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A1 - CONTESTAÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Ref.: Autos nº 11111111111
Marcos da Silva, devidamente qualificado nos autos, por meio do seu advogado constituído (procuração anexa), com endereço profissional em Rua das Jabuticabas, 593 – São Paulo, SP- 88890-500 e endereço eletrônico marcosilva@hotmail.com , vem a presença de vossa excelência, com fulcro nos Arts. 335 e 336 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC), apresentar:
CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO
Referente aos fatos e direitos opostos por Júlia Alves, também qualificada nos autos do presente processo.
I - DA TEMPESTIVIDADE
A presente peça processual é tempestiva. O prazo para apresentação da contestação é o de 15 (quinze) dias a partir da juntada do AR relativo à carta de citação, ou seja, o prazo final para a prática do ato seria o dia 25/02/2019, restando a peça tempestiva.
II – PRELIMINARMENTE
II.I DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA
Aponta a parte autora o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) como valor da causa. Acontece que esse valor não respeita os ditames legais. Conforme o art. 292, CPC, as ações indenizatórias devem ter por valor da causa o importe que se pretende.
Ora, o montante pleiteado pela parte autora é o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), valor este que, segundo aduz, foi utilizado no conserto do veículo. Assim, o valor da causa indicado pela parte autora deveria ser o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), devendo o juiz decidir a respeito, impondo a complementação das custas, nos termos do art. 337, III, CPC.
III - DOS FATOS
Alega a parte autora que dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade do Rio de Janeiro, quando se envolveu em acidente de trânsito com o veículo do réu. Em decorrência do acidente, sofreu danos materiais no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), valor que foi utilizado para consertar o automóvel.
Segue aduzindo que o acidente foi provocado por culpa do réu, pois estaria dirigindo acima da velocidade permitida. Pleiteando, no mérito, a indenização pelos danos materiais sofridos.
Deu a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e informou não desejar audiência de conciliação, por ter tentado acordo extrajudicial, sendo infrutífero.
Conforme se verá, inexiste qualquer direito a ser reparado à autora, pois, ela se encontrava embriagada no momento do acidente, tendo, inclusive, avançado o sinal vermelho.
IV - DO DIREITO
Sem ato ilícito não há responsabilidade civil. O réu em nenhum momento praticou ação voluntária com negligência ou imprudência que causasse danos a parte autora e, consequentemente, gerasse o dever indenizatório. Não houve afronta, portanto, aos arts. 186 c/c 925 do Código Civil.
Ao contrário, toda responsabilidade cabe a parte autora que, conforme documentos apresentados, estava completamente embriagada no momento do acidente, pondo pedestres e outros motoristas em risco, avançando sinais vermelhos.
Caso assim não se entenda, é necessário levantar a responsabilidade concorrente entre as partes. A culpa é fator determinante no momento de se determinar o valor indenizatório.
O CC permite ''reduzir, equitativamente, a indenização'' quando houver excessiva desproporção entre a culpa e o dano (art. 944, parágrafo único, CC). Sendo estabelecido ainda que: ''se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com o do autor do dano'' (art. 945, CC).
Ora, apesar do réu exceder o limite de velocidade em 5%, esse valor é ínfimo, não sendo o motivo preponderante para o acontecimento do acidente. Pelos motivos aduzidos, improcedentes os pleitos autorais. Caso reste configurado a responsabilidade civil, imperioso implicar que ela seja concorrente.
V - DA RECONVENÇÃO
Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, se conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, nos termos do art. 343, CPC.
Decorrente do mesmo fato, pleiteia o réu, ora reconvinte, indenização pelos danos materiais sofridos no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), importe utilizado para o conserto do veículo ocasionado pelo acidente (doc. anexo).
Restando claro o dever indenizatório do reconvindo, ante a prática de ato ilícito pela sua negligência ao dirigir embriagada, atravessando sinais vermelhos, tudo nos termos dos arts. 944 do Código Civil.
Atribui-se ao valor da causa o importe de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
VI - DOS PEDIDOS:
A) Requer o acolhimento da preliminar arguida, intimando a parte autora à complementar as custas.
B) No mérito, requer a total improcedência dos pleitos autorais.
C) Subsidiariamente, requer a procedência parcial em razão da responsabilidade concorrente.
D) Quanto a reconvenção, requer a procedência do pedido reconvencional, para condenação da autora-reconvinda ao pagamento da indenização no valor de R$30.000,00.
E) No final, requer a condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios.
F) Pleiteia provar o alegado por todos os meios em direito admitido, em especial com a juntada das notas fiscais e comprovantes de pagamento dos R$30.000,00 e juntada do boletim de ocorrência.
São Paulo, 26/02/2019
Luana Alves Miranda – OAB: SP/481.184

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