de gestação. Este espécime de celacanto capturado 
em 1938 levou à descoberta da primeira população documentada, ao largo das Ilhas 
Comores, entre a África e Madagascar. Por sessenta anos, esta foi considerada a 
única população de celacanto existente. 
Em 14 de julho de 2007, um Celacanto foi capturado por pescadores ao 
largo de Nungwi, norte de Zanzibar. Pesquisadores do Instituto de Ciências Marinhas 
de Zanzibar (IMS) liderados pelo Dr. Narriman Jiddawi foram contatados e chegaram 
ao local para identificar o peixe como Latimeria chalumnae . 
Em 2003, o IMS uniu esforços com o programa African Coelacanth Project 
(ACEP) para a busca de Coelacanths. Em 6 de setembro de 2003, o primeiro 
celacanto foi capturado na parte sul da Tanzânia em Songo Mnara, tornando a 
Tanzânia o sexto país a registrar a presença de L. chalumnae . Desde então, 35 
celacantos foram registrados na Tanzânia, desde Tanga no norte, sul até Mtwara. O 
espécime de Nungwi é o 36º celacanto a ser capturado na Tanzânia e o primeiro em 
Zanzibar. Narriman Jiddawi é reconhecido por fornecer essas informações e a 
imagem. 
 
 
Só agora, passados quase 75 anos, é que os 3000 milhões de letras de 
ADN dos 48 cromossomas do genoma da Latimeria chalumnae foram sequenciados. 
O resultado mostrou a evolução lenta. Sabe-se que para os genes Hox, que definem 
o desenvolvimento do corpo dos vertebrados, as duas espécies de celacanto, 
separadas há mais de seis milhões de anos, estão a divergir 11 vezes mais devagar 
do que os genes Hox nos humanos e chimpanzés. É provável que o celacanto esteja 
muito especializado neste ambiente extremo, específico e imutável." 
Ainda assim, o seu genoma revelou novos dados sobre o nosso próprio 
passado. A equipa comparou porções de material genético das duas espécies de 
celacanto com o dos peixes com pulmões, o que os torna potenciais antepassados 
dos tetrápodes. Os cientistas queriam identificar o grupo mais próximo do animal que 
veio da água para a terra. Apesar de os celacantos estarem próximos desse 
antepassado, os peixes pulmonados estão ainda mais perto. 
O genoma do Celacanto serviu ainda para procurar genes que surgiram ou 
que foram alterados na transição para a terra. A equipa verificou que os tetrápodes 
ganharam genes que os ajudaram a desenvolver o olfato. Já em relação aos genes 
Hox, a comparação com o Celacanto permitiu verificar que foram mudando durante a 
passagem para terra, permitindo a adaptação ao novo ambiente.