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AAR Fatos de Negócios Juridico

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QUESTIONÁRIO – Valor 1,0 ponto.
1 – Conceitue e diferencie condição e encargo.
Resposta: O Art. 137. Código Civil nos dia que “Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico”. Sendo assim o encargo é uma determinação imposta pelo autor de liberalidade, restringindo-a. Trata-se de cláusula acessória as liberalidades (doações, testamentos, promessa de recompensa), impõe-se uma obrigação ao beneficiário. Sendo o encardo proibido em título oneroso. Tem por característica a obrigatoriedade e seu cumprimento pode ser exigido por meio de ação cominatória. Ex: (doação contanto que se construa um hospital na comunidade). O encargo não suspende aquisição nem o exercício do direito, salvo quando imposto expressamente no negócio jurídico, porém não é coercitiva. No art. 121 do Código Civil, “Condição é a clausula acessória e voluntária que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto”. E a eficácia do negócio jurídico depende desse evento futuro e incerto. No que diz respeito aos efeitos resolutivos, a condição pode revogar o ato, já o encargo não. O instituidor do negócio de benefício pode ou não propor ação revocatória, mas tem obrigação de cumprir. Sobre os efeitos suspensivos, a condição não é coercitiva, uma pessoa não é obrigada a cumprir tal coisa, mas se não o fizer, o negócio jurídico será suspenso. Já o encargo é coercitivo, mas não suspensivo, a pessoa é obrigada a cumprir, mas se não o fizer, seu negócio jurídico não será suspenso.
2 - Analise as afirmações a seguir:
2.1. – 
I. O encargo é cláusula acessória comum nos negócios jurídicos onerosos, também denominados de comutativos e sinalagmáticos. 
II. O encargo pode ocorrer no contrato de venda e compra. 
III. Caso o encargo não seja cumprido, a liberalidade não poderá ser revogada. 
É certo afirmar que: 
(A) Somente I e II são corretas. 
(B) Somente II e III são corretas. 
(C) Somente I e III são corretas. 
(D) Todas são corretas. 
(E) Todas são incorretas – ALTERNATIVA CORRETA
2.2. Justifique a sua resposta: 
Resposta: I e II, está incorreta pois encargo só pode ocorrer em negócio jurídicos gratuitos. Ex: doação ou testamento. A III, esta incorreta também, pois a liberalidade poderá ser revogada, mas somente pelo seu autor e o terceiro beneficiado só pode cobrar a realização do encargo.
3 – Carla adquiriu uma casa em um bairro muito bonito, na região central da Capital Paulista, porém, tal imóvel precisava de reforma, sendo que uma parte da reforma tinha sido feita e outra parte o antigo proprietário havia começado e interrompido. Carla decidiu continuar a reforma sem solicitar na Prefeitura, o alvará para acrescentar um cômodo na casa que já havia sido levantado, faltando o telhado e o acabamento. Logo após o início das obras, o fiscal da Prefeitura aparece e informa que a obra havia sido embargada, e a notificação assinada pelo antigo proprietário, logo no início da construção (anterior). Carla não havia sido informada pelo antigo proprietário dessa situação, sendo assim, Carla lhe procura como advogado(a), pois não teria realizado o negócio se soubesse desse fato, explique para Carla qual é o vício do negócio jurídico e quais os seus direitos.
Resposta: O vício se trata de dolo negativo ou omissivo, pois o proprietário não falou desse detalhe da obra embargada, sendo que o mesmo já havia assinado uma notificação provando que o mesmo sabia que a obra estava embargada. Carla pode pedir anulação do negócio jurídico justificando com o dolo omissivo, por conta da informação omitida.
4 - Felipe mora com seu irmão menor na Chácara VinhasWine, onde vem disputando com seu vizinho parte de um terreno. O vizinho, contudo, ameaçou a integridade de seu irmão para que assinasse um contrato de doação, beneficiando o vizinho, do terreno. O referido negócio jurídico é? Explique.
Resposta: O negócio é anulável por conta da coação moral, pois o vizinho ameaçou a integridade do irmão. Cumpre todos os requisitos para anulação do negócio jurídico que são: ameaça grave, iminente e injusta.
5 – Solange, passeando no shopping, avistou um relógio que pensou ser de ouro, o preço estava razoável, então Solange adquiriu o relógio. No dia seguinte, Solange descobriu que o relógio não era de ouro, ficando extremamente chateada, voltou até a loja para devolver o relógio e pegar o dinheiro de volta, o que lhe foi negado, você como advogado(a) de Solange, explique qual vício ocorreu e qual seria a solução desse problema.
Resposta: O artigo Art. 139 do Código Civil dis: “O erro é substancial quando:
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
O vicio que ocorreu foi erro substancial, pois Solange pensou que o relógio era de ouro e, erroneamente, comprou o relógio com um valor considerável. Erro real e escusável, pois pensou que a qualidade, a essência do material (error in persona) no relógio era maior pois a aparência ajudou e o valor também.
QUESTIONÁRIO – Valor 1,0 ponto.
1 - “A”, recentemente viúva, resolve vender, pela primeira vez, a sua casa para comprar uma casa menor, porém, vendeu a casa por aproximadamente 50% do valor de mercado, percebendo o erro por ignorância, requereu a anulação do negócio jurídico. Você como Juiz(a) deverá fundamentar a sua decisão. 
Resposta: O Art. 157 do Código Civil nos diz: “Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.” Em seu § 2º “ Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.” A viúva por sua inexperiência vendeu pela primeira vez sua casa, portanto não tinha tido nenhuma experiência com esse tipo de negócio antes, tudo foi caminhado sem coação vinda da outra parte. Por sua inexperiência, ocorreu a lesão e seu efeito torna o contrato anulável exceto se houver suplemento do valor que o Negócio Jurídico não será anulado.
2 – Você como advogado(a), explique qual é o vício e os efeitos que podem ocorrer na seguinte situação: vítima de acidente que se compromete a pagar alta quantia para não morrer no local.
Resposta: O vício é o estado de perigo, e o estado de perigo e a lesão estão classificados no Código Civil como defeitos do negócio jurídico, nos arts. 156 e 157, respectivamente, que se configura quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Seus efeitos podem anular o negócio jurídico quando estão presentes todos os requisitos do estado de perigo.
3 – Durante a quarentena que ocorreu em vários países, a busca por álcool gel aumentou sensivelmente, alguns comércios brasileiros passaram a vender tal produto, que era R$10,00, por R$ 90,00. Explique qual foi o negócio jurídico e o vício que ocorreu, assim como os efeitos de tal ato.
	
Resposta: Temos a lesão como vício no negócio jurídico. A pessoa na premente necessidade ou inexperiência se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Segundo Art. 157., § 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. Seu efeito é a anulação do contrato (que no caso seria de compra e venda). Configura-se também crime contra a economia popular Lei 1.521/51 art. 4º, b Art. 4º. Constitui crime da mesma natureza a usura pecuniária ou real, assim se considerando: b) obter, ou estipular, em qualquer contrato, abusando da prementenecessidade, inexperiência ou leviandade de outra parte, lucro patrimonial que exceda o quinto do valor corrente ou justo da prestação feita ou prometida.
4- 	O estado de perigo:
(A) Necessariamente deve recair sobre a pessoa prejudicada para ser anulado. 
(B) Gera a nulidade absoluta do negócio jurídico. 
(C) Ocorre quando a pessoa assume uma prestação muito onerosa para se salvar de um perigo . – ALTERNATIVA CORRETA 
(D) Considera-se um vício social. 
(E) Somente é vício social se envolver a sociedade como um todo.
Resposta: Seu significado encontra-se no Art. 156 do Código Civil “Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.” 
5 – Explique a diferença entre estado de perigo e lesão.
Resposta: O Art. 156 do Código Civil “Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.” , temos então que no estado de perigo, o indivíduo se encontra em um perigo iminente, sob a necessidade de salvar sua vida ou de um familiar, assume obrigação excessivamente onerosa, ele faz qualquer coisa pelo seu bem maior sendo o bem principal protegido é a vida, integridade física, saúde. Aqui, há a anulabilidade do negócio jurídico. 
Na lesão que sua definição se encontra no Art. 157 do Código Civil “ Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2º Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.”
O que acontece é que a pessoa, sob premente necessidade ou inexperiência se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta e tem a chance de não ocorrer a anulabilidade do negócio jurídico se for oferecido suplemento suficiente ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.

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