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NOME: RAMON TADEU ANANIAS FERREIRA RA: 1193672 TURMA:3102B02 Proposta: Interpretação de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria dos Direitos Humanos, envolvendo uma grave violação de Direitos Humanos, analisada por um dosComitês da ONU que integram o sistema global de proteção dos Direitos Humanos, seguido da elaboração de texto descritivo que será postado no ambiente virtual(Blackboard), contendo as partes envolvidas, os direitos violados, os principais argumentos de ambas as partes e a solução dada ao caso concreto. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, reconhecida por expressar os anseios de uma sociedade mundial traumatizada em virtude de atrocidades cometidas contra milhares de pessoas durante os períodos de guerras nomundo, buscou positivar, logo em seu preâmbulo, que levandoem consideração “o reconhecimento da dignid ade inerente atodos os membros da família humana e de seus direitos iguaise inalienáveis é o fundamento da liber dade, da justiça e da paz no mundo”, e que “o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundoem que todos gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum”, instituiu-se princípios básicos, através de uma convenção acordada por diversos Estados, com a finalidade de assegurar o exercício de direitos imprescindíveis e intrínsecos à condição humana, para que não ocorresse mais nada parecido como o que intercorreu, por exemplo, na União Soviética durante o período ditatorial Stalinista, dentre estes os direitos à vida, a não ser torturado e/ou a ser tratado de modo cruel, desumano e degradante e à segurança de todo cidadão, mesmo que o sujeito tenha cometido um ato ilícito e/ ou crime e, em razão disso, perdeu a sua liberdade. Portanto significa dizer que o recluso, independentemente de ter sua emancipação cerceada, ele permanece tendo direito a um tratamento digno, bem como está disposto nos artigos III e V da Carta dos Direitos Humanos, onde são expressamente condenadas as penas cruéis, e a mesma garante ao apenado o respeito à integridade física emoral. Todavia, embora o ordenamento jurídico que resguarda a Dignidade da Pessoa Humana no âmbito mundial expresse todos esses valores e princípios básicos, com enfoque na segurança do indivíduo em face do Estado, o Brasil foi cenário de um brutal massacre, em outubro de 1992, que ficou conhecido como o Massacre do Carandiru. O pilar principal do Direito Natural foi profundamente desrespeitado: o direito à vida, quando policiais militares, justamente os que deveriam atuar como exímios agentes em favorecimento dos direitos humanos e não os violadores e reprodutores de tal barbárie, agiram de modo cruel assassinando, durante uma rebelião, com média de cinco tiros, especialmente na cabeça e nas costas, 111 presos (a maioria que estava ali não havia qualquer sentença contra si, isto é, eram presos preventivos) do Pavilhão 9 da unidade prisional conhecida por Carandiru, em uma ação indiscutivelmente caracterizada pelo uso excessivo da força letal contra presidiários indefesos. Cabe salientar que durante achacina nenhum agente da polícia foi morto ou fe ridogravemente. Anos após o fatídico episódio, em 2013, os 74 policiaismilitares acusado s pela morte dos mais de cem detentos presos no complexo prisional do Carandiru foram condenados, mas graças ao poder recursal infindável no sistema de justiça pátrio, os réus recorreram o veredito e foram para 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, onde nenhum dos supracitados sofreram a penalidade devida, nem muito menos qualquer agente do Estado foi responsabilizado, apesar de caber ao mesmo a defesa da vida dos cidadãos que estão sob sua tutela. Diante de tudo exposto e com fulcro nos princípios supramencionados que balizam a Carta Universal dos Direitos Humanos, houve um movimento internacional de assombro e indignação por parte do Comitê da ONU que integra o sistema global de proteção aos indivíduos. A organização execrou a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de anular o julgamento de policiais militares condenados pelo massacre do Carandiru. A mesma julga que é essencial que os agentes que cometeram tais atrocidades sejam devidamente responsabilizados com o rigor da lei internacional, pois adecisão judicial do tribunal brasileiro “deixa para o mundo a alarmante ideia deimpunidade”, afirmou o crítico. "Deploramos a decisão de uma corte no dia 27 de setembro de anular a condenação contra os 74 policiais militares envolvidos no massacre do Carandiru [...] Ainda que o MP tenha anunciado que vai recorrer da decisão, aanulação da sentença do que é considerado umd os casos mais sérios de violações de direitos humanos no Brasil manda uma mensagem preocupante de impunidade [...] Pedimos às autoridades que garantam que aqueles responsáveis sejam julgados e condenados e que assegurem os direitos das vítimas e de seus familiares que tem esperado por Justiça pelos últimos 24 anos. ", criticou durame nte CécilePouilly, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos. Bibliografia Consultada: • Constituição Federal - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituic ao.htm (Acesso em: 20/11/2019); • “20 anos do Massacre do Carandiru – um legado de abuso e impunidade” - https://anistia.org.br/noticias/20-anos-massacre- carandiru-um-legado-de-abuso-e- impunidade/ (Acesso em:20/11/2019); http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm https://anistia.org.br/noticias/20-anos-massacre-carandiru-um-legado-de-abuso-e-impunidade/ https://anistia.org.br/noticias/20-anos-massacre-carandiru-um-legado-de-abuso-e-impunidade/ https://anistia.org.br/noticias/20-anos-massacre-carandiru-um-legado-de-abuso-e-impunidade/ • “Há 25 anos, massacre do Carandiru resultou na morte de 111 detentos” - https://www1.folha.uol.com.br/banco-de- dados/2017/10/1923603-ha-25-anos-massacre- do-carandiru-resultou-na- morte-de-111-detentos.shtml (Acesso em:20/11/2019); • “ONU deplora decisão que derruba condenação de policiais no massacre do Carandiru” - https://nacoesunidas.org/onu-deplora-decisao- que-derruba-condenacao-de- policiais-no-massacre-carandiru/ (Acesso em:20/11/2019); • DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - https://nacoesunidas.org/wp- content/uploads/2018/10/DUDH.pdf (Acesso em: 20/11/2019); • “Massacre do Carandiru 25 anos depois” - https://anistia.org.br/noticias/massacre- carandiru-25-anos- depois/ (Acesso em: 20/11/2019). https://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/2017/10/1923603-ha-25-anos-massacre-do-carandiru-resultou-na-morte-de-111-detentos.shtml https://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/2017/10/1923603-ha-25-anos-massacre-do-carandiru-resultou-na-morte-de-111-detentos.shtml https://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/2017/10/1923603-ha-25-anos-massacre-do-carandiru-resultou-na-morte-de-111-detentos.shtml https://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/2017/10/1923603-ha-25-anos-massacre-do-carandiru-resultou-na-morte-de-111-detentos.shtml https://nacoesunidas.org/onu-deplora-decisao-que-derruba-condenacao-de-policiais-no-massacre-carandiru/ https://nacoesunidas.org/onu-deplora-decisao-que-derruba-condenacao-de-policiais-no-massacre-carandiru/ https://nacoesunidas.org/onu-deplora-decisao-que-derruba-condenacao-de-policiais-no-massacre-carandiru/ https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf https://anistia.org.br/noticias/massacre-carandiru-25-anos-depois/ https://anistia.org.br/noticias/massacre-carandiru-25-anos-depois/ https://anistia.org.br/noticias/massacre-carandiru-25-anos-depois/
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