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CONTESTAÇÃO C RECONVENÇÃO

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ANA BÁRBARA DE SOUZA VIEIRA
R.A: 10061893
TURMA: 8°C
LABORATÓRIO JURÍDICO I: ATIVIDADE 29/08/2020 16:45 P.M
PEÇA 4: CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO
CASO:
Maria Eugênia dirigia seu veículo na Rua 1000, na cidade de São Paulo, quando sofreu uma batida, na qual também se envolveu o veículo de Marcelo. O acidente lhe gerou danos materiais estimados em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), equivalentes ao conserto de seu automóvel. Marcelo, por sua vez, também teve parte de seu carro destruído, gastando R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o conserto. 
Diante do ocorrido, Maria Eugênia pagou as custas pertinentes e ajuizou ação condenatória em face de Marcelo, autuada sob o nº 11111111111 e distribuída para a 8ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, com o objetivo de obter indenização pelo valor equivalente ao conserto de seu automóvel, alegando que Marcelo teria sido responsável pelo acidente, por dirigir acima da velocidade permitida. Maria Eugênia informou, em sua petição inicial, que não tinha interesse na designação de audiência de conciliação, inclusive porque já havia feito contato extrajudicial com Marcelo, sem obter êxito nas negociações. Maria Eugênia deu à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Marcelo recebeu a carta de citação do processo pelo correio, no qual fora dispensada a audiência inicial de conciliação, e procurou um advogado para representar seus interesses, dado que entende que a responsabilidade pelo acidente foi de Maria Eugênia, que estava dirigindo embriagada, como atestou o boletim de ocorrência, e que ultrapassou o sinal vermelho. Entende que, no pior cenário, ambos concorreram para o acidente, porque, apesar de estar 5% acima do limite de velocidade, Maria Eugênia teve maior responsabilidade, pelos motivos expostos. Aproveitando a oportunidade, Marcelo pretende obter de Maria Eugênia indenização em valor equivalente ao que dispendeu pelo conserto do veículo. Marcelo não tem interesse na realização de conciliação. 
Na qualidade de advogada de Marcelo, elabore a peça processual cabível para defender seus interesses, indicando seus requisitos e fundamentos, nos termos da legislação vigente. Considere que o aviso de recebimento da carta de citação de Marcelo foi juntado aos autos no dia 14/08/2020 (sexta-feira).
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCESSO Nº 11111111111
Autor: Marcelo
Réu: Maria Eugênia
MARCELO, devidamente qualificado nos autos, por meio de sua advogada legalmente constituída, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 335, 336 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO aos fatos e direitos opostos por Maria Eugênia, também qualificada nos autos do presente processo.
I DOS FATOS
Alega a parte autora que dirigia seu veículo na Rua 1000, na cidade do São Paulo, quando se envolveu em um acidente de trânsito com o veículo do réu. Em decorrência do acidente, sofreu danos materiais no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), valor que viera a utilizado para o conserto do automóvel.
Segue argumentando que o acidente foi provocado por culpa do réu, pois estaria dirigindo acima da velocidade permitida. Pleiteando, no mérito, a indenização pelos danos materiais sofridos.
Na inicial, a autora deu a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). Informou, também, não desejar audiência de conciliação, por ter tentado acordo extrajudicial, sendo infrutífero.
Conforme será constatado, inexiste qualquer direito a ser reparado à autora, visto que a mesma se encontrava embriagada no momento do acidente, tendo, inclusive, avançado o sinal vermelho.
II DA PRELIMINAR
DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA
Aponta a parte autora o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) como valor da causa. Acontece que esse valor não respeita os ditames legais. Conforme o art. 292, inciso V, do CPC, as ações indenizatórias devem ter por valor da causa o importe que se pretende.
Menciona-se que o montante pleiteado pela parte autora é o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), valor este que, segundo aduz, foi utilizado no conserto do veículo. Assim, o valor da causa indicado pela parte autora deveria ser o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), devendo o Juiz decidir a respeito, impondo a complementação das custas, nos termos do art. 337, III, CPC.
III DA TEMPESTIVIDADE
Nota-se na presente peça processual a incidência de tempestividade, visto que o prazo para apresentação da contestação é o de 15 (quinze) dias úteis (art. 219 do CPC) a partir da juntada do aviso de recebimento relativo à carta de citação (art. 335 e art. 231, inciso I, ambos do CPC), ou seja, o prazo final para a prática do ato seria o dia 31/08/2020.
IV DO MÉRITO
Sem ato ilícito não há responsabilidade civil. O réu, em nenhum momento praticou ação voluntária com negligência ou imprudência que causasse danos a parte autora e, consequentemente, gerasse o dever indenizatório. Não houve afronta, portanto, aos artigos. 186 c/c 925 do Código Civil.
Ao contrário, toda responsabilidade cabe a parte autora que, conforme documentos apresentados, estava embriagada no momento do acidente, pondo pedestres e outros motoristas em risco, avançando sinais vermelhos.
Caso assim não se entenda, é necessário levantar a responsabilidade concorrente entre as partes. Sendo a culpa fator determinante no momento de imputar valor indenizatório.
Ainda, Código Civil permite ''reduzir, equitativamente, a indenização'' quando houver excessiva desproporção entre a culpa e o dano (art. 944, parágrafo único). Sendo estabelecido que: ''se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com o do autor do dano'' (art. 945, também do presente Código Civil).
Comenta-se que, apesar do réu exceder o limite de velocidade em 5%, tal valor é ínfimo, não sendo o motivo preponderante para o acontecimento do acidente. Pelos motivos aduzidos, improcedentes os pleitos autorais. Caso reste configurado a responsabilidade civil, imperioso implicar que a mesma seja concorrente.
V DA RECONVENÇÃO
Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, se conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, nos termos do art. 343, CPC.
Decorrente do mesmo fato, pleiteia o réu, indenização pelos danos materiais sofridos no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Importe utilizado para o conserto do veículo em ocasião do acidente.
Reitera-se, então, a responsabilidade de Maria Eugênia quanto ao dever indenizatório, visto sua responsabilidade exclusiva na causa do acidente, ante a prática de ato ilícito pela sua negligência em dirigir embriagada, atravessando sinais vermelhos. Justifica-se com fulcro no artigo 944 do Código Civil, eis que é comprovado pela parte autora a extensão do dano.
VI DOS PEDIDOS
A) Requer o acolhimento da preliminar arguida, intimando a parte autora à complementar as custas;
B) No mérito, requer a total improcedência dos pleitos autorais;
C) Subsidiariamente, requer a procedência parcial em razão da responsabilidade concorrente;
D) Quanto a reconvenção, requer a procedência do pedido reconvencional, para condenação da autora-reconvinda ao pagamento da indenização no valor de R$30.000,00;
E) A condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios;
Quanto às provas, requer: 
A) Juntada das notas fiscais e comprovantes de pagamento dos R$30.000,00;
B) Juntada do boletim de ocorrência;
C) Protesto pela produção das provas em direito admitidas.
Atribui-se ao valor da causa o importe de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local: xxxxx
Dia xx do mês de xxxxx do ano de xxxx
Advogada: xxxxx
OAB n°: xxxxx/xx

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